impacto de aspectos não-científicos da segurança dos...

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IAFP Latin America 2008 Impacto de Aspectos Não-Científicos da Segurança dos Alimentos no Brasil: diálogos e estratégias para um olhar através da ciência Marcelo Bonnet Campinas (SP), 28 de Maio de 2008

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IAFP Latin America 2008

Impacto de Aspectos Não-Científicos da Segurança dos Alimentos no Brasil:

diálogos e estratégias para um olhar através da ciência

Marcelo Bonnet

Campinas (SP), 28 de Maio de 2008

I. INTRODUÇÃO

Brasil – Celeiro de Riquezas

• Povo

• Cultura

• Recursos naturais (água!)

• Espaço

• Biodiversidade

Fragilidades...• Respeito a vida• Respeito à lei• Imposição da lei (“enforcement”)• Contrastes sociais excessivos• Descontinuidade• Interesses políticos podem alijar a ciência,

a razão e o interesse maior do Estado e da Nação

Onde poderíamos melhorar....

• Auto-confiança• Disciplina• Auto-imagem• Orgulho de sermos brasileiros• Visão estratégica• Inteligência estratégica• Foco e capacidade de sistematização

Credibilidade da Gestão Pública

EDUCAÇÃO POPULAR EM MASSA

REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA

PARTICIPAÇÃO CÍVICA

GOVERNANÇA E TRANSPARÊNCIA

De qualquer forma, fomos longe

com aquilo que somos, apesar do

que nos tiraram e do que nunca

nos deram. Mesmo em meio às

dificuldades, crescemos a cada

dia em direção à verdadeira

grandeza de que somos capazes.

Objetivos Fundamentais do Agronegócio de Alimentos e seus

Produtos- Segurança Alimentar

- Quantidade de Alimentos

- Qualidade do Alimento

- Segurança do Alimento

- Trabalho e Renda

- Nacional: desenvolvimento sustentável e amplo

- Internacional: novos mercados e sustentabilidade global

PIB Total

EM PREGOSEXPORTAÇÕES

Fontes: CEPEA-U SP / CNA, M AP A e IP E A

(27,9% )(27,9% )

37,0%37,0%

PIB do AgronegócioPIB do AgronegócioR$ 538 bilhõesR$ 538 bilhões

AgriculturaR$ 378 bilhões

(70,3% )

PecuáriaR$ 160 bilhões

(29,7% )

(R$ 1.929 bilhões)

(US$ 118,3 bilhões) AgronegócioAgronegócioUS$ 43,6 bilhõesUS$ 43,6 bilhões

EmEm 2006, o 2006, o Agronegócio foiAgronegócio fo i ResponsávelResponsável porpor::

36,9%36,9%

U.S.A13.8%

E.U.32.7%

Oceania0.4%

Mercosur3.0%

China6.8%

Africa6.6%

Middle East6.9%

America (others)6.9%Asia (excl. Middle

East and China)12.5%

Europe (others)10.4%

Principais Parceiros Comerciais (valor)

2004-2005

Fonte: MAPA

Ano

ProduçãoRelativa deAlimentos

Adaptado de http://www.fao.org/DOCREP/x0262e/x0262e05.htm

No setor Agro-Alimentar, o Brasil é

mundialmente considerado uma

potência, e vem assumindo um papel

crescente de liderança. Nada menos

que excepcional inteligência estratégica

para gestão e validação deste processo

pode ser tolerada.

