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Lisboa, 22 de Março de 2002 “Liberalização e Gás Natural” Carlos Mata, Transgás

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“Liberalização e Gás Natural” Carlos Mata, Transgás. Lisboa, 22 de Março de 2002. A abertura dos mercados energéticos na UE. UM EQUILÍBRIO ENTRE FACTORES. ENERGIA – UM IMPORTANTE FACTOR DE PRODUÇÃO ELIMINAÇÃO DE DISTORSÕES À CONCORRÊNCIA  EQUIDADE NO ACESSO. ENERGIA – UM BEM ESTRATÉGICO - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Lisboa, 22 de Março de 2002

Lisboa, 22 de Março de 2002

“Liberalização e Gás Natural”

Carlos Mata, Transgás

Page 2: Lisboa, 22 de Março de 2002

A abertura dos mercados energéticos na UE

UM EQUILÍBRIO ENTRE FACTORES

ENERGIA – UM IMPORTANTE FACTOR DE PRODUÇÃO ELIMINAÇÃO DE DISTORSÕES À CONCORRÊNCIA

EQUIDADE NO ACESSO

ENERGIA – UM BEM ESTRATÉGICO

SEGURANÇA DE ABASTECIMENTO

ENERGIA – UM BEM ESSENCIAL

SERVIÇO PÚBLICO

ENERGIA – UM IMPORTANTE FACTOR NA MELHORIA AMBIENTAL CONTRIBUIÇÃO PARA A REDUÇÃO DE EMISSÕES

Page 3: Lisboa, 22 de Março de 2002

Liberalização do GN: a directiva 98/30/CE

• Separação e transparência das contas– Transporte– Distribuição– Armazenamento

• Acesso à rede– Negociado ou regulado

• Regras de admissibilidade dos clientes

• Mecanismos de regulamentação– Figura do Regulador

Transposiçãonacional atéAgosto de

2000

Page 4: Lisboa, 22 de Março de 2002

Transposição da DirectivaGrau de Abertura

Limite de Elegibilidade

Ano de Abertura a

100%Dissociação do

Transporte Tipo de ATR

100% 2000 Contabilística Negociado

49% 25 2002 Contabilística Negociado

59% 5 2006 Contabilística Regulado

30% 35 Jurídica Regulado

72% 3 2003 Jurídica Regulado

20% 25 Contabilística Regulado

75% 2 2005 Gestão Regulado

96% 0,2 2003 Jurídico Regulado

51% 15 2007 Contabilística Regulado

45% 10 2004 Contabilística Negociado

47% 25 2006 Contabilística Regulado

100% 1998 Propriedade Regulado

DERROGAÇÃO

DERROGAÇÃO

DERROGAÇÃO

Valores em Mm3(n) – Fonte: DG Tren - BIP

Page 5: Lisboa, 22 de Março de 2002

O Acesso à Rede

• Tipo de tarifas:– “Selo de correio” (LUX, DIN, SUE, IRL, ESP)– Ponto de entrada a ponto de saída, por zonas

(UK, ITA)– Função da distância (AUS, BEL, ALE, FRA, HOL)

• Grande diferenciação entre estruturas tarifárias– Ex: Wingas vs. Ruhrgas

Page 6: Lisboa, 22 de Março de 2002

Balanceamento

• Existência do “linepack” permite tempos de balanceamento mais longos do que na electricidade

• Tipos de serviço de balanceamento– Mercado de balanceamento (tipo electricidade): UK– Fornecimento do gás de balanceamento pelo

operador (1.5 a 9 vezes o preço unitário): FRA, DIN, IRL, ALE, LUX

– Aquisição à cabeça de serviços de flexibilidade: ESP, outros

Page 7: Lisboa, 22 de Março de 2002

Armazenagem

• Situações diversas– Não existe armazenagem: IRL, SUE, LUX– Não está acessível a terceiros: AUS– Serviço de flexibilidade associado ao transporte,

mas não existente numa base independente: ALE, FRA, HOL, BEL

– Acessível de forma independente em regime de leilão, acesso regulado ou negociado: DAN, UK, ITA, ESP

Page 8: Lisboa, 22 de Março de 2002

Evolução da Directiva

• Existe um consenso a nível político sobre a necessidade de aprofundar o mercado interno da energia

• A Comissão e alguns países (UK, ESP) são partidários de uma aceleração e de um alargamento do âmbito do processo

• Outros países (FRA, ALE) preferem um processo mais gradual, com garantias de salvaguarda do interesse público

• Os países fornecedores (Rússia, Argélia, Noruega) começam a manifestar-se em conjunto contra um processo do qual se sentem à margem

Page 9: Lisboa, 22 de Março de 2002

O Conselho de Barcelona de Março 2002

• Limitação do âmbito das directivas aos clientes profissionais, excluindo os clientes domésticos

• Fim do acesso negociado• Elaboração de uma directiva quadro do

serviço público• Regulador supervisiona, não fixa tarifas• “Unbundling” fica em termos “genéricos”

Page 10: Lisboa, 22 de Março de 2002

Questões no desenho do ATR

• Quem acede ? Quais os limites de elegibilidade no ATR e como evoluem com o tempo ?

• Como se garante, controla e incentiva a qualidade e a universalidade de serviço ?

• Como se garante um adequado incentivo ao investimento atempado em novas infraestruturas ?

• Como se remunera adequadamente o serviço prestado pelo operador ?

