informativo abril 2011

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ABRIL DE 2011 ART Não deixe de anotar o nome do SENGE-GO na Ano- tação de Responsabilidade Técnica (ART), no campo “Entidade de Classe”. É uma contribuição indispensável para o combate do exercício ilegal da pro- fissão e uma importante receita para a nossa entidade manter todos os servi- ços prestados aos associados. Portanto não esqueça de preenchê-la, lembran- do que os profissionais não sindicaliza- dos também devem fazer a anotação. E m entrevista exclusiva concedida ao Senge-GO, o presidente José Eliton faz um balanço dos três primeiros meses à frente da Celg. Cita a ausência de investimentos por que passou a empresa nos últimos anos e o descaso das últimas gestões que não honraram pagamentos de dívidas. Em contrapartida, comemora a ado- ção do planejamento estratégico que objeti- va recuperar a Celg. E ngenheiros e Arquitetos da prefeitura de Goiânia seguem mobilizados com o indicativo de greve em vigor. Os profissionais reivindicam a implantação do plano de carreira para a categoria. Atualmente, sequer o piso salarial é pago à classe. O Sindicato dos Engenheiros de Goiás encabeça a luta de seus representados junto à prefeitura de Goiânia. página 03 página 04 Celg agora tem rumo Greve é a solução

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Informativo do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás - Abril de 2011

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Page 1: Informativo  Abril 2011

ABRIL DE 2011

ARTNão deixe de anotar o

nome do SENGE-GO na Ano-tação de Responsabilidade Técnica (ART), no campo “Entidade de Classe”. É uma contribuição indispensável para o combate do exercício ilegal da pro-fissão e uma importante receita para a nossa entidade manter todos os servi-ços prestados aos associados. Portanto não esqueça de preenchê-la, lembran-do que os profissionais não sindicaliza-dos também devem fazer a anotação.

Em entrevista exclusiva concedida ao Senge-GO, o presidente José Eliton faz um balanço dos três primeiros

meses à frente da Celg. Cita a ausência de investimentos por que passou a empresa nos últimos anos e o descaso das últimas gestões que não honraram pagamentos de dívidas. Em contrapartida, comemora a ado-ção do planejamento estratégico que objeti-va recuperar a Celg.

Engenheiros e Arquitetos da prefeitura de Goiânia seguem mobilizados com o indicativo de greve em vigor. Os profissionais reivindicam a implantação do plano de carreira para a categoria. Atualmente, sequer o piso salarial é

pago à classe. O Sindicato dos Engenheiros de Goiás encabeça a luta de seus representados junto à prefeitura de Goiânia.

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Celg agora tem rumo

Greve é a solução

Page 2: Informativo  Abril 2011

PALAVRA DO PRESIDENTE 02Senge em Notícias

Com o recente crescimento econômi-co pelo qual passa o Brasil, surgiram receios quanto à oferta, em especial,

de mão de obra especializada. Ao abordar o tema, na edição do Radar 12 do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), vá-rios autores indicam que a demanda por enge-nheiros, devido ao crescimento da economia, deveria ser atendida pelo esto-que atual e entrada de novos engenheiros no mercado. Tal análise trata da categoria de engenheiros de forma geral, para a qual vislumbrou uma escassez generalizada. Não foram abordadas, contudo, a demanda e a oferta de pro-fissionais com qualificações específicas, como Engenha-ria Naval, de Minas, Petroleira ou Ferroviária, por exemplo. Se, nestes casos, os resulta-dos já mostrarem existência de poucos profissionais e as projeções apontarem para sua escassez, algu-mas ações poderiam ser promovidas, como o aumento da quantidade de cursos ou mesmo como solução mais imediata, a “importação” de engenheiros de outros países.

A par disso, os estudos ressaltam o fato de que há diversos engenheiros atuando em funções que não são de engenharia, principal-mente ligadas à administração e à economia, tais como analistas financeiros, gestores, ana-listas empresariais em função de melhor va-lorização e salários mais atrativos. Estes cos-tumam ser demandados nestas funções pelo fato de o mercado entender que os mesmos dispõem de boa capacidade de abstração e sólida formação matemática. No caso especí-fico dos engenheiros, a solução mais plausível para lidar com o potencial pode não se limitar simplesmente a aumentar a oferta dos profis-sionais, cujo custo de formação por aluno é muito elevado. Parte da solução talvez resida na melhora da valorização profissional e paga-mento de salário digno.

Faltam engenheiros ou valorização profissional e salário digno no setor público?

