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LEISHMANIOSE LEISHMANIOSE VISCERALVISCERAL
Ana Cláudia de Aquino DantasAna Cláudia de Aquino DantasIsabela Novais Medeiros Isabela Novais Medeiros
Coordenação; Elisa CarvalhoCoordenação; Elisa CarvalhoESCS/SES/DFESCS/SES/DF
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Leishmaniose VisceralLeishmaniose Visceral
Definição:Definição:- É uma antroponose crônica e - É uma antroponose crônica e infecciosa, causada por um protozoário infecciosa, causada por um protozoário do gênero do gênero Leishmania (Chagasi).Leishmania (Chagasi).
Epidemiologia:Epidemiologia:- Incidência no Brasil: 3000 casos/ano. - Incidência no Brasil: 3000 casos/ano. O Nordeste possui 70 a 90% da O Nordeste possui 70 a 90% da população brasileira infectada.população brasileira infectada.
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Patogenia:Patogenia:Repasto sanguíneo pela fêmeaRepasto sanguíneo pela fêmea
do do Lutzomyia longipalpisLutzomyia longipalpis (homem/ (homem/cão) inoculando cão) inoculando amastigotasamastigotas
promastigotas (intestino → saliva) promastigotas (intestino → saliva)
novo repastonovo repasto
promastigotas no SMF promastigotas no SMF amastigotas amastigotas
rompimento dos macrófagos rompimento dos macrófagos
reinfecção de novos macrófagos.reinfecção de novos macrófagos.
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PatogeniaPatogeniaCÉLULA T
Ta = CD 4 Tc = CD 8
Ta1 = Th1 Ta2 = Th2
Ativação de macrófagos
Hipersensibilidade tardia
Linfócitos B
Imunoglobulinas
Resposta celular viral
IL-2 e INF- γIL-4 e IL-10
IL-12
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Quadro ClínicoQuadro ClínicoPeríodo de incubação:Período de incubação: 2 a 7 meses 2 a 7 meses
Manifestações Clínicas:Manifestações Clínicas:Febre irregular e de longa duraçãoFebre irregular e de longa duração
Hepatoesplenomegalia (Hepatoesplenomegalia (↑ volume ↑ volume abdominal)abdominal)
LinfoadenopatiaLinfoadenopatia
EmagrecimentoEmagrecimento
Edema Edema
PalidezPalidez
AsteniaAstenia
AnorexiaAnorexia
Caquexia e morte se não for tratadoCaquexia e morte se não for tratado
Cílios longos e cabelos secosCílios longos e cabelos secos
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Laboratório:Laboratório:--Pancitopenia Pancitopenia
-Hipergamaglobulinemia-Hipergamaglobulinemia
-Hipoalbuminemia e/ou albuminúria-Hipoalbuminemia e/ou albuminúria
--Aumento do VHSAumento do VHS
-Diminuição da Atividade de -Diminuição da Atividade de protrombina protrombina -Aumento de TGO e TGP-Aumento de TGO e TGP
Complicações:Complicações:Infecções bacterianas secundárias Infecções bacterianas secundárias
(PNM, sepse, otite média, dermatite (PNM, sepse, otite média, dermatite infecciosa, diarréia) infecciosa, diarréia)
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Critério clínico-laboratorial: paciente com manifestações clínicas compatíveis com leishmaniose visceral e que apresente teste sorológico (IFI ou ELISA positivo) ou exame parasitológico positivo.
Critério clínico-epidemiológico: todo indivíduo procedente de área endêmica, com quadro clínico compatível com leishmaniose visceral e que respondeu favoravelmente ao teste terapêutico.
Diagnóstico
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DiagnósticoDiagnóstico
Epidemiologia e quadro clínico;Epidemiologia e quadro clínico;
Pesquisa do parasita: Pesquisa do parasita: hemocultura (30% são positivas), hemocultura (30% são positivas), mielograma (75% são positivas) e mielograma (75% são positivas) e aspirado de baço (padrão ouro);aspirado de baço (padrão ouro);
Pesquisa do anticorpo, por meio Pesquisa do anticorpo, por meio de IFI ou ELISA.de IFI ou ELISA.
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TratamentoTratamento
→→ Antimonial pentavalente Antimonial pentavalente (Glucantime)(Glucantime) primeira primeira escolhaescolha
→→ Anfotericina-B Anfotericina-B – casos de – casos de falha terapêutica com falha terapêutica com antimônioantimônio
- Anfotericina B - Anfotericina B lipossomal – possui lipossomal – possui menores efeitos colaterais.menores efeitos colaterais.
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ESTUDO PROSPECTIVO X
ESTUDO RETROSPECTIVO
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Delineamento Experimental
De acordo com o delineamento experimental, os trabalhos clínicos podem ser divididos em: relato de caso, estudo retrospectivo e prospectivo. Tanto o trabalho retrospectivo como o prospectivo podem ser controlados ou não controlados e os controles podem ser escolhidos ao acaso ou não.
