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KARINA CORREIA MORAIS RELATÓRIO DE ESTÁGIO: LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA CURITIBA 2013 Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Departamento de Educação

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KARINA CORREIA MORAIS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO: LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA

CURITIBA

2013

Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Departamento de Educação

KARINA CORREIA MORAIS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO: LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA

Relatório final de estágio do Programa Especial De Formação Pedagógica – Turma 28, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Curitiba Professora: Marta Rejane Proença Filietaz

CURITIBA

2013

“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela

tampouco a sociedade muda.”

FREIRE, Paulo (pag.67, 2000)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 3.1 DADOS DA INSTITUIÇÃO 3.2 CURSOS E ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR OFERTADOS 3.2 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS 3.4 ORGANOGRAMA DA INSTITUIÇÃO 3.5 FONTE DE RECURSOS FINANCEIROS 3.6 METODOLOGIAS PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOAL 3.7 METODOLOGIA PARA MANUTENÇÃO DO PRÉDIO 3.8 ÓRGÃOS COLEGIADOS 3.8.1 APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários 3.8.2 Conselho Escolar 3.8.3 Grêmio Estudantil 4 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR 5 CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO DA ESCOLA 6 AVALIAÇÃO DA INSTITUIÇÃO REFERENTE À APRENDIZAGEM DOS ALUNOS E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 7 VISÃO DA ESCOLA ENQUANTO ESTEVE APRECIANDO SUA ROTINA 7.1 DISCIPLINA NA ESCOLA 7.2 ESTRUTURA FÍSICA NA ESCOLA

7.3 MATERIAL PEDAGÓGICO DISPONÍVEL AOS ALUNOS

7.4 AVALIAÇÃO DA REGENTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ALUNOS

7.5 RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO

7.6 O CURRÍCULO

8 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8.1 O ESTÁGIO PROFISSIONAL 8.2 A RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO 8.3 METODOLOGIAS DE ENSINO 8.4 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO 8.5 A ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO 9 PRÁTICA DOCENTE 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 11 REFERÊNCIAS ANEXOS APÊNDICES

1 INTRODUÇÃO

O presente estágio foi realizado no Colégio Estadual Presidente Lamenha

Lins – Ensino Médio e Profissional, durante o período de setembro a novembro de

2013, totalizando 100 horas, com orientação da docente regente Luciane

Machado e supervisão da professora Marta Rejane Proença Filietaz da UTFPR. O

anexo I, descreve todo o plano de ação desenvolvido neste período, já o anexo II

marca a lista de presença.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Capacitar o aluno para o exercício profissional docente.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Buscar um maior equilíbrio entre a teoria e a prática.

Compreender e avaliar criticamente os aspectos sociais, tecnológicos,

ambientais, políticos e éticos relacionados às aplicações da educação na

sociedade.

Formar um professor que se aproprie dos conhecimentos e seja capaz de

refletir criticamente sobre o meio em que está inserido.

Perfilhar os limites da ética e moral para os avanços da educação

Buscar estratégias de ensino aprendizagem.

3 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

3.1 DADOS DA INSTITUIÇÃO

Nome da instituição: Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins – Ensino Médio

e Profissional.

Endereço: Rua Lamenha Lins, nº 2.185.

Bairro: Rebouças.

Cidade: Curitiba – PR

CEP: 80220-080

Telefone: (41) 3332-6634

Fax: (41) 3332-2752

E-mail: [email protected]

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná – Secretaria de Estado

da Educação.

Núcleo Regional de Educação de Curitiba: Setor Portão.

Reconhecimento do Estabelecimento: Resolução nº 3098/81 DOE 15/01/82.

Turnos e horário de funcionamento: Manhã (7h30min – 11h50min)

Tarde (13h10min – 17h30min)

Noite (19h – 22h40min)

Número de alunos matriculados:

Modalidade de ensino Número de turmas

Matrículas

Regular 14 373 Integrado 17 370

Subsequente 7 165 Total 38 908

3.2 CURSOS E ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR

OFERTADOS

Ensino Médio:

Ensino Médio Regular – Reconhecimento do Curso: Resolução nº 4667/87

DOE 13/11/86.

Educação Profissional:

Técnico em Administração em Nível Médio Integrado – Autorização de

funcionamento: Resolução nº 651/06.

Técnico em Logística em Nível Médio Integrado – Autorização de

funcionamento: Resolução nº 3230/10.

Técnico em Recursos Humanos em Nível Médio Integrado – Autorização

de funcionamento: Resolução nº 3229/10.

Técnico em Secretariado em Nível Médio Integrado – Autorização de

funcionamento: Resolução nº 852/06.

Técnico em Administração em Nível Médio Subsequente – Autorização de

funcionamento: Resolução nº 3346/06.

Técnico em Logística em Nível Médio Subsequente – Autorização de

funcionamento: Resolução nº 3231/10.

Técnico em Recursos Humanos em Nível Médio Subsequente –

Autorização de funcionamento: Resolução nº 2860/10.

CELEM:

Centro de Língua Estrangeira Moderna – Espanhol Básico.

3.3 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

O Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins possui um total de 96

colaboradores ativos, distribuídos em diferentes funções como explana o quadro

1.

Quadro 1: Quadro de funcionários

Diretores 1

Diretores auxiliares 2

Equipe pedagógico-administrativa 6

Professores ativos 65

Secretario 1

Técnico administrativo 7

Serviços gerais/serviços de apoio 10

Outros profissionais 4

3.4 ORGANOGRAMA DA INSTITUIÇÃO

Não há registro documental do organograma da instituição.

3.5 FONTE DE RECURSOS FINANCEIROS

De acordo com a diretora auxiliar do referido estabelecimento de ensino, as

verbas da escola provem apenas de recursos estaduais e federais. Logo abaixo,

no quadro 2 está descrito a distribuição mensal de recursos pelo fundo rotativo

por cotas.

Quadro 2 - Distribuição Mensal de Recursos pelo Fundo Rotativo por Cotas

Cotas

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Total Cota

Cota Extra - Complementacao da Merenda

0,00 0,00 0,00 694,32 0,00 0,00 0,00 0,00 694,32 0,00 0,00 0,00 1.388,64

Cota Extra - Material Permanente

0,00 0,00 7.650,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7.650,00

Cota Extra - Servicos / Brigada Escolar

0,00 0,00 0,00 2.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2.500,00

Cota Normal Consumo

0,00 4.111,00 0,00 8.636,00 4.211,00 4.211,00 0,00 4.211,00 8.188,00 0,00 4.094,00 0,00 37.662,00

Cota Normal Servico

0,00 4.111,00 0,00 0,00 4.211,00 0,00 0,00 4.211,00 4.094,00 0,00 0,00 0,00 16.627,00

Total Mês 0,00 8.222,00 7.650,00 11.830,32 8.422,00 4.211,00 0,00 8.422,00 12.976,32 0,00 4.094,00 0,00 65.827,64

Fonte: SEED/PR, 2013

a.

3.6 METODOLOGIAS PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOAL

O processo de contratação de pessoal ocorre por meio de concurso público

estadual ou através do Processo de Seleção Simplificado (PSS). No regime PSS,

o funcionário é contratado somente para o referido ano de exercício, podendo ou

não ter seu contrato renovado para o ano seguinte, ficando no máximo dois anos

com o contrato aberto.

