net serviços de comunicação s.a. · prospecto definitivo do primeiro programa de distribuição...

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Prospecto Definitivo do Primeiro Programa de Distribuição Pública de Debêntures da R$ 900.000.000,00 A data deste Prospecto Definitivo é de dezembro de 2006 26 . Companhia Aberta de Capital Autorizado CNPJ/MF n 00.108.786/0001-65 Rua Verbo Divino, n 1.356, 1 andar, CEP 04719-002, São Paulo – SP o o o Net Serviços de Comunicação S.A. A(O) presente oferta pública/programa foi elaborada(o) de acordo com as disposições do Código de Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários, o qual se encontra registrado no 4º Ofício de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, sob o nº 4890254, atendendo, assim, a(o) presente oferta pública/programa, aos padrões mínimos de informação contidos no código, não cabendo à ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informações, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das instituições participantes e dos valores mobiliários objeto da(o) oferta pública/programa. Primeiro programa de distribuição pública de debêntures simples, não conversíveis em ações, todas nominativas e escriturais, da espécie quirografária (sem garantia nem preferência), de emissão da Net Serviços de Comunicação S.A. (“Emissora” e “Debêntures”), com prazo de até 2 (dois) anos, no valor total de R$ 900.000.000,00 (novecentos milhões de Reais) (“Programa de Distribuição”). As emissões das Debêntures no âmbito do Programa de Distribuição (individualmente, “Emissão” e, conjuntamente, “Emissões”) serão feitas por meio de suplementos a este Prospecto, os quais conterão todas as informações específicas, relativas a cada Emissão (individualmente, “Suplemento” e, conjuntamente, “Suplementos”). O Programa de Distribuição é realizado com base nas deliberações da reunião do conselho de administração da Emissora, realizada em 23 de outubro de 2006, cuja ata foi arquivada na Junta Comercial do Estado de São Paulo em 14 de novembro de 2006, sob o nº 306.381/06-0, e publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, em 15 de novembro de 2006, e no jornal “Valor Econômico”, em 16 de novembro de 2006, pela qual foi aprovado o registro do Programa de Distribuição, sendo que cada emissão realizada ao amparo do Programa de Distribuição deverá ser aprovada pelo conselho de administração da Emissora, que deverá aprovar, ainda, a manutenção ou a redução da taxa de juros utilizada para cálculo da remuneração das Debêntures (spread), conforme procedimento de bookbuilding, e eventual alteração e/ou consolidação da respectiva escritura de emissão, se for o caso. Este Prospecto deverá ser atualizado pela Emissora no prazo máximo de 1 (um) ano, contado do arquivamento do Programa de Distribuição perante a CVM, ou por ocasião da apresentação das demonstrações financeiras anuais da Emissora à CVM, o que ocorrer primeiro, sem prejuízo de eventuais atualizações por meio de Suplemento, à época da realização de Emissões ao amparo do Programa de Distribuição. Antes de tomar a decisão de investir nas Debêntures, os investidores deverão ler este Prospecto, em conjunto com os respectivos Suplementos, inclusive o disposto nas seções “Fatores de Risco” desses documentos. O Prospecto e os respectivos Suplementos serão colocados à disposição dos potenciais investidores nas páginas da rede mundial de computadores – Internet – e nos endereços da Emissora, dos respectivos coordenadores, da CVM, da CETIP e da BOVESPA, conforme aplicável à Emissão em questão. Este Prospecto não deve, em nenhuma circunstância, ser considerado uma recomendação de compra das Debêntures. Ao decidir por adquirir as Debêntures, potenciais investidores deverão realizar sua própria análise e avaliação da condição financeira da Emissora, de seus ativos e dos riscos decorrentes do investimento nas Debêntures. O Programa de Distribuição foi aprovado e arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), em 21 de dezembro de 2006, sob o nº CVM/SRE/PRO/2006/0012. “O arquivamento do Programa de Distribuição não implica, por parte da CVM, garantia de veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade da Emissora, bem como sobre a Emissão e as Debêntures a serem distribuídas”. Os investidores devem ler a seção “Fatores de Risco”, nas páginas 19 a 26 deste Prospecto.

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  • Prospecto Definitivo do Primeiro Programa de Distribuio Pblica de Debntures da

    R$ 900.000.000,00

    A data deste Prospecto Definitivo de dezembro de 200626 .

    Companhia Aberta de Capital AutorizadoCNPJ/MF n 00.108.786/0001-65

    Rua Verbo Divino, n 1.356, 1 andar, CEP 04719-002, So Paulo SP

    o

    o o

    Net Servios de Comunicao S.A.

    A(O) presente oferta pblica/programa foi elaborada(o) de acordo com as disposies do Cdigo de Auto-Regulao da ANBID para as Ofertas Pblicas deDistribuio e Aquisio de Valores Mobilirios, o qual se encontra registrado no 4 Ofcio de Registro de Ttulos e Documentos da Comarca de So Paulo,Estado de So Paulo, sob o n 4890254, atendendo, assim, a(o) presente oferta pblica/programa, aos padres mnimos de informao contidos no cdigo,no cabendo ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informaes, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das instituies participantes e dosvalores mobilirios objeto da(o) oferta pblica/programa.

    Primeiro programa de distribuio pblica de debntures simples, no conversveis em aes, todas nominativas e escriturais, da espcie quirografria (sem garantia

    nem preferncia), de emisso da Net Servios de Comunicao S.A. (Emissora e Debntures), com prazo de at 2 (dois) anos, no valor total de R$ 900.000.000,00

    (novecentos milhes de Reais) (Programa de Distribuio). As emisses das Debntures no mbito do Programa de Distribuio (individualmente, Emisso e,

    conjuntamente, Emisses) sero feitas por meio de suplementos a este Prospecto, os quais contero todas as informaes especficas, relativas a cada Emisso

    (individualmente, Suplemento e, conjuntamente, Suplementos).

    O Programa de Distribuio realizado com base nas deliberaes da reunio do conselho de administrao da Emissora, realizada em 23 de outubro de 2006, cuja ata

    foi arquivada na Junta Comercial do Estado de So Paulo em 14 de novembro de 2006, sob o n 306.381/06-0, e publicada no Dirio Oficial do Estado de So Paulo,

    em 15 de novembro de 2006, e no jornal Valor Econmico, em 16 de novembro de 2006, pela qual foi aprovado o registro do Programa de Distribuio, sendo que

    cada emisso realizada ao amparo do Programa de Distribuio dever ser aprovada pelo conselho de administrao da Emissora, que dever aprovar, ainda, a

    manuteno ou a reduo da taxa de juros utilizada para clculo da remunerao das Debntures (spread), conforme procedimento de bookbuilding, e eventual

    alterao e/ou consolidao da respectiva escritura de emisso, se for o caso.

    Este Prospecto dever ser atualizado pela Emissora no prazo mximo de 1 (um) ano, contado do arquivamento do Programa de Distribuio perante a CVM, ou por

    ocasio da apresentao das demonstraes financeiras anuais da Emissora CVM, o que ocorrer primeiro, sem prejuzo de eventuais atualizaes por meio de

    Suplemento, poca da realizao de Emisses ao amparo do Programa de Distribuio.

    Antes de tomar a deciso de investir nas Debntures, os investidores devero ler este Prospecto, em conjunto com os respectivos Suplementos, inclusive o disposto nas

    sees Fatores de Risco desses documentos. O Prospecto e os respectivos Suplementos sero colocados disposio dos potenciais investidores nas pginas da rede

    mundial de computadores Internet e nos endereos da Emissora, dos respectivos coordenadores, da CVM, da CETIP e da BOVESPA, conforme aplicvel

    Emisso em questo.

    Este Prospecto no deve, em nenhuma circunstncia, ser considerado uma recomendao de compra das Debntures. Ao decidir por adquirir as Debntures,

    potenciais investidores devero realizar sua prpria anlise e avaliao da condio financeira da Emissora, de seus ativos e dos riscos decorrentes do investimento

    nas Debntures.

    O Programa de Distribuio foi aprovado e arquivado na Comisso de Valores Mobilirios (CVM), em 21 de dezembro de 2006, sob o

    n CVM/SRE/PRO/2006/0012.

    O arquivamento do Programa de Distribuio no implica, por parte da CVM, garantia de veracidade das informaes prestadas ou julgamento sobre a

    qualidade da Emissora, bem como sobre a Emisso e as Debntures a serem distribudas.

    Os investidores devem ler a seo Fatores de Risco, nas pginas 19 a 26 deste Prospecto.

  • NDICE

    Parte I - INTRODUO

    Definies ................................................................................................................................................... 5 Declaraes e Informaes Prospectivas..................................................................................................... 13 Informaes Cadastrais da Emissora........................................................................................................... 14 Identificao de Administradores, Consultores, Auditores e Coordenadores ............................................. 15 Caractersticas do Programa de Distribuio .............................................................................................. 16 Destinao dos Recursos ............................................................................................................................. 18 Fatores de Risco .......................................................................................................................................... 19

    Parte II - SITUAO FINANCEIRA

    Capitalizao ............................................................................................................................................... 29 Informaes Financeiras Selecionadas........................................................................................................ 30 Discusso e Anlise da Administrao sobre as Demonstraes Financeiras e os Resultados Operacionais ............................................................................................................................ 36

    Parte III - INFORMAES SOBRE A EMISSORA

    O Setor de Televiso por Assinatura ........................................................................................................... 51 Informaes sobre a Emissora .................................................................................................................... 60 Atividades .................................................................................................................................................. 73 Propriedades, Plantas e Equipamentos ........................................................................................................ 84 Composio do Capital Social .................................................................................................................... 86 Administrao ............................................................................................................................................. 90 Prticas de Governana Corporativa ........................................................................................................... 97 Ttulos e Valores Mobilirios Emitidos ...................................................................................................... 99 Transaes entre Partes Relacionadas ......................................................................................................... 104 Contingncias Judiciais e Administrativas.................................................................................................. 106

    Parte IV - ANEXOS

    Demonstraes Financeiras (DF) da Emissora e DF consolidadas da Emissora e suas controladas, com informaes relativas aos exerccios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003, e parecer dos auditores independentes ........................................................................................................ 115

    Demonstraes Financeiras Padronizadas (DFP), com informaes relativas aos exerccios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003................................................................................ 319

    Informaes Trimestrais (ITR) da Emissora e ITR consolidadas da Emissora e suas controladas, referente ao perodo de 3 (trs) meses encerrado em 30 de setembro de 2006, e relatrio de reviso especial dos auditores independentes .......................................................................................................... 549

    Informaes Anuais (IAN) da Emissora, com informaes relativas ao exerccio social encerrado em 31 de dezembro de 2005........................................................................................................................ 619

    Estatuto Social da Emissora ........................................................................................................................ 835

    Ata da Reunio do Conselho de Administrao da Emissora realizada em 23 de outubro de 2006 ........... 849

    Modelo Padro de Escritura de Emisso Pblica de Debntures ................................................................ 855

    Declarao da Emissora nos termos do artigo 56 da Instruo CVM 400 .................................................. 899

    Declarao do Banco Bradesco S.A. nos termos do artigo 56 da Instruo CVM 400............................... 903

  • (Esta pgina foi intencionalmente deixada em branco)

  • Parte I - INTRODUO

    Definies

    Declaraes e Informaes Prospectivas

    Informaes Cadastrais da Emissora

    Identificao de Administradores, Consultores, Auditores e Coordenadores

    Caractersticas do Programa de Distribuio

    Destinao dos Recursos

    Fatores de Risco

    3

  • (Esta pgina foi intencionalmente deixada em branco)

  • DEFINIES

    Os termos abaixo definidos, quando utilizados neste Prospecto, seja no singular ou no plural, tero o significado a eles atribudo abaixo.

    ABTA Associao Brasileira de Televiso por Assinatura.

    Acordo de Acionistas Globo e BNDESPAR

    Acordo de acionistas firmado entre Globo e BNDESPAR, em 01 de fevereiro de 2005.

    Acordo de Acionistas Globo e Telmex

    Acordo de acionistas firmado entre Globo, Latam, Telmex e GB, em 21 de maro de 2005, e posteriores aditamentos.. Em razo da incorporao da Latam, a Embrapar a sucedeu no Acordo de Acionistas Globo e Telmex.

