notícias das gerais - edição 52

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Informativo da Associação Mineiro de Municípios - setembro de 2014

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Page 1: Notícias das Gerais - Edição 52
Page 2: Notícias das Gerais - Edição 52

Centro de Qualificação para Gestão Pública

Qualificação das práticas de gestão pública por meio de cursos de capacitação de curta duração

Capacitação dos gestores públicos municipais por meio de visita do corpo técnico da AMM

AMM em Ação

Ensino a DistânciaConhecimento disponibi-lizado pela internet, que viabiliza a aproximação de alunos e professores.

PesquisaConstrução, desenvolvi-mento e ampliação de conhecimentos acerca das temáticas municipais

Pós-Graduação

Conhecimento aprofun-dado nas áreas técnicas da Administração Pública

Graduação e Tecnológico

Formação profissional de nível superior e técnicocientífico

Certificação Ocupacional

Avaliação de pessoas, estabelecendo critérios mínimos de conhecimentos e habilidades técnicas visando a ocupa-ção de cargos municipais

O Instituto AMM tem por finalidade contri-buir com as organizações públicas e priva-das por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, oferecendo soluções para as prin-cipais demandas municipais e viabilizando a excelência na gestão pública.

institutoamm.org.br

Page 3: Notícias das Gerais - Edição 52

O dia seis de outubro é a data em que são homenageados os pre-feitos e as prefeitas do nosso país. Por isso, a edição da revista Notí-cias das Gerais traz a reportagem de capa sobre o assunto. Será que podemos e devemos celebrar? Al-guns especialistas, de diferentes áreas, responderam à questão e disseram, sob a perspectiva pessoal de cada um, qual o verdadeiro papel desses homens e mulheres que che-fiam o Executivo Municipal. As res-postas, surpreendentes, me fizeram acreditar, ainda mais, na importân-cia das nossas funções, atribuições e atividades, muitas vezes focadas, exclusivamente, no bem-estar da população e na qualidade de vida dos habitantes dos 853 municípios mineiros, ou melhor, das mais de 5,5 mil cidades que fazem parte do nosso território nacional.

Deixei a reportagem especial nas mãos da Comunicação da AMM,

mas a nossa intenção foi revelar os vários ângulos que constituem a identidade do Chefe do Executivo Municipal e as múltiplas visões que se abrem. Trouxemos para a pauta o tema que deveria ser o foco prin-cipal dos mais diversos veículos de comunicação que compõem o nos-so cenário midiático. Não devería-mos ser ouvidos apenas em caso de catástrofes e desastres, ou mesmo nos devaneios de alguns, mas nas nossas dificuldades cotidianas, nas nossas lutas e, principalmente, nos nossos anseios para construirmos uma cidade mais limpa, justa, igua-litária e com os preceitos básicos que fazem parte da nossa Consti-tuição, conhecidos como direitos fundamentais. Os detalhes das di-versas opiniões vocês poderão co-nhecer nas páginas que seguem.

Além do assunto principal, mais uma vez vamos falar sobre o fim dos lixões. A AMM participou da Mobilização Permanente, promovi-da pela Confederação Nacional dos Municípios, em Brasília, que reuniu centenas de prefeitos. A ação resul-tou na prorrogação do prazo para o fim dos lixões que obteve sucesso na Câmara dos Deputados. Ela foi incluí-da na MP 651, aprovada em 15 de ou-tubro, e deve ser votada pelo Senado até 6 de novembro.

Merece destaque também a de-terminação do Ministério do Meio Ambiente para que propriedades ru-rais do país realizem o Cadastro Am-biental Rural (CAR) junto ao órgão ambiental competente. Minas Gerais ocupa o segundo lugar em número de estabelecimentos agropecuários

no Brasil e o prazo para inscrição no programa termina em maio de 2015. Em nossa reportagem, abordamos o passo a passo para o cumprimento da decisão.

Já no que diz respeito à questão cultural, vale ressaltar que foi san-cionada a Lei 13.018, que transfor-ma o Programa Nacional de Promo-ção da Cidadania e da Diversidade Cultural – Cultura Viva em política de Estado. Alvo de elogios e críti-cas, o programa abre caminho para um debate sobre sua estruturação e importância para os municípios e seus cidadãos. Ouvimos especialis-tas e suas divergentes opiniões.

Trouxemos ainda, para seu conhe-cimento, as atividades do Instituto AMM, que já conta com a primeira turma do curso de Direito com ênfa-se na gestão pública, parceria entre o IAMM e a Faculdade Presidente An-tônio Carlos, de Nova Lima. A aula inaugural contou com a participação dos alunos e do professor catedráti-co da Universidade Nova de Lisboa, Doutor Jorge Cláudio de Bacelar Gouveia.

Na coluna Ética e Comunicação, o professor Clóvis de Barros Filho traz uma reflexão sobre como dar valor às coisas. Desejo uma boa leitura e parabenizo os prefeitos e prefeitas do nosso país, com votos de uma continuada gestão coroada de êxitos e realizações.

PALAVRA DO PRESIDENTE

Juntos, somos muito mais

antÔnio CaRLos anDRaDaPresidente AMM e prefeito de

Barbacena

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NOTÍCIAS DAS GERAIS . SETEMBRO DE 2014 3

Centro de Qualificação para Gestão Pública

Qualificação das práticas de gestão pública por meio de cursos de capacitação de curta duração

Capacitação dos gestores públicos municipais por meio de visita do corpo técnico da AMM

AMM em Ação

Ensino a DistânciaConhecimento disponibi-lizado pela internet, que viabiliza a aproximação de alunos e professores.

PesquisaConstrução, desenvolvi-mento e ampliação de conhecimentos acerca das temáticas municipais

Pós-Graduação

Conhecimento aprofun-dado nas áreas técnicas da Administração Pública

Graduação e Tecnológico

Formação profissional de nível superior e técnicocientífico

Certificação Ocupacional

Avaliação de pessoas, estabelecendo critérios mínimos de conhecimentos e habilidades técnicas visando a ocupa-ção de cargos municipais

O Instituto AMM tem por finalidade contri-buir com as organizações públicas e priva-das por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, oferecendo soluções para as prin-cipais demandas municipais e viabilizando a excelência na gestão pública.

institutoamm.org.br

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Número 52 . Setembro 2014

DEstaQuEs8 - Entrevista - Governador eleito Fernando Pimentel10 - Acontece por Minas - Eventos e ações promovidas pelas prefeituras em algumas regiões do Estado14 - Instituto AMM - Aula inaugural e trote solidário marcaram o início do semestre letivo na faculdade municipalista16 - Central AMM - Sistema facilita acesso aos cursos e eventos da AMM18 - CQGP - São Lourenço e Caxambu são as primeiras cidades mineiras a receberem os cursos de qualificação20 - Matéria de Capa - AMM faz uma homenagem aos gestores municipais24 - Meio Ambiente - Informe-se sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR)26 - Novidade - Portal Meu Município contribui para levar informação aos cidadãos31- Parcerias - Saiba mais sobre a Cooperação Internacional Descentralizada que impulsiona o desenvolvimento local33 - Fala, prefeito! - Gestores falam sobre a judicialização da Saúde e como ela impacta os municípios36 - Artigo técnico - A técnica do departamento de Educação da AMM, Alessandra Marx, fala sobre o Plano Nacional de Educação 38 - Coluna Clóvis de Barros - Como atribuir valor às coisas?

