ii simpósio de ciências biológicas · 2010. 11. 2. · iii simpósio nordestino de ciências...
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II Simpósio de Ciências Biológicas
Universidade Católica de PernambucoRecife - Pernambuco
23 a 27 de agosto de 2010
3 - ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DO MEIO AMBIENTE POR MEIO DE PRÁTICAS DEEDUCAÇÃO AMBIENTAL COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Glaydson Thales de Albuquerque Rodrigues¹ ([email protected]);Amanda Souto Maior Peixe¹ ; Anne Magadiele dos Santos¹; Juliana Gonçalves de Araújo¹;
Mônica Maria de Santana¹; Maria Fernanda Abrantes Torres¹;
1Depto. de Ciências Geográficas, Centro de Filosofia e Ciências Humanas-CFCH/UFPE
RESUMOO acúmulo de resíduos sólidos representa atualmente um dos maiores problemas
ambientais, sendo de extrema importância a inserção de práticas de educação ambiental
nas escolas como modo de mitigar e prevenir essa problemática. Desta forma, o presente
trabalho objetivou analisar a percepção dos alunos sobre a destinação correta do lixo, sua
reutilização e consequentemente a sua visão ambiental através destas práticas,
realizadas nas escolas Santa Terezinha do Menino Jesus e Professor Cândido Duarte. A
atividade realizada na primeira escola foi a dos mapas mentais, com crianças de 9 a 11p p , ç
anos de idade, e na segunda escola foram aplicados questionários com pré-adolescentes
de 11 a 14 anos de idade. Na primeira escola percebeu-se bastante afetividade com os
locais em que vivem apesar de conviverem com a presença dos resíduos sólidos, como
ilustrado por 50% deles. Os alunos da segunda escola mostraram, através dos
questionários que poucos conhecem a coleta seletiva apesar de maior parte preservar oquestionários, que poucos conhecem a coleta seletiva, apesar de maior parte preservar o
meio ambiente. Com isso, se faz necessário a introdução de práticas de educação
ambiental no processo pedagógico das escolas para a formação pessoal e social
adequada dos alunos.
Palavras-chave: Resíduos sólidos; Escolas
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1. INTRODUÇÃO
Um dos problemas ambientais de maior expressividade e consequência nos dias atuais é
a destinação em locais inadequados do lixo por meio da população e sua acumulação. A
produção industrial acelerada, juntamente com o aumento considerável do consumo
imposta pela produção capitalista, tem contribuído para a voluptuosidade dos resíduos
sólidos descartados diariamente pela humanidade, acarretando problemas ambientais que
interferem na conservação dos recursos naturais e principalmente na saúde pública.
Com isso há a necessidade de uma educação ambiental na conjuntura da globalização
vivida. A Educação Ambiental deverá ser capaz de catalisar o desencadeamento de ações
que permitam preparar os indivíduos e a sociedade para o paradigma do desenvolvimento
sustentável (DIAS, 2004 apud SOUTO; FELICIANO; MARQUEZIN, 2009, p. 2). Essas
práticas devem ser iniciadas a partir dos professores nas escolas, pois estes comop p p , p
educadores têm o dever de gerar o conhecimento necessário para a amenização e
prevenção dessa problemática. O tratamento da educação ambiental ainda é como
atividade extra-curricular, pela sua condição não-linear de conhecimento (TRISTÃO,
2008). Muitas vezes, por não saber onde incluir as práticas de educação ambiental nas
diversas disciplinas há uma exclusão destas práticas por parte dos educadores quediversas disciplinas há uma exclusão destas práticas por parte dos educadores que
acabam impedindo um desenvolvimento de um processo permanente e participativo, do
respeito à diversidade biológica, social e cultural.
A percepção do meio ambiente é definida como uma tomada de consciência e
compreensão pelo homem do meio ambiente no sentido mais amplo, envolvendo bem
mais que uma percepção sensorial individual, como a visão ou a audição (WHYTE, 1978
apud BEZERRA; FELICIANO; ALVES, 2008). Neste sentido, objetivou-se no presente
trabalho avaliar, através da percepção ambiental dos alunos das escolas Santa Terezinha
do Menino Jesus e Professor Cândido Duarte, a respeito do processo de geração do lixo
e sua reutilização através da coleta seletiva, constatando assim a importância da
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educação ambiental nas escolas subsidiando mais ações educativas para o
desenvolvimento de uma conscientização do ambiente natural através do ensino
pedagógico.
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2. MATERIAL E MÉTODOSEste trabalho foi realizado nas escolas Santa Terezinha do Menino Jesus e Professor
Cândido Duarte, a primeira localizada em Tamandaré, Município do Litoral sul
pernambucano e a segunda no bairro da Várzea, no Município do Recife. Em ambas as
escolas foram apresentadas uma oficina de educação ambiental que tinha como objetivo
mostrar a importância socioambiental da coleta seletiva, criando a conscientização dos
alunos desde o ato do consumo até o destino final dos resíduos gerados intitulada comoalunos desde o ato do consumo até o destino final dos resíduos gerados, intitulada como
“preciclar” apresentada sempre após as atividades.