Assim, cada vez mais os

aspectos quantitativos são

condições essenciais mas não

suficientes para a Segurança

Alimentar

II. FUNDAMENTOS

QUALIDADE e SEGURANÇA

SEGURANCA

SEGURANÇA

QUALIDADE

corsaborconsistência

tamanhotextura

perfil nutricional

Controle de perigosbiológicos,

químicos e físicos

DESAFIOS DA SEGURANÇA DE ALIMENTOS

• Perigos tem distribuição variada (desconhecida)

• Difícil localização e ou detecção

• Visibilidade e tangibilidade baixas

• Fator surpresa; eventos esporádicos

• Complexidade e multiplicidade dos mecanismos de ação (crônicos, agudos, sub-agudos)

• Cenários epidemiológicos complexos

WHO, 2006

PESCADOPESCADO

PesticidasPesticidas

MedicamentosMedicamentos

Contaminantes AmbientaisContaminantes Ambientais

OVOSOVOS CARNECARNE

LEITELEITE

�Metais pesados�Radionucleotídeos�Nitrato, nitrito�Micotoxinas�Outros

�Antimicrobianos�Sulfonamidas�Antiparasitários�Hormônios�Outros

CULTURASCULTURAS

ANIMAIS

MELMEL

ANTIBIÓTICOS

HORMÔNIOS

ANTIPARASITÁRIOS

OUTROS FÁRMACOS

PESTICIDAS

METAIS PESADOS

SUBSTÂNCIAS RADIOTIVAS

ALERGIAS

LESÕESHEMATOPOIETICAS

(LEUCEMIA)

TRANSTORNOS DE FECUNDIDADE/FETO

ANOMALIAS DO CICLO SEXUAL

TUMORES

LESÕES HEPÁTICAS

LESÕES RENAIS

TRANSTORNOSNERVOSOS

RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS

PERFIL DO PROBLEMA: quantificando os danos

• Nacional: questao crítica de saúde pública e gestão ambiental – “Quanto vale a vida?” –Incomensurabilidade da vida!

• Internacional: principal barreira ao comércio internacional de alimentos: > R$ 37 bilhões/ano

ameaçados; 13 bilhões UE

• Nacional e Internacional: perda de credibilidade

QUESTÕES

• Complexidade de controle de distribuição e uso

• Sucessivas questões toxicológicas – necessidade

de novos ensaios de alto custo, eg., bacitracina

de zinco, avilamicina (FAO- Codex Alimentarius; CCRVDF, 2007)

• Alto custo de plataformas analíticas e alto nível de treinamento do pessoal requerido – políticas

públicas baseadas em conhecimento para

maximizar recursos

ESTRUTURA BÁSICA DE CONTROLE• Otimização do desenvolvimento, pesquisa e inovação em

drogas veterinarias, pesticidas, insumos (PD&I), incluindo estudos toxicológicos

• Fiscalizacao efetiva do desenvolvimento, produção e distribuição de drogas veterinárias, pesticidas e insumos

• Treinamento e conscientização

• Fiscalização para verificação do emprego e validação do uso das ferramentas essenciais de autocontrole (BPA, BPDV, BPF, PPHO, APPCC ao longo da cadeia produtiva (campo-mesa). CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA.

• Validacao e verificacao analitica (laboratorial) da adocao dos autocontroles e da seguranca resultante

• Vigilância epidemiológica - feedback para a cadeia!

O uso pro-ativo, preventivo e sistemático dos autocontroles pelos

componentes do continuumprodutivo de insumos e alimentos constitui pré-requisito inexorável, incondicional e inegociável para

maximizar a segurança dos alimentos, bem como documentá-la

de forma transparente.

O efetivo uso e a qualidade dos

autocontroles devem ser :

• Primarimamente impostos, verificados e validados por fiscalização oficial treinada, suficiente e ética

• Secundariamente (mas necessariamente) verificados e validados por resultados analíticos

• Associados à vigilância epidemiológica para feedback e validação global conjunta

Limitações da Amostragem-Ánalise

• Planos amostrais assumem distribuição estatística normal do analito e variâncias homogêneas (ex. castanha do Brasil)

• Mas distribuição frequentemente desconhecida!

• Limitações inerentes ao plano amostral – poder inferencial.

• Custos (coleta, transporte de amostras; análises)

• Tempo requerido

• Pessoal altamente qualificado

Mas procedimentos de

amostragem-análise sao cada vez

mais necessarios e requeridos

para auxiliar a validação e

verificação da qualidade e

segurança dos alimentos, o uso

dos autocontroles, a eficácia da

fiscalização e a interatividade

entre os agentes do processo.

