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Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais A Questão Hidrológica e as Soluções de Engenharia Prof. Marcos Aurélio Vasconcelos de Freitas Coordenador do IVIG/COPPE/UFRJ

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Instituto Virtual Internacional de

Mudanças Globais

A Questão Hidrológica e as Soluções de Engenharia

Prof. Marcos Aurélio Vasconcelos de FreitasCoordenador do IVIG/COPPE/UFRJ

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Mudanças Globais

Caracterização e Desafios Regionais

Vazão de retirada total:2.373 m3/s- 54% Irrigação- 22 % Urbano- 17 % Industrias

Área Irrigada: 6,05milhões de ha

Coleta de esgoto: 29,9%

Hidroeletricidade: 84,294 MW(potencial instalado)

Qualidade das águas (IQA):- 82% ótima ou boa- 18% regular, ruim ou

péssimaFonte: ANA, 2013

Expansão da Geração Hidrelétrica

Expansão da Fronteira

Agrícola

DéficitHídrico

DéficitHídrico

DéficitHídrico

Poluição Hídrica

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Mudanças Globais

Caracterização e Desafios Regionais

Fonte: ANA, 2013

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Oferta de Água de Chuva

Período: 1931 – 1990

Fonte: INMET, 2010

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Oferta de Água Subterrâneas

Fonte: ANA, 2010

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Oferta de Água Superficial

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Relação entre Demanda e Disponibilidade (%)

Fonte: ANA, 2010

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Uso da Água na EnergiaA maior parte não consuntiva do uso da água no Brasil é utilizada para a geração hidrelétricaTodavia, a geração termelétrica também poderá ter problemas c água p produção de vapor em algumas bacias (uso consuntivo).

Em caso de estiagem, a água deverá ser utilizada para abastecimento humano e dessedentação animal, e secundariamente para irrigação para produção de alimentos, usos industriais e outros usos.

Solução

Diversificar a matriz elétrica brasileira com o objetivo de diminuir a dependência da geração hidráulica no setor elétrico.

Com isso, reduz-se o impacto das mudanças climáticas na geração elétrica e mantem-se o abastecimento de água para outras atividades humanas e para o meio ambiente em caso de uma estiagem.

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Reuso da Água

Fonte: ANA, 2010

REUSO DIRETO

REUSO INDIRETO

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Dessalinização

• Sistemas de dessalinização tem uma vida útil de 20 anos e só operarão em situações de emergência (5 - 10% da sua capacidade), caso implementados em um local.

• Para otimizar a utilização desses sistemas é necessário que o sistema seja instalado em uma embarcação para dessalinizar água para as cidades costeiras em momentos de crise.

Descrição da Embarcação:• Capacidade - 10,000 m3/dia

• Custo - US$ 25 milhões de dólares (US$14 milhões equipamentos de dessalinização e US$11 milhões para instalar o sistema em uma embarcação).

• Tempo de construção - 6 meses

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Panorama do Setor de Saneamento

Fonte: MCidades, 2014

Coleta de esgotos no Brasil em 2012 (dados SNIS):

• 2.221 municípios com sistemas públicos de esgotos (39,9% do total)

• 1.427 municípios sem sistemas públicos de esgotos (25,6% do total)

• 1.922 cidades não responderam (34,5% do total)

• Total de 135,4 milhões de habitantes atendidos no país (91,0% da amostra);

• Meta PLANSAB: 93% de atendimento urbano com rede coletora de esgotos até 2033.

Municípios com dados no SNIS – Esgoto

Sem Informação

Não tem sistema público

Tem sistema público

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Redução da Poluição dos Rios

Estudo “Observando os Rios” – 2013/2014

• Realizado em 96 rios das regiões Sul e Sudeste.• Investimento em saneamento melhorou as

condição de 15 pontos que estavam com qualidade péssima.

Projeto “Córrego Limpo” em São Paulo

• Recuperação de 40 córregos • Medida adotadas: manutenção da margem dos

córregos, aumento das ligações coletivas de esgoto, monitoramento quinzenal, manutenção e otimização do sistema de coleta de esgoto, sensibilização da comunidade.

Fonte: SOS Mata Atlantica, 2014

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Tratamento de Esgoto de Rios

Unidade de Tratamento de Rio UTR Arroio Fundo

• Inaugurada em 2007, com capacidade para 1.800 l/s

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Unidade Avançada de Tratamento de Rio (UATRs)(parceria Biorio/IVIG p desenvolvimento)

• As Unidades Avançada de Tratamento de Rio (UATRs), apresentam a vantagem de tratar toda a bacia, que reúne as contribuições de esgotos e águas pluviais.

• Em tempo seco, torna-se viável tratar o Rio poluído pelo lançamento de esgotos, sem a construção das redes coletoras.

• Em etapa posterior, são realizadas as etapas de redes, elevatórias, e melhoria do tratamento, completando o sistema de esgotos sanitários.

