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I SEMINÁRIO DE
COMUNICAÇÃO SOCIAL
DA BACIA DE CAMPOS
RELATÓRIO DE ATIVIDADES
Atividades de Exploração e Produção de Petróleo e Gás
Natural da Bacia de Campos Processo IBAMA Nº 02001.024041/2018-44
Projeto de Comunicação
Social da Bacia de Campos – PCS-BC
SUMÁRIO
1 - Introdução .................................................................................................................................... 1
2 - Objetivo Geral e Específicos ..................................................................................................... 2
3 - Objetivos Específicos ................................................................................................................. 2
4 - Recorte Espacial ......................................................................................................................... 3
4.1 - Sujeitos da Ação Educativa ................................................................................................... 3
5 - Ações preparatórias ao Seminário ........................................................................................... 5
5.1 - Logística e infraestrutura ........................................................................................................ 5
5.2 - Seleção e Mobilização dos participantes............................................................................. 8
5.3 - Participantes ............................................................................................................................. 8
6 - Execução do Seminário ........................................................................................................... 11
6.1 - Programação .......................................................................................................................... 11
6.2 - Atividades Realizadas .......................................................................................................... 12
6.2.1 - 1º dia – 14 de dezembro de 2018 ................................................................................... 12
6.2.2 - 2º dia – 15 de dezembro de 2018 ................................................................................... 15
6.2.3 - 3º dia – 16 de dezembro de 2018 ................................................................................... 22
7 - Melhorias .................................................................................................................................... 35
8 - Considerações Finais ............................................................................................................... 36
9 - Listagem dos Anexos ............................................................................................................... 38
10 - Execução ................................................................................................................................. 39
11 - Coordenação ........................................................................................................................... 39
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Projetos de Educação Ambiental, municípios e quantitativo de convidados 04
Tabela 2 Participantes do I Seminário de Comunicação Social da Bacia de Campos 08
Tabela 3 Instituições participantes do I Seminário de Comunicação Social da Bacia
de Campos e seus representantes
10
Tabela 4 Palavras e/ou expressões surgidas a partir da primeira atividade do
Teatro do Oprimido (TO)
13
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Participante com a marca de sua mão em painel do Seminário 07
Figura 2 Programação do I Seminário de Comunicação Social da Bacia de Campos 11
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Pontos fortes e pontos a serem melhorados – grupo 1 23
Quadro 2 Pontos fortes e pontos a serem melhorados – grupo 2 27
Quadro 3 Pontos fortes e pontos a serem melhorados – grupo 3 29
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1 - Introdução
O presente documento contém descrição e análise das atividades e dos
resultados do I Seminário de Comunicação Social da Bacia de Campos
(doravante chamado de Seminário), realizado entre os dias 14 e 16 de
dezembro de 2018 no município de Campos dos Goytacazes/RJ. O Seminário
integrou a fase piloto do Programa de Comunicação Social da Bacia de
Campos - PCS-BC, processo nº 02001.024041/2018-44 –
CGMAC/DILIC/Ibama.
O referido programa é uma condicionante de licença dos
empreendimentos de produção e escoamento de petróleo e gás natural da
região, sob responsabilidade das operadoras: Petrobras, Shell, Chevron,
Equinor, PetroRio e Dommo Energia, em cumprimento às exigências do
licenciamento ambiental federal conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A estruturação do Seminário respondeu a motivações e necessidades
institucionais de promover o debate (entre sujeitos da ação educativa,
operadoras e Ibama) relativo a conteúdos ligados à comunicação social no
licenciamento ambiental e o diálogo entre os Projetos de Educação Ambiental
(PEAs) e os Projetos de Comunicação Social (PCSs) realizados na Bacia de
Campos. A iniciativa de realização do Seminário atendeu, portanto, no processo
de elaboração e execução do PCS-BC, a pressupostos teórico-metodológicos
inerentes às diretrizes do órgão ambiental federal para PEAs e PCSs.
O Seminário, nesse contexto, constituiu-se em uma primeira oportunidade
de os sujeitos da ação educativa dos PEAs - Territórios do Petróleo, Pescarte,
NEA-BC, Quipea, Foco, REMA e Observação -, avaliar e discutir a forma e o
conteúdo dos instrumentos de comunicação vigentes e propor diretrizes para
que as operadoras executem em conjunto o PCS-BC.
Metodologicamente, o Seminário utilizou técnicas do Teatro do Oprimido,
que vem se constituindo em um componente estruturante e estratégico de
alguns PEAs no país, por seus vínculos teóricos e históricos com a educação
popular e com a educação ambiental crítica. Seu uso se deu tanto no
planejamento quanto na condução das atividades previstas na programação,
potencializando o diálogo e a integração entre os participantes, e favorecendo
os resultados obtidos.
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Conforme planejado, paralelamente ao Seminário, foi realizado o evento
Rede Comunidade, no Ginásio do Instituto Federal Fluminense (IFF) de
Campos dos Goytacazes. O objetivo deste evento foi realizar um momento de
diálogo entre sociedade civil, empresas e o Ibama, no que diz respeito a
atividades de exploração e produção de petróleo na Bacia de Campos; e
fornecer informações aos participantes sobre projetos de mitigação referentes
aos impactos gerados por essas atividades, por meio de palestras e exposições
interativas apresentadas em estandes específicos das operadoras.
A interação entre os dois eventos se deu por meio de uma visita orientada
a Rede Comunidade, em que os sujeitos prioritários do processo educativo,
participantes do Seminário, tiveram a oportunidade de analisar as estratégias
de comunicação utilizadas pelas operadoras, no que se refere aos projetos de
mitigação dos impactos da indústria do petróleo. A integração entre os dois
eventos foi fundamental para as reflexões feitas no Seminário e alcance dos
resultados, uma vez que propiciou uma experiência de contato, observação e
entendimento do que vem ocorrendo na Bacia de Campos em termos de
comunicação social.
2 - Objetivo Geral e Específicos
O Programa de Comunicação Social da Bacia de Campos tem por objetivo
geral estabelecer estratégias qualificadas e articuladas de comunicação social, na
área de influência das atividades de produção e escoamento de petróleo e gás
natural da Bacia de Campos, para informar a sociedade sobre as características
dos empreendimentos, seus impactos, medidas de controle, mitigação e
compensatórias desenvolvidas, bem como o resultado da implantação dos
projetos condicionantes das licenças de operação.
3 - Objetivos Específicos
1. Fomentar o processo de diálogo entre PEAs e o PCS-BC para a
aproximação com os sujeitos da ação educativa e promoção do debate
continuado de conteúdos relativos às condicionantes do licenciamento
ambiental federal;
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2. Apresentar atividades de PCSs e seu histórico na região,
promovendo uma apropriação de conteúdos significativos para uma ação
articulada e enraizada pelos participantes dos PEAs;
3. Avaliar coletivamente os resultados das atividades, elaborando
diretrizes para o desenvolvimento do Programa de Comunicação Social da
Bacia de Campos.
4 - Recorte Espacial
A etapa piloto do Seminário ocorreu no Norte Fluminense, por ser a região
com maior área de influência comum a todas as operadoras e concentrar o
maior número de PEAs, sete ao todo, a saber: Territórios do Petróleo, Pescarte,
NEA-BC, Quipea, Foco, REMA e Observação. Participaram das atividades
sujeitos da ação educativa dos municípios de Itapemirim e Presidente Kennedy,
no estado do Espírito Santo; e de São Francisco do Itabapoana, São João da
Barra, Campos dos Goytacazes e Quissamã, municípios do estado do Rio de
Janeiro.
4.1 - Sujeitos da Ação Educativa
Foram convidados a participar do Seminário dois (2) representantes por
projeto de educação ambiental por município, conforme tabela abaixo
apresenta:
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Tabela 1: Projetos de Educação Ambiental, municípios e quantitativo de convidados.
Municípios da Região
Norte da Bacia de
Campos
PEA Quantitativo de Convidados
Presidente Kennedy (ES) Quipea 2
Itapemirim Quipea
Rema
2
2
São Francisco do
Itabapoana (RJ)
Foco
Pescarte
ObservAção
Rema
Quipea
NEA-BC
2
2
2
2
2
2
São João da Barra (RJ)
Foco
ObservAção
Territórios do Petróleo
Rema
Pescarte
NEA-BC
2
2
2
2
2
2
Campos dos Goytacazes
(RJ)
Quipea
Pescarte
Territórios do Petróleo
NEA-BC
2
2
2
2
Quissamã (RJ)
Quipea
Pescarte
Territórios do Petróleo
NEA-BC
2
2
2
2
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5 - Ações preparatórias ao Seminário
5.1 - Logística e infraestrutura
Em setembro de 2018, as operadoras envolvidas na condução do PCS-BC
contrataram os serviços da Ambiental Engenharia e Consultoria, responsável
pelo desenvolvimento da metodologia do Seminário, e da Aecom do Brasil,
responsável pela estrutura e logística do Seminário.