Boas Práticas de Fabricação

• Pessoal

• Instalações

• Operações

• Controle de Pragas

• Registros & Controles (Rastreabilidade!)

O Tripe Critico:Controles Oficiais, PD&I, Extensão

• Treinamento a campo deficiente• Fiscalização deficiente (BPA, BPF, APPCC?)• Fiscalizaão frequentemente entende que laboratórios são

capazes de determinar, isoladamante, a qualidade e seguranca dos produtos

• Laboratórios indevidamente utilizados• Desperdício de tempo, recursos humanos e dinheiro• Dificuldade de adequado fomento, foco e demanda para

PD&I• Papel suplementar dos processos de certificação

voluntária

DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE

DROGAS VETERINÁRIAS, PESTICIDAS, INSUMOS

AUTOCONTROLES

USO DE DROGAS VETERINÁRIAS, PESTICIDAS E INSUMOS

FISCALIZAÇÃO P&D&I

EXTENSÃO

Os Domínios do Estado e sua Interação Conceitual no Controle dos Alimentos

PRODUÇÃO PRIMÁRIA (CAMPO)

PROCESSAMENTO

TRANSPORTE DE PRODUTOS FINAIS

DISTRIBUIÇÃO / VENDA

USO DOMÉSTICO

InsumosLegislação

Capacitação

InspeçãoFiscalizaçãoAuditoria

LegislaçãoCapacitação

Vigilãncias (“surveillance”) Sanitária e Epidemiológica

Uma arquitetura nacional bem

sucedida em qualidade e

segurança de alimentos

requer grupos

multifacultativos e

interdisciplinares constituídos

na melhor base técnica-

científica disponível.

Critérios de Seleção de Pessoal

• Estrategicamente inclusivos• Baseado em credenciais pessoais objetivas• Encorajamento da pós-graduação• Avaliação contínua• Treinamento contínuo• Formação de capital intelectual• Registros, História!

Como estabelecer as estruturas,

padrões e os requisitos

fundamentais de nossos

sistemas?

“Form Follows Function”

Mas como definir a função?

Há necessidade da introdução de variáveis quantitativas e de sua

abordagem estatística

ANÁLISE DE RISCO: uma resposta sólida

• AVALIACAO DE RISCO: caracterização do perigo, estudos de dose-resposta, avaliação de exposição e caracterização do risco.

• GERENCIAMENTO DE RISCO: intervencões para alcance do nível adequado de proteção (ALOP) da população via definição de Objetivos de Segurança dos Alimentos (FSO).

• COMUNICAÇÃO DE RISCO: interativo; envolve consumidor

PERIGO E RISCO

• PERIGO – agente biológico, químico ou físico presente no alimento, ou condição do alimento, capaz de provocar efeitos adversos à saúde.

• RISCO – função da probabilidade de ocorrência de efeitos adversos à saude, e a severidade dos efeitos, causados por perigos no alimento.

FAO/CODEX ALIMENTARIUS, Manual de Procedimentos, 14a Edicao

Perguntas a Responder• O que pode dar errado?

• Qual a probabilidade do problema acontecer?

• Como mitigar o risco?

• Qual o impacto do problema caso ele ocorra?

• Como comunicar o problema (antes/depois)?

Ipsis Literis

Codex Alimentarius, FAO/OMS

Codex Alimentarius, FAO/WHO

Ipsis Literis (cont.)

III. FATOS:

o panorama nacional

Autocontroles no Brasil: breve histórico

• Início dos anos 90: BPF e APPCC. SBCTA, UNICAMP, UFV, USP, outros

• 1993-1994: uso do APPCC nas indústrias, MAPA; PRP

• Ca. 1994: SBCTA dispõe sobre BPF e APPCC

• 1995: Embrapa começa treinamentos; “Seguranca dos Alimentos” em voga

• 1996: PAS; CTAA, Senai: Problemas com pré-requisitos.