3.7 METODOLOGIA PARA MANUTENÇÃO DO PRÉDIO

Como descrito no quadro 2, a manutenção do prédio provém de recursos

financeiros do governo, podendo contratar uma empresa terceirizada para

reparos. Quando o serviço é pequeno, “outros profissionais”, como aponta o

quadro 1, acaba fazendo serviços de manutenção.

3.8 ÓRGÃOS COLEGIADOS

O Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins, dispõe da Associação de

Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar e o Grêmio Estudantil que ainda

está sendo formado.

3.8.1 APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários

É regido por um grupo de pessoas (Pais, Mestres e Funcionários) a fim de

acompanhar todo fundo rotativo da escola e buscar integrações entre família,

escola e toda a comunidade.

De acordo com Paraná (2013b) o Art. 7º do estatuto das APMFs, de 2003,

seus recursos são provenientes de:

I- Contribuição voluntária dos integrantes;

II- Auxílios, subvenções e doações eventualmente concedidos pelos poderes

públicos e pessoas físicas ou jurídicas;

III- Campanhas e promoções diversas em conformidade com a legislação

vigente;

IV- Juros bancários e correções monetárias provenientes em aplicações em

Caderneta de Poupança e/ou Conta Corrente;

V- Investimentos e operações monetárias previamente autorizadas pelo

Conselho Deliberativo e Fiscal e o Conselho Escolar;

VI- Recursos auferidos a partir da celebração de convênios e contratos,

administrativos e civis, com pessoas de direito público e privado,

observando-se a legislação em vigor;

VII- Exploração da cantina comercial, respeitando-se a legislação

específica.

3.8.2 Conselho Escolar

A participação do Conselho Escolar dentro da escola permite uma gestão

mais participativa e democrática. Desta maneira, também organiza o trabalho

pedagógico, dentro do Projeto Político e Pedagógico (PPP), uma vez que realiza

intervenções se necessário.

De acordo com o capítulo II no Art. 28° do Estatuto do Conselho Escolar,

referente ao seu funcionamento dispõe:

Art. 28 - O Conselho Escolar será um fórum permanente de debates e de articulação entre os vários setores da escola, tendo em vista o atendimento das necessidades educacionais e os encaminhamentos necessários à solução de questões pedagógicas, administrativas e financeiras, que possam interferir no funcionamento do estabelecimento de ensino (PARANÁ, 2013

c).

3.8.3 Grêmio Estudantil

O grêmio estudantil é a instância colegiada e deliberativa, a partir da qual

os estudantes se organizam de modo mais sistemático, considerando os

fundamentos históricos e políticos da constituição do movimento estudantil e sua

participação no processo de redemocratização do Brasil. Portanto, para constituir

a comissão do grêmio estudantil, formada por alunos representantes de turma, os

mesmos são eleitos democraticamente entre seus pares, tendo como primeira

função a elaboração de uma versão preliminar de Estatuto. Neste sentido, é

fundamental que os alunos se apropriem, a partir de situações reais, do conceito

de representação e do que significa representar seus pares em diferentes

espaços, com vistas a assegurar a defesa dos interesses e das necessidades do

segmento dos alunos (PARANÁ,2013d).

De acordo com Paraná (2013e), há várias ações do Grêmio Estudantil na

escola, entre elas pode-se destacar:

A integração entre os alunos e a comunidade,

promovendo eventos culturais como projeção de filmes, peças teatrais,

gincanas, concursos de poesia, coral, festival de dança, de música, etc.;

Organização de campeonatos esportivos nas

diversas modalidades;

Organizar palestras sobre, violência, drogas, sexualidade, meio ambiente,

entre outras;

Organizar e divulgar campanhas de agasalho, de alimentos e de outros

recursos para as populações carentes;

Organizar o jornal e a rádio da escola;

Organizar movimentos para discussão de assuntos de interesse da escola

e da comunidade escolar.

4 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

A escola como organismo vivo, reflete a convulsão da sociedade,

convivendo com questões de gêneros, saúde pública, mercado de trabalho, além

de ocupar espaço determinante deixado pela família, por conta da

desestruturação familiar. Cabe a escola, portanto, construir um diálogo reflexivo,

permitindo que questões que permeiam o dia a dia possam encontrar soluções

viáveis no âmbito escolar.

Quanto à situação sociocultural da comunidade escolar, torna-se

diversificada em virtude da composição heterogênea dos alunos que moram em

diferentes regiões, como do bairro Parolin, Portão, centro e cidade de Fazenda

Rio Grande. Além disto, compõe diferentes classes sociais, contudo, a escola

organiza um espaço democrático de convivência.

O corpo discente é formado por jovens na faixa etária compreendida entre

14 e 24 anos, nos cursos Técnicos Integrados e no Ensino Médio Regular. Nos

cursos de nível Médio Subsequente, além dos jovens que acabaram de concluir o

Ensino Médio Regular, matriculam-se adultos até 55 anos que retomam seus

estudos em busca de aperfeiçoamento profissional e melhoria nas condições de

trabalho e salário.

Conforme dados do rendimento escolar, constata-se que o maior número

de evasão do ensino regular apresenta-se nas turmas do período noturno e o

maior número de reprovação encontra-se nas primeiras séries. A fragmentação

do currículo, o excessivo número de disciplinas, tendo como consequência a

redução do número de aulas por disciplina, indica um dos determinantes que

contribui com o baixo rendimento escolar dos alunos. Também se percebe as

lacunas de conteúdos apresentadas pelos alunos que iniciam o ensino médio e

que necessitam de atendimento em contra turno, uma vez que as poucas aulas

semanais não são suficientes para a superação das mesmas.

Outro dado relevante é o número expressivo de abandono nas turmas dos

cursos técnicos subsequentes do período noturno, sendo que muitos alunos

matriculam-se e nem iniciam o curso, outros iniciam e relatam a dificuldade em

cotidiano dos estudantes oriundos de diversos bairros de Curitiba e Região

Metropolitana. Nesse contexto, o corpo discente enfrenta diariamente problemas

relacionados às violências de todas as formas, entre elas, assaltos, assédios e

venda/consumo de drogas nas regiões próximas a escola e a sua residência.

Os alunos do Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins sofrem com a

crise de valores do mundo moderno e se deparam com a dificuldade em formar

seus próprios valores num universo em que são tantas as demandas de seu

grupo: Falta de perspectiva de empregos, dificuldades de acesso a programas de

saúde, cultura e lazer. Diante deste panorama sociocultural, a escola acaba se

tornando um local de encontro e relações sociais, sendo sua função de formação

e construção do conhecimento deixada em segundo plano.

Apesar disso, existe um número de alunos interessados em estudar, pois

considera o estudo uma possibilidade de ascensão social. Esses alunos

questionam seus professores e a equipe pedagógica quando discordam com os

métodos de ensino e reivindicam constantemente qualidade do processo de

ensino-aprendizagem, assim como domínio do conteúdo ministrado pelos

professores.

Os docentes do Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins aceitam

convites e convocações para reflexão acerca dos problemas e desafios que são

vivenciados pela comunidade escolar. Participam das reuniões propostas sem

esquivar-se de posicionamentos nas questões educativas, mas nem todos,

porém, demonstram comprometimento com as questões discutidas e acordadas

em reuniões.

