microsoft word - colheita de alimentos
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Colheita de amostras
Alimentos
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Dezembro 2008
Formação Profissional
Co-financiada pelo Fundo Social Europeu e pelo Estado Português
Curso: Técnico/a de Controlo de Qualidade Alimentar
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Governo da República
Portuguesa
ÍNDICE 1 – Introdução ……………………………………………………………………………………………………………. 3
2- Considerações Normativa …………………………………………………………….……………………………. 4
3- Material Utilizado……………………………………………………………………………………………………… 6
3.1- Colheita de Refeiçõe……………………………………………….……………………………………... 6
3.2- Colheita de Bolos ………………………………………………………………………………………… 7
4- Procedimento de Colheita ………………………………………………………………………………...………... 7
4.1- Refeição…………………………………………………………………………………………………….. 7
4.1.1- Prato e Sobremesa……………………………………………………………………………………… 7
4.1.2- Esfregaço ………………………………………………………………………………………………… 8
5- Conservação e Transporte……………………………………………………………………………………….…. 9
6- Considerações Finais………………………………………………………………………………………………… 9
Referências Bibliográfica………………………………………………………………………………………………. 10
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1 – Introdução
Um Programa de Higiene dos Géneros Alimentícios possui o intuito de controlar a higiene e qualidade dos géneros
alimentícios, bolos, e sua manipulação.
Existem dois tipos de colheitas de géneros alimentícios: as colheitas de refeição, que são constituídas por: prato,
sobremesa e esfregaço na loiça ou numa superfície; e as colheitas de bolos, que são sempre constituídas por cinco
unidades, isto é, por cinco bolos iguais.
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2- CONSIDERAÇÕES NORMATIVAS
A Norma Portuguesa 916 define amostra para análise microbiológica como uma quantidade de produto a analisar
representativa das suas características microbiológicas globais.
A Norma Portuguesa 1828 estabelece algumas técnicas de colheita para análises microbiológicas, sendo elas:
Os recipientes com material esterilizado, quando enviados para fora do laboratório, devem ser protegidos das
poeiras ou de outras conspurcações pelo meio ambiente. Devem ter a data de esterilização e ser devolvidos ao
laboratório, no máximo, oito dias após aquela data, quando não utilizados.
���� Os recipientes para conter amostras devem ser de material apropriado impermeável à água e às gorduras:
vidro, metal inox ou material plástico apropriado, susceptível de ser esterilizado. No caso de géneros
alimentícios sólidos ou pastosos os recipientes devem, ainda, ter abertura larga. A capacidade e forma dos
recipientes devem ter em conta a natureza da amostra a colher. O fecho do recipiente deve ser assegurado
de tal modo que a rolha ou tampa seja, também, esterilizável e garanta a sua estanquidade. Podem ser
utilizados, quando estéreis, recipientes de material plástico apropriado, fechados por termocolagem
imediatamente após a colheita.
���� A colheita deve ser realizada com os indispensáveis cuidados de assepsia, mas também de modo a
representar devidamente as características microbiológicas do alimento a analisar.
���� O ambiente deve ser limpo, calmo, sem correntes de ar, sem humidade e sem cheiros que se possam
transmitir ao alimento e, tanto quanto possível, à temperatura da sua conservação.
���� Uma colheita de géneros alimentícios deve ser realizada com todos os cuidados de assepsia:
���� A roupa dos intervenientes deve estar limpa e as mãos desinfectadas.
���� As zonas dos utensílios utilizados para a colheita das amostras não devem contactar senão o próprio
alimento ou as superfícies esterilizadas dos respectivos contentores, não devendo, nunca, ser colocadas
sobre mesas, bancadas ou embalagens dos próprios géneros alimentícios.
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���� As mãos não devem tocar na amostra a analisar, nem as zonas dos utensílios que os irão contactar.
���� A colheita deve ser efectuada o mais próximo possível de uma chama de gás ou de álcool, rapidamente e
sem gestos bruscos.
���� O recipiente onde se encontra o género alimentício deve ser aberto o menos possível, com os maiores
cuidados de assepsia, desinfectando previamente a zona da abertura e de modo a não tocar o género
alimentício. Os utensílios utilizados devem estar esterilizados e não devem servir para a colheita de outra
amostra sem nova esterilização.
���� O recipiente que irá conter a amostra deve ser aberto junto da chama, flamejando a tampa, depois de
aberto o bocal é também passado pela chama, rodando-o para um e outro lado sobre a chama. Estas
operações repetem-se após a colheita da amostra e antes de fechar o recipiente. Este, enquanto aberto,
deve ser mantido tão horizontalmente quanto possível com a boca junto à chama.
� O material de colheita das amostras, mesmo esterilizado, deve ser flamejado no momento de ser utilizado e
arrefecido no próprio alimento, mas não no ponto de colheita da amostra.
���� A amostra, quando o género alimentício estiver contido em embalagem própria, deve ser constituída,
sempre que possível, pelo conteúdo total dessa embalagem intacta.
���� No caso de alimentos líquidos, estes devem ser convenientemente misturados com agitadores manuais ou
mecânicos (devidamente desinfectados) ou insuflando ar esterilizado por filtração.
���� Se a amostra for colhida de uma torneira, esta deve ser limpa, desinfectada por fora e por dentro e
flamejada. O líquido deve correr algum tempo antes de se colher a amostra.