Em relação à estrutura e logística, foram realizadas as seguintes ações:
Transporte dos sujeitos da ação educativa de seus respectivos municípios
até o Hotel Tulip Inn de Campos dos Goytacazes (local de realização do
Seminário);
Transporte de todos os participantes entre os locais do Seminário e do
evento Rede Comunidade (IFF Campos dos Goytacazes);
Hospedagem e alimentação dos sujeitos da ação educativa dos PEAs
participantes do Seminário;
Locação de espaço e equipamentos para realização do Seminário;
Lanches para as viagens dos comunitários;
Impressão e montagem de materiais: camisetas, ecobags, banners,
programação, bloco de anotações, backdrop e certificados;
Seguro do evento;
Apresentação cultural;
Decoração do espaço com fotografias de campanhas de PCS de cada
operadora;
Registro audiovisual e fotográfico do evento;
Contratação de brigadistas para segurança do evento;
Adequação do local do evento às regras de segurança;
Fornecimento de material de papelaria e equipamentos solicitados pela
equipe pedagógica do Seminário. Os materiais foram: cartolina de cores
diferentes, caneta hidrográfica, tesoura, papel pardo, bloco autoadesivo,
resma de folha A4, fita adesiva. Foram os equipamentos: aparelho
Datashow, computadores laptop, microfones, gravador.
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As empresas que realizaram o transporte foram a C.D. Locadora e a
TopNorte, ambas com experiência em transportes na região e de participantes de
PEAs.
O serviço de hotelaria e alimentação no Seminário foi realizado no Hotel
Tulip inn. De sexta-feira à tarde ao domingo, foram servidas 400 refeições e 400
lanches. O local foi vistoriado e avaliado pela Aecom em sua infraestrutura e
segurança. Foram providenciados extintores de incêndio, sinalizações para saída
de emergência e foram contratados brigadistas, para atuação em caso de
emergência. Além disso, foi realizada uma apresentação sobre segurança e
saídas de emergência no início do evento.
O salão foi arrumado e decorado de forma a garantir que as atividades
programadas fossem realizadas em ambiente adequado, possibilitando momentos
de plenária e de atividades em grupo. Além disso, foi colocado um mural de
recados dentro do salão e do lado de fora, um backdrop do evento. Na área
externa ao salão, foram colados cartazes com a logo do Seminário incompleta,
para que houvesse interação dos participantes para completa-la usando a marca
de suas próprias mãos com tinta, conforme foto indicada na Figura 1.
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Figura 1: Participante com a marca de sua mão em painel do Seminário.
Além do credenciamento, a equipe de recepção realizou atendimento e
passou orientações aos participantes, que receberam um kit com ecobag,
camiseta, bloco de anotações, caneta e a programação do Seminário. Todos os
materiais utilizados estão apresentados no Anexo I.
Além disso, o evento teve cobertura fotográfica (Anexo II) e audiovisual
(Anexo III). Tanto as fotos, quanto o vídeo (com duração de 15 minutos),
registraram as atividades ocorridas nos três dias do Seminário.
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5.2 - Seleção e Mobilização dos participantes
A seleção dos participantes ficou sob responsabilidade das equipes dos
PEAs, de acordo com a disponibilidade e interesse dos sujeitos da ação educativa
que foram convidados. A mobilização ocorreu inicialmente por intermédio dessas
equipes, no momento que fizeram o contato e o agendamento dos que
concordaram em participar. Posteriormente, a empresa Aecom realizou as
confirmações para o planejamento da logística de transportes, reforçando a
importância do Seminário e da participação.
5.3 - Participantes
Dos 46 sujeitos da ação educativa convidados, 97% participaram do evento.
Um convidado do Quipea, do município de São Francisco de Itabapoana e outro
convidado do NEA-BC, do município de São João da Barra, não comparecem ao
Seminário. O detalhamento dos participantes, por PEA e por município é
apresentado na Tabela 2.
Tabela 2: Participantes do I Seminário de Comunicação Social da Bacia de Campos.
Município PEA Participante
Itapemirim (ES)
Quipea Tânia Márcia Hora Ferreira
Elivanis Paulo
Rema Everton Araújo
Irlaine Leticia de Souza
Presidente Kennedy (ES) Quipea Magno Jesus de Castro
Julio das Neves Ferreira
São Francisco de Itabapoana
Foco Maria Aparecida Pereira
Kelly de Oliveira Costa
Rema Itai Campos da Silva Castro
Gabriel Rangel Portela
Observação Eloisa dos Santos Rodrigues
Sônia dos Santos Henriques
Quipea Lídia Maria Dias Teixeira
Pescarte Airton Miranda Martins
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Aldenir Andrade Areias
NEA-BC Ada Gomes Vieira Carvalho
Rodrigo Ribeiro
São João da Barra
Foco Angelina Barreto Pedra
Maria lindaura meirelles
Rema Jeferson Barbosa de Almeida
Luciano Viana dos Santos
Observação
Rosamaria Rodrigues Barbosa Barreto
Elias da Silva Licasalio Monteiro
Pescarte Francisco Luiz de Souza
Fernanda Pires de Araújo
Territórios do
Petróleo
Maria de Fátima Barreto da Costa Conceição
Victor Hugo Manhães Meireles
NEA-BC Caroline Rodrigues Gomes
Campos dos Goytacazes
Quipea Paulo Honorato
Antônio Norato Reis
Pescarte Elenilson do Espírito Santo Dias
José Ribamar do Nascimento
Territórios do
Petróleo
Carlos Alexandre Souza Eduardo
Ricardo Argemiro Candido
NEA-BC Aline Iara Crissóstomo Carvalho Rocha
Ketelle dos Santos Souza
Quissamã
Quipea André Sacramento
Mariângela Maciel
Pescarte Vilton da Silva dos Santos
José Carlos Gonçalves
Territórios do
Petróleo
Irinice Cunha da Fonseca
Luciana da Silva Ribeiro
NEA-BC Thaiara Santo Ribeiro
Douglas do Desterro Ferreira
Além dos comunitários participantes dos PEAs, participaram do evento
representantes das empresas operadoras (Petrobras, Shell, Chevron, Equinor,
PetroRio e Dommo Energia), representantes das consultorias responsáveis pelos
Projetos de Educação Ambiental e Comunicação Social, consultorias responsáveis
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pela logística e condução do evento, e representantes do Ibama, conforme consta
na Tabela 3.
Tabela 3: Instituições participantes do I Seminário de Comunicação Social da Bacia de Campos e seus representantes.
Empresas Operadoras
Instituição Participante
Petrobras
Gisele Oliveira de Alcântara
Bernardo Romeiro da Roza
Ana Carolina Almeida de Carvalho
Murilo Silva Santos
Antonia Maria Duarte
Alejandra Huerfano Aguilar
Graziela Rocha Oliveira
Marcelo Barbosa Carvalho
Marcelo Gonçalves Teles
Marjorie Robles Carmona
Taynnara Garcia de Gouveia
Shell Marcela Calil
Suely Ortega
Chevron Elaine Goverman
Charles Guerra
Equinor Maíra Ventura
PetroRio Aline Almeida
Dommo Energia Alexander Azevedo
Juliana Motta
Órgão Fiscalizador
Instituição Participante
Ibama Anderson Vicente
Júlio Cézar Dias
Mônica Serrão
Silvana Pionibini
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No total, cerca de noventa pessoas participaram das atividades do
Seminário, tal como constatado na lista de presença (Anexo IV).
6 - Execução do Seminário
6.1 - Programação
O Seminário foi realizado nos dias 14, 15 e 16 de dezembro nas
dependências do Hotel Tulip Inn, no município de Campos dos Goytacazes/RJ,
seguindo a programação apresentada abaixo (Figura 2).
Figura 2: Programação do I Seminário de Comunicação Social da Bacia de Campos
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6.2 - Atividades Realizadas
A seguir, são apresentadas a descrição cronológica das atividades
realizadas no Seminário e respectivas análises organizadas por dia.
6.2.1 - 1º dia – 14 de dezembro de 2018
1) Credenciamento
O credenciamento ocorreu a partir das 18h e, concomitantemente,
conforme chegada dos participantes, foi servido um lanche de boas-vindas.
Para o melhor aproveitamento do Seminário, os sujeitos da ação educativa
receberam materiais diversos, conforme informado no item 4.1.
2) Abertura
O evento teve início às 19h20. Dois representantes das operadoras
abriram oficialmente o Seminário, reforçando seus objetivos, o fato de ser uma
atividade da fase piloto do PCS-BC, e o caráter participativo e dialógico previsto
na condução das atividades.
Em seguida, a Analista do Ibama, Mônica Serrão, descreveu de modo
introdutório como se dá o processo de comunicação social no licenciamento
ambiental, como foi concebido o Programa de Comunicação Social da Bacia de
Campos, e relatou o histórico de construção coletiva do Seminário.