Em sua maioria, os docentes preocupam-se com os educandos, reportando

à equipe pedagógica situações que precisam de atenção mais específica e

encaminhamento de diversas ordens. A hora-atividade é utilizada para realização

de trabalho pedagógico, estando de acordo com a proposta original concebida

para este fim.

Enfrentam-se diversos problemas com as faltas excessivas dos

professores, seja por compromissos particulares, seja por licença médica, o que

compromete a qualidade da educação ofertada e a organização pedagógica da

instituição.

Percebe-se por meio do acompanhamento dos Planos de Trabalho

Docente que existe, por parte de alguns professores, uma dificuldade em utilizar

recursos tecnológicos e metodologias diferenciadas para enriquecer o trabalho

pedagógico e a prática docente. Embora se perceba grupos com focos de

resistência e descrença na melhoria da educação pública, temos em nosso corpo

docente, bons exemplos de profissionais dedicados, competentes, comprometidos

e motivados para o trabalho.

É importante ressaltar que a rotatividade dos professores e a demora na

substituição de docentes pela mantenedora prejudicam o planejamento coletivo e

a continuidade do trabalho pedagógico.

5 CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO DA ESCOLA

A escola insere-se em uma realidade dialética numa perspectiva histórico-

crítica, pois seu intento é formar sujeitos que busquem uma sociedade mais justa,

de forma consciente, percebendo, refletindo e agindo sobre ela, respeitando os

preceitos éticos adquiridos através da historicidade critico social, na qual se

engendra e se constitui um ser também histórico.

A construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) se deu de forma

coletiva e participativa pela comunidade educativa. Inicialmente foi realizado uma

avaliação diagnostica para verificar a realidade escolar e a parir disto iniciou-se a

construção do mesmo.

Equipe técnica pedagógica, docentes e direção compartilharam a tarefa. Ao

término, o PPP reflete em sua essência a identidade do colégio, seus

fundamentos e princípios.

De acordo com a instrução n° 007/10 SUED-SEED (2013f), o PPP

expressa a autonomia e identidade do estabelecimento de ensino organizando a

pratica pedagógica e escolar. Permite ainda, delinear ações de curto, médio e

longo prazo que interfiram positivamente no processo de ensino aprendizagem

dos alunos.

A escola em toda a sua prática busca desenvolver ações que conduzam o

indivíduo a desempenhar sua cidadania. Engloba-a tanto na parte voltada à

aquisição de conhecimentos, quanto na convivência social, trabalhando atitudes e

valores que proporcionam ao individuo uma convivência justa e ética.

6 AVALIAÇÃO DA INSTITUIÇÃO REFERENTE À APRENDIZAGEM DOS ALUNOS

E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação do Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins pretende

superar a prática da verificação e da classificação, conceitos excludentes

manifestados numa educação seletiva.

Através do plano de ação do colégio, concebeu-se uma forma diferenciada

para avaliar discentes e docentes, não em um momento isolado, mas durante

ações contínuas, como pré-conselho e conselho de classe com acompanhamento

individualizado. Por outro lado a avaliação institucional permite consulta à

comunidade estudantil, para verificar as dimensões essenciais da organização do

trabalho pedagógico e a pratica docente dentro e fora da sala de aula.

De acordo com o PPP (2013) do Colégio Estadual Presidente Lamenha

Lins, alguns cuidados são necessários para a superação de práticas arraigadas e

autoritárias:

Propiciar a auto compreensão, tanto do educando quanto do educador, no

nível e nas condições em que se encontram;

Motivar o crescimento pelo reconhecimento de onde está e pela

consequente visualização de possibilidades;

Aprofundar a aprendizagem;

Estar atento às necessidades dos educandos.

Na prática da aferição do aproveitamento escolar e, de acordo com o

sistema estadual, utiliza-se o registro com notas. No Ensino Médio Regular e na

Educação Profissional de Nível Médio Integrado a avaliação é trimestral. Na

Educação Profissional de Nível Médio Subsequente a avaliação é semestral e, em

ambos os casos, a atribuição de notas é realizada por meio do registro cumulativo

dos resultados alcançados no decorrer do período.

O sistema de avaliação referendado pela comunidade escolar e registrado

no Regimento Escolar é organizado por instrumentos formais e informais. Aos

instrumentos formais são aferidos 80% da nota, ficando a critério do professor a

distribuição dos mesmos, sendo proibido possibilitar um único momento

avaliativo. Constituem-se instrumentos formais: prova oral, prova descritiva, prova

objetiva, prova com consulta, produções individuais ou coletivas, seminários,

produção de textos, análise de filmes, músicas e obras de arte, confecção de

cartazes e maquetes, apresentação de pesquisas e peças teatrais. Configuram-se

formais, pois são realizados em sala de aula com a mediação do Professor.

Aos instrumentos informais são atribuídos 20% da nota e poderão ser

realizados sem a presença do Professor. Cabe ressaltar que, apesar da

denominação informal, trata-se de um subsídio significativo da prática educativa

cuja finalidade é propiciar a autonomia de pesquisa, o estudo independente e a

atividade cooperativa, porém sempre com rigor científico e metodológico,

orientado pelo Professor.

Em consonância com o Regimento Escolar, a recuperação de estudos é

direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos

conhecimentos básicos. A recuperação de estudos, concomitante ao processo

letivo, tem por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não

os instrumentos de avaliação. Os diferentes instrumentos de avaliação, já citados,

serão vias para perceber os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão

ser retomados no processo de recuperação de estudos. O peso da recuperação

de estudos será proporcional ao da avaliação trimestral/semestral, ou seja, 0 a

100% de apreensão, diagnóstico e retomada dos conteúdos.

Três dimensões norteiam a avaliação e a reavaliação:

1. Compreensão dos conteúdos por parte do aluno – ele entendeu de fato.

2. Capacidade de fazer relações entre o conteúdo com outros e com a sua

vida/contextualizar;

3. Capacidade de posicionar-se, emitir julgamento, criticar, argumentar.

Esses elementos devem estar claros para o Professor no seu Plano de

Trabalho Docente, para a Equipe Pedagógica que acompanha o processo e,

principalmente, para o aluno. Critérios claros de avaliação permitem analisar a

atividade crítica, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a

memorização.

O Livro Registro de Classe é o documento no qual se registram todas as

atividades do Professor, pontuadas, discriminadas e datadas com legibilidade. O

seu preenchimento correto é de extrema importância para garantir os direitos do

corpo docente e discente. Torna-se imprescindível que o Professor se utilize do

Livro Registro de Classe como um documento oficial, que constitua a perfeita

escrituração da vida escolar do aluno, garantindo a qualquer tempo a integridade

das informações.

O Pré-Conselho será feito primeiramente com o Professor Conselheiro e os

alunos. O Professor Conselheiro fará um levantamento das dificuldades e

necessidades da turma e dos alunos, individualmente, com foco nas questões de

aprendizagem e registrado em formulário próprio.

O Conselho de Classe contará com a participação de todos os professores,

da equipe pedagógica e da direção para a discussão dos diagnósticos e

proposições levantadas no Pré-Conselho. O Conselho de Classe deve ser um

momento privilegiado de reflexão que gera ações em benefício do processo de

ensino e aprendizagem, superando a fragmentação do trabalho escolar e

oportunizando formas diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos os

alunos a aprendizagem.