• 1998-1999: Projeto Embrapa-UNICAMP (APPCC sucos)

• Atualmente: evolução do PAS; ampliação institucional.

Progresssos Suficientes?• Uso efetivo dos autocontroles ainda limitado

• Ênfase insuficiente em perigos quimicos (APPCC)

• Treinamento insuficiente em APPCC para inspetores e fiscais; multiplos conflitos de interesse na fiscalizacao

• Legislação confusa

• Dificuldade ocorre já em seus pré-requisitos (BPA, BPF, PPHO)!

• Pré-requisitos bem especificados desde os anos 90 pela SBCTA!

• Pré-requisitos: Condições mínimas para produção e processamento de alimentos – mesmo sem APPCC, resolveriam muitos problemas!

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/bol_epi_6_2005_corrigido.pdf

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/bol_epi_6_2005_corrigido.pdf

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/bol_epi_6_2005_corrigido.pdf

http://www.cdc.gov/foodborneoutbreaks/documents/2006_line_list/2006_line_list.pdf

“J Food Prot. 2007 May;70(5):1220-9

Using expert elicitation to link foodborne illnesses in the United States to foods.

Hoffmann S, Fischbeck P, Krupnick A, McWilliams M.Resources for the Future, 1616 P Street N.W., Washington, DC 20036, USA. [email protected]. foodborne illness risk analysis would benefit greatly from better information on the relationship between the incidence of foodborne illness and exposure to foodborne pathogens. In this study, expert elicitation was used to attribute U.S. foodborne illnesses caused by the nine FoodNet pathogens, Toxoplasma gondii, and noroviruses to consumption of foods in 11 broad categories. Forty-two nationally recognized food safety experts responded to a formal written expert elicitation survey. For each pathogen, respondents gave their best estimate of the distribution of foodborne illnesses associated with each of the food categories and the 90% confidence bounds on each of their estimates. Based on the work of Paul Mead and his coauthors, food attribution percentage estimates from this study were used to attribute case, hospitalization, and death incidence estimates to foods

according to pathogen. These attribution estimates indicate that 15 food-pathogen pairs account for 90% of the illnesses, 25 pairs account for 90% of hospitalizations, and 21 pairs account for 90% of deaths.”

Conciliações Nacionais Impossíveis?

• De Paracelso (“a dose faz o veneno”)…

• Passando pela melhor ciência disponível…

• A Para-ciência (ex. “os agrotóxicos” e “aditivos químicos tóxicos nos alimentos”)…

• Ao Consumidor de alimentos (para-informado?)

http://www.anvisa.gov.br/alimentos/programa/etapa3/categorias/queijo_minas/sanitario.pdf

As Opções do Consumidor e os Escândalos em Alimentos: onde

estão o Gerenciamento, a Avaliação e a Comunicação de

Risco?• Deixar de consumir os alimentos implicados;

• Consumir menos (Quem? Quanto? Onde? Atéquando?);

• Não fazer coisa alguma.

Onde está o uso

precípuo da ciência

para o cumprimento de

nossos compromissos?

EVENTOS RECENTES

• Embargo do mel pela UE em fevereiro de 2006

• Diminuição de credibilidade por promessas não-cumpridas; questões cientificas passam a segundo plano

• Recomendacao para desembargo em abril de 2007 pela FVO apos evidência de segurança do produto

• Decisão final para desembargo em fevereiro de 2008

• Extensos impactos sociais e econômicos

• Ameaças (evitáveis) de vários outros embargos

• Pressões indevidas sobre a Rede Oficial de Laboratórios

• Progressos no controle ocorreram por pressão externa

IV. EXEMPLOS DE PROGRESSOS NACIONAIS

Resultados

• Maior envolvimento científico no MAPA e ANVISA

• Elevação do nível das negociações internacionais, PRP Salmonella spp.