    ADS American Depositary Shares.

    ADSL Asymetric Digital Subscriber Line.

    Afiliada Qualquer Sociedade que, direta ou indiretamente, controla, controlada ou est sob o Controle comum, direto ou indireto, com relao sociedade em referncia.

    Agente Fiducirio O agente fiducirio ser definido em cada Emisso, conforme informado no Suplemento respectivo.

    ANATEL Agncia Nacional de Telecomunicaes.

    ANBID Associao Nacional dos Bancos de Investimento.

    ANDIMA Associao Nacional das Instituies do Mercado Financeiro.

    Banco Central Banco Central do Brasil.

    Banco Mandatrio e Escriturador

    O banco mandatrio e escriturador ser definido em cada Emisso, conforme informado no Suplemento respectivo.

    BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social.

    BNDESPAR BNDES Participaes S.A.

    Bovespa Bolsa de Valores de So Paulo.

    Bradesplan Bradesplan Participaes S.A.

    Brasil ou Pas Repblica Federativa do Brasil.

    Brasil Telecom Brasil Telecom Participaes S.A. e suas subsidirias.

    Cable Modem Equipamento utilizado para transferir informaes em alta velocidade por meio de uma rede de cabos coaxiais e/ou de fibra ptica.

    CADE Conselho Administrativo de Defesa Econmica.

    Call Center Central telefnica de atendimento a clientes.

    5

  • CBLC Companhia Brasileira de Liquidao e Custdia.

    CDI Taxa de juros interbancria incidente sobre os emprstimos em moeda nacional e que vigora no mercado Brasileiro.

    CFC Conselho Federal de Contabilidade.

    Classes A, B, C, D e E Classes scio-econmicas cuja renda mdia familiar encontra-se, respectivamente, acima de 25 salrios mnimos, de 10 a 25 salrios mnimos, de 4 a 10 salrios mnimos, de 2 a 4 salrios mnimos e abaixo de 2 salrios mnimos, conforme classificao realizada pelo IBGE.

    CMN Conselho Monetrio Nacional.

    COFINS Contribuio para Financiamento da Seguridade Social.

    Conselho de Administrao Conselho de Administrao da Emissora.

    Controle O poder de gerir os negcios de uma Sociedade, direta ou indiretamente, seja pela propriedade de aes ou direito a voto, por direito assegurado contratualmente ou por qualquer outra forma.

    CSLL Contribuio Social sobre o Lucro Lquido.

    CVM Comisso de Valores Mobilirios.

    Debntures Debntures simples, da espcie quirografria, que podero ser ofertadas publicamente no mbito do Programa de Distribuio.

    Debntures da Primeira Emisso Debntures da primeira emisso pblica da emissora, no conversveis em aes, emitidas em 1 de novembro de 1998.

    Debntures da Quarta Emisso Debntures da quarta emisso pblica da Emissora, em duas sries, no conversveis em aes, com garantia real e fidejussria, emitidas em 21 de abril de 2005.

    Debntures da Quinta Emisso Debntures da quinta emisso pblica da Emissora, no conversveis em aes, emitidas em 15 de agosto de 2005.

    Debntures da Segunda Emisso Debntures da segunda emisso pblica de Debntures da Emissora, conversveis em aes preferenciais de emisso da Emissora, emitidas em 1 de dezembro de 1999.

    Debntures da Terceira Emisso Debntures da terceira emisso pblica da emissora, no conversveis em aes, emitidas em 1 de dezembro de 2000.

    Debenturistas Detentores das Debntures emitidas com base no Programa de Distribuio.

    Decreto n 2.196/97 Decreto n 2.196, de 8 de abril de 1997, e alteraes posteriores.

    Decreto n 2.206/97 Decreto n 2.206, de 14 de abril de 1997.

    Distel Distel Holdings S.A., subsidiria da Globo.

    6

  • DISTV Distribuio de Sinais de Televiso por meios fsicos.

    Dlar ou US$ A moeda corrente nos Estados Unidos.

    DTH Direct to Home System, sistema de transmisso de televiso por assinatura via satlite de alta potncia, de transmisso diretamente para a casa do usurio, que recebe o sinal atravs de antena parablica.

    EBIT O EBIT uma medio no contbil elaborada pela administrao da Emissora, reconciliada com as demonstraes financeiras em observncia das disposies do Ofcio Circular da CVM n 01/2006, consistindo no lucro (prejuzo) lquido do perodo acrescido do imposto de renda e contribuio social, participaes em controladas e coligadas, despesas (receitas) financeiras lquidas, despesas (receitas) no operacionais lquidas e participao dos acionistas minoritrios. O EBIT no uma medida reconhecida pelas Prticas Contbeis Adotadas no Brasil e no representa o fluxo de caixa para os perodos apresentados, no devendo ser considerado uma alternativa para o lucro (prejuzo) lquido ou operacional, como um indicador de desempenho operacional ou uma alternativa para fluxo de caixa como indicador de liquidez. A Emissora acredita que esta medida, conforme aqui definida, ajuda a identificar tendncias em suas operaes habituais e como medida de seu desempenho financeiro. O EBITDA no possui um significado padronizado, e a definio de EBITDA da Emissora pode no ser comparvel quela utilizada por outras empresas.

    EBITDA O EBITDA uma medio no contbil elaborada pela administrao da Emissora, reconciliada com as demonstraes financeiras em observncia das disposies do Ofcio Circular da CVM n 01/2006, consistindo no lucro (prejuzo) lquido do perodo acrescido do imposto de renda e contribuio social, participaes em controladas e coligadas, despesas (receitas) financeiras lquidas, despesas (receitas) no operacionais lquidas, participao dos acionistas minoritrios e depreciaes e amortizaes. O EBITDA no uma medida reconhecida pelas Prticas Contbeis Adotadas no Brasil e no representa o fluxo de caixa para os perodos apresentados, no devendo ser considerado uma alternativa para o lucro (prejuzo) lquido ou operacional, como um indicador de desempenho operacional ou uma alternativa para fluxo de caixa como indicador de liquidez. A Emissora acredita que esta medida, conforme aqui definida, ajuda a identificar tendncias em suas operaes habituais e como medida de seu desempenho financeiro. O EBITDA no possui um significado padronizado, e a definio de EBITDA da Emissora pode no ser comparvel quela utilizada por outras empresas.

    ECAD Escritrio Central de Arrecadao de Direitos Autorais.

    Embrapar Embratel Participaes S.A., acionista da Emissora.

    Embratel Empresa Brasileira de Telecomunicaes S.A., subsidiria da Embrapar.

    Emisso Qualquer emisso pblica de Debntures realizada com base no Programa de Distribuio.

    7

  • Emissora Net Servios de Comunicao S.A.

    Ernst & Young Ernst & Young Auditores Independentes S/S.

    Escritura de Emisso Instrumentos particulares de escritura de emisso das Debntures emitidas no mbito do Programa de Distribuio.

    EUA ou Estados Unidos Estados Unidos da Amrica.

    Famlia Marinho Roberto Irineu Marinho, Joo Roberto Marinho e Jos Roberto Marinho, filhos do Sr. Roberto Marinho.

    FGV Fundao Getlio Vargas.

    GB GB Empreendimentos e Participaes S.A.

    Globo Globo Comunicao e Participaes S.A., acionista da Emissora. O termo Globo inclui, a no ser quando o contexto de outra forma exigir, Distel e Romapar. A Globo contoladora da GB, sendo portanto controladora indireta da Emissora.

    Globosat Globosat Programadora Ltda., subsidiria da Globo especializada em fornecimento de contedo para programao de canais de televiso paga.

    Globotel Globotel Participaes S.A., subsidiria indireta da Globo, incorporada pela Emissora em agosto de 2001.

    Governo Governo Federal da Repblica Federativa do Brasil.

    Headends Central de recepo, processamento, gerao e retransmisso do sinal para os assinantes de televiso a cabo e MMDS.

    IBGC Instituto Brasileiro de Governana Corporativa.

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica.

    IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.

    ICMS Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios.

    IFC International Finance Corporation.

    IGP-M ndice Geral de Preos de Mercado conforme auferido pela Fundao Getlio Vargas.

    Instruo CVM 319 Instruo da CVM n 319, de 3 de dezembro de 1999, e alteraes posteriores.

    Instruo CVM 400 Instruo da CVM n 400, de 29 de dezembro de 2003, e alteraes posteriores.

    IOF Imposto sobre Operaes Financeiras.

    IRPJ Imposto de Renda que incide sobre Pessoa Jurdica no Brasil.

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  • IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte.

    JUCESP Junta Comercial do Estado de So Paulo.

    KPMG KPMG Auditores Independentes.

    Latam Latam do Brasil Participaes S.A, subsidiria da Telmex, incorporada pela Embrapar em outubro de 2005.

    Latibex Mercado internacional, exclusivo para negociao de ttulos e valores mobilirios de empresas latino-americanas, na Bolsa de Valores de Madrid.

    Lei das Sociedades por Aes Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e alteraes posteriores.

    Lei n 8.977/95 Lei n 8.977, de 6 de janeiro de 1995, e alteraes posteriores.

    LGT ou Lei Geral de Telecomunicaes

    Lei n 9.472, de 16 de julho de 1997, e alteraes posteriores.

    LIBOR Taxa de juros interbancria incidente sobre os emprstimos em moeda estrangeira e que vigora no mercado internacional de Londres.

    Licenas Concesses para prestao de servio de televiso a cabo e autorizao para prestao de servios de MMDS.

    MMDS Multichannel Multipoint Distribution Service, sistema de transmisso de sinais de televiso atravs de microondas terrestres em freqncia acima de 2GHz.

    Modelo de Escritura de Emisso Modelo padro do instrumento particular de escritura de emisso das Debntures que sero emitidas pela Emissora no mbito do Programa de Distribuio.

    Multicanal Multicanal S.A., subsidiria da Emissora.

    Nasdaq The Nasdaq Stock Market Inc., bolsa de valores eletrnica dos EUA.

    Near Video on Demand Programas pagos individualmente pelo assinante, que escolhe dentre uma srie de horrios previamente programados pela operadora de televiso por assinatura.

    Net Brasil Net Brasil S.A., subsidiria integral da Distel.

    NET Combo Servios de Triple Play fornecidos pela Emissora.

    NET Fone Via Embratel Nome comercial do servio de telefonia prestado pela Embratel, em parceria com a Emissora.

    Net Rio Net Rio S.A, subsidiria da Emissora.

    Net Sul Net Sul Comunicaes Ltda., subsidiria da Emissora.

    9

  • NET Vrtua Marca de servio de acesso bidirecional Internet de alta velocidade,

    utilizando rede de cabos coaxiais ou de fibra ptica e Cable Modems, provido pela Emissora.

    Nvel 1 Nvel 1 de Prticas Diferenciadas de Governana Corporativa da Bovespa.

    Nvel 2 Nvel 2 de Prticas Diferenciadas de Governana Corporativa da Bovespa.

    Novo Mercado Segmento especial de negociao de valores mobilirios da Bovespa.

    Organizaes Globo Conjunto de negcios e empresas de mdia, comunicao e entretenimento, controladas ou com participao da Famlia Marinho.

    Pay per view Servio de televiso por assinatura em que o assinante paga apenas pela programao que quiser assistir, quando desejar, dentro da oferta existente.

    Perpetual Notes Perpetual notes emitidas pela Emissora em 28 de novembro de 2006, no valor total de US$150,0 milhes.

    PIB Produto Interno Bruto.

    Pirataria Conexo rede da Emissora e utilizao de seus servios, sem a devida contratao e remunerao.

    PIS Programa de Integrao Social.

    Portaria n 250/89 Portaria do Ministrio das Comunicaes n 250, de 13 de dezembro de 1989.

    Portaria n 254/97 Portaria do Ministrio das Comunicaes n 254, de 16 de abril de 1997.

    Portaria n 256/97 Portaria do Ministrio das Comunicaes n 256, de 18 de abril de 1997.