A coleta dos dados com os alunos em ambas as escolas ocorreu no mês de junho de
2010 e em cada uma realizou-se metodologias diferentes. Na escola Santa Terezinha do
Menino Jesus era uma turma unificada do 4° e 5° ano do Ensino Fundamental e
ti i d ti id d 16 l f i tá i i d t 9 11 d id dparticiparam da atividade 16 alunos com faixa etária variando entre 9 e 11 anos de idade.
Nessa escola foi utilizada a metodologia de mapas mentais, que exercem a função de
tornar visíveis pensamentos, atitudes, sentimentos, tanto sobre a realidade percebida
quanto sobre o mundo da imaginação (OLIVEIRA, 2006; SILVA; SALGADO, 2009). Esta
metodologia é considerada a melhor para se trabalhar com indivíduos com pouca ou
nenhuma escolaridade a questão socioambiental pelas informações simbólicas e objetivas
que poderão ser fornecidas.
Foi solicitado que descrevessem através de desenhos em papel branco tamanho A4 o
local onde moravam e que descrevessem em frases curtas a ilustração incluindo o nome
completo e a idade, tendo em vista que nessa fase da educação primária já pode ser
introduzido nessa metodologia o uso das palavras. A atividade teve duração média de 50
minutos.
Com os alunos da escola Professor Cândido Duarte foram aplicados 35 questionários,
sendo 21 deles com alunos do 7° ano e 14 do 8° ano do Ensino Fundamental, com faixa
etária variando entre 11 e 14 anos de idade. Os questionários possuíam sete questões
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etária variando entre 11 e 14 anos de idade. Os questionários possuíam sete questões
abertas sobre a coleta seletiva e preservação ambiental para análise do conhecimento
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que estes alunos possuem sobre a preservação do meio natural. A atividade teveduração média de 45 minutos.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃOFinalizada as atividades e já com todos os dados coletados, se iniciou o processo de
análise. Nos desenhos, foram identificados e interpretados aqueles com temas mais
frequentes, ou seja, os que retratavam “fielmente” o ambiente em que moravam.
Para a interpretação e análise dos mapas mentais os símbolos apresentados foramPara a interpretação e análise dos mapas mentais os símbolos apresentados foram
classificados em componentes naturais, divididos em elementos biológicos ou físicos, e
componentes antrópicos (DI GIOVANNE, 2001; LO SARDO; ZUIN; OLIVEIRA, 2007).
68,75% dos alunos representaram paisagens naturais, sobretudo elementos físicos (sol e
nuvens) e biológicos (árvores, flores, aves, borboletas) dando a idéia de afeto ao lugar. O
t t ó i t d l já f i li it d d i í icomponente antrópico apareceu em todos eles, já que foi solicitado de início que
retratassem o local onde moravam (casas, postes, lixeiros, lixos, ser humano, ruas), com
destaque para a simbologia do lixo, que foi representada em 50% das ilustrações.
Figura 1. Elementos físicos, biológicos eantrópicos.
Figura 1. Elementos antrópicos e biológicos.
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p
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Os lugares são carregados de sensações emotivas principalmente porque nos sentimos
Figura 3. Elementos antrópicos. Figura 4. Elementos antrópicos.
g g ç p p p q
seguros e protegidos (MELLO, 1990; LEITE, 1998). Para os alunos, os lugares em que
vivem representam sensações de afetividade, podendo ser este um ambiente qualquer,
sendo demonstrado nos desenhos pelos componentes naturais do mesmo.
Os questionários foram avaliados de acordo com as perguntas mais pertinentes, tais
como:como:
1 - Conhece a coleta seletiva? Do que se trata?
2 - Você conhece algum lugar com depósitos de coleta seletiva? Onde?
3 - Na sua casa se tem o costume de separar o lixo para reciclagem? Se sim, de que
forma?
4 V ê i bi t ê i ?4 - Você preserva o meio ambiente em que você vive?
De acordo com os resultados obtidos 31% dos participantes conhecem a coleta seletiva
(Figura 5A) e sabem do que se trata, porém 60% não conhecem nenhum local que
possua os PEV’s (ponto de entrega voluntária) da coleta seletiva (Figura 5B). Apenas 26%
possuem o hábito em casa de separar o lixo para reciclagem (Figura 5C), embora 3% dos
alunos responderem que não preservam o meio ambiente de nenhuma forma e 9%
preservam às vezes (Figura 5D).
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A B
Pode-se perceber através desses resultados que as práticas de educação ambiental
l ã d t i tâ i ã ó i bi t õ
Figura 5. Percepção dos alunos sobre a: A) coleta seletiva, B) locais de PEV’s, C) seleção do lixo em casa, D) preservação do meio ambiente.
C D
nas escolas são de extrema importância não só para o meio ambiente e gerações
futuras, mas também para a formação pessoal de cada aluno, uma formação crítica
perante a sociedade e seus problemas, para que estes, ao atingirem sua maturidade,
criem uma postura ecológica e usufruam de uma consciência voltada para
sustentabilidade.
De acordo com Courtois (1958), as intervenções do educador devem sempre ter por
consequência despertar na criança o senso da responsabilidade e da consciência
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pessoal, onde um dia a influência do educador deverá ser substituída pelo sentimento do
dever. Ainda de acordo com o mesmo autor, é sobretudo na puberdade que a criança é
extremamente sensível à influência da escola.