Gerson TertulianoEngenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho e Presidente do Senge-GO

PRESIDENTEGerson Tertuliano

Engº Eletricista

DIRETORIAJoão Batista Tibiriçá

Engº CivilAntônio Augusto Soares Frasca

GeólogoCláudio Henrique B. Azevedo

Engº EletricistaArgemiro Antônio F. Mendonça

Engº CivilJosé Augusto L. dos Santos

Engº EletricistaCaio Antônio de Gusmão

Engº CivilEdson Melo Filizzola

Engº CivilMarcelo Pontes Pereira

Engº CivilLuiz Carlos Carneiro de Oliveira

Engº EletricistaJoão Dib Filho

Engº EletricistaEduardo James de Moraes

Engº CivilMarcelo Emilio Monteiro

Engº AgrônomoWanderlino Teixeira de Carvalho

Geólogo

CONSELHO FISCALEduardo Joaquim de Sousa

Engº CivilAntonio Carlos das C. Alves

Engº CivilAdelita Afonso Boa Sorte

Engº EletricistaLeonardo Martins de C.Teixeira

Engº CivilJosé Luiz Barbosa Araújo

Engº Agrônomo

REPRESENTANTES JUNTO À F.N.EAnnibal Lacerda Margon

Engº AgrônomoArgemiro Antônio F. Mendonça

Engº CivilMarcos Rogério Nunes

Engº AgrônomoWanderlino Teixeira de Carvalho

Geólogo

JORNALISTA RESPONSÁVELSarah Mohn

DIAGRAMAÇÃOVinícius Alves

IMPRESSÃOStylo Gráfica

Circulação gratuita entre os associados.Endereço:

Av. Portugal nº 482Setor Oeste, Goiânia-GO

Telefones: 3251.8181 / 3251.8967Email: [email protected]: www.senge-go.org.br

Todos os artigos e citações aqui divulgadas são de responsabilidade da Diretoria. As matérias

assinadas são de responsabilidades dos autores e não correspondem necessiariamente

à opinião do Jornal.

TRIÊNIO 2010/2013ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DO SINDICATO

DOS ENGENHEIROS DE GOIÁS

No entanto, o que vemos hoje é o total des-caso de gestores públicos que insistem em re-munerar de forma vergonhosa os profissionais de Engenharia e Arquitetura como, por exemplo, ocorre na Prefeitura de Goiânia. Na administra-ção municipal da nossa capital, os membros da Associação dos Engenheiros e Arquitetos da prefeitura de Goiânia (Agea), sob a represen-

tação do Sindicato dos Enge-nheiros de Goiás (Senge-GO), aprovaram em assembleia ex-traordinária realizada no dia 21 de março, na sede do Senge--GO, indicativo de greve para os servidores da categoria. Os profissionais reivindicam a im-plantação do plano de carreira para arquitetos e engenheiros na prefeitura de Goiânia. Atual-mente, sequer o piso salarial é pago para a classe.

A questão é tão grave em âmbito nacional que o senador Sadi Cassol (PT/TO) apresentou

no Senado o Projeto de Emenda Constitucional que legalizará a execução da Lei nº 4.950-A para o serviço público. O PEC 02/2010 de 10/03/2010 tem como objetivo estabelecer como princípio do sistema remuneratório do servidor público a ob-servância do piso salarial nacional das diversas categorias, nos termos da lei federal.

No 6º encontro de lideranças, ocorrido em 22 de março, em Belo Horizonte, várias lideran-ças debateram o tema da escassez de enge-nheiros, entre eles o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, que defendeu a tese de que a afir-mação não é verdadeira, pois o que existem são casos pontuais. Neste encontro, outros de-batedores, como Marcos Formiga, represen-tando a Confederação Nacional da Indústria (CNI), abordou a possibilidade de importação de engenheiros. Todavia, o Senge-GO se posi-ciona radicalmente contra tal medida e estará vigilante na defesa do mercado de trabalho de nossos profissionais brasileiros. Portanto, con-cluímos que valorização profissional e salário digno são a saída para esta questão.

ABRIL DE 2011

Page 3: Informativo  Abril 2011

“Queremos posicionar a Celg como

a maior empresa do

Centro-Oeste”

Em entrevista exclusiva concedida ao Senge-GO, o presidente José Eliton (foto) faz um balanço dos três primeiros meses à frente da Celg. Cita

a ausência de investimentos por que passou a empre-sa nos últimos anos e o descaso das últimas gestões que não honraram pagamentos de dívidas. Em contra-partida, comemora a adoção do planejamento estraté-gico que objetiva recuperar a Celg. Confira:

Entrevista 03Senge em Notícias

ABRIL DE 2011

Senge-GO – Passados mais de 90 dias de gestão à frente da Celg, o que mudou na empresa?