    Prticas Contbeis Adotadas no Brasil

    Princpios e prticas contbeis adotadas no Brasil, as quais so baseadas na Lei das Sociedades por Aes, nas normas emitidas pela CVM, nas normas contbeis emitidas pelo IBRACON e nas resolues do CFC.

    Programa de Distribuio O Programa de Distribuio Pblica de Debntures da Emissora descrito neste Prospecto.

    Prospecto Este Prospecto Definitivo do Programa de Distribuio Pblica de Debntures da Emissora.

    Prospecto Preliminar O Prospecto Preliminar do Programa de Distribuio Pblica de Debntures da Emissora.

    PTS Pay-TV Survey, publicao peridica de informaes relacionadas ao setor de televiso por assinatura.

    RBS RBS Participaes S.A.

    10

  • Real ou R$ A moeda corrente no Brasil.

    Reestruturao de Capital Reestruturao de capital da Emissora, descrita na seo denominada Informaes sobre a Emissora Reestruturao de Capital deste Prospecto.

    Regulamento do Nvel 2 Regulamento de Prticas Diferenciadas de Governana Corporativa Nvel 2 da Bovespa.

    Romapar Roma Participaes Ltda., subsidiria da Globo.

    Sky ou Sky Brasil Sky Brasil Servios Ltda., subsidiria da Globo, sendo uma joint venture internacional formada entre a Globo, a News Corporation, LLC e Liberty Media Inc., constituda para fornecer servios de DTH no Brasil.

    Sociedade Qualquer indivduo, corporao, companhia, sociedade limitada, associao voluntria, sociedade, joint venture, trust, autarquia, organizao sem personalidade jurdica ou Governo (ou qualquer agncia, setor, ou subdiviso poltica dos mesmos) ou outra entidade de qualquer natureza.

    Spread Sobretaxa de juros fixos acrescida ao rendimento de uma debnture referenciada em taxas flutuantes.

    Suplemento Documento que complementar este Prospecto com informaes detalhadas sobre as Debntures a serem ofertadas no mbito do Programa de Distribuio, nos termos da Instruo CVM 400. Cada Emisso ter um Suplemento especfico, o qual conter os termos e condies da referida oferta.

    Taxa Churn Nmero lquido de assinantes desconectados (desconexes menos reconexes) em determinado perodo, dividido pela mdia do nmero de assinantes conectados no mesmo perodo, calculado para cada classe de servio, expressa percentualmente.

    TelefonicaTelefnica Telecomunicaes de So PauloTelefnica, S.A. e suas subsidirias no Brasil, concessionria de servio telefnico fixo comutado.

    Telemar Telemar Participaes S.A. e suas subsidirias no Brasil.

    Telmex Telfonos de Mxico, S.A. de C.V.

    TJPL Taxa de Juros de Longo Prazo.

    Triple Play Oferta conjunta de servios de vdeo, dados e voz.

    TVA TVA Sistema de Televiso S.A., empresa que atua no ramo de televiso por assinatura, concorrente da Emissora.

    UHF Ultra high frequency, designa a faixa de radiofreqncias de 300 MHz at 3 GHz.

    Unicabo Unicabo Comunicaes e Participaes S.A, subsidiria da Emissora.

    11

  • US GAAP United States Generally Accepted Accounting Principles, princpios

    contbeis geralmente aceitos nos EUA.

    VHF Very high frequency, designa a faixa de radiofreqncias de 30 MHz at 300 MHz.

    Vicom Vicom Ltda., antiga subsidiria da Emissora para transmisso via satlite, alienada em 30 de agosto de 2004.

    Vivax Vivax S.A., operadora de televiso a cabo e prestadora de servios de Internet em banda larga.

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  • DECLARAES E INFORMAES PROSPECTIVAS

    Este Prospecto contm declaraes e informaes prospectivas da Emissora, as quais esto sujeitas a riscos e incertezas. No h garantias de que o desempenho futuro da Emissora ocorra em conformidade com essas informaes. Declaraes e informaes prospectivas incluem afirmaes a respeito das intenes, crenas ou expectativas da Emissora em relao a uma srie de assuntos, entre os quais se destacam:

    conjuntura econmica e poltica do Brasil e do mundo;

    variao das taxas de juros, inflao e cmbio;

    nvel de endividamento da Emissora;

    planos da Emissora quanto a seus dispndios de capital;

    mudanas nos preos de mercado e de preferncias dos consumidores;

    regulamentos atuais e futuros;

    objetivos e operaes futuras da Emissora;

    implementao das principais estratgias operacionais da Emissora;

    implementao da estratgia financeira da Emissora;

    tendncias que afetam a condio financeira ou resultados operacionais da Emissora;

    mercado de televiso por assinatura, banda larga e telefonia;

    oferta e procura pelos produtos e servios da Emissora; e

    outros fatores de risco apresentados na seo Fatores de Risco deste Prospecto.

    O investidor deve estar ciente de que os fatores mencionados acima, alm de outros discutidos neste Prospecto, podero afetar os resultados futuros da Emissora e podero levar a resultados diferentes daqueles expressos nas declaraes e informaes prospectivas. A Emissora no est obrigada e no assume a obrigao de atualizar tais declaraes.

    Declaraes prospectivas tambm incluem informaes sobre os resultados futuros possveis ou presumidos das operaes da Emissora. Essas informaes so apresentadas ao longo deste Prospecto, inclusive na seo Fatores de Risco, Informaes sobre a Emissora, Discusso e Anlise da Administrao sobre as Demonstraes Financeiras, bem como em declaraes que incluam as palavras acredita, pode, continua, espera, prev, pretende, planeja, estima, antecipa, ou similares.

    Declaraes e informaes prospectivas no representam garantia de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstncias que podem ou no ocorrer. A condio futura da situao financeira, resultados operacionais, estratgias, participao de mercado e valores da Emissora poder apresentar diferena significativa se comparada quela expressa ou sugerida nas referidas declaraes prospectivas. Muitos dos fatores que determinaro esses resultados e valores esto alm da capacidade de controle ou previso da Emissora.

    O investidor alertado a no depositar confiana indevida em declaraes prospectivas.

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  • INFORMAES CADASTRAIS DA EMISSORA

    Identificao Net Servios de Comunicao S.A., sociedade por aes inscrita no CNPJ/MF sob o n 00.108.786/0001-65, com seus atos constitutivos arquivados na JUCESP sob o NIRE 35.300.177.240.

    Registro na CVM A Emissora encontra-se registrada na CVM sob o n 01462-1 desde 22 de novembro de 1994.

    Sede A sede da Emissora est localizada na Rua Verbo Divino, n 1.356, 1 andar, Chcara Sto. Antnio, na Cidade e Estado de So Paulo.

    Diretoria de Relaes com Investidores O Sr. Leonardo Porcincula Gomes Pereira o responsvel pela Diretoria Financeira e de Relaes com Investidores da Emissora e pode ser contatado por meio do telefone: +55 11 2111-2785, fax: +55 11 2111-2780, e endereo de correio eletrnico [email protected] ou na Rua Verbo Divino, n 1.356, 1 andar, Chcara Sto. Antnio, na Cidade e Estado de So Paulo.

    Auditores Independentes da Emissora Para o exerccio social findo em 31 de dezembro de 2003 e perodo de 6 (seis) meses findo em 30 de junho de 2004:

    Ernst & Young Auditores Independentes S/S, com endereo na Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1830, 5o ao 8o andar, na Cidade e Estado de So Paulo.

    A partir de 1 de julho de 2004:

    KPMG Auditores Independentes, com endereo na Rua Dr. Renato Paes de Barros, n 33, na Cidade e Estado de So Paulo.

    Jornais nos quais divulga Informaes As informaes referentes Emissora so divulgadas no Dirio Oficial do Estado de So Paulo e no jornal Valor Econmico.

    Informaes Adicionais Quaisquer informaes complementares sobre o Programa de Distribuio podero ser obtidas com (i) a Emissora, na sua sede e em seu site na Internet (www.netservicos.com.br); e (ii) a CVM, na Rua Sete de Setembro, n 111, 5 andar, CEP 20050-006, Rio de Janeiro, RJ e na Rua Cincinato Braga, n 340, 2, 3 e 4 andares, CEP 01333-010, So Paulo, SP (www.cvm.gov.br). As informaes constantes do site da Emissora no so parte integrante deste Prospecto e nem se encontram incorporadas por referncia a este.

    Declaraes As declaraes da Emissora e do Banco Bradesco S.A., nos termos do artigo 56 da Instruo CVM 400, encontram-se anexas a este Prospecto.

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  • IDENTIFICAO DE ADMINISTRADORES, COORDENADORES, AUDITORES E CONSULTORES

    Esta seo contm a identificao do administrador e do responsvel pela rea de Relaes com Investidores da Emissora, que podero prestar esclarecimentos sobre o Programa de Distribuio. Os coordenadores, consultores e auditores contratados pela Emissora para cada Emisso realizada no mbito do Programa de Distribuio sero identificados quando da efetiva Emisso, sendo estas informaes includas em cada um dos respectivos Suplementos.

    Administrador

    Administrador da Emissora que poder prestar informaes sobre o Programa de Distribuio:

    Contato: Leonardo Porcincula Gomes Pereira Diretor Financeiro e de Relaes com Investidores Telefone: (11) 2111-2785 Rua Verbo Divino, n 1356, 1o andar Chcara Sto. Antnio 04719-002 - So Paulo - SP E-mail: [email protected] www.ri.netservicos.com.br

    rea de Relaes com Investidores da Emissora

    Net Servios de Comunicao S.A.

    Contato: Marcio Minoru Miyakava Telefone: (11) 2111-2785 Rua Verbo Divino, n 1356, 1o andar Chcara. Sto. Antnio 04719-002 - So Paulo - SP E-mail: [email protected] www.ri.netservicos.com.br

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  • CARACTERSTICAS DO PROGRAMA DE DISTRIBUIO

    Ato Societrio que aprovou o Programa de Distribuio

    O Programa de Distribuio realizado com base nas deliberaes da reunio do conselho de administrao da Emissora, realizada em 23 de outubro de 2006, cuja ata foi arquivada na JUCESP em 14 de novembro de 2006, sob o n 306.381/06-0, e publicada no Dirio Oficial do Estado de So Paulo, em 15 de novembro de 2006, e no jornal Valor Econmico, em 16 de novembro de 2006, pela qual foi aprovado o registro do Programa de Distribuio, sendo que cada emisso realizada ao amparo do Programa de Distribuio dever ser aprovada pelo conselho de administrao da Emissora, que dever aprovar, ainda, a manuteno ou a reduo da taxa de juros utilizada para clculo da remunerao das Debntures (spread), conforme procedimento de bookbuilding, e eventual alterao e/ou consolidao da respectiva escritura de emisso, se for o caso.

    Valor Total do Programa de Distribuio

    R$900.000.000,00 (novecentos milhes de Reais).

    Prazo de Durao 2 (dois) anos contados da data de arquivamento do Programa de Distribuio perante a CVM.

    Valores mobilirios a serem ofertados pela Emissora no mbito do Programa de Distribuio

    Debntures simples, no conversveis em aes, da espcie quirografria.

    Atualizao Nos termos da Instruo CVM 400, este Prospecto e as demais informaes relacionadas ao Programa de Distribuio devero ser atualizados pela Emissora no prazo mximo de 1 (um) ano, contado do arquivamento do Programa de Distribuio na CVM, ou por ocasio da apresentao das demonstraes financeiras anuais da Emissora CVM, o que ocorrer primeiro, sem prejuzo de eventuais alteraes efetuadas a cada oferta pblica de Debntures que venha a ser realizada ao amparo do Programa de Distribuio.

    Programa de Distribuio

    Podero ser objeto de oferta pblica ao amparo do Programa de Distribuio, debntures simples, no conversveis em aes, da espcie quirografria, de emisso da Emissora. Cada oferta pblica de Debntures a ser realizada no mbito do Programa de Distribuio dever ser aprovada por deliberao do Conselho de Administrao. Alm disso, cada Emisso dever ser amparada por uma Escritura de Emisso (observado o Modelo de Escritura de Emisso), documento que regular os termos e condies de cada Emisso, bem como as respectivas obrigaes da Emissora com relao a tais Emisses.

