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PREÇOS r NO RIO. ..«500 HOS E5TADOS. . s600 ANO XXXV RIO DE JANEIRO, 14 DE SETEMBRO DE 1938 N." 1719 _j ME_^_ii_SMlii A mãe de Duduca saiu para faier compras e encarregou o filho de tomar conta do irmão mais moço. A tarefa não agradou ao Duduca que tinha de jogar no team do "Bola de Meia, F. C.". Mas Duduca . . . I_^!TL-zjg.¦'¦<v^ ma! i- A". _! . . . teve uma idéa. Para não deixar o irmão,, amarrou-o no lombo do "Dingo" e partiu para o club. E no jogo o irmão de Duduca jogou até como "goal-keeper", fazendo um bonito.

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PREÇOS rNO RIO . ..«500HOS E5TADOS. . s600

ANO XXXV RIO DE JANEIRO, 14 DE SETEMBRO DE 1938 N." 1719

_j ME_^_ii_SMliiA mãe de Duduca saiu para faier compras e

encarregou o filho de tomar conta do irmão maismoço.

A tarefa não agradou ao Duduca que tinhade jogar no team do "Bola de Meia, F. C.". MasDuduca . . .

I_^!TL-zjg.¦'¦<v^ ma ! i- ". _!. . . teve uma idéa. Para não deixar só o irmão,,amarrou-o no lombo do "Dingo" e partiu para oclub.

E no jogo o irmão de Duduca jogou atécomo "goal-keeper", fazendo um bonito.

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O TICO-TICO 14 — Setembro 1938

òiBLiarnECA -HbsuiO melhor presente pava ascreanças é um livro. Mos livros»cujas ^miniaturas estão dese-nliadas nesta pagina, lia mo»tive"? de recreio e -de culturapara a infância. Bons livrosdados ás creanças sâotescolasque lhes illuminam a-intelli-='gene ia.

tvO TICO-TICOEDUCA-ENSINA-DISTRAHE

(OrnbS.MÁ_ WcfU

f7U i*%^ 1 f / À_

Mmlia.1 &£<&£_ 1

¦ ¦ ¦ -" ¦"¦ I

ni.MiA b * e a —Os malaeruernectdores contos parae infância, escnptos e tllus-trados pela sensibilidade deum artista como J Carlos.Ceda conta desse livro *uma liçáa de moral e defcendj.de para • infância.

CONTOS DA MAE PRETA— Historias da infância quo-Oswaldo Orico eolligiu eadaptou A leitura das cre-ancas. Volume que deve fi-gurar entre os de mais va-tor na bibliotheca dos pe-queninos. Contos das gera*ções passadas, das gera-ções que hão de vir.

CHIANDO O CÉO SE(ENCHE. DEI BALÕES.—Livro de lendas ede historias dos san-tos do mez de Junho.Cn.cantador a c o I -«lecçâo de contos doLeonor Posada, con*tos que enlevam anlma da creança nu-ma sensibilidade desonho. IIlustraçõescoloridas de CieeroValladares.

Quando o^A» O CEO 5§yENCHE o

LÔES...'om _w&_

6i»M«Tnit» iNFArtri. • e 'nu-t'H>

Comprae para vossos íilhos os livrosda Bibliotheca Infantil d' O Tico-Tico,á venda nas üvrarias de todo o Brasil.

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1 ISi.tl.ofl.cea Infantild'0 Tico-Tico

Tr.iv. Ouvidor, 34 — rio oe j a n e rit o

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UOMEOVERMILSê forte, caro meninoSê útil ao teu BrasilTens vermes. Não mais hesitesToma já HOMEOVERMIL.

DE FARIA & CIA. — R. S. José, 74e R. Archias Cordeiro, 127-A — Rio.

PÍLULAS

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'(PÍLULAS DE PAPAINA E PODO-PHYL1NA)

Empregadas com suecesso nas moléstiasIdo estômago, figado ou intestinos. Essaspílulas, além de tônicas, são indicadas nasdyspepsias, dores de cabeça, moléstias dofigado e. prisão de ventre. São um pode-roso digestivo e regularizador das funcçõesçasfro-intestinaes.

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O TICO-TICOPropriedade da S. A. O MALHO

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As assinaturas começam sempre nodia 1 do mês em que forem tomadase serão aceitas anual ou semestralmente.

TODA A CORRESPONDÊNCIA co-mo toda a remessa de dinheiro, (quepode ser feita por vale posta) ou cartacom valor declarado), deve ser dirigidaá S. A. O Malho. Travessa do Ouvi-dor. 34 — Rio. Telefone: 23:4422.

«*>;.-,.

COIECÀO SETHEJISINO PRIMÁRIO POR MEIODO DESEKKO-INTERESSA ACRIANÇA E FACILITA O MESTREVEJA HÁS LIVRARIAS DO BRASILAS OBRAS DSSTA COLEÇÃO OU P£-ça PROspecrosAo"Aiíl\tK SETH"R. RAMAWO ORTIGAO O-2?-RIO,

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J§4> Mr\W\í\fj_%lv__v VRuT_Pz_ *-/•-"digavvqúeeulhe disse:-Uso e nao mudoJUVENTUDE

ALEXANJlTRE^PARA A BELLEZA DOSCABELLOS E CONTRACABELLOS BRANCOS

Moda e Bordado é o figurino porexcelência das senhoras brasileiras.

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Redator-Cheie: Carlos Manhães — Diretor-feerente : A. do Souza e Silva

-— "~" ir--_^-.—,-_¦¦ '. ._¦:.._, t-T__— __. _ „- 1. -n--' ¦

Às arvores são relíquiasMeus netinhos:

Vovô sempre diz a vocês que os vegetais têm inúmerasutilidades e devem merecer a estima e a proteção de todos. Seeles não existissem, muito diferente seriam as condições de vidana terra. Alimentação seria paupérrima e o calor, sempre vio-lento, só permitiria a vida em determinadas espécies animais.Por isso, queridos netinhos, devem as arvores constituir objetode grande respeito, de grande carinho, de grande proteção paravocês. A arvore é um tesouro, uma relíquia preciosa que a na-tureza nos oferece. .

Ela, na imponência maravilhosa de sua vida só realisa utili.dade: — dá sombra fresca ao caminhei™ exausto, dá frutos, dáflores, dá alegria aos passarinhos, dá lume ao lar, dá calor á•velhice, dá, transformada em milhares de obejétos, um sem nu.mero de utilidades ao homem. Vocês que são escoteiros, sabem,desde que se iniciam na pratica dessa encantadora escola debrasilidade que é o escotismo, o quanto deve se respeitar aarvore. Para o escoteiro, como para todos vocês, a.arvore deveser considerada como uma vida que sente e que sofre quandose a flagela ou quando se a derruba. Nos acampamentos esco-reiros, nas colunas militares, quando ha necessidade de se der-rubar uma arvore para passagem de tropas, para construçãode pontes e para outros misteres, quem a derruba pede bai-xinho resando, perdão do vegetal que vae morrer.

Vocês, que tem acentuados o culto de civismo pela Pátria,como mostraram ha poucos dias nas cerimonias do Dia daPátria, tenham tambem, de modo fervoroso, o culto pelos ve-getais, pela arvore. Ela é um presente de Deus a todos nós.Protejam as arvores, respeitando-as como se fossem seresiguais a vocês.

VÒVÒ

O pesodo ar

O ar é um corpo porque

é um gás. E por ser um

corpo tem peso. Para provar

que o ar pesa costuma-se

fazer a experiência seguin-

te. Toma-se uma grande

bola de vidro cheia de ar e

pesa-se. Logo depois, com

um aparelho especial, retira-

se todo ar de dentro da bó-

Ia. Pesa-se novamente a bó-

Ia e nota-se então que a bó-

Ia diminuiu de peso. O que

pesa de menos agora é jus-

tamente o que pesava o ar

que a bola continha antes.

A\ ... ,y^-^-à£y**-

"IBP " k-^Êmmmmam 11 **—

ZEPELIN E AVIÃO

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O TICO-TICO li _ Setembro — 1938

As desventuras do João de Malempeor

" ,y~-'

" '"" ~ ^^ — ii — . —•¦ ¦ ¦ ¦ -¦' — ¦ ¦-" - ¦' ¦¦ .

Passagem da ponte: 100 réis. — Hei! Volte para atraz Não sabe ler?

°A PONTS:100 reis.

— Passagem da ponte: 100 reis. — Cem réis para atravessar uma ponte? Que.

negocio é esse? — Nunca eu vi coisa tão ridícula.. Cem réis para atravessar uma ponte. — Brrrrr. Está..iiiini _T—^m==~*n$7TZ.—

Vm«*^

L' Z—T""1 ^^HH_^^_. ^^~-*£*^_S - y"-y \y .¦»--„,—*s—.**^_ ^=^^y^R__ M y

.. .fria! — Porque diabo eu fiz isso? Agora fiquei senjroupa e apanhei....

.. um resfriado. — E' muito caro cem réis para atravessara ponte.

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TILLIE7

Desenhos de

R ussWesfower

V»,'1**

Continuação doEpisódio N,D 2

- Mac, aqui tem comidapara uma cidade inteira v^>em jejum.

JÍTm

Este lugar é uma delícia !-^r"\

m,^r

~»tf!* ^r 1-^ ~y I !

«=> -~z' W^M^ÀrW

— Mac — estás parecido comsenador romano — com estagrinalda de margaridas.

v,^

--' Tenhoque"pirar".""-'lf^"W'

1f\. *J

*•£' ' ' Hyw~~~~ &m

*<^ '-' •!' V\\

- Estou na hora : | - Que pena ! ! | ~ Nunca me es- Vero*™™ sai "s

... • ' quccerei deste dia [...«IS ^54 b e m 'do

diseur--1 '• ¦ /" — tão feliz. f^]-J.' u\/pjm so - adcusinho,

ok- :L " i' j* \» rS Mie.

ECONOMISAR -===%=^^Quando, em dias de frio e de fome, Quem quizer sei um bom brasileiro Economia é ciência e virtude O tostão, ò vintém da criança,a miséria ulular ao redor. contribuir para erguer a Nação, Torna-se hábito do homem de bem ! habituada, em pequeno, a guardar,sente o pobre o que, inútil, consome, dê valor ao trabalho, ao dinheiro, Ê defesa da vida e saúde, dará lucres ; depois, abastança,como um pródigo, um vil gastador ! amealhando o mil réis, o tostão ! ... do bom nome da Pátria, também ! fartos meios de erguer o seu lar !~=zz=,.^—-^^-.--:¦¦"-•;—-----r=rrr~.-^. =¦*. JOÃO DE CAMARG*©

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O TICO-TICO — G li — Setembro — 1938

$X.[T)Í7.WNlM&UEM HA15 DtRA' QUE SOU UM «S-NORAUTEUM Dl»**. HÃO-0-CHAMAR-ME PR'. IPOÇA __r )

/P^^

T1POCA A*_0N0a.iOU o SERVI-CO PARA EftUlDA-R._E_H.iMfite' e; ainda «jovem . sd'

^r>*

si tu n___ roa paca ,2.CO&IMKA MOOE. RCVBSâREMosFone r~ "

xff;AWij

0 QUADPADO OA CIRCUNFERÊNCIAEI6UAL AO CUBO DWIDIPO PELODIÂMETRO CIRCUlkfi-J—~77fi\

QUE PENA EUTEQ NASCIDO COM 54AMOS S^ti TER QUEM M'EWSINASSE*~v<_ cosiMH-àfa. fe.v_.__o

ii

0 LIVRO Dt- QUE O F EWAO DEMEFICAR ttO EOGO 4-5 MtNU-rcjs.TEíiHO"EMPO DE IR AO

CINEMA.