7 VISÃO DA ESCOLA ENQUANTO ESTEVE APRECIANDO SUA ROTINA

7.1 DISCIPLINA NA ESCOLA

Quanto à disciplina dos alunos, foi possível perceber que é uma escola de

poucos problemas, uma vez que a maioria dos alunos estão matriculados no

ensino profissionalizante subsequente. No período noturno há apenas três turmas

do ensino médio regular, om um número bem reduzido de alunos.

Durante o período de estágio foi possível perceber duas situações de

indisciplina mais “graves”:

Situação A: Uma aluna do ensino profissionalizante ensaiava passos de

uma dança que apresentaria na semana cultural, mas não se sabe qual foi o

motivo, que a mesma se desentendeu com suas colegas. Brava ela quis sair da

escola, mas o portão estava fechado (como de costume). Foi quando a aluna

adentrou na sala dos professores gritando que não queria saber mais do colégio,

proferindo palavras de baixo calão. No momento de fúria jogou o seu celular no

chão. Depois, longe da equipe pedagógica, fugiu da escola pulando o muro da

mesma.

Atitude: A vice-diretora tentou acalmar os ânimos da aluna dirigindo-lhe

palavras de conforto, mas não adiantou e ela saiu pelo corredor desorientada e foi

quando ela fugiu. Imediatamente após o fato, o pai da aluna (antigo profº da

escola) foi comunicado e mesmo disse que iria pedir a transferência da aluna.

Pontos positivos:

Foi buscado o diálogo com a aluna para tentar uma aproximação entre ela

e a equipe pedagógica.

A equipe pedagógica tentou resolver juntos toda a situação.

A família foi avisada da situação presente.

Pontos negativos:

As alunas ensaiavam sozinhas e não foi possível saber o que de fato

ocorreu para desencadear todo o fato seguinte. Como isto se referia à

semana cultural o ideal seria ensaiar nas aulas de artes ou educação

física, por exemplo.

O pai já alertou o pedido de transferência por telefone antes mesmo de ir à

escola para ter ciência dos fatos. O mesmo já conhecia um pouco mais

sobre à escola sendo antigo professor da instituição.

Faltou segurança na escola, pois a aluna não foi observada e conseguiu

pular o muro da escola.

Situação B: Em um dia de observação, na primeira aula, a professora

regente entrou na sala do terceiro ano e como de costume foi escrever no quadro

giz. Enquanto isto, uma aluna, que sentava na primeira carteira pegou acetona e

retirou seu esmalte vermelho enchendo a carteira de algodão sujo. Depois disso

lixou a unha e logo começou a pintá-la.

Atitude: Quando a professora terminou de passar o conteúdo, saiu da sala

de aula em silêncio e logo retornou, dando inicio à explicação da matéria. Após

isto, passaram aproximadamente 3 minutos e a pedagoga veio até a sala,

chamou a atenção da aluna convidando a se retirar.

Pontos positivos:

A aluna foi retirada da sala e os demais alunos começaram a prestar mais

atenção na aula.

Os demais alunos perceberam a falta de respeito desta aluna com o

trabalho da professora.

Pontos negativos:

A professora poderia ter resolvido o problema em sala de aula, não

expondo os demais alunos ao desconforto causado pelo cheiro do esmalte

e acetona que exalava em sala.

A pedagoga chamou a atenção da aluna, convidando-a se retirar, porém, a

aluna deixou toda bagunça na carteira, incluindo o vidro de acetona aberto.

Situação C: O celular é algo que está muito presente em sala de aula.

Durante as explicações da professora os alunos estavam em silêncio, mas para

alguns a concentração estava voltada aos torpedos trocados. Em uma das aulas,

a aluna arrumou um suporte para o celular colocando-o sobre a carteira. Até o fim

da aula este foi o único material presente na carteira dos alunos.

Atitude: Durante as explicações, a professora andava em sala intimidando

os alunos. Algumas vezes a mesma chamava a atenção dos alunos. Quanto à

aluna que fez um suporte para o celular, nenhuma atitude foi tomada.

Pontos positivos:

Andar pela sala, fixando o olhar para os alunos fazia com que os mesmos

guardassem o celular.

Pontos negativos:

Não foi tomada nenhuma atitude quanto à aluna que usou o celular durante

toda a aula. Em uma próxima vez a professora pode ter algum tipo de

conflito se pedir para guardar o eletrônico com qualquer aluno desta turma.

7.2 ESTRUTURA FÍSICA NA ESCOLA

O Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins - Ensino Médio e Profissional

dispõe de uma área de 3.560 m², dos quais 1.925,72 m² são construídos. Sua

estrutura conta com 13 salas de aula que funcionam durante os turnos matutino,

vespertino e noturno, 01 Laboratório de Química, Física, Biologia, 02 Laboratórios

de Informática (Proinfo e PR Digital), 01 Biblioteca e 01 quadra poliesportiva

coberta.

Mesmo o colégio estando situado próximo às ruas de movimento, o barulho

externo não interfere nas salas de aula, além disto, são arejadas e com carteiras

novas o que permite um bom aproveitamento das aulas.

O colégio possui refeitório e cantina, porém, para que haja mais

concentração e um melhor aproveitamento das aulas a escola oportuniza para os

alunos do período noturno um pequeno lanche antes do inicio das aulas, pois

alguns vêm direto do trabalho à escola.

7.3 MATERIAL PEDAGÓGICO DISPONÍVEL AOS ALUNOS

A instituição dispõe de acervo bibliográfico e multimídia, aparelhos de DVD,

televisões multimídias, rádios, retroprojetores, projetores multimídia,

computadores e impressoras, filmadora e máquina fotográfica.

Contudo, durante o período de observação, foi possível constatar que a

escola tem o “Arthur” que é o multimídia, porém pouco utilizado, pois requer

tempo para organizá-lo em sala de aula. Durante o período de observação a

professora regente não fez o uso deste equipamento, mas teve que esperar 10

minutos para entrar na sala do primeiro ano do ensino médio, pois a professora

anterior estava guardando todo o equipamento. Se não o bastante, três alunos se

ausentaram da sala de aula para auxiliar a professora carregar o equipamento até

a outra sala.

A TV pendrive está disponível em todas as salas, mas não há manutenção

do equipamento. A única vez que a regente foi usá-la durante o período de

observação, ela não funcionou. Primeiramente o controle remoto não estava

funcionando muito bem, pois a professora teve que “grudá-lo” até a TV, depois

disso a mesma testou três pendrives diferentes para que o equipamento

reconhecesse, mas foi em vão. Isto resultou a perda de quase 15 minutos de

aula.

Em relação ao livro didático, a professora faz uso constante dele durante

as aulas, pois inicialmente transcreve trechos do capítulo ao quadro giz. No

entanto, os alunos tem este material, mas em casa. Segundo a professora, fica

pesado para os alunos carregar o livro, principalmente que alguns alunos vêm

direto do trabalho, por isso faz a síntese dos capítulos.

Foi possível conhecer o espaço físico do laboratório de química/física/

biologia, no entanto, nenhuma aula de química foi observada neste espaço.