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Estudo Prospectivo Prospectivo
“Acompanhamento” As definições dos eventos de interesse e o delineamento da
investigação são feitos antes da coleta
de dados; Há uma
uniformidade de critérios para a
coleta de dados, o que lhe confere
melhor qualidade (em comparação com
o estudo retrospectivo).
Estudo Retrospectivo Retrospectivo “Resgate de dados”;
Utilizam-se dados do passado sobre
exposição e doença
“duvidoso”
A informação de padronização é
discutível pois os prontuários
rotineiramente não preenchidos segundo critérios uniformes.
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Aspectos Clínicos e Epidemiológicos da
Leishmaniose Visceral em menores de 15 anos
procedentes de Alagoas, Brasil.Célia Maria Silva Pedrosa
Eliana Maria Maurício da Rocha
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 2004;37: 300 – 304
Ana Cláudia de Aquino Dantas ESCS / FEPECS/SES/DF
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Objetivo
Investigar características epidemiológicas e clínicas da Leishmaniose Visceral em menores de 15 anos em Alagoas no período de 1981 – 1995.
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Material e MétodosDESCRIÇÃO DO ESTUDO E
POPULAÇÃO ESTUDADA:Estudo prospectivo no período de
janeiro de 1981 a dezembro de 1995, em pacientes menores de 15 anos admitidos para tratamento de LV, no Hospital Escola Dr. Hélvio Auto (HEHA), em Maceió – AL.
O HEHA é o único hospital público no Estado responsável pela internação e tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas.
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Material e Métodos
MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO:
Instituição de um protocolo para o acompanhamento dos pacientes, sendo o preenchimento dos dados feito por um investigador ou participantes treinados.
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Material e Métodos
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DEFINIÇÃO DE CASO:
Definição de caso: pacientes com história e exame físico compatíveis com LV;
Diagnóstico: Baseado em dados clínicos (presença de febre prolongada, palidez e hepatoesplenomegalia) e em dados epidemiológicos (procedência de áreas endêmicas);
Foram incluídos todos os casos do período de tempo estudado (para eliminar viéses);
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Material e Métodos
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DEFINIÇÃO DE CASO:
Confirmação de caso: presença de leishmanias em exame parasitológico de material obtido através de punção aspirativa da medula óssea.
Sempre que possível!
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Material e Métodos
ANÁLISE ESTATÍSTICA:
Programas Epi-info 6.02 e SPSS; Intervalo de confiança de 95%; Nível de significância de 5%
(p<0,05).
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Resultados Total: 530 pacientes (< 15a)
530 pacientes: 57,9% (307) do sexo masculino
Significância estatística 42,1% (223) do sexo feminino
Variação deIdade: sexo masculino: 6m - 14a e 11m
sexo feminino: 10 m - 14a e 11m
77,0% dos pacientes oriundos da zona rural de Alagoas
Correspondendo a 82% do total de pacientes admitidos no HEHA com LV
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ResultadosPunção medular: realizada em
403 pacientes (76,03% do total)
Duração da doença:
Positiva em 81,2% dos 403 casos
< 30 dias 22,4% dos pacientes
30 – 89 dias 38,1% dos pacientes
90 – 179 dias 25,1% dos pacientes
180 – 359 dias 8,9% dos pacientes
>= 360 dias 5,5% dos pacientes
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Resultados Freqüência das manifestações
clínicas observadas na internação:
Hepatomegalia 100%Palidez 98,9%Febre 96,8%Esplenomegalia 94,9% linfonodos 86%Cílios longos 74,9%
Cabelos secos 73,8% Vol abdominal 72,6%Perda de peso 69,8%Astenia 66%Anorexia 61,9%
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ResultadosFígado x Baço
Aumento gradual desses órgãos acompanhou o tempo de duração da doença;
Pacientes com menor tempo de duração da doença (<30d) apresentavam o tamanho das vísceras menor que aqueles doentes há mais tempo (>360d)
Ao término do tratamento: fígado (1,2- 5,8 cm) baço (1,0 - 7,8
cm)
Estatisticamente significativo
Houve redução destes órgãos após o tto independentemente do tempo
de duração da doença
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ResultadosFígado x Baço
A redução desses órgãos ao término do tratamento foi maior naqueles pacientes com tempo menor de doença;
O percentual de redução do baço foi maior nos pacientes que adoeceram há menos tempo;
Afecções associadas no momento da internação: 23% dos pacientes (12,1% com pneumonia);
Taxa de óbito: 12,6 %(67) Pp doença/complicações
Não vale para o fígado
Pp doença/complicações
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Discussão Constatou-se uma maior
prevalência de LV na região litorânea;
A maioria dos pacientes procurou o hospital entre 30 e 90 dias de doença;
Na admissão, observou-se contraste entre os cabelos (despigmentados, secos e sem brilho) e os cílios (longos e sedosos)
Devido à migração de pessoas e seus animais domésticos
Época das manifestações clínicas: febre, palidez e vol abdominal
Desnutrição
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Discussão Esplenomegalia ausente em 5%
dos casos (o que dificulta o diagnóstico);
Os tamanhos do fígado e do baço acompanham a duração da doença (tamanho do baço > fígado);
A regressão do baço ocorreu mais rapidamente após a instituição do tratamento do que a regressão do fígado.