GeraisNOTÍCIAS DAS

DIRETORIA EXECUTIVA

PRESIDENTE

Antônio Carlos Andrada

1º VICE-PRESIDENTE

Élder Cássio de Souza Oliva

2º VICE-PRESIDENTE

Márcio Reinaldo Dias Moreira

3º VICE-PRESIDENTE

Antônio Júlio de Faria

CONSELHO FISCAL

Marco Túlio Lopes Miguel

Jeová Moreira da Costa

Antônio Dianese

SUPLENTES

Maurílio Soares Guimarães

José Geraldo de Oliveira Silva

Ari Pinto Constantino dos Santos

SUPERINTENDENTE GERAL

Cristina Márcia Mendonça

SUPERINTENDENTE DO INSTITUTO AMM

Gustavo Nassif

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO

GERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO

Daniel Tolentino - Registro MG 07567JP

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Fran Dornelas - Registro: MG 07088JP

REDAÇÃO

Dayane Jardim

Flávio Campos

Mayra Castro

Nayara Vianna

Rosalves Sudário

DESIGN GRÁFICO

Tamirys de Oliveira Freitas

Impressão: Gráfica Formato

Tiragem: 8.000 exemplares

Periodicidade: Mensal

Distribuição Gratuita

ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE MUNICÍPIOS

Av. Raja Gabáglia, 385 - Cidade Jardim BH

Minas Gerais - Cep: 30380 - 103

Tel.: (31) 2125-2400

Fax: (31) 2125-2403

[email protected]

www.portalamm.org.br

Page 5: Notícias das Gerais - Edição 52

Fórum Técnico - Evento da AMM será entre os dias 10 a 12 de novembro - Pág 32

MINAS SÃO VÁRIAS

Projeto - Plano Cultura Viva promove a difusão da cultura em todo o Estado - Pág 28

Título: Parque das Águas de São LourençoAutor: Bruno Albergaria Santos

Cidade: São Lourenço

Categoria: Natureza

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NOTÍCIAS DAS GERAIS . SETEMBRO DE 2014 5

Page 6: Notícias das Gerais - Edição 52

FALE COM A REDAÇÃO

“A revista é muito útil e importante. Os textos estão muito bons, a diagramação também, mas sobretudo parabenizo o vo-lume de informações com conteúdos de qualidade. Para quem mora na roça, como eu, é muito importante ter acesso a uma revista que apresenta diversas matérias sobre o que está acon-tecendo na política e nos municípios do Brasil”.

Getúlio Neiva Prefeito de Teófilo Otoni

“A revista da AMM hoje é uma referência para nós prefeitos, e também para toda a equipe que trabalha conosco. Ela sempre aponta as boas práticas na gestão pública, realizadas por diver-sos municípios, e nos informa sobre assuntos atuais”.

Osmando Pereira Prefeito de Itaúna

“É uma revista muito boa! Já fui contempla-do duas vezes com matérias sobre meu mu-nicípio, e estou muito feliz com isso. Sempre acompanho as edições da revista, que apre-senta conteúdos informativos atuais. Além disso, a revista faz com que a gente perceba como estão funcionando as administrações dos municípios mineiros. A AMM tem a fun-ção de interligar os municípios e apresentar os anseios de cada um. A revista apresenta matérias de bastante relevância para todos”.

Nailton CotrimPrefeito de Manhuaçu

QUEREMOS SABER SUA OPINIÃO

NOTÍCIAS DAS GERAIS . SETEMBRO DE 20146

Page 7: Notícias das Gerais - Edição 52

A partir de setembro/2014, devido a repactuação com a parceira Vox Soluções Tecnológicas, o Diário Online apresentará um novo contrato de adesão, totalmente descomplicado .

Mais informações: (31) 2125-2415

O Diário Oficial dosmunicípios mineiros

EFICIÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICAA Associação Mineira de Municípios - AMM-MG coloca a disposição dos seus filiados uma solução prática e econômica para as publicações legais do seu município:

Uma moderna ferramenta que atende todas as exigências legais para publicação de atos do governo municipal.

Publique tudo o que manda a lei, sem limite de páginas, por um valor fixo e baixo.

O Diário Oficial Online significa uma redução drástica nas despesas da sua administração. Ele irá diminuir seus gastos com publicação de todos os atos administrativos, de licitações e contratos, relatórios, normas e editais.

Promova a modernização administrativa do seu município. O cadastramento das matérias é feito diretamente pelos municípios, com total autonomia e com mais agilidade no processo.

Os municípios que aderirem receberão treinamento gratuitamente e poderão contar com o suporte técnico por telefone a qualquer momento.

Diário Oficial Online é segurança, economia e legalidade. Diversos municípios de outros estados já adotaram esta solução e tiveram parecer favorável do Tribunal de Contas.

Somos 853. Somos Minas.E, juntos, somos muito mais.

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FERnanDo PimEntEL Faz uma anáLisE sobRE os tEmas QuE imPaCtam a aDministRação muniCiPaL

ENTREVISTA / GOVERNO DE MINAS

O diálogo entre os gestores municipais e os governadores de Estado é de extrema importância para a construção de uma relação positiva entre os entes federados. Quem está à frente da gestão estadual precisa conhecer os

problemas de cada município e estar atento às necessi-dades das regiões. Apenas com um contato mais próximo com os prefeitos é possível executar uma política coe-

rente com a necessidade da população. A revista Notícias das Gerais ouviu o recém-eleito Governador do Estado, Fernando Pimentel, sobre suas ideias e projetos que

impactarão a administração municipal, como atendimento regionalizado, divisão dos repasses e segurança pública.

1-Como Minas Gerais é um Es-tado bastante extenso, com 853 municípios e muitas diferenças regionais, existe a opção de uma gestão regionalizada, com foco nas principais necessidades de cada região. O senhor apoia essa forma de gestão? Como ela será tratada no seu mandato?