A tabela periódica não foi utilizada ou mencionada em nenhum momento

nas salas dos 2º e 3º ano. Na aula do 1º ano a professora pediu emprestada de

um aluno e alegou que todos já haviam recebido uma. Algum tempo depois um

aluno lhe entregou uma tabela (a aula tinha correlação com a tabela periódica).

O quadro giz e a aula expositiva foram os recursos pedagógicos mais

utilizados.

7.4 AVALIAÇÃO DA REGENTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ALUNOS

A escola destina em calendário específico uma semana com provas e

reavaliações das diversas disciplinas. Na primeira aula da semana há revisão de

conteúdos e na outra uma avaliação individual e escrita.

Todas as provas aplicadas pela regente são com consulta ao caderno. Os

trabalhos realizados em sala são passados no quadro e o aluno transcreve em

uma folha para resolvê-los, por isso os enunciados são curtos e objetivos.

Quanto os trabalhos de pesquisa, vários alunos não foram pontuais com a

entrega, sendo possível observar que a professora cobrou o mesmo durante

várias aulas.

A participação durante as aulas também foi avaliado, uma vez que a

professora anotou no livro o número do aluno que fez a tarefa de casa ou que foi

até o quadro giz fazer a resolução de algum exercício.

O anexo III, aponta o relatório de observação de aula da regente. A turma

escolhida para descrever a observação, foi o 3º ano D – Noturno do ensino médio.

7.5 RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO

De acordo com o PPP (2013) do referido colégio, a função precípua do

Ensino Médio e da Educação Profissional vai além da formação e atinge a

construção da cidadania. É preciso oferecer aos adolescentes, jovens e adultos,

novas perspectivas culturais para que possam expandir seus horizontes e dotá-

los de autonomia intelectual, assegurando-lhes o acesso ao conhecimento

historicamente acumulado e à produção coletiva de novos conhecimentos, sem

perder de vista que a educação também é, em grande medida, uma chave para o

exercício dos demais direitos sociais.

A regente não tinha tanta aproximação do seu aluno. Como de costume, a

professora pegava seu livro didático, abria um capítulo do livro, fazia uma síntese

do mesmo no quadro e depois explicava o conteúdo. Contudo, algumas vezes a

professora só disse “boa noite” aos alunos quando iniciou a explicação, 20

minutos depois.

Os exemplos geralmente vinham prontos da própria professora e poucas

vezes os alunos relacionaram seu cotidiano. No entanto, quando isto ocorria, a

aula tinha mais participação dos mesmos e o uso do celular em sala de aula

quase não era percebido, pois havia maior envolvimento da turma.

Os alunos faziam silêncio durante a explicação dos conteúdos, respeitando

a professora, no entanto, não foi evidente uma relação mais afetiva/envolvimento

com o aluno.

7.6 O CURRÍCULO

A visão de currículo no PPP (2013) da referida escola, argumenta que a

escola precisa respeitar os saberes do aluno e de seu grupo social. Na

perspectiva da diversidade cultural, o respeito ao grupo social a que o aluno

pertence, significa também um acolhimento a pessoa que ele é. Não são aceitas

propostas de ensino que unifiquem os estudantes, a questão que se apresenta é

o respeito às diferenças e o crescimento de todos, cada um ao seu modo, no seu

querer, no seu fazer. A concepção histórico-crítica pressupõe que uma educação

de qualidade parta da realidade concreta do homem e durante o processo, esse

indivíduo se reconheça como sujeito histórico e transformador.

O Plano de Trabalho Docente (PTD) da professora regente não descreve a

justificativa em abordar determinado conteúdo, pois é nela que se aponta a

correlação do conteúdo ao cotidiano do aluno. Neste PTD a justificativa descreve

os critérios de avaliação.

O anexo VI exemplifica o PTD do 3º ano do ensino médio que a docente

segue com seus alunos. Os conteúdos neles mencionados estão descritos no

Projeto Político e Pedagógico (PPP), o qual segue as diretrizes do Estado.

8 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

8.1 O ESTÁGIO PROFISSIONAL

Qualquer exercício profissional depende da ação do fazer “algo” e para isto

é necessário à correlação entre a teoria e prática, porém, se o curso de formação

de professores tem por função preparar o futuro profissional para praticar, é

adequado que se tenha a preocupação com a prática (PIMENTA, 2010).

Diante da ausência de saberes de seus alunos, todo professor tem o direito

a se indagar: Como fazer meu aluno aprender? É possível aumentar seus

conhecimentos, faze-lo acessar ainda mais suas capacidades e suas

inteligências? “Assim como o médico deve identificar na doença a inimiga a

vencer, cabe ao professor ver na ignorância o desafio a superar” (ANTUNES,

2002). Desta maneira, o estágio na formação de professores acaba viabilizando a

observação das diferentes estratégias de ensino aprendizagem aplicado pelo

professor regente. Estas podem ser boas ou não, por isso, a necessidade da

reflexão e discussão sobre o mesmo.

O estágio tem por objetivo ser uma fonte de reflexão e discussão sobre os

aspectos teórico-práticos do processo de ensino e aprendizagem, porém a

realidade escolar depende de cada escola ou mesmo de cada turma (PIMENTA,

2010).

Para González (2002), a formação inicial do professor deve durar toda a

sua vida profissional, por isso, os formadores de professores têm diante de si um

difícil desafio, que é a permissão de ideias e valores que favoreçam o processo

de mudança, uma vez que não é na formação inicial que o docente vai descobrir o

“produto acabado”, mas entendê-la como primeira fase de um processo longo e

diferenciado de desenvolvimento profissional.

O estágio na formação de professores é a preocupação deste profissional.

Luckesi (1994) descreve em seu livro que,

O ser humano se constitui numa trama de relações sociais, na medida em que ele adquire o seu modo de ser, agindo no contexto das relações sociais nas quais vive, produz consome e sobrevive [...] O ser humano é prático, ativo, uma vez que é pela ação que modifica o meio ambiente que o cerca, tornando-o satisfatório às suas necessidades e enquanto transforma realidade, constrói a si mesmo no seio de relações sociais determinadas (Pag. 110).

Por isso, este profissional em formação precisa conhecer gradativamente

este meio de trabalho, para que aos poucos viva esta “trama de relações sociais”

e sobreviva de maneira satisfatória, buscando alternativas positivas para atender

às suas necessidades e de seus futuros educandos.

Contudo, é chagada a hora do professor se assumir como agente histórico

de transformação, comprometendo-se com a alteração tanto das condições

objetivas, quanto subjetivas de seu trabalho (VASCONCELLOS, 1998).

8.2 A RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO

Capacidade é o poder humano de receber, aceitar, apossar. Para Antunes

(2002), esses verbos de ação definem a palavra e justificam sua presença na

escola, entretanto, nenhum professor pode “ensinar” um aluno a ser capaz, mas

pode ajuda-lo a se descobrir capaz. A escola não pode mais fixar-se apenas

como centro epistemológico e necessita propiciar aos alunos a recepção plena de

suas capacidades motoras, cognitivas e emocionais.

O professor tem por finalidade atender os aspectos do desenvolvimento,

amadurecimento, orientação e aprendizagem dos alunos, considerando-o

individualmente ou em grupo. Porém, é preciso conhecer profundamente seus

alunos nas diferentes facetas que formam sua personalidade, assim como servir

de elo entre família, a escola e entre os professores que atendem o mesmo grupo

de alunos (GONZÁLEZ, 2002).

A relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica, não é uma

simples transmissão de conhecimento, esse processo não configura-se apenas

no fato de que se ter um professor que ensina para o aluno que aprende. Ao

contrário, é uma relação recíproca na qual se destacam o papel do dirigente, do

professor e da atividade dos alunos (SILVA e NAVARRO, 2012).

Siqueira (2003) faz uma distinção entre dois tipos de professores. Segundo

ele, professores que não medem esforços para levar os seus alunos à ação, à

reflexão crítica, à curiosidade, ao questionamento e à descoberta são essenciais.

Professores, ou melhor, educadores que, ao respeitar no aluno o

desenvolvimento que este adquiriu através de suas experiências de vida

(conhecimentos já assimilados), idade e desenvolvimento mental, são

imprescindíveis.

8.3 METODOLOGIAS DE ENSINO

Urge revolucionar o sistema de ensino de tal maneira que seria levar todos

os alunos a adquirir, além dos conteúdos curriculares específicos de cada

disciplina, algumas qualificações essenciais para a vida como saber pensar, falar,

ouvir, fazer e muitos outros saberes (ANTUNES, 2002).

Muitos professores escrevem no seu plano de trabalho docente que o seu

método de ensino é “aula expositiva, dinâmica de grupo, trabalho dirigido,

questionamento oral”, etc. No entanto, o que de fato ocorre é que os

planejamentos são documentos “formulários” em que geralmente o professor

começa descrevendo a coluna dos conteúdos que já estão explícitos e ordenados

nos livros didáticos, posteriormente criam os objetivos de acordo com a

correlação dos conteúdos. De fato, o planejamento deveria ser criado ao

contrário; em primeiro lugar é necessário estabelecer os objetivos e depois

encontrar os conteúdos que operacionalizem. Por isso, há necessidade de

estudar que procedimentos e atividades possibilitarão, da melhor forma, que os

alunos atinjam o objetivo de aprender o melhor possível daquilo que se pretende

ensinar (LUCKESI, 1994).

É interessante que o professor reflita sobre o que diz, mas principalmente

sobre como diz, e também que o aluno aprenda a observar e a usar o seu dizer.

Falar mais rápido, ou sem pensar, nada significa se não há profundidade e

sensibilidade (ANTUNES, 2002).

Para Freire (2000), uma coisa é a ação educativa de um educador

desesperançado e outra é a prática educativa de um educador que se funda na

interdisciplinaridade, uma vez que o primeiro nega a existência da própria prática,

e o outro explicita certa opção metodológica e epistemológica.

A cultura popular, embora seja em geral ignorada nas escolas, não é uma

força insignificante na formação da visão que o aluno tem de si mesmo e de suas

relações com diversas formas de pedagogia e de aprendizagem. A pedagogia e

cultura popular conseguem juntas oferecer relevantes elementos teóricos que

possibilitam repensar a escolarização como uma viável e valiosa forma política

cultural (GIROUX e SIMON, 2005).

8.4 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

A idade dos “porquês” estimula o cérebro, mas infelizmente se encerra por

volta dos seis anos de idade. É importante que o aluno discipline os seus

“porquês” para a construção de respostas, por isso é essencial que o professor

estimule o aluno a se livrarem da condição de esperar a resposta pronta e

descubra no mestre aquele que jamais ensina o que se aprende sozinho, mas

que norteia caminhadas, aponta direções, ensina a pesquisar, a procurar em um

dicionário, a vasculhar uma enciclopédia, a entrevistar as pessoas certas em

ocasiões precisas, a navegar pela boa internet, enfim, a usar esse imenso saber

acumulado ao longo do tempo(ANTUNES, 2002).

A avaliação é capaz de oferecer um conhecimento sobre os alunos e sobre

seus processos de aprendizagem em contextos determinados, servirá como ajuda

valiosa para o desenvolvimento consciente da prática da aula e para adaptação

do ensino às condições do aluno, bem como para o tratamento de suas

dificuldades específicas (GONZÁLEZ, 2002).

Para Vasconcellos (1999), se o professor leva para a sala de aula uma

mediação fraca, mestificada, que não revela bem a estrutura do real, fica mais

difícil para o aluno chegar ao concreto. Portanto, antes de avaliar o aluno, é

preciso que o docente avalie sua própria pra tica de ensino.

8.5 A ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO

A educação está intimamente ligada à política e a cultura, por esta razão, o

currículo nunca é apenas um conjunto neutro de conhecimentos, que de alguma

forma saiu dos textos e é transmitida em sala de aula de uma maneira universal.

O mesmo é sempre parte de uma tradição seletiva, pois é produto das tensões,

conflitos e concessões culturais, políticas e econômicas que organizam e

desorganizam um povo (APPLE, 2005).

O currículo deve ser pensado como fator de mudança, que favorece o

processo de atenção à diversidade dos alunos, a partir das perspectivas de

projeto e desenvolvimento, além disto, ele deve estar delineado em nosso sistema

educacional e junto a uma proposta curricular compreensiva. Logo, o currículo é

um instrumento que a escola tem para se adaptar-se às necessidades dos alunos

(GONZÁLEZ, 2002).

É fundamental percebemos que já temos um currículo nacional com a

diferença de que o nosso é determinado pela complicada inter-relação entre as

políticas de adoção de livros didáticos do Estado e o mercado editorial que

publica estes livros (APPLE, 2005).

Luckesi (1994) descreve o significado do livro didático na prática

pedagógica, uma vez que este às vezes é assumido como uma “bíblia”, pois o

professor pode utilizar apenas o livro que é destinado, estando confinado e textos

e questões padronizadas. Os livros podem e devem ser usados, porém com a

criticidade, ultrapassando os elementos do senso comum e a crítica do próprio

livro para não haver submissão a ele.

Existindo ou não um currículo nacional, há, entretanto, um sentimento

crescente de que um conjunto padronizado de diretrizes e metas curriculares

nacionais é indispensável para “elevar o nível” e fazer com que as escolas sejam

responsabilizadas pelo sucesso ou fracasso de seus alunos (APPLE, 2005).

Desta maneira o currículo não é um documento pronto/acabado. Ele deve

contemplar sim os conteúdos básicos e traçar suas metas, mas para isto é

preciso conhecer a realidade escolar local a fim de inserir práticas pedagógicas

que de fato trará oportunidades de ensino aprendizagem.

Pensar no currículo é papel de todos os envolvidos na educação. Para

Vasconcellos (1998) no processo de transformação da escola e da realidade,

todos tem um papel a desempenhar, seja, professores, equipes de coordenação e

direção, alunos, pais, funcionários, supervisores, autoridades, comunidade local,

etc. o professor, no entanto, é um dos principais sujeitos responsáveis por esta

mudança do ensino, pois tem o contato direto com seus alunos, onde se

manifestam os problemas, é o profissional da educação e é potencialmente o

mais interessado a resolver estes problemas. Vasconcellos ainda ressalta:

A questão é o seguinte: o professor, se quer ser efetivamente professor, deve trabalhar com a realidade que tem em sala de aula; não adianta ficar se lamuriando, jogando a culpa aqui e acolá. São estes os aluno e com eles tem que trabalhar; é esta a escola, é este o país. Este é o ponto de partida, a realidade (pág. 95).