    Cada oferta pblica de Debntures que venha a ser realizada no mbito do Programa de Distribuio poder ter caractersticas distintas sendo que as Debntures objeto de cada Emisso podero ter diferentes termos e condies referentes remunerao, prazo de vencimento, local de negociao, condies de repactuao e amortizao, entre outros. Competir Emissora definir todas as caractersticas e direitos das Debntures a cada Emisso, mediante a elaborao do respectivo Suplemento.

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  • Todas as ofertas pblicas de Debntures que venham a ser realizadas ao amparo do Programa de Distribuio contaro com uma verso atualizada deste Prospecto, bem como com um Suplemento, observadas as regras aplicveis, previstas na Instruo CVM 400. O Suplemento ser o documento que descrever as condies de cada Emisso.

    Valor Total do Programa de Distribuio

    A Emissora decidir como e quando captar os recursos no mbito do Programa de Distribuio. No h valores mnimos ou valores mximos para as Emisses, desde que observado o limite do valor total do Programa de Distribuio, ou seja, R$900.000.000,00 (novecentos milhes de Reais). Quaisquer outras informaes ou esclarecimentos sobre a Emissora e/ou sobre o Programa de Distribuio podem ser obtidas com a Emissora ou a CVM.

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  • DESTINAO DOS RECURSOS

    A destinao dos recursos obtidos pela Emissora por meio de cada Emisso realizada no mbito do Programa de Distribuio ser informada quando da efetiva Emisso, e constar de cada um dos respectivos Suplementos.

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  • FATORES DE RISCO

    Antes de tomar qualquer tipo de deciso com relao a um investimento nas Debntures, o investidor deve considerar e analisar cuidadosamente todas as informaes contidas neste Prospecto e, em particular, nesta seo. Caso qualquer dos riscos ou incertezas aqui descritos efetivamente ocorra, os negcios, situao financeira e resultados operacionais da Emissora podero ser afetados de forma substancialmente adversa. Os riscos descritos abaixo so aqueles de conhecimento da Emissora na data deste Prospecto. Riscos adicionais, atualmente desconhecidos ou irrelevantes, tambm podem ter um efeito adverso nos negcios da Emissora.

    Fatores Macroeconmicos

    Economia Brasileira

    Todas as operaes e clientes da Emissora encontram-se no Brasil e, por este motivo, os resultados das operaes e a condio financeira da Emissora dependem do nvel de atividade da economia brasileira, incluindo a taxa de crescimento econmico e o seu impacto na demanda dos servios prestados pela Emissora. A economia brasileira tem sofrido intervenes freqentes por parte do Governo, que por vezes efetua drsticas mudanas polticas e econmicas. As medidas do Governo para controlar a inflao e implementar suas polticas macroeconmicas, por exemplo, tm freqentemente envolvido controles de preo e de salrio, desvalorizao cambial, controle de capitais, restries importao, entre outras medidas. Os negcios, situao financeira, resultados operacionais e os valores mobilirios da Emissora no mercado podem ser afetados adversamente por fatores polticos, sociais e econmicos tais como:

    flutuao da taxa de cmbio;

    inflao;

    volatilidade de preos;

    variao das taxas de crescimento econmico interno;

    instabilidade social;

    aumento da taxa de juros;

    controle cambial e restries nas remessas externas;

    racionamento de energia eltrica;

    poltica monetria;

    liquidez dos mercados de capitais e de crdito locais;

    poltica regulatria do mercado de televiso por assinatura, Internet e telefonia;

    poltica fiscal e tributria; e

    outros fatores polticos, diplomticos, sociais e econmicos que afetem o Brasil.

    Impactos da Inflao

    At um passado recente, o Brasil experimentou altas taxas de inflao, tendo as taxas anuais de inflao alcanado 1.174,7%, em 1992, 2.567,3%, em 1993 e 1.246,6%, em 1994, de acordo com o IGP-M. A inflao e certas medidas governamentais adotadas com o intuito de control-la tiveram efeitos negativos considerveis na economia brasileira. Desde 1994, quando o Governo introduziu o Real como moeda oficial do Brasil, em substituio ao Cruzeiro Real, as taxas de inflao tm sido significativamente inferiores quelas experimentadas em perodos anteriores. Entretanto, presses inflacionrias ainda persistem e aes tomadas para controlar a inflao, somadas especulao do mercado a respeito das futuras medidas governamentais, tm periodicamente contribudo para uma maior incerteza econmica e alta volatilidade dos mercados de capitais brasileiros. A inflao apurada pelo IGP-M foi de 10,4%, 25,3%, 8,7%, 12,4% e 1,2% para os anos de 2001

    , 2002, 2003, 2004 e 2005, respectivamente. Os preos, por sua vez, quando apurados pelo IPCA, foram inflacionados em 12,5%, 9,3%, 7,6% e 5,7% nos anos de 2002, 2003, 2004 e 2005, respectivamente. Nos primeiros 9 (nove) meses de 2006, inclusive, a inflao apurada pelo IGP-M foi de 2,2%, e os preos apurados pelo IPCA foram inflacionados em 2,0%.

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  • O aumento das taxas de inflao no Pas poder provocar a adoo de polticas anti-inflacionrias pelo Governo, as quais podem causar desacelerao no nvel de atividade econmica, gerando conseqncias negativas para os negcios da Emissora, sua condio financeira e seus resultados. Alm disso, tais polticas podem contribuir significativamente para a insegurana econmica do Brasil e para aumentar a volatilidade no mercado de capitais brasileiro.

    Desvalorizao do Real

    A moeda brasileira tem sofrido oscilaes freqentes frente ao Dlar. No passado, o governo brasileiro implementou diversos planos econmicos e fez uso de vrias polticas cambiais, incluindo desvalorizaes repentinas, pequenas desvalorizaes peridicas, durante as quais a freqncia dos ajustes variava entre diria e mensal, sistemas de cmbio flutuante, controle cambial e a utilizao de mercados cambiais secundrios. Desvalorizaes cambiais em curtos perodos de tempo resultaram em flutuao significativa das taxas de cmbio do Real em relao ao Dlar e outras moedas.

    Nos primeiros 9 (nove) meses de 2006, o Real valorizou aproximadamente 7,12% com relao ao Dlar, ou seja, de uma taxa de cmbio de R$2,340 por US$ 1,00, em 31 de dezembro de 2005, para uma taxa de cmbio de R$2,173 por US$1,00, em 29 de setembro de 2006. A moeda brasileira tem apresentado alta volatilidade e essa recente valorizao no implica mudana na tendncia histrica de desvalorizao do Real em relao ao Dlar.

    As receitas da Emissora so denominadas em Reais e parcela substancial de seus investimentos, incluindo equipamentos de rede, denominada em Dlares. Dessa forma, dependendo do nvel de desvalorizao do Real frente ao Dlar, a Emissora pode ter um impacto negativo em seus resultados.

    Alm disso, em 28 de novembro de 2006, a Emissora concluiu um processo de captao de recursos no exterior, por meio da emisso de Perpetual Notes, no valor total de US$150 milhes. Ver Ttulos e Valores Mobilirios Emitidos Perpetual Notes. Considerando-se que a maior parte de suas receitas so denominadas em Reais, uma eventual desvalorizao do Real frente ao Dlar poder ter um efeito adverso relevante sobre a Emissora.

    Mercado Emergente

    Investidores estrangeiros geralmente consideram o Brasil um mercado emergente. Como conseqncia, as condies econmicas e de mercado de capitais de pases emergentes, principalmente daqueles localizados na Amrica Latina, exercem influncia na percepo dos investidores acerca do Brasil e em sua avaliao acerca dos valores mobilirios emitidos por companhias brasileiras.

    Nos perodos de maior apreenso dos investidores quanto aos riscos inerentes aos mercados emergentes, ocorreu sada de montante significativo de Dlares do Brasil e as empresas brasileiras tiveram que enfrentar custos mais altos para captar recursos, tanto internamente quanto no exterior e muitas vezes no conseguiram acessar os mercados de capitais internacionais e domstico.

    A Emissora poder precisar recorrer aos mercados de capitais internacionais e domsticos para levantar financiamentos de longo prazo para investimentos. Uma crise ou deteriorao econmica em outros mercados emergentes poder ter um efeito adverso na capacidade da Emissora de captar recursos, ou ainda, na capacidade da Emissora de captar recursos a uma taxa de juros razovel, bem como pode influenciar negativamente o valor de mercado das Debntures. No h como assegurar que os mercados de capitais permanecero abertos s companhias brasileiras e que a percepo de risco inerente ao investimento em empresas brasileiras no aumentar, afetando de forma adversa o valor de mercado das Debntures.

    Fatores de Risco Setoriais

    Setor de Atuao Altamente Competitivo

    A indstria de televiso no Brasil altamente competitiva. A Emissora atualmente compete com:

    Outras operadoras de sistemas de televiso a cabo em 6 (seis) das 44 (quarenta e quatro) cidades em que a Emissora opera, incluindo as cidades de So Paulo, Curitiba, Florianpolis e Belo Horizonte;

    Prestadores de Servios de televiso por assinatura do tipo DTH, os quais, so oferecidos no Brasil por empresas brasileiras e por consrcios internacionais. Ver Atividades Concorrncia;

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  • As emissoras brasileiras de televiso aberta e suas afiliadas locais; e

    As operadoras do sistema MMDS.

    No que tange ao servio de acesso Internet em alta velocidade, o NET Vrtua enfrenta significativa competio de provedores, principalmente concessionrias de telefonia fixa que utilizam a tecnologia ADSL.

    A Emissora compete tambm com cinemas, teatros, locadoras de vdeo e outros provedores de servios de entretenimento e atividades de lazer em geral. Vrios concorrentes da Emissora tm melhor acesso a recursos financeiros, inclusive recursos financeiros de seus acionistas. Conseqentemente, a Emissora poder no conseguir competir com sucesso contra seus concorrentes e qualquer falta de recursos poder ter um efeito adverso sobre os resultados operacionais, a condio financeira e os negcios da Emissora.

    Aumento de Custo da Programao da Emissora

    A programao tem sido, e a Emissora acredita que continuar sendo, a sua maior despesa operacional, correspondendo a 32,9%, 30,6% e 30,4% das receitas lquidas operacionais em 2003, 2004 e 2005, respectivamente, e a 28,9% nos primeiros 9 (nove) meses de 2006. Segundo a legislao vigente, os contratos da Emissora com os atuais assinantes permitem que a Emissora aumente as taxas de assinatura somente uma vez a cada 12 (doze) meses, e proporcionalmente inflao. Dessa forma, esses contratos de assinatura, juntamente com restries de mercado, limitam a capacidade da Emissora de repassar aos assinantes aumentos nos custos de programao. Qualquer aumento nos custos de programao que porventura no possam ser repassados aos assinantes poder afetar de modo adverso os fluxos de caixa e margens operacionais da Emissora.

    Historicamente, os valores cobrados com base nos acordos de programao da Emissora eram denominados em Dlares. Durante o ano de 2003, a Emissora iniciou negociaes com as programadoras, por intermdio da Net Brasil, a fim de alterar tais contratos de programao, para determinar que a programao seja cobrada em Reais, em vez de Dlares, de modo a reduzir o impacto de flutuaes cambiais nos custos de programao da Emissora. Em 31 de dezembro de 2005, substancialmente todas as programadoras aceitavam o pagamento como se os custos de programao da Emissora fossem denominados em Reais, em vez de Dlares.

    Atualmente, 100% dos custos com programao da Emissora so pagos em Reais. At a presente data, a Emissora no formalizou a obrigao de pagamento em Reais com uma nica programadora, a qual representa, aproximadamente, 25% de seus custos com programao. At que o referido contrato seja formalizado, a Emissora no pode assegurar que essa programadora continuar a cobrar pela programao em Reais, podendo realizar a cobrana em Dlares.

    Adicionalmente, a Emissora acordou com uma das programadoras em garantir o pagamento correspondente a um certo nmero mnimo de assinantes. Se esse mnimo no for atingido, a Emissora deve pagar a essa programadora um valor fixo, denominado em Dlares.