José Eliton – A Celg tem rumo de-finido, norte claro e planejamento estra-tégico com vistas a recuperar a Celg em todos os aspectos, tanto do ponto de vista do equilíbrio econômico-financeiro, quanto de investimentos e governança da empresa. O nosso plano de investi-mentos atinge o período de 2011 a 2020 e o de governança de 2011 a 2015. Com isso nós tivemos a oportunidade nesses três meses de gestão de economizar mais de R$ 88 milhões, com revisão, re-novação e extinção de contratos. A Celg está sendo gerida agora com austerida-de e economia total em suas atividades, sem esquecer a necessidade de realizar investimentos para a manutenção do sistema elétrico.

Senge-GO – Como estão sendo re-alizados investimentos pela empresa?

José Eliton – Nós temos a noção clara de que a Celg ainda é uma em-presa que possui interrupções no forne-cimento de energia, principalmente em períodos de chuvas. Mas estamos reto-mando o programa de investimentos e esperamos nos próximos anos ter equa-lizado esse problema. Hoje, nós temos demanda reprimida na ordem de 12%. Nós temos energia, mas não consegui-mos distribui-la. Mas estamos fazendo ajuste de contas para que a empresa tenha economia em seus custos. Por exemplo, para este ano estão previstos investimentos na ordem de R$ 200 mi-lhões para recuperar o setor elétrico na área de concessão. Queremos ao longo dos próximos anos estar com a Celg equilibrada e com potencial para aten-der essa demanda.

Senge-GO – A Celg vem buscando a li-beração de empréstimo no valor de R$ 2,7 bilhões na operação envolvendo o Banco Na-cional de Desenvolvimento Econômico e So-cial (BNDES) e a Caixa Econômica Federal. Caso esse montante não seja liberado, qual deve ser o plano B da empresa?

José Eliton – Vamos trocar dívidas que foram adquiridas ao longo dos anos por um perfil uniforme, com taxas de juros uniformes e de longo prazo. Com isso vamos diminuir o desembolso imediato da empresa para daqui a um ano, quando for retomado – são 15 meses de carência –, o fundo de caixa ter capacidade de pagamento rotineiro e contínuo dessas obri-gações. O empréstimo de R$ 2,7 bilhões está sendo negociado pelo Tesouro Estadual com

o governo federal. Do ponto de vista técnico, o Ministério das Minas e Energia já se manifestou favorável. De qualquer sorte, mesmo que essa operação com o governo federal não se con-cretize, estamos trabalhando com um plano definido por meio de parcerias com instituições financeiras de grande porte, que querem ser parceiras na reestruturação da empresa, com posterior busca do parceiro estratégico para se associar à Celg.

Senge-GO – A Atual gestão cogita a pos-sibilidade de a Aneel solicitar ao Ministério das Minas e Energia a caducidade da Celg?

José Eliton – A possibilidade dessa cadu-cidade é zero, pelo simples fato de que a Celg vai se reestruturar economicamente, iniciar o processo de retomada de seus investimentos

e eu tenho convicção que, aperfeiçoan-do o plano de reestruturação, ela esta-rá apta a ter renovada sua concessão. Com naturalidade, o processo de cadu-cidade será arquivado.

Senge-GO – Como a Celg está tra-balhando junto aos poderes conceden-tes para tratar da questão de distribuição de energia?

José Eliton – Nós temos diversos es-trangulamentos na área de distribuição, pois não foram realizados investimentos necessários para sua manutenção. Te-mos problemas sérios na região de Cris-talina, Itaberaí, Catalão e Caldas Novas. São pontos seriíssimos, com possibilida-de inclusive de apagões. Com relação à geração e transmissão, a alienação de Cachoeira Dourada foi um fator desas-troso. Nós temos pequenas geradoras e estamos investindo em outras. Estamos com projeto de retomar a Usina de Ro-chedo, ampliar a sua produção de ener-gia. O nosso planejamento estratégico, inclusive, prevê ao longo dos próximos anos investimento em novas usinas com capacidade de geração de energia do porte de Cachoeira Dourada. O plano é ambicioso e visa posicionar a Celg como a maior empresa do Centro Oeste.

