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Boletim de Risco Ano III . Nº 23. Setembro/2015 Cenário 1 Nota: a data de corte das informações é 31/08/2015. Para mais detalhes sobre os indicadores, ver Notas Metodológicas na penúltima página . Notas de Referência na última página. CONFIDENCIAL - EXCLUSIVO PARA USO INTERNO Risco de Mercado Risco de Liquidez Apetite pelo Risco Risco Macro julho-15 agosto-15 Fonte: Bloomberg; CVM. Elaboração: ASA/CVM. Nota: Variações nos cenários representados pelo mapa são calculadas a partir de indicadores selecionados deste "Boletim"; pontos mais distantes do centro significam maiores riscos ou maior apetite pelo risco. Para uma descrição dos critérios utilizados para a construção do mapa, ver a seção "Notas Metodológicas". Mapa de Riscos Tal como sugerido no último boletim, observamos durante agosto uma piora generalizada em todos os indicadores de risco, inclusive no risco de mercado, levando a uma redução no apetite pelo risco, sobretudo refletida na queda da relação Preço/Lucro estimado (gráfico 4.1). Nosso sinal de risco macroeconômico atingiu a escala mais alta em nosso Mapa de Riscos (nesta página) devido à forte alta do CDS soberano no mês (gráfico 1.3), alta essa acompanhada por forte movimento de depreciação cambial (gráfico 1.1). Com relação à volatilidade cambial, devemos levar em consideração a desaceleração chinesa, economia da qual em 2014 dependeram 18% das exportações brasileiras. Apesar das recentes tentativas de afrouxamento monetário, o agregado monetário M1[1] daquele país cresceu nos 12 meses finalizados em julho a taxas de 6,6%, próximo à média de 6,9% dos últimos quatro anos e muito abaixo da média de 17,5% do período 2003- 2011. Movimento análogo ocorreu com a concessão de novos empréstimos, cuja média no período 2003-2011 foi de 28% e nos últimos quatro anos foi de 7,7% (tendo acelerado apenas em 2015). A taxa de poupança chinesa caiu do pico de 53% do PIB em 2008 para uma estimativa de 49% em 2014, e as projeções apontam queda contínua nos próximos anos[2] . O indicador de investimento chinês em bens de capital cresceu em 12 meses finalizados em julho a taxas de apenas 11%, abaixo da média de 19% dos últimos quatro anos e ainda mais abaixo da média de 28,4% do período 2003-2011. Isso tudo sugere que a economia chinesa ainda está digerindo alguns investimentos de viabilidade duvidosa resultantes dos maciços estímulos pós-crise de 2008 e que sua capacidade de investir às taxas até então vigentes vem decaindo. Por fim, ainda que haja alguma aceleração relevante de curto prazo nos estímulos monetários, os possíveis impactos sobre a demanda chinesa por commodities se dariam apenas no médio prazo. A desaceleração chinesa não vem afetando somente o Brasil. Conforme sinalizado nos gráficos, o movimento simultâneo de alta nos CDS soberanos e de queda no câmbio também foi significativo para nossos peers. Contudo, a volatilidade adicional de nosso câmbio vai além da exposição geográfica de nossas exportações, possuindo ligações adicionais com a forte concentração em commodities de nossa pauta. Com base em dados do MDIC, apura-se que os 10 maiores componentes da pauta exportadora em 2003 correspondiam a 33% do valor total, crescendo para representar 47% no acumulado deste ano até julho. Já a participação de itens considerados commodities nesse montante subiu de 22 pontos percentuais em 2003 para 45 pontos percentuais no acumulado deste ano até julho, ou seja, passou a corresponder a praticamente à totalidade dos 10 maiores componentes. Em contraponto, o índice de preços de commodities CRB decaiu 55% de seu pico recente em 29/04/2011[4] . Outro reflexo dessa exposição brasileira é a progressiva deterioração dos termos de troca (diferença entre os preços de exportação e importação). De acordo com dados da Funcex, o indicador que atingiu pico de 132 em setembro de 2011 já caiu para 104 em julho desse ano[5] . Ainda considerando o contexto cambial, o BCB reiniciou durante agosto a rolagem integral de seus estoques vincendos de swap cambial [6] , programa de intervenção cujos objetivos incluem reduzir a volatilidade e fornecer proteção contra a variação cambial. Entretanto, entre janeiro e julho o prejuízo fiscal com as operações de swap cambial acumulou R$ 57 bi[7] , resultando em fluxos de caixa classificados como pagamento de juros (ainda que existam ganhos contábeis não realizados com as reservas cambiais). Dessa forma, os swaps cambiais acabaram por elevar o déficit nominal no acumulado do ano[8] , pressionando ainda mais os indicadores de dívida bruta. Contribuindo para o aumento do risco de mercado tivemos o aumento da volatilidade tanto nos mercados de renda fixa (gráficos 2.4 e 2.6) como nos de renda variável (gráfico 2.2). Especificamente, no dia 24/08/2015 o indicador de volatilidade VIX teve a maior alta dos últimos anos. No Brasil, diante do cenário fiscal incerto, as expectativas inflacionárias e de taxas de juros continuaram voláteis (gráfico 2.6), impactando a alta na volatilidade do indicador IMA-G. Em conclusão, podemos esperar a manutenção dos indicadores de risco em patamares altos enquanto não houver sinalização ao mercado de que as dificuldades do lado fiscal serão definitivamente endereçadas, ou até haver uma percepção de que os indicadores relacionados à economia chinesa apontem para alguma recuperação das commodities em médio prazo.

