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LEIRIA-FfiTI MA Órgão Oficial da DioCClSCl

Ano VIII • N. Q 24 • Setembro-Dezembro 2000

DIRECTOR AMÉRICO FERREIRA

CHEFE DE REDACÇÃO JOSÉ ALMEIDA SOUSA

ADMINISTRADOR HENRIQUE DIAS DA SILVA

CONSELHO DE REDACÇÃO BELMIRA DE SOUSA

JORGE GUARDA LUCIANO CRISTINO

MANUEL MELQUÍADES SAUL GOMES

PERIODICIDADE QUADRIMESTRAL

PROPRIEDADE E EDIÇÃO DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO SEMINÁRIO DIOCESANO DE LEIRIA

2410 LEIRIA _ . TELEF. 244832760

ASSINATURA ANUAL - 2.000$00

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Actos Episcopais .. . . . . . . .... . . ........... ..... .... ........... ... ..... ..... ........... ......... 163

Carta do Sr. Bispo aos Padres que presidem ao Terço transmitido de Fátima pela Rádio Renascença . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....... .... ... 165

Carta do Sr. Bispo aos Padres Confessores do Santuário de Fátima 166

Carta do Sr. Bispo dirigida ao Clero Diocesano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167

Carta da Congregação dos Bispos sobre o Relatório Quinquenal. . . 169

Sínodo Diocesano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171

4 ' Guião Sinodal de Leiria·Fátima.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173

Carta do Vaticano sobre a Beatificação dos Pastorinhos ... . . . . . . . . . . . . . 176

Vida Eclesial. . . . . . . . ....... ..... ........... ... . ............ ...................... .. ...... ....... 177

Aniversário da Eleição do Papa João Paulo II.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182

Relatórios de Actividades 1999 / 2000.............................................. 183

Carta do Sr. Reitor do Seminário Diocesano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . 222

Declaração ,Dominus Jesus'.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223

Celebrar a Fé na ausência do Presbítero.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230

Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria . . . . ... . . . . . .. 236

Índice Geral .... . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 237

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ACTOS EPISCOPAIS 1. VIGÁRIOS DA VARA

Tendo expirado o tempo do mandato dos actuais Vigários da Va­ra da Diocese, havemos por bem, depois de ter ouvido os sacerdotes das respectivas zonas pastorais, unir numa só as Vigararias de Ou­rém e Caxarias e nomear os seguintes Vigários da Vara:

- Para a Vigararia da Batalha o Rev.º Pe. José Ferreira Gonçal-ves.

- Para a Vigararia de Colmeias o Rev.º Pe. Martinho Manuel Vieira.

- Para a Vigararia da Fátima o Rev.º Pe. António Ramos. - Para a Vigararia de Leiria o Rev.º Pe. Joaquim de Almeida

Baptista. - Para a Vigararia da Marinha Grande o Rev · Pe. Alcides Ro­

cha Santos Neves. - Para a Vigararia dos Milagres o Rev.º Pe. Vítor José Mira de

Jesus. - Para a Vigararia de Monte Real o Rev.o Pe. José Martins Al-

ves. - Para a Vigararia de Ourém o Rev.º Pe. António da Piedade

Bento. - Para a Vigararia de Porto de Mós o Rev.º Pe. Manuel Pedro­

sa Melquíades.

Agradecemos aos vigários cessantes todo o empenho que puse­ram na sua missão e recomendamos aos que entram em exercicio no dia 1 de Outubro 2000, dia da Diocese, a mais ampla e dinãmica soli­citude apostólica na respectiva unidade pastoral, à luz da sinodalida­de e da formação permanentes. Convocamos os agora nomeados Vigários para uma reunião, na Casa Episcopal, das 10 às 16 horas do dia 16 de Outubro. Entretanto proceder-se-á à adequada transferên­cia de haveres e elaboração de planos/programas de acção pastoral.

Leiria, 28 de Agosto de 2000, dia de Santo Agostinho.

t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA Bispo de Leiria-Fátima

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ACTOS EPISCOPAIS ___________________ _

2. vÁRIAS NOMEAÇÕES Tendo ponderado cuidadosamente e ouvido conselho, dentro do

âmbito da pastoral de conjunto na nossa Diocese, havemos por bem:

L Nomear Responsável Pastoral ou Capelão (c. 564) da Comu­nidade da Cruz da Areia, paróquia da Sé, Leiria, o Rev. P. CRISTIA­NO JOÃO RODRIGUES SARAIVA, que até ao presente tem sido Pároco de Souto da Carpalhosa e da Ortigosa. Exercerá as suas fun­ções na perspectiva de, quanto antes, ouvido o Conselho Presbiteral (c. 516 § 2), a referida unidade pastoral poder ser criada quase paró­quia (c. 516 § 1), com a determinação dos seus limites provisórios, e posteriormente paróquia, segundo as indicações canónico-pastcrais.

2_ Nomear Pároco da Ortigosa o Rev. Mons. Cónego HENRI­QUE FERNANDES DA FONSECA, que foi Vigário Geral da Dioce­se e exerce diversas funções nos serviços centrais da Diocese.

3. Nomear Pároco de Souto da Carpalhosa o Rev. P. FRANCIS­CO JOSÉ DOS SANTOS PEREIRA, que tem sido Vigário paroquial de Marrazes.

4_ Nomear Vigário paroquial de Soutc da Carpalhosa o Rev. P. MANUEL VÍTOR DE PINA PEDRO, que continua Pároco de Carnide.

5_ Nomear Director do Secretariado da Pastoral Juvenil o Rev. P. ORLANDINO BARBEIRO BOM, que tem sido Vigário paroquial de Souto da Carpalhosa e Ortigosa, e vai substituir o Rev. P. VIRGÍ­LIO DO ROCIO FRANCISCO.

6. Nomear Presidente da Comissão Diocesana das Migrações e Turismo o Rev. P. SÉRGIO FELICIANO DE SOUSA HENRIQUES, acumulando com as funções de Vigário paroquial da Marinha Grande.

7_ Nomear Assistente Regional do CNE na Diocese o Rev. P. JO­SÉ HENRIQUE DOMINGUES PEDROSA, que continua Vigário pa­roquial da Sé de Leiria.

Agradecemos todo o trabalho realizado, e rezamos pelos bons frutos da solicitude pastoral de cada um nas suas novas funções.

Leiria, 30 de Setembro 2000, MO de S. Jerónimo.

t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA Bispo de Leiria-Fátima

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CARTA DO SENHOR BISPO AOS PADRES QUE PRESIDEM

AO TERÇO TRANSMITIDO DE FÁTIMA PELA

RÁDIO RENASCENÇA Ex.mo e Rev.mo Senhor:

Manifesto o meu apreço e agradecimento pelo bom serviço de presidir à celebração do TERÇO na capelinha das aparições de Fá­tima às 18, 30 horas e com transmissão pela RR.

Recebo cartas de louvor e outras que criticam pormenores. Que­remos melhorar.

As meditações devem ser breves e incisivas. Em diálogo com a vida. Sem esquecer a Igreja particular e a Igreja universal. No mun­do. É preferível que sobre algum tempo, depois das três Ave Marias finais e da Salve Rainha, para eventual recomendaçãolconclusão e despedida, pelas 18.59 horas.

O esquema do Terço e os textos devem ser os tradicionais. O rit­mo de quem preside deve corresponder ao de quem responde. Com boa articulação. Assim:

PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOMEIII VENHA A NÓS O VOSSO REINOIII SEJA FEI­TA A VOSSA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NO CÉUIII O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJEIIIPERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDOIII E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTA­ÇÃOI MAS LIVRAI-NOS DO MALlII AMEN.

AVE MARIA CHEIA DE GRAÇA O SENHOR É CONVOSCOIII BENDITA SOIS VÓS ENTRE AS MULHERES E BENDITO É O FRUTO DO VOSSO VENTRE JESUS.

SANTA MARIA MÃE DE DEUSI ROGAI POR NÓS PECADO­RESI AGORA E NA HORA DA NOSSA MORTEII AMEN.

GLÓRIA AO PAI E AO FILHO E AO ESPÍRITO SANTO. ASSIM COMO ERA NO PRINCípIO AGORA E SEMPRE

AMEN!

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CARTA DO SENHOR BISPO AOS PADRES ______________ _

A celebração deve ser alegre e viva, à luz da Esperança. Sem es­quecer a Mensagem e os pastorinhos. A alternância de vozes e a par­ticipação de crianças dão mais beleza e acrescem valor à vivência. Oxalá que o JUBILEU seja pretexto para nos encontrarmos e cele­brarmos.

Renovo agradecimentos e apresento saudações jubilares in JC.

Leiria, 13 de Agosto de 2000.

t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA Bispo de Leiria-Fátima

CARTA DO SENHOR BISPO AOS PADRES CONFESSORES DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA

Rev.mo Senhor

Gostei muito de me encontrar no pp. dia 4 de Agosto, MO de S. João Maria Vianney, com os Confessores do Santuário de Fátima.

Quero agradecer e apreciar, mais uma vez, este prestimoso ser­viço.

Não preciso de lembrar os documentos do magistério, nem de su­blinhar a beleza do mistério, nem de encarecer a grandeza do minis­tério . . .

Desde sempre a Pastoral de Fátima prestou especial atenção a este Sacramento da Reconciliação. E têm sido muitos os Confessores e quase mártires. A todos presto Homenagem.

Singelamente poderei recordar que o Sacerdote Confessor exer-ce, uin persona ChristiJJ, o ministério

- do Bom Pastor, que acolhe e encaminha, - do Bom Samaritano, que atende e cura, - do Pai do filho pródigo, que festeja o regresso, - do Juiz que ilumina o discernimento e celebra o perdão (cfr.

CIC 1465).

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_______________ CARTA DO SENHOR BISPO AOS PADRES

o ministro do Sacramento da Penitência

- é sinal e instrumento do amor misericordioso de Deus, - não é dono, mas servidor, do perdão de Deus, - deve agir com respeito e delicadeza para com o penitente (cfr.

ele 1466). - precisa de ser fiel ao Magistério, revestir-se de paciência e fa­

zer as perguntas necessárias, com prudência e discrição (eDe, p. 79).

Uma celebração da penitência não precisa de ser longa, mas também não pode ser apressada. Ouso recomendar duas palavras que correspondem ao salutar estado de espírito: serenidade e serie­dade; por mera coincidência as duas palavras têm as mesmas letras; só sobeja o c, que é a primeira letra de competéncia; e esta, por sua vez deverá ser adjectivada de doutrinal e pedagógica.

Muito agradeço o trabalho de VR e rezo pelas suas in tenções.

Leiria, 14 de Agosto de 2000, MO de S. Maximiliano Maria Kolbe.

t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA

Bispo de Leiria-Fátima

CARTA DO SENHOR BISPO DIRIGIDA AO CLERO

DIOCESANO Reverendíssimo Senhor:

L eontinua(rá) em estudo a possível remodelação das vigararias territoriais, unidades de acção pastoral de conjunto (cc. 553-555), que devem ser apoiadas e desenvolvidas.

Da reflexão dialogal já feita, conclui-se e aceita-se que as viga­rarias de Ourém e Caxarias sejam fundidas numa só, com o mesmo Vigário. As outras propostas/alterações serão cuidadosamente rea­nalisadas e ponderadas, mesmo que caso a caso.

Porque está terminando o mandato dos actuais Vigários da va­ra e se aproxima o ano pastoral 2000/2001, venho solicitar a VR o fa-

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CARTA DO SENHOR BISPO AOS PADRES

vor de indicar o nome do Sacerdote, da sua área de residência, que julgue mais idóneo para poder assumir tais funções. A resposta de­verá chegar-me às mãos, an tes do final do corren te mês.

2_ No edifício da Alfândega do Porto está aberta (das 10 às 12 h. e das 14 às 19 h.) a EXPO 2000 - CRISTO FONTE DE ESPERANÇA.

A pedido/sugestão de vários membros do Clero, está previsto que o autocarro do Santuário de Fátima parta de Fátima às 7.30 h. e do Seminário diocesano às 8 h. do dia 21 deste mês de Julho, 6 .. feira. Quem quiser inscrever-se, deverá fazê-lo quanto antes para esta ca­sa. A visita ocupará toda a manhã, com um Guia. O almoço será por conta de cada um, nos muitos restaurantes típicos da zona. A parti­da de regresso será às 16 horas. O restante tempo ficará ao dispor de cada um, ou de grupos, para uma 2.ª visita à expo, ou ver outros pon­tos de interesse naquela parte da velha cidade, por exemplo, a igreja de S. Francisco, o palácio da Bolsa, a Ribeira, a igreja dos Clérigos, etc . .

3. Os Rev. Párocos serão procurados pela Sr.' Eng.' Almerinda Antas, da empresa Valorlis, que deseja solicitar preciosa colabora­ção na perspectiva da educação cívica.

4. Todas as informações para o Calendário/Anuário diocesano 2000-200 1 deverão ser mandadas até finais do corrente mês.

5. Encontra-se à venda a edição portuguesa de "A Mensagem de Fátima", da Congregação da Doutrina da Fé. Estão expostas no Centro Pastoral Paulo VI as fotografias da Visita do Papa para a Bea­tificação dos Pastorinhos.

Oxalá que possa ter algumas merecidas férias, e recomeçar o ano pastoral com mais coragem, nesta nossa querida Diocese em Sínodo.

Jubilares cumprimentos in JC,

Leiria, 8 de Julho de 2000.

t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA

Bispo de Leiria-Fátima

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CARTA DA CONGREGAÇÃO DOS BISPOS SOBRE

O RELATÓRIO QUINQUENAL Publicamos na íntegra a carta dirigida a Sua Excelência Reveren­

díssima Dom Serafim de Sousa Ferreira e Silva - Bispo de Leiria-Fáti­ma, pela Congregação dos Bispos, após a Visita "ad Limina" do ano passado.

Excelência

Este Dicastério examinou com interesse o Relatório quinquenal, que Vossa Excelência enviou à Santa Sé em preparação da Visita "ad Limi­na» do ano passado, e apreciou as informações muito ilustradoras sobre o estado da Diocese de Leiria-Fátima. Peço a sua generosa compreensão se, por motivos alheios à nossa vontade, não lhe foi respondido antes.

Esta breve resposta, que tenho a honra de enuiar-lhe, quer ser uma expressão da solicitude paterna do Papa e da Sua caridade e serviço em re­lação a todas as dioceses. De facto, o Relatório, que é parte integrante da Visita "ad Limina", não somente representa um meio significativo da co­munhão entre a Diocese de Leiria-Fátima e a Santa Sé, mas também aju­da o Santo Padre e os seus mais estreitos colaboradores no serviço à Igreja universal a compreenderem e a acompanharem as situações, os problemas e as iniciativas da sua Igreja particular.

Graças a Deus, a população da sua diocese goza. de um relativo bem­--estar e o crescimento económico, industrial e cultural ajudou a superar al­guns problemas sociais preocupantes, como o desemprego, a pobreza e a emigração. Também noto, com alegria, que a diocese entrou num processo de renovação de suas estruturas pastorais e administrativas, mas sobretu­do da vida eclesial e religiosa do clero e dos fiéis. E isto se deve principal­mente ao Sínodo Diocesano que Vossa Excelência convocou em 1996, depois de longa preparação, e que está propiciando o despertar de um grande e efectivo interesse das forças vivas das paróquias e dos movimentos eclesiais pela vida da Igreja; cresce a participação dos leigos, dos grupos e movimen­tos apostólicos nas actividades pastorais e não faltam iniciativas destina­das à sua formação. O Santuário de Nossa Senhora de Fátima continua a ser um ponto de referência importante para a Igreja na sua diocese e em Portugal, e um centro privilegiado de irradiação da evangelização e da pie­dade mariana.

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CARTA DA CONGREGAÇÃO DOS BISPOS

Graças a Deus, os sacerdotes ainda sâo tantos e são animados de bom espírito e de zelo apostólico: há numerosas religiosas e as vocações sacerdotais estão até mesmo a aumentar, Isto certamente é uma graça especial e um motivo de alegria e conforto para o Pastor diocesano.

O Sínodo ajudou a destacar alguns aspectos da vida diocesana, que deverão continuar a merecer a atenção pastoral prioritária nos próximos a1WS: a pastoral das vocações, a formação permanente do clero e dos lei­gos, em especial das famílias e dos jovens; e a liturgia deverá promover sempre mais a integração da fé com a vida quotidiana. Evidentemente, a evangelização aprofundada e a constante catequese, para esclarecer e reforçar a fé e as convicções cristãs dos fiéis, são necessárias para fazer frente a uma certa mentalidade secularizada, que leva à indiferença re­ligiosa e ao relativismo moral.

Caro Dom Serafim, desejo que Deus sustente e conforte o seu cora­ção de Pastor neste tempo abençoado que a Igreja está a atravessar. Fa­ço votos para que também na sua diocese a celebração do Grande Jubileu do ano 2000 seja um tempo de graça, um "tempo favorável" para tomar consciência dos bens recebidos e agradecer à Santíssima Trindade; seja igualmente um tempo propício para promover a "'nova evangelização", para a qual o Santo Padre, tão ardorosamente e com tão grande e belo exemplo pessoal, convoca toda a Igreja. Tanto mais essa diocese é convi­dada a fazê-lo com generosidade, pois terá em breve o privilégio de rece­ber novamente a visita do Sucessor de S. Pedro, que beatificará os pastorinhos da Cova da Iria.

Tenho a satisfação de comunicar-lhe que o Santo Padre, ao qual relatei sobre o estado da Diocese de Leiria-Fátima, abençoa Vossa Exce­lência e o encoraja paternalmente a continuar COm generosidade e con­fiança o caminho pastoral que a sua comunidade diocesana já faz, estendendo a Sua Bênção Apostólica ao clero, aos religiosos, às religio­sas, aos seminaristas e a todos os fiéis.