Senge-GO – A Cemig, recente-mente, declarou que as redes de trans-missão da Celg não têm qualidade. O Stiueg denunciou compras de mate-riais sem qualidade para as redes.O senhor abriu processo de investigação sobre possíveis compras de materiais sem qualidade para as redes? Como a Celg está tratando a questão da quali-dade das redes de transmissão?

José Eliton – Em primeiro lugar, a Cemig não tem autoridade para falar se

as redes de transmissão da Celg são boas ou ruins, porque eles nunca vieram aqui fazer re-visão ou qualquer tipo de avaliação no sistema elétrico. Com relação aos procedimentos que ocorreram no passado, isso deve ser objeto de avaliação pelos órgãos competentes. Se houve ou não irregularidades, não compete à atual gestão trabalhar com essa questão. Com-pete remeter aos órgãos próprios que vão fazer essa análise. O que eu posso fazer assegurar é que todos os equipamentos e materiais que estão sendo adquiridos têm na sua qualidade um de seus componentes para aquisição pela empresa. Não adianta termos um produto ba-rato, com baixa eficiência, se no final teremos um custo maior, porque haverá perda de ener-gia e de eficiência na prestação do serviço.

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notícias 04

ABRIL DE 2011

Senge em Notícias

SERVIÇOS OFERECIDOS PELO SENGEAtendimento odontológico

• ADULTOSAtendimento às quintas-feiras, mediante agendamentoprévio com Idália pelo telefone 3251-8181.• CRIANÇAS E ADOLESCENTES (PREVENÇÃO

ODONTOLÓGICA)

Atendimento todos os dias, mediante agendamentoprévio com Idáliapelo telefone 3251-8181.

• CONVÊNIO ODONTOLÓGICOOferecemos convênio em todas as especialidades odontológicas.

Convênio Médico Unimed

Oferecemos convênio em todas as especialidades médicas, dentro do plano de saúde firmado junto à Unimed.• CONVÊNIO COM LABORATÓRIOS MÉDICOS• ASSISTÊNCIA JURÍDICA TRABALHISTA

Os atendimentos serão realizados com tabela própria

Arquitetos e Engenheiros a um passo da greve na Prefeitura de GoiâniaCategoria se mobiliza em prol da implantação do plano de cargos e salários no município

Engenheiros e Arquitetos da prefeitura de Goiânia, representados pelo Sindicato dos Engenheiros de Goiás (Senge-GO),

seguem mobilizados com o indicativo de greve em vigor. A primeira grande manifestação foi realizada na manhã do dia 29, no Paço Muni-cipal, data em que mais de 50 servidores ves-tidos com camiseta preta se mobilizaram até o gabinete do prefeito Paulo Garcia. O grupo foi recebidos apenas por Osmar Magalhães, chefe de gabinete do prefeito, que designou o secretário Municipal de Governo, Iram Saraiva Júnior, para presidir uma comissão de nego-ciação da prefeitura junto ao Sindicato dos En-genheiros no Estado de Goiás.

No entanto, como desde a ocasião o secretário Iram Saraiva Júnior não tem aten-dido os profissionais, a classe optou por re-alizar outra mobilização: em 5 de abril, os

manifestantes suspenderam as atividades no Paço protestaram na Câmara Municipal de Goiânia. Na casa legislativa, usaram a tribuna por dez minutos e obtiveram apoio de 19 vereadores presentes na sessão – nú-mero expressivo, já que a totalidade é de 35 parlamentares na Câmara.

Caso não haja acordo junto à prefeitura de Goiânia, os profissionais prometem paralisar as atividades que desenvolvem na administra-

Engenheiros e Arquitetos se mobilizam no Paço para reivindicar a implantação do plano de cargos e salários

ção municipal, numa iniciativa que interrompe-ria todos os processos cabíveis a engenheiros e arquitetos, desde a análise de projetos à execução de obras.Os arquitetos e engenhei-ros reivindicam a implantação do plano de car-reira para a categoria na prefeitura de Goiânia. Atualmente, sequer o piso salarial é pago à classe. O Sindicato dos Engenheiros de Goiás encabeça a luta de seus representados junto à prefeitura de Goiânia.

Senge inicia aulas para segundo curso de informática

Com o sucesso obtido junto à primeira turma do curso de informática, o Senge-GO iniciou em 30 de março as aulas da segunda turma para o mesmo curso. Aos alunos são oferecidos conhecimentos sobre Windows 7 e Word 2010. As aulas do grupo 1 estão sendo ministradas às terças e quintas-feiras, enquanto as aulas do grupo 2 seguem às quartas e sextas-feiras.

