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MENSAGEM

à Família Espiritual de Maria Rivier

Ano do 30º aniversário

da Beatificação de Maria Rivier,

Ano da fé e da Nova Evangelização

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MENSAGEM de 3 de Fevereiro de 2013

Ano do 30º aniversário da Beatificação de Maria Rivier Ano da Fé e da Nova Evangelização

Às Irmãs e a todos vós, Amigos e Amigas de Maria Rivier, Através do mundo, sois numerosos a fazer parte da grande Família de Maria Rivier: familiares das nossas irmãs e dos nossos alunos, estudantes de ontem e de hoje, pessoal educativo e pessoal de assistência aos doentes, empregado(a)s, diretores, diretoras e administradores, conselheiros profissionais, Jovens evangelizadores, Juventude Rivier e Voluntários Missionários, Associados Maria Rivier, Leigas consagradas, Sacerdotes amigos assim como os numerosos colaboradores, colaboradoras e benfeitores. Todos e todas vós, qualquer que seja a vossa idade, a vossa terra e função, contribuis para a vitalidade da família espiritual de Maria Rivier. Graças a vós, a herança que ela nos deixou continua a produzir frutos nos vinte países onde trabalham as irmãs da Apresentação de Maria. Herança de Maria Rivier Neste período de crise económica que afeta os nossos países, muitos desejariam que a herança da nossa bem-aventurada fosse em barras de ouro ou em poços de petróleo. Sendo assim, quantas misérias poderíamos aliviar!

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Maria Rivier nasceu numa família de comerciantes abastados para a época, mas a sua bolsa nunca estava pesada, porque não guardava nada para si. Conheceis talvez esse episódio, em que, criança ainda, tendo recebido uma moeda de um seu tio, ela saiu para a rua procurando a quem oferecer o seu presente. Aproximando-se duma senhora, perguntou-lhe: “A Senhora é pobre?” Vemos bem, neste episódio, o seu coração de criança já tocado pelo sofrimento dos outros. A herança recebida de Maria Rivier, já o adivinhastes, vale muito mais que todo o ouro do mundo. O que ela nos deixou foi a sua FÉ de transportar montanhas. A sua fé na vida, a sua fé n’Aquele que é caminho de Vida: Jesus Cristo. Hoje, mais do que nunca, temos necessidade de crer ! Crer que a vida é bela ! Crer que os sofrimentos do caminho são passageiros e que a violência não terá a última palavra ! Crer na força do amor ! Este amor recebido, este amor dado que permite ultrapassar os desafios da vida. O Menino do Presépio que acabámos de celebrar trouxe-nos esta mensagem de esperança. Mas ai! Para quantos dos nossos contemporâneos esta mensagem passa despercebida, perdida no barulho, na publicidade, nos banquetes, na rotina da vida ou no cansaço deste tempo festivo.

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Ano de Paz e de Felicidade Dizei-me: em que rimam todos os nossos votos de PAZ e de FELICIDADE para o Novo Ano se não acreditamos n’Aquele que torna possível esta paz e esta felicidade?

«Ó Deus, Tu amas tudo o que criaste. Aquilo que queres realizar connosco é para sempre!

Só Tu não és provisório. Tu és ternura e amor materno.

Tu és o Deus das longas paciências. Estás próximo dos que confiam em Ti,

dos que gritam por Ti com sinceridade. Que os Teus amigos bendigam o Teu Nome.

e proclamem a alegria do mundo novo que estás a preparar».

(Stan Rougier, Mostra-me o Teu rosto, pg. 145).

Através dos séculos, muitas gerações de crentes rezaram os salmos e porque acreditaram na verdade dessas palavras, contribuíram para transformar o seu meio. Como Maria Rivier e tantos outros santos da vida ordinária, puderam fazer sua a oração de Francisco de Assis : “Ó Senhor, faz de mim um instrumento da Tua Paz : Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver a ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver a discórdia, que eu leve a união. Onde houver a tristeza, que eu leve a alegria.”

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Acendamos velas de esperança ! As pessoas diziam de Maria Rivier que só a sua presença dava o gosto de se ser melhor. E porque é que isto não será possível para cada um e cada uma de nós ? Basta manter acesa, no nosso coração, a chama da esperança e a luz propagar-se-á. Basta uma pequena vela num quarto escuro para dar segurança e para acender outras. Quem não fez já esta experiência quando houve uma falha de corrente. Velas de esperança, Maria Rivier acendeu várias ao longo da sua vida. Pensemos em todas as famílias cujas crianças frequentavam uma das 142 escolas que ela fundou. E isso continua hoje através das suas filhas espalhadas através do mundo e graças a vós todos e todas que colaborais com elas. Convencida que a união faz a força, Maria Rivier gostava de repetir às suas primeiras companheiras: “ Ponhamo-nos juntas”, façamos o nosso “pequeno possível” e Deus fará o resto. E isto funciona! Os milagres da multiplicação do trigo existem ainda hoje.

• Constroem-se novas escolas: outras prosseguem a sua missão graças ao apoio e à responsabilização de leigos competentes e convencidos.

• Neste últimos anos, tiveram lugar novas inserções, em meios desfavorecidos como no Burkina Faso, no Peru, nas Filipinas…

• A Pastoral da Juventude está ativa e suscita iniciativas de aproximação interessantes.

• Daqui a pouco, um orfanato abrirá as suas portas nas Filipinas, graças à vossa solidariedade.