Ao mesmo tempo que invoco a bênção do Deus Trindade e a espe­cial protecção de Nossa Senhora de Fátima sobre a sua pessoa e sobre to­da a sua Igreja particular, também aproveito a oportunidade para manifestar--lhe os meus sentimentos de fraterna e sincera estima e para confirmar-me seu, em Cristo,

Vaticano, 29 de Março de 2000. irmão e servidor

asso t Lucas Cardo Moreira Neves Pref

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SÍNODO DIOCESANO NOVA ETAPA DE REFLEXÃO SINODAL

"Brilhe a vossa luz diante dos homens" A caminhada sinodal da nossa Diocese vai entrar n uma nova fa"

se, que pensamos ser a última, A presença e acção dos cristãos e da Igreja no mundo constitui o tema para a reflexão e revisão de vida a realizar nos grupos, já constituídos ou a formar, em todas as paró­quias, movimentos e organismos, Já está concluído um guião para o apoio dos grupos neste trabalho,

No início desta fase, serve-nos de motivação a palavra de Jesus aos Seus discípulos: "Brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus" (Mt 5, 16),

Esta palavra evangélica, acolhida hoje pela Igreja de Leiria-Fá­tima, dá o sentido da nossa presença e acção no mundo: para que a luz de Cristo brilhe na vida dos cristãos e nas suas comunidades e, assim, os homens a vejam e conheçam, a ponto de darem glória a Deus! Atinge-se aqui, também, o objectivo do Jubileu do ano 2000 que toda a Igreja está a viver e que visa, no dizer do Santo Padre, a "glorificação da Santíssima Trindade",

A luz dos cristãos, não é outra senão a de Jesus Cristo, que dis­se: "Eu sou a luz do mundo. Quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8, 12). É, portanto, Jesus Cristo que os cristãos manifestam, na medida em que estão cheios da Sua luz, is­to é, em comunhão com Ele e iluminados pela fé.

As boas obras, irradiação de luz Não é apenas através de belas palavras ou de discursos infla­

mados que os cristãos fazem brilhar a sua luz. É, sobretudo, pelas suas obras. Estas é que hão--de impressionar os homens e mulheres dos nossos dias e levá-los ao conhecimento de Deus, Tais obras são o fruto da luz, que, no dizer de S. Paulo, "está em toda a espécie de bondade, justiça e verdade" ( 1 Jo 2, 10).

O trabalho de reflexão sinodal deverá levar toda a Diocese a tor­nar mais viva a luz de Cristo na vida de cada cristão e de todas as co-

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SÍNODO DIOCESANO ___________________ _

munidades. E também a discernir o que, nos "vários mundos" da nos­sa sociedade, precisa de ser promovido, corrigido ou evitado, para ne­la desempenharmos a nossa missão enquanto discípulos de Jesus Cristo.

A missão da Igreja diocesana no mundo actual é, ao mesmo tem­po, comunitária e pessoal: envolve todos e cada um dos cristãos, on­de quer que eles se encontrem. Nenhum campo do nosso mundo nos é alheio. A luz evangélica de que somos portadores deve brilhar tan­to no mundo do trabalho como no do desporto ou da política. E tam­bém no seio da família e através da comunidade familiar. E ainda perante os que professam outros credos e mesmo os meios de comu­nicação social.

Em todo e qualquer lugar, pessoalmente ou em grupos, com res­peito e amor pelos outros e sem ostentação, como quem oferece o seu melhor tesouro ao próximo, "brilhe a vossa luz diante dos homens . . . para que glorifiquem o Pai".

Na reflexão em grupos, vamos examinar as obras da nossa Igre­ja, nos seus membros e nos seus serviços e instituições, a nível paro­quial ou diocesano: em que medida são boas e nelas brilha visivelmente a luz de Cristo?

É uma tarefa exigente. Façamo-Ia como uma missão recebida do Senhor Jesus, inspirada e assistida pelo Seu Espírito

Pe. Jorge Guarda

NOTÍCIAS BREVES:

Em 16/10 foi a reunião de Vigários da Vara. Ficaram marcadas as pr reuniões para 29/ 1 e 14/5.

No dia 30/ 10 reuniu o Conselho Presbiteral. A pr reunião será a 19/2.

o 1.º curso de formação permanente do Clero foi de 23 a 27/ 10. O 2.º curso será de 20 a 24/11. O tema é a Santíssima Trindade.

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4.º GUIÃO SINODAL DE LEIRIA-FÁTIMA

"Iguais a todos ... diferentes na fé" Está pronto o 4.2 guião para o trabalho nos grupos sinodais, so­

bre a presença da Igreja no Mundo, com o título "Iguais a todos . . . di­ferentes na fé".

Depois de, nas fases anteriores, nos termos aberto à revelação de Deus, sem o qual não podemos caminhar, e de nos termos sensi­bilizado para as celebrações da fé, como fontes de vida para cami­nhar, resta-nos saber como dar testemunho dessa fé e transmitir essa vida, na comunidade cristã e no mundo concreto em que vive­mos, como cristãos da Igreja de Leiria-Fátima.

Em Setembro será apresentado nas vigararias, em encontros para os quais serão convidados os membros da Assembleia, os pa­dres ao serviço das paróquias, os Conselhos Pastorais e os animado­res de grupos sinodais.

Outro encontro de apresentação será feito, também em Setem­bro, para os padres em serviço não paroquial, dirigentes diocesanos de movimentos e serviços e superiores das comunidades religiosas.

Prevê--se que o trabalho dos grupos decorra entre Outubro e De­zembro, devendo as respostas dos grupos chegar ao Secretariado do Sínodo o mais tardar até ao dia 6 de Janeiro de 2001. Isto porque a 4.' sessão da Assembleia Sinodal será, em princípio, nos dias 2 a 4 de Fevereiro de 2001.

Temas do guião Em primeiro lugar, sabemos que a Igreja só tem credibilidade

como "sinal e sacramento do Reino de Deus" quando os sinais desse Reino são visíveis nela. Se vamos falar de abertura a todos, a nossa reflexão tem de começar, antes de mais, no seio da própria Igreja, na comunhão entre os cristãos. Este é o primeiro tema do guião, em que procuraremos responder à questão: Será que, nas nossas comunida­des, todos são respeitados e acolhidos como pessoas, com um amor sem discriminações, corno é o amor de Deus?

Depois, conscientes de que este amor implica uma abertura a to­dos os que vivem ao nosso lado, independentemente da sua vivência

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4." GUIÃO SINODAL DE LEIRIA.FÁTIMA ______________ _

religiosa, iremos reflectir sobre a forma como somos testemunhas ­sal e luz - no Mundo (sociedade) em que vivemos. Assim, o segun­do tema é dedicado à "Vida Moderna", onde tentaremos descobrir que valores e contravalores vivemos hoje e que iluminação lhes pode tra­zer uma vida à luz da fé.

Mas a "sociedade" é muito complexa e abrangente, já que nela se fundem todos os aspectos da vida do homem. Por ser impossível esgotar a sua análise neste guião, tivemos que optar por algumas áreas sociais, e escolhemos 10 "mundos" dentro do Mundo: O "mun­do" da Família; O "mundo" da Política e Intervenção Social; O "mun­do" do Trabalho e das Empresas; O "mundo" da Educação; O "mundo" da Saúde; O "mundo" da Comunicação Social; O "mundo" da Cultu­ra e da Arte; O "mundo" da Ecologia; O "mundo" do Desporto; O "mundo" das Religiões.

Como sabemos, não se podem separar estes "mundos" uns dos ou­tros, já que todos se relacionam e se cruzam no nosso dia a dia. Mes­mo em cada um deles, muito mais poderíamos dizer e reflectir. Mas não pretendemos ser exaustivos, nem apresentar um "manual da so­ciedade", apenas centrar a reflexão no que consideramos essencial.

Método usado Ao iniciar cada tema, iremos acompanhar um momento da vi­

da duma família: o casal Artur e Teresa e os seus 3 filhos:

Tiago, Inês e Patrícia. Não são uma família modelo, nem para o bem nem para o mal. Poderia ser a família de qualquer um de nós .. . Assim, O primeiro texto será sempre um episódio desta família, a partir do qual poderemos estabelecer algum paralelismo com a nos­sa própria vida e retirar algumas conclusões acerca do tema em dis­cussão.

Depois, num pequeno comentário, são destacados alguns pon­tos fundamentais. É incluída também a perspectiva da Igreja sobre o tema em causa, sobretudo nos documentos do II Concílio do Va­ticano.

Após o texto e o comentário, são propostas 2 questões. A pri­meira, mesmo que dividida em vários pontos, deve ser lida na glo-

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4.� GUIÃO SINODAL DE LEIRIA-FÁTIMA

balidade e serve de ajuda para centrar o debate no essencial. A se­gunda merece reflexão mais ponderada e deve ser respondida por todos os grupos, como contributo válido para a renovação que pro­curamos.

Finalmente, propomos alguns textos ou cânticos para um mo­mento de oração, que poderão ser substituídos por outros que o ani­mador ou outro elemento do grupo ache apropriados ao tema em discussão. A oração pode fazer-se após a discussão do tema, antes de responder às questões, ou no final do encontro.

Abertura a todos . . . já nos grupos

Cada encontro deverá decorrer em clima de acolhimento mú­tuo, franco e construtivo. Para além da crítica, devem procurar-se propostas de renovação.

Para que a Igreja viva o amor de Cristo, esse amor deve fomen­tar-se, desde já, nos grupos sinodais.

Os animadores poderão, desde já, começar a informar os mem­bros dos seus grupos deste trabalho . . .

(Do "Boletim Informativo")

XIII JORNADAS DA PASTORAL FAMILIAR

Ainda em ambiente de celebração jubilar, e após a par­ticipação de alguns casais e famílias no III Encontro Mundi· al do Papa com as Famílias, em Roma, decorreram em Fátima, de 21 a 22 de Outubro, as XlII Jornadas da Pastoral Familiar.

O tema que presidiu à reflexão desses dias foi "O Domin­go, dia do Senhor e da Família".

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CARTA DO VATICANO SOBRE A BEATIFICAÇÃO

DOS PASTORINHOS o Mestre das Celebrações Litúrgicas do Papa escreveu ao Sr. Bispo

de Leiria-Fátima uma carta que reproduzimos:

Città deI Vaticano, 18 maggio 2000.

Eccellenza Reverendissima,

AI rientro dalla Visita deI Santo Padre a Fátima, sono lieto di poter presentare a Vostra Eccellenza le pili vive felicitazioni per la buona rius­cita delIa celebrazione eucaristica COD la beatificazione dei due Pastorelli, nelIa grande spianata deI san tua ria.

La Santa Messa, come pure iI breve momento di preghiera di ve­nerdl sera alla Cappellina, si sono svolti con una partecipazione viva e intensa da parte dei molti fedeU presenti: saranno certamente ricordati neUa staria deI Santuario e porteranno buoni frutti per la Sua Diocesi e per i pellegrini di Fátima.

Le chiedo di trasmettere un ringrazlamento a tutti coloro che hanno collaborato particolarmente per l'organizzazione deUa Celebrazioni: sa­cerdoti, religiose e laici a quanti che hanno lodevolmente svolto i vari compiti e iI servizio liturgico nella Santa Messa.

Mentre rinnovo, anche a nome di Mons. Giulio Viviani, la piu viva riconoscenza e stima, volentieri profitto dell'occasione per porgere dis­tinti ossequi e per professarmi.

dell'Eccellenza Vostra Reverendissima

Piero Marini Vescovo titolare di MarUrano

Maestro delle Celebrazioni Liturgiche Pontificie

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VIGARARIAS DIA

Batalha 4 'Seg,

Caxarias· 2 ' Ter,

-Ourém

Colmeias 3 ' Seg,

Fátima Ú�ima Sexta

Leiria l.'Tef,

Leiria 3 ' Seg,

M, Grande I .'Qui.

Milagres 2.'0111.

Monte Real 3 ' Ter,

Porto de Mós 2 ' Seg,

VIDA ECLESIAL 1. REUNIÕES VICARIAIS

2000-2001

Oul. Nov, Dez, Jan, Fev, Mar, Abr, Maio

23 27 25 22 26 26 23 28

lO 14 12 9 13 13 lO 8

16 20 18 15 19 19 16 21

27 24 29 26 23 30 27 25

3 7 5 2 6 6 3 8

16 20 18 15 19 19 16 21

5 2 7 4 I I 5 3

12 9 14 II 8 8 12 lO

17 21 19 16 20 20 17 15

9 13 II 8 12 12 9 14

Jun, Hora Local

25 lO Rol

12 lO Rol.

18 lO Rol.

29 lO Rol.

5 lO Sé

18 21 Sé

7 lO Rol.

14 10 Rol.

19 lO Rol.

I I lO Rol.

2. ORDENAÇÃO DE NOVO PADRE MISSIONÁRIO

No dia 17 de Setembro, na igreja paroquial de Santa Eufémia, o Senhor Bispo D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva presidiu à ceri­mónia da ordenação presbiteral do jovem Nuno Miguel da Silva Ro­drigues do Instituto Missionário do Espírito Santo (Espiritanos), O novo missionário nasceu em Angola há 27 anos, mas tem uma forte ligação a Santa Eufémia, donde é natural a sua mãe, e onde por di­versas vezes realizou trabalho pastoraL Daí a sua escolha dessa pa­róquia para a sua ordenação.

O destino do P. Nuno Rodrigues será Cabo Verde onde esteve nos últimos dois anos e onde recebeu a ordem do Diaconado,

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VIDA ECLESIAL

3. MISSIONÁRIOS NATURAIS DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA

A. Padres e Irmãos

Nome Instituto Paróq, de origem local trabalho

p, Adelino Conceição Francis<:o Cons�ata S, Simão de Lrtém Inhambane p, Artur Pereira Marques Cons�ata Caranguejeira Nampula p, Cartos Alberto Gaspar Pereira Consrnata Vermoil Cuarrba-Niassa p, Diamanlino Guapo Antunes Cons�ata Aloorgaria dos Doze Maputo p, Eduardo Vicenle Frazão Consrnata St' Calanna da Serra S, Paulo p, Jaime Marques Consrnata St' Calarina da Serra Roma p, João Monteiro Felicia Consrnata GiJpilheira (Batalha) Salvador Ir, João Pereira Alfaiate Consrnata Caranoueieira Saqana p, José Salgueiro Costa Cons�ata Palaias SOlTl€rset p, Luis Ferraz Consrnata Formigais Inhambane Nuno Miguel R. Prazeres (Sem,) ConsiJata Fátima Londres p, Paulino Soares Ferreira Consrnata Monte Redondo Iringa p, Serafim Marques ConsiJata St' Catarina da Serra S, Paulo Siwio Manuel Caoocinhas (Sem,) Consolata Bajooca Totlendge Green Ir. Valentim da Ponte Rodrigues Combonianos Vermoil Carapina Ir, Abilio Jorge Pascoal Combonianos Ortigosa Matola p, Jorge Domingues Oliveira Corrllonianos Meirinhas Isiro p, António Pereira Rodrigues Espiritanos Caranguejeira Sovo p, João Inácio Carreira Mónico Espiritanos Carangueieira Toronto p, José Carreira Júnior Espiritanos Caranguejeira Maio p, Manuel da Silva Santana Espiritanos Carangueieira Tarrafal p, Armindo Jesus F, CaNalho Franciscanos Marrazes Map�o p, Francis<:o Marques Júnior F ranciS<:anos Caranguejeira Maputo Ir. José Luis Reis Dominques Franciscanos Chancelaria MaDUto p, Artur Ma�elino das Neves F ranciS<:anos Caranguejeira Bissau p, José Marques Henriques FranciS<:anos Freixianda Bissau p, Adelino Ascenso Boa Nova Souto da Carpalhosa Osaka

Pais

Moçarrllique Moçarrbique Moçambique Moçambique Brasil Itália Brasil Quénia Eslados Unidos Moçarrllique Inglaterra Tanzánia Brasil Inglaterra Brasil Moçambique Conoo Angola Canadá Cabo Verde Cabo Verde Moçarrbique Moçambique Moçambique Guiné Bissau Guiné Bissau Japão

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VIDA ECLESIAL

B. Padres e Irmãos

Nome Instiluto Paróq. de origem local trabalho Pais

Ir. Maria Celeste P. Rodrigues Combonianas Venool Isiro Congo Ir. Maria do CarlnO G. Ribeiro Combonianas Maceira Beira Moçall'bique

Ir. Clarinda do Carmo G. Rosa Combonianas St.' Eufémia Nacala Moçambique

Ir. Maria da Conceição V. Rosa Espiritanas Gondemaria Lubango Angola

Ir. Maria de Fátima G. Silva Espiritanas Freixianda Bissau Guiné Bissau Ir. Conceição Ferreira Marques Consolala St.' Calarina da Serra Roma Itália

Ir. M.' da Graça Duarte Amado Consolala Seno Venloso Grugliasco Ilália

Ir. Graça Maria San los lameiro Consolala Pousos Venaria Itália

4. JUBILEU DO CLERO DE LEIRIA-FÁTIMA

À semelhança do que têm feito muitas comunidades paroquiais e vicariais, também os sacerdotes sentiram necessidade de marcar a passagem deste ano santo com um importante gesto de peregrinação, em moldes pouco habituais. Foi no dia 5 de Outubro, com um progra­ma cheio de etapas e momentos de reflexão e oração.

Às sete horas da manhã, foi a saída da Sé de Leiria, depois de um breve momento de introdução sobre o sentido daquele aconteci­mento. A primeira paragem teve lugar à saída de Leiria, na Quinta de S. Venâncio, onde a leitura do Salmo 23 (O Senhor é meu Pastor nada me falta) deu início a uma prolongada marcha em silêncio de oraçâo e interiorizaçâo. Na Capela da Senhora do Monte, com a lei­tura do Livro do Génesis sobre a criação e do Salmo 8 sobre as ma­ravilhas da obra de Deus, recordou-se que a nossa grandeza humana está no reconhecimento da grandeza do Deus Criador.

Etapa marcante constituiu a paragem na capela do Casal dos Lobos, onde a reflexão incidiu na condição pecadora de todas as pes­soas. Com uma leitura do Livro do Profeta Isaías despertaram-se os sacerdotes para a sua condição de homens pecadores, apesar de te­rem entre mãos uma missão muito santa, que é dom de Deus. Com a oração do Salmo 51, os sacerdotes manifestaram diante de Deus o seu desejo de conversão para melhor servir o povo de Deus que lhe

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VIDA ECLESIAL

foi confiado. Esta etapa concluiu com urna celebração penitencial já no Santuário de Fátima.

Depois do almoço, teve lugar um painel em que alguns dos par­ticipantes de diferentes idades contaram um pouco da sua experiên­cia interior de vivência do mistério da Eucaristia, que celebram nas comunidades cristãs, na qualidade de seus presidentes. A entrada no pórtico do Jubileu, a celebração da Missa na Capelinha das Apa­rições e a Procissão Eucarística foram o remate.

O facto de participarem sacerdotes de todas as idades e grande número a pé, foi um sinal visível do desejo que os anima a continua­rem a procurar os melhores caminhos de serviço à Igreja e ao mun­do. Reacendeu-se de novo em todos a consciência de que o centro da vocação e missão que abraçaram é a com unhão com Deus e com os cristãos, que diariamente procuram renovar.