O governo regionalizado é parte da mi-nha proposta para Minas. Tenho apresen-tado e discutido o funcionamento desse modelo em todas as conversas que mante-nho e fóruns de que participo junto com a população, representantes de entidades de classe, agentes públicos e a sociedade em geral. Farei um governo aberto à participa-ção popular e regionalizado.

Acredito que a regionalização é a maneira mais eficiente de administrar e aplicar corretamente as políticas públicas em um Estado tão grande e diversificado como Minas Gerais. Vamos potencializar o que chamamos de Territórios do Desen-

volvimento, com ações socioeconômicas voltadas para o crescimento das regiões a partir do fortalecimento das cidades-polo e dos canais de comunicação com os mu-nicípios sob sua influência.

Há demandas comuns, como mais es-colas, mais hospitais, mais policiais, mas as ações devem ser específicas. Não se pode reunir meia dúzia de técnicos na Cidade Administrativa e elaborar um modelo único para todo o Estado. As ações de saúde, edu-cação, segurança e o modelo de desenvol-vimento econômico devem levar em conta as características e a vocação de cada lugar.

No Norte, Vale do Rio Doce e no Sul de Minas, por exemplo, até as doenças são diferentes. Nas escolas, a grade curricular também pode ser diferente, acrescentando elementos da cultura regional. O mesmo ocorre no plano econômico. Vamos direcio-nar crédito, investimentos em infraestrutura e programas de incentivo e de qualificação, de acordo com o potencial de cada lugar.

Criaremos os fóruns regionalizados, com

a participação de todos os segmentos da so-ciedade, para levantar e apontar as principais demandas de cada região. Dou um exemplo: este grupo vai escolher a obra mais urgente para determinado lugar e apresentar ao go-verno. Caberá a nós levantarmos os recur-sos e viabilizar o projeto. Isso vale também para programas sociais. É simples, participa-tivo, democrático e muito mais eficiente no uso do dinheiro público. Fiz dessa forma na Prefeitura de Belo Horizonte e vou fazer no governo do Estado.

2- Muitos prefeitos colocam a falta de segurança como um dos principais problemas das cidades. Como o senhor pre-tende executar sua política de segurança pública?

Nosso programa de governo prevê a implantação do Polícia Presente. O policia-mento estará sempre próximo da popu-lação para garantir a segurança efetiva dos cidadãos. Vamos contratar mais 12 mil po-

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liciais. Hoje, o efetivo da Polícia Militar está defasado em mais de 5 mil policiais. Muitos se aposentam ou deixam a corporação, sem que o atual governo contrate novos.

Além disso, há o desaparelhamento, a fal-ta de condições de trabalho, o sucateamen-to de um serviço de extrema importância para a população. Nas cidades do interior que percorro desde o início da campanha, é comum encontrar viaturas paradas por falta de combustível. As prefeituras se viram como podem para cobrir custos até de manutenção das instalações policiais, assu-mindo responsabilidades que são do Estado. Vamos reaparelhar as polícias e resgatar a carreira do policial mineiro.

Na verdade, o atual governo abando-nou a segurança pública. A violência é hoje a maior preocupação dos mineiros. É o que eu escuto de todos, por onde ando. E isso tem reflexos negativos nas demais áreas. Prova disso é que a insegurança foi um dos itens que provocou a queda de Minas, do terceiro para o sexto lugar no ranking na-cional de competitividade recém-divulgado pela revista inglesa The Economist. As gran-des empresas pensam duas vezes antes de investir no nosso Estado. Vamos mudar isso.

3- Outra questão que preocupa bastante o prefeito é a divisão das receitas. Hoje, a maior parte está concentrada na União, e os Estados e municípios ficam com a menor parte. Além disso, os mu-nicípios são responsáveis por gerir alguns projetos federais e estadu-ais, mesmo sem verbas destina-das para esse fim. Como o senhor avalia essa situação, juntamente com a possibilidade de um novo pacto federativo?

A discussão do pacto federativo é antiga e precisa ser tratada com mais objetivida-de por todos os agentes públicos. De fato, os municípios precisam de mais autono-mia e isso passa pela melhor distribuição dos recursos. Muito se fala no aumento do repasse do Fundo de Participação dos

Municípios, com o qual concordo, mas a discussão precisa ir além.

É preciso envolver o Imposto sobre Cir-culação de Mercadorias e Serviços também nessa questão. O ICMS arrecadado por to-dos os Estados é o maior tributo brasilei-ro, à frente do IPI e do Imposto de Renda. Aqui em Minas temos uma legislação que já ficou atrasada no que se refere à parcela dos 25% do ICMS que cabe à administração estadual dar destino, conforme previsto na Constituição.

A chamada Lei Robin Hood é exces-sivamente detalhista, com uma série de critérios que definem seu destino, como patrimônio histórico, cultura, meio am-biente, turismo, entre outros. Do jeito que está colocada, fica concentrada em municípios mais ricos. Precisamos adotar como critérios também a renda per capi-ta, extensão territorial e população.

O governo do Estado, em colaboração com os prefeitos e a Assembleia Legisla-tiva, pode reduzir uma parte significativa desse efeito perverso para as cidades que não dispõem de recursos. O governador pode e deve ajudar nesse movimento, que passa também pelo governo federal. Nas gestões de Lula e Dilma, foram concedi-dos abonos adicionais ao Fundo de Parti-cipação dos Municípios.

4- Atualmente, algumas obras que são administradas pelo Estado es-tão paralisadas. Muitos prefeitos afirmam que o problema é a obri-gatoriedade de o governo estadu-al ser o responsável por gerir essas obras, pois, se os recursos fossem transferidos, as prefeituras pode-riam executar o mesmo trabalho com menos gastos e mais agilida-de. Qual a sua opinião no que se refere a essa transferência de re-cursos e responsabilidade?

Levantamento do Tribunal de Contas do Estado, com base em informações da Se-cretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas, aponta pouco mais de 300 obras

iniciadas com recursos estaduais em 187 municípios, mas que não foram concluídas em Minas. Algumas começaram a ser exe-cutadas há mais de dez anos. É um absur-do. Estive na Prefeitura de Belo Horizonte durante 16 anos, como secretário, vice-pre-feito e prefeito, e conheço muito bem as dificuldades do gestor municipal.