    Se (i) a programadora com a qual a Emissora no celebrou acordo definitivo vier a cobrar pela programao em Dlares, ao invs de Reais, ou (ii) a Emissora no atingir o nmero mnimo de assinantes acordado com a programadora com a qual acordou garantir esse mnimo, e o Real desvalorizar-se em relao ao Dlar, os fluxos de caixa e margens operacionais da Emissora podero ser relevante e adversamente afetados.

    Novos Servios e Avanos Tecnolgicos

    A tecnologia no mercado de comunicaes evolui rapidamente, o que significa que possvel que a tecnologia na qual a Emissora investe, com a finalidade de oferecer novos servios, torne-se obsoleta, em decorrncia do advento de alguma tecnologia superior e/ou mais barata. , ainda, provvel que muitos dos servios que a Emissora venha a oferecer no futuro tambm passem a ser oferecidos por seus concorrentes. Por essa razo, caso a Emissora (i) no logre introduzir de modo rpido e eficiente esses novos servios no mercado, e (ii) no consiga vend-los to eficazmente quanto seus concorrentes, sua capacidade de gerar receitas suficientes de tais servios poder ser prejudicada. Avanos tecnolgicos podero exigir que recursos financeiros substanciais sejam aplicados no desenvolvimento ou implementao de novas tecnologias, para evitar que os servios prestados pela Emissora se tornem obsoletos. Alm disso, no h garantia de que recursos financeiros em montante suficiente estaro disponveis para financiar a nova tecnologia. A Emissora no pode assegurar aos investidores o efeito final que possveis mudanas tecnolgicas tero sobre os seus negcios.

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  • Aumentos da Taxa Churn

    A taxa de desligamento de assinantes o nmero total de assinantes desconectados da rede (excluindo assinantes cujos sinais tenham sido temporariamente bloqueados) em um determinado perodo, em relao ao nmero mdio de assinantes no mesmo perodo, expressa percentualmente. A capacidade da Emissora de gerar receitas de assinatura de televiso paga depende de sua capacidade de atrair e manter assinantes, o que implica custos e despesas significativos, tais como (i) despesas de marketing, (ii) custos de programao, que a Emissora precisa pagar para montar pacotes de programao atraentes; e (iii) despesas com manteno de um nvel adequado de satisfao dos clientes, o qual pode ser temporariamente afetado, caso a Emissora, em razo do elevado crescimento da base de assinantes, no consiga adaptar a sua estrutura para atender adequadamente aos assinantes. Alm disso, a Emissora incorre em alguns custos irrecuperveis, especialmente custos de instalao de equipamentos, comisses sobre vendas e custos de marketing, para cada novo assinante conectado rede de cabos. Em razo dos custos fixos significativos com cada novo assinante, taxas elevadas de desligamento de assinantes podero ter um importante efeito adverso sobre as despesas operacionais e lucratividade da Emissora. Ver Atividades Taxa Churn.

    Outorga de Novas Licenas pela ANATEL e Renovao das Licenas da Emissora

    As Licenas de cabo esto sujeitas a renovaes peridicas, que esto condicionadas, entre outras coisas, satisfao de determinadas exigncias relativas (i) ao cumprimento das condies da concesso; (ii) ao atendimento da regulamentao aplicvel ao setor; e (iii) ao atendimento de exigncias tcnicas e economicamente viveis para a satisfao das necessidades da comunidade, inclusive no que se refere modernizao do sistema. A renovao da concesso para operao de televiso a cabo estar sujeita realizao de consulta pblica e poder estar sujeita ao pagamento, pela concessionria, pelo direito de explorao do servio, que dever ser compatvel com o porte do servio.

    A ANATEL poder, nos termos da legislao vigente, revogar a Licena de uma concessionria de televiso a cabo que, por falta de capacidade tcnica, financeira ou legal, deixe de prestar servios de televiso a cabo de forma regular. As concesses de televiso a cabo da Emissora comeam a vencer em 2011 e a Emissora no pode assegurar aos investidores que conseguir manter a capacidade tcnica e financeira necessria para a prestao regular dos servios de televiso a cabo. A ANATEL poder recusar-se a renovar ou revogar uma ou mais concesses da Emissora, caso esta deixe de cumprir as condies estabelecidas na outorga. Caso a Emissora venha a perder uma ou mais Licenas, essa perda poder afetar de modo adverso e substancial seus negcios, situao financeira e resultados operacionais.

    Mudanas na Regulamentao do Setor de Televiso por Assinatura

    A legislao vigente exige que 51% dos direitos de voto das empresas de televiso a cabo sejam detidos por brasileiros natos ou naturalizados h mais de 10 (dez) anos, ou por Sociedades controladas por brasileiros natos ou naturalizados h mais de 10 (dez) anos.

    Caso essa legislao seja alterada de modo a reduzir ou eliminar esse percentual mnimo dos direitos de voto, a competio no mercado de televiso a cabo poder ser substancialmente afetada. Neste cenrio, a Emissora no pode assegurar que competidores estrangeiros com maior acesso a recursos financeiros no ingressaro ou aumentaro sua participao no setor.

    Por outro lado, caso a referida legislao seja alterada, de modo a aumentar esse percentual mnimo dos direitos de voto, conforme a Proposta de Emenda Constitucional n 55, de 10 de novembro de 2004, e o Projeto de Lei n 4.209, de 6 de outubro de 2004, a Emissora ser obrigada a ajustar sua atual estrutura de capital. Ver O Setor de Televiso por Assinatura Alteraes na Regulamentao Aplicvel.

    Alm disso, a legislao vigente veda a prestao de servios de televiso a cabo por prestadoras de servios de telefonia, nas suas respectivas reas de concesso, ressalvadas determinadas excees. A Emissora no pode assegurar que essa legislao ser cumprida ou que no ser alterada. Caso a referida legislao no seja cumprida ou seja alterada, a competio no mercado de televiso a cabo poder ser adversamente afetada.

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  • Servios de Acesso Internet

    O plano de negcios da Emissora depende, em parte, do crescimento contnuo do servio de Internet em banda larga, o Net Vrtua. Atualmente, apenas um nmero limitado de domiclios utiliza a Internet no Brasil. Se a utilizao da Internet e, especificamente, o uso da Internet em banda larga, no aumentar, cair ou se desenvolver em direo contrria a das tecnologias nas quais a Emissora investe, seus negcios e resultados operacionais podero ser adversamente afetados.

    O setor de Internet no Brasil enfrenta uma gama de incertezas. Entre outras, elas incluem as seguintes:

    a falta de acesso a computadores;

    a falta de tecnologias de segurana confiveis;

    preocupaes relativas privacidade;

    a qualidade inconsistente de servios;

    a regulamentao governamental excessiva ou indevidamente restritiva;

    a infra-estrutura de rede e o risco de falha no sistema, como vrus;

    a incerteza em relao aos direitos de propriedade intelectual e outras questes legais;

    a incapacidade da infra-estrutura da Internet, como servidores e modems, de dar vazo aos nveis atuais de crescimento de utilizao; e

    processos contra provedores de servios de acesso Internet (Internet Service Providers ISPs), relativos responsabilidade em ataques de vrus de computador ou violaes de segurana.

    Qualquer um desses e de outros fatores podero afetar de forma negativa a capacidade da Companhia de vender o servio de Internet em banda larga ou quaisquer outros servios de Internet que venha a lanar no futuro. Ver Setor de Atuao Altamente Competitivo.

    Tributos Adicionais para Utilizao da Rede de Cabos

    A Emissora poder estar sujeita a impostos adicionais substanciais sobre sua rede, o que afetaria adversamente seus negcios e resultados operacionais. O mais importante desses impostos adicionais em potencial sobre a rede da Emissora o imposto sobre o uso de vias pblicas (que inclui a instalao e a passagem de cabos), tambm conhecido como Imposto-Sombra. Desde 1999, vrios municpios brasileiros, onde atualmente se encontram cerca de 75% de nossos assinantes, aprovaram legislao impondo o Imposto-Sombra. Esse imposto incide por metro de cabo instalado no respectivo municpio, e a alquota varia conforme o municpio. A Emissora possui, aproximadamente, 19.418 mil metros de cabo instalados nos municpios onde esse tributo seria cobrado.

    A Emissora ainda no constituiu quaisquer reservas de contingncias ou provises para o pagamento do Imposto-Sombra. Se os tribunais decidirem que a cobrana desse imposto pelos municpios vlida, o imposto ter de ser pago retroativamente. Alm disso, se os municpios que hoje cobram o imposto tiverem xito em sua implementao e cobrana, outros municpios podero buscar fazer o mesmo. Se a Emissora for obrigada a pagar esse imposto, seus resultados operacionais podero ser adversamente afetados. Ver Contingncias Judiciais e Administrativas Processos Fiscais.

    Transferncia da rede de cabos da Emissora para o subsolo

    O Prefeito do Municpio de So Paulo sancionou a Lei Municipal n 14.023, de 8 de julho de 2005 (Lei n 14.023/05), a qual exige que os fios e cabos (inclusive os de rede eltrica, de telecomunicaes e de televiso a cabo) instalados em postes sejam transferidos para o subsolo. Atualmente, quase 100% da rede da Emissora no Municpio de So Paulo encontra-se instalada em postes. Caso a Emissora seja obrigada a transferir os cabos de sua rede para o subsolo em curto prazo, os investimentos necessrios para tanto poderiam impactar negativamente os seus negcios. Adicionalmente, a Emissora no pode assegurar que outros municpios no aprovaro leis similares a Lei n 14.023/05. Caso outros municpios aprovem leis similares e a Emissora seja compelida a transferir parte significante de sua rede de cabos para o subsolo, os investimentos necessrios para tanto poderiam afetar adversamente os resultados da Emissora. A Emissora no possui qualquer estimativa dos custos envolvidos em eventual transferncia de cabos para o subsolo, caso esta se faa necessria.

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  • Pirataria

    No Brasil, grande o ndice de Pirataria por fora da condio econmica precria de grande parte da populao. A Pirataria implica a potencial perda de receita da Emissora, assim como o combate Pirataria acarreta custos para a Emissora. A Emissora no pode assegurar que toda a sua rede ser codificada e/ou que sua codificao ser totalmente eficaz para eliminar ou mesmo reduzir o nvel atual de Pirataria.

    Natureza do Regime Jurdico de Prestao dos Servios de Televiso a Cabo

    Existe controvrsia quanto determinao do regime jurdico dos servios de televiso a cabo, os quais podem ser considerados pblicos ou privados. Caso os servios de televiso a cabo sejam considerados um servio pblico, os ativos vinculados s operaes de televiso a cabo sero considerados bens reversveis ao poder concedente, ou seja, o Governo. Nessa hiptese, a penhora de ativos da Emissora em processo de execuo judicial, para fins de pagamento de obrigaes devidas a seus credores, incluindo os Debenturistas, seria inviabilizada.

    Riscos relacionados Emissora

    Restries Contratuais

    Os atuais contratos financeiros da Emissora e a escritura de emisso das Debntures da Quinta Emisso contm obrigaes (covenants) que restringem a capacidade da Emissora, dentre outros, incorrer em novos endividamentos ou alienar seus ativos. Nesse passo, conforme os termos da escritura de emisso das Debntures da Quinta Emisso, a Emissora est obrigada a observar e manter certos ndices financeiros, incluindo um ndice de dvida lquida sobre EBITDA inferior a 2,5x e um ndice de EBITDA sobre despesas lquidas com juro superior a 1,5x. A infringncia desses covenants dos contratos financeiros ou da escritura de emisso das Debntures da Quinta Emisso faculta aos respectivos credores o direito de declararem seus crditos antecipadamente vencidos.

    Caso a Emissora seja para fins de implementao de sua estratgia de negcios seja para atender necessidades no anteriormente previstas, precise recorrer a novos endividamentos significativos, ela poder encontrar-se impedida de faz-lo ou poder ser obrigada a pr-pagar suas dvidas financeiras poca existentes, fato que poder afetar adversamente os negcios e resultados da Emissora.

