inova em foco - mar/2014 - o desafio da retenÇÃo de talentos

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MAR . 2014 inovabs.com.br INOVA BUSINESS SCHOOL INOVA EM FOCO Mestre em Administração pela UNIMEP. Pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas e em Finanças. Graduada em Administração pela UNIMEP. Ocupou cargos executivos em empresas de varejo e serviços e posteriormente passou a dedicar-se à consultoria. É sócia diretora da MD3 Consultoria Empresarial. Professora de graduação e pós-graduação em conceituadas institui- ções de ensino. O DESAFIO DA RETENÇÃO DE TALENTOS. As organizações, sejam elas com ou sem ns lucrativos, atuam em mercados com clientes cada vez mais exigentes e informa- dos, que buscam em seus relacionamentos com estas organizações agregação de valor. Assim sendo, emergem desaos como mudanças constantes, inovação, busca de excelência, gestão ecaz de pessoas e o capital humano como fator impulsionador dos processos de inovação organizacional. Sem dúvida, para agregar valor e enfrentar com sucesso tais desaos, as organizações precisam além de atrair, reter os melhores talentos que compõem a sua força de trabalho. Hoje a força de trabalho das empresas é composta por diferentes gerações, isto é, convivem prossionais de diferentes idades: alguns poucos Baby Boomers (nascidos entre 1951-1964); os componentes da Geração X (nascidos entre 1965-1983); os da Geração Y (nascidos entre 1984-1994) e os componentes da Geração Z (nascidos a partir de 1994). Em comum, todos independente da idade ou do cargo ocupado, são cada vez mais cobrados em relação aos resultados, à produtividade. Enquanto os boomers são leais e fortemente identicados com a empresa, os integrantes da geração X são leais à carreira e o que os reterá é o aprendizado e desenvolvimento, pois isto lhes permite mobilidade e desenvolvimento na carreira. Já os Y e os Z, vivem em um mundo sem fronteiras, experimentam constantemente coisas novas, precisam de atividades desaadoras que possibilitem a interação com novas tecnologias e retê-los implicará alcançar a identicação com o propósito da organização através do desenvol- vimento de competências organizacionais e individuais, por meio de novas formas de gestão de pessoas. Reter através de investimentos no coletivo e no individual. O desenvolvimento de uma cultura coletiva de alto desempenho, isto é, guiada por princípios, geradora de um forte senso coletivo do propósito e orgulho da empresa, mas que permita o desenvolvimento de pessoas com alto potencial, com políticas persistentes, embora ágeis e abertas à revitalização. No individual, desenvolver funcio- nários, investindo em capacitação, realizando acompanhamento de carreira com avaliações de desempenho, meritocracia, desen- volvimento de plano de desenvolvimento individual acompanhado pelo mentor ou coach. É importante destacar que os investimentos em capacitação para desenvolvimento de competências, ampliam o repertório do indivíduo, minimizando resistências às mudanças, estimulando a criatividade e a inovação, beneciando tanto a empresa quanto o indivíduo. Para reter talentos também é preciso investir na relação líder – liderado, ou seja, como esta relação acontece ou os comportamentos do líder diante da mudança, diante da diversidade, bem como a sua capacidade de tratar as pessoas de forma dife- renciada são considerados pelos liderados e impactam no comprometimento com o propósito da organização e na permanência dos talentos. Atualmente, a força de trabalho das empresas é formada em sua maioria por integrantes das gerações Y e Z. Esses jovens apressa- dos e que vivem conectados buscam, na relação com seus líderes, feedback, participação, autonomia, diálogo, transparência, e que o líder seja uma referência. Preparar líderes atuais e futuros com programas de mentoring e coaching, formando líderes que tenham as pessoas como foco principal, que conciliem as necessidades da empresa com as expectativas de carreira das pessoas, que busquem a criação de equipes autogeridas, motivadas e autônomas é caminhar ao alcance do desao da retenção de talentos. O alcance do desao da retenção de talentos torna indispensável uma gestão estratégica de pessoas, ou seja, além de ter como foco central as pessoas, deve estar inteiramente alinhada à missão, visão, valores, impulsionando uma cultura de excelência, ou seja, a identicação com o propósito e o desempenho coletivo são incentivados e internalizados, as competências individuais são desenvolvidas e reconhecidas, num ambiente de trabalho agradável e inspirador. ANA CRISTINA GIULIANI

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Leadership & Management


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Inova em Foco é um artigo escrito por professores da Inova Business School que provoca o leitor a refletir sobre temas ligados à gestão, liderança, inovação e futuro.