4. CONCLUSÃO
Os mapas mentais deixam claro que, apesar de conviverem diariamente com o acúmuloOs mapas mentais deixam claro que, apesar de conviverem diariamente com o acúmulo
de resíduos sólidos no ambiente em que vivem, os alunos, ainda assim, possuem uma
visão bastante fantasiosa e eufemista do mesmo, onde o afeto sobre o lugar sobressaiu
em mais da metade dos desenhos.
De acordo com os resultados obtidos nos questionários percebe-se que ainda há uma
precariedade nas práticas educativas voltadas para o meio ambiente pois é visível comprecariedade nas práticas educativas voltadas para o meio ambiente, pois é visível com
os dados das atividades que poucos são os alunos que conhecem a coleta seletiva e
realmente sabem do que se trata, mesmo que estes pratiquem a preservação ambiental.
Os conceitos e percepções que os professores trazem com relação aos temas meio
ambiente e educação ambiental interferem na sua prática pedagógica bem como na
formação dos alunos, pois dificultam uma visão mais crítica, participativa e reflexiva
destes com relação ao mundo que os cerca (BEZERRA; FELICIANO; ALVES, 2008, p.
155).
Percebeu-se, a partir deste trabalho, que há a necessidade de implantação de projetos de
educação ambiental nas escolas, projetos estes que tenham uma continuidade durante os
períodos de ensino do ano letivo, pois em ambas as escolas os alunos demonstraram-se
bastante receptivos e participativos com o tema abordado, de modo a mostrar a
importância do meio ambiente não só nos seus aspectos naturais como também sociais e
as relações de reciprocidade entre estes, para que essas práticas pedagógicas possam
se expandir perante os locais onde residem cada aluno, nas suas comunidades, com seus
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p p , ,
vizinhos e assim sucessivamente, de modo a refletir nas gerações futuras.
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Acreditar no jovem é importante para se pensar no amanhã, no futuro da humanidade. A
esperança volta-se para o papel da educação na transformação social, a mudança de
paradigma social leva a transformar a ordem econômica, política e cultural, o que é
impensável sem uma transformação das consciências e comportamento das pessoas
(LEFF, 2001; GADOTTI, 2007).
ÊREFERÊNCIASBEZERRA, T. M. O; FELICIANO, A. L. P; ALVES, A. G. C. Percepção ambiental de alunose professores do entorno da Estação Ecológica de Caetés – Região Metropolitana doRecife. Biotemas (UFSC), v. 21, p. 147-160, 2008.
COURTOIS, Pe. G. A arte de educar as crianças de hoje. 2ª Edição. Rio de Janeiro:Livraria Agir, 1958, 258p.
GADOTTI, M. Educar para um outro mundo possível / Moacir Gadotti. – 1. Ed. – SãoPaulo: Publisher Brasil, 2007.
LEITE, A. F. O lugar: Duas acepções geográficas. In: Anuário do Instituto de Geociência –UFRJ. Rio de Janeiro: 1998, v. 21, p. 9-20.
LO SARDO, P. M; ZUIN, V. G; OLIVEIRA, H. T. Diagnóstico por meio da análise de mapasmentais: planejamento de ações em educação ambiental. In: VI Congresso de MeioA bi t d AUGM AUGM 2009 2009 Sã C l SP A bi t AUGM 2009 SãAmbiente da AUGM-AUGM 2009, 2009 São Carlos-SP. Ambiente AUGM 2009. SãoCarlos-SP, 2009.
ONTORIA PENÃ, A. Aprender com mapas mentais / A. Ontoria, A. de Luque e J. P. R.Gómez; tradução Silvia Mariângela Spada. – 3. Ed. – São Paulo : Madras, 2008. Títulooriginal: Aprender com mapas mentales.
SILVA, E. N. M; SALGADO, C. M. A percepção ambiental por meio de mapas mentais -Metodologia aplicada a estudantes do Ensino Fundamental em São Gonçalo referente aoMetodologia aplicada a estudantes do Ensino Fundamental em São Gonçalo referente aotema: Bacias Hidrográficas. In: XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada,2009, Viçosa. Anais.... Viçosa : Depto. Geografia - UFV, 2009. v. 1.
SOUTO, A. C. G; FELICIANO, A. L. P; MARQUEZIN, C. Percepção ambiental: Oproblema do lixo na comunidade do Tururu, entorno da Mata do Janga, Paulista/PE. In: IXJornada de Ensino, Pesquisa e Extensão - JEPEX 2009. UFRPE. Recife. 2009.
TRISTÃO, M. A educação ambiental na formação de professores: redes de saberes. /
72
, ç ç pMartha Tristão. 2ª edição. São Paulo: Annablume; Vitória: Facitec, 2008.
