jornal- o districto de portalegre
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Disciplina: História dos Media
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Índice
Índice 2
Introdução 3
Desenvolvimento 4
Nome da Publicação 4
Periodicidade, n.º de páginas, n.º de colunas, tiragem e preço 4
Responsáveis: 5
Colaboradores, Editores e Redatores 5
Objetivos 6
Divisão interna do periódico 6
Conteúdos e análise crítica dos conteúdos do jornal. 7
Imagens 7
Publicidade 7
Outras questões 9
Conclusão 12
Bibliografia 13
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Introdução Neste trabalho vou analisar o jornal O Districto de Portalegre, irei falar sobre a
periodicidade do jornal, por quantas páginas era composto, o nº de colunas que tinha, o
número do jornal que está a ser analisado e o preço que o jornal custava.
Irei falar sobre os vários directores do jornal durante a sua existência, sobre as pessoas
que trabalhavam no jornal, nomeadamente os colaboradores, editores e redactores, se contém
imagens, sobre a publicidade que o jornal tem, sobre quais são as noticias publicadas no jornal
e se estas são relacionadas com a região ou não.
Neste trabalho espero aprender mais sobre a minha região, sobre que notícias eram
publicadas e como o jornal era feito e organizado.
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Desenvolvimento
Nome da Publicação
O Jornal apresentado é O Districto de Portalegre.
Periodicidade, n.º de páginas, n.º de colunas, tiragem e preço
O jornal foi fundado a 27 de Abril de 1884 por Francisco Cortes Sanches, era um jornal
Semanário, visto que saía aos domingos mas mais tarde torna-se bissemanário devido às suas
publicações nos domingos e nas quartas, ao longo dos anos ia sofrendo alterações devido ao
fraco consumo de jornais e por isso havia alturas em que em vez de publicar duas vezes numa
semana publicava-se apenas uma. O jornal teve sediado na Avenida de D.Carlos, na Rua dos
Violeiros a partir de 1900 e mais tarde a redacção muda-se para o seminário de Portalegre.
O jornal tinha de dimensões 34 de largura por 48 de altura, este era composto
inicialmente por quatro páginas, mas ao longo dos anos foi aumentado o número de páginas,
visto que a primeira edição é composta por apenas 4 páginas e em 1996 o jornal tinha 28
páginas. O jornal era composto por 4 colunas, o número analisado é o primeiro, é a primeira
tiragem e o preço do jornal na época era de 10 réis.
Fig.1- Fundador do Jornal Fig.2- Preço de cada tiragem
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Responsáveis:
Durante o “tempo de vida” do jornal, este teve vários directores, que foram, o Francisco
Corte Sanches de 1884 até 1889, o José frederico de 1889 até 1910, o Leonardo Augusto de
1910 até 1915, o José Lecoq de 1915 até 1922.
O Luís de Lemos M de 1922 até 1927, o Damião do Rio de 1927 até 1929, o Amândio
Santos de 1929 até 1934, o Moleiro de Sousa em 1934, o Henriques Esteves Moreira em
1934, o Francisco Ventura em 1938, o Anacleto Martins de 1941 a 1965, o Padre José Patrão
de 1965 até 1980,o Padre Elias Lopes de 1980 até 1984, o Padre Fernando Farinha de 1984
até 1986, o Padre Aníbal Branco de 1986 até 1988, Padre Manuel Pinheiro de 1988.
Colaboradores, Editores e Redatores
Teve vários colaboradores, alguns deles monárquicos e católicos, que ajudaram na
composição do jornal, e estes foram, António José lourinho, Caldeira Rebollo, Ramiro
Larcher Marçal, Adolfo Ernesto Mota, Alberto Pimentel, Trindade Coelho, José Duro,
Temudo de Oliveira, José leite de Vasconcelos, Frederico Porto, Galiano Tavares, Armando
Neves, Casimiro Mourato, Laureano Sardinha, Dias Loução. Ernesto Subtil, F.S.Lacerda
Machado, João Belém, António Sardinha, Cerqueira Moreirinhas, Luís Gomes, Emílio
Fragoso, Afonso Leite de Sampaio, Manuel Subtil, Alfredo Subtil, José pequito Rebelo, Cesar
Moreira Baptista, Alexandre de carvalho costa, padre augusto Lopes e por último Padre
francisco sequeira.