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Page 1: Mapa de Riscos - CVM...Boletim de Risco Ano III . Nº 23. Setembro/2015 Cenário 1 Nota: a data de corte das informações é 31/08/2015. Para mais detalhes sobre os indicadores, ver

Boletim de Risco Ano III . Nº 23. Setembro/2015

Cenário

1 Nota: a data de corte das informações é 31/08/2015. Para mais detalhes sobre os indicadores, ver Notas Metodológicas na penúltima página . Notas de Referência na última página.

CONFIDENCIAL - EXCLUSIVO PARA USO INTERNO

Risco de Mercado

Risco de Liquidez

Apetite pelo Risco

Risco Macro

julho-15

agosto-15

Fonte: Bloomberg; CVM. Elaboração: ASA/CVM.

Nota: Variações nos cenários representados pelo mapa são calculadas a partir de indicadores selecionados deste "Boletim";pontos mais distantes do centro significam maiores riscos ou maior apetite pelo risco. Para uma descrição dos critérios utilizadospara a construção do mapa, ver a seção "Notas Metodológicas".

Mapa de Riscos

Tal como sugerido no último boletim, observamos durante agosto uma piora generalizada em todos os indicadores de risco, inclusive no risco de mercado, levando a uma redução no apetite pelo risco, sobretudo refletida na queda da relação Preço/Lucro estimado (gráfico 4.1). Nosso sinal de risco macroeconômico atingiu a escala mais alta em nosso Mapa de Riscos (nesta página) devido à forte alta do CDS soberano no mês (gráfico 1.3), alta essa acompanhada por forte movimento de depreciação cambial (gráfico 1.1).

Com relação à volatilidade cambial, devemos levar em consideração a desaceleração chinesa, economia da qual em 2014 dependeram 18% das exportações brasileiras. Apesar das recentes tentativas de afrouxamento monetário, o agregado monetário M1[1] daquele país cresceu nos 12 meses finalizados em julho a taxas de 6,6%, próximo à média de 6,9% dos últimos quatro anos e muito abaixo da média de 17,5% do período 2003-2011. Movimento análogo ocorreu com a concessão de novos empréstimos, cuja média no período 2003-2011 foi de 28% e nos últimos quatro anos foi de 7,7% (tendo acelerado apenas em 2015).

A taxa de poupança chinesa caiu do pico de 53% do PIB em 2008 para uma estimativa de 49% em 2014, e as projeções apontam queda contínua nos próximos anos[2]. O indicador de investimento chinês em bens de capital cresceu em 12 meses finalizados em julho a taxas de apenas 11%, abaixo da média de 19% dos últimos quatro anos e ainda mais abaixo da média de 28,4% do período 2003-2011.