4 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL: A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS NA EXPERIÊNCIA DEIMPLANTAÇÃO DE COLETA SELETIVA EM REDE ESCOLAR MUNICIPAL DEIPOJUCA - PE
Maria da Glória Epifânio Pereira Silva¹ ; Andrea Maria Calvanti¹ ; Maria do Amparo Macedo Leal¹ ; Edna Maria de Brito¹ ; Maria Laudisângela Felix Marinho da Silva¹
¹Prefeitura Municipal do Ipojuca – Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente
RESUMOA presente pesquisa vem mostrar uma experiência de Educação Ambiental desenvolvida
para discentes do ensino básico de 03 escolas do município de Ipojuca; Escola Municipal
Bela Vista, Mário Júlio do Rêgo e Escola Particular Nova Visão. A Secretaria de Tec. e
Meio Ambiente - SETMA em parceria com a Secretaria de Educação - SEDUC, começou
a desenvolver desde o ano de 2009 o projeto de implantação da coleta seletiva em
escolas municipais de forma lúdica e bastante informativa. Para a implantação da coleta
seletiva, foram utilizados 05 coletores de resíduos específicos para fazer a demonstração
de como deve-se destinar e separar corretamente os resíduos gerados e consumidos pela
sociedade. Sendo assim a metodologia utilizada foram apresentações de peças de teatro
ambiental desenvolvida pela equipe técnica da SETMA. Como instrumento informativo
foram utilizados 1.000 panfletos sobre coleta seletiva trazendo definição de resíduo,
coleta seletiva, importância da reciclagem e patologias associadas ao lixo. Como forma deco eta se et a, po tâ c a da ec c age e pato og as assoc adas ao o Co o o a de
disseminar a prática dos 05 R’s, a equipe técnica apresentou brinquedos de garrafa pet e
outros materiais reciclados aos alunos. Ao término das apresentações ambientais os
coletores de resíduos permaneceram nas referidas escolas para assim dar continuidade
com a prática educativa.
Palavras chave: Conscientização; Educação Ambiental
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Palavras- chave: Conscientização; Educação Ambiental.
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1. INTRODUÇÃO
O município de Ipojuca possui uma área de 527km2, (A21-IPOJUCA, 2004). A população
é composta por 75.512 habitantes (IBGE, 2009). Está região produz de 75 a 100
toneladas de resíduos sólidos diariamente (PREFEITURA MUNICIPAL DO IPOJUCA,
2009).
Segundo a Lei nº 9.795 de 1999, entende-se por educação ambiental os processos porSegu do a e 9 95 de 999, e te de se po educação a b e ta os p ocessos po
meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente,
bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Esta pesquisa apresenta um relato da experiência de implantação de coleta seletiva em
três escolas da rede municipal de Ipojuca que iremos atribuir as letras A B e Ctrês escolas da rede municipal de Ipojuca, que iremos atribuir as letras A, B e C,
respectivamente para as escolas: Municipal Bela Vista, Municipal Mário Júlio do Rêgo e a
Particular Nova Visão, para melhor entendimento e visualização dos resultados da
pesquisa. A primeira localizada no bairro de ruropólis em Ipojuca (sede), e a segunda e
terceira localizadas no distrito de Nossa Senhora do Ó. A implantação de coleta seletiva
faz parte do planejamento anual da Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente e possui a
proposta de atender a rede escolar municipal e a comunidade local. Inicialmente estamos
executando esta ação nas escolas por ser local essencialmente dedicado à formação de
aluno/cidadão para com a vida e o meio ambiente, principalmente por eles serem
multiplicadores de informações.
Um processo educativo deve, pois, começar por um diagnóstico a respeito das
referências e das práticas das pessoas para as quais o processo se volta e envolve o
desenvolvimento da cognição ambiental, onde as pessoas compreendem, estruturam e
aprendem sobre o tema (BASSANI, 2001). Neste contexto, a escola representa um
ambiente ideal para desenvolver o conhecimento, valores, atitudes e atributos favoráveis
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p , ,
ao meio, sendo a Educação Ambiental uma ferramenta fundamental para interagir neste
processo (DIAS, 1998; SILVA; LYRA; ALMEIDA-CORTEZ, 2003).
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O presente estudo teve por missão realizar palestras de sensibilização sobre as questões
ambientais referentes ao lixo e coleta seletiva, implantar coletores específicos de resíduos
e por fim avaliar o grau de compreensão para com essa temática ambiental, através da
aplicação de um questionário específico a alunos do ensino básico. Sendo assim é por
meio dessas práticas que mostramos que, com criatividade e inovação, podemos alcançar
a sensibilização e a percepção da sociedade em especial a crianças em fase de
desenvolvimento e absorção de conhecimento. A Educação Ambiental constitui um
importante instrumento de mobilização da comunidade para mudança de hábitos e
comportamentos, especialmente em projetos relacionados à coleta seletiva (Dias, 1998).