Os editores do jornal foram, o Leonardo Augusto, o Francisco Corte Sanches, o José
Augusto de Pina e Carvalho, o Fernando Antunes Rocha, o João Patrício Pinto Rodrigues, o
Joaquim Celestino Cara d’Anjo e o Francisco Ventura.
Os redactores do jornal foram oAntónio José Lourinho, oAprígio Mafra e o Joaquim
Celestino Cara d’Anjo.
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Objetivos
Para esclarecer os seus objetivos o jornal tem um preambulo. O Jornal tem como
público-alvo a população do distrito de Portalegre.
Os objetivos referidos pelo jornal são ter
noticias de caracter verdadeiro e que falem sobre a
região como podemos ver na frase “Inspirado nos
interesses do districto e rigorosamente sujeito ás
indicações da verdade e ao criterio da razão”, não
denegrir a imagem de algum partido, e publicar
noticias que possam ser uteis e que contenham
opiniões sérias, como podemos ver na frase, “Não
desfraldamos a bandeira d’um partide; pretendemos
vulgarizar todas as opiniões serias, e evangelizar
todos os conhecimentos uteis”.
Eles tem como outro objectivo serem um instrumento de informação e publicidade e
amigo e não serem um jornal desordeiro e polémico, como podemos ver na frase, “Em
Portalegre precisa-se de um instrumento de publicidade e informação, fiel e amigo e não de
um instrumento de polémica esteril, terrivel fermento de desordem, de intrigas e de
resultados ainda mais lamentaveis.”. Os outros exemplares têm presenteestes objectivos
acima referidos.
Divisão interna do periódico
O jornal possui divisão interna visto que tem notícias associadas a temas, apesar de
não ter muitas notícias nesta edição, ele tem presente notícias relacionadas com a
agricultura, com o controlo de fronteira, neste caso a alfandega e com as festividades da
Senhora da Penha.
Fig.3- Preambulo do Jornal
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Conteúdos e análise crítica dos conteúdos do jornal.
O jornal aborda temas regionais, o jornal dá mais relevância às notícias da região,
visto que algumas delas ocupam metade de 4 colunas, os temas dessas notícias estão
associados à situação meteorológica de Portalegre,atemas da região como por exemplo, “A
transferência d’alfandega de Portalegre para Marvão”, “A Senhora da Penha”, os temas são
abordados pelos jornalistas de forma objectiva e informativa.
Imagens
Esta edição do jornal não tem imagens a ilustrar as notícias ou os anúncios
apresentados, mas em outros exemplares analisados o jornal já possuem imagens e elas
servem para ilustrar as notícias e os anúncios como forma de chamar a atenção e essas
imagens e tinham a função de ilustrar.
Publicidade
A publicidade encontra-se na terceira página e na última ou seja a meio e no fim do
jornal, ocupando as quatro colunas dependendo do tamanho do anúncio. Os produtos
anunciados no jornal estão relacionados com a venda de vinhas, olivais, a venda de
diversos produtos que se podem encontrar apenas numa loja, a venda de farinha, eventos
que ocorrem, venda de propriedades rusticas, anúncio de distinção da marca Singer.
Fig.4-Situação meteorológica Fig.5- Titulo de uma notícia Fig.6- Titulo de uma
notícia
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As entidades que recorrem à colocação de anúncios nos jornais são principalmente as
lojas e as marcas. Sim a publicidade é adequada ao público-alvo, visto que os anúncios
são de lojas que se encontram na região. O preço da publicação de anúncios tinha o custo
de 50 réis.