É fundamental uma solução equilibrada para assegurar uma estabilidade de longo prazo da qualidade e competitividade dos serviços de regaseificação, transporte e armazenagem

Page 11: Lisboa, 22 de Março de 2002

O equilíbrio da cadeia de valor

Aprovision. TransporteRegaseific. Distribuição Venda

• É fundamental um equilíbrio económico entre todos os componentes da cadeia do GN

• Existem elos da cadeia cuja actuação não está abrangida pela actuação dos Reguladores ou sequer das directivas comunitárias (o aprovisionamento nos países do sul da Europa, por exemplo)

Page 12: Lisboa, 22 de Março de 2002

Riscos de desequilíbrio: o “interconnector”

• Liberalização do sistema britânico:– Descida de preços de 45% no segmento industrial entre 1990 e

1999– Descida de preços de 20% no segmento doméstico entre 1990 e

1999

• Em 1998, inauguração do “interconnector” entre Bacton e Zeebrugge

• Em 2000, duplicação dos preços no Reino Unido, “infectados” pelos preços continentais, ligados ao “crude”

A interconectividade entre redes regionais, um objectivo claro da UE para aumentar a concorrência no mercado interno do gás, gerou assim um efeito perverso na competitividade do gás

Page 13: Lisboa, 22 de Março de 2002

0.35 bcmby 1999

1.1 bcmby 2003

HASSI R´MEL

MARSELHA

TUNISIATUNISIA

IN PROJECTOR CONSTRUCTION

OPERATING

SPAINSPAIN

MAROCCOMAROCCO

ALGERIAALGERIA

CORDOBA

HUELVA CARTAGENA

PORTO

VIGO

MADRID

BILBAOFERROL

BARCELONA

LISBOA

FRANCEFRANCE

GNLGNL

GNLGNL

GNLGNL

GNLGNL

12%

> 60%

GNLGNL GNLGNL

2.35 bcmby 2003

• Spot GNL: 1.3 % do mercado mundial de GNL• Projectos de GNL: Capital Intensivo (exploração,

liquefação e “shipping”), Garantia de Utilização de 98%

=> CONTRATOS “TAKE-OR-PAY” DE LONGO PRAZO

Aprovisionamento e segurança de abastecimento

Page 14: Lisboa, 22 de Março de 2002

ONTEM: Indexação a produtos petrolíferos, preço em USD

HOJE: Introdução parcial de outros indexantes (carvão, pool espanhola, inflação), Euro

AMANHÃ: Indexação total à pool ? Indexante ibérico de

gás ? Indexante europeu de gás ?

?

Evolução da indexação do preço do GN

Page 15: Lisboa, 22 de Março de 2002

Questões a considerar no caso português

• Maturidade do mercado– Sistema português “jovem” e ainda em fase de forte investimento– Legislação europeia reconheceu a abertura faseada de mercados– Logo, importância da derrogação

• Integração gás-electricidade– A liberalização implicará uma maior integração dos mercados de

gás e electricidade espanhol e português

• Integração num mercado geográfico regional (Península Ibérica)– Tal como na electricidade, o modelo em desenvolvimento em

Espanha virá condicionar o desenvolvimento do sector em Portugal

Page 16: Lisboa, 22 de Março de 2002

Liberalização: o exemplo espanhol (I)

Funções TRANSPORTADORES DISTRIBUIDORES COMERCIALIZADORES

Infraestruturas Gasodutos Primários (>60 bar) Redes de Distrib. (<16 bar) NenhumaTerminais de Liquefação Ligações Directas Terminais de RegaseificaçãoArmazenagensLigações a Jazidas e UGSLigações Internacionais

Gasodutos Secundários (<60 bar)

Actividade Comercial Regulada Regulada Livre

Clientes Transportadores Consumidores Não-QualificadosComercializadoresDistribuidores Consumidores Qualificados

Aquisição de Gás Pode --> TPA Não pode Pode --> TPA(Consumidores Qualificadospodem directamente)

Rede Básicagerida pelo

Gestor Técnico (Enagas)

Actividades Incompatíveis

Separação contabilística de actividades:transporte, regaseificação, armazenagem e distribuição

Page 17: Lisboa, 22 de Março de 2002

Liberalização: o exemplo espanhol (II)

• Separação das actividades de transporte (Enagas)• Definição da evolução da estrutura de clientes

elegíveis• Acesso regulado• Tarifas publicadas• “Canon de seguridad” temporário• Leilão de parte do contrato de aprovisionamento com

a Sonatrach• Leilão do capital da transportadora, com limitações

na participação

Page 18: Lisboa, 22 de Março de 2002

Conclusões

• A liberalização do sector do gás natural irá condicionar a médio prazo a actividade de transporte de GN em Portugal

• A entidade reguladora do GN terá um papel fundamental no desenho de um enquadramento equilibrado das actividades de GN

• Será particularmente relevante a definição de políticas tarifárias coerentes de acesso ao sistema

• A entidade reguladora deverá ter em conta as características próprias do sector do GN em Portugal:

• Juventude do sistema, necessidade de investimento

• Interligação forte com o sector eléctrico

• Abastecimento por um número reduzido de fornecedores externos à UE

• Interconexão com o mercado espanhol

• Os mercados de GN têm que ser convergentes e não divergentes (não se poderão estabelecer regras incoerentes entre o “downstream” e o “upstream”)

• Uma correcta política de liberalização/regulação evitará resultados finais desfavoráveis para os clientes finais