Ainda não se sabe todos os processos usados pela mente para aprender,

entretanto, não há dúvidas de que existem diferentes processos de aprendizagem

e de que é importante que todo professor os conheçam bem (ANTUNES, 2002).

9 PRÁTICA DOCENTE

A prática docente foi realizada nos dias 21 e 28 de novembro, no Colégio

Estadual Presidente Lamenha Lins, sob observação da regente Luciane

Machado, a qual avaliou a prática desenvolvida, como descreve o anexo IV deste

relatório.

A turma escolhida foi o 3º ano D, do período noturno. Esta turma possui 52

alunos matriculados, porém apenas 34 alunos são frequentes. No dia 21 de

novembro a turma estava com 30 alunos presentes e no dia 28 de novembro,

contava apenas com 19 alunos, pois neste período (fim de ano letivo), diminui a

permanência dos alunos em sala.

Como a professora já havia feito as avalições coube apresentar uma

revisão de conteúdos, pois alguns alunos estavam para a reavaliação. Logo,

selecionei o conteúdo das funções orgânicas oxigenadas e nitrogenadas. O anexo

V aponta o plano de aula desenvolvido.

Para a realização do experimento, os alunos foram convidados para uma

problematização inicial “pintar a unha e remover o esmalte sem a acetona”.

Inicialmente os alunos ficaram na expectativa de qual aluno seria o

voluntário para pintar uma de suas unhas, até que uma aluna se prontificou. Logo

na sequência ela perguntou “E se não sair? A profª tem acetona? É que a minha

acabou...”. Com isto, foi possível perceber que os alunos estavam receosos ao

experimento.

Sugeri então, que os alunos arrumassem uma maneira de remover este

esmalte sem o uso da acetona. Alguns alunos sugeriram para “arrancar nos

dentes quando secasse” ou “limpar no tecido assim que passasse o mesmo”.

Outro aluno sugeriu para passar álcool, foi então que uma aluna respondeu ao

seu colega “não adianta... não sai” e outro completou “agora o álcool só tem

água”.

Com este diálogo inicial os alunos começaram a perguntar da “nova

formulação do álcool que não pega fogo”, então, foi explicado que antes o número

de acidentes (queimaduras) causado pelo álcool era maior, pois a porcentagem

de água no álcool era menor. Com isto, os alunos relataram histórias de pessoas

que se queimaram usando o álcool de maneira incorreta.

Para o aluno que sugeriu usar o álcool para remover o esmalte, lhe

entreguei um algodão embebecido com álcool e solicitei para que limpasse a

unha da colega. Não deu certo.

Na sequência pedi para que um aluno tentasse remover o esmalte da aluna

com a solução formada. “Deu certo!” a aluna exclamou. Depois disso, outros

alunos queriam fazer o teste em sua própria unha.

Os próprios alunos queriam saber “porque deu certo”, foi então que pude

explicar a correlação do grupo funcional cetona, presente no açúcar (glicose)... A

descrição da atividade avaliativa proposta, para esta aula, está descrita no

apêndice I.

Quanto ao jogo didático, foi trabalhado com os alunos o quadro

comparativo das funções orgânicas, pois contempla o nome da função, grupo

funcional e nomenclatura específica, como descrita no apêndice II. Alguns alunos

comentaram que gostaram do material e perguntaram a regente se era possível

usá-lo no dia da prova de reavaliação.

Aos alunos foi explicado, que a partir do referido quadro, era possível

construir um jogo didático contemplando os conceitos nele abordado. Como o

tempo era curto, levei o jogo pronto, elaborado por alunos de outra escola. O jogo

possui 40 cartas diferentes, sendo 13 cartas que contemplam o nome da função

orgânica, 13 com o grupo funcional, 13 com a nomenclatura correspondente e 1

coringa. As figuras I e II demonstram um dos jogos.

Figura I: Jogo didático das funções orgânicas

Fonte: Arquivo pessoal

Neste dia, a turma foi composta por 19 alunos, sendo possível trabalhar

com cinco grupos de alunos que usaram os jogos “quimemória”, “qui-mico” e

“cachequímica”, descritos no apêndice IV.

Os alunos se envolveram com o jogo, preferindo o “cachequímica” (três

grupos). Inicialmente sentiram dificuldades, pois não se lembravam das

correlações de nome, função e terminação dos diferentes grupos funcionais. Por

esta razão, alguns alunos decidiram fazer duplas para juntos serem um único

jogador, auxiliando um ao outro.

Fiigura II: Jogo didático das funções orgânicas Fonte: Arquivo pessoal

Com este jogo, foi possível estabelecer um vínculo maior com os alunos,

pois a todo o momento me chamavam para mostrar quem estava ganhando,

apontar as trapaças de alguns colegas ou mesmo tirar dúvidas quanto às funções

orgânicas. Além disto, entre eles, foi possível perceber a ajuda do trabalho em

equipe, uma vez que decidiram se unir (fazer duplas) para “vencer o jogo”.

Não houve problemas de indisciplina de alunos. A maior dificuldade foi na

primeira aula ministrada, pois os alunos estavam no momento inicial de “avaliação

da estagiária” e receosos com o experimento. Como não sabia o nome dos

alunos, ficou mais difícil à aproximação entre os alunos. A relação professor X

aluno de uma forma mais próxima, só se constrói com o tempo, pois em ambas as

partes deve haver a confiança.

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sociedade vem sendo marcada por rápidas transformações econômicas

e sociais, portanto, estes processos interpõe diretamente ao indivíduo desde suas

necessidades humanas, qualidade de vida, efeitos ambientais, quanto a questões

culturais e econômicas, ou seja, por aquilo que interfere seu cotidiano. Assim, é

condescendente que o discente, perceba que a Ciência Química surge

intrinsecamente com o desenvolvimento do homem.

Porém cabe ao docente em química viabilizar meios ao discente, para que

este cinja as transformações químicas que transcendem no mundo físico e de

forma abrangente, possa julgar as informações advindas da tradição cultural, da

mídia e da própria escola a fim de tomar decisões enquanto cidadãos. Portanto,

não basta formar pessoas que tenham conhecimento em química. É preciso

formar indivíduos críticos, capazes de produção do saber autônomo, visando

primordialmente o interesse social e as necessidades a fim.

Os alunos, especialmente os mais jovens, estão acostumados a aprender,

no mundo, por meio dos sons, das imagens, das cores. Envolve o lado afetivo,

emocional e o lado cognitivo, racional, lógico e analítico. Portanto, a metodologia

de ensino deve ser constantemente analisada e criticada pelo próprio docente e

toda equipe pedagógica, a fim de infligir melhorias na metodologia delineada ao

plano de trabalho docente.

No PTD (Plano de Trabalho Docente) em relação à avaliação, os critérios

devem condizer com os objetivos dos conteúdos descritos no mesmo e não aos

instrumentos de trabalho. No atual sistema educacional é imprescindível a

valoração das atividades elaboradas, portanto, as mesmas não devem ser os

únicos meios para a avaliação do aluno.

Como descreve Pimenta (2010), o estágio foi uma fonte de reflexão e discussão

sobre os aspectos teórico-práticos do processo de ensino e aprendizagem, porém a

realidade escolar depende de cada escola ou mesmo de cada turma.