A equipe executora foi apresentada pela mediadora e, em seguida,
passou-se à atividade de acolhimento.
3) Acolhimento e levantamento de expectativas
A atividade realizada, por meio da dinâmica dos “Cinco Gestos” e com
duração aproximada de 1h e 30 minutos, promoveu um diálogo inicial entre os
sujeitos da ação educativa e demais atores sociais envolvidos, acerca das
expectativas quanto ao Seminário e seus desdobramentos no PCS-BC.
A dinâmica foi iniciada com as técnicas denominadas de ‘Conhecimento
do Corpo’ - uma sequência na qual os participantes percebem seu corpo -, e de
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‘Corpo Expressivo’ – em que cada pessoa se expressa unicamente por meio do
corpo, abandonando outras formas de expressão mais usuais e cotidianas.
Na sequência, os integrantes da atividade foram convidados a criar um
gesto a partir de uma frase ou palavra, que já trazia o conteúdo que precisava
ser discutido. Os grupos foram formados a partir da junção espontânea dos
participantes, isto é, estes se aproximavam uns dos outros buscando gestos
que se parecessem com os que tinham sido feitos por eles, ou que fossem
complementares. Assim, surgiram categorias de gestos/imagens, e os grupos
‘falavam’ com os demais atores ou participantes por meio das imagens feitas
com seus corpos.
Com isso, cada grupo expôs as categorias de imagens aos outros grupos,
iniciando uma etapa de análise dos gestos que resultou em um conjunto de
palavras/frases que foram dispostas em tarjetas e expostas em uma das
paredes do salão de convenções, permanecendo por todo o evento. As
palavras/frases, categorizadas constam da Tabela 4.
Em uma lógica de trazer a público o que foi manifestado, ainda que de
modo preliminar, esse conjunto de expressões indicou algumas categorias de
expectativas relacionadas basicamente ao fortalecimento do coletivo e
superação de dificuldades de comunicação no âmbito do licenciamento
ambiental federal, com vistas a se consolidar um programa de comunicação
social diverso, inclusivo e adequado em seus conteúdos e linguagens à
realidade de cada comunidade.
Estas manifestações registradas e fixadas na parede foram importantes na
condução posterior de discussões promovidas em outras atividades, por
servirem como uma referência inicial à qual se remetia sempre que oportuno.
Tabela 4: Palavras e/ou expressões surgidas a partir da primeira atividade do Teatro do Oprimido (TO)
Palavras/expressões 1ª atividade TO
Conformidade Acolhimento Indagação
Pedido Comunicação em
Construção Monólogo
União Oferecimento Comunicação Inclusiva
Tudo vai dar certo Ingenuidade Falta de comunicação
Questionar sempre Equilíbrio da
Comunicação Alienação
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Não poder colocar suas
ideias
Adaptação para cada
realidade
Comunicação
“embolada”
Comunicação
Possibilidade de ver a
imagem por dois
ângulos
Envolvimento
Comunicação boa x
comunicação não tão
boa
Diversidade Interrupção
Processo para uma
comunicação efetiva Fortalecimento Blá blá blá
Entendimento Cumprimento Dar as mãos
Luta Coletivo Basta!
Conquista Indecisão Não pertencimento
4) Análise das atividades do 1º Dia
O credenciamento ocorreu dentro do tempo previsto e, no decorrer da
abertura, os participantes puderam se familiarizar com os objetivos do
Seminário e a proposta de construção coletiva de diretrizes para o Programa de
Comunicação Social da Bacia de Campos.
Quanto à atividade de acolhimento e levantamento de expectativas, o uso
da linguagem corporal foi positivo, pois nivelou as informações dos
participantes no ato, evitando, com isso, posições desiguais decorrentes do
domínio prévio da linguagem escrita ou falada. A expressão corporal, utilizada
em dinâmicas como a realizada no momento inicial, tende, em geral, a facilitar
as aproximações e interações, portanto, no Seminário favoreceu o acolhimento
e a postura dialógica.
Para a maioria dos sujeitos da ação educativa, a participação em um
recurso metodológico do Teatro do Oprimido se deu pela primeira vez, o que
não dificultou o cumprimento do objetivo de integração, troca, acolhimento e
identificação de expectativas. Para além da acolhida propiciada e do mural
criado com as expectativas, um ponto relevante dessa primeira atividade
consistiu no reconhecimento, pelos participantes, de que o significado de cada
imagem não correspondia necessariamente à mensagem revelada pelo
sujeito/autor do gesto.
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Assim, por meio de um debate sobre os significados dos gestos, verificou-
se a polissemia das mensagens que compõem o processo comunicativo. Com
isso, permitiu-se concluir que no PCS-BC é importante considerar a adequação
da linguagem ao público que se pretende atingir, e ter o cuidado em verificar se
a mensagem transmitida ao público de fato corresponde ao que se buscou
transmitir e cumpre com os objetivos planejados. Essa atividade inicial permitiu
também que, ao longo do encontro, as pessoas voltassem a fazer uso das
imagens criadas, para explicar quais eram as expectativas ou críticas em
relação ao que estava sendo trabalhado.
Em sentido conclusivo, a dinâmica, e em particular o mural produzido,
indicaram que o coletivo presente ao Seminário encara o PCS-BC com
otimismo, como sendo uma nova possibilidade de fortalecimento dos sujeitos
prioritários e dos grupos mais vulneráveis aos impactos da cadeia produtiva do
petróleo. Para tanto, considera que é preciso que se entenda o PCS-BC como
processo participativo em construção, que se ancora em princípios como:
respeito à diversidade de públicos, culturas e linguagens; inclusão dos sujeitos
da ação educativa no planejamento e execução; e produção de materiais de
comunicação com conteúdos adequados à realidade e contextualizados no
licenciamento ambiental federal.
A atividade inicial, que envolveu uma técnica do Teatro do Oprimido, foi
intencionalmente planejada para que seus resultados fossem recuperados
posteriormente, em um efeito cumulativo de aspectos comuns identificados e
uma aprendizagem em efeito cascata, que se desenvolveu ao longo da
realização da programação.
6.2.2 - 2º dia – 15 de dezembro de 2018
Na manhã do segundo dia teve início a Rede Comunidade, que contou
com a presença de representantes de todas as empresas para participarem da
Plenária a fim de prestar esclarecimentos sobre seus empreendimentos
(conforme Relatório de Atividades da Rede Comunidade, item VI.1.2). A seguir
é apresentado o detalhamento das atividades realizadas no âmbito deste dia do
Seminário.
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1) Aquecimento
No sábado, o Teatro do Oprimido iniciou as atividades às 9h30, realizando
uma dinâmica de aquecimento junto aos participantes, que teve por objetivo
reunir e motivar os participantes para as atividades do dia. Foi realizado um
jogo baseado em expressões sonoras e na linguagem corporal. Todos os
inscritos no Seminário foram convidados a participar da atividade.
Deste momento em diante, a mediadora passou a conduzir o Seminário na
companhia de um representante das operadoras. Em sua primeira
manifestação, procuraram reforçar os objetivos do Seminário e a importância
dos participantes se apropriarem dos diferentes pontos de vista e de conteúdos
fundamentais sobre comunicação social, ressaltando que a
comunicação/informações sobre os impactos da cadeia produtiva de petróleo e
suas medidas mitigadoras são direito da população.
Na sequência, situando e direcionando a atenção para as atividades
posteriores pela manhã, trouxeram as questões: “Qual Comunicação Social se
quer?”, “Como fazer uma comunicação de forma dialógica?”, passando a
palavra à representante do Ibama, responsável pela palestra seguinte.
2) Palestra “Comunicação Social no contexto do licenciamento ambiental
conduzido pelo Ibama”
A palestrante do Ibama, Mônica Serrão, falou o motivo pelo qual o
Programa de Comunicação Social é obrigatório no licenciamento ambiental,
além de enfatizar o direito constitucional de acesso à informação e o quanto
isso é determinante para se garantir maior participação na vida pública, o que
nos torna de fato cidadãos.
Ela também explicou que o Programa de Comunicação Social da Bacia de
Campos é uma medida mitigadora, enfatizando que quanto mais adequada
linguisticamente, qualificada (por serem pertinentes à gestão ambiental pública)
e disseminada forem as informações, condições estas conectadas à educação
crítica adotada nos PEAs, mais o público impactado pelos empreendimentos
estará apropriado das informações. Reforçou, por fim, o conceito de controle
social, enquanto exercício popular e democrático de tomada de decisões e
acompanhamento de políticas públicas, de acordo com o ciclo: participar para
transformar, exercer a cidadania e fortalecer a democracia participativa.
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A sua apresentação, com a sequência de conteúdos que expressam a
linha de argumentação utilizada, consta do Anexo V.