O ano jubilar ficaria incompleto e pobre sem este sinal de con­versão simples e sentido dos principais responsáveis pelo anúncio da Boa Nova de Jesus Cristc.

(de "O Mensageiro").

5. MONSENHOR MANUEL LOPES PERDIGÃO

Faleceu no dia 18 de Outubro o Rev.º Mon­senhor Manuel Lopes Perdigão depois de mais de sessenta anos ao serviço da Diocese.

Monsenhor Perdigão nasceu em Caxarias, em 2 de Novembro de 1917. Entrou para o Se­minário de Leiria em 1929 terminando o curso em 1939.

Após o 1.2 ano teológico, em 1936, foi para Roma onde tirou o Bacharelato em teologia, de 1936 a 1938. Regressou nesse ano ao Seminário de Leiria termi­nando o curso em Julho de 1939. Em Outubro desse ano foi nomea­do prefeitc e professor do mesmo Seminário onde leccionou até 1956 várias disciplinas, nomeadamente a de Física e Química pelas quais tinha particular gosto e propensão. Aliás, chegou mesmo a dar au-

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VIDA ECLESIAL

las dessa área, em outros estabelecimentos de ensino da cidade de Leiria. Tinha também particular gosto pelas novas tecnologias de então, sendo um grande conhecedor de electrónica. No Seminário montou um rádio emissor-receptor, que na altura era novidade, tor­nandc>--se um dos primeiros radio amadores em Portugal.

Em 1956 foi nomeado Pároco de Leiria onde se manteve até 1966, altura em que regressou de novo ao Seminário, como Reitor.

Em 1973 foi nomeado Vigário Geral da Diocese. A partir de 1976, altura em que deixou de ser Vigário Geral, a

seu pedido, dedicou-se à Pastoral Diocesana ocupando vários cargos em diversos Secretariados e Comissões. Era ainda Juiz do Tribunal Eclesiástico e membro do Conselho Económico Diocesano.

Em 1983 foi nomeado Monsenhor, pelo Papa João Paulo II. Ultimamente dedicava-se com grande entusiasmo ao Inventá­

rio do Património Artístico da Diocese de cuja Comissão era membro destacado.

As exéquias, celebradas na Sé de Leiria, foram presididas por Sua Ex.ª Rev.ma o Senhor Bispo, D. Serafim. O seu corpo seguiu de-pois para Caxarias, sua terra natal.

.

NB -No pr6ximo número publicaremos um testemunho sobre o Mons. Manuel Lopes Perdigão.

NOTÍCIAS BREVES:

No dia 24 / 10 começou a escola de formação dos Cursos de Cristan· dade e foi a abertura solene da escola de Catequistas. Esteve pre­sente o Sr. Bispo .

• Nos dias 26-28/ 1 0 foi o Conselho do Movimento da Mensagem de Fátima. Foi privilegiado o sector dos mais novos. O Sr. Bispo par­ticipou na qualidade de Assistente Geral .

• No dia 1 0 / 1 1 foi o encontro dos secretariados paroquiais da Cate­quese. No mesmo dia, e também no Seminário aconteceu uma con­ferência, pelo Dr. Pascoal� sobre a Declaração "Dominus Jesus",

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ANIVERSÁRIO DA ELEIÇÃO DO PAPA JOÃO PAULO II

No dia 1 7 de Outubro, data do aniversário da eleição papal de João Paulo II, os Vigários da nossa diocese reunidos nesse dia em sessão de tra· balho com o Senhor Bispo I enviaram ao Santo Padre o seguinte telegrama:

A SUA SANTIDADE O PAPA JOÃO PAULO II

O BISPO DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA E OS VIGÁRIOS FORÂNEOS, EM REUNIÃO DE TRABALHO PASTORAL, LEMBRA­RAM A ELEIÇÃO PAPAL DE 1978 E REZARAM POR SUA SANTIDA­DE O PAPA JOÃO PAULO II.

APRESENTAMOS RESPEITOSOS CUMPRIMENTOS COM VO­TOS DE AD MULTOS FAUSTO QUE ANNOS.

Leiria, 17 de Outubro 2000.

t Serafim de Sousa Ferreira e Silva

Da Secretaria de Estado do Vaticano - Assuntos Gerais o Senhor Bispo recebeu a seguinte resposta:

"Senhor D. Serafim,

O Santo Padre recebeu as felicitações e votos que Lbe formulou, em nome pessoal e da sua diocese, por ocasião do vigésimo segundo aniversá­rio da Sua eleição para sucessor de Pedro e cabeça do Colégio Episcopal

Agradecido pela prova de afecto e união colegial assim manifestada e enriquecida com a certeza da sua oração, o Sumo Pontífice retribui con­fiando a Deus misericordioso a pessoa de Vossa Excelência Reverendís­sima para que, favorecido pela abundância das graças jubilares, viva sempre aquela configuração com o Bom Pastor que permita às ovelhas do seu Rebanho escutarem o Verbo de Deus nas suas palavras e, olhando os seus passos, encontrarem a Cristo Salvador, o mesmo ontem, hoje e sem­pre. Sua Santidade João Paulo II conflrma estes votos feitos prece, com a Sua Bênção Apostólica, extensiva à dilecta diocese de Leiria-Fátima.

Aproveito a oportunidade para lhe confirmar protestos de fraterna estima em Cristo Senhor".

Vaticano, 21 de Outubro de 2000. t L. Sandri Substituto

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES

1999/2000

SECRETARIADO DIOCESANO DA PASTORAL DA SAÚDE

Ao longo do ano 1999/2000, a Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde procurou dar cumprimento ao Plano de Actividades que ti­nha elaborado e que agrupamos nos seguintes capítulos:

1 - Reuniões mensais Todos os meses se reuniu a Comissão Diocesana, na 1.11 segun­

da-feira de cada mês, para tomar conhecimento das orientações que iam chegando de vária proveniência e preparar as actividades calen­darizadas.

2 - Formação de núcleos paroquiais A Comissão entendeu dar prioridade à criação de núcleos paro­

quiais, sensibilizando os Párocos e outras pessoas para a importân­cia deste sector e, numa segunda fase, ajudando--as a actuar no meio, quer apoiando os doentes com actividades específicas, quer promo­vendo a saúde. Esta pareceu-nos a melhor forma de fazer chegar a mensagem aos destinatários. Para O 1.2 encontro, em cada vigararia, tivemos a colaboração da Comissão Nacional que nos enviou D. Ma­ria Cândida Cerejeira.

Embora asa reuniões tenham sido programadas a nível vica­rial, os participantes puderam escolher os locais e datas que mais lhes convieram.

Ao longo do ano realizaram-se as seguintes acções a nível vicarial:

30 de Outubro - Realizou-se o 1.º encontro para animadores paroquiais na vigararia da Batalha. Compareceram 12 pessoas pro­venientes das seguintes paróquias: Batalha, Serro Ventoso, Reguen­go do Fetal e Pedreiras. Esteve presente o pároco do Reguengo.

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000 ____________ __

13 de Novembro - Realizou-se o 2 · encontro em Alcaria, pa­ra a vigararia de Porto de Mós. Estiveram presentes delegados das seguintes freguesias: Mira de Aire (13), Minde (3), Alqueidão da Ser­ra (11), Porto de Mós (3), Alvados (1), Juncal (4).

16 de Janeiro - Vários elementos da Comissão Diocesana par­ticiparam no encontro programado pela Cáritas Diocesana para a vi­gararia das Colmeias. Os elementos que participaram fizeram a primeira abordagem para o lançamento da Pastoral da Saúde na­quela vigararia e também lembraram a ligação que deve ser fomen­tada entre paróquia e hospital para apoio aos doentes internados.

18 de Março - Realizou-se o 1.Q encontro na vigararia de Ou­rém. Estiveram delegados de Ourém - N.' S.' da Piedade (5), Ourém - N.' S ' das Misericórdias (3), Seiça (3). Participaram os párocos de NO. Sª. da Piedade e de Se iça.

27 de Maio - Realizou-se o 2.º encontro para a vigararia da Ba­talha. Estiveram presentes 20 elementos das seguintes freguesias: Reguengo do Fetal, Maceira, Pedreiras, Calvaria e Serro Ventoso.

3 - Outras actividades Sessão sinodal

A Comissão Diocesana esteve representada na 3." sessão sino­dal que decorreu nos dias 1, 2 e 3 de Outubro, através do Rev. P. Cle­mente Dotti.

Encontro Nacional

De 30 de Novembro a 3 de Dezembro realizou-se, em Fátima, o XIII Encontro Nacional da Pastoral da Saúde promovido pela Comis­são Nacional, subordinado ao tema "Responsabilidade da Igreja na Política da Saúde em Portugal". Foram muitos os elementos da nos­sa diocese que participaram.

Encontros de Formação

Nos dias 5 e 26 de Fevereiro e 25 de Março, a Cáritas Diocesana em colaboração com o Centro de saúde Arnaldo Sampaio, programou

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000

acções de formação para pessoas ligadas a instituições de apoio a ido­sos sob o tema "Problemática da pessoa idosa". A Comissão Diocesa­na da Pastoral da Saúde incentivou as pessoas ligadas à Pastoral da Saúde a participarem nestas acções que foram muito apreciadas.

Dia Mundial do Doente

No dia 11 de Fevereiro celebrou-se o Dia Mundial do Doente a nível hospitalar. A Capelania preparou um desdobrável com um tex­to alusivo ao ano jubilar e com o programa da Capelania que foi dis­tribuído a todos os doentes. A Missa foi transmitida para os serviços de internamento pelo canal interno de TV.

Conselho Nacional

No dia 9 de Junho realizou-se o Conselho Nacional da Pastoral da Saúde em Fátima onde foi apresentado o plano de actividades pa­ra o ano 2000/2001. Neste encontro foi também apresentado o rela­tório de contas do ano findo e o orçamento para o próximo ano. Estiveram presentes dois delegados da Comissão Diocesana.

Leiria, 13 de Julho de 2000.

SECRETARIADO DIOCESANO DO ENSINO DA IGREJA NAS ESCOLAS

2.º E 3.º CICLOS E ENSINO SECUNDÁRIO

o Secretariado Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas da Diocese de Leiria-Fátima acompanha os professores de Educação Mo­ral e Religiosa Católica (E.M.R. C.) no seu trabalho junto dos alunos e da escola para que esta disciplina seja um espaço de formação hu­mana e cristã. E assim uma acção eclesial, pois os professores de E.M.R. C. estão nas escolas em nome da Igreja e desta, devem ser men­sageiros qualificados.

Este relatório de actividades do ano 1999 12000 pretende apre­sentar:

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 199912000 ____________ __

- os objectivos deste secretariado;

- as estatísticas referentes à inscrição dos alunos em Moral;

- as estatísticas referentes aos professores, suas habilitações . . . ;

- as suas actividades ao longo do ano lectivo;

- relatório de con tas deste ano lectivo.

1. CONSTITUIÇÃO DO S.D.E.I.E.

Diocese de Leiria-Fátima

Atendendo que a Diocese de Leiria-Fátima tem cerca de 40 pro­fessores de E.M.RC. o Secretariado Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas será formado por uma equipa assim constituída:

1. Um director e duas vogais apoiada por assistente sacerdote.

2. O mandato da equipa será por três anos.

3. A nomeação da equipa é da responsabilidade do Bispo dioce­sano.

Este poderá:

a) nomear directamente o director e restante equipa;

ou

b) primeiro consultar os professores de E.M.RC.

CONSULTA AOS PROFESSORES

A consulta aos professores de E.M.RC. será efectuada nos se­guintes moldes:

Por voto secreto, cada professor proporá um nome dos professo­res de E.M.RC., que, pelo seu empenho e disponibilidade, considere mais indicado para assumir as funções de director do Secretariado.

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000

Deve atender, tanto quanto possível, à representatividade dos vários ciclos.

De entre os professores mais votados o Senhor Bispo pedirá a um para a nova Equipa a qual será apresentada e empossada pelo Senhor Bispo no nosso último encontro do Ano Lectivo.

Nos 15 dias consequentes a antiga e a nova equipa reunirão pa­ra dar passagem do testemunho e inteirar a nova equipa «de todas as coisas» para poder desenvolver bem o seu trabalho .

• Relatório do ano a terminar é da competência da equipa an­terior .

• Plano de actividades. do próximo ano é da competência da no­va equipa.

EQUIPA DO SDEIE NO TRIÉNIO 2000/2003

o Secretariado do Ensino da Igreja nas Escolas da Diocese de Leiria-Fátima por nomeação do Senhor Bispo para o triénio 2000/2003 é formada pela seguinte equipa:

Responsável: Jaime Pereira da Silva Vogais: Maria Teresa Martins Santos

Paulo Manuel Antunes Marques Assistente: Rev.º P. José Mirante Carreira Frazão

2. OBJECTIVOS Segundo o decreto da criação deste Serviço Diocesano, são seus

objectivos: 1. 1 - Promover uma adequada e permanente formação dos pro­

fessores de Educação Moral e Religiosa Católica. 1.2 - Ajudar os mesmos professores a serem uma presença vi­

va da Igreja, pois o verdadeiro rosto de Jesus Cristo deve transpare­cer em todos os seus comportamentos, tanto na escola como fora dela, de modo que a aula se torne credível e desejada pelos alunos e pais e ainda por todos os que trabalham na escola.

1.3 - Criar espaços de partilha e diálogo, para que mais facil­mente se consiga que os alunos descubram a Igreja, como comunida-

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000 _____________ _

de de fé viva, comunidade de salvação, na comunhão com Deus e com os homens e optem por Ela.

1.4 - Acolher e favorecer as iniciativas dos professores. 1.5 - Como Órgão executivo do Bispo Diocesano, realizar as ne­

cessárias acções burocráticas na relação entre a escola e o Bispo.

3. CRITÉRIOS PASTORAIS

Para a colocação dos professores de Educação Moral e Religio­sa Católica, o Bispo da Diocese aprovou em 12 de Dezembro de 1993 as seguintes Normas Pastorais:

1 . 1 - A Igreja deseja que os professores de Educação Moral e Religiosa Católica sejam sua presença em todo o "espaço escola", não apenas junto dos alunos, mas também junto dos outros professores e de toda a comunidade escolar, em constante corresponsabilidade, sem esquecer a família dos alunos e as associações de pais.

1.2 - O Bispo da Diocese é sempre o garante do professor (De­creto-Lei 407/89, Art. 9) e o responsável pela sua colocação em de­tenninada escola, seja ou não por concurso.

Através dos serviços competentes julgará cada caso per si e tu­do executará através dos mesmos, neste caso o Secretariado Dioce­sano do Ensino da Igreja nas Escolas desta Diocese de Leiria-Fátima, o seu Órgão executivo.

1.3 - Na análise da Proposta de cada professor, o Bispo da Dio­cese terá em conta os seguintes factos e índices:

1.3. 1 - O trabalho desenvolvido nas escolas onde leccionou. 1.3.2 - O testemunho de vida cristã na família, na Igreja e na

sociedade.

1.3.3 - O Compromisso pastoral na diocese, na escola e na co­munidade paroquial

1.3.4 - As aptidões naturais e a vocação para o trabalho com adolescentes ou jovens, com os colegas professores de outras áreas e com os responsáveis da Educação.

1.3.5 - A frequência às acções de formação propostos pelos ser­viços competentes.

1.3.6 - A habilitação própria específica e o tempo de serviço.

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____________ RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000

4. ALUNOS

DO ENSINO PÚBLICO:

Neste ano lectivo 1999/2000 inscreveram-se em E,M,RC, 7,346 alunos dos 16,734 que frequentaram as diversas escolas do ensino pú­blico, represen tando 43,9% dos alunos, As inscrições em Moral man­tiveram-se na mesma percentagem do ano anterior.

Ano Total Em E,M,R.C, Percentagem

5 " Ano 2,077 1 ,757

6,2Ano 2 , 1 23 1 ,622

7 " Ano 2,342 1 .499

8 " Ano 2,293 1 .083

9,2Ano 2,1 00 985

1 0 " Ano 2.422 287

1 1 .2 Ano 1 .590 79

1 2,2Ano ' 1 .787 34

TOTAL 16,734 7,346

ENSINO BÁSICO - (Do 5,º ao 9,2 ano) • 3041 alunos para 2226 em Moral - 73,2%

ENSINO SECUNDÁRIO - (Do 10 · ao 12.2 ano) • 816 alunos para 254 em Moral - 31,1º

84,6

76,4

64,0

47,2

46,9

1 1 ,8

5,0

1 ,9

43,9

Comparando com anos anteriores verificamos que estes va­lores percentuais, embora com algumas pequenas oscilações se man­têm mais ou menos.

DO ENSINO PARTICULAR E COOPERATIVO: (Os valores dos colégios Católicos não constam nesta estatís­

tica),

____________________________________________ 189

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 199912000 ____________ _

Neste ano lectivo 1999/2000 inscreveram-se em E.M.R.C. 2.480 alunos dos 3.857 que frequentaram as diversas escolas representan­do 64,3% dos alunos.

Verifica-se que, no Ensino Particular e Cooperativo as inscri­ções em Moral desceram 3% em relação ao ano anterior.

Ano Total Em E.M.R.e. Percentagem

5 2 Ano 571 525

6." Ano 599 540

7 2 Ano 657 431

8 2 Ano 640 404

9 2 Ano 574 326

1 0." Ano 374 129

1 1 .2 Ano 229 68

12.2 Ano 3 1 3 57

TOTAL 3.857 2.480

ENSINO BÁSICO - (Do 5.2 ao 9.2 ano)

• 3041 alunos para 2226 em Moral - 73,2%

ENSINO SECUNDÁRIO - (Do 10.2 ao 12.2 ano)

• 816 alunos para 254 em Moral - 31,1.º

91 ,9

90,2

65,6

63,1

56,8

34,5

29,7

26,8

64,3

Comparando com anos anteriores verificamos que estes va­lores percentuais, sofrem uma descida.

Do ano escolar de 1998/99 para 1999/00

• As escolas que obtiveram maior percentagem de aumento de alunos de Moral foram as escolas preparatória e secundária de Viei­ra de Leiria, com o professor Carlos Lourenço.

19o _________________________________________ __

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000

5. PROFESSORES Leccionaram na diocese de Leiria-Fátima 42 professores de

Educação Moral e Religiosa Católica. Neste número não estão incluí­dos os dos colégios católicos.