Fig.7- Anúncio de venda de
árvores de fruto, vinhas e
olivais / Venda de propriedade
Rústica
Fig.8- Preço pela publicação de anúncios
Fig.9- Venda de Vinho
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Outras questões
Em 1959 o jornal sofre uma alteração no cabeçalho, passando este a ser impresso a duas
cores, este volta a sofrer alterações nos anos 1978, 1983, 1985, 1987-1989, 1991 mas manteve
sempre a utilização da impressão a duas cores.Os cabeçalhos do jornal foram “Não é órgão de
Partido algum” e “Tudo pela Nação, nada contra a Nação”
O jornal era impresso pela Tipografia Francisco Cortes Sanches. Mais tarde passou a ser
Tipografia Sanches e Tipografia Leonardo. A Tipografia anteriormente referida esteve
associada à Tipografia Fragoso&Leonardo mas com o fim desta em 1906 o editor do jornal na
altura, o Leonardo Augusto criou a Tipografia Leonardo que se situava no Largo da Praça.
Mais tarde a tipografia foi adquirida por José Lecoq a qual teve o seu nome alterado para
Tipografia Lecoq e Irmão em Agosto de 1921 a tipografia altera a sua designação para
Tipografia Nun’Álvares.
Fig.10- Tipografia Francisco Cortes Sanches Fig.11- Tipografia Nun’Alvares
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O jornal foi algumas vezes suspenso, uma das vezes foi devido à instabilidade das
Tipografias entre Dezembro de1906 até Fevereiro de 1907, foi suspenso devido a uma “crise
passageira” entre Julho 1926 até Janeiro de 1927, foi suspenso devido à ditadura militar
durante um mês entre Março e Abril de 1934
Em 1889, quando Frederico Laranjo toma posse como director do jornal, este assume o
estatuto de órgão local partidário progressista, em 1910 o jornal muda o seu estatuto para
regionalista e em 1937 quando o Cónego Francisco António Malato adquire posse do jornal,
altera novamente o seu estatuto mas desta vez para “semanário de acção católico”.
Este jornal tinha o Folhetim, uma história que era contada durante várias edições do
jornal como forma de cativar o leitor a comprar a próxima edição para conhecer a continuação
da história. A história presente no Folhetim é traduzida e tem por título“Le Monde Marche”.
Fig.12- Folhetim
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O jornal terminou em Abril de 2010 ao fim de 126 anos de publicações, na sua
ultima edição pode-se ler que o jornal terminaria por falta de meios financeiros,
salientando que “O Distrito de Portalegre cumpriu o dever de informar, com opinião
capaz de alargar os horizontes para além do que aconteceu, dando sentido e até prevendo
o que irá acontecer (…) mas não fomos capazes de produzir riqueza.”
Fig.13- Capa da última edição do jornal
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Conclusão
Com este trabalho concluí que no século XIX o jornalismo já era algo importante
apesar de estar em ascensão e de nem toda a gente se interessar pela leitura. Os jornais
eram fundamentais para informar as pessoas acerca das notícias, das pessoas que faziam
anos, das pessoas que se casaram e algumas vezes dizia-nos quem tinha falecido. O jornal
tinha alguns métodos para fazer com que as pessoas comprassem jornais, tais como a
utilização do folhetim, que se encontra presente nesta edição do jornal, era bastante usado
na altura como forma de cativar os leitores. O jornal tinha diversos anúncios, que ajudam a
sustentar o jornal e que permitia a que as pessoas soubessem o preço dos alimentos e que
empregos estavam disponíveis.
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Bibliografia
SANCHES, Francisco, (1884), Jornal O Districto de Portalegre, 1ª edição, Portalegre:
Tipografia Francisco Cortes Sanches. – Última consulta: 28 de Setembro
VENTURA, António, (1991) Publicações Periódicas de Portalegre (1836-19874),
Portalegre: Guide-Artes Gráfica,LDA. - Última consulta: 26 de Setembro
VENTURA, António, (1981) Inventário da Imprensa de Portalegre (1836-1970),
Portalegre: Ingrapol. -Última consulta: 28 de Setembro