    Prejuzos Futuros

    A Emissora apresentou prejuzos no montante de, aproximadamente, R$268,4 milhes e R$45,4 milhes, e lucros no montante de, aproximadamente, R$125,7 milhes, nos exerccios sociais de 2003, 2004 e 2005, respectivamente. Nos primeiros 9 (nove) meses de 2006, a Emissora registrou um lucro lquido de R$53,5 milhes. A Emissora poder apresentar prejuzos em futuros exerccios sociais, o que pode causar um impacto negativo adverso na continuao de seus negcios, na sua capacidade de realizar pagamentos relativos s Debntures e no valor de mercado das Debntures. No passado, em perodo aps dezembro de 2002, a Emissora teve dificuldades em honrar pagamentos relacionados a debntures (Ver Ttulos e Valores Mobilirios Emitidos Debntures).

    Mudana de Controle

    Possveis mudanas no Controle da Emissora, bem como eventual alterao na administrao da Emissora decorrente de tais mudanas, podem afetar a conduo dos negcios da Emissora e impactar adversamente seus resultados e suas condies financeiras.

    Outros Negcios dos Acionistas

    A Globo e a Telmex detm, direta ou indiretamente, aproximadamente 99% das aes ordinrias de emisso da Emissora. A Emissora indiretamente controlada pelas Organizaes Globo, mas a Telmex possui direitos de aprovao significativos, segundo o novo Acordo de Acionistas Globo e Telmex.

    As Organizaes Globo e a Famlia Marinho possuem participaes em Sociedades que concorrem atualmente com a Emissora ou que podero vir a faz-lo no futuro, inclusive suas participaes na Sky Brasil, provedora de televiso por assinatura via satlite, e em vrias estaes de televiso aberta. A Telmex tambm possui participaes em Sociedades que atualmente concorrem com a Emissora ou que podero vir a faz-lo no futuro, entre as quais se incluem participaes na Embratel, operadora de telecomunicaes que oferece uma ampla gama de servios por intermdio de sua rede, incluindo servios de Internet e de transmisso de dados em alta velocidade.

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  • Eventuais conflitos de interesse entre os principais acionistas da Emissora podero causar impacto negativo sobre seus negcios.

    Pendncias Judiciais

    A Emissora e suas subsidirias so parte em diversas aes judiciais em decorrncia de suas atividades regulares. Os processos tm natureza basicamente tributria, trabalhista e cvel. No h como assegurar que as decises finais sero favorveis Emissora e decises finais a ela desfavorveis podero afetar adversamente a situao financeira da Emissora, especialmente na hiptese de os valores provisionados no serem suficientes para cobrir os valores de eventuais condenaes. Alm disso, a Emissora no pode assegurar que na hiptese de uma deciso final a ela desfavorveis, os autores permitiro, ou a legislao aplicvel permitir, que a Emissora pague o montante estipulado pela respectiva sentena em um perodo razovel. Caso a Emissora obtenha decises desfavorveis e seja forada a pagar um valor de grande monta ao longo de um perodo curto, seu fluxo de caixa e negcios podero ser adversamente afetados. Ver Contingncias Judiciais e Administrativas.

    Contingncias

    Os encargos tributrios e as contribuies so de responsabilidade de apurao e recolhimento da Emissora, estando seus registros fiscais sujeitos a exame por parte das autoridades fiscais durante prazos prescricionais variados, conforme legislao em vigor. A Emissora no pode assegurar que o resultado de eventuais exames realizados pelas autoridades ter entendimento convergente com as prticas adotadas pela Emissora. A Emissora realiza provises para potenciais contingncias. Caso essas contingncias eventualmente venham a se tornar obrigaes de pagamento e a Emissora seja compelida a realizar pagamentos de valores de grande monta ao longo de um perodo curto, seu fluxo de caixa poder ser adversamente afetado, em particular se as provises constitudas vierem a mostrar-se substancialmente menores do que tais obrigaes. Ver Contingncias Judiciais e Administrativas.

    Dependncia de Administradores de Especial Importncia

    Os negcios da Emissora so geridos por um nmero reduzido de diretores relevantes, de forma que a perda de qualquer um desses indivduos poder afetar adversamente seus negcios. Alm disso, o xito da Emissora depende de sua capacidade de continuar atraindo, recrutando e retendo pessoal qualificado nas reas cientfica, tcnica, gerencial e administrativa. A concorrncia por pessoal qualificado no Brasil acirrada e, geralmente, h um nmero limitado de pessoas com a experincia exigida nos setores em que a Emissora opera. A Emissora no pode garantir que ser capaz de reter tais diretores, ou de encontrar novos diretores qualificados, caso isso venha a ser necessrio. A incapacidade de reter ou contratar novos diretores qualificados poder afetar negativamente os negcios da Emissora.

    Aquisio da Vivax

    Encontra-se em curso uma operao segundo a qual a Emissora, atualmente titular de uma participao minoritria, direta e indireta, de 36,7% do capital social da Vivax, poder vir a adquirir o seu Controle, seguido da converso da Vivax em sua subsidiria integral. A operao est sujeita aprovao da ANATEL para a sua implementao.

    A aquisio da atual participao da Emissora na Vivax se deu mediante aumento de capital da Emissora, no valor de aproximadamente R$537 milhes, parcialmente subscrito e integralizado pela Horizon Telecom International LLC (HTI) com aes de emisso da Vivax e da Brasil TV a Cabo Participaes S.A. (BTVC), sua controladora, sendo que a Emissora no desembolsou quaisquer valores nesta transao.

    A aquisio do Controle da Vivax pela Emissora, desde que aprovada pela ANATEL, tambm no envolver o pagamento em dinheiro pelas aes de emisso da Vivax e da BTVC, mas sim (i) a emisso de novas aes pela Emissora, a serem subscritas e integralizadas com aes de emisso dessas Sociedades, ou (ii) a incorporao da totalidade das aes emitidas pela Vivax ao patrimnio da Emissora. A Emissora tambm no desembolsar quaisquer valores nesta transao, salvo na hiptese de eventual exerccio do direito de recesso pelos acionistas dissidentes da deliberao, no caso de incorporao das aes. A Emissora no pode estimar o valor deste eventual desembolso e no pode antecipar se os custos e o tempo estimados para implementar a operao sero compatveis com os resultados esperados. Ver Informaes sobre a Emissora Aquisio da Vivax.

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  • Riscos relacionados s Distribuies Pblicas realizadas no mbito do Programa de Distribuio

    Ausncia de Liquidez no Mercado Secundrio das Debntures

    O mercado secundrio existente no Brasil para negociao de debntures apresenta baixa liquidez, e no h nenhuma garantia de que existir no futuro um mercado de negociao das Debntures que permita aos Debenturistas sua alienao, caso estes decidam pelo desinvestimento.

    Eventual rebaixamento na classificao de risco das Debntures emitidas no mbito do Programa de Distribuio poder acarretar em perda de valor de mercado e reduo de liquidez das Debntures na negociao no mercado secundrio.

    As classificaes de risco levam em considerao certos fatores relativos Emissora, tais como sua condio financeira, sua administrao e seu desempenho. So analisadas, tambm, caractersticas das prprias Emisses e das Debntures, as obrigaes assumidas pela Emissora e os fatores poltico-econmicos que podem afetar a Emissora. Dessa forma, as avaliaes representam uma opinio das agncias classificadoras de risco quanto s condies da Emissora de honrar seus compromissos financeiros, tais como pagamento do principal e juros dentro do prazo estipulado, e as conseqncias de uma eventual inadimplncia. Na hiptese de rebaixamento das classificaes de risco obtidas com relao s Debntures emitidas no mbito do Programa de Distribuio, poder ocorrer uma perda de liquidez desses ttulos no mercado secundrio, bem como a reduo do seu valor de mercado.

    Adicionalmente, alguns dos principais investidores que adquirem valores mobilirios por meio de ofertas pblicas no Brasil (tais como entidades de previdncia complementar) esto sujeitos a regulamentaes especficas que condicionam seus investimentos a determinadas classificaes de risco. Assim, o rebaixamento das classificaes de risco das Debntures pode obrigar esses investidores a alienar, no mercado secundrio, as Debntures que detenham, gerando um excesso de oferta e diminuio do valor das Debntures no mercado secundrio.

    O rebaixamento das classificaes de risco das Debntures poder tambm impactar adversamente a capacidade de a Emissora eventualmente recorrer ao mercado de valores mobilirios para obteno de recursos, seja para implementao de sua estratgia de negcios ou para a obteno de capital de giro, o que poderia afetar adversamente os negcios e resultados da Emissora.

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  • Parte II - SITUAO FINANCEIRA

    Capitalizao

    Informaes Financeiras Selecionadas

    Discusso e Anlise da Administrao sobre as Demonstraes Financeiras e os Resultados Operacionais

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  • (Esta pgina foi intencionalmente deixada em branco)

  • CAPITALIZAO

    As tabelas a seguir apresentam a capitalizao da Emissora nos exerccios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2003, 2004 e 2005, e nos perodos de 9 (nove) meses encerrados em 30 de setembro de 2005 e 2006. As tabelas devero ser lidas em conjunto com Informaes Financeiras Selecionadas e Discusso e Anlise da Administrao sobre as Demonstraes Financeiras e os Resultados Operacionais, bem como com as demonstraes financeiras e respectivas notas explicativas contidas nos anexos deste Prospecto.

    Exerccios sociais encerrados em

    31 de dezembro de 2003 % 2004 % 2005 % (em milhares de Reais)Disponibilidades 201.704 17,1 324.734 23,9 302.756 39,8

    Emprstimos, Financiamentos e Debntures - Curto Prazo

    1.342.166 113,8 1.569.328 115,3 139.376 18,3

    Emprstimos, Financiamentos e Debntures - Longo Prazo

    - - - - 650.000 85,5

    Emprstimos, Financiamentos e Debntures - Total

    1.342.166 113,8 1.569.328 115,3 789.376 103,8

    Patrimnio Lquido (162.612) -13,8 (208.007) -15,3 621.269 81,7

    Capital Social 2.735.727 231,9 2.735.727 201,0 3.461.349 455,1

    Reservas de Capital 452.202 38,3 452.202 33,2 430.193 56,6

    Prejuzos Acumulados (3.350.541) -284,1 (3.395.936) -249,5 (3.270.273) -429,9

    Capitalizao total 1.179.554 100,0% 1.361.321 100,0% 760.645 100,0%

    Perodos encerrados em

    30 de setembro de

    2005 % 2006 % (em milhares de Reais)

    Disponibilidades 315.677 40,4 284.183 41,4

    Emprstimos, Financiamentos e Debntures - Curto Prazo

    290.026 37,2 12.379 1,8

    Emprstimos, Financiamentos e Debntures - Longo Prazo

    650.000 83,3 650.000 94,6

    Emprstimos, Financiamentos e Debntures - Total

    940.026 120,5 662.379 96,4

    Patrimnio Lquido 490.395 62,8 674.782 98,2

    Capital Social 3.375.692 432,5 3.535.618 514,5

    Reservas de Capital 515.849 66,1 355.924 51,8

    Prejuzos Acumulados (3.401.146) -435,8 (3.216.760) -468,1

    Capitalizao total 780.421 100,0% 687.161 100,0%

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  • INFORMAES FINANCEIRAS SELECIONADAS

    Apresentao de Certas Informaes Financeiras e Operacionais

    As demonstraes financeiras e informaes trimestrais da Emissora (individuais) e demonstraes financeiras consolidadas da Emissora e de suas controladas (consolidadas) foram elaboradas com observncia s Prticas Contbeis Adotadas no Brasil.

    As informaes trimestrais da Emissora, individuais e consolidadas, relativas aos trimestres e perodos de nove meses encerrados em 30 de setembro de 2006 e 2005 foram objeto de reviso especial pela KPMG, de acordo com as normas especficas estabelecidas pelo IBRACON, em conjunto com o CFC. Considerando que estas revises no representaram um exame de acordo com as normas de auditoria aplicveis no Brasil, a KPMG no expressou uma opinio sobre as referidas informaes trimestrais. Conseqentemente, a leitura do relatrio de reviso especial deve considerar a natureza restrita e limitada dos procedimentos de reviso aplicados.

