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Métodos da ciência
Método = forma racional e crítica de proceder para chegar ao conhecimento ou demonstração da
verdade.Em ciência não existe um único método científico válido e aplicável a todas as ciências
Ciências formais (lógica formal e matemática)
Ciências materiais (Biologia, Físico-química)
Este método diz-se experimental por
se fazer a
verificação experimental como
prova confirmativa
das hipóteses
Este modelo diz-se
indutivo por se passar
de conhecimentos
particulares a um
conhecimento geral
Método indutivo
(criado e defendido por Francis Bacon)
1561-1626
Estrutura básica do método indutivo
Significado de cada momento do método indutivo
1561 — 1626
CRÍTICAS À PERSPECTIVA INDUTIVISTA
A perspetiva indutivista da ciência assenta em 3 ideias principais:
1ª A ciência começa com a observação (que deve ser neutra/imparcial).
2ª A inferência indutiva é a única capaz de fornecer conhecimento genuíno
acerca do mundo.
3ª A cientificidade das hipóteses resulta da sua verificação experimental.
Crítica à primeira ideia
(A ciência começa com a observação (que deve ser neutra/imparcial).
1. A ciência não começa com a observação
O que observamos depende do que já sabemos e do problema que queremos resolver e isso
depende de teorias e crenças prévias que temos acerca do funcionamento do mundo. Logo a
teoria precede sempre a observação.
2- A observação nunca é neutra :
A observação é sempre guiada por um problema
A observação é uma construção do observador
A observação altera a situação a observar
É seletiva
1. A ciência mais avançada pretende explicar:
Fenómenos inobserváveis (física das partículas subatómicas ou acerca dos limites do nosso
universo em expansão)
Fenómenos observáveis a partir de fenómenos inobserváveis.
Veja-se o exemplo seguinte de descoberta do fenómeno da fotossíntese que não pode ser
explicado pelo método indutivo.
Crítica à segunda ideia
(A inferência indutiva é a única capaz de fornecer conhecimento genuíno acerca do mundo.)
1- O raciocínio indutivo não confere o rigor lógico necessário ao conhecimento científico. A indução é
injustificável (inferir do particular para o geral: ir do “alguns”, para o “todos”)
a. Em termos lógicos, a indução é uma operação cuja validade não é garantida pela forma, na
medida em se dá um salto do particular para o geral. A verdade da sua conclusão nunca é
garantida pela verdade das premissas.
b. Em termos empíricos também não tem justificação racional porque decorre de uma
expectativa/hábito de que os factos se comportem do mesmo modo (uniformidade da
natureza).
Crítica à terceira ideia
(A cientificidade das hipóteses resulta da verificação)
1- A verificação incorre na falácia lógica da “Afirmação do consequente”.
Exemplo: se colocarmos a hipótese: as crianças são agressivas porque vêem programas violentos,
teremos P: as crianças vêem programas violentos. Q: as crianças são agressivas. Se as crianças vêem
programas violentos, então as crianças são agressivas.
2. 3. al do positivismo lógico: uma hipótese só se torna uma lei científica
, a estratégia da verificação como confirmação incorre numa falácia lógica (a da afirmação do consequente)
rvo que v
2- A próprias leis científicas constituem uma objeção à ideia de que a
verificação da teoria em casos particulares, por muitos que sejam,
nunca a podem validar.
PORQUÊ?
1. Se as leis científicas se aplicam a um número infinito de casos, então só a sua verificação num número infinito
de casos a tornaria válida.
2. Mas a verificação de uma lei num número infinito de casos é impossível
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As leis científicas não são válidas