No início do ano lectivo éramos 42. Com o falecimento do P. Jú­lio Gaspar -- que Deus o tenha em sua eterna glória -- terminámos este ano lectivo com 41 professores.

AS HABILITAÇÕES:

Dos 41 professores de EMRC, 28 tém habilitação EspecíficaIPró­pria para leccionar a disciplina, o que representa em percentagem 68,3%.

QUADRO DE NOMEAÇÃO DEFINITIVA:

- 14 dos professores são do quadro de Nomeação Definitiva (efectivos)

- Por não haver vagas nas escolas, este ano lectivo nenhum pro­fessor entrou num lugar do quadro de escola

Iniciaram a dar aulas de E.M.R.C. os professores:

- Sílvio Raúl Batista Grilo, com licenciatura em Ciências Reli­giosas e profissionalizado. Foi leccionar para o Colégio Dinis de Me­lo - Amor

- José António Gameiro Teixeira, com Licenciatura em Teo­logia. Foi fazer a profissionalização/estágio para a Escola José Sa­raiva.

- P. António José R. Barreleiro, Licenciado em Teologia e Direi­to Canónico. Foi leccionar para o Instituto do Juncal.

- Ir. Maria dos Anjos M. Pereira, com bacharelato em l. º Ciclo do Ensino Básico. Foi leccionar para o Colégio de S. Mamede.

Deixaram de dar aulas de E.M.R.C. os professores:

- Alzira Maria de Jesus Simões, dos Pousos, que estava a lec­cionar no Instituto do Juncal.

____________________________________________ 191

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000 ___________ _

6. ESCOLAS Funcionam na nossa diocese 42 escolas assim distribuídas:

30 ESCOLAS PÚBLICAS

- 3 escolas do Ensino Básico 1.º, 2.' e 3.' Ciclos

- 3 escolas do Ensino Básico 2.º Ciclos

- 13 escolas do Ensino Básico 2.' e 3 º Ciclos

- 6 escolas do Ensino Básico 2.', 3 .• Ciclos e Secundário

- 5 escolas do Ensino Secundário

7 ESCOLAS DO ENSINO PARTICULAR E COOPERATIVO

5 ESCOLAS COLÉGIOS CATÓLICOS

7. ACÇÕES DE FORMAÇÃO Ao longo deste ano lectivo, este Secretariado promoveu para to­

dos os professores de E.M.R.C. cinco dias de formação assim distri­buída:

- "ABERTURA DO ANO LECTIVO 1999/2000" no dia 20 de Outubro, em Leiria. Teve como tema "A AULA DE E.M.RC. - QUE DESAFIOS?" O orador· foi o Dr. Miguel Ângelo.

- ACÇÃO DE FORMAÇÃO nos dias 2 1 e 22 de Janeiro de 2000, incluída nas Jornadas de Formação Cristã da Diocese sobre a "SANTÍSSIMA TRINDADE NA VIDA DOS CRISTÃOS". O con­ferencista foi o Dr. José Jacinto Farias.

- "ENCERRAMENTO DO ANO LECTIVO", encontro/Acção de Formação, nos dias 29 e 30 de Maio, em Leiria. O tema foi "EDU­CAÇÃO E VALORES, CUMPLICIDADES POR RESOLVER" e teve como oradores o Dr. Fernando Magalhães, que nos falou de "Va­lores: um modelo, uma opção, uma questão" e o Dr. Adriano Brites que nos falou das ((incidências na EMRC da revisão curricular que se avizinha",

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000

8. MOVIMENTO DO ANO PASTORAL

RECEITAS

Transporte do ano 1998/99 . . . . . . . . . . . . . 1.564.264$00

Contributo dos professores . . . . . . . Juros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

561.006$00 12.992$00 10.500$00

Total da receita . . . . . . . . . . 584.498$00 584.498$00

TOTAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.677.546$00

DESPESAS

Formação de professores (oradores) Despesas com Acções de Formação Correio/Telefone . . . . . . . . . . . . . . . . Material de Secretaria . . . . . . . . . . . Programa do computador . . . . . . . . Material didáctico . . . . . . . . . . . . . . Jaime (Deslocações, tempo . . . ) . . . . .

100.000$00 68.700$00 84.202$00 34.071$00 37.000$00 45.000$00 40.000$00

Total da despesa . . . . . . . . . 408.973$00 408.973$00

SALDO e transporte para 2000/2001 . . . . 1.268.573$00

9. DESAFIOS E ESPERANÇAS L Tendo em conta que os adolescentes e jovens buscam espaços

de amizade e diálogo franco e amigo, . esta aula deverá ir ao encontro dos seus anseios.

2. Sabendo que a cultura adquirida precisa de ser iluminada pela Verdade em espírito crítico e criativo, ao encontro do Transcen­dente,

• os professores de E.M.R.C. são desafiados a serem verdadeiros educadores, tendo em conta a formação global da pessoa humana.

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000

3. Partindo da certeza que muitos alunos têm bastante esperan­ça na Igreja,

• esta é desafiada a priorizar a qualidade, quer no que diz res­peito aos conteúdos, que se transmitem, quer ainda à pedagogia a utilizar.

4. Estamos confiantes que o nosso trabalho é e será útil à socie­dade e à Igreja,

• com ambos vamos colaborar para que haja bons professores e mestres, capazes de ajudar os jovens na construção de um mundo melhor com fundamento nos princípios de amor que Jesus Cristo nos ensinou.

Leiria, 23 de Julho de 2000.

o Responsável Diocesano Jaime Pereira da Silva

A BIBLIOTECA DO SEMINÁRIO

o Padre Aníbal Castelhano é o actual responsável pela biblioteca do Seminário Diocesano de Leiria.

Os 26.000 exemplares de volumes ou revistas que fazem parte do património da biblioteca do Seminário Diocesano de Leiria foram, ao longo dos anos, "adquiridos, por compra, herança ou oferta",

Os exemplares existentes na biblioteca contemplam quase todas as áreas. No entanto, as que mais se destacam, como explica o Padre Aníbal, são ((as que têm mais directamente a ver com a Formação Cristã: Teologia, Sagrada Escritura, Pastoral, Direito Canónico, Ma· riologia, Autores Espirituais, etc."

O responsável adianta ainda como funciona a biblioteca expli­cando que esta ''funciona em três sectores: 1 - Livros até 1900; 2 - De 1900 até hoje; 3 -Revistas. Até ao presente, só o 1." sector está informa­tizado (cerca de 6.000 volumes), mas faz parte dos projectos do Se­minário não só continuar o trabalho de informatização, como criar um novo espaço e com melhores condições".

Adélio Amaro

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 199912000

SECRETARIADO DIOCESANO DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

DA INFÃNCIA E ADOLESCÊNCIA

APRESENTAÇÃO

Ao apresentarmos este Relatório queremos continuar a fazer caminho nesta vertente pastoral, a catequese, caminho sempre difí­cil mas também desafiante.

Propomos uma atenção cada vez maior por parte das bases, que são as comunidades paroquiais, para que estudem, organizem e de­finam critérios de comunhão em toda a formação, particularmente dos catequistas e dos pais, que ajude a crescer e amadurecer na fé. O estar atento abre perspectivas de renovação e descobre propostas atempadas e oportunas. Não pretendemos "dar contas" com este Re­latório. Queremos avaliar, desafiar e propor, partindo do que foi es­te ano, sempre em continuidade do passado, mas com os olhos em novos horizontes, como resposta ao nosso tempo, que é diferente.

Se é certo que as dificuldades de todo o género nos fazem atra­sar um pouco O passo, também manifestamos um optimismo sadio, que nos faz acreditar mais no Espírito que é a Alma da Igreja; que­remos construí-la com gradualidade e dinamismo.

Se nem sempre conseguimos concretizar esta grande missão, urge recobrar forças e descalçar as sandálias, priorizando a qualida­de e melhorando as dinãmicas no que fazemos.

Que este Ano Jubilar nos entusiasme a daro melhor e a respon­der com ordem e qualidade, construídas com a coragem de todos.

Pe. Augusto Gomes Gonçalves Director do Secretariado Diocesano da Educação Cristã

da Infância e Adolescência

1 - OBJECTIVOS DO SECRETARIADO

1 - Formar, nas várias vertentes, principalmente os catequis­tas, mas também os pais e outros educadores, criando comunhão en­tre eles, numa educação complementar.

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2 - Promover a organização das estruturas paroquiais e vicariais da catequese, segundo o princípio: organizar para servir melhor e em menos tempo, criando corrresponsabilidade nas comu­nidades.

3 - Estar atento aos desafios que são lançados pela dio­cese em Sinodo, e procurar responder-lhes, particularmente na lei­tura dos sinais do tempo, buscando para eles a resposta atempada e oportuna duma Igreja que faz caminho.

II - ACÇÕES REALIZADAS NO ANO PASTORAL 1999-2000

1. Encontro Diocesano de Catequistas

Realizou-se em Novembro o Encontro Diocesano Anual de Ca­tequistas com a participação de cerca de 350 Catequistas. O terna foi: "A caminhada Sinodal e os Catequistas".

2. Escola Diocesana de Catequistas

A Escola de Catequistas funcionou quinzenalmente, ao longo do Ano Pastcral, num total de 14 serões, incluindo a abertura e o encer­ramento.

Teve a participação média de 160 catequistas, divididos em dois grupos.

O tema escolhido foi desenvolvido numa tentativa de resposta ao apelo da Diocese em Caminhada Sinodal: a Formação Litúrgica dos Catequistas.

Foi tratado e apresentado em várias vertentes e por vários orien­tadores:

A Liturgia e o Culto da Bíblia - Dr. Virgílio Antunes A Com unidade e as suas Celebrações - Dr. Adelino Filipe Guarda Quem celebra e corno celebrar - Pe. Pedro Ferreira Sentido Cristão do Tempo - Cón. Manuel da Silva Gaspar Mistério Total de Cristo - Cón. Manuel da Silva Gaspar Catequese e Liturgia - Pe. Augusto Gomes Gonçalves

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000

Dimensão Litúrgica da Catequese - Dra. Belmira Lourenço de Sousa O Sacramento do Baptismo - Pe. Carlos Cabecinhas Os Sacramentos da Penitência, Santa Unção, Matrimónio e Ordem - Frei Geraldes A Espiritualidade do Catequista - Dra. Belmira Lourenço de Sousa

Participaram neste grupo cerca de 120 catequistas. O segundo grupo, cerca de 40 catequistas, participou no novo Cur­

so de Iniciação Catequística, editado pelo Secretariado Nacional de Educação Cristã, que decorreu em simultâneo, nos dias da Escola.

3. Cursos de Iniciação Catequística

Além do Curso realizado na Escola de Catequistas, concretiza­ram-se mais três:

• No Seminário Diocesano para alunos do Ano Propedêutico e aberto às paróquias.

Na Marinha Grande para as paróquias da vigararia. • Em Ourém para as paróquias da vigararia. • Estes três Cursos tiveram a participação assídua de 130 ca­

tequistas.

4. Formação espiritual

Realizaram-se dois retiros de catequistas. Um no Advento e ou­tro na Quaresma. Participaram 80 catequistas.

5. Encontros pontuais de formação

Realizaram-se alguns encontros de formação para catequistas, para pais e educadores nalgumas paróquias.

lho.

III - ENCONTRO COM OS PADRES DELEGADOS PARA A CATEQUESE

Realizaram-se dois encontros, um em Dezembro e outro em Ju-

Das agendas ressaltam entre outros os seguintes assuntos:

____________________________________________ 197

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 199912000

1 - Análise da catequese na diocese: avaliação e planificação.

2 - Partilha de propostas, dificuldades e projectos de todas as vigararias.

3 - Formação de catequistas, particularmente através do Cur-so de Iniciação Catequística.

4 - Jubileu das crianças e adolescentes.

5 - Acompanhamento vicarial aos catequistas dos adolescentes.

6 - Jornadas vicariais.

7 - O envolvimento das crianças da diocese na beatificação dos Pastorinhos.

8 - Jubileu dos catequistas no dia 24 de Setembro.

IV - BEATIFICAÇÃO DOS PASTORINHOS

Tendo em conta que a Beatificação dos Pastorinhos foi e continua a ser um acontecimento mundial, a nossa diocese também tentou que as crianças estudassem o Francisco e a Jacinta, para procurarem imi­tá-los em todas as virtudes bem patentes nas suas vidas.

Assim lançaram-se duas campanhas:

1 - O estudo dos livros editados pela Postulação, O FRA..1\l­CISCO e a JACINTA. Distribuiram-se dezasseis mil de cada.

2 - Proposta às paróquias para fazerem a Peregrinação Pa­roquial das Crianças ao Santuário de Fátima, assumida por ca­da paróquia. Muitasjá a fizeram e outras irão fazê-la ainda ao longo deste ano.

v - A EQUIPA DIOCESANA

Embora já bastante tarde, por motivos da nomeação já tardia, do Director, foi constituída uma equipa de oito pessoas, incluindo o Director. Outras mais ajudaram pontualmente.

O trabalho da equipa situa-se na ajuda de todas as acções rea­lizadas, na reflexão dos desafios lançados constantemente ao Secre­tariado, tendo como prioridade a formação dos catequistas.

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 199912000

VI - AVALIAÇÃO GLOBAL

Na nossa reunião de 4 de Junho, em que avaliamos o ano findo e planificamos o próximo, fizemos a seguinte avaliação global:

Foi positiva toda a acção do Secretariado, embora com algu­mas deficiências.

De salientar o esforço que se fez no lançamento do novo Curso de Iniciação Catequística e tentativa de resposta da Escola de Cate­quistas, no âmbito da Liturgia, embora não respondesse, em termos de qualidade e orientação.

Notou-se falta de:

Envolvimento do Director nos Cursos de Iniciação. Esforço suficiente por parte das paróquias na renovação da ca­

tequese. Reuniões de equipa, em número, tempo e qualidade.

VII - SINAIS E DESAFIOS

1 - Perante o sinal da dificuldade das paróquias na formação dos catequistas há que investir mais na formação dos cate quis­tas, dos pais e dos párocos.

2 - Com os contratempos duma catequese nem sempre bem fei­ta, particularmente no que diz respeito à pedagogia e aos conteúdos, há que ajudar mais os catequiatas.

3 - Tendo em conta as dificuldades, particularmente no respei­tante à pedagogia e conteúdos e ainda a falta de tempo por parte dos catequistas, é urgente que todas as paróquias se organizem e tenham um Secretariado ou Direcção da Catequese, que coor­dene melhor a Pastoral Catequética.

4 - Perante a realidade que constatamos, de que a catequese parece ser apenas obra dos catequistas, há que institucionalizar em todas as paróquias o Dia Paroquial do Catequista, como tempo de celebração, de reflexão espiritual, de oração e de partilha corresponsável.

5 - Tendo em conta que o Secretariado Diocesano não pode dar resposta a todas as paróquias, é urgente que nas vigararias se avan­ce na criação duma equipa vicarial de catequese.

__________________________________________ 199

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 199912000 ___________ _

6 - Partindo do princípio teológico de que é sempre Deus que chama pessoalmente para qualquer missão na comunidade, é neces­sário que o responsável da comunidade utilize a mesma pedagogia,

VIII - CONCLUSÃO

Para poder ajudar mais as paróquias acabamos de editar um desdobrável com algumas orientações básicas, que nos foram pedi­das e que temos gosto em partilhar, no intuito de ajudarmos a fazer caminho, hoje, numa catequese, que responda e que desafie.

Que este Ano Jubilar seja trampolim para nos lançarmos na aventura duma catequese renovada e renovadora.

IX - ALGUNS DADOS IMPORTANTES

(Dados referentes às paróquias que responderam)

Crianças

Vigararias 1.º ano 2." ano 3." ano 4.ºano 5.ºano 6."ano TOTAL

Batalha 267 242 261 227 227 232 1 .456

Caxarias 89 96 101 101 93 1 00 580

Colmeias 1 62 172 1 68 202 1 79 1 72 1 .055

Fátima 78 62 66 53 62 65 386

Leiria 352 338 3 1 7 301 265 280 1 .853

M. Grande 1 70 1 6 1 1 63 1 42 1 61 1 60 957

Milagres 239 262 229 255 2 1 6 262 1 .463

Monte Real 204 224 1 90 205 1 66 1 94 1 . 1 83

Ourém 201 2 1 0 201 1 79 1 60 200 1 .151

P. Mós 286 255 21 3 220 229 239 1 .442

TOTAIS 2.048 2.022 1 .909 1.885 1 .758 1 .904 1 1 .526

% 1 7.8 1 7.5 16 .6 1 6.4 1 5.3 1 6.5

200 __________ _____________________________ _

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 199912000

Adolescentes

Vigararias 7.2 ano 8.º ano 9.2 ano 10.º ano TOTAL

Batalha 21 1 205 201 203 820

Caxarias 1 07 121 57 1 8 303

Colmeias 1 34 1 80 1 32 95 541

Fátima 52 43 66 51 212

Leiria 246 256 262 1 8 1 945

Marinha Grande 1 52 1 03 1 44 1 62 561

Milagres 251 269 290 125 935

Monte Real 208 188 221 125 742

Ourém 220 1 44 30 20 4 1 4

Porto d e Mós 2 1 9 2 1 4 2 1 6 241 890

TOTAIS 1 .800 1 .723 1.619 1.221 6.363

% 28.3 27 25.4 1 9.2

Catequistas

Vigararias Idades TOTAL

-20 21 -30 3 1 -40 41-50 51-60 61 -70 70

Batalha 55 70 72 50 31 1 7 O 295

Caxarias 46 1 9 5 1 6 1 6 7 1 1 1 0

Colmeias 67 62 50 35 20 1 9 1 254

Fátima 21 7 29 1 1 1 1 1 6 O 95

Leiria 67 61 25 34 46 2 4 261

M. Grande 63 34 35 62 27 9 O 230

Milagres 98 94 67 44 26 4 2 335

Monte Real 47 45 48 45 35 1 4 3 237

Ourém 57 46 23 21 28 1 6 5 1 96

Porto de Mós 89 67 56 37 27 1 7 2 295

TOTAL 610 505 410 355 267 143 18 2.308

__________________________________________ 201

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000

Catequistas

Vigararias Estado Civil Escolaridade

S C V CI I.Q Cic. 2.Q Cic. 3.ºCic. Se<:. Sup.