O que a gente percebe é falta de planeja-mento agravada com falta de compromisso. Tenho percorrido todo o interior de Minas, desde fevereiro, e vejo a luta dos prefeitos com o estado de abandono dos nossos municípios. Se formos eleitos, o governo do Estado passará a ser parceiro das prefeituras, vai ajudá-las a elaborar projetos, a pleitear re-cursos estaduais e federais e a tocar as obras, ao contrário do que ocorre hoje.

O resultado desse descompromisso que vemos hoje é um enorme desperdício de dinheiro público. São quase R$ 200 milhões de recursos estaduais empregados em obras não concluídas. Os relatórios denun-ciam pontes que ligam nada a lugar ne-nhum, enquanto lugares que precisam da obra são esquecidos. Estive em São Fran-cisco, no Norte de Minas, e, dias antes, havia morrido uma adolescente que pre-cisava de atendimento médico e morava do outro lado do rio. Como o rio está seco, a balsa parou de operar e não tinha como atravessar. Bastava o atual governo ter planejado e construído uma ponte. Foram 12 anos de gestão e a ponte não saiu, enquanto obras estão inacabadas por toda parte.

O problema não é exatamente de trans-ferência de recursos, que também é um tema que deve ser discutido nacionalmen-te, mas o que ocorre hoje no nosso Esta-do é a ausência de espírito republicano no exercício da governança. Como governador, estarei ao lado das prefeituras, viabilizando parcerias não só com os municípios, mas também com o governo federal, que tem vários programas bem sucedidos que po-dem ser ampliados nas cidades mineiras e melhorar a vida da população, como o Mi-nha Casa Minha Vida e o Mais Médicos.

ENTREVISTA

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O município de Nova Era, na região do central do Esta-do, inaugurou, recentemente, o Procon Online em parce-ria com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais - ALMG. Nova Era é o quinto município do Estado a ter o serviço de atendimento ao consumidor. Esmeraldas, Ibirité, Mato-zinhos e São Gonçalo do Rio Abaixo também contam com a parceria.

O Procon irá funcionar no Centro de Apoio ao Cidadão (CAC) na cidade. No CAC, o consumidor pode registrar sua reclamação e apresentar os documentos relacionados ao seu problema. As informações, em seguida, são enca-minhadas ao Procon Assembleia, que irá analisar o caso e promover as intermediações e acordos. Caso seja ne-cessário, será feita audiência de conciliação. O cidadão é informado sobre o processo da sua reclamação no CAC.

O projeto vem sendo realizado pela ALMG desde 2012 e tem como objetivo levar aos consumidores de outros municípios os serviços oferecidos pelo Procon Assembleia, em Belo Horizonte.

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ACONTECE POR MINAS

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Os moradores da cidade de Oliveira, no cen-tro-oeste do Estado, enfrentam o racionamento de água desde o ano passado. Por isso, o municí-pio vem adotando, nos últimos meses, a liberação de água para os bairros de 12 em 12 horas. Para amenizar os problemas da falta d’agua, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), responsável pelo abastecimento de água, vem investindo em várias soluções para captação de água.

O reservatório, com capacidade de um milhão de litros de água, irá atender 14 bairros da cidade e irá operar com 1,7 milhão de litros para distri-buição. Oliveira tem atualmente 15 reservatórios para abastecer a cidade.

Outros municípios que também vêm sofren-do com o racionamento e a seca, como Campos Gerais, no Sul de Minas, e Rio Paranaíba, no Alto Paranaíba, também estão recorrendo às águas subterrâneas para abastecer o município.

oLivEiRa invEstE Em REsERvatóRio PaRa amEnizaR PRobLEma DE RaCionamEnto

NOTÍCIAS DAS GERAIS . SETEMBRO DE 201410

O servidor credenciado Procon Online, João Wesley,coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Rodrigo Barbosa, o presidente da Câmara Municipal de Nova Era, Roberto Antônio Bicalho e controlador interno, Roger Simões

Vários municípios mineiros sofrem com o racionamento e a seca

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GuimaRânia CELEbRa a inDEPEnDênCia bRasiLEiRaPara comemorar a Independência

do Brasil, a Secretaria de Educação e Cultura de Guimarânia, na região do Alto Paranaíba, promoveu a “Manhã recreativa: Meu Brasil Brasileiro”.

O evento foi realizado na praça Pe-dro Guimarães, com a participação da APAE, da comunidade escolar das Es-colas Municipais e do Sistema Polis de Ensino. Os presentes cantaram o Hino da Independência e houve uma apre-sentação de dança com alunos das es-colas do município, para a população.

Na “Manhã Recreativa: Meu Brasil Brasileiro”, brincadeiras e gincanas também foram realizadas para os alu-nos das escolas da cidade.

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Alunos das escolas públicas participaram das atividades promovidas pela prefeitura de Guimarânia, no Dia da Independência

PREFEituRa DE Poços DE CaLDas REaLiza EvEnto PaRa PRomovER o FoLCLoRE

Poços de Caldas, no sul de Minas, realizou a 32ª edição de um dos maiores festivais de folclore da região, a Festa UAI. O evento é promovido pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Turismo da cidade.

A tradição mineira e local, com suas mani-festações populares, cantos e danças, peças de teatro e atrações para o público infanti l f ize-ram parte do evento que foi realizado durante cinco dias, no entorno do Estádio Municipal Ronaldo Junqueira.

Além das atrações folclóricas e artísticas, os participantes puderam saborear vários pratos da culinária mineira, como o tutu de feijão. Du-rante a Festa UAI, também são realizados os tradicionais concursos Flor Cabocla e Música Sertaneja de Raiz, além do Desfile de Cavaleiros e a fazendinha.

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Grupo Aruanda participou da Festa UAI em Poços de Caldas

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Com o apoio da AMM e em parceria com a Editora Fórum, a Ordem dos Advogados do Brasil/MG realizou o I Fórum Nacional OAB de Mobilidade Urbana, nos dias 17 e 18 de setembro, em Belo Horizonte. Durante o evento, foram debatidos os 27 arti-gos da Lei 12.587/2012, que trata do Plano de Mobilidade Urba-na. Além disso, políticas públicas que conscientizem a população para uma maior educação perante o tema foram discutidas.

Os avanços de infraestrutura para eventos esportivos nas gran-des capitais, a necessidade de ampliação do metrô – transporte que possui maior capacidade em comparação ao BRT e DRT – e a obrigatoriedade de planejamento e planos plurianuais de governo para mobilidade foram os temas abordados.

O presidente da comissão de Mobilidade Urbana da OAB/MG, Geraldo Spagno, enfatizou aos presentes que o projeto de lei que rege o assunto ficou quase 20 anos abandonado no Congresso, o que significa atraso de igual período no planejamento por parte de todos os entes públicos: união, estados e municípios.