11 REFERÊNCIAS

ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender.

Editora Artmed. Porto Alegre – 2002.

APPLE, Michael W. In_MOREIRA, Antonio Flávio. SILVA, Tomaz Tadeu da Silva.

Currículo, cultura e sociedade. Editora Cortez. Capítulo III, 8ª edição. São Paulo

– 2005.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: Cartas pedagógicas e outros

escritos. Editora UNESP. São Paulo – 2000.

GIROUX, Henry A. SIMON, Roger. In_MOREIRA, Antonio Flávio. SILVA, Tomaz

Tadeu da Silva. Currículo, cultura e sociedade. Editora Cortez. Capítulo IV, 8ª

edição. São Paulo – 2005.

GONZÁLEZ, José Antonio Torres. Educação e diversidade: Bases didáticas e

organizativas. Editora Artmed. Porto Alegre – 2002.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. Editora Cortez. São Paulo –

1994.

PARANÁ. SUED/SEED. Consulta escolas. Disponível em<

http://www.consultaescolas.pr.gov.br/consultaescolas/f/fcls/escola/visao> Acesso

em novembro de 2013e.

PARANÁ. SUED/SEED. A Associação de Pais, Mestres. Disponível em<

http://celepar7.pr.gov.br/apm/modelo_apm.asp> Acesso em novembro de 2013b.

PARANÁ. SUED/SEED. Subsídios para elaboração do estatuto do conselho

escolar. 2ª edição, Curitiba, 2009. Disponível em<

http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/estatuto_conselho_es

colar_2ed.pdf> Acesso em novembro de 2013c.

PARANÁ. SUED/SEED. Grêmio Estudantil - O que é? Disponível em

<http://www.alunos.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=

145> Acesso em novembro de 2013d.

PARANÁ. SUED/SEED. Instâncias Colegiadas - Grêmio Estudantil. Disponível

em<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?

conteudo=7> Acesso em novembro de 2013e.

PARANÁ. SUED/SEED. Instrução nº 007/2010. Disponível em

<http://www.nre.seed.pr.gov.br/amsul/arquivos/File/gestao/Instrucao_007_PPP.pd

f> Acesso em novembro de 2013f.

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: Unidade

teoria e prática? Editora Cortez. 9ª edição. São Paulo – 2010.

SILVA, Ormenzina Garcia. NAVARRO, Elaine Cristina. A relação professor-aluno

no processo ensino –aprendizagem. Revista Eletrônica da Univar, n.º8 Vol – 3.

Ano de 2012. Páginas 95 -100

SIQUEIRA, Denise de Cássia Trevisan. Relação professor – aluno: uma revisão

crítica. Revista integração: ensino, pesquisa, extensão. Ano IX, nº 33.

Maio/2003. Páginas 97 a 101.

VASCONCELLOS, Celso. Planejamento: Projeto de ensino-aprendizagem e

projeto político-pedagógico. Editora Libertad. 6ª edição. São Paulo, 1999.

VASCONCELLOS, Celso. Para onde vai o professor? Resgate do professor

como sujeito de transformação. Editora Libertad. 6ª edição. São Paulo, 1998

.

ANEXOS

ANEXO I: Plano de ação do estágio supervisionado

ANEXO II: Ficha de presença

ANEXO III: Relatório de observação de aula

ANEXO IV: Ficha de avaliação da regência

ANEXO V: Plano de aula

Professor Avaliador: MARTA REJANE PROENÇA FILIETAZ Assinatura do Professor Avaliador:________________

ANEXO V

PLANO DE AULA

Colégio: ESTADUAL PRESIDENTE LAMENHA LINS

Aluna/Estagiária: KARINA CORREIA MORAIS

Disciplina: QUÍMICA Duração da Aula: 4h/AULA

Ano/série: 3º ANO DO ENSINO MÉDIO Data: 21 e 28 DE NOVEMBRO

CONTEÚDO: Funções orgânicas oxigenadas e nitrogenadas.

OBJETIVOS: Diferenciar as diferentes funções orgânicas; Relacionar os conteúdos adquiridos em seu cotidiano.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

RECURSOS UTILIZADOS

CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS

DE AVALIAÇÃO

INTRODUÇÃO: Depois do carbono e do hidrogênio, o oxigênio é o elemento de

maior presença nos compostos orgânicos. As funções orgânicas também estão

Quadro giz.

Quadro

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Diferencia as cadeias

presentes em uma infinidade de compostos de grande importância biológica, como

no amido dos cereais, óleos vegetais, gordura animal, bebidas alcoólicas, além disto,

em plásticos, perfumes, fibras têxteis sintéticas, etc. Logo, o aluno poderá abalizar

aspectos químicos que estejam envolvidos na interação do ser humano com o

ambiente.

O nitrogênio é um elemento fundamental para a vida na terra. Compostos

nitrogenados mais complexos desempenham funções biológicas muito importantes,

pois aparecem em aminoácidos, proteínas, enzimas, etc. Na indústria é usado para

fabricar produtos sintéticos como medicamentos, explosivos e plásticos.

É por meio de reações que as indústrias químicas elaboram muitos produtos de uso

do cotidiano, como plásticos, tecidos sintéticos, borrachas, perfumes, aditivos

alimentares, medicamentos, dentre outros.

DESENVOLVIMENTO: Faz-se necessário a utilização de modelos e quadro de

resumos comparativos, desenhos e esquemas, para a classificação das funções

orgânicas. Uma demonstração prática servirá para elucidar a transformação química

entre o álcool e o açúcar. Será trabalhado com diferentes jogos didáticos “quimico”,

“quimemória”, “cachequímica”, para fixar as principais funções orgânicas.

ESTRATÉGIAS: Como surgiu nesta turma um momento de indisciplina em relação

ao uso da acetona em sala de aula, a demonstração da formação de um removedor

de esmaltes, servirá para aproximar mais o aluno ao seu cotidiano. O uso do jogo

didático será uma forma lúdica e divertida para relembrar as funções orgânicas já

vistas no decorrer do ano letivo.

comparativo das

funções

orgânicas.

Jogo didático das

funções

orgânicas.

Aula experimental

(laboratório).

carbônicas de acordo com o

grupo funcional, estrutura

(ligações e radicais) e pela

nomenclatura IUPAC. Escreve

as fórmulas estruturais planas

a partir da nomenclatura.

Utiliza os conceitos adquiridos

com o seu cotidiano.

Consegue identificar os

diferentes grupos funcionais

estudados através do jogo

didático.

INSTRUMENTOS

AVALIATIVOS: Elaboração de

um relatório (em grupo) sobre

a aula prática. Interação com o

uso do jogo didático (em

tempo maior, pedir para que

os alunos construam o seu

próprio jogo).

REFERÊNCIAS:

PERUZO, F. M. CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. Volume 3 – Química orgânica. Editora Moderna – 4ª edição. São

Paulo, 2010.

PEQUIS. Química cidadã. Volume 3. Editora Nova Geração. 1ª edição. São Paulo, 2010.

OBSERVAÇÕES: Esta aula contempla todas as funções, pois serve como aula de revisão para a prova da docente.

ANEXO VI: Plano de trabalho docente - Regente

APÊNDICE