3) Apresentação das ações de Comunicação empreendidas pelas
operadoras
Os mediadores apresentaram algumas práticas de comunicação social
exercidas pelas operadoras por meio de uma projeção em slides (Anexo VI),
com o apoio da Galeria de Fotos, que foi exposta em um dos lados do salão de
convenções. O intuito da apresentação foi ilustrar o que é feito concretamente,
direcionando a análise crítica, e favorecendo a observação realizada na parte
da tarde, durante a visita à Rede Comunidade.
Entre as ações empreendidas pelas operadoras de forma individual e que
foram comentadas, estão: reuniões informativas, ações presenciais nas
comunidades, seminários temáticos, boletins informativos/cartazes/folders,
participação em eventos, canais de informação (centrais de atendimento 0800),
carro de som/faixas.
4) Exposição Dialogada “O que é Comunicação Social?”
Conceitos de comunicação foram apresentados, com ênfase em uma
definição que melhor se adequa ao PCS-BC, ou seja, buscou-se situar o tema,
destacando a comunicação enquanto compartilhamento, tendo em vista a
dialogicidade e o empoderamento de comunidades no exercício da cidadania.
Foi enfatizado que a comunicação vai além do processo de transmissão de
informações e envolve a escuta e as relações entre os agentes da
comunicação. Ao final da atividade, o debate suscitou explicações sobre: a
diferença entre gerar conhecimento e obter informações; a comunicação como
prática coletiva; canais e meios de comunicação; e comunicação popular. A
apresentação foi conduzida por meio de uma exposição dialogada apoiada no
uso de slides (Anexo VII).
5) Orientações para os Grupos na visita à Rede Comunidade
Na sequência, o público foi dividido em três grupos de aproximadamente
quinze pessoas para a visita à Rede Comunidade na parte da tarde. Vale dizer
que a divisão dos grupos foi feita previamente, no momento do credenciamento,
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pela equipe responsável pela condução metodológica do Seminário, e que a
escolha dos participantes de cada grupo foi aleatória.
Os grupos foram sinalizados aos participantes por meio de etiquetas
adesivas coladas em seus crachás. Cada grupo obteve uma etiqueta de cor
diferente, que os identificava ao longo da atividade. A divisão do transporte foi
feita em consonância com a divisão dos grupos.
As orientações sobre a atividade foram dadas aos participantes antes do
almoço de sábado, quando cada grupo recebeu a tarefa de analisar a
exposição a partir de temáticas determinadas e questões orientadoras.
A tarefa do Grupo 1 consistiu em identificar as técnicas de comunicação
utilizadas pelas operadoras e se a linguagem utilizada por elas estava
adequada ao público a que se destina. O Grupo 2 tinha por missão identificar e
justificar quais eram as melhores atividades e/ou materiais de comunicação
observados na Rede Comunidade. Tiveram também que identificar a diferença
entre PEAs e PCS, e “boas práticas” por operadora ou de maneira geral. Já o
Grupo 3 avaliou se o conteúdo apresentado na Rede Comunidade conseguia
esclarecer quais são os principais impactos (foco nos socioeconômicos) e as
medidas de mitigação e controle ambiental (pertinência dos temas na relação
empresas-comunidades).
Por solicitação do Ibama, foram elencados e/ou se voluntariaram três
pessoas de cada grupo para interagir com o público externo ao Seminário
(visitantes da Rede Comunidade), no intuito de averiguar a opinião sobre a
exposição, a partir de seus respectivos eixos temáticos.
Todos os grupos, inclusive o designado para conversar com o público
externo, contaram com o apoio de um monitor que os conduziu pelos estandes
da exposição e tiraram as dúvidas quando necessário.
6) Visita à Rede Comunidade
A visita aconteceu entre 14h30 e 17h30. Os grupos foram guiados por
seus monitores, por cada estande. Os participantes dispunham de uma lista
com as empresas presentes e, conforme visitavam os estandes, registravam as
suas impressões no caderno de anotações (distribuído no kit entregue no
primeiro dia do Seminário).
No decorrer da visita, as três pessoas de cada grupo, designadas para
interagir com o público externo ao Seminário, estabeleceram roteiros próprios
de visitação, sob orientação do seu monitor.
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Nos últimos 30 minutos da visita, o grupo de jongo Tambores de
Machadinha, da comunidade quilombola de Machadinha, de Quissamã/RJ, se
apresentou na Rede Comunidade.
7) Retorno ao Hotel e discussão acerca do evento
Conforme programado no plano de trabalho, no retorno ao hotel, os
grupos se reuniram para discutir sobre as observações feitas pelos
participantes. A atividade durou cerca de 1h e 30 minutos.
Os monitores, de posse do material de comunicação entregue nos
estandes, conduziram a atividade, respeitando a tarefa designada para cada
grupo. Os integrantes dos grupos expuseram suas impressões e analisaram os
materiais coletados. Nesse percurso, as três pessoas de cada grupo,
designadas para interagir com o público externo ao Seminário, iam sendo
chamadas para apresentar suas impressões e para sintetizá-las por escrito.
Em seguida, refletiu-se sobre o apresentado e organizou-se a
apresentação em plenária prevista para o dia seguinte.
8) Apresentação Cultural
No final do segundo dia, aconteceu uma apresentação cultural. O grupo
Nação Goitacá de Capoeira, do município de Campos dos Goytacazes,
apresentou capoeira regional e angola, samba de roda e maculelê, convidando
os presentes a participar da roda e confraternizar.
9) Análise das atividades do 2º Dia
A palestra ministrada pela representante do Ibama provocou forte
interação do público, principalmente quando suscitada as questões: “o que é
democracia representativa e participativa?” e “o que é mitigação?”. As
respostas indicaram um entendimento consensual de que a comunicação,
enquanto medida mitigadora orientada por princípios democráticos deve ser
produzida com os sujeitos prioritários do processo educativo, em suas
linguagens. Deve ter também a preocupação em explicitar e explicar mais
diretamente quais são os impactos da cadeia produtiva do petróleo,
principalmente os socioeconômicos, que nem sempre são compreensíveis de
forma imediata. Observou-se que os participantes reconhecem a importância do
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PCS-BC e dos PEAs como medidas mitigadoras, e consideram oportuna a
busca de maior articulação entre ambas. A partir das explicitações feitas pelo
Ibama houve melhor compreensão acerca dos princípios e direitos garantidos
por lei e do cumprimento obrigatório das operadoras na realização/consolidação
de um Programa de Comunicação Social.
O debate possibilitou também concluir que uma das condições para que o
PCS-BC seja efetivo é garantir que as comunidades participem de forma
qualificada de audiências públicas, conselhos e câmaras técnicas, entre outros
espaços públicos, ao fornecer informações necessárias para o posicionamento
adequado sobre os temas aí tratados. Compreende-se que, a partir da
transmissão de informações, associada ao pensamento crítico e ao trabalho
desenvolvido nos PEAs, é que a população não só poderá participar de modo
qualificado, mas despertará interesse em intervir em instâncias públicas.
Após a menção ao projeto do portal do PCS-BC (website) foi colocado que
nem todas as comunidades e projetos possuem sites e internet acessíveis, e
por isso, é importante levar outros tipos de materiais informativos às
comunidades, sem, contudo, deixar de reconhecer a validade do portal.
O público destacou que é importante buscar estratégias para se ter uma
boa comunicação. A qualificação da comunicação como boa, no escopo do que
foi discutido, envolve a transparência no processo e a não interrupção das
atividades planejadas, a participação dos sujeitos da ação educativa na
realização do PCS-BC e um maior conhecimento, por parte das operadoras, da
realidade de vida das comunidades.
Na atividade de apresentação das ações de comunicação empreendidas
pelas operadoras, verificou-se que essa exposição teve um caráter ilustrativo e
serviu como exercício de reflexão se as formas de comunicação adotadas são
realmente efetivas e, caso contrário, quais outras formas e mecanismos de
comunicação atenderiam melhor. O contato com o que é feito também
contribuiu para direcionar o olhar na visita à Rede Comunidade. A Galeria de
Fotos, por sua vez, mostrou ser um meio de comunicação/interação com o
público, uma vez que sua localização estratégica chamou a atenção de muitos
participantes que percorreram a galeria antes mesmo de se dirigir aos
assentos.
A exposição dialogada “O que é comunicação social”, indicou que o
público participante do Seminário tem por consenso que a comunicação social
no licenciamento ambiental federal deve ser dialógica e favorecer a intervenção
social qualificada nos espaços públicos. Foi indicativo desse tipo de
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entendimento, o fato de os participantes do PEA Observação de São João da
Barra terem mencionado a produção de um vídeo que foi levado a uma
audiência pública e serviu de referência para que trabalhadores e trabalhadoras
da pesca artesanal atuassem no território. Exemplos de informativos impressos
elaborados pela comunidade, no âmbito do PEA Territórios do Petróleo, com o
tema “Lei Orçamentária e Royalties”, também foram colocados pelo público.
