lexicografia regional e geografia linguistica luciano pontes
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LEXICOGRAFIA REGIONAL
E GEOGRAFIA LINGÜÍSTICA
Antônio Luciano Pontes
QUE É LEXICOGRAFIA REGIONAL?
Lexicografia regional X Metalexicografia
Regional
ORIGEM
A Lexicografia Regional se origina na América
como uma forma de afirmação nacional .
Como é lógico supor, a produção lexicográfica
sofre problemas relativos à seleção do corpus, a
estrutura das definições e se caracteriza por ser
essencialmente normativo...
QUEM FAZIA
Folcloristas, professores, médicos rurais,
engenheiros, intelectuais
QUEM DEVE FAZER
Filologos, dialetológos, lexicógrafos, linguista
aplicado, Na equipe , deve aparecer especialistas
em informática, semantecistas, etc
PROBLEMAS GERAIS
As falhas nos glossários regionais ( ou difenciais) são decorrentes da péssima formação de seus produtors;
As falhas se estendem também nos dicionarios produzidos por lexicógrafos, “sérios” e por filólogos despreparados no âmbito da prática lexicográfica
Cada repertório lexicografico deve ser situado em seu contexto historico. : é muito fácil criticar uma obra cem anos depois de sua elaboração.
As falhas vem se multiplicando geometricamente pelo fato de que muitos dos dicionarios tomarem por base as fontes lexicográficas do passado, sem passar por uma revisão ou adaptação. Essa revisão, deverá se pautar pelas contribuiçoes da nova Lexicografia e das contribuiçoes das abordagens linguisticas atuais.
OBJETO DE ESTUDO DA LEXICOGRAFIA
REGIONAL
A (Meta)Lexicografia Regional possui as
seguintes linhas essenciais de investigação:
a) O regionalismo e sua presença nos dicionários
gerais;
b) Os regionalismos como objeto exclusivo de estudo
– vocabulários dialetais ou dicionários de
regionalismos.
c) Os regionalismos presentes nos atlas lingüísti
cos.
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A) REGIONALISMOS EM DICIONÁRIOS
GERAIS
Fonte: Dicionário Aurélio Século XXI
B) VOCABULÁRIOS DIALETAIS E
DICIONÁRIOS DE REGIONALISMOS
Fonte: Vocabulário Popular Cearense
ERROS NA MACROESTRUTURA
NOMENCLATURA REDUZIDA DESSAS OBRAS, POR SEGUIR O método diferencial ou contrastivo, no lugar do integral.
Confusão do geral com o regional, por considerar que tudo que é informal é dialetal.
Presença de nomes próprios na nomenclatura, a exemplo dos dicionários enciclopédicos.
Registro insatisfatório das expressoes pluriverbais . Lembrar que nem toda expressão é popular.
Erros de lematização: se elege como lema o diminutivo, o feminino de um adjetivo ou de substantivo, o gerúndio de um verbo
ERROS DE MICROESTRUTURA
Ausência, escassez ou assistematicidade nas
abreviaturas e indicaçoes que marcam as
“condições normais do uso”sincronico de uma
palavra ou de uma acepção ( informação fonetica
e gramatical , dados diatopicos, diastraticos, de
registro, informação aspectual, - sentido
metaforico, , metonimico ou ironico- valor
depreciativo ou não.
DISCIPLINAS AUXILIARES À LR
Fora do lugar
A DIALETOLOGIA
A Dialetologia tem como objetivo principal
recolher, sistematizar, analisar e interpretar os
traços lingüísticos dos dialetos ou falares de uma
região, sendo eles cultos ou populares, urbanos ou
rurais, pertencentes a regiões desenvolvidas ou
subdesenvolvidas.Fora do lugar
A GEOGRAFIA LINGÜÍSTICA
ERROS DE MICROESTRUTURA
Circularidade. Isso ocorre quando há duas palavras regionais sinonimos, em que uma é remetida para outra.
Não substituibilidade da definição pelo definido
Enciclopedismo
Pistas perdidas
Emprego excessivo de palavras regionais na definição
Confusao frequente entre acepção e mero uso contextual
Pretensao literaria ou excesso retorica na redação das definiçoes
Definiçoes hipoespecificas
Definir a palavra local com a palavra padrao
Falta de rigor na ordenação das acepçoes
O MÉTODO CARTOGRÁFICO
É o método de pesquisa da Geografia Lingüística
para a confecção de atlas lingüístico.
Consiste em:
Pesquisa in loco,
Uso de um questionário padronizado
nacionalmente,
Nascidos e criados na cidade (de preferência),
Com idade, escolaridade e sexo escolhidos de
acordo com algum critério.
ATLAS LINGÜÍSTICO
O Atlas Lingüístico é um dos produtos resultantes de uma pesquisa de natureza geolingüística, através do método cartográfico e procura dispor os dados lingüísticos em mapas.
Distinguem-se os atlas lingüísticos dos atlas geográficos comuns também porque não contêm mapas de vários territórios, mas uma série de mapas do mesmo território, e precisamente um mapa para cada conceito ou para cada fonema (ou série de fonemas) cuja expressão ou cuja realização concreta tenha sido comprovada pelo investigador numa rede de pontos (localidades) previamente estabelecida. (COSERIU, 1982)
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