• Reversão de embargos relativos a perigos quimicos

• Elaboração do Primeiro Plano Estratégico do MAPA

• Planejamento estratégico, controle, treinamento agressivo, implantação da ISO 17025 e re-estruturação dos Laboratórios Nacionais Agropecuários (ameaçados de fechamento em 2006)

• Aumento da credibilidade

Em 2006, o orçamento dos

Laboratórios Nacionais

Agropecuários (Lanagros) era de

ca. R$15m; em 2007 evoluiu

para R$ 39m e em 2008, para

R$ 85m (planejado).

“…setting up a system like this is not easy and certainly there is no quick fix. We were

impressed by the progress being made in the LANAGROs we visited - especially MG which

really is a great laboratory with very commited and competent staff. Indeed, the progress made in the LANAGROs has been much more impressive than that seen in the

private laboratories…”Correspondencia pessoal, 17.03.2008, Food and Veterinary Office,

Comunidade Europeia

A missão do Labex é

promover oportunidades de

cooperação internacional

em pesquisa agropecuária

acompanhando os avanços,

tendências e atividades

cientificas de interesse do

agronegócio dos paises

parceiros

A missão do Labex é

promover oportunidades de

cooperação internacional

em pesquisa agropecuária

acompanhando os avanços,

tendências e atividades

cientificas de interesse do

agronegócio dos paises

parceiros

EMBRAPA-Labex: Interfaces Internacionais

em PD&I

EMBRAPA-Labex: Interfaces Internacionais

em PD&I

Grandes Áreas

Nutrição, Qualidade e Segurança dos Alimentos

ProduProduççãoão e e ProteProteççãoãoVegetalVegetal

RecursosRecursos NaturaisNaturais e e SistemasSistemasAgrAgríícolascolas SustentSustentááveisveis

ProduProduççãoão e e ProteProteççãoãoAnimalAnimal

NPLNPL

G e no maS a nida de M e lho ra me ntoR e s íduosIns trume nta ç ã o

S a nida deG e no ma de pa tó ge nos

Av e s S uínos S a nida deF is io lo giaS e gura nç a Alime nta r

S a nida de (D oe nça s c o nta gio sas )F is io lo gia do pa rto

P ro duç ã o a nima lS a nida deTe c no lo gia de c a rne sR e s íduosM e lho ra me nto

C o mpo rta me ntoa nima l

P ro duç ã o de a ve sIm pa c to a mbie nta l

R e s íduos químic o s

S a nida de de av es

www.safefoodera.net

Pesquisa Cooperativa:18 países europeus e Brasil:

“mutual trust and confidence”

23.05.2008Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento 9

Ações e instrumentos

Lei Lei AgrAgríícolacola

Crédito Fundiário

EletrificaçãoRural

Credito Rural

PlanejamentoAgrícola

Informação Agrícola

Proteção doMeio

Ambiente

PesquisaAgrícola

TecnológicaMecanização

Agrícola

Produção,Comercialização,

Abastecimento eArmazenagem

Garantia daAtividade

Agropecuária

Associativismo eCooperativismo

Tributação eIncentivos

Fiscais

HabitaçãoRural

Irrigação eDrenagem

Investimentos Públicos e

Privados

SeguroAgrícola

Formação Profissional e

Educação

Assistência Técnica e Extensão

Rural

DEFESADEFESAAGROPECUAGROPECUÁÁRIARIA

O Decreto 5741

23.05.2008Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento 19

Três Instâncias

InstânciaInstânciaCentral eCentral eSuperiorSuperior

InstânciasInstânciasIntermediIntermediááriasrias

InstânciasInstânciasLocaisLocais

Fundos Organizados

Fundos Fundos OrganizadosOrganizados

Base - MunicípiosBase Base -- MunicMunicíípiospios

Sistema Unificado de Sistema Unificado de AtenAtençção ão

àà Sanidade AgropecuSanidade Agropecuááriaria

23.05.2008Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento 21

Instância Central e Superior

LegendaLegenda

Sede

SFA

Laboratórios

Portos

Aeroportos

Barreiras

Destaques:Destaques:•• Secretaria de Defesa Secretaria de Defesa

AgropecuAgropecuááriaria•• Superintendências Superintendências

FederaisFederais•• LANAGROsLANAGROs•• FISCAIS FEDERAIS FISCAIS FEDERAIS

AGROPECUAGROPECUÁÁRIOSRIOS

23.05.2008Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento 26

Instâncias Intermediárias

23.05.2008Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento 25

Instâncias Intermediárias

23.05.2008Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento 28

Instâncias Locais

Parte de 1 município

1 município

1 município

vários municípios

ANÁLISE DE RISCO• Lei 9712/98 (Decr. 5741)

• Fóruns Internacionais (FAO, OIE, CIPP) – LMR!