Nessa atividade, foi propiciado um breve debate sobre o que é
comunicação popular e educação popular. No geral, o debate não gerou um
aprofundamento conceitual que se mostra necessário fazer para que não se
produza sobreposições de finalidade e funções. Ficou em torno do
entendimento de que há uma interface entre ambas, que se manifesta
metodologicamente quando do tratamento dos conflitos que estão na base da
opressão ao povo e da necessidade de se buscar resolver tais conflitos
coletivamente por meio do fortalecimento popular.
As considerações dos participantes, no entanto, apontaram que a
educação popular e a comunicação popular não devem trabalhar de forma
isolada, ainda que não possam ser confundidas. A premissa principal
destacada foi a de que ambas devem se constituir a partir da base, da escuta
dos grupos impactados pela cadeia de petróleo e gás, visando à construção de
uma comunicação participativa e contextualizada.
Com as apresentações feitas, um dos aspectos gerais que chamou a
atenção do público foi constatar que, apesar do ser humano comunicar-se de
diversas maneiras e no cotidiano, não se trata de uma tarefa simples,
envolvendo significados diversos, interesses institucionais e de grupos, níveis
distintos de conhecimento e acesso desigual a informações relevantes para a
tomada de decisão em espaços públicos.
Sobre a visita à Rede Comunidade, a primeira orientação foi a de observar
o estande de impactos proposto pelas operadoras envolvendo as atividades de
petróleo e gás na Bacia de Campos. A orientação tinha por intenção preparar o
olhar para as mitigações apresentadas nos estandes de cada empresa.
Verificou-se uma dificuldade dos participantes em identificar este estande, uma
vez que a área estava disposta de modo diferente no espaço, não como um
estande propriamente dito.
Fora isso, a condução pelo espaço do evento, a interação com o público e
com os participantes dos estandes foi favorável às observações demandadas a
cada grupo para o cumprimento de seus objetivos. Isso facilitou o
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desenvolvimento das atividades posteriores e estimulou os grupos a
estenderem a análise e discussão realizada no retorno ao hotel.
O momento de reunião dos grupos no hotel serviu para a discussão e
proposição de diretrizes e encaminhamentos com vistas ao desenvolvimento do
Programa de Comunicação Social da Bacia de Campos. Essa sinergia se deu
em função do trabalho em equipe, associado à condução de cada monitor, que
contribuíram para que cada participante pudesse entender, a seu modo, tanto
as questões levantadas quanto como explicá-las em plenária.
6.2.3 - 3º dia – 16 de dezembro de 2018
1) Aquecimento
O terceiro dia do Seminário teve início com um exercício rítmico e
corporal, feito em coletivo, voltado para a integração dos participantes,
preparando-os para as discussões do dia.
2) Apresentação dos Grupos por eixo temático
Cada grupo organizou, com o apoio do monitor, sua forma de
apresentação, destacando os pontos fortes e sugestões de aprimoramento.
Além da exposição das impressões, os grupos apresentaram o que captaram
da interação com o público externo da Rede Comunidade, conforme detalhado
abaixo.
Síntese da apresentação por Grupo
Grupo 1
Foi destacado como ponto forte a união das operadoras e a disposição
destas para discutir a comunicação em parceria com os sujeitos da ação
educativa, buscando aprimorar o Programa e suas interfaces com os PEAs.
Chamou-se a atenção para o fato de a organização física e visual dos estandes
ser acolhedora ao visitante, bem como a entrega de materiais diversos. Os
cenários utilizaram positivamente aspectos do cotidiano das comunidades,
aproximando o visitante ao que se desejava comunicar, porém isso nem
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sempre resultou em aproximação temática aos impactos gerados nos territórios.
Observou-se também que a participação de comunitários nas apresentações
dos estandes não foi uma prática geral adotada, e que a linguagem utilizada por
expositores era demasiadamente técnica e nem sempre interativa. Os
materiais, por sua vez, fizeram um uso intensivo da linguagem escrita e técnica,
pouco acessível aos sujeitos da ação educativa. Faltou um uso mais equilibrado
entre escrita, oralidade e imagens.
Destacou-se a importância de se estar atento às relações interpessoais de
modo a valorizar a afetividade no processo de comunicação. Para o grupo, a
garantia da qualidade técnica não é suficiente e a comunicação só se efetiva
quando o afeto e as emoções são considerados como constitutivos do processo
e do que se quer comunicar.
O local para a instalação do evento foi considerado pouco adequado, uma
vez que não era muito favorável à plena acessibilidade.
Abaixo é apresentado quadro com detalhamento dos pontos fortes e pontos
que podem ser melhorados, segundo a observação e entendimento do grupo:
Quadro 1: Pontos fortes e pontos a serem melhorados – grupo 1
Grupo 1 – Eixos: Técnicas de Comunicação e linguagem
Pontos fortes:
Proposta de união das operadoras com as comunidades diante de um
objetivo comum;
Informações socializadas pelas operadoras;
Boa receptividade das operadoras com as comunidades;
Entrega de materiais didáticos;
Apresentação visual;
Cenários elaborados com elementos do cotidiano dos sujeitos
prioritários da ação educativa;
Pontos que devem ser melhorados:
Ter mais sujeitos da ação educativa como protagonistas: percebeu-se a
pouca participação dos comunitários participantes dos PEAs (enquanto
expositores) na interação das operadoras com o público nos estandes
da Exposição;
Tempo: houve sobreposição de atividades, provocando a sensação de
ter muita informação para ser assimilada em pouco tempo;
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Melhor adequação de materiais impressos (folhetos e folders) para os
diferentes públicos, principalmente no que se refere à linguagem;
Muita leitura (linguagem escrita): predominância nesta forma de
comunicação, o que acabou reduzindo a acessibilidade de algumas
pessoas às informações dispostas;
Maior acesso aos meios digitais: a exposição sinalizava que havia mais
informações em sites e páginas no Youtube. Entretanto, por vezes, as
comunidades não têm acesso a tais veículos de informação, como por
exemplo, fácil acesso à internet em seus territórios (desejam que os
PEAs tenham pontos de acesso à internet);
Banners: solicitação de mais imagens e mais objetividade nesta forma
de comunicação. Devem ter letras maiores para facilitar a leitura;
Materiais informativos e expositores da feira: devem transmitir as
informações de maneira mais simples em função dos muitos termos
técnicos (pouca simplicidade na fala);
Exposição dos estandes no evento: não havia uma sequência lógica,
bem como um “visual inicial” (sinalização na entrada): as pessoas
tinham dificuldade para entender as informações de forma integral, fato
que não favoreceu a aprendizagem;
Necessidade de mais atividades interativas, com mais recursos e sem a
fragmentação das informações e dos estandes;
O foco da exposição deveria ser melhor planejado coletivamente: maior
planejamento da demonstração das atividades para os participantes;
Relação interpessoal: apesar da tecnologia apresentada na exposição,
é imprescindível a relação interpessoal, só existe a comunicação com
afeto, com carinho;
Comunicação destinada ao público: muitas vezes a linguagem não
conversa com o público. Há uma relação interpessoal, que pode
traduzir “em miúdos” a informação para a comunidade;
Maior divulgação das informações nas comunidades, para que as
pessoas que não participaram do evento também possam interagir:
informação externa;
Consulta às comunidades sobre o melhor meio de comunicação;
Pensar a acessibilidade e inclusão;
Melhorar a identificação do evento;
Pensar uma melhor logística e estrutura para as futuras exposições;
Dia exclusivo para visitação à Rede Comunidade: não sobreposição
com o Seminário, uma vez que os integrantes do Seminário não
puderam participar da plenária da Rede Comunidade;
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Para o grupo os sujeitos das comunidades deveriam estar mais à frente
dos estandes: pescador, quilombola, etc.
Interação com o público externo:
As pessoas do Grupo 1 que interagiram com o público externo realizaram uma amostragem, entre jovens e adultos que participam, ou não, dos PEAs.
A forma de comunicação oral foi a mais elogiada;
As inovações chamaram mais atenção: o colorido, o diferente;
Material didático: alguns expositores explicaram o material, outros
apenas os entregaram;
Os jogos interativos chamaram mais a atenção dos jovens;
Os materiais eram interativos, porém, com linguagem muito técnica;
Os espaços mais coloridos e interativos chamavam mais atenção:
espaços mais convidativos;
A comunicação audiovisual serviu mais como ilustração: os vídeos não
davam para ser escutados e tinham imagens técnicas;
O público externo gostou das apresentações em slides com fotos;
Os expositores explicavam a partir de uma linguagem técnica;
Foi sugerido que haja mais ações nas comunidades tradicionais;
Houve excesso de informação, às vezes, numa única operadora (uma
proposta é a de pensar as apresentações por chaves de atividades e/
ou pensar apresentações articuladas);
O painel do evento não chamava atenção e não era explicativo;
Sentiram falta de uma a0presentação geral da feira: não havia uma
orientação e uma condução do evento;
Representatividade e importância do lugar de fala: gostaram dos
sujeitos comunitários falando nos estandes, sujeitos estes que
participam dos PEAs.