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ConclusõesA DURAÇÃO DA DOENÇA ESTÁ PATOGENETICAMENTE
RELACIONADA À ESPLENOMEGALIA.
PALIDEZ + ESPLENOMEGALIA PENSAR EM LV
INÍCIO TARDIO DA TERAPÊUTICA PIOR PROGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCES MAIOR CHANCE DE RECUPERAÇÃO
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LEISHMANIOSE VISCERAL LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA(CALAZAR) EM AMERICANA(CALAZAR) EM
CRIANÇAS HOSPITALIZADAS CRIANÇAS HOSPITALIZADAS DE ÁREA ENDÊMICADE ÁREA ENDÊMICA
Rey LC, Martins CV, Ribeiro HB, Lima AARey LC, Martins CV, Ribeiro HB, Lima AAJ Pediatr (Rio J) 2005:81:73-8J Pediatr (Rio J) 2005:81:73-8
Isabela Novais MedeirosIsabela Novais MedeirosESCS/FEPECS/SES/DFESCS/FEPECS/SES/DF
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Objetivos
Estudar os aspectos epidemiológicos e clínicos da leishmaniose visceral americana (LVA) em crianças hospitalizadas do Ceará.
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Métodos
Estudo retrospectivo e observacional de crianças com LVA admitidas no Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza, entre janeiro de 1995 e dezembro de 2002;
Dados colhidos por meio de revisão de prontuários;
Critério de inclusão: crianças ou lactentes com esfregaços de medula ou baço positivos para Leishmania, ou IF positiva para Leismania sp.
Análise estatística:Epi-Info 6,04 e SPSS; intervalo de confiança de 95%; p<0,05.
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Resultados
Total de pacientes foi de 450. Desses 53% eram do sexo masculino e 47% eram do sexo feminino; 65% < 5 anos e 12% < 1 ano.
22% residiam em Fortaleza, restante no entorno;
Não se observou aumento de incidência de casos em Fortaleza e entorno;
Mudança de transmissão da Leishmania chagasi de áreas rurais para urbanas: migração para cidade, desmatamento e ocupação de margens fluviais.
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Resultados
Sintomas e sinais mais prevalentes: febre(96%), palidez (86%) e aumento de volume abdominal (76%);
Esplenomegalia em 99% e hepatomegalia em 95%; 25% Hg≤5g/dl; 25% leu≤2000/mm3;
73% dos aspirados de medula eram positivos;
81% dos aspirados de baço foram positivos;
Queixas inespecíficas: tosse; diarréia; dispnéia; dores em membros e articulações; convulsões febris e alopecia;
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Resultados
As manifestações de doença grave (sangramento, edema, icterícia) não tiveram associação com maior duração da doença;
Infecções secundárias foram observadas em 49% dos pacientes (pneumonia, sepse, otite média, dermatite infecciosa e diarréia);
Pacientes com menos de 1 ano tiveram mais complicações (infecções e problemas hemorrágicos);
Tempo médio de internação foi de 28 dias.
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Antimoniato de
meglumina (98%)
Anfotericina B
(4%)
Óbito
(11%)
A letalidade foi de 21,2% nos menores de 1 ano e 7,6% nos maiores de 1 ano;
A desnutrição moderada a grave esteve associada a uma mortalidade de 13,2%, enquanto a desnutrição leve, a 7,0%;
Causa mortis: infecção (74%), hemorragia (15%), insuficiência hepática (8%) e arritmia cardíaca (3%).
Resultados
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DiscussãoLVA acometeu principalmente crianças
menores de 5 anos;
A gravidade dos achados clínicos estaria relacionada à demora da assistência médica e à baixa idade dos pacientes;
A doença mostrou-se sempre clinicamente aparente;
O estado nutricional prévio é essencial para o desfecho clínico.
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DiscussãoCritérios de cura clínica: ausência de
febre, redução da hepatoesplenomegaliaegalia e da pancitopenia.
A IF torna-se negativa meses após o tratamento e os esfregaços possuem valor preditivo negativo baixo.
Não devem ser realizados para critério de cura.
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Conclusão
Diagnosticar e tratar precocemente ao nível local ou regional. Nesse sentido, testes rápidos para diagnóstico precoce deveriam ser disponibilizdos e ensaios clínicos com miltefosina oral, uma droga nova e altamente eficaz no tratamento do calazar indiano, deveriam ser realizados com a LVA em nosso meio.
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