YAHOí, A_CK3_\ PÇ30C-DB.A AUSUtlAS E_XPER|EN~~"\ CIAS NA

1 o

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Sy> \ \t» L.u=>iiHni-ií. t-t-CM-v -_) *~ ss- TTTEMPO UE. IC AO .—L Z*""

sEaAE'* """ "^TiL0^"*5*- .———r La ,

I fMr^^J LTF^í rtCOLOQUE-SE A PROVETA NO J.__\PieMTC I I ONDE "SECA QUE DEIXEI ^ÜTRÃO.SA_E QUAL & A 1COM CERTEla. e'0_"ATE.' SE PRÜPU7.ll. A REACAO QUÍMICA MEU CACHIMBOÍMÃO MA / A PIAMTAaue."PRODUZ \ S*~~"\FEl_)__.0 _.e3r__. COMPOR. ELECrgOLl3__ j— " MEIO PE ENCONT*I3A-LO_ (~ 0^° X________2-T -0-_)

,V-J____S2W_-Í2--£_

XjlÍA nJAA 'I nü__-_^ __1T^- ^*No colégio que freqüentavam

eram amigos inseparáveis os doiscolegas Marcilio e Floriano.

Gostavam de ler, no recreio, no-velas de aventuras fantásticas deque se julgavam os heróis, afron-tando riscos e perigos, porém sesaliindo sempre bem das mais com-plicadas situações.

Leram, certa vez, em um jornalque

"o futufo do Brasil estava nodesbravamento das imensas terrasèo oeste desconhecido, (riquíssimoem minas de ouro e pedras precio-sas quasi á flor do solo'_

E o Floriano disse :— Será uma grande gloria para

nós se marcharmos para este Bra-sil desconhecido e imenso, levandoaos nossos irmãos da selva a civi-lisação e a crença em Deus, e tra-zendo de lá, em troca da nossa co-ragem, a riqueza e a gloria.

—- Não deve ser tão fácil, assimcomo parece, fazer isto; ponderouo Marcilio.

!— Estás com medo ?•— Eu ? Não. Eu sou de uma

Sonho fle gloria... |para voltarmos cheios de gloria, va-mos !

E os dois garotos, depois de re-zarem numa igreja próxima, parti-ram, com a roupa do corpo e algunsníqueis no bolso, em busca da mi-ragem do seu sonho.

Não puderam ir muito longe. Ospais, desassocegados, lhes encon-traram a pista e foram busca-los ameio do caminho...

Voltaram arrependidos e desilu-didos. Haviam tomado u.r. rumoerrado, inteiramente oposto ao quedesejavam :

Seguiram para o oeste quandodeviam ter caminhado para leste,para o levante, que é o colégioonde, diariamente, nasce tambem osol da instrução.

Ali é onde deviam ter preparadoprimeiro seu espirito com o estude,para depois poderem se aventurara uma empresa de tal ordeir..

Os dois colegas, certos dessaverdade, prometeram, aos pais pro-ceder assim.

TRANCOSO

terra onde a gente não tem medode cousa alguma, a não ser o medode ofender a Deus. Receio, porém,que essa aventura... não dê cci-to...

Os medrosos têm sempre umadesculpa a lhes disfarçar o temor...

Pois bem : Para te provarque não tenho medo, irei comtigo.Como é natural, sentirei saudadesdos meus pais, de 'quem nunca meseparei. Como, entretanto, isso é

TODA SOMBRA É UMA GENEROSIDADE DA ARVORE

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O TICO-TICO S i- li __ Setembro — Í33S

O motorista logrado<-— 3

~]

7 7 \ f Vv-* l»:N x1 j 4-^J :;., w^ 7 a

— Dez mil réis, diz o "chaiiffeur". Está

viagem, procuraram um auto que os condu- muito bem, concorda o Bolinha. E quantozisse para casa. — Quanto quer você para quer pelo transporte das malas? Oh'm Isso

rua Xinqú?¦

Bolinha e Bolonha, de volta de uma

nos levar até á rua Xingu? não custa nada, diz o "chauffeur"

A« . ' L A "\ÔA5*

\-*Ts ^rs_\ V -— ;;^ /aL ' a v1 . / -/ /

£&({Vjz- í <_7 3———^ v^^^_^'/\ Ti•) K

— Então tenha a bondade de levar asnossas malas á rua Xingu. Nós iremos an-«'dando. Gostamos de fazer exercicio, Quan-do chegaram, o "chauffeur"

já os. . f

...esperava para receber os dez mil réis.— Nós nada lhe devemos, diz- Bolinha. O se-nhor não disse que o transporte das malas nãocustaria nada?

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MINGFOO

Novelade

BrandonWalsb

a

ContinuaçãoN< 68

— VOCÊ NAO IMAGINA. COMO ESTOU SATISFEITO AOVÊR RESUSCITAR DOS CACOS O NOSSO VELHO BARCO.DÁ - ME VONTADE DE CANTAR, DE PULAR, DE . . .

frrSsi Jtr\. "v VA A <aL__ ; SBÊm y>'^y*&£-- -zJy /A

— LINDO CÉO E VENTOS FAVORÁVEIS É TUDO QUANTOUM MARINHEIRO POSSA DESEJAR, PODEM ACREDITAR,AMIGOS VELHOS.

^Níj/ ~*\ K- o Pj| ín^^^J

— ESTA MINHA VULGAR CARCASSA CONTINUAA LEMBRAR QUE : QUANDO O PERIGO DORME TO-DOS TÊM CORAGEM DE SOBRA.

MA

— CHANG - HO, O TERRÍVEL PIRATA E SUA GENTE ES-TAO TODOS NA CADEIA. TUDO AGORA IRÁ BEM ENADA MAIS TEREMOS A RECEAR.

Completamente reformado, pintado e envernizado, des- viagem. MING FOO está presente e vai fazer frente a no-

de a quilha ao mastro o barco "Nayade" parecia novo. Com vos acontecimentos.,

nova tripulação fez-se no mar para dar inicio a uma longa Vejam a continuação no próximo número.

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li — Setembro — 1938 — 9 0 TICO-TICO

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ba ja /_S s__Ü^---^^BJ i™!---,'*•""• '^T^"\. -^"";*í'f_í^:'Í::» / BR / v- t ^ •**** H^BSBÉ-Sfil

SPOT bastante ferido, conseguiu arrastar-se alguns quilômetros e subir a uma colina. Dolocal ..'A

. avistou èle um rio, onde navegava uma pe-quena lancha. Aquela lancha era uma providen-cia.

1 :—:—: -. )

r^XV-'a"-^ : ^mt-^r-^ Si Jf".-*-:¦" ¦W*^N»_~~ - ¦. ___________B ____i J_h-_---------C--------W---É--------______^^*^_iv» «i jm ^—^m,-.:V-'; :i "s':5s» __*-'¦'•--¦;"•'.. *** Sm

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£ yJr __•- - M-sV *___T ____ ' : ^s_____J_______T~ _¦_*___¦___ "^^_M _NS mmmW Us__ - ^____E>____—_______ (___*—___ t^w^^ssM—__—__¦_ ¦¦«¦-^¦¦^¦^si^m^^^^si íÀmW _B Jw__-2Bs__sv_>p_____sv i™^"*'i','*'^k^k^---^-__p^M ml em __S __l

S__l____l *i /--*¦•" "I ^ _H_k ' S_iE _M*lÉ*ClÍ*r^^ fc */~^-S______________4ll l_l

H flHH______^__*»«^«__.* -'__^^; '':-**"*^^^^2__^^ " _S_^_______I__________E

¦Bs-H j_H-_feiW*^*wfe--Mis-B _&s___ic"r____ bEBsI l_K

SPOT gritou desesperadamente por socôr-^ro, sendo seus gritos ouvidos pelo piloto da em-barcação. E o velho maritimo deu logo . ..

. . . ordens para que a lancha parasse e atendes-se ao pedido de socorro.

(Continua no próximo número!.¦WT"r.*!í'.j'-*>-

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O TICO-TICO to — li — Setembro — 1988

Às aventuras do Camondongo MickeyÍDesenhos dt Walter Disney e M B tu-etks, exclusividade para O TICO-TICO em iodo o Brasil)

I .

— Tive uma idéia1 Colocando-se o soro num galho comespinhos, e batendo-se com o mesmo no doente uma pancadaforte, êle fica inoculado. Expenmentei-o no seu leão.. .

. . .montanhez com grande sucesso. Èle |ã está manso. Sim. é.já podemos vêr isto. mas em todo o caso nós nos livramos dele.

— Pois a mesma idéia há de amansar o st Horacio. Vamos...

Éimmt

I A, . ,. •.--/rY?» /' /"Vi_YY tY->m.-/-

(L^*Y '5-c4_- Y^-Y^i^ate^Yíái^íl*^'-'Y/i

'.. ..preparar simplesmente uma flecha e atira-la nele e garantoque êle não vai ficar bravo por muito tempo Não, à esta hora,provavelmente ele rs està morto

— Isso que e um verdadeiro plano. Ponha o seu preparadocm todos estes arbustos com espinhos e quando Horacio estivercorrendo em volta-, vai ser arranhado por eles Maravilhoso. . .tv r YYtA wi.Y ui i

£=___!—.—- c---^ ^'iic-y 1 t-i/Y-Y. Yy '"•¦"-Y.'^3 f**Mãámmmm nu i -***<*.esplendido1 O st. c de fato cientista. Credo, espero que isto nãose dé. — Chi. Horacio não passará por aqui sem ficar com umarranhão ou dois E basta um arranhão do soro calmante.

do di Offgay para que êle torne á si imediatamente. — Não . .será esplendido a gente poder tirar Horacio e pô-lo bom outravez? — Sim. será coitadinho! Eu sempre disse que não ha. j

-^-"~^g-£k- ¦ ~^,Y .-:_:^-Ja { iJrW» YS

.. .criatura melhor do que o nosso caro Pescoço de Cavalo. — Bem, puzemos o remédio em uma porção de acres de terra, por issocreio que Horacio vai ficar bem curado T .'ve? que êle já egteja_ no acampamento esperando por nós agora

jMas onde estará Horacio- (Continua no próximo número)

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\ - "Seu" maroto. /- Largue! Che- t Você estragou todo o ,' jtBBÊk.I ga. Já está cas- -^ | l meu pão. / /4G Bp**Nv

t^^-x. J

)1$$P?íj^ f —A india sentiu muito pelo que acon-^/^^ \ I Á^fc^fÉg teceu e manda-lhe este pão.