Isso tudo sugere que a economia chinesa ainda está digerindo alguns investimentos de viabilidade duvidosa resultantes dos maciços estímulos pós-crise de 2008 e que sua capacidade de investir às taxas até então vigentes vem decaindo. Por fim, ainda que haja alguma aceleração relevante de curto prazo nos estímulos monetários, os possíveis impactos sobre a demanda chinesa por commodities se dariam apenas no médio prazo.

A desaceleração chinesa não vem afetando somente o Brasil. Conforme sinalizado nos gráficos, o movimento simultâneo de alta nos CDS soberanos e de queda no câmbio também foi significativo para nossos peers. Contudo, a volatilidade adicional de nosso câmbio vai além da exposição geográfica de nossas exportações, possuindo ligações adicionais com a forte concentração em commodities de nossa pauta.

Com base em dados do MDIC, apura-se que os 10 maiores componentes da pauta exportadora em 2003 correspondiam a 33% do valor total, crescendo para representar 47% no acumulado deste ano até julho. Já a participação de itens considerados commodities nesse montante subiu de 22 pontos percentuais em 2003 para 45 pontos percentuais no acumulado deste ano até julho, ou seja, passou a corresponder a praticamente à totalidade dos 10 maiores componentes. Em contraponto, o índice de preços de commodities CRB decaiu 55% de seu pico recente em 29/04/2011[4].

Outro reflexo dessa exposição brasileira é a progressiva deterioração dos termos de troca (diferença entre os preços de exportação e importação). De acordo com dados da Funcex, o indicador que atingiu pico de 132 em setembro de 2011 já caiu para 104 em julho desse ano[5].

Ainda considerando o contexto cambial, o BCB reiniciou durante agosto a rolagem integral de seus estoques vincendos de swap cambial [6], programa de intervenção cujos objetivos incluem reduzir a volatilidade e fornecer proteção contra a variação cambial. Entretanto, entre janeiro e julho o prejuízo fiscal com as operações de swap cambial acumulou R$ 57 bi[7], resultando em fluxos de caixa classificados como pagamento de juros (ainda que existam ganhos contábeis não realizados com as reservas cambiais). Dessa

forma, os swaps cambiais acabaram por elevar o déficit nominal no acumulado do ano[8], pressionando ainda mais os indicadores de dívida bruta.

Contribuindo para o aumento do risco de mercado tivemos o aumento da volatilidade tanto nos mercados de renda fixa (gráficos 2.4 e 2.6) como nos de renda variável (gráfico 2.2). Especificamente, no dia 24/08/2015 o indicador de volatilidade VIX teve a maior alta dos últimos anos. No Brasil, diante do cenário fiscal incerto, as expectativas inflacionárias e de taxas de juros continuaram voláteis (gráfico 2.6), impactando a alta na volatilidade do indicador IMA-G.

Em conclusão, podemos esperar a manutenção dos indicadores de risco em patamares altos enquanto não houver sinalização ao mercado de que as dificuldades do lado fiscal serão definitivamente endereçadas, ou até haver uma percepção de que os indicadores relacionados à economia chinesa apontem para alguma recuperação das commodities em médio prazo.

Page 2: Mapa de Riscos - CVM...Boletim de Risco Ano III . Nº 23. Setembro/2015 Cenário 1 Nota: a data de corte das informações é 31/08/2015. Para mais detalhes sobre os indicadores, ver

1. Macro-ambiente

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14 1.2. Taxa de Juros ( % a.a.) - Títulos Públicos (2 jan. 2010 – 31 ago. 2015)

India Indonesia Africa do Sul Turquia Brasil

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8001.4. CDS Soberanos ( p.b. ) - EUA e Europa (2 jan. 2010 - 31 ago. 2015)

Reino Unido Alemanha França Itália Espanha EUA Portugal (Dir)

Fonte: Bloomberg

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1.1. Desempenho de moedas selecionadas contra o dólar - (2 jan. 2010 - 31 ago. 2015)