Batalha 1 49 1 43 2 1 75 38 61 84 37

Caxarias 85 46 3 O 36 1 9 1 4 32 8

Colmeias 1 32 90 2 1 62 33 3 1 71 25

Fátima 47 51 3 4 26 24 6 28 5

Leiria 1 1 9 1 1 1 7 1 1 43 1 5 25 ' 1 32 46

M. Grande 1 00 1 26 4 O 54 33 1 7 98 20

Milagres 1 77 1 48 8 2 53 47 70 1 28 37

Monte Real 1 05 1 21 8 3 1 02 27 38 48 22

Ourém 1 1 3 72 1 0 1 40 34 40 51 31

P. de Mós 1 68 1 1 2 1 3 2 63 51 35 93 40

TOTAL 1 . 195 1 .020 60 25 554 321 337 765 271

NOTÍCIAS BREVES:

"EUCARISTIA, fonte de vocações" foi o tema do Curso de Formação de Animadores Vocacionais, em Fátima, de 13 a 1 6 de Novembro .

• De 9 a 1 1 de Fevereiro realizar-se-ão, em Fátima, as VI Jornadas do Apostolado dos Leigos, subordinadas ao tema "O Apostolado dos Leigos na sociedade democrática portuguesa",

• Retiros para o Clero em Fátima no ano 2001:

- 16-20 de Julho - 20-24 de Agosto - 1 7-21 de Setembro - 15-19 de Outubro - 12-16 de Novembro e - 19-23 de Novembro

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 199912000

eÁRITAS

INTRODUÇÃO As páginas que se seguem constituem o resumo da acção desen­

volvida pela Cáritas Diocesana de Leiria em 1999. São, assim, o seu Relatório de Actividades.

Naturalmente que, na sua frieza e forma, os números e as pala­vras não transmitem suficientemente as motivações mais profundas e a disponibilidade de coração presentes em todas as acções e que hão­-de sempre distinguir a Cáritas. Mas serão, apesar de tudo, um bom instrumento para dar a conhecer a acção concreta. Por isso os apre­sentamos na sua verdade, não apenas para cumprir O dever frio de, anualmente, prestar contas, mas, também, com o intuito de, a partir das sombras que ficam por iluminar, descobrir renovadas energias em ordem a uma presença mais actuante.

A Cáritas Diocesana é obra de muitas vontades, de muitas mãos e braços, quantas vezes escondidos em delicado anonimato. É dos que nela trabalham como dos que continuam a dar-lhe a ajuda material, a colaboração voluntária e o estímulo revigorador representado por um gesto ou uma palavra. Ela é do Bispo e de toda a Igreja Diocesa­na, mas congrega também todas as pessoas, grupos e instituições que, entendendo o alcance social da sua acção, lhe dispensam igualmen­te todo o seu valioso apoio.

A Direcção da Cáritas testemunha assim, no lugar próprio que é o Relatório Anual, o mais vivo reconhecimento e apreço por tão me­ritórias colaborações.

PROMOÇÃO HUMANA

Atendimento geral

o serviço de atendimento mantém-se como acção prioritária no quotidiano da Cáritas e valorizá-lo constitui uma preocupação cons­tante. Acolher bem, estabelecer uma relação verdadeiramente hu­mana que ajude a promover o reconhecimento da dignidade de cada pessoa não constitui um serviço menor no contexto das necessidades das pessoas que procuram a Cáritas.

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Trata-se de uma preocupação real, mas que não ilude o reconhe­cimento do caminho que falta percorrer para que se trate, efectiva­mente, de um atendimento social autêntico que, acima de tudo, aponte para a transformação individual e social e, em conjunto com os atendidos, ajude a encontrar os caminhos que conduzam à auto­nomia e independência.

A complexidade dos problemas e a rede de interferências neces­sárias para este desejável objectivo, requerem preparação específica adequada e exigente que a simples boa vontade ou o amadorismo ac­tual, mesmo generoso, não podem suprir.

A referência a estas metas não diminui o mérito do que se faz, antes valoriza o que a Cáritas leva a cabo, apesar das limitações hu­manas e outras. Poderá, algumas vezes, não ser o remédio que cu­ra, o projecto de vida que transforma. Mas reconhecer-se--á que muitas pessoas encontraram na ajuda monetária, alimentar ou de vestuário, ou apenas no tempo, no interesse e na disponibilidade de quem atende, algum bem estar.

O atendimento geral vem sendo normalmente assegurado pela empregada administrativa da instituição que, para o efeito, tem vin­do a participar em diversas acções de formação desenvolvidas no âm­bito da Cáritas Portuguesa, e noutras reuniões de trabalho de âmbito inter-diocesano.

Neste serviço são apoiadas situações de natureza muito varia­da, em montante que atingin os 3 .135 contos, (para recuperação de habitações, apoio às actividades dos grupos socio-caritativos locais, pequenas ajudas de farmácia, apoio em alimentos e mesmo, numa situação limite, para o apoio continuado à subsistência duma pes­soa doente totalmente desprovida de bens pessoais e de apoios ofi­ciais).

O serviço de roupeiro e de distribuição de utensílios de uso do­méstico também faz parte do atendimento geral. O número de pes­soas que acorre a este serviço, a revelar um crescimento contínuo e acentuado nos últimos anos, continua a justificar a sua importância e oportunidade. O aumento do número dos utilizadores será, porven­tura, resultante de um maior conhecimento da existência do serviço, da melhoria das condições do atendimento, mas também e segura­mente um sinal inequívoco de que muitos agregados familiares, mes­mo na nossa zona, experimentam um quotidiano de muita privação.

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Neste serviço foram atendidas 233 pessoas e distribuídos bens muito variados de que avultam cerca de 13.000 peças de vestuário e 500 pares de calçado. Neste aspecto a Cãritas constituiu o ponto em que se cruzaram os excedentes (ou mesmo o que faz falta) de alguns e as necessidades de muitos, com a preocupação de que o dar como o receber tenham a marca duma fraternidade reconhecida e praticada.

O serviço de selecção, acondicionamento e distribuição de ves­tuário foi assegurado por três senhoras voluntárias que, de uma for­ma regular, garantem, durante todo o ano, o trabalho de escolha, arrumação e distribuição deste tipo de bens.

Apoio alimentar

A Cáritas continuou a ser a instituição designada pela Segu­rança Social para o concelho de Leiria em ordem à execução do Pro­grama Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados/1999, tendo todas as operações de carga, descarga, armazenamento e distribui­ção, sido efectuadas por colaboradores voluntários da Cáritas. Insti­tuições de apoio a infância e terceira idade, Conferências Vicentinas, Grupos Paroquiais de Acção Social foram os principais destinatários.

No seu conjunto esta acção atingiu 1.422 famílias e 32 institui­ções, no total de 7.240 pessoas, e movimentou 82 toneladas de géne­ros alimen tares.

Houve a preocupação em fazer uma distribuição equitativa que teve em conta o número de utentes de cada serviço ou zona e tam­bém os hábitos alimentares, por forma a anular a possibilidade de eventuais desperdícios.

Na execução do programa deste ano foram, pela primeira vez, introduzidas fichas individuais de controlo que originaram grandes dificuldades quer aos grupos locais encarregados da distribuição, quer aos beneficiários individuais, uns e outros pouco habituados a este tipo de procedimentos administrativos e burocráticos. Na altu­ra própria a Cãritas Diocesana sugeriu ao Serviço Sub-Regional de Leiria da Segurança Social a adopção de procedimentos mais flexí­veis nesta matéria.

A quantidade de bens armazenados e movimentados exigiu o recurso a espaços de que a Cáritas não dispõe. Para suprir estas ca­rências encontrámos disponibilidade junto de particulares para a

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cedência temporária e graciosa dos seus armazéns e câmaras frigo­ríficas, pelo que se considera ser dever da Cáritas deixar registado aqui o seu agradecimento.

A Cáritas está também incumbida de gerir os fundos da Fun­dação Artur Barreto. Trata-se de um legado desta família, cujo ren­dimento reverte para a Cáritas com o dever de aplicação na zona de Fátima. Aos grupos de acção sócio-caritativa desta área (Fátima, S. Catarina da Serra, S. Mamede, Alqueidão da Serra, Minde, Mira d'Aire e Atouguia) foram atribuídos bens alimentares no total de 300.000$00.

Equipamento para acamados

O equipamento da Cáritas para apoio a deficientes e acamados, constituído por duas cadeiras de rodas e 12 camas articuladas, cons­titui um valioso apoio às famílias que têm no seu seio principalmen­te pessoas idosas em situação de dependência.

O facto de se encontrarem permanentemente em serviço e exis­tirem mesmo listas de espera, testemunha as carências e as dificul­dades com que se debatem muitas famílias na prestação de cuidados aos seus membros em situação de incapacidade.

Colónias de Férias

Como habitualmente, a Cáritas proporcionou nos meses de ve­rão colónias de férias a crianças e adolescentes na Casa da Praia do Pedrógão. Provêm de famílias com carências diversas, desde as de ordem económica às de natureza afectiva, e tudo se faz para que pos­sam encontrar naqueles dias um tempo e um espaço que favoreçam o seu integral crescimento. Na Cáritas, as colónias de férias são, as­sim, uma oportunidade de desenvolvimento das potencialidades de cada criança, de formação moral e cívica e de experiência de vida em grupo, no respeito pela diferença e pela individualidade.

Como habitualmente realizaram-se quatro turnos para crian­ças, de duas semanas, e um para adolescentes, durante os meses de Julho e Agosto e princípios de Setembro.

Além das crianças que haviam sido previamente inscritas to­maram parte nas actividades diurnas 15 crianças no âmbito dum

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projecto de animação e reintegração social desenvolvido no Bairro Social da Cova das Faias em Leiria pela PROVILEI - Associação de Solidariedade Social, e pela Câmara Municipal de Leiria.

Por concelhos, a distribuição das crianças foi a seguin/e:

Alcobaça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Batalha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Leiria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201

Marinha Grande . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . 3

Nazaré . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

Ourém. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 Pombal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

Porto de Mós . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Porque é dos jovens monitores que depende a concretização das colónias de férias impõe-se neste lugar uma referência especial de muito apreço pelo trabalho desenvolvido. Muito do que a colónia é para as crianças vem da generosidade, da dedicação e do carinho que os monitores emprestam ao trabalho de acompanhamento e de ani­mação que são chamados a realizar. Para os próprios monitores tra­ta-se de uma experiência de gratuidade, de serviço e de amizade que também não esquecerão.

Participaram 73 monitores, tendo havido ao longo do ano três encontros de formação em ordem a prepará-los convenientemente para a diversidade das tarefas que os esperam. A Cáritas procura que estes encontros sejam enriquecidos com o contributo de formado­res experientes em áreas fundamentais para um bom desempenho.

Estada de Idosos

A Casa da Praia é também o local escolhido por centenas de ido­sos da nossa região que, passando o resto do ano nas suas institui­ções, encontram naquela casa um espaço aprazível e acolhedor, retemperador de energias e uma oportunidade de convívio feliz. São, pois, uma presença tão acarinhada pela Cáritas, quão apreciada pe­los próprios.

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Em ordem a assinalar a passagem do Ano Internacional da Pessoa Idosa a Cáritas teve a preocupação de proporcionar a cada grupo uma tarde especial, que incluiu celebração da Eucaristia, ani­mação musical e distribuição individual de uma lembrança alusi­va à efeméride.

No total, passaram férias na Casa do Pedrógão 298 idosos, pro­venientes de 20 instituições de apoio à terceira idade da nossa região.

Casa da Praia do Pedrógão

Para além das colónias de férias e estadia de grupos de pessoas idosas, a casa da Praia é um espaço que acolhe durante todo o ano um amplo leque de iniciativas relacionadas com a promoção e forma­ção de pessoas, e constitui, só por si, um serviço da Cáritas a toda a diocese e à comunidade humana que serve.

O número total de utilizadores - 2800 - e a natureza das acti­vidades que nela têm lugar justificam o esforço que continua a ser fei­ta no sentido de não apenas cuidar da conservação dum espaço exposto a condições naturais excepcionalmente adversas, mas tam­bém para adequar as condições e equipamento da casa às necessi­dades e ao bem estar dos utilizadores. Foi assim, que no ano a que respeita este relatório, se procedeu, entre outras intervenções, à aqui­sição de uma máquina de lavar louça industrial e se iniciou o pro­cesso de substituição de toda a canalização do 1º piso por uma outra, exterior, para solucionar o problema das frequentes rupturas na ins­talação actual.

Centro de Acolhimento de Leiria

O Centro, tutelado pela paróquia de Leiria, destina-se a aten­der em alimentação, vestuário, serviços de higiene e encaminhamen­to social, as situações pessoais mais graves, desenvolvendo esforços junto dos organismos oficiais, nomeadamente das áreas da saúde, em­prego, segurança social, centros de apoio a toxicodependentes, no sen­tido da recuperação e reinserção social dos utentes. Desde a primeira hora contou com a parceria da Cáritas, concretizada na entrega men­sal de uma ajuda financeira e de metade da importãncia recolhida na cidade de Leiria por ocasião do peditório público da Cáritas.

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Durante o ano o apoio total foi, assim, de 1. 786.595$00. A na­tureza e a gravidade das situações que ali são atendidas, bem como a segurança transmitida aos parceiros pela competência e dedica­ção das pessoas que estão à frente do Centro, justificam este esfor­ço financeiro.

ANIMAÇÃO PASTORAL

Encontros de formação

A animação pastoral, através da dinamização das comunidades paroquiais para as suas responsabilidades sociais, tem vindo a cons­tituir uma das principais preocupações da Cáritas. Uma missão já bem conhecida, mas a que a Instrução Pastoral do Episcopado "AAc­ção Social da Igreja", de 23 de Novembro de 1997, veio trazer maior urgência e actualidade.

Neste espírito, foram realizados encontros de formação em Al­caria, no dia 12 de Dezembro, (para as vigararias de Porto de Mós e Fátima) e nas Colmeias, no dia 16 de Janeiro de 2000 Foram jorna­das bem participadas que, em geral, suscitaram o interesse de boas dezenas de pessoas e dos párocos. A ausência de uma ou outra paró­quia apenas evidencia o muito que se reconhece haver por fazer e o diferente ritmo a que se caminha na pluralidade das comunidades cristãs da diocese.

Estas acções foram organizadas pela Cáritas, tendo, no entan­to, havido o cuidado de as enriquecer com a participação de outros organismos diocesanos com preocupações comuns na área sócio--ca­ritativa.

Nelas participaram, por isso, representantes do Conselho Cen- ' traI da Sociedade de S. Vicente de Paulo, do Movimento da Mensa­gem de Fátima e da Comissão para a Pastoral da Saúde. Esta pluralidade de representações foi bem acolhida pelos participantes e entendida como sinal de unidade na expressão do serviço fraterno dos cristãos às pessoas que experimentam situações de privação de qualquer natureza.

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Promoção da Acção Social da Igreja

Como tem sido um dos objectivos principais, a Cáritas partici­pou numa sessão de trabalho em ordem à constituição de grupo lo­cal de acção social em formação na Bidoeira. Além disso, a Cáritas fez-se representar nas festas que as comunidades das Cortes, Bar­reira, Parceiros e Coimbrão promoveram em homenagem aos seus doentes e filhos mais idosos.

Encontro da Família Cáritas

A Direcção da Cáritas empenhou-se na valorização do dia Cá­ritas junto dos seus colaboradores. Para isso, levou a efeito o "En­contro da Família Cáritas" a 28 de Fevereiro que, reunindo cerca de 90 pessoas, se caracterizou pelos momentos de formação, partilha e oração.

O encontro constitui uma oportunidade para reforçar os laços entre todos os construtores da Cáritas e para os grupos paroquiais partilharem as suas experiências, projectos e dificuldades. Na oca­sião, a Dra. Mavíldia Frazão, do Serviço Social do Centro Paroquial Paulo VI, de Leiria, deu a conhecer também um pouco da vida e dos projectos do Centro de Acolhimento de Leiria.

INTERVENÇÃO SOCIAL

A problemática da pessoa idosa

A Cáritas, em parceria com a Sub-Região de Saúde de Leiria, preparou um curso intensivo com a finalidade principal de prestar formação prática e objectiva para as diversas situações com que se deparam todos os que, de uma ou de outra fonna, convivem com a ge­ração da terceira idade. Os destinatários principais serão todas as pessoas que, na sua actividade profissional diária, contactam com pessoas desta faixa etária, sendo exemplo de possível público alvo os funcionários de centros de dia, lares de idosos, serviços de apoio do­miciliário, entre outros, além de muitas outras pessoas que, nas suas casas, cuidam dos familiares mais velhos. Por motivos de disponibi-

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lidade dos monitores dos temas a tratar, o curso só se poderá efecti­var-se nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março do próxilno ano.

O número de inscritos -- 500 pessoas inscritas para 200 vagas -- reflecte a falta de oportunidades de formação nesta área e a dis­ponibilidade das pessoas e dos serviços para melhorar a qualidade de vida das pessoas mais idosas.

Semana Cáritas

Tem já longa tradição o Dia Nacional da Cáritas, celebrado no 3.º Domingo da Quaresma, neste ano a 7 de Março, tendo decorrido em Portimão as celebrações de âmbito nacional.

Na semana que precedeu o Dia Cáritas foram difundidas atra­vés da imprensa regional e da Voz de Leiria da Rádio Renascença, mensagens de apelo à solidariedade e partilha, e foi feita uma am­pla divulgação pelas comunidades cristãs de cartazes e brochuras ex­plicativas da actividade e fins da Cáritas.

Foi também realizado, como habitualmente, o peditório públi­co para as actividades da Cáritas, nos maiores centros urbanos da diocese que somou 3.002.939$00, assim distribuídos:

Azoia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Batalha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . .

Cortes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Fátima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Leiria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Maceira . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . .

Marinha Grande . . . . . . . . . . . . . . . . . • .

Marrazes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Minde . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . .

Mira d'Aire . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • .

Ourém . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Pataias . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . • . . . . .

Pedrógão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Porto de Mós . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Vieira de Leiria . . . . . . . • . . . . . . . . . . . .

43. 135$00

18. 190$00

4. 125$00

746.690$00

1.473.189$00

14.020$00

152.745$00

83.025$00

63.820$00

11.630$00

204.245$00

94.015$00

1.335$00

33. 120$00

59.655$00

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Como fora previamente anunciado, metade da colecta na ci­dade de Leiria reverteu para o Centro de Acolhimento de Leiria.

Os valores alcançados resultam de pequenos contributos de inú­meras pessoas que, por todo o espaço diocesano, continuam a eleger a Cáritas como ponto de encontro de múltiplos gestos confirmativos dum sentimento de solidariedade bem enraizado.