ÍCopr 1937. King Ratures Syndka^nc. Woild rights reserved. • SUJIlWEfSÒrxl ' ¦ ^^^"''^•^-^("'Ái^^^S^^, ^BSbSIb^' «.jsffiSSS*"

¦ !¦ «llll liaiiann UM III | mi miuii | imiaj lllllll .. _| J_ III a ' —* ~ —^—^StAjRJESS^.^ .¦ . . .. i-_—-gyr mVff^^T^^ |- "" ^F**-""!!»»^—-»»—!!! Ul !¦¦¦ ¦ KTinTlf¥

O A S V E G fg .,T--A LDesde pequeno nutro o desejo de conhecer a fundo o Brasil, pois assim

amá-lo-ia de todo o coração. Viajaria nas grandes cidades, de trem, automo-vel e navio. No interior, viajaria a cavalo, mula e carroça tirada por bois.Iria ao Rio Grande do Sul e provaria o delicioso xarque. Em Santa Catarina,veria as grandes criações do bicho da seda. No Paraná, ficaria alguns dias,passeiando entre cs extensos pinheirais. Em São Paulo, veria as grandes plan-tações de café. No Rio de Janeiro (onde nasci), percorreria, de novo, as gran-des fazendas de laranja. No Espirito Santo, apreciaria inúmeros legumes.'Em Minas Gerais duas coisas oue muito me interessariam : a mina do Morro

Velho, a maior mina do Brasil e as numerosas fábricas de queijo, manteiga, etc.Na Baía, fumaria os deliciosos charutos da fábrica São Felix, a maior do Brasil.Em Sergipe-* Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, passeiariaentre os canaviais e apreciaria os preparos do açúcar. No Ceará apreciariaas inúmeras árvores do algodão. No Piauí, veria, novamente, o gado. NoMaranhão, a Jarina (marfim vegetal), sempre muito procurado. No Pará,comeria as deliciosas castanhas. Do Amazonas, traria um pedaço da borra-cha brasileira, para mostrar a meus amigos. Em Goiaz e, finalmente, emMato Grosso, admiraria as grandes culturas de fumo.

Assim, poderia repetir, com entusiasmo : Conhecer o Brasil é amá-lo !HÉLIO TYStíHLEii

võ O Sü II

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O TICO-TICO 12 14 — Setembro — 1938

«*0&U*19CAPÍTULO 33

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I O PRQFE5S08 HANKINS .//// ~~ ]/

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{Continua no próximo número)

Quando saimos da sala de jantar,estava chuviscando e reco!hemo-nos aum barracão que fica perto do refeito.rio.

Lá, procurámos um vigilante mu*fobom que sempre nos contava historia.

Ao encontrá-lo, pedimos-lhe que noscontasse alguma. Ele acedeu e nós for-mamos um circulo em volta de si. Ovento fustigava nossos rostos e cadaum de nós procurava escondê-lo coma gola do casaco.

Então, ele começou: — Vou relatar-lhes um fato que se passou comigoquando eu morava na America doNorte:

— "Certa vez, eu estava passeandocalmamente em um jardim, quandoacercou-se de mim uma menina de,mais ou menos, uns dez anos de idade,pobremente vestida, porém, limpa. Ti-nha pele clara, cabelos negros, olhosescuros e vivazes, olhos que demons-travam muita perspicácia.

Tinha nos lábios um sorriso, mos-trando uma alva fileira de dentes ecorretos.

'fl recompensa IChegou-se a mim, cumprimentou-

me com delicadeza. Perguntei-lhe oque desejava do mim. Só então noteique trazia na mão uma folha de papele um lapís. Ela estendeu-mos e pediu-me que aderisse a lista.

No alto do papel lia-se: "OrfanatoS. Luiz; contribuições para uma festa arealizar-se no dia 20 em beneficio doorfanato".

Estávamos no dia 14.Olhei para a menina e ela olhou-me

como que suplicando que eu assinasse.E eu o fiz. Depois de dar-lhe o di-

nheiro perguntei: — Você é do or-f a nato?

— Não, m3s gosto muito das crian-ças de lá e sempre ajudo-as nesta fa-refa e tambem, sempre vou lá brincarcom elas.

Como te chamas?Alice. -

Prometi-lhe que pediria a algunsamigos que tambem dessem algum di-nheiro para a festa e convidei-a a irem casa brincar com minha filha queera do mesmo tamanho dela.

Despediu-se de mim entregando-meo ccvivite para a festa.

Dois dias depois ela foi em nvnhacasa. Apresentei-a á minha esposa e áminha filha.

Pedi-lhe a lista da festa e assinei peruns amigos que haviam dado-me o di-nheiro; ela agradeceu-me.

Perguntando-lhe onde morava res-pondeu: — Moro longe daqui comuma senhora muito bôa è que me tratamuito bem; chamo-a de madrinha.

Não tens paes?Seus olhos humedeceram-se e ela

disse:Minha madrinha diz-me que eles

faleceram quando eu era menor.

[Continua no {im da revista)

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t»'tN»SWÍftfMV!»^»*W*VWUW*-M'g

IM

—A procissão caminha. \V/r ^S____ , \ Agora, será realizada a grande procissão. ^__—_r_fl____ /\\ ^___. IInHirin -' Vocês serão levados em triunfo pelas ruas ,—i 4\ *^^5=íS^^^*mL t X \\ ^íffl_Jredra j .* ^©a_^——. ©\tf ^ %''-f^n^ J3S

• W,/^*-^--. \m%,Ui, IWaSS \ Mij «o ia. ¦» ¦ ¦ ¦»'« ¦» i:>-¦""_ T r a a c ! _ >oneRenv-- Mas logo, alguma coisa acontece. /" v_ <& '

m. Olha, Maria f \ j; __ Traaac! I isso ? _J C^íg

Aventuras

arrebatado-

ras de

Barreaux

Continuação

N.° 38

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l» V»jV«AAA^V AA^VNAW/(gjrstr The Ceoi-ff Mailhew Adaroa Scttíç», Inc. 11 * 30

QUE TERIA DE-TERMINADO O

ACIDENTE ?

VEJAM A CON-TTNUAÇAO NAPRÓXIMA— SEMANA —

_>

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i—.

II Kl IIIHavia, outr'ora, um homem muito máu,

que prendia muitos animais, e matava-os, de-pois, com o intuito de empalhá-lo« e os levarpara sua loja de bichos empalhado», v •* eramuito concorrida, por pessoas ricas, que q*_-riam ter seus museus de animais.

Certa vez, um pobre "bem-te-vi" caiu naarapuca. O homem, cujo nome era João,prendeu-o numa. gaiola e o pôz no seu quarto.

Mas o castigo aparece, quando menos seespera e, desta vez, foi na pessoa de um velhoinimigo de João, que naquela noite resolveuvingar-se dele, pois João o fizera ir para acadeia durante cinco anos, porque esse ho-mem tentara roubá-lo.

Altas horas, um vulto, empunhando umpunhal, escala a trepadeira que vai até a ja-nela do quarto, onde dormia João. Como ajanela estivesse aberta, o homem entrou porela e achou-se no quarto, em completa es-curidão, de modo que não viu uma gaiola,onde se achava o "bem-te-vi". O assassino,tateando, dirigiu-se para a cama onde dor-mia seu inimigo, e ia matá-lo, quando o pas-saro, que estava acordado, e que ouvira o rui-do que fizera o homem ao entrar, gritou, comforça : — Bem-te-vi! Bem-te-vi! Bem-te-vi!

O homem, assustado e pensan-*'* ser umapessoa que. gritara, deixou cair a ar__* e Iafugir, quando João, acordado,' pelo barm_c;

acendera uma luz e, vendo o assassino, le-vantou-se e pegou uma cadeira, arremessan-do-a sobre o outro, que desmaiou.

Dois dias depois, esclarecido o caso, erapreso o bandido. João lembrou-se do passa-ro, que o sal"ára e, como recompensa, deu-lheliberdade, assim como a muitos outros ani-mais, que se achavam presos.

Daí por diante, nunca mais matou pobresanimais, que nada mal lhe fizeram, pois istoserviu-lhe de lição, e tornou-se um ho-mem bom.

OSVALDO LACERDA

CH

Oi

H***n.©

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O TICO-TICO — 14 14 — Setembro — 1938

UfiA

DÍC

pUlfllHAjNêsse dia, Faustina fizera uma estréa "encantadora" ! — Na rua, encontrou-se com Do- ofereceu-lhe unsjsensaeional! O chapéo cobra. A es- na Peteca, que tinha uma inveja louca dela . . . Do- bon - bons comIpôsa de Zé Macaco estava realmente na Peteca, que ansiava para se vingar de Faustina, uma camada de,'"^

^^

^

chocolate por cima. Faustina os achou de cuspir. Ficou todadeliciosos, no princípio. Depois, um gosto desmantelada com o máoruim fê-la cuspir amiudadas vezes. Ela estar, e quando chegoucomeçou a sentir-se mal e não se cansava em casa e foi falar com

o marido, uma infinidade de bolhas desabão começaram a sair-lhe pela boca.Dona Peteca tinha-lhe dado b o n-b o n sde sabão ! . . .

-VWW^^^^WV*»l^^^^^rt*AIWVV%AlWVM»

0 JANTAR DO BÉBÉO pequerrucho, tres anos :Não ha nada mais graciosoDo que os seus gestos ufanosE o seu andar orgulhoso.

i

Detesta ofícios tranqüilos,Ama o clangor das trombetas :É o atila dos grilos,O Nemrod das borboletas.

Com todas as qualidadesDa menagère exemplar,Enquanto o irmão faz cidadesBébé prepara o jantar.

Dorme a boneca ao pé delaNo berço. De quando em quandoBébé escuma a panelaQue está fervendo e cantando.

São horas. O irmãozitoJá deve d» andar cansadoDas construcções e granitoE da rafciça do arado ;

Mimi em poucos instantesAcordará com certeza, IÉ necessário quanto antes /Ir pondo o jantar na mesa.

Guerra Junqueiro !

Verissimo Mentira= (MONÓLOGO)

O Verissimo, coitado ! . . .No nome o era somente,Pois, sem motivo nenhum,Mentia constante . . . mente.

Por tanto mentir na vidaJá ninguém o acreditava,Qualquer coisa que dissesse,Por mentira já passava.

Ao começar a falar,Mal assim ... a boca abriraDiziam todos, em coro :— É mentira ! ... Olha a mentira !.,,

Quando declinava o nomeUm camarada que ouvira,Pergunta : — Como é ?... Verissimo ?Não pôde ser. É mentira.

Afirmava saber música;Seu instrumento era ... a lira!Porém todos viram logoQue isso era pura mentira.

Dizia acertar num alvoQuando a mil metros atira.

Mas, nem espingarda tinha,Seu tiro era só mentira . . M

je ser, assim, mentiroso,Não sei que proveito tira,Pois tudo que êle diziaJá se sabe : era mentira.