A Coordenadora Estadual das Promotorias de Justiça de Habi-tação e Urbanismo do Ministério Público de Minas Gerais, Marta Larcher, acrescentou que a solução não está na construção e alarga-mento de vias, mas sim no fomento ao uso do transporte público.

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Prefeitos de todo o país se reuniram em Brasília, no início de outubro, para a Mobilização Permanente, realizada pela Confede-ração Nacional de Municípios. O encontro levou aos parlamen-tares do Congresso Nacional três principais demandas municipa-listas: aumento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), mudança no reajuste do piso dos professores e prorrogação do prazo para o cumprimento da Lei dos Resíduos Sólidos.

A superintendente da Associação Mineira de Município, Cristi-na Márcia Mendonça, participou da Mobilização Permanente e ga-rantiu o apoio da associação na luta pelas pautas reivindicadas no encontro. “A AMM vai promover o acompanhamento dessas me-didas e votações. Essa mobilização é mais do que necessária para que os prefeitos tenham suas demandas atendidas”, destacou.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, explicou o trâmite de cada uma das três bandeiras que motivaram a ação e convocou os gestores a procurarem os parlamentares de cada Estado. “O obje-tivo é pressionar a aprovação dos projetos defendidos”, afirmou. Após a mobilização, o adiamento do prazo para o fim dos lixões obteve sucesso na Câmara dos Deputados. Ela foi incluída na MP 651, aprovada em 15 de outubro, e deve ser votada pelo Senado até 6 de novembro.

PREFEitos aPREsEntam Pautas muniCiPaListas no ConGREsso naCionaL

Municípios precisam estar atentos à criação do Plano Municipal de Mobilidade

Prorrogação do prazo para cumprimento da Lei dos Resíduos Sólidos foi uma das solicitações dos prefeitos

NOTÍCIAS DAS GERAIS . SETEMBRO DE 201412

Page 13: Notícias das Gerais - Edição 52

Debater o futuro das instituições filantrópicas de saúde e promover a união e o fortalecimento dessas entidades. O Encontro Federassantas 2014, realizado em setembro, em Belo Horizonte, e apoiado pela AMM, proporcionou esse momento. Com os temas centrais “Cenários Políticos, Benchmarking e Melhoria de Gestão”, o evento integrou dirigentes hospitalares, diretores médicos, autoridades e de-mais lideranças responsáveis pela assistência à saúde no Estado.

Para a consultora de saúde da AMM, Juliana Colen, o Encontro representou “um importante momento de união e fortalecimento do setor da saúde com o objetivo de debater o futuro das instituições filantrópicas, que atualmente pas-sam por uma série de problemas.”

O presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Ge-rais (COSEMS/MG), Mauro Guimarães Junqueira, esteve presente na abertura, assim como representantes do Ministério da Saúde e Ministério Público. Mauro reiterou a importância dos hospitais filantrópicos em Minas Gerais: “Em 2013, Minas Gerais internou mais de 1,100 milhão de pacientes no SUS. Isso demons-tra a força dos hospitais no Estado e a magnitude da sua existência.”

O último dia de evento trouxe ainda modelos e experiências de sucesso na Gestão Hospitalar, com temas relacionados à gestão de logística de suprimen-tos, sistema LEAN e gestão de custos. Ao final, foi elaborada pela diretoria da Federassantas uma proposta de melhoria para a sustentabilidade do sistema de saúde de Minas. Além disso, os candidatos ao governo de Minas Gerais estiveram presentes para apresentar suas propostas relacionadas à saúde.

EnContRo DisCutE a situação Dos hosPitais FiLantRóPiCos Em minas

Prêmio Mineiro de InovaçãoA data de inscrição do Prêmio Mineiro de Inovação 2014 foi prorrogada para o dia 15 de novembro. O concurso promovido pela Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indús-tria e Artesanato tem o objetivo de premiar trabalhos e projetos que possam contribuir para o avanço do conhecimento em Minas Gerais. O vencedor de cada categoria re-ceberá diploma e medalha, além de valor em dinheiro. Municípios de todo o Estado podem participar. Mais informações no site: www.premiomineiroinovacao.com.br

Agentes de DesenvolvimentoEstão abertas as inscrições para o Cur-so Básico de Agente de Desenvolvimento, online. O objetivo do curso é capacitar os servidores públicos responsáveis pela condução do processo de implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empre-sas, nos municípios. A inscrição é feita pelo site http://www.uc.sebrae.com.br/ e pode ser realizada até 14 de novembro. O curso é uma iniciativa do Sebrae e da CNM. Junta Comercial Os gestores municipais têm até o dia 24 de outubro para enviar à Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg) infor-mações sobre a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). O levanta-mento junto às prefeituras tem o objetivo de identificar os municípios que já adota-ram a tabela da CNAE- Subclasses, assim consideradas as municipalidades que se valem unicamente dessa codificação para a parametrização de requisitos e controles internos aplicados ao uso do solo urbano, ao licenciamento de atividades econômicas, à segurança pública, etc. Mais informações: [email protected]

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Federassantas 2014 reforçou a importância dos hospitais filantrópicos

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CaLouRos PaRtiCiPam Do PRoJEto PostuRa aCaDêmiCa E tRotE soLiDáRio

Para dar as boas-vindas aos novos alunos da Faculdade Presidente An-tônio Carlos de Nova Lima, a instituição lançou o projeto “Postura Aca-dêmica e Trote Solidário”, com o objetivo de estimular o debate sobre a postura dos alunos na Universidade, o que foi feito a partir de uma dinâ-mica de integração e comunicação, e de arrecadar alimentos, para doações.

De acordo com a vice-diretora da Fupac-NL e psicopedagoga, Ana Lúcia Fernandes Paulo, foram arrecadados, com o apoio dos alunos, 45 quilos de alimento e 10 litros de leite – material esse doado ao Lar dos Idosos Nossa Senhora de Lourdes, localizado na rua Marquês de Sapucaí, 227, em Nova Lima.

A iniciativa, por seu caráter solidário, incentivou a consciência social, le-vando aos alunos a oportunidade de integração e exercício da cidadania, a partir de valores éticos e trabalho voluntário. “É um passo relevante para se conscientizarem do valor desse tipo de atividade, e, dessa forma, contri-buírem e realizarem ações coletivas”, afirma Ana Lúcia.

A estudante Daniele Patrícia Sebastião aprovou a proposta: “Foi muito válido o projeto Postura Acadêmica e Trote Solidário porque a turma in-teragiu mais e tivemos a oportunidade de refletirmos sobre a postura do aluno e do profissional que vamos ser”, afirmou.