Brasil Índia Indonésia África do Sul Turquia

Fonte: Bloomberg

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1.3. CDS Soberanos ( p.b. ) - Emergentes (2 jan. 2010 - 31 ago. 2015)

África do Sul Indonésia Brasil Turquia

Fonte: Bloomberg

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1.6. Investimento Estrangeiro em Carteira (R$ bilhões) - (jan. 2010 jun. 2015)

Fonte: CVM/SIN

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1.5. Investimento Estrangeiro em Bolsa (R$ bilhões) - (jan. 2010 - ago. 2015)

Fonte: BM&FBovespa

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2. Risco de Mercado

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2.1. Índices de ações (MSCI) - últimos 12 meses (em dólar)

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2.2. Índices de ações (MSCI) - volatilidade anualizada % (30d)

Emergentes Brasil Avançadas

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2.3. Índices de títulos corporativos - últimos 12 meses (em dólar)

Emergentes Avançadas

Fonte: Bloomberg

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2.4. Índices de títulos corporativos - volatilidade anualizada % (30d)

Emergentes Avançadas

Fonte: Bloomberg

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2.5. Índices de referência para fundos de investimento - últimos 12 meses

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Fonte: Bloomberg

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2.6. Índices de referência para fundos - volatilidade anualizada % (30d)

IFR-M IMA-B IFIX IFHA IMA-G

Fonte: Bloomberg

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3. Risco de Liquidez

4. Apetite pelo Risco

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4.2. Spread Títulos de Emergentes vs US Treasuries (% a.a.) (1 jan. 2010 - 31 ago. 2015)

Fonte: Bloomberg

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4.1. Preço/Lucro Estimado - MSCI Indices (9 jul 2010 - 28 ago. 2015)

Brasil Emergentes Avançadas

Nota: A unidade refere-se ao desvio-padrão em relação à média. Fonte: Bloomberg

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3.2. Índice de Liquidez - Fundos ICVM 555 (2 jul. 2012 - 31 ago. 2015)

Fonte: CVM

IL Média Móvel (21d)

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3.1. Bid-Ask Spread - Ações Ibovespa (23 fev. 2012 - 31 ago. 2015)

Média Móvel (21d) Mediana Metade Menor Turnover

Fonte: Bloomberg

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Notas Metodológicas Os gráficos e análises deste relatório são, completamente ou parcialmente, baseados em dados não proprietários da CVM, incluindo dados de provedores comerciais e autoridades públicas. A CVM

utiliza estes dados em boa fé e não se responsabiliza por sua precisão ou completitude. O conteúdo deste relatório é meramente analítico e não constitui nem implica em recomendações de investimento.