Quando êle um dia morre.,Ninguém de casa o retira.Não irá p'ra o cemitério,Todos pensam que é mentira,

Embora êle se levanteDo caixão, com seriedade,E declare : — Podem crer,Que estou morto ... de verdade^

Talvez, então, toda gente.Que êle morresse prefira,Ao vêr que o pobre Verissimo.Morrera só de mentira. , ,1 'TI

E. Wan de r 11~\

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mO Mistério dos Diamantes amarelos - A narraliva do velho sábio ---¦ por Aloysio

(2.- PARTE) H *̂>

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Mal atingi o posto que havia galgado com auxilio docabe verifiquei que os negros, que vieram comigo,, tinham idoter iambem ao escuro c . .

. . . confiança e organizei com eles um plano de exploraçãode todos cs recantos da exquisita morada do velho Burden,ò pobre medico . . .

... alçapão ! E logo depois um deles se entregava á encar-niçada luta com o terrivel ser simiesco de quem eu havia es-capado alguns . , • ..—

. . . momentos antes. Quando a luta terminou, com o estran-gulamento do hediondo ser, reuni dois dos negros que m©inspiravam . . -•--—_-

. . ¦. enlouquecida Percorremos salas e corredores enormes esentíamos u a humidade estranha de mistura com um cheirode maresia. )

. • ¦ Em um cômodo muito afastado fi_ uma descoberta sen- jsacional !"{Continua no próximo niimerof. J

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GRANDE PRESÉPIO DE NATAL D'0 TICO-TICO- Pagina 4

A pagina acima, que representa uma parte do chão cio Grande Presépio 'de Natal, deve ser colada em cartolina e guardada, para ser junta a outras que, tambem, formarão o chão do presépio.Aguardem o próximo número,.

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O TICO-TICO — '18 lí — Setembro — 1938

AVENTURAS DE TINOCO, CAÇADOR DE FERAS — (Des enho de Théo)

' Mister Brown, outro dia, per- !. ..o Tinoco contou uma aventura ...ao rei, lembrou-se da históriaguntou a Tinoco se nunca havia espantosa ! Uma vez fora preso de Anhanguéra e resolveu aplicar osido preso por selvagens. E logo... por terríveis canibais. Levado... ínic em cima dos pretos. Lançando...

...máo de um pouco de gazolina,que trazia para alimentar o isqueiro,e de pólvora de um cartucho,...

... convenceu o negro de que po-deria lançar fogo á água e á terra !O chefe dos canibais, julgando...

. .. um Deus Branco, libertou-o, en-chendo-o ainda de presentes. O in-glês gosou a história...

Tunico tinha a mesma maniado pai. Juntou os restos de ra-tíios velhos, lâmpadas e fios echamou a gurisada da visinhança.

:Montara uma estação que iria cor-

,tar os ares naquela noite. P. R.'Radio K. K. Reco, estava á dispo-sição dos amigos que quizessem ex-

perimentar a voz. Tinha microfonee tudo. Ia organisar um chôrinhoe até uma jazz com todos os ins-trumentos barulhentos.

Zelinha ia recitar os versos e en-sinar cousas sérias ás futuras do-nas de casa, como escovar os den-tes e limpar as unhas e os sapatos.,Théo ia dar aulas de ginástica,apesar das banhas incríveis que oarredondavam como um balão. Pi-

'rolito, que sabia dizer umas cousas

em francês, daria aulas nesse idio-L!ma. O tenor de alta escala era oiTorquato, que cantaria trechos daopera "Bugiganga", dando a pala-.vra que não desafinaria nem umavez. Pistola contaria história e men-

UM RADIO EN-CRENCADO

tiras que sairiam da sua cachólaaos punhados. '

1 A* hora exata, a meninada seapresentou no portão dos fundosda chácara do pai do Tunico. Co-braram duzentos réis a entrada. Na

parede, num caixote, lâmpadas bri-lhavam e fios cruzavam as arvores.A garotada tinha a atenção acesa.Num quadrado de zinco, separado

. com panos de chita, o microfone.— Silencio — gritou o Tunico.

E começou : — "Boa-noite, ouvin-tes. Está no ar pela primeira vez,a grande emissora infantil P. R.-Radio K. K. Reco, que do fundo domeu quintal toma conta do mundo'\

Pinduba e outros tinham raivado Tunico, Pularam o muro, ás es-

condidas, e meteram-se por traz dasbananeiras.

— Agradecemos a atenção dosouvintes e vamos irradiar o samba"Nem de noite, nem de dia", can-tado pelo Azougue, sambista co-nhecido.

A meninada apjaudiu o cantorcom enthusiasmo. Azougue babou-se de contente e saiu de bandacom vergonha.

Pinduba deu sinal.'— "Não

quereis gastar a solade vossos sapatos, andais descalço...

Apagaram-se as luzes. Gritariae bancos que viram, lâmpadas quese quebram, sopapos, bombas de

S. João estourando pelos cantos. Látinha ido pelos ares a Radio K. K.Reco. Até que, no meio da confu-são, pegaram Pinduba, o bexi-

guento e mais dois desordeiros. Nãotiveram dúvida. Pintaram os tres de

pixe dos cabelos aos pés e soltaram,em plena rua. Foi um gosoj

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SUPLEMENTO DO u M E JORNAL"

GÀVETINHAwÊÊF^^m, [jâil GÀVETINHALW&Sê¦BP^B_S!_ÍIpU^^

MODA E BORDA-DO é o melhor fi-gurino que se ven-de no Brasil.

Quinhentos anosantes de Cristo jáhavia a profissão dedentista.

•Para evitar a tu-

berculose, devemosviver vida sã, o mai.'.possivel ao ar livree naturalmente, Istoé, sem exigir do or-ganismo excessos dequalquer espécie.

Pocurar o medicoao menos uma vezpor ano é medida

^sábia.•

As gorduras sãoií.dispensáveis ao or-ganismo.

. De todas as gordu-ras a mais saudávelé a manteiga.

•Os peixes do mar

são ricos de iodo edevem ser comidos.

O doutor J. Ather-ton, cirurgião, bateu

(,'_m record, realizan-[do uma operaçãonum aeroplano. Atéentão muitas opera-ções foram realiza-^as no ar, porém,nunca na altura deseis mil pés. Parabater este recordo doutor Athertonpvôou num aeroplanocom sua enfermeira,Dorothy Simonson,até a altura de seismil pés, e extraiu as

i amigdalas da en-fermeira.

O< O Capitólio, edifi-cio onde funciona oCongresso de Wash-

ington, começou aser construido noanno de 1792. AAmerica tinha entãopoucos operários emconstrucções, e foinecessário impor-tal-os da Inglater-ra, como se fez tam-bem com o maiornumero de mate-riais de ferro e me-tal.

Oito annos depoisde principiar a cons-trucção do Capitólioo governo nacionalse mudou de Filadel-fia para Washir_-gton. Em Filadélfiapermaneceu 10 anos.de 1790 até 1800, etodos os documen-tos foram transpor-tados por uma lan-cha.

•O ferrocarril elé-

tricô foi inventadopor Siemens, em1879.

•¦ A cidade de RioPardo, no Rio Gran-de do Sul, fica a1.180 metros de ai-titude.

•A batalha de Som-

me, na guerra mun-dial de 1914-1918,teve lugar nos mè-de Julho a Outubrode 1916.

• '"O Armistício foi

assinado a 11 de No-vembro de 1918 e oTratado de Versail-les a 28 de Junhode 1919.

•O Oceano Pacífi-

co, também chama-do Grande Oceano,é o maior de todoseles.

•O Japão, que é

uma ilha, mede226.579 quilômetrosquadrados de super-ficie.

•População dos Es-

tados Unidos daAmerica do Norte :142.527.000 habitan-tes incluídas as pos-sessões.

•Marco Aurélio An-

tonio, notável filoso-fo e imperador ro-mano, nasceu emRoma, em 26 deAbril de 121. Emsua meninice foi

MEU LIVRO DE

HISTÓRIAS

presente de valovpara as criança.

A venda<VVV-V%(r>lr,V-r«-*-Nr»N*--r^*->-'^r'VS»-%r-V<rV-.

adotado por Anto-nino Pio, de acordocom Adriano, e vi-veu no palácio im-perial como herdei-ro presuntivo, de138 a 161. Com amorte de AntoninoPio, com cuja filhaFaustina se tinhacasado, foi procla-mado imperador.

•Qualquer pessoa,

ao ser mordida porum cão, deve preca-ver-se contra os pe-rigos da hidrofobia,ou raiva. Todos oscuidados serão pou-cos, e, é sempre me-lhor tomar precau-ções, mesmo inúteis,

ILLUSTRAÇÃO

BRASILEIRA

Mensario ile luxo

^^VV--_VW%f^«^ArV_>^«V.

do que ter que la-mentar-se depois.

•O Reino do Brasil,

Portugal e Algarvesexistiu até o adven-to da Independen-cia nacional.

•A serra de Tu-

muc - Humac fica aonorte do Brasil, nafronteira com asGuianas.

•O primeiro poeta

nascido no nossopaís foi Bento Tei-xeira, filho de Per-nambuco.

•Caligula foi um

dos mais sanguina-rios e libertinos im-peradores de Roma.

•Na Sérvia se cos-

tumava dizer : tresturcos e tres gregossomam seis ladrões.

•Ao que os gregos

respondiam : tresturcos e tres sérvios

não chegam a for-mar um homem.

•Os trajes devem

ser folgados, paranão atrapalhar acirculação dó san-gue. •

A maior ambiçãodos chineses é. terum formoso ataúde.Os pobres, economi-sam durante toda avida, privando-se doalimento necessário,contanto que pos-sam ter um enterrodecente, com umbelo caixão funerá-rio. Porque este éconsiderado como omóvel mais preciosoe que merece, nacasa, o melhor lu-gar.

•A cadeira em que

nos sentámos paraescrever deve serexatamente igual áda quarta parte danossa estatura,'me-dida do chão.

•Um dos cuidados

maiores que deve-mos ter é com osnossos olhos, quesão preciosos e in-substitui veis.

•Que é a História

— dizia Napoleão —senão uma comediaa que assistimos ?

•A carreira de mé-

dico é à mais difícilde todas.

Todos temos o de-ver de ser cortezespara com os velhos.

Ninguém deve sor-rir dos defeitos ouinfelicidades alheias.

•Espiar os gestos

dos outros para de-nunciar é tão viliue só as almas bai-xae usam esses pro-cessos para abateros inimigos.

•Beba água deva-

gar, aos pequenos¦.oles, ou a águalhe fará mal comose contivesse umveneno.

•O pronome rela-

tivo, seja qual fôr,atrai o pronomeoblíquo para juntode si e, se estiver

Ás .[iiii-tas- feirascircula

O MALHO'k^l«V>_-N«%rNrNrNr-VVV^)-Nr«Sl-_A^M^«%

antes do verbo, opronome tambémvirá para antes dês-te.

•Escalpar significa

arrancar o pêlo dacabeça.

Os meninos nãolevem ser máos paraos insetos inofensi-vos, matando-os porprazer.

•Não ponha fora

as suas velhas bro-churas nem os seuslivros de recreio.Ha sempre umacriança pobre quepôde aproveitar e,— quem sabe ? —-instruir-se com'eles,

•O amor da Patriá

e n g r a n d e c èo homem.