Esta confluência de atitudes não teria sido possível, porém, sem o trabalho generoso e abnegado de cerca de 150 pessoas que, durante três dias, realizaram o peditório público. A Cáritas sente seu dever deixar registado neste relatório o agradecimento que lhes é devido.

Recolha de sangue

No dia 17 de Março, integrada na Semana Cáritas, foi, pelo 2.º ano consecutivo, promovida urna recolha de sangue com o apoio e a favor do Hospital de Leiria a que aderiram 30 dadores.

Foi uma iniciativa que, respondendo a necessidades quotidianas das instituições de saúde, pretendeu também despertar para outras acções concretas de partilha e promover a corresponsabilidade e par­ticipação de cada um na solução dos problemas humanos.

Campanhas de solidariedade

Situações de calamidade ocorridas em vários pontos do globo, justificaram a pronta campanha de solidariedade da Cáritas que fez chegar ao destino os donativos conseguidos na diocese de Lei­ria-Fátima.

Os contributos para estas campanhas vieram de dádivas parti­culares entregues directamente na Cáritas, mas a maior parte resul­tou de dádivas das comunidades cristãs da diocese através da dinamização dos respectivos párocos.

As campanhas e os valores apurados foram os seguintes:

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Angola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Guiné . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Kosovo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

América Latina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Timor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

4.732.067$00

1.596.620$00

4.202.227$00

188.131$00

6.432.475$00

17.151.520$00

As campanhas apontaram, sobretudo, para a recolha de dinhei· ro, considerando que as distâncias inviabilizavam outro tipo de apoios. No entanto, em relação a Angola, foi decidido pela Cáritas Portuguesa, ouvida a sua congénere angolana, converter em alimen· tos os apoios financeiros recolhidos por todas as Cáritas diocesanas. Foi, assim, possível, recolher em Portugal e enviar para Angola 32 contentores com 640 toneladas de bens alimentares essenciais, nos meses de Agosto e Setembro.

Na Diocese de Leiria-Fátima e por iniciativa do Pe. Vítor Mira foi organizada a remessa de um contentor com bens diversos para a Diocese do Sumbe. A iniciativa teve o apoio da Cáritas que adquiriu alguns bens e custeou o transporte do contentor.

A campanha para Timor, além dos apoios financeiros que reco­lheu, teve características peculiares. Sob a designação de "Família a Família, Por Timor" foi proposta às famílias portuguesas a gemina­ção com famílias timorenses, com o objectivo de, não apenas garantir o apoio material necessário para as necessidades básicas de um agre­gado familiar timorense, por um período variável entre 6 e 24 meses, mas também fomentar a aproximação e o conhecimento individuali­zado que for possível estabelecer através do processo de geminação.

Nesta Diocese 32 famílias aguardam que as condições em Ti­mor permitam o início da efectivação deste projecto, sendo de cerca de 300 contos o valor mensal com que se dispõem a apoiar as famí­lias timorenses.

Ainda que a nível modesto, as campanhas de solidariedade pro­movidas pela Câmara Municipal de Leiria e pela Associação Recrea­tiva Batalhense em favor das populações de S. Filipe - Cabo Verde - e S. Tomé e Príncipe, respectivamente, mereceram também o apoio da Cáritas em bens alimentares e de vestuário.

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PLANO DE ACTIVIDADES 2000

1. Garantir e valorizar os serviços de atendimento na perspec­tiva da superação dos problemas e da autonomia das pessoas aten­didas. Proporcionar oportunidades de formação nesta área específica.

2. Assegurar o serviço de recolha, selecção e distribuição de bens de vestuário, de calçado e outros, cuidando do esforço de educação para o efectivo reconhecimento da dignidade devida aos destinatários desses bens.

3. Assegurar uma criteriosa distribuição dos bens alimentares confiados à Cáritas para o concelho de Leiria no âmbito do Progra­ma Alimente.r de Ajuda a Carenciados/2000

4. Promover e valorizar as Colónias de Férias de crianças e ado­lescentes na Praia do Pedrógão por forma a constituírem um tempo de desenvolvimento das potencialidades individuais e de experiência de vida em grupo em ordem ao crescimento e formação integral de cada participante. Integrar a experiência do voluntariado e da gra­tuidade do trabalho dos monitores num projecto pessoal de forma­ção e crescimento conformes ao espírito da Cáritas.

5. Valorizar a presença dos idosos na Casa do Pedrógão através da criação de tempos de convívio e animação ou outras iniciativas que promovam o seu bem estar material e espiritual.

6. Prosseguir os esforços junto das comunidades paroquiais, em ordem ao crescente empenhamento para uma participação activa na solução dos problemas sociais que emergem do seu seio visando, no­meadamente, a formação de um grupo ou serviço paroquial de acção social onde ainda não exista,

7, Promover, por si ou em conjunto com organismos diocesanos afins, acções de formação dirigidas aos agentes da pastoral social das vigararias das Colmeias, Monte Real e Marinha Grande em ordem ao revigoramento das motivações e uma acção mais esclarecida.

8. Concretizar a iniciativa programada no ano anterior de rea­lizar uma acção de formação sobre a problemática da pessoa idosa em colaboração com a Sub-Região de Saúde de Leiria, em ordem a me-

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Ihorar a qualificação das pessoas que, em suas casas, lidam diaria­mente com familiares idosos. Fazer diligências em ordem à repetição do mesmo curso para atender todas as pessoas inscritas.

9. Reforçar o equipamento da Casa do Pedrógão em ordem a res­ponder às solicitações e necessidades do crescente número de uten­tes, nomeadamente instalar rede exterior de águas no lº andar para substituição da actualmente existente, substituir a caldeira de aque­cimento de águas, adquirir mesas de trabalho para a sala de reu­niões e aparelhos de aquecimento para o inverno.

10. Prosseguir O desenvolvimento de contactos em ordem à re­gularização da situação da Casa do Pedrógão perante os órgãos da administração local.

11. Proceder à elaboração de um novo projecto de estatutos da Cáritas de Leiria, tomando como referência os Estatutos da Cáritas Portuguesa logo que aprovados pela Conferência Episcopal.

12. Reflectir, com a colaboração de peritos locais, sobre a proble­mática social do nosso meio em ordem a melhorar o conhecimento dos problemas e poder conduzir a novas formas de presença e actua­ção da Cáritas Diocesana.

A Direcção

A.C.I.S.J.F - JUNTA DIOCESANA DE LEIRIA

l - Abertura

Disponíveis para {{servir" e {{amar sem medidan os que procuram na ACISJF apoio, formação ou prevenção, foi o sentido de todo o nos­so trabalho em 1999.

Final de século, com muito trabalho, com algumas quase desi­lusões, é certo, mas sem nunca deixar morrer a Esperança. São ra­zões da nossa Esperança:

- a nova sede, como alicerce dum novo e ajustado trabalho co­munitário de formação, prevenção e encaminhamento;

- a vontade de acompanhar a vertiginosa mudança dos tempos modernos;

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000

- O querer estar sempre actualizado sem ceder às ilusões do fá­cil ou do imediato;

- o sentir a responsabilidade s6cio-educativa do nosso tempo, e a possibilidade de iluminar caminhos ou balizar horizontes.

Após a longa noite de dificuldades e contradições, aguardamos o surgir radioso da aurora.

A juventude e a nossa terra tudo merecem. Que a nossa Padroeira nos mantenha a mão firme, porque aqui

ao leme " sou mais do que eu" e mais do que o prazer e o luxo manda a vontade do Deus que nos criou e quere felizes.

2 - Assistência Religiosa

A nossa gratidão pelo dom do Assistente Religioso que nos deu. Sempre interessado, sempre presente, sempre com um conselho

e uma serena, mas profunda, visão das coisas e das situações. Que o Senhor no-lo conserve.

3 - A.T.L

Das actividades habituais desta Secção, que acolhe crianças, de ambos os sexos, nos tempos pós-escolares, destacamos apenas:

3. 1 - Visitas culturais:

- A biblioteca municipal com exibição de um fIlme. - A exposição de pin tura de:

• Lino Ant6nio, no antigo Banco de Portugal, • Pedro Tudela, na galeria de arte "Lídia Cruz", • Jorge Rodrigues, na biblioteca municipal, • Artur Franco, também na biblioteca municipal.

- Ao Arquivo Distrital com uma exposição sobre o "25 de Abril".

- A exposição fotográfica. de Mário Cabrita Gil, no Banco de Portugal.

- Ao camião do "Euro".

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3.2 - Participação em:

- "Riscos e Rabiscos", programa de animação da R.T.P., no jar­dim Luís de Camões,

- Atelier de pintura, promovido pela biblioteca municipal, jun­to ao parque infantil,

- Natal da SIC, no teatro José Lúcio da Silva, - "Praça da alegria", programa da Televisão, na Praça Rodri-

gues Lobo, - Feira do Livro, no Dia Mundial da Criança, onde elementos

do Teatro de Leiria figuraram várias histórias, - Inauguração da rotunda "Mevlin Jones", fundador dos "Lions", - Desfile do Dia Mundial do Ambiente, com um lanche ofereci-

do pela Câmara e música da Tuna Académica, - Festa de 2 de Fevereiro com canções e a exposição de trabalhos, - Carnaval com desfile pela cidade, - No final da L" etapa da ''Volta a Portugal".

3.3 - Passeios culturais:

- Dentro da cidade a: antigo convento dos Capuchos, Instituto Português da Juventude, Colégio de Nossa Senhora de Fátima, Or­feão de Leiria, Estádio Municipal, nova ponte sobre o Lis, piscinas municipais, Escola Comercial, Gráfica de Leiria, Diário de Leiria.

3.4 - Cartões de Natal:

- Cartões de "Boas Festas", desenhados e coloridos pelas crian­ças, e por estas, em grupo, entregues a: Sr. Bispo, Jornal de Leiria, Diário de Leiria, Região de Leiria, Voz do Domingo, Mensageiro, Cá­ri tas Diocesana e Rádio Renascença e às Dirigentes e Trabalhadoras da ACISJF, estas últimas, durante um lanche de Natal.

4 - Cursos

Passaram este ano pelos cursos dez pessoas. Seis delas aprovei­taram os tempos livres para aprenderem alguns pontos.

Durante as férias grandes, tivemos 16 jovens, entre os 12 e os 18 anos.

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 199912000

Estasjovens, prepararam uma peça de teatro, denominada "Fe­cho edair", com que animaram a visita ao Lar de Idosos de Nossa Se­nhora de Encarnação.

5 - Presenças na Rádio Renascença

Por duas vezes a Directora, Maria José Martins Gaspar esteve nos emissores de Leiria da R.R.:

- Por ocasião do aniversário de 2 de Fevereiro, com indicação da razão e do programa dessa festividade;

- Em Setembro, para divulgação do nosso trabalho e programa. No que foi acompanhada pela Elisabete, antiga aluna e agora nossa funcionária, que deu um testemunho sobre a sua vivência na ACI­SJF, e a influência desta na sua formação.

6 - Outros Registos

- "Os Leos" jovens do "Lions Clube" entregaram cem contos pro­venientes das suas actividades.

- Uma obra Social do Brasil, dada a existência de relações fa­miliares com a nossa Presidente, visitou-nos, mostrou grande inte­resse pelo projecto da nossa sede, na qual pretende partici par com a oferta de materiais. Aguarda o envio de alguma documentação. E mais um gesto de solidariedade revelador da mão de Deus e de sua Mãe a favor da nossa sede. Desde já o nosso "obrigado" aos irmãos do Brasil pelo interesse revelado.

- A Presidente da Direcção representou a Associação nas duas Assembleias Nacionais, e, juntamente com a Presidente da Assem­bleia, apresentou cumprimentos ao SrO Bispo pela Páscoa, pelo Na­tal, e Dias do Bom Pastor e do seu aniversário natalício.

-A Presidente da Direcção participou nas reuniões Sinodais da Diocese, como delegada da Associação.

- O Tesoureiro participou em todas as Assembleias da União das IPSS.

- A Direcção reuniu formalmente uma vez por mês, embora te­nha havido muitas reuniões parcelares, como foram as da prepara-

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000

ção da revisão dos Estatutos. Sobre este assunto tivemos várias ses­sões de trabalho com funcionários do CRSS.

- Registamos com simpatia e agradecimento a colaboração exemplar da associada, Maria Helena Gens Moura Ramos, na área da secretaria, bem como a da Directora da "Casa de Trabalho"," Ma­ria José Martins Gaspar, com uma dedicação invulgar à Associação.

- Participamos no Curso de Formação de Dirigentes, promovido pela Junta Nacional, em Fátima, estando a tempo pleno a Elisabete Marques da Ponte, e a tempo parcial as Presidentes da Assembleia, da Direcção e do Conselho Fiscal, e ainda três associadas. Este curso fez uma visita à Batalha, com Missa Dominical, onde participaram também vários outros membros desta Associação, incluindo a asso­ciada Maria Hercília Zuquett, que se prontificou a guiar a visita ao Mosteiro, pelo que a ACISJF se confessa reconhecida.

- Os jornais locais deram algumas notícias da Associação espe­cialmente cm Fevereiro e no inicio do ano escolar.

- A Festa aniversária de 2 de Fevereiro, que "é sempre momen­to de grande alegria para a nossa Associação, contemplou no seu programa, uma vez mais, a Missa na Igreja do Espírito Santo, cele­brada pelo Sr.D. Serafim e concelebrada pelo nosso Assistente, com inclusão da benção das velas, por ser o dia de "Nossa Senhora das Candeias". Na sede, procedeu-se à abertura da exposição de costu­ra, bordados e artes plásticas, com os trabalhos dos alunos do A.T.L. e da Casa de Formação Doméstica e Profissional. Seguiu-se um al­moço simples, confeccionado também na nossa casa, onde não fal­tou o "bolo de aniversário" não só para festejar os 49 anos da Casa de Formação Doméstica e Profissional, mas também o aniversário da nomeação do Sr. D. Serafim para a Diocese de Leiria/Fátima. Coincidência feliz que muito nos agrada festejar conjuntamente. Pa­rabéns Sr. D. Serafim. Bem haja.

Pelo grande estímulo que nos advém do convívio com os nossos amigos e colaboradores apraz-nos registar a presença de Dirigentes Nacionais da ACISJF, do Centro Regional de Segurança Social, da Presidente da Càmara, do Pároco da Sé, do Presidente da Junta de Freguesia, do Lions Clube, da Cáritas, da Cruz Vermelha, e ainda do Vereador Dr. Victor Lourenço e da Sra. D. Maria Octávia Santos Se­bastíão, fundadora da ACISJF nesta Diocese. Presentes também mui-

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tas associadas, alunas e familiares, As crianças do AT.L., durante o almoço, alegraram o convívio com os seus can tares e "gracinhas".

7 - Contas e Estatística

7. 1 -Receita

Origem ATL Cursos/Lar Soma

Mensalidades (Familia) 4.482.91 0$00 435.700$00 4.91 8.6 1 0$00

Subsidio do CRSS 4.429.440$00 4.429.440$00

Subsidio - Autarquia 550.000$00 550.000$00

Reembolsos Vários 68.480$00 68.480$00

Juros Bancários 7.1 74$60 7.1 74$60

Donativos Vários 5.019.750$50 1 6.202.41 0$20 21 .222.1 60$70

Soma 13.932.1 00500 17.263.764580 31 .1 95.865$30

7.2 -Despesa corrente

Origem ATL (2/3) Cursos (1/3) Soma

Alimentação/hotelaria 612.039$50 306.01 9$50 918 .059$00

Luz, gás e água 223.1 97$00 1 1 1 .602$00 334.799$00

Consumo Secretaria 39.513$00 1 9.837$00 59.350$00

Renda de casa 1 88.600$00 94.300$00 282.900$00

Restantes despesas 304.071$00 1 51 .821 $50 455.892$50

Impostos 1 8.330$00 9.1 70$00 27.500$00

Desp. c/ Pessoal 6.021 .376$00 3.009.730$00 9.03 1 . 1 06$00

Quotiz. - União IPSS 2.500$00 1 .250$00 3.750$00

Amortizações 1 2.332$00 38.559$00 50.891$00

Soma 7.421 .958550 3.742.289S00 1 1 . 164.247550

Nota: A diferença na receita de 20.031.617$80, amortizou par­te da dívida existente, reduzindo-a para 556.244$00.

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 199912000

7.3 - Outros valores do Balanceie em 31 de Dezembro de 1999

Classe ATL Cursos Soma

Débito:

1 2 - Bancos 54.584$00 54.584$00

23 - Emprést. obtidos 209.253$00 346.991 $00 556.244$00

24 - Retenção na fonte 1 1 8.369$00 59.1 84$00 1 77.553$00

27 - Diferidos (fér. enc.) 509.500$00 254.000$00 763.500$00

48 - Amort. acumuladas 91 .254$00 1 37.000$00 228.254$00

Soma 928.376$00 851.759$00 1 .780.135500

Crédito:

42 - Imobilizaç.-Equip. 1 1 0.577$00 1 43.500$00 254.077$00

44 - Obra/Curso (sede) 5.966.770$00 5.966.770$00

51 - Fundo Social 4.220$90 4.220$90

59 - Result. Tr. Ano Ant. 7.327.941 $00 8.158.01 7$70 1 5.485.958$70

Soma 7.438.518500 1 4.272.508S60 21.71 1 .026S60

7.4 - Estatística

Frequência média anual 65,08 1 0

Custo médio mensal/utente 9.503$63 3 1 . 1 85$74

Comparticipação do Estado 59,68%

Comparticipação da Família 60,4% 1 1 ,64%

Do presente relatório ressalta: - a recuperação económica, ainda não é a suficiente, - a impossibilidade de crescimento, por falta de instalações. A dinâmica das Associadas e a generosidade de muitos pro­

porcionou tal recuperação e o manter viva a esperança da nova se­de. Esse sonho, está longe, mas mantém-se, agora com melhores perspectivas.

O nosso obrigado a Deus e a todos os colaboradores e benemé­ritos por tudo o que foi feito.

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RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES 1999/2000

Que as nossas imperfeições não retardem mais a obtenção da comparticipação e o início da construção da nova sede.

Leiria, 10 de Março de 2000. A Direcção

CARTA DO SR. REITOR DO SEMINÁRIO DIOCESANO Aos Secretariados e Serviços Diocesanos

Uma vez que se modificaram as condições de ocupação do edifício e numa tentativa de organizar a sua utilização, a Administração do Seminário Diocesa­no procedeu a algumas mudanças, que, espera, contribuam para um melhor fun­cionamento de todos os serviços que dele usufuem.