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INSTITUTO AMM

Equipe da faculdade doou material arrecadado para o Lar dos Idosos em Nova Lima

O Instituto AMM de Ensino, Pesquisa e Extensão realizou, no início de setembro, a aula inaugural do curso de Direito da Faculdade Presi-dente Antônio Carlos de Nova Lima. O evento, realizado no auditório do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, em Belo Horizon-te, contou com a presença do professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa, Doutor Jorge Cláudio de Bacelar Gouveia, que profe-riu palestra aos alunos presentes.

O professor português fez um paralelo entre o direito e a adminis-tração pública nas repúblicas brasileira e portuguesa. Jorge Bacelar re-afirmou o compromisso de Portugal com o municipalismo e aprovou a iniciativa do Instituto de promover a primeira faculdade com cursos voltados para a gestão municipalista. Gustavo Nassif, superintendente do I-AMM, reafirmou a proposta do Instituto: “Pretendemos desenvol-ver um novo conceito educacional com base em uma plataforma mul-ti-metódica que envolva uma multiplicidade de saberes inscritos num projeto pedagógico totalmente reelaborado para os tempos atuais”.

Para o professor de Direito Empresarial, Raimundo Bastos de Frei-tas, o curso é fruto de pesquisa realizada pelo I-AMM e atende a uma demanda crescente do setor público. “Identificamos que existe, entre os servidores, uma grande deficiência quanto ao seu preparo para o trabalho que o serviço público exige. É essa deficiência que vamos suprir”, garante Freitas.

auLa inauGuRaL Conta Com PREsEnça DE REnomaDo PRoFEssoR DE PoRtuGaL

Professor doutor Jorge Cláudio Bacelar Gouveia proferiu palestra no Tribunal de Contas de MG

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Depois da implantação da pri-meira faculdade municipalista do Brasil - Faculdade Presidente Antô-nio Carlos - Nova Lima (Fupac-NL), o Instituto AMM de Ensino, Pesqui-sa e Extensão (I-AMM) está inves-tindo na educação continuada, por meio de cursos de pós-graduação – tanto presenciais quanto a distân-cia. Já está confirmado, para 2015, o início de três cursos de pós-gradu-ação presenciais: Gestão Estratégi-ca Ambiental, Gestão de Projetos e Contabilidade Pública. Além desses presenciais, um acordo de coopera-ção técnica com o grupo UnyLeya, renomada instituição educacional portuguesa, garantirá a viabilização de dez cursos oferecidos a distância.

Para os cursos presenciais, uma pré-inscrição está prevista para ou-tubro. “As aulas serão adequadas ao interesse dos alunos, que poderão ter flexibilidade na escolha do dia da semana e da área de interesse. “Destaca-se ainda que a especiali-zação voltada para a área ambiental será modulada, contendo uma par-te geral e outra especial, em que o aluno poderá dar ênfase na área de seu interesse, tais como: mineração, energia, construção civil, alimentos, agronegócios e instituições de saú-de”, explica a assessora do I-AMM, Sarah Rosignoli.

As inscrições para os cursos de pós-graduação presenciais têm previsão para começar ainda em 2014, com o início do ano letivo em fevereiro de 2015. Os inte-ressados podem conhecer todo o projeto pedagógico, inclusive os professores – mestres e douto-res- no site institutoamm.org.br.

Parceria garante ensino

Assim como o curso presencial, o ensino a distância depende de autorização do MEC. O UnyLeya já possui a certificação exigida, com validade para todo o território na-cional, em conformidade com o dis-posto na Resolução CNE/CES 01, do Ministério da Educação (MEC).

O presidente da AMM e prefeito de Barbacena, Antônio Carlos An-drada, e o superintendente do Ins-tituto, Gustavo Costa Nassif, reu-niram-se em setembro, na sede do grupo UnyLeya, em Brasília, com o diretor comercial da empresa, Rafael Castro, para fechar os de-talhes da parceria, que envolve a oferta de pós-graduação lato sensu (especialização) em diversas áreas do conhecimento que afetam os municípios. Andrada destaca que “o I-AMM tem sido demandado para introduzir o ensino na modalidade a distância, e é em virtude dessa reivindicação que esse acordo se constitui como primeira resposta para essa demanda”.

Diante disso, o I-AMM vai ofe-recer, em conjunto com o grupo, dez cursos de especialização a distância, sendo dois MBA´s. “Fi-zemos uma pesquisa e planejamos cursos que serão realmente inte-ressantes para os servidores, que suprem suas carências”, enfatiza o superintendente do IAMM, Gusta-vo Nassif. Segundo ele, “a educa-ção a distância atende aos desafios da vida contemporânea, além de democratizar o conhecimento, per-mitindo aos alunos gerenciar me-lhor o seu tempo e superar a dis-

tância física dos principais centros de ensino”, completa.

Os alunos do módulo online contarão com recursos de mídia diversos. Por meio de uma plata-forma de ensino, terão acesso a vídeos, podcasts, entrevistas, arti-gos, biblioteca virtual, referências para leitura e interação com ou-tros alunos através de fóruns de discussão e monitoria individu-alizada. Além disso, será disponi-bilizado material com o conteúdo básico de cada disciplina.

Dessa forma, o Instituto se alia aos melhores parceiros. É uma união de forças, que vem somar os conhecimentos do I-AMM rela-cionados às demandas municipais, com a infraestrutura tecnológica moderna, desenvolvida pelo grupo UnyLeya.

ConhEça os CuRsos DE Pós-GRaDuação a DistânCia QuE sERão oFERECiDos PELo iinstituto amm

instituto amm Dá mais um Passo PaRa o aLCanCE Da EFiCáCia na aDministRação PúbLiCa

INSTITUTO AMM

- MBA EAD em Gestão Pública - MBA Executivo em Gestão de Projetos - Planejamento e Orçamento Público - Contabilidade Governamental - Direito Administrativo - Planejamento Educacional e Políticas Públicas - Formação de Gestores de Controle - Sustentabilidade e Gestão Urbana - Assistência Social e Saúde Pública - Segurança Pública

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PLANEJAMENTO

Para ampliar a oferta de fóruns, seminários e cursos de capacitação, é necessário um canal eficiente de comunicação com os usuários dos serviços oferecidos pela Associa-ção Mineira de Municípios (AMM). A Central AMM foi a solução en-contrada para que servidores e interessados em participar dos eventos possam ter acesso fácil a inscrições, comprovantes, diplomas e descrição dos cursos realizados pela Associação. Fazer todo o pro-cesso online garante aos partici-pantes um ingresso simples e torna possível a conquista de conheci-mentos que levam eficiência à ad-ministração pública.