•Os pecegueí-

ros passam o Inver-no sem folhas, fio-rescem na Prima-vera e frutificamno Verão.

•Grande quantida-

de de remédios é fa-bricada utilisando-se folhas e flores.

•Outros ha, que

são sais naturaistratados cuidadosae cientificamente.

•Vamos, Juqui-

nha ! Qual é o piu-ral de menino 1

Gêmeos!•

Eu quando sa-ia á procurar traba-lho tinha um azar!!

?Achava logo!!

ím À/Á \

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ANO 1Y

OrgSo dos leitoretdO TICO-TICO 0 JORNAL o N.° 37

A creança diz nójornal o que quer

DIRETOR: — Chiquinho — Colaboradores — Todos que quizerem

GUERRA

Ha milhares e milhares deséculos passados, surgiu ohomem e, com èle surgiramas ambições, as guerras.

Mas sempre êle pensou napaz. Quanto mais avança-va .o progresso, mais eramas armas de guerra aperfei-coadas para se mataremuns aos outros.

Quando começo a pensarque, embora precisemos dearmas para defendermosnossa Pátria, tambem pensoquão bom não seria se todosnós pudéssemos defender osinteresses da Pátria pelagrande e nobre justiça.

Guerra ! . . . Quantas vi-das nela se perdem! Quantosórfãos não ficam ao desam-paro! Quantas mães cho-ram seus filhos! Quantasmulheres não perdem seusmaridos!

Bloqueio : pessoas que es-tão morrendo de fome porcausa de um bloqueio á umacidade e avistam, ao longe,um navio de viveres, tentan-do entrar no porto. Quealegria se estampa em seusrostos ! Quantas mães nãopensam que, quando o naviochegar elas terão leite paraseus filhos! E, logo após,elas olham, sem nada pode-rem fazer, pois o navio é mi-seravelmente posto á piquepor um submarino!

Que tristeza se nota emseus olhos! Isto já não éguerra, nada tem a vêr comos soldados, isto é matança !A humanidade poderia evi-tar estas guerras, mas, paraisso a humanidade é cega.Mas todos nós pensamos que,dia virá, em que não haverámais estas malfadadas guer-ras e que tudo se resolverápela grande e nobre justiça,havendo, então, a paz uni-versai, tão # longe sonhadapor todos nós.

Hélio Tyschler—(12 anos) _

MINHA MÃE!

Nos tempos antigos, quan-do eu chorava, minha mãeextremosa, me acariciava eme embalava no doce pei-to . . . Quando a noite che-gava, minha mãe, toda amo-rosa, de novo me embalavapara o sono da noite. Só oda noite, porque Deus deu osono eterno para eu sonhar.

De manhã, quando o frioapertava, minha mãe me es-quentava, nos agasalhos quetrançava; eu sempre e em

tudo, tinha, acima de tudo,minha doce Aurora !

Oh ! Nunca eu pensei queum sêr mais forte que minhamãe havia.

Os anos passaram, e mi-nha mãe morreu. Eu aí vique o Sêr acima de tudo, oSêr mais forte é Deus !

Snalca Ryana»( 13 anos)-

A DESFORRA

Uma guerra estalara en-tre a Passarolandia e a Qua-drupelandia. Esta ganhava.

Vivôôôôô 1 Fora o ini-migo! Chúúúú! gritou aassembléa unisona. Seguiu-se grande ruido.

Silencio ! gritou aáguia Maricota. Tem a vozo conselheiro João de Barro.

O pássaro subiu ao pico deuma árvore, e falou :

Senhores ! O grandelord Abutre falou certo ! Épreciso vencermos! Prepa-remos as armas ! Marche-mos contra o Inimigo !

Avante!A assembléa delira, quan-

do um condor mais sensato,disse :

I IIAo "Tico-Tico"

Com todo o meu coração,Aqui venho declamar,Ao TICO-TICO elevarA minha admiração.

Das revistas p'ra criançasÉs a primeira, entre as primeirasEntre as lutas e canseirasSó tu é que te não cansas.

TICO-TICO te saudámos,A tua gloria cantamosCom a alma bem feliz

Tu és a revista amiga,Que nos educa e abrigaEm tuas páginas sutis.

Alberto F. Bastos

II IIA primeira passava por tre-menda crise. A populaçãoda Passarolandia, de 48 mi-lhões, achava-se reduzida áquarenta e quatro milhões,segundo o estatistico Feri-quitone.

Um dia, reuniu-se o con-selho no parlamento, queestava sobre um alto roche-do, para decidir muitas quês-toes.

Tem a voz o presi-dente, lord Abutre — dissea águia Maricota.

Começou o abutre :Caros amigos! A si-

tuação está cada vez peor.Necessitamos de viveres, oinimigo avança e as esqua-drilhas 413, 570 e ,654 foramderribadas. É preciso umaresistência tenaz, senão mor-remos todos, inclusive nos-sos filhinhos. É preciso avossa mutua ajuda. Vivaa Passarolandia! Fora oInimigo !

Amigos, calma ! Pre-paremo-nos com calma. De-vagar se vai ao longe. Se-jamos prudentes. A razãoporque perdemos é a des-união de todos; ataquemosem massa e d'uma vez. Oconselho privado decidirá aquestão. Daqui a meia horasaberão o que se resolveu.Peço silencio !

O condor retirou-se.Passaram-se vinte e cinco

minutos, quando a andori-nha, mensageira 1.497, che-gou, trazendo a seguinte no-tícia: "Mande reforço aosetor 280. O inimigo avan-ça. 1.200 mortos. GeneralBem-te-vi". Imediatamentefoi destacado um batalhãode 2.000 pássaros, que par-tiu incontinenti.

Nisto, surgem os membrosdo conselho privado. Falaum velho urubu :

Resolveu-se o seguinte:Para o ataque: quatro mi-lhões de infantes, cinco mil

armados de metralhadoras;dez mil armados com gran-des bombas e cinco milhõesque atacarão, em massa, pro-tegidos pelos armados. Paraa defesa: tres milhões e qui-nhentos mil infantes, 3 milarmados com metralhado-ras, dois mil com bombas, 1milhão que atacará em mas-sa, e cinco mil artilheiros,manejando canhões. Em úl-timo caso, oito milhões dereserva. Preparem-se to-dos ' * i— Viva! Avante! Hip,hip, hip, hurrah ! gritaramtodos. Todos levantaramvôo. Durante tres horasdesfilaram, e depois dirigi-ram-se ao campo de bata-lha. Os quadrúpedes foramtomados de surpresa. A guer-ra foi tremenda. Sobravampêlos e penas.

As bombas enchiam o arde ruidos e fumaça. Durouuma semana a guerra, aofim da qual as tropas passa-ras entravam triunfantes emQuadrupedopolis.

Morreram vinte e cincomilhões de quadrúpedes edois milhões de pássaros, queforam considerados heróis.

Nunca mais houve guerra,e, daí por diante, a Pássaro-landia viveu tranqüila e fe-liz. <¦'¦¦

MORAL: — "A união faza força".

Osvaldo Costa de Lacerda

UM DIA DE SOl« MOCAMPO

Num dia ensolarado, fo-mos ao campo. Tomamoso trem e céleres, partimos.Pelo caminho divisamos opanorama que se descorti-na da baía.

Ao longe, a cidade, peque-na, minúscula,, pois as habi-tações nela parecem caixasde' fósforos. As serras, co-mo que passam, voando;Eram tres horas quando che-gamos. Entramos no cam-po. As flores exalavam umperfume inebriante e os pas-sarinhos trinavam; borbo-letas multicôres esvoaça-vam, pelo espaço, em fora !Tudo parecia cantar ! Dumlado via-se manadas de va-cas! Já estávamos comfome e resolvemos almoçare no campo, estendemos atoalha e comemos. As 17horas passamos pela casa deum pobre camponio, que nosmostrou a sua plantação defumo. Depois partimos pa-ra casa, alegres, pelo belopasseio.

Bower Fabacol—(9 anos) —

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O TICO- T I C O li — Setembro — 1938

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"Pernambuco" estava agora em plena lutapara a disputa do titulo de campeão, p'ò' éleambicionado.

Se„u antogonista, detentor do titulo de cam-peão, era bastante forte e o castigava com gol-pes violentíssimos.

"Pernambuco", resistente, empregava todasua tática para ficar de pé ante os golpes querecebia do adversário.

De uma feita, o adversário castigou-o tãofortemente que o deitou ao chão. por alguns ms*.tantes. i(Continúa no próximo número).

nu a»r»-»a**-*i...jart''L»' J-*a-J-a-"»- 1-JW'lllilll ,!..¦. i»--l-*-J***»

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li — Selembro — 1938 O TICO-TICO

As proezas de Gafo Felix(Desenho de Pat Sullivan — Exclusividade dO TICO-TICO pura o Bresil)

- Aquela bala que saiu da alma do canhão era pot dc- — Atravessando a massa d'agua ia em direção ã terra, a

mais original Não explodiria. um.a Pra<a com couqueirais- «-

' MphF / { 1 a«À ¦^^viJ~j£ZÊm!^f1^vê-la

E quando caiu na praia uma multidão de canibais veiu — Oh! Que bela panela para a nossa cosinha! E traz?dentro um presente para nós! ¦¦!¦¦ — n^ ¦

— Você, gato, trouxe para nós um presente do céo! Você L..é um mágico. llha !

— Que bela recepção fizeram-me os canibais desta si

sa,—M — ^y /, , í ' ' T * y: "%

sTí-W 6%/Jtt Mü ' Mu»m -^vhA?) A**r\m. i^ék% ^&h ™tó% yivv^Sv^M^k \i vxÊ*^ iKf^ y^k ^

JlmoçqlEstou pensando no cjue hei de arranjar hoje para 0 .^»_ parícç que_ já arranjei um almoço para o pessoal!,^

iContiiiúajto próximo número).

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30 BIBLIOTECA D'"O TICO-TICO"

Foi só chegando ao pé dc formidável barreira de pedra, a pique, que Haroldo se detevee, despindo o casaco, foi despejando os seus passageiros, já habituados a este melo de trans*

porte.Era muito divertido vêr os Katumirins," correr com invessive! rapidez, executar cambalho-

tas, saltos, para pôr em exercicio os membros condenados quasi á imobilidade.

Tudo neles era proporcionado á estatura. Pareciam bonecas e bonecos feitos com gran-de perfeição. Não havia um só que demonstrasse pouca inteligência ou alguma deformidade

ou doença. Sempre dispostos e alegres,. obedeciam prontamente as ordens dos pães ou dochefe e conheciam, cada um, de antemão,seu oficio.

— Aqui, ao pé deste paredão de pe-.dra, estamos seguros. — disse Haroldo,

Hitomar meneou a cabeça com ar dedesconfiança. O bom do velho não soce-gava, não descansava emquanto nSo visseseu povo longe do perigo.

—- Como é que vamos transpor esteparedão? — Perguntou?

Foi só então que Haroldo reparou naaltura da rocha.

O imenso paredão estendia-se a perdadc vista, a pique, sem saliência alguma paraservir de apoio.