Apesar de não termos ainda as melhores condições, pensamos que Secre­tariados, Comissões e Serviços Diocesanos têm, agora, mais espaço e melhor fa­cilidade de circulação dentro do edifício, deixando também à Comunidade Formativa do Seminário uma área mais reservada e tranquila.

Pediria a todos os que utilizam este edifjcio o favor de terem em conta al­gumas regras para o seu bom funcionamento:

- o edificio não é propriedade de nenhum Secretariado, Comissão ou Ser­viço, mas está disponível para a realização das suas actividades, devendo ser bem tratado e respeitadas as normais regras de utilização;

- as salas ou outros espaços e meios utilizados devem ficar devidamente ar­rurnndos e limpos depois de terem servido;

- deverá fazer-se um grande esforço no sentido de manter um silêncio que possibilite o trabalho de todas as pessoas que utilizam a casa;

- pede-se aos utentes o espacial favor de não fumarem dentro das instala-ções;

- a zona reservada aos alunos do Seminário não deve ser invadida por pes­soas estranhas a essa comunidade e aquele espaço não deve ser lugar de passa-gem;

- todas asactividades devem ser previamente marcadas em agenda que se encontra na Portaria do Seminário, com, pelo menos, 15 dias de antecedência;

- a Portaria do Seminário está aberta de segunda a sexta-feira, das 9 às 23 horas, e ao sábado c domingo, das 9 às 19 horas, sendo este o tempo normal de funcionamento das actividades; pedimos que se faça um grande esforço no sentido de não ultrapassar este horários;

- a entrada das pessoas faz-se pela Portaria; os grupos grandes, que utili­zam a Aula Magna, a Cripta, o Ginásio ou a Igreja, deverão informar o porteiro para que abra e feche as respectivas portas.

Com os melhores cumprimentos.

Leiria, 3 de Novembro de 2000. Pe. Virgilio do Nascimento Antunes

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DECLARAÇÃO "DOMlNUS JESUS"

SOBRE A UNICIDADE E UNIVERSALIDADE SALVÍFICA DE JESUS CRISTO E DA IGREJA

Com a data de 6 de Agosto 2000 a Congregação da Doutrina da Fé publicou uma "Declaração" que suscitou alguma polémica e que precisa de ser lida integralmente. Em sintonia com a Escola de For­mação Teológica de Leigos da Diocese de Leiria-Fátima, que promo­veu uma notável reflexão (lO de Novembro), transcrevemos o Capítulo N e a Conclusão, mantendo a numeração e as notas segundo o texto original, publicado pela Editora Vaticana.

IV. UNICIDADE E UNIDADE DA IGREJA

16. O Senhor Jesus, único Salvador, não fonnou uma simples co­munidade de discípulos, mas constituiu a Igreja como mistério salví­fico. Ele mesmo está na Igreja e a Igreja n'Ele (cC Jo 15, lss.; Gal 3, 28; Ef 4, 15-16; Actos 9, 5); por isso, a plenitude do mistério salvífico de Cristo pertence também à Igreja, unida de modo inseparável ao seu Senhor. Jesus Cristo, com efeito, continua a estar presente e a operar a salvação na Igreja e através da Igreja (cC Coi 1, 24-27), (") que é o seu Corpo (cC 1 Cor 12, 12-13.27; Coi 1, 18). (")

E, assim como a cabeça e os membros de um corpo vivo, embo­ra não se identifiquem, são inseparáveis, Cristo e a Igreja não po­dem confundir-se nem mesmo separar-se, constituindo ao invés um único "Cristo total" ("). Uma tal inseparabilidade é expressa no No­vo Testamento também com a analogia da Igreja Esposa de Cristo (cf. Cor 11, 2; Ef 5, 25-29; Ap 21, 2.9). (")

47. Cf. CONC. VATICANO II, Consto dogm. Lumen gentium, n. 14.

48. Cf. ibid., n. 7.

49. Cr. S. AGOSTINHO, Enarrat. in Psalmos, Ps. 90, Sermo 2, 1: CCL 39, 1266; S. GREGÓRIO MAGNO, Moralia in lob, Praefatio, 6, 14: PL 75, 525; S. TOMÁS DE AQUINO, Summa Theologiae, III, q. 48, a. 2 ad 1.

50. Cr. CONC. VATICANO II, Consto dogm. Lumen gentium, n. 6.

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DECLARAÇÃO "DOMINUS JESUS"

Assim, e em relação com a unicidade e universalidade da me­diação salvífica de Jesus Cristo, deve crer-se firmemente como ver­dade de fé católica a unicidade da Igreja por Ele fundada. Como existe um só Cristo, também existe um só Corpo e uma só Esposa: f(uma só Igreja católica e apostólica" ("). Por outro lado, as promessas do Se­nhor de nunca abandonar a sua Igreja (cf. Mt 16, 18; 28, 20) e de guiá­-la com o seu Espírito (cf. Jo 16, 13) comportam que, segundo a fé católica, a unicidade e unidade, bem como tudo o que concerne a in­tegridade da Igreja, jamais virão a faltar. (")

Os fiéis são obrigados a professar que existe uma continuidade histórica - radicada na sucessão apostólica (") - entre a Igreja fun­dada por Cristo e a Igreja Católica: "Esta é a única Igreja de Cristo [ . . . ] que o nosso Salvador, depois da sua ressurreição, confiou a Pedro pa­ra apascentar (cf. Jo 21, 17), encarregando-o a Ele e aos demais Após­tolos de a difundirem e de a governarem (cf. Mt 28, 18 ss.); levantando-a para sempre como coluna e esteio da verdade (cf. 1 Tim 3, 15).

Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste [subsistit in] na Igreja Católica, governada pelo su­cessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele ("). Com e ex­pressão {(subsistit in", o Concílio Vaticano II quis harmonizar duas afirmações doutrinais: por um lado, a de que a Igreja de Cristo, não obstante as divisões dos cristãos, continua a existir plenamente só na Igreja Católica e, por outro, a de que "existem numerosos elementos de santificação e de verdade fora da sua composição", (") isto é, nas

51. Simbolo da fé: DENZ., n. 48. cr. BONIFÁCIO VIII, Bula Unam Sonetam: DENZ., n. 87()-872; CONC. VATIC. II, Canst. dogm. Lumen gentium, n. 8.

52. Cr. CONC. VATICANO II, Deer. Unitatis redintegratio, n. 4; JOÃO PAU­LO II, Carta Ene. Ut unum sint, n. 11: AAS 87 (1995) 921-982.

53. cr. CONC. VATICANO II, Consto dogm. Lumengentium, n. 20: cr. ainda S. IRENEU, Adversus Haereses, III, 3, 1-3: SC 211, 20-44: S: CIPRIANO, Epist. 33, 1: CCL 3B, 164-165; S: AGOSTINHO, Contraadvers. legis etpro­phet., 1, 20, 39: CCL 49, 70.

54. cr. CONC. VATICANO II, Consto dogm. Lumen gentium, n. 8.

55. Ibid., cr. JOÃO PAULO II, Carta Ene. UI "num sint, n. 13. CONC. VATI­CANO II, Consto dogm. Lumengentium, n. 15 e Decr. Unitatis redintegra­tio, n, 3.

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DECLARAÇÃO "DO MI NUS JESUS"

Igrejas e Comunidades eclesiais que ainda não vivem em plena co­munhão com a Igreja Católica ("). Acerca destas, porém, deve afir­mar-se que "o seu valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja Católica". (57)

17. Existe portanto uma única Igreja de Cristo. que subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele ("). As Igrejas que, embora não estando em per­feita comunhão com a Igreja Católica, se mantêm unidas a esta por vínculos estreitíssimos, como são a sucessão apostólica e uma válida Eucaristia, são verdadeiras Igrejas particulares ("). Por isso, tam­bém nestas Igrejas está presente e actua a Igreja de Cristo, embora lhes falte a plena comunhão com a Igreja católica, enquanto não acei­tam a doutrina católica do Primado que, por vontade de Deus, o Bis­po de Roma objectivamente tem e exerce sobre toda a Igreja. (00)

As comunidades eclesiais, ao invés, que não conservaram um válido episcopado e a genuína e íntegra substância do mistério euca­rístico, (") não são Igrejas em sentido próprio. Os que, porém, foram

56. É, portanto, contrária 80 significado autêntico do texto do Concílio a inter­pretação que leva a dequzir da fórmula subsistit in a tese, segundo a qual, a única Igreja de Cristo poderia trambém subsistir em Igrejas e Comuni­dades Eclesiais não católicas. "O Concílio, invés, adoptou a palavra "sub­sistit" precisamente para esclarecer que existe uma só "subsistência" da verdadeira Igreja, ao passo que fora da sua composição visível existem ape­nas "elementa Ecclesiae", que, - por serem elementos da própria Igrej a ­tendem a conduzir para a Igreja Católica" [CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Notificação sobre o volume �Igreja: carisma e poder" do P. Leonar­do Boff: AAS 77 ( 1985) 756-762].

57. Cf. CONC. VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, n. 3.

58. Cf. CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Mysterium ecclesiae, n. 1: ASS 65 ( 1973) 396-408.

59. Cf. CONC. VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, nn. 14 e 15; CO­NGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, carta Communionis notio, n. 17: AAS 85 (1993) 838-850.

60. Cf. CONC. VATICANO I, Consto Dogm. Pastor aetemus: DENZ., n. 3053--3064: CONC. VATICANO II, Consto dogm. Lumengentium, n. 22.

61. Cf. CONC. VATICANO II, Deer. Unitatis redintegratio, n. 22.

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DECLARAÇÃO "DOMINUS JESUS"

baptizados nestas Comunidades estão pelo Baptismo incorporados em Cristo e, portanto, vivem numa certa comunhão, se bem que im­perfeita, com a Igreja ("). O Baptismo, efectivamente, tende por si ao completo desenvolvimento da vida em Cristo, através da íntegra pro­fissão de fé, da Eucaristia e da plena comunhão na Igreja. (53)

"Os fiéis não podem, por conseguinte, imaginar a Igreja de Cris­to como se fosse a soma - diferenciada e, de certo modo, também uni­tária - das Igrejas e Comunidades eclesiais; nem lhes é permitido pensar que a Igreja de Jesus Cristo hoje já não exista em parte algu­ma, tornando-se, assim, um mero objecto de procura por parte de to­das as Igrejas e Comunidades" ("). "Os elementos desta Igreja já realizada existem, reunidos na sua plenitude, na Igreja Católica e, sem essa plenitude, nas demais Comunidades" (65). "Por isso, as pró­prias Igrejas e Comunidades separadas, embora pensemos que têm faltas, não se pode dizer que não tenham peso no mistério da salva­ção ou sejam vazias de significado, já que o Espírito Se não recusa a servir-Se delas como de instrumentos de salvação, cujo valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja Católica". (")

A falta de unidade entre cristãos é certamente uma ferida pa­ra a Igreja; não no sentido de estar privada da sua unidade, mas "por­que a divisão é um obstáculo à plena realização da sua universalidade na história". (67)

CONCLUSÃO

23. A presente Declaração, ao relembrar e esclarecer algumas verdades de fé, quis seguir o exemplo do Apóstolo Paulo aos fiéis de

62. Cf. ibid., n. 3.

63. Cf. ibid., n. 22.

64. CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Mysterium ecclesiae, n. 1.

65. JOÃO PAULO II, Carta Enc. Ut unum sint, n. 14.

66. CONe. VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, n. 3.

67. CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Carta Communionis notio, n. 17. Cf. CONC. VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, n. 4.

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DECLARAÇÃO "DOMINUS JESUS"

Corinto: "Pois eu transmiti-vos em primeiro lugar o mesmo que ha­via recebido" (1 Cor 15, 3). Perante certas propostas problemáticas ou mesmo erróneas, a reflexão teológica é chamada a reconfirmar a fé da Igreja e a dar razão da sua esperança de forma convincente e eficaz.

Os Padres do Concílio Vaticano II, debruçando-se sobre o tema da verdadeira religião, afirmaram: "Acreditamos que esta única ver­dadeira religião se verifica na Igreja Católica e Apostólica, à qual o Senhor Jesus confiou a missão de difundir a todos os homens, dizen­do aos Apóstolos: "Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações, bap­tizai-as em nome da Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinai-lhes a cumprir tudo quanto vos mandei" (Mat 28,19-20). Por sua vez, to­dos os homens estão obrigados a procurar a verdade, sobretudo no que se refere a Deus e à sua Igreja, e a abraçá-la e pô-la em práti­ca, uma vez conhecida". (99)

A revelação de Cristo continuará a ser na história "«a verdadei­ra estrela de orientação" ("0) para toda a humanidade: "A verdade, que é Cristo, impõe-se como autoridade universal" ("'). O mistério cristão, com efeito, supera qualquer barreira de tempo e de espaço e realiza a unidade da família humana: "Dos mais diversos lugares e tradições, todos são chamados, em Cristo, a participar na unida­de da família dos filhos de Deus [ ... ]. Jesus abate os muros de divi­são e realiza a unificação, de um modo original e supremo, por meio da participação no seu mistério. Esta unidade é tão profunda que a Igreja pode dizer com São Paulo: "Já não sois estrangeiros nem hós­pedes, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus" (Ef2, 19). (''')

o Sumo Pontífice João Paulo II, na Audiência concedida, a 16 de Junho de 2000, ao abaixo assinado Cardeal Prefeito da Congre-

99. Ibid.

100. Cf. JOÃO PAULO II, Carta Enc. Fides el ralia, n. 15.

101. Ibid., n. 92.

102. Ibid., n. 70.

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DECLARAÇÃO "DOMINUS JESUS"

gação para a Doutrina da Fé, com ciência certa e com a sua autori­dade apostólica ratificou e confirmou esta Declaração, decidida em Sessão Plenária, e mandou que fosse publicada.

Dado em Roma, sede da Congregação para a Doutrina da Fé, 6 de Agosto 2000, Festa da Transfiguração do Senhor.

t JOSEPH Cardo RATZINGER Prefeito

t TARCISIO BERTONE, S.D.B. Arcebispo emérito de Vercelli

Secretário

N. R. - Transcrevemos algumas passagens das respostas do Sr. Cardeal Ratzinger a uma entrevista e um esclarecimento do Papa:

L O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung publicou no dia 22 de Setembro uma entrevista ao Cardeal Joseph Ratzinger, Pre­feito da Congregação para a Doutrina da Fé, na qual o jornalista Ch­ristian Geyer lhe apresentou as principais objecções contra a Declaração uDominus Jesus".

Respondeu:

Antes de tudo desejo expressar a minha tristeza e desilusão pe­lo facto de que as reacções públicas, salvo algumas excepções louvá­veis, ignoraram completamente o autêntico tema da Declaração. O documento começa com as palavras "Dominus Jesus". Trata-se de uma breve fórmula de fé contida na Primeira Carta de São Paulo aos Corfntios (cf. 1 Cor 12, 3), na qual o Apóstolo resume a essência do cristianismo: Jesus é o Senhor.

O documento quer ser um convite a todos os cristãos a abrirem­-se de novo ao reconhecimento de Jesus Cristo como Senhor e a con­ferirem assim ao Ano Santo um significado profundo.

Pareceu-me muito bem que o Presidente das Igrejas protestan­tes da Alemanha, Senhor Kock, na sua reacção, aliás muito sensata, tenha reconhecido este importante elemento do texto e o comparas-

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DECLARAÇÃO "DOMINUS JESUS"

se com a Declaração de Barmen, com a qual em 1934 a "Bekennen­de Kirche", no seu início, rejeitou a Igreja do Reich criada por Hitler.

Também o Prof. Jungel, de Tubinga, - apesar das suas reser­vas sobre a parte eclesiológica - encontrou neste texto uma dimen­são apostólica, semelhante à Declaração de Barmen.

Além disso o Primaz da Igreja anglicana, o Arcebispo Carey, manifestou o seu apoio agradecido e decidido ao verdadeiro tema da Declaração. Porque motivo a maior parte dos comentadores o tratam superficialmente? Gostaria muito que me respondessem.

2. No final da Missa de 1.10.2000, João Paulo II pronunciou uma palavra de esclarecimento sobre o verdadeiro sentido da Decla­ração "Dominus Jesus", que suscitara fortes reacções da parte de não­"""ristãos e não-<:atólicos e também alguma perplexidade mesmo no interior da Igreja Católica.

"Com esta Declaração 'Jesus é o Senhor', por mim apro,vada numa forma especial - afirmou o Papa - quis convidar todos os cristãos a renovarem a sua adesão a Cristo, na alegria da fé, teste­munhando unanimemente que, também hoje e amanhã, é Ele 'o ca­minho, a verdade e a vida'. A nossa confissão de Cristo como único filho, mediante o qual nós próprios vemos o rosto do Pai, não é ar­rogância nem desprezo das outras religiões, mas sim jubiloso reco­nhecimento porque Cristo se nos mostrou sem nenhum mérito da nossa parte. Ele nos empenha a comunicar aos outros O que nos foi dado, porque a Verdade dada e o Amor que é Deus pertencem a to­dos os homens".

"Com o Apóstolo Pedro, nós confessamos 'que não existe salva­çâo em nenhum outro nome'. Na esteira do Vaticano II, a Declaração 'Dominus Jesus' mostra que não se nega com isso a salvação aos não cristãos, mas esta é atribuída à sua fonte original em Cristo, no qual se encontram unidos Deus e o homem. Deus a todos dá a luz de mo­do adequado à própria situação interior e ambiental, concedendo a graça salvífica através das vias que Ele conhece. O Documento escla­rece os elementos cristãos essenciais, que não criam obstáculos ao diá­logo, mas mostram em que base este pode assentar, pois um diálogo sem fundamentos seria destinado a degenerar em verbalismo vazio".

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«o mesmo vale para a questão ecuménica - prosseguiu o Papa. Se o documento declara, com o Vaticano II, que 'a única Igreja de Cris­to subsiste na Igreja Católica', não pretende com isso exprimir pouca consideração para com as outras Igrejas e comunidades eclesiais. Es­sa convicção é acompanhada da consciência de que tal não é mérito humano, mas sim um sinal da fidelidade de Deus que é mais forte do que as debilidades humanas e do que os pecados, que nós confessámos de modo solene perante Deus e os homens, no início da Quaresma. A Igreja Católica sofre por dela se encontrarem separadas autênticas Igrejas particulares e comunidades eclesiais com preciosos elementos de salvação. O Documento exprime assim, uma vez mais, aquela pai­xão ecuménica que está na minha Encíclica (Ut unum sint.'» Na espe­rança de que, superadas "tantas interpretações erradas", a Declaração "possa finalmente desempenhar a sua função clarificadora e ao mes­mo tempo de abertura", João Paulo II concluiu fazendo votos de "que Maria nos ajude a crescer conjuntamente na fé em Cristo, Redentor de todos os homens, na esperança da salvação, a todos oferecida, e no amor, que é o sinal dos filhos de Deus". (P. G.l

CELEBRAR A FÉ NA AUSÊNCIA DO PRESBÍTERO

Os Bispos das Dioceses do Centro (Aveiro, Coimbra, Guarda, Leiria-Fátima, Portalegre-Castelo Branco e Viseu) desde há anos que costumam reunir para tratar assuntos pastorais.