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notícias 05

ABRIL DE 2011

Senge em Notícias

Mais uma etapa na história da CNTU foi marcada na noite de 23 de mar-ço, quando ocorreu a solenidade de

posse da equipe que comandará a entidade na gestão de 2011 a 2014. Eleita em novembro de 2010, a diretoria tem à frente o engenheiro Murilo Pinheiro, reconduzido ao cargo.

Na cerimônia de posse, Pinheiro reafir-mou o compromisso de defender os profis-sionais liberais, lutar pela construção de uma sociedade mais justa e honrar as bandeiras do movimento sindical. “Para que ocupemos

Diretoria da CNTU toma posse no memorial JK

Evento foi prestigiado por parlamentares e representantes dos conselhos profissionais de todo o País

digna e merecidamente um lugar entre as cinco maiores potências mundiais nas próxi-mas décadas é necessário que continuemos atentos aos acontecimentos mundiais, à glo-balização, às inovações tecnológicas, mas muito mais do que isso, precisamos olhar para dentro, educar nosso povo, dar condi-ções de saúde e saneamento, evitar as ca-tástrofes a cada período de chuvas, colocar fim à corrupção e aos interesses individuais em detrimento dos coletivos”, ressaltou.

A secretária Nacional das Relações

Engenheiro Murilo Pinheiro discursa

na posse como presidente da CNTU

do Trabalho, Zilmara Alencar, destacou a importância da confederação a partir das federações que a compõem – economis-tas, engenheiros, farmacêuticos, médicos e odontologistas – e sua relevância para a so-ciedade. Apontou ainda o respaldo sindical da entidade. “Essa massa aqui representada faz a diferença. Nós aprendemos que temos que ter um lado e o nosso é o daqueles que são combativos e defendem um ideal coleti-vo. Vemos tudo isso na CNTU, uma entidade legítima e representativa”, enfatizou.

Escassez de engenheiros é tanto mito quanto realidadePresidente do Ipea diz que há falta de profissionais em determinadas áreas, mas pontua que demanda supera vagas de trabalho em outros setores

A escassez de mão de obra na en-genharia é tanto realidade quanto mito. Esse foi o posicionamento

defendido por Márcio Pochmann, presi-dente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), durante o Fórum “Escas-sez de Engenheiros: Mito ou Realidade?”, realizado em 17 de março, pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de Minas Ge-rais (Senge-MG).

Segundo Pochmann, para responder a essa pergunta é preciso levar em consi-deração alguns fatores. “Nós temos a re-

alidade da escassez localizada em deter-minados setores da atividade econômica, em determinadas regiões, mas ao mesmo tempo também é um mito porque não po-demos dizer que estão faltando engenhei-ros para todas as áreas. Temos engenhei-ros sobrando, inclusive, em determinados setores”, afirmou.

Pochmann acredita que a engenharia possua três problemas pontuais, todos liga-dos à questão da formação acadêmica de engenheiros. “A alta evasão escolar – so-mente 15% dos estudantes que entram na

Engenharia conseguem se formar depois de 10 semestres – o número insuficiente de vagas nas engenharias nas universidades e o desvio de atuação dos engenheiros for-mados, dos quais 2/3 acabam atuando em outras áreas são alguns obstáculos enfren-tados pela engenharia brasileira”, esclarece.

Da esquerda para a direita: Marcos Formiga, Márcio Pochmann, Raul Otávio Pereira, Marcos Túlio de Melo e Valter Fanini na mesa de debates do evento do Senge-MG

Font

e:CN

TU

Fonte: Sindicato dos Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG)

Page 6: Informativo  Abril 2011

FNE 06

ABRIL DE 2011

Na era do conhecimento, a formação em engenharia precisa ser capaz de produzir profissionais que deem

conta das tarefas impostas no século XXI, entre elas as questões energéticas, am-bientais, de produção de alimentos e forne-cimento de água potável, além do desen-volvimento de novas tecnologias.

O desafio foi colocado durante o segun-do evento da série “Encontros de Tecnologia de Educação em Engenharia 2011”, realizado em 16 de março na sede do Seesp, em São Paulo, que teve como palestrante o professor José Carlos Quadrado, presidente da Asibei (AsociaciónIberoamericana de Instituciones de Enseñanza de laIngeniería) e do Isel (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa) e vice-pre-sidente da Sefi (Sociedade Europeia de Edu-cação em Engenharia). Promovida pelo Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia), em fase de implantação pelo sindicato com apoio da FNE, a atividade pretende ao longo deste ano discutir as mudanças necessárias no ensino da profissão, de modo a enfrentar os desafios e as oportunidades do século XXI.

