idade moderna. tendências filosóficas pensadores descartes 1596-1650 - racionalista francis bacon...
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Idade Moderna
Tendências Filosóficas
Séc.
Racionalistas Empiricistas Idealistas Materialistas Associacionistas
17 Descartes Spinoza
Hobbes Locke
18 Leibniz Newton Berkley Hume
Kant
La Mettrie Condillac Cabanis
Hartley Reid Steward Mill, James
19 Fichte Schelling Hegel Herbart Schopenhauer
Mill, John S. Hamilton Spencer Darwin Bain
Hu
Pensadores
• Descartes 1596-1650 - Racionalista
• Francis Bacon 1588-1626 - Empirista
• Hobbes 1588-1679 - Empirista/Racionalista
• Spinoza 1632-1677 - Racionalista
• Locke 1632-1704 - Empirista
Racionalismo - Definição A
No sentido metafísico, doutrina segundo a qual nada existe que não tenha sua razão
de ser, de tal maneira que por direito, senão de fato, não há nada que não seja
inteligível
Racionalismo - Definição B
Doutrina segundo a qual todo conhecimento certo provém de princípios irrecusáveis, a
priori, evidentes, de que ela é conseqüência necessária, e por si sós, os sentidos não podem fornecer senão uma
idéia confusa e provisória da verdade.
(Descartes, Espinoza, Hegel)
Racionalismo - Definição C
A experiência só é possível para um espírito que tenha disciplina intelectual: fé na
razão, na evidência e na demonstração; crença na eficácia da luz natural.
(Kant)
Racionalismo - Definição D
Doutrina segundo a qual só nos devemos fiar na razão (sistemas de princípios
universais e necessários) e não admitir nos dogmas religiosos senão o que ela reconhece como lógico e satisfatório
segundo a luz natural.
(Teólogos, definição dominante
até século XIX)
Empirismo
Nome genérico de todas as doutrinas filosóficas que negam a existência de
axiomas enquanto princípios de conhecimento logicamente distintos da
experiência.
Empirismo
Do ponto de vista psicológico, opõe-se ao racionalismo inatista, que admite a
existência no indivíduo de princípios de conhecimento evidentes. Por exemplo,
Locke versus Descartes.
Empirismo
Do ponto de vista gnosiológico, o empirismo é a doutrina que, reconhecendo ou não a existência de princípios
inatos no indivíduo, não admite que o espírito tenha leis próprias que difiram das coisas conhecidas e, por
conseguinte, baseia o conhecimento do verdadeiro apenas sobre a experiência, fora da qual admite apenas
definições e hipóteses arbitrárias.
Por exemplo, Spencer contra Kant.
Francis Bacon
• Escritor inglês e político inglês.
• Escreveu sobre ética, filosofia, direito, ciência e história.
Bacon e o poder da ciência
• “Um fato, cientificamente baseado no conhecimento, poderia se transformar numa fonte de domínio do homem sobre a natureza, que este era o caminho ‘para a utilidade e poder do homem’ passar de imitador passivo para dominador ativo da natureza” Hearnshaw, 1987.
Bacon e a crítica das ‘aprendizagens’
• Aprendizagem de contenção – escolástica
• Aprendizagem sutil – humanistas
• Aprendizagem fantástica – mágicos, alquimistas, hermenêutica.
Francis Bacon (1561-1626)
Ontologia
• Distingue uma alma espiritual de origem divina e uma alma sensível comum aos animais para a qual oferece uma explicação fisiológica.
Francis Bacon (1561-1626)
Epistemologia
Francis Bacon (1561-1626)
Lógica• A descoberta do conhecimento verdadeiro depende
da experimentação e da experiência guiados pelo
raciocínio indutivo.• Propõe o NOVO ORGANUM que consistia na
descrição pormenorizada dos fatos; diferenciando-se a ocorrência dos fenômenos e suas ausências para estabelecer a relação causal. Não deu
suficiente importância a formulação de hipóteses.
Francis Bacon (1561-1626)
Ética • Teoria dos Ídolos. Ídolos devem ser combatidos por
paralisarem o raciocínio objetivo.• Idola tribus - tribo - desejo, prazer, imaginação (fatores
emocionais);• Idola specus - caverna - viéses, - caracter pessoal e
educação;• Idola fori - mercado - problema das armadilhas da
linguagem• Idola theatri - teatro - autores e suas teorias individuais.
René Descartes (1596-1690)
• Primeiro filósofo moderno;• Acreditava que ciência e
matemática podiam fazer predições no mundo físico;
• Desenvolveu o sistema de coordenadas cartesianas para fazer gráficos de equações e formas geométricas.
• Mapas modernos usam uma rede gráfica decorrente do sistema cartesiano.