���� Quando o alimento é pastoso, e portanto, de difícil mistura, dever-se-ão colher porções em pontos diversos,
afastados e a diferentes profundidades.
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���� Na colheita de amostras de alimentos sólidos há que saber se a parte externa que pode estar ou não
contaminada, deve ou não fazer parte da amostra. No segundo caso deve ser retirada a camada superficial
usando material esterilizado o qual só poderá ser utilizado na colheita da amostra após nova esterilização.
���� Dada a impossibilidade de homogeneizar os alimentos sólidos, a amostra deve ser constituída por porções
colhidas em diferentes locais, nas zonas superficiais, médias e profundas.
���� Em alimentos sólidos de composição heterogénea a amostra deve comportar quantidades proporcionais
das diversas camadas ou zonas.
���� Se a amostra for colhida em alimento suspeito de ter sido tratado com cloro, o recipiente para a amostra
deve conter 0,1 ml de solução nele esterilizada, de tiossulfato de sódio a 2% por cada 100 ml de líquido.
���� Quando se trate de géneros alimentícios esterilizados, a amostra deve ser constituída por três unidades do
mesmo lote.
3- MATERIAL UTILIZADO
Numa colheita de géneros alimentícios o material utilizado deve estar em boas condições de assepsia, e o material
que contacta directamente com a amostra (e.g. luvas, recipiente de colheita) deve ser esterilizado.
3.1- Colheita de Refeição
O material utilizado numa colheita de refeição é o seguinte:
���� bata;
���� luvas;
���� máscara facial;
���� recipientes de colheita esterilizados;
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���� água peptonada;
���� mala térmica;
���� tubo de ensaio esterilizado;
���� zaragatoa;
���� ficha de identificação da colheita.
3.2- Colheita de Bolos
O material utilizado numa colheita de bolos é o seguinte:
���� bata;
���� luvas;
���� máscara facial;
���� recipientes de colheita esterilizados; e
���� mala térmica;
���� ficha de identificação da colheita.
4- PROCEDIMENTO DE COLHEITA 4.1- Refeição
4.1.1- Prato e sobremesa
� Escolhe-se o prato para colheita, tendo em consideração a confecção e/ou os ingredientes utilizados que
possam traduzir um maior riscos para a saúde pública.
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� O prato é confeccionado como se fosse para ser servido e com o auxílio dos talheres que o utente iria
utilizar, o alimento é deslocado do prato para o recipiente de colheita previamente esterilizado.
� Retira-se o ar do recipiente de colheita de modo a evitar que a flora bacteriana existente tenha oxigénio
suficiente para se desenvolver.
� Deslocam-se os dedos, horizontalmente, pela zona de fecho de arame do recipiente para que este fique
bem fechado, e em seguida enrola-se a parte superior deste e dobram-se as extremidades.
� Coloca-se o recipiente de colheita dentro da mala térmica.
� Para a sobremesa o procedimento é exactamente o mesmo que para o prato.
4.1.2- Esfregaço
� Escolhe-se a loiça/superfície que se pretende analisar.
� Mergulha-se a zaragatoa no meio de cultura - água peptonada (que além de facilitar a aderência dos
microrganismos à superfície da zaragatoa, também funciona como meio propício ao desenvolvimento de
microrganismos por ser húmido).
� Passa-se a zaragatoa pela superfície que se deseja analisar (nas zonas mais susceptíveis de se
manifestarem como fonte de contaminação).
� Coloca-se a zaragatoa no tubo de ensaio esterilizado.
� Coloca-se o tubo de ensaio em mala térmica.
� Em cada um destes três casos (prato, sobremesa, esfregaço) efectua-se o preenchimento de uma ficha de
identificação onde deve constar:
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���� identificação da Colheita (número da amostra/data/hora/local de colheita);
���� dentificação do Estabelecimento (nome / morada / freguesia / concelho / telefone / fax / estabelecimento).
5- CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE
A amostra dos géneros alimentícios recolhida deve ser conservada de forma a evitar o desenvolvimento ou a
destruição dos microrganismos antes da análise. Para isso, deve ser transportada:
���� em mala térmica, entre 0 e 4º C; e
���� na ausência de luz.
O seu transporte até ao Laboratório deverá ser feito num prazo máximo de 6 horas. E deverá ser examinada em
Laboratório antes de terem passado 24 horas (Norma Portuguesa 1828).
Quando se trate de amostras de alimentos desidratados ou de conserva, a refrigeração não é necessária.
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
As colheitas de géneros alimentícios são de vital importância em termos de saúde pública, pois permite efectuar
uma Vigilância da Higiene e Qualidade Alimentar.
A Vigilância da Higiene e Qualidade Alimentar efectuada correctamente permite, muitas vezes, prevenir surtos de
toxi-infecções alimentares, que de outro modo proliferariam ser qualquer impedimento.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
���� COMISSÃO TÉCNICA PORTUGUESA DE NORMALIZAÇÃO DE “MICROBIOLOGIA ALIMENTAR”. Norma
Portuguesa 1828. (1982). Microbiologia Alimentar - Colheita de Amostras para Análise Microbiológica.
���� COMISSÃO TÉCNICA PORTUGUESA DE NORMALIZAÇÃO DE “MICROBIOLOGIA ALIMENTAR”. Norma
Portuguesa 916. (1972). Microbiologia Alimentar - Colheita de Amostras - Terminologia.
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