A relação com as pessoas: expositores educados e atenciosos.
A forma oral e a interpessoalidade foram os pontos mais fortes vistos
na comunicação, segundo os entrevistados.
Grupo 2
O grupo destacou a validade do uso de materiais e recursos audiovisuais
diversos para comunicar, ainda que nem sempre com linguagens adequadas,
em função do uso excessivo de termos técnicos e da escrita e ausência de
localização visual em mapas dos impactos e locais de atuação dos projetos de
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mitigação. Considerou-se importante a participação de comunitários como
expositores, por evidenciar e valorizar a qualidade de conteúdo dos que já
atuam em projetos de educação ambiental, e por aproximar PEAs e PCS. É
necessário, no entanto, não só estimular o protagonismo como atuar na
formação dos sujeitos da ação educativa para uma atuação qualificada em
atividades do PCS-BC.
Os visitantes identificaram o que é um PEA e o que é um PCS, ainda que
não tenha aparecido uma discussão aprofundada sobre o que de fato os
diferencia.
Levantou-se a necessidade de a comunicação social praticada no
licenciamento ambiental federal ouvir mais as comunidades e produzir materiais
que comuniquem na linguagem popular e que sejam produzidas com os
comunitários. Para que a ação transformadora nos territórios do PCS-BC se
efetive por meio da disseminação de informações e conhecimentos é também
importante que os PEAs ocupem e falem mais em espaços públicos.
A comunicação social pode ser pensada no sentido de favorecer a
integração entre PEAs e a necessidade de nivelamento de informações entre
os participantes dos projetos, prevendo-se ações nessa direção no Plano de
Trabalho do PCS-BC. E os PEAs podem estimular que o processo de
comunicação junto aos comunitários trate mais dos conflitos e impactos da
cadeia produtiva do petróleo, contribuindo na definição de conteúdos,
problematizando-os em cada contexto social em suas atividades, e promovendo
ações locais especificamente com o objetivo de tratar desses aspectos.
É preciso também que haja um fluxo de informações com menos ruído
entre empresas, consultorias e comunidades, o que pode ser facilitado por meio
de um conhecimento socializado das atividades contempladas nos Planos de
Trabalho dos PEAs e do PCS-BC, dos objetivos das fases e das finalidades de
cada projeto.
Por fim, é importante que o PCS considere o acúmulo metodológico obtido
com os PEAs, no tratamento dos problemas/conflitos/impactos socioambientais
em seu planejamento, visando melhor adequação das atividades do Programa
ao seu público e à realidade das comunidades impactadas pela indústria do
petróleo.
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Quadro 2: Pontos fortes e pontos a serem melhorados – grupo 2
Grupo 2 – Eixo: Registro de boas práticas e diferença entre PCS e PEA
Pontos fortes:
PCS: foram notados os painéis de adesivo, os óculos interativos, os
materiais audiovisuais, os jogos, a oficina de construção de
plataformas. Para o grupo, foram formas de comunicação bem
elaboradas;
PEAs: destacaram positivamente a participação de comunitários como
expositores;
Mapas e símbolos utilizados nos materiais dos estandes, porém, as
empresas precisam mostrar onde estão localizados os impactos e
projetos de mitigação/compensação e em quais cidades.
Pontos que devem ser melhorados:
Em relação ao PCS: faltou mais escuta; formação de pessoas dos
territórios para atuar na comunicação. Falam a respeito do direito à fala
(no caso dos PEAs, faltou falar mais de suas ações nos espaços
políticos de decisão);
Melhor estrutura audiovisual;
Necessidade de um encontro de nivelamento entre os PEAs;
Maior visibilidade: a informação às vezes se torna inacessível por falta
de visibilidade. A participação das comunidades na comunicação pode
trazer algo mais eficaz, no sentido de um planejamento estratégico dos
Projetos;
Não haver obscuridade da informação;
Necessidade de um material de informação com conteúdos que
revelam os conflitos: se há algum desencontro entre operadora e
território, isso deve aparecer na informação (panfleto, jornal, etc);
A comunicação se torna mais atrativa quando as pessoas se veem
dentro do contexto: os apresentadores dos estandes devem ser
multiplicadores das informações;
Destaca-se que a questão visual é muito importante para quem não
tem o domínio da escrita;
Deve-se proporcionar mais comunicação de acordo com os territórios:
informações com linguagem mais popular, dando mais atenção ao que
tem dentro das pessoas: comunicação diferenciada (ao contrário do
uso de linguagem técnica, de difícil acesso);
Siglas devem ser explicadas;
Ouvir o próximo: como a comunidade e a empresa entendem a questão
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do ouvir?
Pouca visibilidade ao expor o que estava sendo explicado: falta de
pessoas das próprias comunidades para explicar. Como proposta de
melhoria disso, deve haver um encontro entre cada PEA;
Mais escuta para se fazer uma comunicação popular mais ativa.
O Grupo 2 apresentou um painel (por meio de colagens em cartolinas)
Em uma das cartolinas, havia dois personagens conversando ao
telefone. De acordo com a percepção do grupo, uma personagem
pertenceria aos PEAs e outra não. Logo um não entende o outro, e,
portanto, há a necessidade de uma pessoa que tenha a capacidade de
transmitir tais informações;
Por existir vários PEAs na Bacia de Campos, nem todos lutam pelo
mesmo objetivo. A imagem de outra cartolina explicaria isso: a carência
de uma união entre os PEAs (encontro que, por vezes, só acontece
quando há um encontro regional). “Como fazer para melhorar a
comunicação, no sentido da união dos PEAs?”
Há nos PEAs pessoas ligadas à área urbana e outras à rural, com
perspectivas diferentes. “Como construir algo único e no mesmo
sentido, para fortalecer a todos?”
Interação com o público externo:
De acordo com o Grupo 2, para a análise das entrevistas com o público externo,
foi fundamental entrevistar o público, mas também as operadoras. Percebeu-se
que a participação e coletividade constroem pontes para a comunicação.
O público externo conseguia identificar as diferenças entre PEAs e
PCS, bem como operadoras e comunidades;
Muitas pessoas se sentiram desconfortáveis nas explicações: não
entendiam;
Foram dois os estandes que mais chamaram a atenção do público
externo, que fizeram os territórios se sentirem representados nas
operadoras: o da Shell e o do NEA-BC;
Foi feita uma entrevista com um senhor, que esclareceu sua crítica
através da imagem de uma pirâmide: no topo estariam as empresas e
embaixo dela a equipe técnica. Na base estariam as comunidades:
significa que há problemas de comunicação entre esses atores por
conta das hierarquias.
A comunicação também foi comparada a um telefone sem fio: a
empresa fala e a consultoria faz chegar à base de forma diferente.
Deve-se rever essa transmissão para que a comunicação chegue igual
para todo mundo.
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Grupo 3
Na visão do grupo, os impactos da cadeia de petróleo explicitados na
Rede Comunidade não foram suficientemente explicados, mesmo com a
presença de um espaço específico para tratar da questão. Por vezes, eram
tratados secundariamente em relação às ações de mitigação, por outras, os
impactos socioeconômicos não eram detalhados da mesma forma como os
impactos estritamente ambientais. Além disso, se reconheceu que o tempo para
entender questões tão complexas era insuficiente, sendo importante pensar em
como adequar esse aspecto em atividades futuras que objetivem tratar de
impactos.
O evento como um todo tinha uma multiplicidade de mensagens que nem
sempre favoreceu ao entendimento do que se queria transmitir ao visitante
como mensagem geral e comum às operadoras. Os impactos socioeconômicos,
que dizem mais diretamente acerca dos PEAs e PCS, tinham pouca visibilidade
e quando se perguntava sobre estes a tendência da explicação caminhava para
a mitigação feita e não para a compreensão dos efeitos sociais nos territórios.
As ações de mitigações foram bem colocadas e explicadas pelos
representantes das empresas (expositores), mas o material distribuído não era
de fácil leitura (letras pequenas, linguagem técnica e muito texto).
Destacou-se a necessidade de aproximação entre impactos e mitigação
nos conteúdos trabalhados e a disponibilização de informações mais claras
para o público em geral sobre a cadeia produtiva do petróleo, seus impactos e
medidas mitigadoras adotadas. Nesse sentido, é necessária e oportuna a
aproximação entre PEAs e PCS-BC.
Quadro 3: Pontos fortes e pontos a serem melhorados – grupo 3
Grupo 3 – Eixo: Pertinência dos temas na relação empresas-comunidades (impactos e medidas mitigadoras)
Pontos fortes:
Os expositores explicitaram os impactos que precisam ser mitigados;
Foram levantadas temáticas similares, que se articulam, porém, de
operadoras diferentes.