—- Subir por aqui, só se tivermos azas.""•* "**• Já se vê que descer é uma coisa e subir -

outra. Aqui não ha mesmo onde amarrar uma corda.E não sabemos o que nos espera lá emeima — acrescentou Hitomar,

que só farejava inimigos.Isso amanhã veremos. Vamos comer alguma coisa e dormir aqui.Da comida encarregaram-se os Katumirins, que foram ca-

çar... caracóis.Haroldo nunca havia comido caracóis, mas, como a fome

era muita, quiz prova-los c gostou, indo apanhar alguns porconta própria e cozinha-los.

Vocês são um assombro ! ~- exclamou Haroldo, admi-rado. Onde um homem do meu tamanho, nada encontrando,morreria de fome, vocês sempre encontram comida e da bôa.

Caracóis, lesmas e tartarugas havia muitas e de grandesdimensões. Haroldo via caracóis subir pelo paredão letamentedeixando atrás de si uma senda prateada.

»r Felizardos, esses caracóis! — Téem casa própria le-V3ra-na ãs costas, e ainda sobem pelas paredes com toda faci-Üdade como se caminhassem peic chão.

íMuli if hflàMW

HAROLDO E OS KATUMIRINS 31

Contemplava-os Haroldo, abstraído, a subir sem parar, ura atrás do outro, até su-mirem-se no espigão do paredão.

Chegou a noite. Haroldo juntou folhas secas mima fofa camada, dobrou o casaco,feito travesseiro, descalçou a. botas e deitou-as ao seu lado.

Após longo e escancarado bocejo, vendo eme os anões air.da se movimentavam, pergun-C3U a um deles:

E vocês, onde vão dormir ?Dentro das suas botas •—• respondeu o pequeno.

E' bôa 1 Nunca pensei que as minhas botas algum dia iriam servir de cama a umpovo inteiro. Bom proveito, pequenada. Mas reparem que, depois da caminhada que fiz, mi-nhas botas nâo devem estar lá muito perfumadas.

Viu, porém que Hitomar voltava de uma moita, sobraçando um feixe de capim cheiroso.Oh 1 velho precavido ! E' a prudência de barbas IFoi questão de poucos minutos e os Katumirins haviam-se alojado nas botas de Ha-

roldo. como num dormitório.Nunca dormiram tão bem como na-

quela noite, nem se tornava necessário aviligiancia de Piranguá c do Tury pois nãose ouvia ruido algum.

Ao acordar, porém, viu Haroldo q'.ifenorme caracol havia trepado em uma desuas botas e passeava pelo cano da mes-ma, babando-sc de satisfação.

— Nunca vi caracol desse tamanho ! -—exclamou Haroldo admirado.

Ficou largo tempo a observar o moluscomexer-se com sua lentidão característica, esti-

cando ou retraindo as antenas, lambusando commarca prateada o caminho percorrido.

Volvendo o olhar para o paredão viu queoutros caracóis de proporções colossais subiam por ela, seguindo em procissão, o que ia

adiante prestes a chegar á orla.-- Felizardos! <— pensou Haroldo — vocês não precisam de escada para subir por

essa parede e até suas casas carregam nas costas.

De tanto observá-los, veiu-lhe de repente uma idéa.Ia aparecendo naquele momento, na embocadura da bota a carinha interessante de

Piranguá, espiando as novidades.Bom dia, Piranguá — cumprimentou Haroldo.

r» Bom dia — respondeu o anão, tirando a carapuça. O senhor Haroldo doíruiu bem? Muito bem, obrigado — e com scntinela á vista.

Piranguá não compreendeu a alusão.

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•32 BIBLIOTECA D"0 TICO-TICO"

Haroldo apontou com o dedo o enorme caracol. Piranguá viu-o e sorriu.<— Êle nos ajudará a subir pelo paredão <** disse Haroldo.•- Como?

E' o que vocês vão vêr. Quando seus companheiros despertarem, ponham-se logoa fsbricar uma corda bem longa e forte, que possa alcançar a altura desse' paredão.

A corda c fácil fabrica-la, mas quero vêr quem irá leva-la lã em -cima.•— Esse caracol.

Mas o caracol não poderá segurar o cabo da corda no aUo# para que possa sus- '

Itentar nosso peso. ,--... \Haroldo não se deu por vencido, e retorquiu:—• Você montará á cavalo do coracól, quando êle subir, levando o cabo da corda c

«quando Deus quizer, êle chegar lá cm cima, você segurará a corda a uma saliência bem

jforte e nós subiremos por ela. ¦O pulhiiiho que Piranguá soltpu bem demonstrou que tudo compreendera. ,Os outros Katumirins iam saindo dos canos das, botas aos pulos, satisfeitos pelo bom

sono que tiveram. .......i O ultimo a sair foi Hitomar. O velho, que passara tantas noites sem dormir, preo-cupado com a tranqüilidade do seu povo, viu no interior da bota um abrigo cômodo efceguro, ferrou no sono, sonhando com a floresta encantada onde iria acabar seus dias,-eni receio dos lenhaaores. /'

Piranguá informou-o a respeito da idéa de Haroldo c o velho logo deu ordens para quea-z-ii povo fabricasse uma solida c longa corda de fibras.

O caracol, entretanto, sem se preocupar com o pessoal, havia descido lentamente dot:aao da bota e encaminhava-se para o paredão, disposto a dar a escalada.

Ali chegado, Piranguá qui: segura-lo, para que esperass.:, mas o bicho era tão forte

que o ia arrastando, se outros anões não lhe prestassem .mão forte. ,, A corda saiu perfeita das mão-inhas habilidosas doa Katumirins c Haroldo experi-

(mentou-a com seus braços robustos, não conseguindo rompe-la.Piranguá, então, amarrou o cabo á cintura, meteu-se á cavallo do caracol c este, Uyre

começou a subir lentamente pela parede, sem notar que, ak_i da. casa, ta" carregando umnovo inquilino.

UMA VIAGEM DEMORADA

As horas iam passando e o caracol avançava mais devagar que o ponteiro de um.elogio.

Haroldo estava impaciente e de vez em quando dizia:Anda, seu caracol! Que moleza é essa ?

—- Pelo tamanho, esse bicho deve ser mais velho do que eu — observou Hitomar.Acredito — disse Haroldo — Mas eu receio que Piranguá adormeça pelo caminho

c leve um tombo.

HAROLDO. E OS KATUMIRINS 29

Fungando, rugindo com raiva pavorosa que atroava a floresta, o bicho esperneava,no ar,bufava; arranhava o espaço, sem conseguir livrar-se da armadilha engraçada em que: fôr_aprisionada. ...

O jovem lenhador, ajudado pelos Katumirins, admirados pela proeza, assegurou forte-mente os cabos no galho, deixando a onça a debater-sc no espaço, a altura, sem* meiospara poder

'se desvencilhar.• — Agora, meus amiguinhos, vamos fazer a pele a este lindo animal. Olhem, que

pintas bonitas éle temi Desde já aceito' ccomendas parabolsas, cinturões, sapatos, chapéos e tapetes.Quanto â" carne,' ha-dc ser tão dura que a dis-penso e a deixo aos urubus.

Com 'grande alegria, Haroldo fezum sermão á" odça, exprobando seuprocedimento de ser" muito feroz, multovoraz,_ traiçoeira e ' covarde. Uma sa-ibatina cm regra,' haas que r.ão con-venceu o bidíároco, que esperneavaassustadoramente.

A intenção, porém, de Haroldo,não era a de matar a onça, mas apenasde livrar os seus protegidos, do seuataque

Empregou todo;' os recursos para ira-pedir que cia fugisse e para isso, não poupoua própria rede em que dormira. Transformou-a cm jaula.

Quando, afinal, viu que o bicho estava bem seguro, disse:— Agora, Hitomar, pôde retirar os espinhos do tronco — vamos descer e .continuai

nossa viagem. O sol jã está alto.Foi o que fizeram, cm bõa ordem.Pouco depois, com o casaco chelç dc o-r.õcs, Haroldo retomava seu caminho, armado,

desta vez de formidável cacete.

A CARAVANA DOS CARACÓIS

~- Velho Hitomar. Já temos feito longa caminhada c nada vejo da florest?.. imensa

ide que me fclavas c que será o futuro abrigo do teu povo — disse Haroldo, ao anoitecer,após um dia inteiro de marcha através de cerrado capinzal.

¦—• Mais um pouco de paciência. Eu não vejo ainda o mato mas o sinto. Sou macaco

velho e não me engano.Haroldo estava derretido cm suor, tendo caminhado sob as vergastadas dos ralos in-

clementes do sol.Felizmente, a não ser o'capim rebelde, nenhum tropco nem perigo'haviam encontrado.

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RUBIÁCEA, FAROFA E OURO BRANCO — Desenhos de Daniel¦¦¦¦^.--¦w— ¦¦ ' "'n '¦' —' ¦ ¦¦¦-¦¦¦¦i_--tMM_--_-.^—_-—-i- dii_p_-_-_-_--__-<^i ¦¦ ¦-¦¦. i—ii- i ^imamaaaaaaaammmmmmmmmmmMmmmummmmmmmmmmmmm^ammmmaemwmmmmmmmaa^^m^f-.

Ouro Branco —Desta vez o Rala Coco. Canudo eGema de Ovo. vão levar ura trote do barulho... Ouio Bianco: — Si vocês forem capazes de ir a Copacabana — ii e volta: Jffl. 3

hoias vocês serão considerados campeões, e terão direito a estes premios.

• Rala Coco — a Gema está sonhcndo com a maquina de costura, mais eu queio o arma de fogo para dar um tiro no Oure Branco.

-I /).'.' V^^^^^^__ ^y. / C/ "A' \\ \\ ^^k «¦ t^________________-h (m ¦*' ",— —--L _^ ;> J V.

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Jí — Setembro — 1938 O TICO-TICO

Os terriveis monstros continuavam a arrastarAl Punjo para as entranhas frias da Lua. Milharesdeles ...

... Al Punjo entre duas barras crivadas de acerra-das pontas de aço. Dali não poderia êle fuqir. Qual-

[ quer movimento . . .

© <\<v£^yy\ v^\p/ 1 J^A ^^^ f\yX *ÊL

. . . pegando o joven, por todos os lados, tolhi-am-!he o menor movimento de defesa. Em sequi-da colocaram ... ,

mm^MPÍS^^Ê

. . . que fazia, chamava para si os olhares mistério-sos e ameaçadores dos guardas. Passado algumtempo, ...

... um dos bichos aproximou-se trazendo,t; numabandeja, uma espécie de pote. Pelos movimentosque o bicho . . .

J L

. . . fazia, Al Punjo, compreendeu que o pote conti-nha alimentação.

(Continua no próximo número).

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O T ICO- T I C O 28 li ___ Selombi.) — lí)3S

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li _ Setembro — 1938 27 — O TICO-TICO

BABE BUI.TII.Q HISTORIAS DE AVENTU-RAS EMPOLGANTES

( C O N T I X Li A Ç Ã O — X.° 6 8)

'mWWmmt "" Talvez ^ue a criança, I•j\ WM/èIÍm dona daquele quarto, tenhaj\ MlBlMIl morrido, e a senhora Drood.s

:J( VÊ /f|fj|k estivesse conservando os I! %w\íl:'___I_ brin-uedos no mesmo lugar |'\ .tA.?.-^-I .» / fl toB em que ela os deixou. jlw\>*. _>^^_fe_T.