Mapa de Riscos Risco Macro: média aritmética mensal dos desvios padronizados (Z-score )da janela móvel de 2500 dias do CDS soberano brasileiro (gráfico 1.3). Intervalos de Z-score correspondentes a Escala de Risco: Acima de 2dp => 5 Entre 1,5 e 2dp => 4; Entre 0,5 e 1,5dp => 3; Entre -1 e 0,5dp => 2; Abaixo de -1dp => 1. Risco de Mercado: média simples da média aritmética mensal dos desvios padronizados (Z-score) da janela móvel de 1250 dias da volatilidade anualizada de 30 dias dos índices MSCI Brasil e Anbima IMA-Geral. Intervalos de Z-score para ambos indicadores correspondentes a Escala de Risco: Acima de 2dp => 5 Entre 1,5 e 2dp => 4; Entre 0,5 e 1,5dp => 3; Entre -1 e 0,5dp => 2; Abaixo de -1dp => 1 . Risco de Liquidez: média aritmética mensal dos desvios padronizados (Z-score) da janela contínua do indicador de bid-ask spread (gráfico 3.1). Intervalos de Z-score correspondente a Escala de Risco: Acima de 2dp => 5 Entre 1,5 e 2dp => 4; Entre 0,5 e 1,5dp => 3; Entre -1 e 0,5dp => 2; Abaixo de -1dp => 1. Apetite Pelo Risco: média simples da média aritmética mensal do Índice Preço/Lucro Estimado (gráfico 4.1) e do Z-score da janela móvel de 1250 dias do indicador de Spread Títulos de Emergentes vs US Treasuries (gráfico 4.2) . Intervalo de Z-score para Índice Preço/Lucro Estimado correspondente a Escala de Risco: Acima de 2dp => 5 Entre 1,5 e 2dp => 4; Entre 0,5 e 1,5dp => 3; Entre -1 e 0,5dp => 2; Abaixo de -1dp => 1. Intervalo de Z-score para Indicador de Spread Títulos de Emergentes vs US Treasuries correspondentes a Escala de Risco: Abaixo de -2dp => 5 Entre -1,5 e -0,5dp => 4; Entre -0,5 e 1dp => 3; Entre 1 e 2dp => 2; Acima de 2dp => 1. Macro-ambiente Desempenho de moedas selecionadas contra o dólar. Evolução diária do dólar americano em relação às moedas locais de alguns países emergentes usualmente comparados ao Brasil. Taxa de Juros. Evolução diária das taxas de juros anuais dos títulos públicos (em moeda local), calculadas a partir dos índices de títulos da Bloomberg, dos EUA e de alguns países emergentes usualmente comparados ao Brasil. CDS (Credit Default Swap). Contrato derivativo de crédito no qual o comprador realiza uma série de pagamentos (conhecida como “spread” ou “prêmio”) ao vendedor em troca de proteção contra evento de crédito (default) relacionado ao emissor do ativo. Quanto maior a probabilidade de default, maior será o prêmio do CDS, funcionando como medida de risco de crédito da entidade de referência. Os gráficos refletem o comportamento diário do preço de fechamento ( em pontos-base ) dos CDS soberanos ( 5 anos ) de alguns países emergentes usualmente comparados ao Brasil, dos EUA e de alguns países europeus mais acompanhados pelos analistas. Investimento Estrangeiro em Bolsa. Fluxo mensal líquido dos investimentos estrangeiros no mercado secundário da bolsa, segmento Bovespa ( ações e derivativos de ações ). Investimento Estrangeiro em Carteira. Movimentação mensal líquida dos investidores não-residentes registrados na CVM, de acordo com a Resolução 2.689.