    As demonstraes financeiras da Emissora, individuais e consolidadas, referentes aos exerccios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 foram auditadas pela KPMG de acordo com as normas de auditoria aplicveis no Brasil, conforme pareceres dos auditores datados de 30 de janeiro de 2006 e 22 de maro de 2005, respectivamente, anexados a este Prospecto. O parecer dos auditores referente ao exerccio findo em 31 de dezembro de 2004 contm pargrafo de nfase, referindo-se ao fato de as demonstraes financeiras do exerccio findo em 31 de dezembro de 2003, apresentadas para fins de comparao, terem sido auditadas por outros auditores independentes, que emitiram, em 20 de fevereiro de 2004, parecer contendo pargrafo de nfase sobre incertezas quanto continuidade normal dos negcios da Emissora e recuperao de crditos fiscais decorrentes de processo de reestruturao societria, pois a Emissora apresentava contnuos prejuzos operacionais, deficincia de capital de giro e encontrava-se em situao de inadimplncia em relao a suas obrigaes financeiras e descumprimento de clusulas restritivas de contratos de financiamento. Tal pargrafo de nfase tambm contm meno a divulgaes feitas pela Emissora sobre a concluso, em 22 de maro de 2005, de processo de reestruturao de suas dvidas, que, somado obteno de um nvel de rentabilidade de suas controladas mais relevantes, em 2004, traria um equacionamento da situao financeira da Emissora.

    As demonstraes financeiras da Emissora, individuais e consolidadas, referentes aos exerccios findos em 31 de dezembro de 2003 e 2002 foram auditadas pela Ernst & Young de acordo com as normas de auditoria aplicveis no Brasil, conforme parecer dos auditores datado de 20 de fevereiro de 2004, anexado a este prospecto, que contm pargrafo de nfase sobre o fato de as demonstraes financeiras dos exerccios findos naquelas datas terem sido preparadas no pressuposto da continuidade normal dos negcios da Emissora, que apresentava contnuos prejuzos operacionais, deficincia de capital de giro e encontrava-se em situao de inadimplncia em relao a suas obrigaes financeiras e descumprimento de clusulas restritivas de contratos de financiamento, e referindo-se a divulgaes pela Emissora sobre os planos de sua administrao com relao a esse assunto. Adicionalmente, o pargrafo de nfase contm meno sobre a necessidade de gerao de resultados tributrios futuros e concluso do processo de reequacionamento da situao financeira da Emissora para a recuperao de crditos fiscais registrados, decorrentes de processo de reestruturao societria.

    Conforme indicado na nota explicativa n 2 s demonstraes financeiras da Emissora, individuais e consolidadas, do exerccio findo em 31 de dezembro de 2004, algumas rubricas das demonstraes financeiras do exerccio findo em 31 de dezembro de 2003, apresentadas para fins de comparao, foram reclassificadas para adequao e consistncia com o exerccio de 2004. Tais reclassificaes, que no alteram o resultado do exerccio ou o patrimnio lquido, referem-se, principalmente, a despesas com depreciao e amortizao, receitas a transcorrer e imposto de renda e contribuio social diferidos. As informaes financeiras referentes a 2003 apresentadas nesta seo e na seo Discusso e Anlise da Administrao sobre Demonstraes Financeiras e os Resultados Operacionais, refletem as informaes reclassificadas.

    Esto includas tambm no presente Prospecto, as demonstraes financeiras da Emissora, individuais e consolidadas, originalmente apresentadas para os exerccios findos em 31 de dezembro de 2003 e 2002, as quais no refletem tais reclassificaes.

    As informaes contidas neste Prospecto a respeito do Brasil e sua economia baseiam-se em informaes publicadas pelo Banco Central, por rgos ou ministrios do Governo e outras fontes. A Emissora no assume qualquer responsabilidade quanto exatido de tais informaes.

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  • Todas as informaes operacionais so apresentadas com data de 30 de setembro de 2006 e refletem os 9 (nove) meses de operaes encerrados em tal data, salvo (i) se declarado diversamente ou (ii) com relao a informaes obtidas a partir das demonstraes financeiras consolidadas auditadas, datados de 31 de dezembro de 2003, 2004 e 2005.

    Alguns valores (incluindo percentuais) constantes deste Prospecto foram arredondados, portanto, os valores totais apresentados em certas tabelas podem no resultar em uma soma exata.

    Balano patrimonial: Saldos em 31 de dezembro de

    2003 % 2004 % 2005 % 2004/2003

    (%) 2005/2004

    (%)

    (em milhares de Reais)

    Ativo

    Ativo circulante Disponibilidades 201.704 9,8% 324.734 14,6% 302.756 13,0% 61,0% -6,8%Ttulos e valores mobilirios e depsitos bancrios vinculados

    - 0,0% - 0,0% 101.373 4,4% - -

    Contas a receber de assinantes 55.866 2,7% 60.744 2,7% 71.843 3,1% 8,7% 18,3%Estoques 4.088 0,2% 30.704 1,4% 35.651 1,5% 651,1% 16,1%Partes Relacionadas - 0,0% - 0,0% - 0,0% - -Impostos diferidos e a recuperar 122.088 5,9% 132.375 5,9% 152.872 6,6% 8,4% 15,5%Despesas antecipadas 6.933 0,3% 54.147 2,4% 12.178 0,5% 681,0% -77,5%Outros crditos e valores 3.207 0,2% 10.524 0,5% 11.889 0,5% 228,2% 13,0%Total do ativo circulante 393.886 19,2% 613.228 27,5% 688.562 29,7% 55,7% 12,3%

    Realizvel a longo prazo Depsitos judiciais 68.623 3,3% 83.532 3,7% 113.814 4,9% 21,7% 36,3%Impostos diferidos e a recuperar 329.555 16,1% 458.159 20,5% 488.628 21,0% 39,0% 6,7%Contas a receber por venda de investimento - 0,0% 31.835 1,4% 28.835 1,2% - -9,4%Outros crditos e valores 22.475 1,1% 6.412 0,3% 8.701 0,4% -71,5% 35,7%Total do ativo realizvel a longo prazo 420.653 20,5% 579.938 26,0% 639.978 27,6% 37,9% 10,4%

    Permanente Investimentos 215.832 10,5% 137.844 6,2% 80.930 3,5% -36,1% -41,3%Imobilizado 978.376 47,7% 844.672 37,9% 837.126 36,0% -13,7% -0,9%Diferido 44.151 2,2% 54.037 2,4% 75.697 3,3% 22,4% 40,1%Total do ativo permanente 1.238.359 60,3% 1.036.553 46,5% 993.753 42,8% -16,3% -4,1%Total do ativo 2.052.898 100,0% 2.229.719 100,0% 2.322.293 100,0% 8,6% 4,2%

    31

  • Balano patrimonial: Saldos em 31 de dezembro de

    2003 % 2004 % 2005 % 2004/2003

    (%) 2005/2004

    (%)

    (em milhares de Reais)

    Passivo

    Passivo circulante Fornecedores e programao a pagar 222.181 10,0% 199.813 8,2% 132.862 5,7% -10,1% -33,5%Obrigaes fiscais 35.199 1,6% 34.996 1,4% 36.441 1,6% -0,6% 4,1%Salrios e encargos sociais 27.926 1,3% 40.960 1,7% 29.659 1,3% 46,7% -27,6%Emprstimos e Financiamentos 1.003.824 45,3% 1.123.212 46,1% 91.347 3,9% 11,9% -91,9%Debntures 338.342 15,3% 446.116 18,3% 48.029 2,1% 31,9% -89,2%Contas a pagar a acionistas - 0,0% 35.142 1,4% - 0,0% - -Proviso para imposto de renda e contribuio social

    8.628 0,4% 18.010 0,7% 34.785 1,5% 108,7% 93,1%

    Provises e outras contas a pagar 18.618 0,8% 32.071 1,3% 44.833 1,9% 72,3% 39,8%Total do passivo circulante 1.654.718 74,7% 1.930.320 79,2% 417.956 18,0% 16,7% -78,3%

    Exigvel a longo prazo

    Debntures - 0,0% - 0,0% 650.000 28,0% - -Programao 46.373 2,1% 760 0,0% - 0,0% -98,4% -Contas a pagar a empresas ligadas 5.791 0,3% 4.016 0,2% 3 0,0% -30,7% -99,9%Proviso para contingncias 488.200 22,0% 493.810 20,3% 620.035 26,7% 1,1% 25,6% -Provises e outras contas a pagar 19.811 0,9% 8.409 0,3% 12.650 0,2% -57,6% 50,4%Total do passivo exigvel a longo prazo 560.175 25,3% 506.995 20,8% 1.282.688 55,2% -9,5% 153,0%Participao de acionistas minoritrios 617 0,0% 411 0,0% 380 0,0% -33,4% -7,5%

    Patrimnio lquido

    Capital social 2.735.727 133,3% 2.735.727 122,7% 3.461.349 149,0% 0,0% 26,5%Reserva de capital 452.202 22,0% 452.202 20,3% 430.193 18,5% 0,0% -4,9%Prejuzos acumulados (3.350.541) -163,2% (3.395.936) -152,3% (3.270.273) -140,8% 1,4% -3,7%Total do patrimnio lquido (162.612) -7,9% (208.007) 9,3% 621.269 26,8% 27,9% -

    Total do passivo e patrimnio lquido 2.052.898 100,0% 2.229.719 100,0% 2.322.293 100,0% 8,6% 4,2%

    32

  • Outras informaes financeiras: Saldos em 31 de dezembro de

    2003 % 2004 % 2005 % 2004/2003

    (%) 2005/2004

    (%) (em milhares de Reais) Receitas financeiras: Reverso de multas e encargos moratrios sobre divida

    - 0,0% - 0,0% 148.498 9,3% - -

    Aplicaes financeiras 17.630 1,4% 18.241 1,3% 18.287 1,1% 3,5% 0,3%Juros sobre atraso no pagamento das mensalidades

    5.631 0,5% 7.756 0,6% 7.454 0,5% 37,7% -3,9%

    Variaes monetrias 450 0,0% 795 0,1% 2.055 0,1% 76,7% 158,5%Variaes cambiais 6.092 0,5% 12.159 0,9% (814) -0,1% 99,6% -106,7%Juros sobre crditos fiscais 1.527 0,1% 189 0,0% 2.525 0,2% -87,6% 1236,0%PIS e COFINS no cumulativos 6.297 0,5% 4.906 0,4% (443) 0,0% -22,1% -109,0%Outras 840 0,1% 513 0,0% 85 0,0% -38,9% -83,4%Total 38.467 3,1% 44.559 3,2% 177.647 11,2% 15,8% 298,7%

    Despesas financeiras: Encargos financeiros sobre emprstimos (181.635) -14,6% (303.318) -21,8% (159.241) -10,0% 67,0% -47,5%Encargos financeiros empresas ligadas (519) 0,0% (1.444) -0,1% (406) 0,0% 178,2% -71,9%Variaes monetrias e cambiais sobre emprstimos

    181.807 14,6% 68.032 4,9% 57.177 3,6% -62,6% -16,0%

    Variaes cambiais congneres e outros (40.416) -3,2% (28.027) -2,0% (25.315) -1,6% -30,7% -9,7%Encargos financeiros sobre contingncias - 0,0% (30.672) -2,2% (31.865) -2,0% - 3,9%CPMF (9.019) -0,7% (11.669) -0,8% (24.227) -1,5% 29,4% 107,6%Proviso para PIS e COFINS sobre receitas (12.662) -1,0% (10.335) -0,7% (1.397) -0,1% -18,4% -86,5%Ganhos (perdas) com hedge / swap (711) -0,1% 99 0,0% (25.260) -1,6% -113,9% 25615,2%Juros sobre fornecedores e tributos (50.921) -4,1% (5.651) -0,4% (3.124) -0,2% -88,9% -44,7%IOF sobre conta corrente mercantil (29.632) -2,4% 1.956 -0,1% 14.857 0,9% -106,6% 659,6%Variaes monetrias e cambiais sobre programao

    (33.945) -2,7% 9.643 0,7% 18.001 1,1% -128,4% 86,7%

    Assessoria financeira na reestruturao da divida

    - 0,0% (1.546) -0,1% (73.351) -4,6% - 4644,6%

    Descontos Concedidos (4.883) -0,4% (5.374) -0,4% (10.467) -0,7% 10,1% 94,8%Outras (71.135) -5,7% (8.942) -0,6% (14.354) -0,9% -87,4% 60,5%Total (253.671) -20,4% (327.248) -23,5% (278.972) -17,5% 29,0 -14,8% Total (receitas e despesas financeiras lquidas)