Com data de 18.09.2000 publicaram um texto a que chamaram "instruções pastorais" sobre "O Domingo e a Celebração Dominical".

Destacamos o Capítulo III sobre "Celebrar a Fé na ausência do Presbítero".

L Nos tempos que correm, repetem-se as situações em que não é possível a Eucaristia dominical, nem sequer a sua celebração an­tecipada. Isto acontece sobretudo por falta de padres, mas também porque se multiplicaram os lugares de culto, por vezes exagerada­mente, e todos desejam ter Missa no local onde habitam.

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CELEBRAR A FÉ NA AUSÊNCIA DO PRESBÍTERO

Na falta da celebração da Missa, devemos então garantir à co­munidade cristã a realização de um encontro dominical, que seja ex­pressão da fé e alimento para ela. Isto nos locais onde tal se justificar.

Acompanhar a Missa pela televisão é um costume excelente, pe­lo qual se unem a Deus tantos doentes e idosos, que não podem des­locar-se ao templo. E até para outros, sãos no corpo mas débeis na fé, o acompanhar a Missa pela televisão poderá ser bom caminho para um recomeço da prática cristã. Mas a participação televisiva não tem o calor da fé que damos e recebemos com a nossa presença física; fal­ta-lhe a vivência comunitária e a riqueza da comunhão sacramental no Corpo do Senhor, sempre que para ela estamos preparados.

Esperamos, por isso, que os cristãos a quem não seja passiveI participar na Missa, sintam interiormente a obrigação de tomar par­te na celebração dominical da Palavra de Deus. Estas reuniões de oração felizmente já são habituais em muitas das nossas terras; a experiência mostra que, sendo bem feitas, garantem em boa parte aqueles valores que recordámos a respeito do Domingo.

Dizer que estas celebrações são iguais à Missa é um erro. Mas são muitos os seus valores: mostram que a Igreja está presente e viva na povoação; mantêm nos cristãos a consciência de pertencerem a urna comunidade e da obrigação de perseverarem nela; ajudam os fiéis a cumprirem o dever de rezar juntos; alimentam a fé com a escuta se­manal da Palavra de Deus, meditando as passagens bíblicas escolhi­das para aquele dia em toda a Igreja; oferecem o alimento sacramental do Corpo do Senhor, que é o "pão da vida" para toda a semana, em co­munhão com a celebração eucarística noutro lugar ou noutro dia.

Não podemos perder estas riquezas. Por isso mesmo, a san ta Sé e muitos Bispos têm publicado sugestões e normas para que estas "celebrações dominicais na ausência do presbítero" se reali­zem e multipliquem, de acordo com as necessidades e as conveniên­cias, e se façam de modo digno.

Em algumas das nossas Dioceses há muito que estas celebrações são um bem adquirido. As comunidades desejam-nas e bastantes cristãos oferecem-se para as dirigir.

Nós, Bispos, estamos atentos ao modo como se praticam. Sen­timos que importa valorizá-las; sentimos também que é necessário evitar alguns desvios que tendem a enraizar-se.

Por isso, chamamos a atenção para o que dizemos em seguida.

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CELEBRAR A FÉ NA AUSÊNCIA DO PRESBÍTERO

2. Convém primeiramente que os Párocos e os responsáveis lo­cais por estas celebrações conheçam bem as orientações dadas pela Santa Sé e, se for o caso, pelo Bispo da sua Diocese.

A Congregação do Culto Divino publicou em 1988 o "Directó­rio para as celebrações Dominicais na ausência do Presbite­ro". Trata-se de um documento claro e muito concreto; é necessário torná-lo conhecido de todos os cristãos que têm a responsabilidade de conduzir estas assembleias, de modo a que se observem as orien­tações que ali se contêm.

Destacamos entre todas, as seguintes: É fundamental que "se evite com cuidado qualquer confusão en­

tre reuniões deste género e a celebração eucarística" (n.º 22); os Pá­rocos e outros responsáveis pastorais devem perguntar-se, com clareza e sinceridade, se naquele local, estas celebrações são efecti­vamente necessárias (n.' 18); tenha-se sempre em conta que elas exi­gem uma preparação cuidada: de quem as dirige e da assembleia a que se destinam (n.' 26). De seguida, o Directório propõe o esquema básico da celebração, com indicações úteis sobre as partes que o com­põem e o modo como se deve realizar cada uma delas (n.' 41).

Temos acompanhado com interesse e atenção o crescimento des­ta nova prática da vida da Igreja. Mas para que ela continue a ser no futuro uma riqueza e uma fonte de graça, julgamos ainda oportuno sublinhar outros aspectos das celebrações que entre nós necessitam de maior cuidado.

3. A celebração dominical na ausência do presbítero, assim lhe chama o referido documento oficial, não é um mero acto de piedade a difundir. Nem se identifica com qualquer outra celebração da Pa­lavra de Deus, penitencial ou festiva. Convirá distingui-las até na própria designação. A celebração dominical destina-se a manter nos fiéis e nas comunidades os valores do Domingo e sua celebração. Por isso, os Párocos promovam-na somente onde a falta da Missa Domi­nical se sentir e não puder ser resolvida de outro modo.

Isto supõe que se valorize na mente dos fiéis o dever e o mérito que é o sacrifício de uma deslocação: fazendo-a, a pé ou em transpor­te, se a distância não for excessiva, os cristãos ganham em partici­par na Missa ou numa celebração sem presbítero realizada em local mais central.

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CELEBRAR A FÉ NA AUSÊNClA DO PRESBÍTERO

Que o critério para a realização local de uma celebração dominical na ausência do presbítero seja, pois, o da sustentação e do crescimento da vida cristã e não o da cedência ao comodismo ou ao bairrismo.

Multiplicar desnecessariamente tais celebrações, realizando--as onde elas se não aconselham, só porque alguém se ofereceu para as garantir ou em grupo local as desejou na sua capela, acarretará pre­juízo para a vida da comunidade paroquial; fazê-Io em alguns luga­res, porventura próximo da sede paroquial ou templo de maior relevo, contribuirá para o enfraquecimento dos laços comunitários, favore­cendo o individualismo ou a preguiça. Que nunca se perca a referên­cia à igreja paroquial.

Cuidados semelhantes hão--de ter-se quanto à regularidade destas assembleias. O Pároco terá de ponderar o que éjusto e melhor para cada uma das suas comunidades; que em todas aquelas onde houver tais celebrações se realize, ao menos de mês a mês, a Euca­ristia.

Este cuidado poderá levar a que, mesmo em alguma sede de pa­róquia, por vezes se não celebre a Missa, para que o Pároco tenha possibilidade de ir a noutras comunidades onde ela raramente acon­tece. Se assim for, ajude-se a comunidade que nesse domingo não te­ve a Ceia do Senhor, substituída por uma celebração dominical na ausência do presbítero, a aceitar essa privação com espírito humil­de de partilha cristã.

4. O Directório da Santa Sé lembra (n.'s 29 e 30) que, havendo diáconos, deverão ser eles os primeiros a serem chamados para diri­gir as celebrações; na sua falta, serão moderadores os leitores ou acó­litos instituídos, caso existam. A situação mais comum será a de serem escolhidos homens ou senhoras capazes de conduzir uma boa celebração.

O importante é que estejam bem preparados para o fazer e nomeados pelo Bispo para esta missão, por um período determina­do. Mas que nem os próprios nem os Párocos vejam neste serviço uma promoção.

Numa comunidade que justifique esta celebração dominical, se­rá normal encontrar, com tempo e critério, um fiel baptizado, homem ou mulher, que se disponha a fazer a preparação necessária para ser

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CELEBRAR A FÉ NA AUSENCIA DO PRESBÍTERO

condutor da oração na igreja da sua terra e em hora adequada para a comunidade.

Esta é uma perspectiva de futuro: privilegiar e preparar, nas pequenas comunidades, responsáveis locais. Diremos melhor: equi­pas locais de leigos responsáveis.

Mas não cause estranheza que insistamos no cuidado da sua escolha e da sua preparação. Para presidir a estas celebrações, há requisitos que não podem menosprezar-se: dignidade, conheci­mentos, boa apresentação, interesse pessoal e aceitação pela comu­nidade.

Tal como a escolha e a preparação, também a formação con­tínua dos responsáveis pelas celebrações dominicais deve merecer­-nos atenção. Poderemos fazê-la em ãmbito diocesano ou regional, porventura ao nível da zona pastoral, de arciprestado (vigararia) ou até de paróquia, segundo orientações dos serviços diocesanos.

Os Párocos coloquem entre os seus cuidados o contacto frequen­te com estes seus colaboradores.

A respeito deles queremos louvar o sacrifício e o desprendimen­to com que desempenham esta tarefa. E que o proveito económico não de intrometa neste serviço prestado aos irmãos, embora nos pa­reçajusto remunerá-los por despesas feitas, como a dos transportes.

Pedimos-lhes ainda que aprofundem a sua formação cristã, no­meadamente nos campos da Bíblia e da Liturgia; e que cultivem aque­las qualidades e virtudes que se pedem a quem exerce ministérios; a principal será a da humildade: humildade para aceitar correcções, hu­mildade para se desprender do cargo quando isso parecer oportuno.

5. A celebração dominical dos cristãos de uma localidade há-de ser um encontro tranquilo, festivo e verdadeiramente espiritual, ha­bitualmente convocado pelo toque dos sinos. Que ele se realize em hora conveniente, de acordo com a planificação paroquial.

Sobre o esquema da celebração, o Directório pede, antes de mais, que ela "dê a imagem de uma assembleia litúrgica e não uma simples reunião" (n.' 35).

De seguida, lembra a riqueza que é, para uma comunidade cris­tã, ela estar unida à Igreja, escutando a mesma palavra e rezando com os mesmos sentimentos. Daí que as leituras e as orações se­jam as do Leccionário e do Missal marcadas para aquele dia.

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CELEBRAR A FÊ NA AUSÊNCIA DO PRESBÍTERO

Convirá, como dizemos adiante, adoptar nas celebrações mais do que um esquema, sobretudo para deixar bem clara a distinção en­tre elas e a Missa. Mas em caso nenhum poderá omitir-se a procla­

. mação da Palavra de Deus, feita com respeito e seguida de reflexão. O comentário à Palavra há-de merecer particular cuidado

ao Pároco ou sacerdote de quem depende a comunidade. Escreverá a homilia ou fornecerá um texto criteriosamente escolhido. Quem orienta a celebração deverá ater-se ao que lhe for indicado, evitan­do ser longo ou original.

Nunca se omita a profissão de fé. Para as preces de cada Domingo dispomos de formulários ofi­

ciais, podendo introduzir-se alguma intenção da comunidade local. A Comunhão Eucarística é elemento fundamental destas ce­

lebrações. Importa que ela seja feita de modo condigno, sendo acon­selhável fazer-se um acto prévio de adoração ou um tempo de acção de graças.

A qualidade e os frutos da celebração dependem também do em­penhamento com que a preparam os que nela participam. A limpe­za e o arranjo do espaço, a escolha e o ensaio dos cânticos, a leitura prévia dos textos devem fazer-se como nos domingos em que se rea­liza a Eucaristia . . .

6. Os Párocos e outros pastores do Povo de Deus têm-se mos­trado sacrificadamente zelosos para que a Eucaristia se não deixe de celebrar onde era habitual, visto ser ela o alimento principal da fé e da vida cristã. Agradecemos este zelo; mas pedimos-lhes que nos acompanhem na preocupação de prever e preparar o futuro.

Devido à diminuição de sacerdotes e à redução de habitantes em muitas populações das nossas Dioceses, a celebração da Eucaris­tia dominical continuará a sofrer limitações previsíveis. Ela é o cen­tro e a fonte principal da vida cristã; mas não será o único pilar da fé nas nossas comunidades.

Crentes no Espírito de Deus e motivados pelo exemplo de outras Igrejas particulares do mundo católico, havemos de construir comu­nidades locais vivas, animadas por responsáveis que Deus suscita. Importante é sabermos escolhê-los e chamá-los, dar-lhes formação, acompanhá-los.

Ajudar estas comunidades a organizar e garantir a cele­bração do Domingo será um passo importante para o futuro.

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CONSAGRAÇÃO DO MUNDO AO IMACULADo CORAÇÃO DE MARIA

Aquando do Jubileu dos Bispos (cerca de 1.600) em Roma (8 de Ou­tubro 2000), perante a imagem da Capelinha das Aparições de Fátima

(transportada propositadamente para a Praça de S. Pedro), o Papa João Paulo II presidiu a um acto de consagração ao Imaculado Coração de Maria no início do terceiro Milénio. Trata-se de um texto muito rico, de que reproduzimos o 1.Q número:

"Mulher, eis aí o teu filho!" (Jo 19,26) Quando já se aproxima o termo deste Ano Jubilar, no qual Tu, ó Mãe nos destes novamente Jesus, o fruto bendito do Teu ventre puríssimo, O Verbo encarnado, o Redentor do mundo, é-nos particularmente doce ouvir esta palavra com que Ele nos entrega a Ti, tornando--Te nossa Mãe: "Mulher, eis aí o teu filho!". Confiando-Te o Apóstolo João, e com ele os filhos da Igreja, e mesmo todos os homens, Cristo, longe de atenuar, reiterava o seu papel exclusivo de Salvador do mundo. Tu és explendor que nada tira à luz de Cristo, porque existes n'Ele e por Ele. Em Ti tudo é «fiab>, "faça-se": Tu és a Imaculada, és transparência e plenitude de graça. Assim, eis aí os teus filhos, congregados ao teu redor, no alvorecer do novo Milénio. Hoje a Igreja, pela voz do Sucessor de Pedro, à qual se junta a de muitos Pastores aqui reunidos das várias partes do mundo, procura refúgio sob a tua materna protecção e implora confiadamente a tua intercessão perante os desafios que o mundo apresenta.

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ÍNDICE GERAL

Ano VIII • N/! 22 • Janeiro-Abril 2000

Mensagem de Ano Novo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Exortação Sinodal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Santuário de Fátima abriu Ano Jubilar com Bênção do Pórtico 15

Nota Episcopal sobre a Quaresma 2000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

O Jubileu na Diocese de Leiria-Fátima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

A Beatificação dos Pastorinhos de Fátima Francisco e Jacinta Marto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Vida Eclesial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . 29

Ajuda à Igreja que Sofre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

Centro de Preparação para o Matrimónio (Diocese de Leiria-Fá-tima) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ' . . . . . . . . . . 35

Comunicado do Conselho Presbiteral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

A Acção Sócio-Caritativa na Diocese de Leiria-Fátima . . . . . . . 45

Crianças ensinam a adorar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

Congregação dos Bispos comenta Relatório Quinquenal Dioce-sano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

Proleg6menos a uma História da Igreja Medieval em Portugal (continuação do número anterior) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

Carta ao Clero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

Espiritualidade do Francisco e da Jacinta Marto . . . . . . . . . . . 71

Propostas para a Mudança de Atitudes e Práticas Pastorais . . 75

O Património Cultural da Igreja. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

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Ano VIII • N'!! 23 • Maio-Agosto 2000

o Jubileu: "Um único e ininterrupto canto de louvor à Santís-sima Trindade" . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

o Jubileu na Diocese . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96

Propostas para a mudança de atitudes práticas pastorais . . . . 97

A terceira parte do Segredo de Fátima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99

Diocese de Leiria-Fátima (Missas binadas e trinadas - Estipên-dias entregues em 1999) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123

Actos Episcopais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125

A beatificação dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marta . . . . 126

Comunicado da reunião dos vigários da vara . . . . . . . . . . . . . . . 135

A vigararia de Ourém em 1998/1999 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137

Vida Eclesial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139

Processo de beatificação de Luísa Andaluz . . . . . . . . . . . . . . . . 143

Ouro: os dinheiros do Santuário de Fátima . . . . . . . . . . . . . . . . 144

Ofertórios na Diocese . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151

Remodelação das vigararias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156

Objectivos principais no Ano Pastoral 2000-2001 . . . . . . . . . . . 157

"De coração saúdo toda a Diocese de Leiria-Fátima" . . . . . . . . . 159

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Ano VIII • N/! 24 • Setembro-Dezembro 2000

Actos Episcopais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163

Carta do Sr. Bispo aos Padres que presidem ao Terço transmi-tido de Fátima pela Rádio Renascença . . . . . . . . . . . . . . . . . 165

Carta do Sr. Bispo aos Padres Confessores do Santuário de Fá-tima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166

Carta do Sr. Bispo dirigida ao Clero Diocesano . . . . . . . . . . . . . 167

Carta da Congregação dos Bispos sobre o Relatório Quinque-nal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169

Sínodo Diocesano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ . . _ . . . . . . . . . 171

4.' Guião Sinodal de Leiria-Fátima. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173

Carta do Vaticano sobre a Beatificação dos Pastorinhos . . . . . . 176

Vida Eclesial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ . . _ . . . . . . 177

Aniversário da Eleição do Papa João Paulo II . . . . _ . . _ . . . . . . 182

Relatórios de Actividades 1999/2000 . . . . . . . . . . . • . . . . . . _ . . 183

Carta do Sr. Reitor do Seminário Diocesano . . . . . . . . . . . _ . . . 222

Declaração "Dominus Jesus" . . . . . . . . . . . . . . _ _ . . _ . . . . . . . . . 223

Celebrar a Fé na ausência do Presbítero . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230

Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria . . . . . 236

Índice Geral . . . . . . . . . _ _ . . _ . . . _ . . _ . . . . . . . . . _ . . . . . . . . . . 237

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LEIRIA.FÁTIMA, publicação quadri· mestral, que arquiva decretos e pro· visões, divulga critérios e normas de acção pastoral e recorda etapas im· portantes da vida da Diocese.

Impresso na GRÁFICA DE LEIRIA

Depósito Legal N° 64587/93

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