Risco de Mercado MSCI Indices. Índices de ações calculados pela Morgan Stanley Capital International. O MSCI World Index (denominado, neste boletim, como ‘Avançadas’) reflete a performance dos mercados acionários de 24 países desenvolvidos. O MSCI Emerging Markets Index (aqui denominado como ‘Emergentes’) mede o desempenho das ações de companhias de 21 países emergentes, incluindo os BRICs. A MSCI também avalia os mercados individualmente, como é o caso do MSCI Brazil Index. Índices de títulos corporativos. Índices desenvolvidos pela Bloomberg para medir o desempenho de títulos pré-fixados de dívida corporativa, de grau de investimento, denominados em dólar. O BIEM Index (aqui denominado como ‘Emergentes’) refere-se a títulos privados de emissores nos mercados emergentes, enquanto que o BCOR Index (denominado, neste boletim, como ‘Avançadas’) aos emissores dos países desenvolvidos. Na metodologia da Bloomberg,os títulos são ponderados pelo valor de mercado, sendo que o peso do Brasil no BIEM index é de aproximadamente 22%. Índices de referência para fundos de investimento. IRF-M = índice composto por uma cesta de títulos públicos federais pré-fixados (LTN e NTN-F). Serve como benchmark para as aplicações de renda fixa pré-fixadas. IMA-B = índice de renda fixa que representa a evolução, a preços de mercado, de uma carteira de títulos públicos federais atrelados ao IPCA (NTN-B). IHFA = índice representativo da indústria de hedge funds no Brasil, cujo valor é reflexo, em moeda corrente, da evolução de uma aplicação hipotética em cotas de uma cesta de fundos multimercados selecionados de acordo com metodologia da ANBIMA. IFIX = carteira teórica composta pelas cotas de fundos imobiliários mais negociados na bolsa e serve para medir o desempenho da indústria de FIIs no Brasil. IMA-G = média ponderada dos retornos diários dos índices IMA-B, IMA-C (títulos públicos federais atrelados ao IGPM), IMA-S (títulos públicos federais pós fixados) e IRF-M. Volatilidade. É uma medida de dispersão dos retornos de um título ou índice de mercado. A volatilidade 30d refere-se ao desvio-padrão anualizado das variações de preço (fechamento) nos últimos 30 dias de negociação, expresso como uma percentagem. É um dos parâmetros mais frequentemente utilizados como forma de mensurar o risco de mercado de um ativo financeiro. Quanto maior a volatilidade, maior o risco de preço do ativo considerado. Risco de Liquidez Bid/Ask Spread. É a diferença entre os preços de venda (ask) e compra (bid) de um ativo, sendo utilizada como uma medida da profundidade do mercado. Na comparação de diferentes ativos, é comum referir-se à razão do spread em relação ao seu preço médio. Quanto menor esta percentagem, maior a liquidez do ativo. O gráfico refere-se à mediana do spread da metade das ações da carteira teórica do Ibovespa com menor volume de negócios acumulado num determinado mês. Índice de Liquidez – Fundos ICVM 555. Razão entre o valor dos Ativos Líquidos ( de acordo com a definição da ICVM 512 ) e do Patrimônio Líquido ajustado do dia, expresso em percentagem. Na construção da série histórica diária, foram excluídos os Fundos de Cotas (FIC). Apetite pelo Risco Índice Preço/Lucro Estimado (P/L). O quociente da divisão do preço corrente pelo lucro líquido por ação estimado para os próximos 12 meses, de acordo com o consenso médio de analistas de mercado, excluídas empresas com projeção de prejuízo por ação. Assim, o P/L é o tempo que se levaria para reaver o capital aplicado na compra de uma ação, pelo recebimento do lucro gerado por uma empresa. Um elevado P/L indica que as ações da companhia estão sobrevalorizadas em relação à sua performance recente. Inversamente, um baixo P/L aponta que as ações estão subvalorizadas em comparação com seu potencial de lucro. Neste Boletim, a avaliação por país ou região é realizada tendo como referência os dados semanais dos P/L dos índices de ações da MSCI. A unidade refere-se aos desvios padronizados ( z-score ) em relação à média móvel das últimas 250 semanas de negociação. Desta forma, mais de 2 desvios-padrão indicam que as ações, em média, estão sobrevalorizadas (+2 d.p.) ou subvalorizadas (- 2 d.p.). Spread Títulos de Emergentes vs US Treasuries. Diferença entre o retorno de uma cesta de títulos corporativos e públicos ( investment grade) de países emergentes em relação ao rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA, expressa em percentagem anual. Os cálculos têm como referência o BEMI Index ( índice composto de títulos corporativos e públicos de países emergentes ) e o BUSY Index ( índice de títulos do Tesouro dos EUA) , ambos desenvolvidos pela Bloomberg. O peso do Brasil no BEMI Index é de cerca de 20%. 5

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Page 6: Mapa de Riscos - CVM...Boletim de Risco Ano III . Nº 23. Setembro/2015 Cenário 1 Nota: a data de corte das informações é 31/08/2015. Para mais detalhes sobre os indicadores, ver

Notas de Referência

6 CONFIDENCIAL - EXCLUSIVO PARA USO INTERNO

[1] Fonte: Bloomberg.

[2] Dados do FMI (World Economic Outlook Database, April 2015).

[3] “Fixed Assets Investments”.

[4] Fonte: Bloomberg.

[5] Vale notar que o valor 100 equivale à média do ano de 2006, denotando a reversão do boom das commodities.

[6] http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2015/08/bc-rola-quase-totalmente-swaps-cambiais-que-vencem-em-setembro.html

[7] http://www.valor.com.br/financas/4172066/mercado-questiona-estrategia-do-bc-de-atuacao-no-dolar

[8] http://www.valor.com.br/financas/4202006/para-bc-politica-cambial-da-lucros-e-nao-prejuizos