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Um segredo a descobrir Os desafios não faltam hoje, tal como no tempo de Maria Rivier. É pois importante saber onde é que esta mulherzinha, de saúde frágil, ia buscar o seu ardor infatigável para responder às necessidades do seu tempo. Aqueles e aquelas que tiveram a graça de visitar os lugares fonte em França e parar em Montpezat, sabem-no bem! Na igreja desta aldeia natal de Maria Rivier encontra-se uma Pietà. Escultura austera e semelhante a muitas outras dessa época mas que tem para nós um sentido e um atractivo particular. Que há de mais pungente, com efeito, do que uma mãe que tem nos seus braços, o corpo sem vida do seu filho – pequeno ou grande – a dor é a mesma. Foi aí, diante desta Mãe de dores que se modelou a vocação de Maria Rivier. Mas que podia a Marinette compreender nessa idade em que a criança só pensa em brincar? Nas suas longas horas de imobilidade de enferma, a pequena Rivier acreditou com tenacidade que a sua cura era possível: “Boa Mãe, cura-me e hei-de trazer-te pequenas e dir-lhes-ei que Te amem muito!”Será esta fé sólida e audaciosa que a aguentará ao longo de toda a sua vida, semeada de provações. Foi nesta intimidade com Maria que o coração da Marinette se tornou ardente de compaixão e se abriu à dimensão do mundo. Apresentação de Maria A presença de Maria permanece bem viva no coração das filhas de Maria Rivier. Numerosas são aquelas que, graças a ela, afirmam ter sido atraídas à Apresentação de Maria.

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Com uma confiança semelhante à de Maria Rivier, supliquemos a Nossa Senhora que desperte no coração de muitas jovens o desejo de seguir resolutamente Jesus Cristo como leigas comprometidas ou como consagradas na vida religiosa. Apesar das aparências por vezes contrárias, as jovens têm sede de absoluto, dum sentido para a sua vida. Saibamos interpelá-las, sobretudo pelo testemunho da nossa vida. Neste ano, proclamado ano da Nova Evangelização, intensifiquemos a nossa oração para pedir vocações sacerdotais e religiosas. A Igreja tem necessidade delas mais do que nunca para prosseguir o anúncio da Boa Nova que é Jesus Cristo. Nas nossas Casa de Oração e sobretudo nas nossas comunidades de irmãs mais velhas, a oração do rosário e os tempos de adoração têm um lugar de escolha. Eis aí um apoio precioso para as que “no terreno” da missão têm de encontrar as palavras e os gestos que vão ao encontro das pessoas que as rodeiam. Chamadas à Vida A 3 de Fevereiro, faremos memória da entrada de Maria Rivier na verdadeira Vida. Porque não aproveitar esta ocasião para reflectir na nossa vida como preparação para a Vida que não acabará? É uma maneira de nos afeiçoarmos à nossa morte e aos sofrimentos inevitáveis. Admito que isso não esteja nada na moda, nesta época em que todos os meios são bons para apagar essas realidades. Mas, quer o queiramos quer não, estamos de “passagem”

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sobre esta terra e a nossa peregrinação não se faz sem bolhas nos pés. Conheceis alguma beleza que brote sem sofrimento? Quer se trate de um pintor notável, de um desportista com medalhas de ouro ou de um músico prodigioso, todos tiveram de passar por uma aprendizagem longa e por vezes dolorosa. Todo o nascimento necessita de um tempo de parto… antes da explosão de alegria! Vivido à nossa medida, aí está o sentido do grande mistério da morte/ressurreição do Senhor. Precedeu-nos para nos convencer que os nossos sofrimentos tomam sentido nele. Porque Ele venceu a morte, podemos pois avançar com confiança. O que já contemplamos da beleza da Criação e da luz das estrelas são apenas um antegosto do que viveremos na Sua presença, no dia da felicidade sem fim. Felizes sois vós…! Há 30 anos, numa grandiosa celebração em S. Pedro de Roma, a Igreja proclamava Bem-aventurada, Maria Rivier. Ela já o era antes, pois que a sua morte teve lugar em 1838. Mas para Deus, “mil anos são como um dia!”, diz a Bíblia. A sua forma de medir não é verdadeiramente a nossa! E a sua maneira de calcular também não ! Ele é perito em multiplicação e em superlativo ! Olhai o número das estrelas, a variedade das cores e dos perfumes, a multiplicidade das espécies e a diversidade da sua beleza. Se a terra já é tão bela, que será o céu? A nossa estadia sobre a terra é um tempo de aprendizagem. O esplendor luminoso da visão beatífica arriscaria cegar-nos se, de antemão, não tivéssemos exercitado o nosso olhar nesta

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beleza invisível. É no quotidiano que nos deixamos cativar por esta luz da Felicidade, acolhendo em cada dia, cada acontecimento como um presente de Deus. Releiamos as Bem-aventuranças e peçamos a Maria Rivier que nos acompanhe nesta lição de vida, pois ela tornou-se perita neste domínio. Com uma tal conselheira, avancemos com confiança! O Reino “que há-de vir” já está aqui, cada vez que reconhecemos Jesus no meio de nós. A todos e a todas vós a minha gratidão pela vossa presença e o vosso apoio. Que a bênção de Deus vos encontre onde estais assim como às vossas famílias! Superiora geral Castelgandolfo, Apresentação de Maria

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Castelgandolfo Le 3 février 2013