— Fiquei tão entusiasmada quando desço-bri aqueles brinquedos ! Vou vêr se Zenassabe mais alguma coisa a respeito ... —

- Zenas, teriamorrido a me-nina que viviaem casa doaDroods ?

— Não, mas a Sra. Droodsfaleceu no mesmo dia emque o marido pôz a crian-ça e a ama para fora decas a.

-Mandouemboraa filhaei êle?

-- Sally não tinha paren-tesco algum com 03Droods, era uma órfã quea Sra. Droods educavacomo se sua filha fosse. ~

Mas o velhoDrood odiavaa pequena. —

— Não permitiu nemmesmo que ela compare-cesse ao enterro da Se-nhora Droods ? —

y_Ü^

•*^ " If ,,)¦fÍw^[

— Não, nem a meni-na nem ninguémmais. O velho Droodera um patife, e acidade lucrou quan-do êle sumiu. do ele sumiu. - - / /y|w«ll|ft

(Continua no próximo número)

UMA HISTORIAEstamos em tempos que jã vão longe ...Reunidos numa sala, escutando com

muita atenção a mamãe, estão duas me-ninas e dois meninos.

A bôa senhora, sentada numa grandecadeira de estilo antigo, lê para seus que-ridos filhos, uma história :

— "Em tempos que lá se vão, guarda-da por um terrível dragão, que lançavafogo pelos olhos, e de garras muito pou-

teagudas, uma formosa princesa estava en-cerrada numa torre muito alta. Um feiti-ceiro muito ruim, aprisionára-a. Um beloprincipe, lutando valentemente com o dra-gão, venceu-o ; salvou a princesa e, comoprêmio, o rei concedeu-a em casamento."

As meninas ouviam encantadas, enquan-to os meninos já cochilavam.

Pela janela, via-se a neve cair, cobrindoas casas, as ruas e os arvoredos, e a noitevinha baixando . . .

Yara de Mendonça

A prudência éi m a fôrma desabedoria.

A cal viva,combina n-do-se com água,t r a n s í o r-ma-se em cal hi-d r a t a d a.Durante a re-ação se desen-volve vivo calor.

O gaz de ilu-minação é umproduto da dis-tilação da hulha.

.Denominava-se

a r m ã o a umacarreta baixa,com lança, sobrea q u a 1 eramtranspor-tadas as peças deartilharia.

O elefante éum animal lar-go e monstruo-so. Sua íôrça é:lescomunaI. Cer-tos povos anti-gos serviam-sedtle para a guer-ra como cavalo.

O e 1 e í a n-le, sendo domes-ticado, fica fielao homem. O ele-fante defende-secom seus doiscientes de mar-fim, mas quandoos arrancam, de-fende-se com atromba.

O mamão éum dos frutosmais digestivosque se conhe-cem.

As azas dasborboletas sãoendurecidas porim processo qui-mico, cuja base2 o éter.

Nas regiõesfrias da Patago-nia, a batata éum dos alimen-tos preferidos.

O agrião con-têm várias vita-ninas.

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O TICO-TICO — 30 — li — Setembro — 1938

Nossos PifflfíiLjConcursosCONCURSO N.° 73

PARA OS LEITORES DESTA CAPI-TAL E DOS ESTADOS

a\í\ \3 \h j ir u I? \e

As soluções dc-vera ser enviadas aesta redação, sepa-radas das de outros

quaisquer concursose a c o m p anhadasnão só do vale quevai publicado, a se-guir, e tem o nú-mero 73, como tam-bem das declaraçõesde nome, idade eresidência do con-currente,

Para êste con-curso, que será eu-cerrado no dia 22de Outubro, oferc-cemos como prêmio,por sorte, entre assoluções certas, 'tres

luxuosos livros dehistórias infantis.

Oferecemos hoje aos nossos leitores maisum problema facll de palavras cruzadas.As ''chaves" são as seguintes:

Horizontais

1 — Logar de embarque9 — Capital da Itália

10 — Nome de homem11 — Líquidos preciosos13 — Osso da perna sem a ultima15 — Animal doméstico16 — Nome de homem18 — Fluido19 — Delicado para outreir.20 — Nota de musica, ás avessas2! — Costumava23 — Isolado24 — Álvaro Lima25 — Laço apertado26 — Instrumento de lavoura

Verticais

— Logradouro público—. Espaço— Arrufo— Tito Almeida Alves— Nata— Que nasce, oriental— Parles da planta que ficam dentro

da terraS — Mesa, cadeira, armário

J2 — Preposição14 — Ivo Oliveira17 — Laço apertado19 — Fluido12 — Espirito

IVALEPARA OcoNcimioN! 73

CONCURSO N.» 74PARA OS LEITORES DESTA CAPI-TAL E DOS ESTADOS PRÓXIMOS

Perguntes:1" — Qual o alimento que é preposição

ás vessas ?(2 sílabas)

Sônia Dcrstcd2a — Qual a nota que c astro?1 silaba)

Canuto Draga3'1 — Qual a côr que é flor?(2 sílabas)

Maria Rosa Fie ira4" — Qual o tempero que com a inicial

mudada é órgão do corpo?(2 sílabas)

Sarinha Melo5' — Qual o metal que c tempo de verbo?(2 sílabas)

Ary Oliveira

As soluções devem ser enviadas a estaredacção separadas das dc outros quaisquerconcursos, e acompanhadas das declaraçõesde idade, residência e nome do concurrente,e ainda do vale que vai publicado, a seguir,e tem o número 74.

Para êste concurso, que será encerrado

,io dia 15 de Outubro próximo, daremoscomo prêmios, por sorte, entre as soluçõescertas, tres lindos livros de historias in-fantis.

) VALEPAPA OCONCURSO

N SS 74

RESULTADO DO CONCURSO N.° Cl

Á $ ftj£-AA ° ___- E ________(1\^x35___aP^_S-_la

y^ t iir?^v °c A R

Solução exala do concurso

Enviaram soluções certas 297 solucio-nistas.

Foram premiados com um lindo livro dehistorias infantis os seguintes concurrentes:

WALDELINA VAZ FERREIRA, te-sidente á Travessa Possólo n.° 24 — Inhau-ma, Engenho de Dentro, nesta capital.

RUBENS DE OLIVEIRA MEDRA-DO, residente á rua Dr. Odilon Santos u."26 (Rio Vermelho), S. Salvador, Bahia.

PAULO BENEVIDES, residente á ruaJosé Hygino n.° 65 — Tijuca, nesta capital.

RESULTADO DO CONCURSO N." 62

Respostas certas-:

1* — Itália2* — Jaca3" — Casa, caso4a — Pinto5a — Dado

Enviaram soluções certas 304 solucionis-tas.

Foram premiados com um lindo livrotorias infantis os seguintes concur-

rentes:NAIR MATTOS, residente á rua Jcro-

nimo Vilela n.° 210 — Campo Grande —Recife, Pernambuco.

MARIA DE LOURDES BRUSQUE,residente á rua Arvoredo n.° 236 — PortoAlegre, Rio Grande do Sul..

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AS PROESASDO

GAZUZINHA(História muda)

Desenho de Swinncrlon______________________________

fSf ||_ Menino!

_!^_í__l_- ___^_____ã___ii ^ ':^'£^- I

a. b f ¥> 4< «^ r- to 1/ê^^/o - ^i A v J V_^ X /^-T^rM^A

K' <AA [ik> ^) ^Aí^ 4 ', A \ . «;¦ J^ci^^--m Hw ^ 1 (// T/ ^ ^A^ , nadü |

__

A DISCtTLl-

| NA È A BA§E

| DA VIDA EM \

S O C 1 E D A-

DE. QUEM Ê

D 1 S Cl P LI-

NADO SABE

OBEDECER E,

POR CONSE-

: GULNTE. SA

I3E MANDAR;

pelo estuòo, pelo ttabalba po.fces tornar o Brasil-maior.oI

H

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ü _ Setembro — 1ÍKJS — 31 O TICO-TICO

A RECOMPENSA(Conclusão)

Ivlinnz filha vendo que ela estavaentrisUc-indo-se chamou-a para brin-car e eu saí para o trabalho.

Cheçrou o dia da festa. Entro comminha família. No pateo do orfanatoveem-se muitas barracas armadascom gosto.

Estão todas cheias de brindes. A'primeira que me encaminho vejo Alicetoda enfeitada gritando: — Vae cor-rer! Só restam 3 tombolas!

Cheçemo-nos mais e ela vendo-nos, após cumprimentar-nos, ofereceu-me uma tombola e eu fiquei com astrês. Após correr a rifa ganhei o pre-mio que era um bolo que foi logo par-lido em quatro pedaços.

E assim, divertimo - nos bastanteaquela noife.

A partir daquele dia Alice vinhafreqüentemente a minha casa.

Certo dia, quando voltei para casaminha fÜha perguntou-me: — Papai,Alice disse que viria aqui, logo, e nãoveiu, p«r que será?

Como resposta estendi-lhe o jornal:na primeira pagina lia-se em letrasgarrafais:

"Encontrada a filha do m;-lionário Stacy".

Mais adiante: "A historia do sejdesaparecimento".

O jornal contava que o milionárioStacy morador de uma cidade vizinniviera visitar o Orfanato S. Luiz e lávira Alice brincando com as órfãs osurpreendeu-se muito ao reconhecernela a sua filha desaparecida. Pediu ádiretora que a chamasse. Certificaram-se que era mesmo a sua filha ao veremuma corrente que sustinha uma medo-lha onde estava gravado o seu nome:"Alice Stacy".

Alice levou-o a casa de sua madrinhaque muito se alegrou com esta desce-berta e contou que achara Alice quan-do pequenina em uma rua perto desua casa e recolhera-a.

Fomos a casa de Alice. Ao receber-nos ela abraçou-nos comovida. Soube-mos que iria para a outra cidade ondsestava sua mãe; e sua madrinha iria

junto. IE assim foi. Quando embarquei para

aqui ainda viviam muito felizes".— Esta narrativa mostra-nos que os

bons sempre recebem a recompensa

que merecem — disse o vigilante, ter-minando.

Neste instante soou o sino chaman-do-nos para o estudo. Abandonando ovigilante, entramos an fila.

SAMUEL ASSAZ

Dôrdedeníe?CERA p .+ t

Inoffensiva aos dentes —Não queima a ¦: b o c c a .

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ENDEREÇO

CIDADE _

ESIAD _ •;

O Almanaque d'0 TICO-TICOpara 1939 é a maravilha das ma-ravilhas.

*~Nem

rodos os seres vivos preci-sam dormir, pois ha um grandenúmero de peixes e insetos que nãodormem jamais.

O rio da Prata é o mais largcdo mundo, pois mede 185 kilome-tros em sua foz entre os cabosSanto Antônio e Santa Maria..