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Pontos que devem ser melhorados:
Clareza na apresentação dos impactos;
Conexão e articulação entre o PCS e os PEAs: deve ser aprofundado;
O processo de comunicação necessita de tempo e escuta;
De acordo com o grupo, grande parte das operadoras se concentrou na
apresentação dos impactos ambientais, dando pouca visibilidade aos
impactos socioeconômicos;
Necessidade de se falar mais sobre os impactos: quando perguntavam
sobre impactos, os expositores dos estandes respondiam sobre a
mitigação, mas não falavam sobre os impactos em si;
Estar mais próximo aos PEAs, porque a cadeia produtiva de petróleo e
gás atinge diretamente as comunidades tradicionais (no evento, as
comunidades deviam estar mais envolvidas);
Falar de impacto e mitigação aflora sentimentos: é difícil falar apenas
de um, sem apresentar o outro;
Para saber dos impactos foi preciso perguntar de forma mais profunda
aos expositores dos estandes (portanto o grupo acabou permanecendo
muito tempo em cada estande);
Utilização de termos mais comuns e menos técnicos;
Fazer a exposição dos estandes a partir da lógica dos impactos e das
mitigações, de forma integrada e articulada, apresentando, assim, o
conjunto.
Interação com o público externo:
Quando se perguntava ao público externo sobre impactos, apareceram
questões que necessitam um maior aprofundamento e maior tempo
para a discussão;
Esse encontro é piloto e um dos aprendizados que se teve na feira e no
seminário é que é necessário mais tempo para a comunicação, e
necessita-se de momentos iniciais para entender os impactos e os
atores. A comunicação deve ser nivelada;
O público externo não entendia o que era cadeia de petróleo e o que
era PEAs. A feira tinha muita informação;
Não foram percebidos os impactos da cadeia produtiva do petróleo e
gás.
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Análise da atividade de trabalho dos grupos
De modo geral, a organização prévia da visita, os roteiros montados com
os monitores e o planejamento feito para as reuniões posteriores no Hotel
alcançaram bons resultados, uma vez que não houve transtornos maiores para
os deslocamentos e execução do previsto, e que se produziu um material rico
que permite várias considerações e contribuições ao PCS-BC.
A partir da apresentação dos grupos e do debate realizado na sequência,
percebeu-se que determinadas temáticas foram recorrentes, independente do
foco do grupo. A pertinência dos pontos em comum observados sinaliza para as
prioridades estratégicas a serem atendidas no PCS-BC (que se traduzem em
sugestões no tópico das plenárias adiante e nos itens 6 e 7). Da mesma forma,
aspectos específicos indicados por grupo, em relação principalmente aos tipos
de materiais, conteúdos, interação interpessoal, disposição das informações,
relação entre impacto e mitigação, demonstraram que há um bom nível de
apropriação de princípios e categorias metodológicas que permeiam os PEAs e
o licenciamento ambiental federal, ajudando a pensar a comunicação social.
Ficou claro que no momento da apresentação dos grupos, os sujeitos se
apropriaram desse espaço de locução, realizando um exercício de fala e
caminhando em direção à quebra de uma relação vista, principalmente por eles,
como ainda verticalizada.
3) Construindo as Bases para a Comunicação na Bacia de Campos
Após a apresentação dos grupos, os participantes foram divididos em dois
grandes grupos, que trabalharam em locais diferentes.
Por meio do uso da técnica de Teatro Imagem, pode-se refletir sobre os
assuntos abordados no Seminário. Cada grupo trabalhou imagens estáticas
(esculturas corporais), que expressavam suas percepções sobre a
comunicação social na Bacia de Campos. A partir dessas imagens foram
criadas cenas que discutiam possibilidades e caminhos para uma comunicação
eficaz entre operadoras e comunidades.
Após a montagem das cenas, cada grupo fez sua apresentação. Destaca-
se que durante as apresentações os espectadores debateram
encaminhamentos possíveis (e, inclusive, podiam entrar na cena para alterá-la).
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Grupo 1
Percebeu-se, de acordo com a cena, que há uma distância entre os
próprios membros das comunidades no sentido de, muitas vezes, não se
unirem para lutar por seus direitos, assim como um distanciamento entre os
sujeitos e as operadoras. A resposta aguardada pelas comunidades em relação
às operadoras é que elas garantam um melhor entendimento global dos
projetos de educação ambiental desenvolvidos e de como atuarão no PCS-BC.
Desejam também um maior suporte e apoio à estrutura para a mobilização
voltada para a participação das atividades dos PEAs executados nos territórios.
Uma questão colocada, inclusive a partir da colaboração do público ao
analisar a cena, é que há, nos projetos de educação ambiental, uma
diversidade de grupos sociais (quilombolas, agricultores, pescadores), sendo
necessário adequar a comunicação a esses diferentes públicos, incluindo sua
diversidade geracional, questões de gênero e de portadores de necessidades
especiais. Colocou-se nesse momento a seguinte questão: “Como atrair os
jovens para o debate acerca dos impactos e ações promovidas pelas
operadoras por meio das novas tecnologias?”. Esta não foi discutida, sendo
importante que sujeitos da ação educativa e operadoras se debrucem sobre ela
para averiguar um modo de ajustar a dinâmica dos PEAs e do PCS-BC ao uso
de novas tecnologias.
Grupo 2
De acordo com as imagens e encenações do Grupo 2, mesmo
reconhecendo a importância do trabalho de comunicação social que já existe,
há ruídos, tanto nas mensagens, quanto na linguagem e escuta dos sujeitos.
Percebeu-se que a comunicação pode ser uma via de mão dupla: uma vez que
existe a possibilidade de falar, também existe a possibilidade de calar,
considerando, por vezes, que a transmissão das informações é feita de forma
unilateral.
Os sujeitos explicitaram estar dispostos e interessados na construção de
uma comunicação mais eficaz por meio da implementação do Programa de
Comunicação Social da Bacia de Campos, mantendo-se, assim, esperançosos
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e articulados, ainda que alguns individualmente já tenham desistido de
participar de projetos propostos pelas operadoras em outras ocasiões.
Apresentaram como caminho para o fortalecimento da participação dos
sujeitos da ação educativa a promoção de atividades que façam uso de uma
linguagem mais próxima das comunidades. Sugeriram, também, que algumas
atividades do Programa de Comunicação Social sejam realizadas nos territórios
dos grupos identificados como prioritários. Não foram propostas atividades
específicas, entretanto, percebeu-se o interesse em se ter um encontro que
pudesse congregar sujeitos de diferentes territórios e projetos a partir de um
intercâmbio de experiências vivenciadas nos PEAs.
Plenária após encenações dos grupos
Após a finalização dos grupos, a mediação do evento apresentou breve
análise geral das proposições feitas pelos participantes durante as discussões
da preparação das encenações.
Segundo essa análise, ponto de partida para a discussão da plenária,
existem dificuldades de comunicação entre operadoras e comunidades, e estas
envolvem fundamentalmente questões relativas a conteúdo e linguagem
mencionadas anteriormente.
Existe a necessidade de melhorias na relação entre os PEAs e a
comunicação social efetuada pelas empresas a partir da efetivação do diálogo,
tendo por referência os Planos de Trabalho em andamento e aprovados pelo
Ibama. As próprias comunidades, em uma autocrítica, consideram não estar
articuladas e afirmam não conseguirem dialogar entre si, dificultando a
integração entre projetos e grupos sociais, a difusão e a troca de informações.
Uma análise global das encenações permite acentuar que estas
ressaltaram aspectos comuns. Esse processo traz à tona a possibilidade de
fortalecer as similitudes, ao invés das diferenças, o que é importante na hora de
tomar decisões sobre o que é prioritário comunicar por meio do PCS-BC.
É oportuno destacar sugestões indicadas no decorrer da preparação e da
execução das encenações ou comentado na plenária:
As ações, atividades e processos de discussão relacionados à
educação ambiental ocorrem somente no contexto dos seus
respectivos projetos. Sugere-se que o PCS-BC promova mais
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trocas entre os PEAs, bem como o fortalecimento das ações
existentes por meio da divulgação do que é feito;
É preciso promover a formação continuada na área de
comunicação social (cursos ou grupos de discussão) nos territórios,
no intuito dos sujeitos aprimorarem sua forma de comunicação,
tanto na relação com as empresas, como em espaços públicos
(audiências públicas, por exemplo). É uma forma também de
aprenderem a usar técnicas e instrumentos de comunicação que
poderão ser utilizadas diretamente nas comunidades;
Promover reuniões preparatórias para os próximos Seminários e
Fórum da Pesca, e reuniões de devolutiva das atividades do PCS-
BC nos territórios;
Elaboração de um vídeo do Seminário que possa ser levado como
devolutiva aos demais sujeitos que não participaram do encontro,
bem como a elaboração de materiais audiovisuais de cada projeto
de Educação Ambiental, para que possam ser apresentados em
outras oportunidades (próximos encontros, Rede Comunidade,
Fórum da Pesca etc).