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Mudanças Globais

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5 4 3

1. Barragem

2. Tomada d´água

3. Gradeamento e medição de vazão

4. Mistura de coagulante, floculação

5. Canais de flotação

6. Efluente

7. Bombas, controle, dosagem de produtos químicos.

Unidade Avançada de Tratamento de Rio (UATRs)(parceria Biorio/IVIG p desenvolvimento)

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Tratamento de Esgoto

• Estação de Tratamento de Esgoto Pavuna• Inaugurada em 2014 e irá reduzir o esgoto lançado

diretamente na Baía de Guanabara.• Remove até 98% da carga orgânica.

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Biogás Resultante do Tratamento de Esgoto

ETE Barueri: vazão média de tratamento de esgoto de 9 m³/s• Potência de Geração Inicial: 2,6 MW• Produção de Energia Elétrica: 19,4 GWh/ano (0,9% do consumo da

Sabesp) - suficiente para suprir 39 mil habitantes• Investimento: R$ 9,0 milhões

Fonte: SABESP,2008

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Geração de Eletricidade com Biogás

Fluxograma Cogeração de Energia –ETE Arrudas

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Valorização do Esgoto - Biodiesel

Fonte: IVIG

Domínio da tecnologia de fabricação de biodiesel a partir da escuma de esgotosTecnologia GERAR – empresa de base tecnológica incubada no Parque Tecnológico do Fundão (UFRJ)

Empresa Incubada na UFRJApoiada com Recursos FINEP/FAPERJPrograma Inovação Rio

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Redução de Perdas na Distribuição de Água Tratada

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Amapá

Sergipe

Rio Grande Do Norte

RondôniaPará

Amazonas

Bahia

Rio Grande Do Su

l

Paraíba

São Paulo

Santa Catar

ina

Paraná

Rio De Janeir

o

Distrit

o Federal0.00

10.00

20.00

30.00

40.00

50.00

60.00

70.00

80.00

90.00

Índi

ce d

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ção

(%)

Fonte: Ministério das Cidades, 2013

Perdas na Distribuição por Estado

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Tipos de Perdas

Perdas aparentes

• Volume de água que foi efetivamente consumido pelo usuário, mas que, por algum motivo não foi medido ou contabilizado, gerando perda de faturamento para o prestador de serviço.

• Ex.: hidrômetros defeituosos, erros de leitura, ligações clandestinas, fraudes, falhas no cadastro comercial, etc.

Perdas reais

• Refere-se a toda a água disponibilizada para a distribuição que não chega aos consumidores.

• Ex.: vazamentos em adutoras, redes, ramais, conexões, reservatórios e outras unidades operacionais do sistema.

Fonte: Ministério das Cidades, 2013

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Ações para a redução e gerenciamento de perdas a serem seguidas pelos prestadores de serviços definidas pelo Ministério das Cidades (2013):

• Modernização institucional visando à melhoria na redução de perdas reais e aparentes de água e o desenvolvimento gerencial;

• Institucionalização das atividades rotineiras relacionadas ao gerenciamento das perdas de água no âmbito dos processos operativos dos sistemas de abastecimento de água;

• Aumento da capacidade de desenvolvimento de projetos para a redução de perdas de água; desenvolvimento da capacidade de mobilização e comunicação interna (para os funcionários) e externa (para a comunidade) visando dar sustentabilidade;

• Governabilidade e perenidade aos programas implantados.

Redução de Perdas na Distribuição de Água Tratada

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Redução do Consumo - Agricultura

Progressos técnicos ajudam a melhorar eficiência no uso da água:

Sistema de distribuição mais preciso (gotejamento)

Monitoramento das propriedades do solo

Seleção de espécies mais adaptadas a um menor consumo de água

Adoção de tipos de cultivo como plantio direto que mantêm a umidade do solo

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• A água utilizada muda suas características físicas e químicas.

• É fundamental conhecer a qualidade e o grau de degradação água para se aplicar o tratamento apropriado.

• A reuso pode ser utilizada no:• Esfriamento de equipamentos que

geram calor;• Na lavagem para retirar resíduos ou

elementos contaminantes; • Em processo que não necessitam que

uma água de alta qualidade, e.g. na fabricação de papel. Exemplo: Recirculação de água em aquecedores

Redução do Consumo - Industrial

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Redução do Consumo - Urbano

Educação e comunicação ajudam a melhorar os costumes e reduzir consumo:

Uso de água de chuva

Campanha de conscientização

Utilização da telemetria

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Telemetria

Fonte: TECMETRA (2015) - http://www.tecmetra.com.br/telemetria.html

A telemetria é uma tecnologia de medição a distância que permite que, tanto o distribuidor quanto o consumidor obtenham dados sobre o consumo e possíveis problemas no fornecimento em tempo real.

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Vantagem da Telemetria de Água:

Fornecer dados em tempo real ao consumidor que permitem o uso de água de forma mais consciente e controlada.

Permitir a empresa de fornecimento, a detecção de vazamentos na rede;

O investimento na implantação da telemetria é pago em dois a três meses após a implantação em função da economia de água;

Impede a realização de fraudes na rede (gatos) pelo monitoramento da vazão;

Promove a preservação dos recursos hídricos e reduz o risco de escassez.

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Obrigado!!!

E-mail: [email protected]