2. MATERIAL E MÉTODOSForam utilizados 05 coletores de resíduos específicos (azul - papel, vermelho - plásticos ,
marrom – resíduos orgânicos, verde - vidro, amarelo - metal), para demonstração em
peça de teatro de educação ambiental. Outro instrumento de informação utilizado foi um
panfleto de caráter educativo, explicando sobre coleta seletiva, importância da reciclagem,
tipos de resíduos e coletores específicos para cada resíduo, patologias associadas ao
acúmulo e destino incorreto do lixo, problemas sociais e ambientais proveniente ao seu
manejo impróprio. Foram distribuídos 1.000 panfletos desse conteúdo. Objetos como
brinquedos de garrafa pet’s, utensílios decorativos para ambientes internos e bijuterias
proveniente da reciclagem foram utilizados para mostrar a importância da prática dos 05
R’s Um computador portátil (notebook) e um data-show foram utilizados para exibição deR s. Um computador portátil (notebook) e um data show foram utilizados para exibição de
apresentações, imagens e curtas metragem (filmes) focando a temática da coleta seletiva,
reciclagem e meio ambiente. Para os registros fotográficos foi utilizado uma câmera digital
do tipo Kodak Easy Share (C813), de 8.2 mp e 3x de zoom óptico
Como forma de sensibilizar os alunos a equipe técnica da Secretaria de Tec. e Meio
A bi t l b t i d t t l bi t l tili d d i
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Ambiente, elaborou um pequeno roteiro de uma peça teatral ambiental utilizando dois
personagens (o saponildo e a marianinha) que retratou passo a passo, como devemos
fazer a coleta seletiva, explicando sua importância para o meio ambiente e para a
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sociedade em geral. A equipe também realizou contos e cantos ecológicos.
Foi utilizado um questionário específico semi-estruturado, constando de 13 indagações
(anexo A), instrumento esse que busca avaliar o grau de percepção dos alunos e levantar
dados referente à temática em questão.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃOA li ã d ti á i (A A) t t li ã d 86 l d 33A aplicação do questionário (Anexo A) totalizou na percepção de 86 alunos, sendo 33
alunos da 3ª série da Escola Municipal Bela Vista (A), 36 alunos da 5ª série da Escola
Municipal Mário Júlio do Rêgo (B) e 17 alunos da 4ª série da Escola particular Nova Visão
(C) A faixa etária desses alunos é de 8 – 13 anos e a pesquisa foi realizada entre os
meses de abril, maio e junho de 2010. Das 13 perguntas apresentadas no questionário,
07 foram selecionadas para serem comparadas quanto ao grau de conhecimento dos
alunos das 03 escolas, sendo assim foi obtido o seguinte resultado; inicialmente a
pesquisa foi aplicada na escola Bela Vista (A) onde, 79% desses alunos entrevistados
afirmaram que tinha sim conhecimento sobre coleta seletiva, o mesmo percentual foi
obtido nos alunos da escola Mário Júlio do Rêgo (B) e 94% foi o resultado na escola Nova
Visão (C). Foi perguntado a eles se achava importante que houvesse coleta seletiva em
sua comunidade e os resultados foram os seguintes; 82% dos alunos da escola (A)
disseram sim e 100% das escolas (B) e (C) também afirmaram que sim. Questionou-se
deles se os mesmos sabem para que serve a coleta seletiva e 76% dos alunos da escola
(A) disseram sim 92% foi o resultado dos alunos da escola (B) e 94% dos entrevistados(A) disseram sim, 92% foi o resultado dos alunos da escola (B) e 94% dos entrevistados
da escola (C) também afirmaram que sim. A questão de número 4 do questionário
procurou analisar, se os alunos sabiam o significado da reciclagem e 45% dos alunos da
escola (A) disseram que sim, e responderam que reciclagem é o reaproveitamento do lixo
para outros fins; na escola (B) 56% também disseram que sabiam do significado de
i l fi 47% d l d l (C) fi h i t
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reciclagem e por fim 47% dos alunos da escola (C) confirmaram o mesmo conhecimento.
No questionário perguntou-se se após a implantação dos coletores de lixo, se eles
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notaram se a aparência da escola mudou e o resultado foi que 67% dos alunos da escola
(A) afirmaram que sim, já na escola (B) 80% também notaram diferença no visual da
escola, e a última escola (C) confirmaram em peso com 94% de opinião formada, quanto
à mudança da aparência geral da instituição educacional.
Uma pergunta leva a outra se por um lado eles notaram que após a implantação de
coletores de lixo na escola, surtiu efeitos positivos na aparência do local, por outro lado ocoletores de lixo na escola, surtiu efeitos positivos na aparência do local, por outro lado o
que eles fazem para manterem a escola com esse visual; foi o que responderam 58% dos
alunos da escola (A) dizendo que procuram não jogar o lixo no chão, logo 89% dos alunos
da escola (B) também responderam o mesmo que a escola (A) e 94% dos entrevistados
da escola (C) também afirmaram que o que fazem para manter a escola limpa é não jogar
o lixo no chão A 8ª pergunta do questionário buscou analisar o que eles tinham aprendidoo lixo no chão. A 8ª pergunta do questionário buscou analisar o que eles tinham aprendido
com as apresentações de coleta seletiva do lixo e obteve-se o seguinte dado: 39% dos
alunos da escola (A) responderam que aprenderam a separar o lixo corretamente, 44%
dos alunos da escola (B) também responderam o mesmo e 59% dos alunos da escola (C)
disseram algumas respostas do que aprenderam com a coleta seletiva, foram
selecionadas algumas: “Aprendi a separar o lixo corretamente e cada lixo tem um coletor
diferente”; “Aprendi que não devemos poluir a cidade”; “Aprendi que o lixo transmite
doenças, por isso devemos evitar que ele fique acumulado em nossas casas”; “Aprendi
que temos que separar o lixo úmido do seco e o lixo orgânico pode ser usado como
adubo para as plantas”. “Aprendi que devemos deixar as ruas limpas”.