4) Plenária quanto à participação dos PEAs
A plenária sobre a participação dos PEAs se deu a partir da pergunta:
“qual a melhor forma de levar conteúdos para as comunidades e PEAs?”
Um dos pontos novamente colocado foi a necessidade da realização de
reuniões preparatórias nas comunidades para os próximos Seminários.
Encontros esses que poderiam se dar por meio de reuniões microrregionais,
servindo para consolidar entendimentos e expectativas comuns e para mobilizar
para a participação.
Enfatizou-se, também, a importância de se adotar ferramentas de
comunicação com linguagem mais acessível, bem como o cuidado na escolha
do conteúdo que será disseminado, respeitando as especificidades de cada
grupo social e a obrigatoriedade em se tratar dos impactos socioambientais da
cadeia produtiva do petróleo em seus territórios.
Discutiu-se a probabilidade de se aproveitar as atividades já existentes
dos PEAS, no intuito de se promover maior articulação, usando-os, por
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exemplo, como um canal para se explicar as diretrizes e resultados do
Seminário. Como contraponto, colocou-se a necessidade de se ter uma equipe
específica do PCS-BC, composta por profissionais e representantes das
comunidades, tanto para a produção de materiais, quanto para a transmissão
das informações, uma vez que os PEAs já possuem suas demandas e
responsabilidades próprias.
5) Dinâmica de Avaliação
Em função da intensidade do debate, a atividade se estendeu mais do que
o previsto, demandando mais tempo que o planejado.
Objetivamente, os posicionamentos e argumentos trazidos ao longo do
Seminário pelo coletivo permitiram a identificação de diretrizes e
recomendações que ajudarão na sequência do PCS-BC. Igualmente, os
objetivos específicos: fomentar o diálogo e a aproximação entre PEAs e PCS-
BC; e transmitir informações e conteúdos básicos relativos aos PCS e à
comunicação social foram cumpridos. O objetivo específico de avaliar o
Seminário e organizar, a partir daí, as diretrizes e recomendações não
aconteceu como planejado, porém como tais itens foram se destacando ao
longo do evento e registrados nas atividades, a ausência no final de um
momento sintético não comprometeu a qualidade dos resultados e a condição
de explicitação destes no relatório.
7 - Melhorias
Um evento piloto tem um caráter experimental que deve ser reconhecido
para que os aprendizados levem a melhorias em outras atividades similares. Com
a realização deste Seminário, os seguintes itens podem ser indicados como
prioritários para eventos futuros:
1. Verificou-se o envolvimento e entendimento dos participantes em relação
aos objetivos do Seminário no momento da acolhida no 1º dia, contudo, é
oportuna a realização de reuniões preparatórias a serem promovidas
prioritariamente pelas equipes dos PEAs ou com o apoio destas em futuros
eventos. Essas reuniões tratariam dos objetivos e conteúdos a serem
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abordados, preparando-os para uma atuação mais qualificada na atividade.
Esse tipo de exercício de preparação serve também aos PEAs em seu
objetivo de qualificar para a atuação em espaços coletivos ou públicos.
2. O uso metodológico do Teatro do Oprimido se mostrou relevante e
fundamental para os resultados alcançados. A manutenção deste em outras
ocasiões é possível e recomendável, pois possibilita que as pessoas
expressem espontaneamente os seus saberes.
3. Nessa direção, é igualmente importante que ocorram devolutivas após cada
evento do PCS-BC e que estas sejam discutidas durante o próprio evento
para que haja sinergia entre os PEAs e para manter um público mais amplo
informado e interessado no que está sendo desenvolvido como programa
de comunicação social.
8 - Considerações Finais
O Seminário propiciou, de modo inédito, o debate qualificado acerca da
comunicação social no licenciamento ambiental, tendo como condução
metodológica a participação e o diálogo. Ainda que o movimento de construção
conjunta entre operadoras e Ibama, de um programa de comunicação social
integrado para a Bacia de Campos não seja novo, o Seminário trouxe uma
oportunidade concreta de inserir nessa construção os sujeitos da ação
educativa e delimitar, de modo preliminar, diretrizes e encaminhamentos que
viabilizam pontos de interface entre PEAs e o PCS-BC. O Seminário também
gerou momentos de apropriação de conteúdos significativos sobre
comunicação social, por parte desses sujeitos, com vista às ações futuras, e
favoreceu um estreitamento entre as empresas e as comunidades diretamente
influenciadas por suas operações.
Como diretrizes a serem consideradas pelo PCS-BC, é possível sintetizar
alguns pontos destacados ao longo das atividades:
Disponibilizar materiais diversificados que atendam aos diferentes
públicos;
Produzir materiais com linguagem acessível, que coloque em
diálogo saberes técnicos e populares, e que seja variada,
mesclando oralidade, escrita, imagens e corporeidade;
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Envolver os sujeitos prioritários na produção, divulgação e uso dos
materiais comunicacionais;
Tomar os conflitos e impactos socioambientais produzidos pela
cadeia produtiva do petróleo como “temas geradores” que
aproximam e interseccionam PCS-BC e PEAs na intervenção nos
territórios;
Planejar as ações do PCS-BC em diálogo com os PEAs,
identificando pontos de confluência, especificidades e formas de
potencialização de ações;
Fomentar, por meio do PCS, maior integração e troca de
informações entre os PEAs.
Merece destaque a delimitação feita pelos sujeitos da ação educativa
acerca do que entendem por um programa de comunicação social efetivo,
contribuindo para sua avaliação permanente. Para eles, os critérios definidores
são basicamente dois: disseminação, junto às comunidades, de conhecimentos
que permitam entender quais são os impactos ambientais e socioeconômicos, e
o que é feito como medida mitigadora.
Nesse contexto do que pode ser entendido como efetivo, consideram que
uma boa comunicação é aquela que se faz de modo transparente entre os
atores participantes, é continuada, sem interrupções, e que produz seus
materiais com a participação comunitária e a partir do conhecimento detalhado
da realidade das comunidades.
Alguns encaminhamentos possíveis podem ser listados, considerando os
resultados obtidos:
Os PEAs são um caminho para uma boa prática de comunicação,
desde que se respeite suas especificidades e as do PCS-BC, sendo
necessário evitar a sobrecarga das atividades em projetos com
planos de trabalho em andamento.
É pertinente a qualificação de representantes locais em
comunicação social, com ênfase em comunicação popular, no
intuito de se tornarem difusores das informações a partir de uma
linguagem adequada às suas comunidades.
É necessário realizar reuniões continuadas do GT das operadoras
no intuito de idealizar/formatar material de comunicação
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compartilhado, com linguagem apropriada, a ser validado para o
Fórum da Pesca.
É oportuno realizar um levantamento das comunidades, com apoio
dos PEAs, visando à identificação dos veículos de comunicação e
linguagem mais adequados para utilização pelo PCS-BC.
Os resultados do Seminário apontaram, portanto, para o favorecimento de
uma aproximação entre o PCS-BC e PEAs. Da mesma forma, sinalizaram para
que essa interface seja executada por meio de princípios comuns às práticas do
programa e dos projetos. A partir dos encaminhamentos feitos, abre-se para
uma reflexão renovada no sentido de desenvolver o PCS-BC, levando em
consideração os saberes, necessidades e dinâmicas sociais dos sujeitos da
ação educativa.
9 - Listagem dos Anexos
Anexo I Materiais didáticos
Anexo II Registro Fotográfico Seminário
Anexo III Registro Audiovisual
Anexo IV Lista de presença
Anexo V Apresentação PPT Ibama
Anexo VI Apresentação PPT - Ações de Comunicação empreendidas pelas
operadoras
Anexo VII Apresentação PPT - O que é Comunicação Social?
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10 - Execução
Consultoria Responsabilidade Responsável técnico
Desenvolvimento do Roteiro
Metodológico, Mediação do
Seminário e condução de
atividades do Teatro do
Oprimido
Ana Paula Costa
Eloana Gentil
Gianni Queiroz
Marcella Farfan
Logística Manuella Costa
Thâmara Silva
Thiago Vasquinho
Vivian Saddock da Silva
11 - Coordenação
Empresas Equipe responsável
Chévron Charles Guerra
Elaine Goverman
Dommo Energia Juliana Motta
Equinor Maíra Ventura
PetroRio Aline Almeida
Shell Marcela Calil
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Suely Ortega
Petrobras Ana Carolina Almeida de Carvalho
Antonia Maria Duarte
Bernardo Romeiro da Roza
Gisele Oliveira de Alcântara
Graziela Rocha Oliveira
Marjorie Robles Carmona
Murilo Silva Santos