O sistema possui uma visualiza-ção rápida e direta. O layout des-complicado fornece aos usuários todas as informações de cursos, congressos, seminários e fóruns com inscrições abertas. “A ferra-menta possibilita agilidade e segu-rança no acesso à informação re-querida. Além disso, a plataforma é modular e novos produtos e ser-viços podem ser disponibilizados a qualquer momento”, garante o de-senvolvedor, Breno Assis, da empre-sa dfSistemas.

Assim que o usuário se inscreve – usando o número do CPF - todos os cursos e eventos disponíveis podem ser visualizados, bastando

clicar no escolhido. A responsável pela manutenção do sistema na AMM, Edir Lopes, explica como o processo é simples: “Clicando no evento, você será direcionado para a descrição do mesmo. Após esco-lher, é só se inscrever e, ao final da página, confirmar a inscrição”.

O servidor Luciano Campos, da cidade de Janaúba, reconhece a importância, para quem almeja um trabalho melhor, de se atualizar e capacitar. Ele se inscreve, com fre-quência, em eventos disponíveis na Central AMM e enfatiza a facilidade para acesso aos dados. “Em um cli-que, é possível fazer a inscrição. A questão de diploma e certificação também facilita o processo, garan-tindo que eu possa entregar todos os documentos necessários à pre-feitura, quando do meu retorno”, aponta.

Além das funções orientadas aos eventos, ele mantém seus dados atualizados e pode baixar as car-tilhas AMM. Segundo Edir Lopes, a aceitação está excelente. “O parti-cipante tem todo o histórico dos eventos de que participou via web, e isso facilita o nosso trabalho e a prestação de contas do servidor municipal que participa dos nossos cursos”, completa.

visite o portalamm.org.br e tenha acesso à Central amm.

Facilitadora do processo de inscrição e acompanhamento, a Central é resultado da expansão dos serviços da amm

CEntRaL amm FaCiLita o aCEsso aos CuRsos E EvEntos Da assoCiação

Sistema proporciona visualização rápida e direta aos cursos e eventos

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Anúncio Fórum Técnico

Minascentro - BH

Gestão einovação

PALESTRAS MAGNAS

Retrato do Municipalismo Brasileiro: Conjuntura Econômica e Perspectivas para 2015

10/11

Gustavo Loyola

Nos três dias de evento serão abordadas questões

relativas a gestão pública municipal como saúde,

segurança, mobilidade urbana, meio ambiente,

assistência social e desenvolvimento econômico.

Uma oportunidade para que gestores e servidores

públicos municipais participem e discutam soluções

voltadas para o aprimoramento da gestão pública.

Sustentabilidade e responsabilidade ambiental: o empreendedorismo municipal

11/11

Tião Santos A escola como instituição inovadora

12/11

Gabriel Perissé

Realização:

Parceria:

Patrocínio:

Locadora Oficial:Hotel Parceiro:

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amm promoveu os cursos com o objetivo de capacitar os servidores do interior do Estado

A demanda por qualificação dos profissionais do interior do Esta-do de Minas é cada vez maior. Para contribuir com a formação dos ser-vidores e oferecer uma prestação de serviços de qualidade, a Associação Mineira de Municípios promoveu dois cursos itinerantes do Centro de Qualificação para a Gestão Pública, nas cidades de São Lourenço e Mon-tes Claros.

De acordo com a coordenadora do CQGP, Alessandra Marx, a dis-ponibilização de cursos no interior oferece subsídios para potencializar ações e promover capacitação e de-senvolvimento profissional do corpo técnico. “Buscamos, com essa ação, a otimização e o aprimoramento do atendimento a todas as demandas recorrentes nas diversas áreas de competência da gestão municipal em todas as regiões do Estado de Minas Gerais”, afirma.

Em Montes Claros, o curso pro-movido foi o de Formação de Prego-eiros, em parceria com a Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS). As aulas foram mi-nistradas pelo advogado e especialis-ta em Direito Público, Felipe Ansaloni, e ofereceu um conteúdo destinado

a preparar servidores e secretários municipais para a utilização, de forma correta, da modalidade pregão. Já em São Lourenço, o curso de Licitações e Contratos Administrativos foi pro-movido em parceria com a Câmara dos Vereadores da cidade.

A servidora da prefeitura de Ja-naúba, Ana Paula Lucas Nascimento, trabalha no Setor de Licitação, que atende todas as secretarias do muni-cípio, e participou do curso em Mon-tes Claros. “Consegui ter acesso a muitas informações importantes, que ajudarão no dia a dia do meu traba-lho”, afirmou.

Controle Interno

A fim de favorecer o cumprimento das políticas da Lei de Responsabi-lidade Fiscal, o Centro de Qualifica-ção para a Gestão Pública realizou na primeira semana de setembro, na

CuRso itinERantE Do CEntRo DE QuaLiFiCação PaRa GEstão PúbLiCa ChEGa a são LouREnço E montEs CLaRos

Servidores de São Lourenço tiveram acesso ao curso de Contratos Administrativos

Em Montes Claros, os servidores participaram do curso de Formação de Pregoeiros

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QUALIFICAÇÃO

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5 e 6 de novembroPlanejamento Governamental Estratégico Palestrante: Juliana Fisicaro 19 e 20 de novembroProcessos LegislativosPalestrante: Élcio Moreno

25 e 26 de novembroGestão de Cursos nos Serviçosde SaúdePalestrante: Marileni Martins

27 e 28 de novembroNovas Ferramentas do Controle ExternoPalestrante: Gustavo Vidigal

capital mineira, curso sobre Controle Interno. Ministrado pela ad-vogada especialista em Direito Público, Priscila Ramos Netto Viana, o conteúdo das aulas reforçou as informações sobre o processo de estruturação inicial do Controle Interno e a aplicação do sistema na administração municipal.

“O Controle Interno é uma ferramenta que poucos conhecem. Não serve apenas para servidores da área, mas para todo o corpo da administração pública”, afirma a professora. Priscila destaca ainda que as orientações devem ser seguidas, para que o município não incorra em ato de improbidade, ou mesmo que gere um processo criminal. “A finalidade não é procurar erro, e sim criar a cultura de como se cumprirem as demandas da maneira mais eficiente possí-vel”, disse.