4. CONCLUSÃOO desenvolvimento desta ação educativa visou conscientizar a comunidade escolar em
minimizar o consumo inconsciente de produtos e materiais em nosso cotidiano.
Identificando, valorizando e favorecendo as possibilidades de reutilização e reciclagem
d íd ólid btid t é d l t l ti d i d i t bi t i
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dos resíduos sólidos obtidos através da coleta seletiva, reduzindo os impactos ambientais
do lixo; contribuindo para a redução da extração de matéria-prima na natureza, e
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estimular a adoção de posturas/hábitos saudáveis do ponto de vista social, obtendo assim
a preservação do meio ambiente e uma qualidade vida melhor, para assim alcançar o
desenvolvimento econômico e ambiental.
Os alunos analisados, através de uma ferramenta onde se obtém dados reais, passaram
domínio e conhecimento das questões ambientais relacionadas ao lixo e a coleta seletiva
do mesmo, durante as apresentações nas escolas os alunos sempre interagiam com os
palestrantes e expressavam suas opiniões e conhecimentos. Os resultados forampalestrantes e expressavam suas opiniões e conhecimentos. Os resultados foram
positivos uma vez que além desses trabalhos desenvolvidos pela Secretaria de
Tecnologia e Meio Ambiente da cidade de Ipojuca, os professores das escolas avaliadas
também trabalham com seus alunos, temáticas na área de Educação Ambiental,
fortalecendo assim os conhecimentos e informações das temáticas atuais ambientais.
5. REFERÊNCIASBASSANI, M.A. Fatores psicológicos da percepção da qualidade ambiental. In:BASSANI, M.A; BOLLMANN, H.A; MAIA, N.B.; MARTOS, H.L.; BARRELA, W. (Orgs.)Indicadores ambientais: conceitos e aplicações. São Paulo: EDUC/ COMPED/ INEP, 47-57 p. , 2001.
BRASIL Lei nº 9 795 de 27 de abril de 1999 Dispõe sobre a Educação Ambiental eBRASIL. Lei n 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental, einstitui a Política Nacional de Educação Ambiental. art.13. Ministério do Meio Ambiente.Brasília, 27 de abril de 1999. Disponível em:<http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.pesquisa&tag=educa%E7%E3o+ambiental> . Acesso em: 06 maio. 2009.
DIAS, G.F. Educação ambiental: Princípios e práticas. 5. ed. São Paulo: Gaia, 1998. 400p.
FUNDAÇÃO APOLÔNIO SALLES DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL. Agenda21 de Ipojuca. Pernambuco, PE, 2004.103 p.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo de 2009. Disponívelem: < http:// www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm>. Acesso em: 23 abril. 2010.
PERNAMBUCO. Prefeitura Municipal de Ipojuca. Registro da produção de lixodoméstico em Ipojuca. Ipojuca, 2009.
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SILVA, C.W.M.; LYRA, L.H.; ALMEIDA-CORTEZ, A.S. Educação ambiental contribuindopara a preservação da mata de Dois Irmãos, Recife-PE. Revista Eletrônica do Mestradode Educação Ambiental, Rio Grande do Sul, v. 15, p. 21-33, 2003. Disponível em: <http://www.remea.furg.br/>. Acesso em: 22 abril. 2010.
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ANEXOS
A) Modelo do questionário aplicado nas escolas.Questionário aplicado a alunos da Escola Municipal Bela Vista, Mário Júlio do Rêgo eEscola Particular Nova Visão.
Data: ___/___/_____Questionário nº:_____Aluno(a): ________________________________________________ ( ) ________________________________________________Série:___________ Idade:___________
1) Você sabe o que é coleta seletiva?
Sim ( ) b- Não ( ). Se sim, explique:__________________________________________
2) Você acha importante que haja coleta seletiva na sua comunidade?
Sim ( ) b- Não ( ) Porque?__________ ___________________________________
3) Você sabe para que serve a coleta seletiva?3) Você sabe para que serve a coleta seletiva?
Sim ( ) b- Não ( ). Se sim, explique:__________________________________________
4) O que significa reciclar o lixo?______________________________________________
5) Você tem conhecimento de lixo orgânico?
Sim ( ) b- Não ( ). Se sim, explique:__________________________________________
6) Você sabe o que é Sustentabilidade Ambiental?) q
Sim ( ) b- Não ( ). Se sim, explique:__________________________________________
7) Você costuma separa o lixo seco do úmido?
Sim ( ) b- Não ( )
8) O que você aprendeu com a coleta seletiva do lixo?____________________________
9) Você acha que a aparência da sua escola mudou após a implantação de coleta seletiva dolixo? Sim ( ) b Não ( )lixo? Sim ( ) b- Não ( )
10) O que você achou da palestra de sensibilização sobre coleta seletiva, que a Secretaria deMeio Ambiente do seu município fez?