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MAR . 2014

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Mestre em Administração pela UNIMEP. Pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas e em Finanças. Graduada em Administração pela UNIMEP. Ocupou cargos executivos em empresas de varejo e serviços e posteriormente passou a dedicar-se à consultoria. É sócia diretora da MD3 Consultoria Empresarial. Professora de graduação e pós-graduação em conceituadas institui-ções de ensino.

O DESAFIO DA RETENÇÃO DE TALENTOS. As organizações, sejam elas com ou sem fins lucrativos, atuam em mercados com clientes cada vez mais exigentes e informa-dos, que buscam em seus relacionamentos com estas organizações agregação de valor. Assim sendo, emergem desafios como mudanças constantes, inovação, busca de excelência, gestão eficaz de pessoas e o capital humano como fator impulsionador dos processos de inovação organizacional. Sem dúvida, para agregar valor e enfrentar com sucesso tais desafios, as organizações precisam além de atrair, reter os melhores talentos que compõem a sua força de trabalho. Hoje a força de trabalho das empresas é composta por diferentes gerações, isto é, convivem profissionais de diferentes idades: alguns poucos Baby Boomers (nascidos entre 1951-1964); os componentes da Geração X (nascidos entre 1965-1983); os da Geração Y (nascidos entre 1984-1994) e os componentes da Geração Z (nascidos a partir de 1994). Em comum, todos independente da idade ou do cargo ocupado, são cada vez mais cobrados em relação aos resultados, à produtividade. Enquanto os boomers são leais e fortemente identificados com a empresa, os integrantes da geração X são leais à carreira e o que os reterá é o aprendizado e desenvolvimento, pois isto lhes permite mobilidade e desenvolvimento na carreira. Já os Y e os Z, vivem em um mundo sem fronteiras, experimentam constantemente coisas novas, precisam de atividades desafiadoras que possibilitem a interação com novas tecnologias e retê-los implicará alcançar a identificação com o propósito da organização através do desenvol-vimento de competências organizacionais e individuais, por meio de novas formas de gestão de pessoas. Reter através de investimentos no coletivo e no individual. O desenvolvimento de uma cultura coletiva de alto desempenho, isto é, guiada por princípios, geradora de um forte senso coletivo do propósito e orgulho da empresa, mas que permita o desenvolvimento de pessoas com alto potencial, com políticas persistentes, embora ágeis e abertas à revitalização. No individual, desenvolver funcio-nários, investindo em capacitação, realizando acompanhamento de carreira com avaliações de desempenho, meritocracia, desen-volvimento de plano de desenvolvimento individual acompanhado pelo mentor ou coach.

É importante destacar que os investimentos em capacitação para desenvolvimento de competências, ampliam o repertório do indivíduo, minimizando resistências às mudanças, estimulando a criatividade e a inovação, beneficiando tanto a empresa quanto o indivíduo.

Para reter talentos também é preciso investir na relação líder – liderado, ou seja, como esta relação acontece ou os comportamentos do líder diante da mudança, diante da diversidade, bem como a sua capacidade de tratar as pessoas de forma dife-renciada são considerados pelos liderados e impactam no comprometimento com o propósito da organização e na permanência dos talentos.

Atualmente, a força de trabalho das empresas é formada em sua maioria por integrantes das gerações Y e Z. Esses jovens apressa-dos e que vivem conectados buscam, na relação com seus líderes, feedback, participação, autonomia, diálogo, transparência, e que o líder seja uma referência.

Preparar líderes atuais e futuros com programas de mentoring e coaching, formando líderes que tenham as pessoas como foco principal, que conciliem as necessidades da empresa com as expectativas de carreira das pessoas, que busquem a criação de equipes autogeridas, motivadas e autônomas é caminhar ao alcance do desafio da retenção de talentos. O alcance do desafio da retenção de talentos torna indispensável uma gestão estratégica de pessoas, ou seja, além de ter como foco central as pessoas, deve estar inteiramente alinhada à missão, visão, valores, impulsionando uma cultura de excelência, ou seja, a identificação com o propósito e o desempenho coletivo são incentivados e internalizados, as competências individuais são desenvolvidas e reconhecidas, num ambiente de trabalho agradável e inspirador.

ANA CRISTINA GIULIANI