• Racionalista
René Descartes (1596-1650)Ontologia• A alma não é mais entendida nos termos de Aristóteles e
dos escolásticos, como forma do corpo e princípio de vida. Trata-se do pensamento da substância consciente.
• Mente é redefinida como consciência e não conserva mais semelhança com o corpo, pois o corpo é divisível e a mente não. "Cogito ergo sum" Dualismo: RES COGITANS - espírito como substância não extensa
• RES EXTENSA - corpo como substância material.
René Descartes (1596-1650)
Epistemologia• Conhecimento - o poder de conhecer um todo indivisível
funcionando de modo simples, idêntico e absoluto-• - idéias adventícias (da experiência)• - idéias factícias ou combinatórias (inventadas)• - idéias inatas (colocadas por Deus)• "eu pensante imperfeito e finito é dotado da idéia de
perfeição e infinitude." Em "Meditações" (1641)
• Prova a existência de Deus como fundamento da
objetividade.
René Descartes (1596-1650)
Mente• consciência pura• pensamento• vontade• não biológica• compreensão/
vontade• julgamentos
Corpo• sensações• movimentos• emoções e paixões• biológica• área confusa entre
mente e corpo (emoções, percepções)
Descartes (1596-1650)
Consciência Substância Pensante
Compreensão Vontade
Idéias Volições
Julgamentos
Sensações Movimentos Apetites – Paixões
Corpo
René Descartes (1596-1650)
Lógica
• Diferenciação entre idéias e objetos através do método: o novo racionalismo.
• Baseado na matemática e na geometria.
• A ciência deve ser quantitativa e matemática.
René Descartes (1596-1650)
Método • “Não aceitar coisa alguma por verdadeira que eu não
conheça como evidentemente verdadeira”
(Evidência)• “Dividir as dificuldades em tantas partes quanto possível”
(Análise)• “Conduzir por ordem os pensamentos, indo por etapas, do
simples para o composto”
(Síntese)• “Fazer enumerações tão completas e revisões tão gerais
que eu tenha a certeza de nada omitir”
(Exaustivo)
René Descartes (1596-1650)
Ética• Livre arbítrio como regulador das paixões pela
sabedoria do desenvolvimento racional.• “Tende a demonstrar que o pensamento e a
vontade podem assegurar a libertação interior do homem, cuja capacidade de formar juízos constitui o mais alto sinal de liberdade. Exercê-la,... sinal de sabedoria e juízo.”
René Descartes (1596-1650)
• As seis paixões fundamentais ou primitivas
• admiração atenção
• amor atração
• ódio repulsa
• desejo orientado para o futuro
• alegria satisfação do desejo
• tristeza não satisfação do desejo
Thomas Hobbes (1588-1679)
• Filósofo e pensador político inglês;
• Um dos primeiros, no ocidente a desenvolver uma justificação para o estado político.
Hobbes (1588-1679)
Ontologia• - O problema do fundamento é explicado através de um ser
humano automovente (condição vital e voluntária)
• - É considerado um corporalista pela relação fundamental entre corpo e movimento.
• - O corpo responde através de movimentos de atração ou aversão.
• - Os movimentos são impulsos particulares e reativos. O corpo é considerado como sendo uma máquina complicada.
• - Toda alteração é movimento
Hobbes (1588-1679) Novo
Epistemologia: Duas classes de conhecimento:
• Conhecimento do fato que são os sentidos e a memória.
• Pensamentos são cópias de sensações passadas por experimentação (associação) conjunta.
• Conhecimento da conseqüência que vai de uma afirmação para outra – que é propriamente a ciência.
Hobbes (1588-1679)
Lógica
• Relações de causa e efeito explicadas pela relação antecedente conseqüente.
Hobbes (1588-1679)
Ética
• Problema do ato livre dada a condição anti-social do homem. Daí defender a necessidade das leis.
Spinoza (1632-1677)
• Filósofo racionalista• Judeu, nascido em Amstardã• Expulso da Sinagoga em 1656• Polidor de lente• Não aceita cátedra na
Universidade de Heidelberg
Spinoza (1632-1677)
Ontologia• Reconhece a existência da "extensão" - o
mundo das coisas materiais - e da consciência. • Explica a relação causal entre coisas e idéias
através da teoria do paralelismo na qual cada idéia tem uma contrapartida física, um objeto, e cada objeto tem uma contrapartida ideacional
Spinoza (1632-1677)
EpistemologiaConhecimento
Quatro representações:
• 1. transmissão verbal
• 2. experiências vagas
• 3. relação de um efeito com uma causa.
• 4. intuitivo e direto da natureza
Spinoza (1632-1677)
Lógica
• O conhecimento certo e autêntico é obtido através das verdades matemáticas. Preocupado em definir axiomas e conexões.