Ótimo ( ) b- Bom ( ) c- Regular ( ) d- Ruim ( )
11) O que você procura fazer para manter sua escola limpa? _______________________
12) A sua professora trabalha com conteúdos de Educação Ambiental como coleta seletiva,consumo consciente da água uso correto de energia elétrica entre outros
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consumo consciente da água, uso correto de energia elétrica, entre outros.
Sim ( ) b- Não ( )
13) Você gosta de assuntos relacionados à Educação Ambiental?Sim ( ) b- Não ( )
B) Registros Fotográficos.
III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas
Figura 1. Palestra de sensibilização explicando comodeve-se fazer a separação dos Resíduos. Escola
Figura 2. Teatro ambiental focando a importânciada coleta seletiva. Escola Municipal Bela Vista.p ç
Municipal Bela Vista.da coleta seletiva. Escola Municipal Bela Vista.
Figura 3. Palestra na Escola Municipal Mário Júlio do Rêgo e demonstração por alunos da correta separaçãodo lixo.
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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas
Figura 4. Palestra de sensibilização explicando como Figura 5. Teatro ambiental focando a importânciadeve-se fazer a separação dos Resíduos. EscolaParticular Nova Visão.
da coleta seletiva. Escola Particular Nova Visão.
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5 - CINE CIÊNCIA E ECOLOGIA - USO DE VÍDEOS EDUCATIVOS COMO INSTRUMENTODE SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE IPOJUCA-PE
Lenilda Maria de Abreu1; Maria do Amparo Macedo Leal1; Edna Maria Brito1; Wagner de Albuquerque Santos1
1P f i M i i l d I j S i d T l i M i A bi1Prefeitura Municipal do Ipojuca - Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente
RESUMO O vídeo é um importante instrumento de ensino-aprendizagem, considerado como um
veículo de socialização do saber, sendo uma metodologia versátil e dinâmica, que pode ser
utilizada em diversas áreas da atividade humana. Utilizando esta estratégia de transmissão
de conhecimento, de uma forma lúdica, não apenas a comunidade das áreas urbanas, mas
também as áreas rurais, a Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente do Ipojuca criou o
“Projeto Cine Ciência e Ecologia”, com o objetivo de difundir informações para sensibilização
sócio-ambiental das comunidades atingidas pelo projeto. Os vídeos educativos são exibidos
em locais com grande concentração de pessoas e em áreas de difícil acesso (escolasem locais com grande concentração de pessoas e em áreas de difícil acesso (escolas,
praças, associações e engenhos). A Educação Ambiental é uma poderosa ferramenta para
trabalhos educativos e de mobilização social voltados à construção de novas relações
sociedade-natureza. Portanto é importante que também a comunicação audiovisual seja
colocada a serviço da valorização do saber, da sustentabilidade e da capacitação popular.
P l h d ã bi t l íd d ti ibili ãPalavras-chave: educação ambiental, vídeos educativos, sensibilização.
1. INTRODUÇÃO
O município do Ipojuca possui uma população de mais de 75 mil habitantes (IBGE, 2009). A
rede escolar municipal possui mais de 19.000 mil alunos (incluindo as áreas urbanas e
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rurais), distribuídas em 76 escolas, das quais 60 estão na área rural (PMI, 2009).
O vídeo, segundo Wohlgemuth (2005) é um importante instrumento de ensino-aprendizagem,
III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas
rompendo com a idéia de que tal recurso é uma ferramenta permitida apenas para
poucos, resgatando-o como um veículo de socialização do saber, sendo uma metodologia
versátil e dinâmica, que pode ser utilizada em diversas áreas da atividade humana.
O caminho percorrido pela Educação Ambiental no nosso país está repleto de
experiências e resultados que evidenciam sua importância e viabilidade como instrumento
fundamental para promover mudanças sociais e culturais, notadamente por meio de
programas e projetos em que se articulem teoria e prática, compromisso e dedicação dos
agentes envolvidos (LEAL, 2009).
Por causa do difícil acesso as comunidades das áreas rurais e pela facilidade dos vídeos
transmitirem conhecimento, de uma forma prática e lúdica, e facilitar o entendimento pela
população em geral, a Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente do Ipojuca (SETMA)
criou o “Projeto Cine Ciência e Ecologia”, com o objetivo de difundir informações, atravésj g , j ç ,
do uso de vídeos educativos, para sensibilização sócio-ambiental das comunidades
atingidas pelo projeto.
2. MATERIAL E MÉTODOS
A metodologia usada é a exibição de vídeos educativos em locais com grandeA metodologia usada é a exibição de vídeos educativos, em locais com grande
concentração de pessoas e em áreas de difícil acesso (escolas, praças, associações e
engenhos). O público alvo inclui as comunidades locais (áreas urbanas e rurais), Rede
Escolar (Estadual, Municipal e Privada), Associações e Entidades do município, que
agendam e solicitam a SETMA o tema do vídeo a ser exibido, de acordo com as seguintes
temáticas: ciência e tecnologia (histórias de cientistas, descobertas e inovações
tecnológicas e científicas); meio ambiente (conservação dos arrecifes, manguezais, mata
atlântica, fauna e flora, recursos naturais de Ipojuca; saúde (prevenção de doenças); entre
outros solicitados pela população.