Segundo Quadrado, o ensino superior de um modo geral e as escolas de enge-nharia em particular padecem, na América Latina, de inúmeros problemas. “Há falta de recursos para inovar, o currículo é desatua-lizado, muitos jovens não se inscrevem na universidade e o número de adultos que a frequenta é residual”, listou. “Algumas ins-tituições latino-americanas se encontram entre as melhores do mundo, porém o seu potencial é muito maior”, mencionou.

Para ele, deve ser implementada uma agenda de modernização nas universida-des, buscando o crescimento e o emprego através da reforma curricular. Tal ação deve contemplar a aprendizagem por competên-cias, novos locais de ensino, educação para os docentes, autonomia das universidades,

Por Lucélia Barbosa

Um novo modelode ensino de engenharia

parcerias estratégicas envolvendo empre-sas, garantia de qualidade e diversidade de financiadores, incluindo sistema de bolsas. “É preciso também manter a estrutura pró-pria das instituições preservando a identi-dade e estabelecer parcerias internacionais para reduzir a dependência de políticas di-vergentes”, recomendou Quadrado.

No entanto, se quiser superar o atraso socioeconômico existente desde a era dos descobrimentos, asseverou o professor, será necessário mais que solucionar as ca-rências evidentes e alcançar o patamar dos países desenvolvidos para que se produza algo original. Na sua opinião, a principal mis-são do Brasil é liderar essa reforma. “Ao in-vés de competir tentando duplicar ou copiar a experiência de fora, o ideal é desenvolver um modelo próprio e inovador”, propôs.

O profissional do século XXISe a América Latina tem nas mãos uma ta-

refa e tanto, também não é banal o desafio glo-bal de formar o profissional que se demanda neste século, que deve “ter sólida capacidade analítica, criatividade, alto nível de comunica-ção com os diferentes interlocutores, compe-tências de gestão, dinâmica e flexibilidade”. “Um líder adaptável que atenda as necessida-des locais e que seja ao mesmo tempo com-petitivo globalmente”, resumiu Quadrado.

Para atingir essa meta, o especialista apon-ta que as instituições de ensino devem cumprir os seus objetivos. Entre eles, desenvolvimento intelectual, transmissão de cultura e cidadania, incremento do conhecimento e potencialização

do emprego. Além disso, é fundamental que cada universidade entenda a situação da eco-nomia global e aborde os desafios da atualida-de no sistema educativo. “Outro fator primordial é o planejamento estratégico dos currículos preparando o estudante para assumir papel de liderança em diversas áreas, aprender ao longo da vida, contribuir para a profissão e ser bem--sucedido num mercado de trabalho multidisci-plinar”, sugeriu o conferencista, acrescentando que a reforma curricular também deve apoiar a economia do País.

Ênfase na competênciaCom aproximadamente 4 mil instituições

de ensino – algumas consideradas as melho-res do mundo –, a Europa também teve que fa-zer mudanças na educação em engenharia.A iniciativa surgiu no ano 2000, quando foi criada a Declaração de Bolonha. O processo finaliza-do em 2010 estabeleceu o ensino por compe-tências e concedeu às instituições autonomia na criação de novos cursos.

Segundo Quadrado, no modelo europeu incluiu-se ainda o suplemento ao diploma, uma espécie de currículo complementar em que o professor descreve as competências individuais de cada aluno, tais como projetar um edifício ou construir uma ponte. Dessa forma, graduados de um mesmo curso po-dem ser aprovados e ter o diploma, mas possuir habilidades distintas no documento. “É justamente isso que os empregadores querem e não notas acadêmicas.O paradig-ma agora é formar engenheiros que tenham competências multidisciplinares”, enfatizou.

VISITE O SITE DA FEDERAÇÃO

www.fne.org.br

Senge em Notícias

Aviso aos associadosComunicamos que novos equipamentos (entre eles, ultrassom para remoção de tártaro) fo-

ram adquiridos recentemente pelo consultório odontológico do Senge-GO para melhor atender os associados. Informamos ainda que continua em vigor o atendimento a crianças e adultos, median-te agendamento prévio, no departamento odontológico pelo telefone (62) 3251-8181.