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Aventuras do Chiquinho -- "Q BODE EXPIATÓRIO"

Ha muito tempo que Chiquinho sonhava em pregar uma peça a um seu visinho que . . .

era um velho toureiro aposentado e que levava o dia Intel-ro a contar os casos fantásticos de sua vida de toureiro emtodés as partes do mundo. Chiquinho e .

que estava em.casa.

O bicho não gostou da brinca-eira e saiu d

torto e direito

. • Benjamim arranjaram uma cabeça -de touro de papelão enfiaram no bode deira e saiu dando cabeçadas a do que encontrava O velho tou

_..- *„.„. _ ,_,_.__. . reiro foi loqo avisado que . ..

. derrubando e atropelando tu-? vel"que

. . . radiante de se poder exibir, saiu .. . clássica, enfrentou a fera e __<. \ . . estava reservada! Em lugar dc

logo ao encontro do "touro" devida- Enfoiu-lhe o estoque na cabeça l touro era um bode com cabeça pos-mente equipado. Tomando a posição... Mas ! A grande surpresa lhe . , . tiça. Chiquinho e Ben-amim riram

a valer !

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ü I ICO- T ICO — C —

RUBIÁCEA, FAROFA E OURO BRANCO

2t _ Setembro — 1IK1S

— Desenhos de Daniel-M(.nliic'E.i.-,ão I f -£> <ci0.,. ,, .., .j£,..G ! f -Pa-a você j-

~~**" f fnado' ,-' --*..- 05SS pessoal r-wiv I ( "Oif-o pa-

A^L—J* ^-Ar-T7 ' U-àaÇSX— 9*Vfi^?!l ha isto. seu . -»*¦»««*

^3m3/^M «-j**^ ^\>^ uma

luta bôa! I Ly _. ta dc-sta bôa!

1 -Você também.ca* I i^™?^, I H2 *a" «" I -Pois não. Tema. ) ^^^

<^ , J*S\ bero de mamão! «Wj /J 1 penmen.cr^ __ gg. J

v/^^T / ^^P

Í"""" /" -Vceé pata mim é 1| ~

Que! I cc!é Pf>'*ueno1 AR'!)3 'i i"l /-Braços braço» 1

O-t- i x-s ^-\ -T- | r-* /—"v vai apresentar aos seus leitores, brevemente, em lindas pa-

* ' ^-^ ^-A » ' ^-** ^-*/ ginas coloridas, para armar, uma sensacional novidade,tal seja o garboso e imponente corpo de infanteria demarinha, o BATALHÃO DE FUSILEIROS NAVAIS,

AGUARDEM A PUBLICAÇÃO NUM DOS PRÓXIMOS NÚMEROS

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(O Mistério dos Diamantes amarelos - A narrativa do velho sábio -- por AIovsíq.f_. parte; «'(2.- parte; ífSJjÉ)

•*>

. . . que me acompanhavam e que pareciam ter conhecido o falecido Burden, dono da man-iâo que me estava proporcionando surpresas tão notáveis. Eles não se mostraram muito im-pressionados e prontamente acompanharam-me ....

"Embora custasse a acreditar no que meus olhos viam, deparou-se-rr.e na tela do inacre- ., , avião dos mais recentes fabricantes europeus ! Minha surpresa foi maior quando minutosditavel aparelho uma visão nitida do fundo do mar. onde, encravado entre pedras enormes, ja- depois verifiquei um sêr humano môvendo-se com dificuldade no interior do estranho veiculo

... em nova busca pela misteriosa habitação. Poucos-passos adeante no meio da escuridão queinvadia os corredores, vi duas luies piscarem insistentemente 1" . . .

(Continua no próxima número).

o

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O TICO-TICO 21 — Setembro — 1938

2_aEifl.il S

A primeira Olym»

piada data do anno776 antes do Jesus

Chrisio e dura.Ia cio-:o séculos .Iverafnlugar essas provas,con regularidade.

Preposição é a pa-lavra invariável quoservo para ligar en-

tre si duas outras

calavras, exprimindo

a relação exisíento

entre ellas.

A palavra Presépio

:'_nifica e s t a b u lo,

mor.godou.-a.

•Henrique Dias ê

um dos heróes brasi-leiros da luta contracs hollandezes. Era

preto o filho de afri-canos. Morreu quasiesquecido em 1642.depois de se ter co-lebrisado na batalhados Guararapes.

Ha uma raça deindígenas quo povoaquasi inteiramente ailha Fernando Pó,

próxima da Guiné,

quo se denomina Eu-bis.

Antigamente, n aFrança, era costuma

também as mulheres

se baterem em dus-

lo. As marqueias de

Nesles o de PoÜgnac

terçaram armas, por

questões de honra e

do amor.

aDeve "se a termina-

ção do Arco do Trí-

umpho, monumento,

histórico que existe

em Paris, a AbelBlcuet.

TILLI '¦

Desenhos deRuss Weslower

Conclusão do Episódio

| E agora sesborea — sem floreios — eu-hmmm. • •

Estou atrazado, Ijt-me o eui cli. _iíu _ __l« I050Sr. Sirapkin_ _o púlpito.^ fy$'*

Ç%l í ||à.á§.¦

1 ii 1 nn

_fc_5s .%*_¦ _ft^ «Myçvha*-—,7_^A

Oiha _eohi— como es-' _^_/^.tá engraça-

ii 7!1

I3__&_. . _____ J . "ta cnsrata- il| irrO. i__3«3-0«_i [""""í7 I

-~-aa_____L_^____j-i . i «¦".' ..____._,,_,_,_._ fc^.., 5 ._¦.*- x^SJJWtov-sTI

G CAIPÓRA("FOLK-LORE" NORDESTINO)

Acorda, meu filho; já é manbãsiriha.Sua benção, ó mãe IQue Deus íe abençoe...O' mãe, me responda, (mem foi que

esta noite andou 110 "cercado", soltando os ca-valos que estavam lá presos, levando-os aqpasto ?

Foi o caipóra, meu filho; foi ele.E quem fez trancinhas nas crinas

compridas dos outros cavalos na noite passa-da?

Foi o caipóra. Foi ele também.Faz dias que o leite, mal vem do curral,

depressa talhado se torna imprestável. Quem

talhou o leite e quem derramou no chão a fa-rinha, juntando-a coní o barro ?

Foi o caipóra, meu filho, foi ele, e

pra se vingar, porque uma noite, em que oèncontraste, pulando, pulando, da mata som-Via numa encruzilhada, e cm que te pediu um

pouco dc fumo pro seu cachimbinho, depois

pediu fogo e tu não lhe deste...Não dei, que não tinha...Pois desde essa noite que o caipormlu

não te dá sossego, a te aperriar, c no teucangote ficou amoldado.

Agora eu, de noite, só saio de casa le-vando comigo um rolo de fumo no meu em-borná, e junto um isqnêro de pedra lascada

pra inódc o caipóra não me perseguir, se mepedir fumo, se me pedir fogo, e fumo nemfogo eu tenha pra dar...,

EUSTORGIO WANDERLEY

J A MENTIRA E' UM HABITO AVILTANTE.

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Redator-Chcle: Curiós Manhães — Direíor-Gercnte : A. de 5ç>-.a e Silva ^,t

r^_^p.g®BQ^_r^i^| [irüsiiiiisjlontra o perigo a prevideoci

Meus netinhos:

Quasi todos os dias os jornais noticiam desastres ocorridosna via pública e causados por bondes e automóveis em pessoasque, desprovidas da necessária cautela, tentaram passar á frentedesses veículos quando em movimento.

Ora, vocês sabem, meus netinhos, que o transito nas gran-des cidades é sempre intenso e para dirigi-lo as autoridadescrcaram não só.os guardas de transito,'os chamados inspetoresde veículos, como também os postos de sinais luminosos, quedetém ou dão passagem ás viaturas. Esses sinais, porém, comovocês sabem, só existem no cruzamento de ruas. Fora dessescruzamentos, a segurança das pessoas que atravessam uma rua,uma praça, de trafego intenso, está na cautela, no espirito deprevidência dessas mesmas pessoas. Assim, atravessar uma ruade transito constante, sem antes verificar cuidadosamente se seaproxima um carro, um bonde, um automóvel, é expor a vida,de modo lamentável, aos azares de um desastre.

Vocês nunca se descuidem, nunca deixem de ter .a cautelanecessária quando tiverem de atravessar uma rua. Inspecionem

previamente, previdentemente, se o caminho está livre, se nãose aproxima algum veículo. Detenham a pressa que possam ter.Deixem que o transito* ofereça segurança para a travessia.

Em muitas ocasiõ-s a atenção de vocês está presa a umacena qualquer, a um papagaio que pinoteia no ar, a um animalque corre, a um peralta que pula e, por isso, podem atravessaruma via pública sem a necessária cautela de inspeção. E, então,seria quasi certo um desastre. Todas as crianças têm o dever deser cautelosas, previdentes. Sejam vocês, evitando desse modo,ds perigos dos desastres. A vida de cada um de vocês é preciosa,muito querida á familia, muito necessária á Pátria que depositana infância de hoje as mais lindas esperanças do amanhã futuro.

VôVô

O pavão dc Java apresenta umcurioso adorno de penas no altoda cabeça. Quando irritado. êleune as ditas penas formando un;insolente penacho e si se insisteprovocando-o, solta gritos deensurdecçr.

O leite de vaca é constituído,em média, por litro, de 870 centi-metros cúbicos de água, 35 gra-mas de proteínas,.35 grs. degor-dura. 50 grs. de lactose (assucarespecial) e 6 a 7 grs. de minerais.onde sobresáem o cálcio e ofósforo:

As grandes conchas, da costade arrecifes coraliferos cia Aus-tralia, são tão grandes que mui-tas podem ser empregadas comobanheiras de bebês. No Museude Paris existe um esnecimen quepesa 500 libras.

•.»

O lobo da praia é uma espéciede hiena que, segundo o natu-ralista Pitt, está prestes a des-aparecer por falta dc meios dedefesa.

Milton, autor do Paraiso Per-dido, ficou viuvo e cego quasiao mesmo tempo.

Os corpos não caem exata-mente na vertical, devido á rota-cã;*, da Terra.

Em Junho, a Ierra se acha7 500.000 quilômetros mais lon-

gc do sol que em Janeiro.

Napoleão morreu exilado em. Helena.

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O TICO-TICO 21 _ Selcaibro — 1958

0m_K__fflK_S IMKHmiO melhor presente pa.a ascreanças . um livro. Nos livros,cujas jrnlnintufas estão tlese-nlindas nesta pagina, ha mu-tiv&^de recreio e de culturapara n infância. Bons livrosdados ás creanças são*. < cuiasque lhes illuminam a .inlcili--geneia. ,-

kS__K__Z_E_DEDUCA-ENSINA-DISTRAHE

COKTOS--MÂÊ S$fUCONTOS D,\ MAE PRETA•»—Histerias da infância queOswaldA Oricn colligiu e'adaptou rt leitura das cre-atiçijs. Volume <\uo deve fi-(jurar entre os f.r mais va-lor na bihliotl-.ec-* tios pe-queninos. Contos rl.is fjern-ções passndns. das qera-ções que hão de vir»

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i O Almanaque d'0 TICO-TICCpara 1939 é a maravilha das ma-xavilhas.

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