A execução segue o seguinte formato: apresentação do projeto a comunidade por um
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técnico da SETMA, usando um cenário com imagens dos distritos do município, elaborado
para divulgação do cine. Em seguida, é exibido um vídeo de curta duração, e no final de
III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas
sua exibição há um momento de reflexão sobre a temática abordada, para esclarecer
possíveis dúvidas dos espectadores sobre o tema abordado. O projeto iniciou em junho
de 2010, no período da Semana do Meio Ambiente, exibindo um vídeo sobre o ambiente
recifal, para a comunidade de Serrambi (fotos em anexo), e se estenderá durante o
decorrer do ano, de acordo com um calendário pré-agendado.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Educação Ambiental é uma poderosa ferramenta para trabalhos educativos e de
mobilização social voltados à construção de novas relações sociedade-natureza. Um dos
fundamentos básicos da Educação Ambiental é a participação social, com qualidade e
compromisso (LEAL, 2009).
Morral (2005) enfatiza que a Educação Ambiental deve facilitar o entendimento das( ) q ç
complexas interações entre as sociedades e o ambiente; todos devem compartilhar a
mesma informação e estar capacitados para entendê-las e aplicá-la com o fim de
melhorar a qualidade de vida das pessoas e proteger o ambiente.
A pedagogia audiovisual faz uma opção fundamentada pelo uso do vídeo, acreditando
nele como um instrumento significativo para o desenvolvimento de determinadosnele como um instrumento significativo para o desenvolvimento de determinados
processos sociais (Wohlgemuth, 2005).
Os objetivos da educação ambiental são: favorecer a compreensão e preocupação da
interdependência econômica, social, política e ecológica nas áreas rurais e urbanas;
oferecer a todas as pessoas a oportunidade de adquirir os conhecimentos, valores,
atitudes, compromissos e capacidades necessárias para proteger e melhorar o meio
ambiente; criar novas regras de conduta nos indivíduos, grupos e na sociedade em geral
em relação ao ambiente (ROTHER et al., 2004).
As vantagens da utilização pedagógica de filmes, descritas na literatura, incluem sua
potencialidade como mecanismo de sensibilização, de ilustração, de simulação, como
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conteúdo de ensino, de integração e de avaliação, para mencionar os aspectos mais
significativos (MORAN, 1995).
III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas
O Projeto Cine Ciência e Ecologia utiliza o vídeo como ferramenta de comunicação,
colocando em prática atitudes que permitem a população ipojucana um espaço para
aquisição de conhecimentos, valores e atitudes voltados à melhoria do meio ambiente,
dando oportunidade que levam a conscientização e a sensibilização da população para os
problemas ambientais.
4. CONCLUSÃO
Considerando-se a conjuntura e os objetivos deste projeto, pode-se concluir que o vídeo é
de fato uma ferramenta de grande utilidade, que pode cumprir seu importante papel
educativo. A abordagem dos temas exibidos procurou um equilíbrio entre a objetividade
do didatismo e a leveza do entretenimento, de modo a, além de sensibilizar o espectador,
tentar conquistar sua atenção para com a causa apresentada. Portanto, é importante que
também a comunicação audiovisual seja colocada a serviço da valorização do saber, da
sustentabilidade e da capacitação popular. Dessa forma, enquanto colaboramos na
construção de novas perspectivas para a aprendizagem, contribuímos com a preservação
ambiental e com a edificação de uma sociedade mais equilibrada.
REFERÊNCIAS5. REFERÊNCIASINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). ESTIMATIVAS DASPOPULAÇÕES RESIDENTES. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2009/POP_2009_TCU.pdf >.Acesso em: 10 de jun. 2010.
LEAL, A. C.; GUIMARÃES, E. Educação Ambiental-Gionani Seabra (Organização), JoãoPessoa: Editora Universitária da UFPB 2009 228pPessoa: Editora Universitária da UFPB, 2009. 228p.
MORAN, J. M. O vídeo na sala de aula. Comunicação & Educação, v. 2, p. 27-35, 1995.
MORRAL, N. N. Educação Ambiental para a Gestão Participativa dos Recursos Hídricos.III Diálogo Interbaciais de Educação Ambiental em Recursos Hídricos, Avaré, 2005.
PERNAMBUCO. Prefeitura Municipal de Ipojuca (PMI). Registro das Escolas Municipaisdo Ipojuca, 2009.
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ROTHER, M S.; TOMAZELLO, M. G. C. A Utilização do Vídeo na Educação Ambiental:Um Estudo com Educadores de Piracicaba, São Paulo, 2004. Disponível em:
III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas<http://www.unimep.br/~mgtomaze/a-utilizacao-do-video-na-educacao-ambiental.pdf>.Acesso em: 15 de jun. 2010.
WOHLGEMUTH, Julio. Vídeo Educativo-Uma Pedagogia Audiovisual. 1ª ed. Distritog gFederal: SENAC, 2005. 188 p.
ANEXO – FOTOS DE EXIBIÇÕES DO CINE CIÊNCIA E ECOLOGIA-IPOJUCA-PE
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