• Valoração e priorização das ações de controle e certificação

• Intervenções alternativas

• Delimitação/especificidade geográfica das intervenções

• Validação científica; consistência e equivalênciade medidas sanitárias - OMC

• Educação do consumidor; visibilidade de ações

O Impacto das Decisões –quantificando os danos

• Qual o prejuízo de não fazer?• Qual o prejuízo de fazer parcialmente?• Qual o prejuízo de fazer no momento

errado?• Qual o prejuízo de fazer errado?• Qual o prejuízo de fazer sem condições

humanas e materiais adequadas?

Um avanço singular: o métodoADMRP e a concepção do

Núcleo de Análise de Risco Agropecuário(NARAGRO)

• Ambiência• Dados• Modelos• Risco• Processos

Resultados Antecipados do NARAGRO

• Valoração econômica objetiva das atividades requeridas de controle e PD&I

• Direcionamento dinâmico-estratégico das ações de controle e PD&I

• Promoção de ações preventivas, pró-ativas

• Comunicação com consumidor

• Transparência via documentação e embasamento

• Depolitização de decisões à luz de evidências, particularmente no tocante às intervenções visando segurança dos alimentos

V. APLICAÇÃO EM CURSO:

a cadeia do leite

Leite : uma cadeia especial

• Transversalidade e universalidade de demanda e consumo

• Perfil nutritivo; alimento básico

• Dimensões econômica, social, ética e ambiental

• Múltiplas complexidades

• Sensibilidade intrínseca e extrínseca dos produtos lácteos

• Sensibilidade social; eventos negativos recentes

• Espaço para expansão brasileira no mercado externo

• Recente alvo do PNCRC, MAPA

• Padrões IDF (1903) precipitaram as normas Codex

Alem do clamor nacional, a

melhoria da qualidade média do

leite brasileiro constitui o fator

mais decisivo para o desejado

aumento de sua participação no

mercado internacional.

Cronologia da Literatura• H. Katznelson and E. G. Hood. Influence of Penicillin and other Antibiotics on Lactic Streptococci in Starter Cultures used in Cheddar CheesemakingJ Dairy Sci 1949 32: 961-968.

• F. V. Kosikowsky, R. W. Henningson, and G. J. Silverman. The Incidence of Antibiotics, Sulfa Drugs and Quaternary Ammonium Compounds in the Fluid Milk Supply of New York State J Dairy Sci 1952 35: 533-539.

• F. J. Doan. Antibiotics in Milk from FarmsJ Dairy Sci 1956 39: 1766-1767.

• M. R. Stephens. Policies and Programs concerning Antibiotic and Pesticide Residues in MilkJ Dairy Sci 1960 43: 580-583.

• F. A. Vorhes, Jr. Symposium: Use and Control of Pesticides and Antibiotics in Milk Production and Manufacturing. Federal Recommendations: Pesticide Residues in Dairy Practice J Dairy Sci 1959 42: 196-198.

Cronologia da Literatura – cont.

• H. de Iongh, R.O.Vles, and J. van Peltj. Milk of Mammals Fed an

Aflatoxin-Containing Diet. Nature. 1964 May 2;202:466-7.

• R. Allcroft et al. Metabolism of aflatoxin in sheep: excretion of

the "milk toxin".Nature. 1966 Jan 8;209(5019):154-5.