    (215.204) -17,3% (282.689) -20,3% (101.325) -6,4% 31,4% -64,2%

    Demonstrao de resultado: Exerccios sociais encerrados em 31 de dezembro de

    2003 % 2004 % 2005 % 2004/2003 (%) 2004/2003

    (%) (em milhares de Reais) Receita operacional bruta 1.532.258 123,0% 1.710.658 122,8% 1.968.644 123,6% 11,6% 15,1%Impostos e dedues (286.837) -23,0% (317.959) -22,8% (375.562) -23,6% 10,9% 18,1%Receita operacional lquida 1.245.421 100,0% 1.392.699 100,0% 1.593.082 100,0% 11,8% 14,4%Custo dos servios prestados (823.210) -66,1% (831.570) -59,7% (932.589) -58,5% 1,0% 12,1%Lucro bruto 422.211 33,9% 561.129 40,3% 660.223 41,4% 32,9% 17,7%Receitas (despesas) operacionais (527.289) -42,3% (640.210) -46,0% (480.572) -30,2% 21,4% -24,9%Despesas com vendas (66.106) -5,3% (96.549) -6,9% (122.185) -7,7% 46,1% 26,6%Despesas gerais e administrativas (178.225) -14,3% (231.369) -16,6% (236.533) 14,8% 29,8% 2,2%Depreciaes e amortizaes (61.744) -5,0% (42.783) -3,1% (31.654) -2,0% -30,7% -26,0%Despesas financeiras (253.671) -20,4% (327.248) -23,5% (278.972) -17,5% 29,0% -14,8%Receitas financeiras 38.467 3,1% 44.559 3,2% 177.647 11,2% 15,8% 298,7%Outras receitas (despesas) lquidas (6.010) -0,5% 13.180 0,9% 11.125 0,7% -319,3% -15,6%Equivalncia patrimonial 2.247 0,2% 4.161 0,3% - 0,0% 82,2% -Amortizao dos gios (67.064) -5,4% (70.569) -5,1% (42.310) -2,7% 5,2% -40,0%Lucro (prejuzo) operacional (169.870) -13,6% (145.489) -10,4% 137.341 8,6% -14,4% -194,4%Receitas (despesas) no-operacionais (7.909) -0,6% 7.996 0,6% (13.532) -0,8% -201,1% -269,2%Lucro (prejuzo) antes dos impostos e das participaes minoritrias

    (177.779) -14,3% (137.493) -9,9% 123.809 7,8% -22,7% -190,0%

    Imposto de renda e contribuio social Corrente (28.430) -2,3% (19.474) -1,4% (34.460) -2,2% -35,0% 86,5%Diferido (61.987) -5% 111.741 8,0% 36.479 -2,3% -280,3% -67,4%

    Participaes minoritrias (166) 0,0% (169) 0,0% (165) 0,0% 1,8% -2,4%

    Lucro (prejuzo) do perodo (268.387) -21,5% (45.395) -3,3% 125.663 7,9% -83,1% -376,8%

    33

  • Balano patrimonial: Saldos em 30 de setembro de

    2005 % 2006 % 2006/2005

    (%)

    (em milhares de Reais)

    Ativo

    Ativo circulante Disponibilidades 315.677 13,3% 284.183 12,3% -10,0%Ttulos e valores mobilirios e depsitos bancrios vinculados 254.072 10,7% - 0,0% -Contas a receber de assinantes 69.706 2,9% 84.621 3,7% 21,4%Estoques 32.325 1,4% 52.772 2,3% 63,3%Partes Relacionadas - 0,0% 14.051 0,6% -Impostos diferidos e a recuperar 149.003 6,3% 143.525 6,2% -3,7%Despesas antecipadas 25.339 1,1% 19.563 0,8% -22,8%Outros crditos e valores 7.945 0,3% 13.270 2,3% 67,0%Total do ativo circulante 854.067 36,1% 611.985 26,4% -28,3%

    Realizvel a longo prazo Depsitos judiciais 109.337 4,6% 131.563 5,7% 20,3%Impostos diferidos e a recuperar 398.164 16,8% 417.737 18,0% 4,9%Contas a receber por venda de investimento 28.016 1,2% 26.261 1,1% -6,3%Outros crditos e valores 9.335 0,4% 6.969 0,3% -25,3%Total do ativo realizvel a longo prazo 544.852 23,0% 582.530 25,2% 6,9%

    Permanente Investimentos 87.732 3,7% 61.338 2,6% -30,1%Imobilizado 812.545 34,4% 935.403 40,4% 15,1%Diferido 66.161 2,8% 123.993 5,4% 87,4%Total do ativo permanente 966.438 40,9% 1.120.734 48,4% 16,0%Total do ativo 2.365.357 100,0% 2.315.249 100,0% -2,1%

    Balano patrimonial: Saldos em 30 de setembro de

    2005 % 2006 % 2006/2005 (%)

    (em milhares de Reais)

    Passivo

    Passivo circulante Fornecedores e programao a pagar 178.328 7,5% 180.120 7,8% 1,0%Obrigaes fiscais 30.255 1,3% 44.517 1,9% 47,1%Salrios e encargos sociais 29.785 1,3% 58.494 2,5% 96,4%Emprstimos e Financiamentos 273.300 11,6% - 0,0% -Debntures 16.726 0,7% 12.379 0,5% -26,0%Contas a pagar a acionistas - 0,0% - 0,0% -Proviso para imposto de renda e contribuio social 27.175 1,1% 18.456 0,8% 32,1%Provises e outras contas a pagar 36.529 1,5% 60.725 2,6% -Total do passivo circulante 592.098 25,0% 374.691 16,2% -36,7%

    Exigvel a longo prazo

    Debntures 650.000 27,5% 650.000 28,1% -Programao - 0,0% - 0,0% -Contas a pagar a empresas ligadas 1.117 0,0% - 0,0% -Proviso para contingncias 626.962 26,5% 592.465 25,6% -5,5% Provises e outras contas a pagar 4.449 0,2% 2.469 0,1% -44,5%Total do passivo exigvel a longo prazo 1.282.528 54,2% 1.244.934 53,8% -2,9%Participao de acionistas minoritrios 336 0,0% 390 0,0% 16,1%

    Patrimnio lquido

    Capital social 3.375.692 142,7% 3.535.618 152,7% 4,7%Reserva de capital 515.849 21,8% 355.924 15,4% -31,0%Prejuzos acumulados (3.401.146) -143,8% (3.216.760) -138,9% -5,4%Total do patrimnio lquido 490.395 20,7% 674.782 29,1% 37,6%

    Total do passivo e patrimnio lquido 2.365.357 100,0% 2.315.249 100,0% -2,1%

    34

  • Outras informaes financeiras: Saldos em 30 de setembro de

    2005 % 2006 % 2006/2005

    (%) (em milhares de Reais) Receitas financeiras: Reverso de multas e encargos moratrios sobre divida 148.498 12,8% - 0,0% -Aplicaes financeiras 118 0,0% 27.878 2,0% 23525,4%Juros sobre atraso no pagamento das mensalidades 8.748 0,8% 6.381 0,5% -27,1%Variaes monetrias 1.661 0,1% 1.250 0,1% -24,7%Variaes cambiais (2.472) -0,2% (2.573) -0,2% 4,1%Juros sobre crditos fiscais 199 0,0% 1.905 0,1% 857,3%PIS e COFINS no cumulativos (506) 0,0% 246 0,0% -148,6%Outras 69 0,0% 36 0,0% -47,8%Total 156.315 13,5% 35.123 2,5% -77,5%

    Despesas financeiras: Encargos financeiros sobre emprstimos (125.570) -10,8% (83.894) -6,0% -33,2%Encargos financeiros empresas ligadas (406) 0,0% 1 0,0% -100,2%Variaes monetrias e cambiais sobre emprstimos 65.567 5,7% 8.840 0,6% -86,5%Variaes cambiais congneres e outros (24.191) -2,1% 503 0,0% -102,1%Encargos financeiros sobre contingncias (28.578) -2,5% (1.986) -0,1% -93,1%CPMF (19.241) -1,7% (13.438) -1,0% -30,2%Proviso para PIS e COFINS sobre receitas (35) 0,0% (2.082) -0,1% 5848,6%Ganhos (perdas) com hedge / swap (30.904) -2,7% (31.904) -2,3% 3,2%Juros sobre fornecedores e tributos (2.046) -0,2% (4.375) -0,3% 113,8%IOF sobre conta corrente mercantil 10.036 0,9% 22.898 1,6% 128,2%Variaes monetrias e cambiais sobre programao 48 0,0% 2.313 0,2% 4718,8%Assessoria financeira na reestruturao da divida (70.994) -6,1% (245) 0,0% -99,7%Descontos Concedidos (6.983) -0,6% (15.672) -1,1% 124,4%Outras (13.569) -1,2% (2.364) -0,2% -82,6%Total (246.866) -21,3% (121.405) -8,6% -50,8% Total (receitas e despesas financeiras lquidas) (90.551) -7,8% (86.282) -6,1% -4,7%

    Demonstrao de resultado: Perodos encerrados em 30 de setembro de

    2005 % 2006 % 2006/2005 (%) (em milhares de Reais) Receita operacional bruta 1.427.672 123,0% 1.789.022 127,3% 25,3%Impostos e dedues (267.217) -23,0% (383.343) -27,3% 43,5%Receita operacional lquida 1.160.455 100,0% 1.405.679 100,0% 21,1%Custo dos servios prestados (679.342) -58,5% (796.668) -56,7% 17,3%Lucro bruto 481.113 41,5% 609.011 43,3% 26,6%Receitas (despesas) operacionais (363.405) -31,3% (448.627) -31,9% 23,5%Despesas com vendas (82.543) -7,1% (148.467) -10,6% 79,9%Despesas gerais e administrativas (168.609) -14,5% (210.749) -15,0% 25,0%Depreciaes e amortizaes (24.624) -2,1% (20.865) -1,5% -15,3%Despesas financeiras (246.866) -21,3% (121.405) -8,6% -50,8%Receitas financeiras 156.315 13,5% 35.123 2,5% -77,5%Outras receitas (despesas) lquidas 2.922 0,3% 17.766 1,3% 508,0%Equivalncia patrimonial - 0,0% - 0,0% -Amortizao dos gios (35.509) -3,1% (19.592) -1,4% -44,8%Lucro (prejuzo) operacional 82.199 7,1% 140.792 10,0% 71,3%Receitas (despesas) no-operacionais (12.594) -1,1% (1.846) -0,1% -85,3%Lucro (prejuzo) antes dos impostos e das participaes minoritrias 69.605 6,0% 138.946 9,9%

    99,6%

    Imposto de renda e contribuio social Corrente (25.856) -2,2% (18.344) -1,3% -29,1%Diferido (48.843) -4,2% (67.022) -4,8% 37,2%

    Participaes minoritrias (116) 0,0% (68) 0,0% -41,4%Lucro (prejuzo) do perodo (5.210) -0,4% 53.512 3,8% -1127,1%

    35

  • DISCUSSO E ANLISE DA ADMINISTRAO SOBRE AS DEMONSTRAES FINANCEIRAS E OS RESULTADOS OPERACIONAIS

    A seguinte discusso da condio financeira e resultados operacionais da Emissora deve ser lida em conjunto com suas (i) demonstraes financeiras auditadas, referentes aos exerccios encerrados em 31 de dezembro de 2003, 2004 e 2005, e (ii) informaes trimestrais - ITR, objeto de reviso especial, referentes aos perodos de nove meses encerrados em 30 de setembro de 2005 e 2006, e respectivas notas explicativas includas neste Prospecto, bem como as informaes financeiras apresentadas na seo Informaes Financeiras Selecionadas deste Prospecto.

    Esta seo contm discusses sobre estimativas futuras que envolvem riscos e incertezas. Os resultados reais da Emissora podem diferir substancialmente d