Spinoza (1632-1677)
Ética
• A liberdade é uma ilusão. Os humanos imaginam-se livres porque têm consciência de suas volições e de seus desejos, quando são completamente ignorantes em relação as causas que levam ao desejo.
John Locke (1632-1704)
• Médico entusiasmado com a experimentação. Acreditava que o futuro está na tecnologia
• Traz uma filosofia de senso comum
• Entende que poderes e inclinações realizam-se unicamente na experiência
Locke (1632-1704)
Ontologia
• Critica princípios inatos ou noções comuns. • Entendimento é uma tábula rasa na qual a
experiência vai se escrevendo.
Locke (1632-1704)
Epistemologia• As idéias vem da experiência e dela
deriva a mente. • O conhecimento e os materiais do
pensamento percebidos e refletidos pelo nosso EU são provenientes da observação dirigida para os objetos externos e sensíveis ou para as operações internas da nossa mente
Locke (1632-1704)
Lógica
• Leis associativas (causais ou racionais)
— similaridade— contigüidade
Locke (1632-1704)
Ética
• A dignidade do homem está no seu poder de resistir as inclinações inferiores, opor-se à seus desejos e tendências para seguir unicamente as prescrições da razão - evitar associações irregulares.
• Ignora aspectos da vida emocional
Baruch Spinoza (1632-1677)
Holanda
John Locke (1632-1704)
Inglaterra Substância [ontologia] [objeto]
-
Sujeito para Conhecimento [Epistemologia]
Experiência Consciência Experiência Consciência
Explicação [Lógica]
Método Método
Sujeito para Escolha (Ética)
Desejo Idéia Desejo Idéia
Baruch Spinoza (1632-1677)Holanda
John Locke (1632-1704)Inglaterra
Substância [ontologia] [objeto]
-Ilimitada = Natureza =Realidade- Conatus- Determinismo - Causalidade- Inatismo- Hedonismo
- Vazia- Papel branco- Tábula Rasa- Experiência- Hedonismo
Sujeito para Conhecimento [Epistemologia]
Experiência Consciência Experiência Consciência
Objetos Idéias Sentido Externo
Sensação
Sentido Interno
Abstração
Paralelismo Psicofísico Experiência Dupla
Explicação [Lógica]
Método Método
Geometria - MatemáticaRacionalismo AbsolutoAssociações
Intuição - MatemáticaEmpirismo RacionalAssociações
Sujeito para Escolha (Ética)
Desejo Idéia Desejo Idéia
Bem supremoEterna BeatitudeLiberdade vs. Determinismo[sabedoria]Ignorância vs. CausalidadeEducação vs. Associações
IgualdadeLiberalismoDignidade vs. Inclinações inferioresEducação: evitar associações irregulares
Leibniz (1646-1716)
• Crítico do dualismo de Descartes (não explica a percepção)
• Crítico do empirismo de Locke (tábula rasa despreza virtualidades inatas)
Leibniz (1646-1716)
Ontologia
• O universo é composto de incontáveis centros de consciência de força espiritual ou energia, conhecidas como Mônadas. Cada mônada representa um microcosmo individual refletindo o universo em vários graus de perfeição e desenvolvendo-se independentemente das outras mônadas.
Leibniz (1646-1716)
Epistemologia• Refere-se a vida mental como um campo
limitado. Não é possível refletir sempre sobre todos os nossos pensamentos.
• A atenção restringe-se ao estado de vigília.• Os hábitos são constituídos pela degradação
da percepção e da ação. • Introduz o conceito de que os julgamentos e
raciocínios recebem influências das percepções insensíveis.
Leibniz
Níveis de representação
• Nível inconsciente de pequenas percepções
• Nível sensorial - percepções mais nítidas
• percepção - autoconsciência
Leibniz (1646-1716)
Lógica
• Racionalista e reflexionista. Foi um grande matemático. Desenvolveu o cálculo diferencial e integral.
Leibniz
Ética
O Desejo, do mesmo modo que a percepção, é definido em três níveis
• o mais simples nível de impulso inconsciente
• nível intermediário
• desejo autoconsciente
Idéia LiberdadeHobbes -Sucessão de idéias
- Relação causa e efeito
-Todos os homens são iguais;- Liberdade não existe;- Leis são necessárias para regular as relações sociais;- Hedonista
Spinoza - Associacionista - Liberdade é uma ilusão;
Locke - Introspecção- Das idéias simples para as idéias complexas
- Defensor da democracia, da cidadania e do direito de propriedade.
Hume -Das idéias simples para as idéias complexas- Das relações entre fato e entre relações
- A razão é escrava das paixões
Leibniz - Julgamentos e raciocínios recebem influências de idéias não sensíveis, fala em graus de percepção.
- Graus de desejos-