1. Necessidade de Apoio em Pesquisa, Desenvolvimento e

Inovação (PD&I) para as Demandas de Controle Oficial (PNCRC-MAPA)

Nossas Respostas

• Formacao do “Laboratorio de Inteligência em Resíduos e Contaminantes para a Cadeia Leiteira” na Embrapa Gado de Leite

• Participacao ativa em Proposta de Macroprograma I (Grandes Desafios) da Embrapa

Demandas

• Treinamento de analistas• Treinamento de multiplicadores (assist. técnica)• Treinamento de fiscais/inspetores• Análise de Risco (esp. avaliação de risco)• Métodos mais baratos• Métodos mais rapidos• Métodos mais simples• Geração de conhecimento/capital intelectual

nacional

Perfil do Laboratorio

• Laboratorio de Resíduos e Contaminantes

• Demanda imediata; estrategicamente localizado

• Agenda de PD&I: desenvolvimento, prospecção e otimizacao de métodos (metodologia)

• Focado na cadeia leiteira, incluindo água e efluentes

Resultados do PNCRC-2007

Instrução Normativa 10(DOU-17 de Abril de 2008):

Expansão do PNCRC, incluindo o

leite

Mas o PNCRC atual satisfaz a

ciência disponível e a realidade

brasileira?

•C. A. Oliveira et al. Aflatoxin M1 and cyclopiazonic acid in fluid milk traded in São Paulo, Brazil. Food Addit Contam. 2006 Feb;23(2):196-201. (co-produção; citotoxicidade CPA)

•J. Weiss et al. A worldwide survey of polychlorinated dibenzo-p-dioxins, dibenzofurans, and related contaminants in butter. Ambio. 2005 Dec;34(8):589-97. (manteiga brasileira)

•J. V. Assuncao & C. R. Pesquero. Dioxinas e Furanos: origem e riscos. Rev Saude Publica. 1999 Oct;33(5):523-30. (leite, similar a Alemanha, mais exames!)

•J. B. Stevens & E. N. Gerbec. Dioxin in the agricultural food chain Risk Anal. 1988 Sep;8(3):329-35. (leite e carne indicadores primários)

•V. Lobato et al. Occurrence of ivermectin in bovine milk from the Brazilian retail market. Food Addit Contam. 2006 Jul;23(7):668-73. (ca. 17% detecção)

•C. H. Ciscato et al. Pesticide residues in cow milk consumed in São Paulo City (Brazil). J Environ Sci Health 2002 Jul;37(4):323-30. (ca. 10% endosulfan!)

2. Séries Históricas da Eficácia de Acaricidas sobre o

Rebanho Leiteiro Nacional (1997-2006)

Drs John Furlang e Marcia Prata

Embrapa Gado de Leite

Carrapatos na Pecuária: perfil

• Prejuízos diretos (produção) estimados em US$ 2 bilhões/ano

• Produto, época, qualidade do uso (“Banho Bem Dado”, MP4)

• Carrapaticidas são hoje candidatos a maior foco de pressão internacional sobre a pecuaria brasileira e tropical

• Frequentes aumentos progressivos de resistência detectados

• Aumento de dose e múltiplos ativos: maior dificuldade de controle e aumento do risco

• Foco em ativos (e associações) mais promissores economica-, técnica-, farmacologica- e toxicologicamente

VI. SUMÁRIO ESTRATÉGICO

Rumo a Inovação e Gestão Integrada do Conhecimento

• Reativo

• Defensivo

• Simplista

• Imediatista

• Politicamente

orientado

Pró-ativoColaborativoSimplificado Dinâmico-PreditivoTécnica-, Científica- e

Estrategicamente orientado

Impacto nas Necessidades Nacionais

• Auto-suficiência estratégica• Integração intra- e internacional• Aumento de credibilidade do sistema• Desenvolvimento científico e tecnológico• Inovação• Otimização da formação de cientistas e de

mão de obra crescentemente qualificada

Nunca duvide da vontade de um

grupo comprometido de cidadãos

em melhorar o mundo. Na verdade,

eles são os únicos que o fazem.

Margareth Mead

[email protected]

Tel (032) 3249 4732