O secretário de Assistência Social do município de Itaipé, Ted Fer-reira Franco, participou da capacitação e afirmou que o aprendizado será aproveitado em áreas primordiais para o município, como saúde e educação. “Estamos em fase de instalação do Controle Interno, que é uma realidade que já deveria estar pronta no município. Através desse curso, vamos realizar uma adequação e buscar atender, ini-cialmente, as áreas que mais precisam de atenção na cidade, para o benefício da gestão e da própria população”, comentou.

O próximo curso itinerante acontecerá nos dias 23 e 24 de ou-tubro, na cidade de Caxambu, em parceria com a Associação dos Municípios da Microrregião do Circuito das Águas (AMAG). O tema escolhido é Sistema de Registro de Preços.

Acesse todos os cursos do Centro de Qualificação

para Gestão Pública: portalamm.org.br

Curso de Controle Interno ajuda a prefeitura a cumprir com a Lei de Responsabilidade Fiscal

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Licitação e Contratos Administrativos - São Lourenço“O curso é excelente, pois permite aos mu-nicípios acesso à qualificação de servidores de forma mais simples e barata, principal-mente em transporte e hospedagem”.Henrique Dias Ferreira - Baependi

Licitação e Contratos Administrativos - São Lourenço“Foi uma ótima iniciativa porque facilitou a vinda de municípios mais distantes da capital”.Edson Vander Cunha Resende - Caxambu Licitação e Contratos Administrativos - São Lourenço“As aulas foram muito boas e bem práti-cas. Espero mais palestras desse tipo aqui na região”,Adalberto da Silva Nogueira - São Lourenço

oPinião DE QuEm FEz

PRóximos CuRsos

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REPORTAGEM DE CAPA

PoR tRásDaQuELEoLhaR

o prefeito é responsável pela elaboração e cumprimento de políticas públicas

pertinentes ao bem-estar e à qualidade de vida da população. mas, para além do que se vê, qual o verdadeiro papel

desses homens e mulheres que chefi am o executivo municipal?

Ele não é um funcionário, mas um agente político responsável pelo ramo executivo de uma unidade de governo autônoma - o município. Amplas são as suas atribuições e grandes, portanto, suas responsabilidades. Principal deposi-tário da confi ança popular para a solu-ção dos problemas da cidade, o prefei-to nem sempre é reconhecido pela sua dedicação e por suas responsabilidades políticas, ou mesmo lembrado no dia em que o calendário de datas e eventos do país celebra seu dia: seis de outubro. Mo-tivos para comemorar? Talvez.

O prefeito é responsável pela elabo-ração de políticas públicas para a saúde, educação e habitação, entre outras per-tinentes ao bem-estar e à qualidade de vida da população. Sem ele, o município

encontraria difi culdades para incluir no orçamento da cidade recursos importantes. Juntamente com o vereador, ele é o político mais próximo das pessoas, situação observa-da principalmente nas cidades pequenas. Porém, cabe observar, o prefeito não go-verna sozinho, conta com os funcionários públicos e os secretários municipais, que comandam pastas como obras públicas, esporte, etc. Daí, a necessidade de se eleger um verdadeiro líder, um repre-sentante do povo consciente de seus deveres, que busque o melhor para a sua região, para a sua gente.

Certo é que, ao longo da história da polí-tica nacional, Minas Gerais sempre contribuiu com personagens decisivas para o desenvol-vimento do país. Desde a República do Café com Leite até o processo de redemocratiza-

ção do Brasil, mineiros como Juscelino Ku-bitschek e Itamar Franco foram exemplo da força do Estado – e ambos tiveram em comum o fato de terem ocupado, antes de chegarem à Presidência da República, a cadeira de prefeito e de terem realizado mudanças signifi cativas na forma de gerir a máquina pública. Isso porque, conhecedo-res da situação real do Brasil nos pequenos municípios, puderam, quando à frente do mais alto cargo público da nação, atuar no sentido de tornar realidade o anseio das ci-dades por um país mais justo.

Nesta edição, ao optar por homena-gear os prefeitos mineiros, a revista No-tícias das Gerais decidiu conversar com líderes estaduais, infl uentes no cenário político nacional, para ouvir as distin-tas opiniões sobre o exercício desse

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importante cargo. A intenção é reve-lar os vários ângulos que constituem a identidade do chefe do executivo e as múltiplas visões que se abrem para além do olhar do homem e da mulher quando no comando das cidades.

Prestação de Contas

Ela já foi prefeita e sabe bem o signi-ficado de palavras e expressões como “orçamento escasso”, “prazos” e “contas municipais em dia”. Eleita para o mandato 2001-2004, em Três Pontas/MG, Adriene Barbosa de Faria Andra-de governou o município no momento de maior impacto da Lei de Respon-sabilidade Fiscal, no início da sua apli-cação. Hoje, passados 10 anos da sua experiência como chefe do executivo, ela ocupa o cargo de presidente do Tri-bunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), colocando-se do ou-tro lado do tabuleiro e se tornando a responsável pelo controle externo da gestão dos recursos públicos e munici-pais. Em outras palavras, Adriene é res-ponsável por exigir das cidades e dos prefeitos explicações sobre os rumos do dinheiro público.

Para ela, o ponto-chave de toda administração de sucesso deriva do planejamento. A presidente do TCE considera essencial estabelecer um planejamento austero, com determi-nação de metas e resultados e o cum-primento desse propósito, seguindo o orçamento proposto. Do alto do pos-to que ocupa, ela sugere aos prefeitos: não gastem mais do que têm. “Consi-dero que todo gestor público assumiu um desafio no momento em que se candidatou ao cargo de prefeito. Mas, atuando com empenho, bom senso, ética, seguindo um planejamento, com o apoio de uma boa equipe técnica, e, principalmente, cumprindo as regras da melhor prática, terá base para conseguir fazer uma boa administração”, enfatiza.

Estado

“Sou municipalista por vocação. É nas cidades que moram os cidadãos e é, portanto, a partir dos municípios, que ocorrem as reais e permanentes mudan-ças”, afirma o governador do Estado de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho. Essa relação entre governo municipal e esta-dual deve mesmo ser vista, cada vez mais, com bons olhos, pois parte dos recursos e verbas que mantêm as ações das pre-feituras, além do repasse da União, saem do ente federativo estadual.

“O Governo de Minas tem trabalhado para ampliar, cada vez mais, programas e medidas para o desenvolvimento das ci-dades. Os avanços são significativos em diversos setores e temos a convicção de que, quanto mais descentralizada a ação, mais rápida e mais eficaz ela é. Por isso, os prefeitos têm sido verdadeiros par-ceiros e protagonistas deste novo tem-po”, completa o governador.

Municipalismo

Ao lado de outros 852 representan-tes do executivo em Minas, o prefeito de Barbacena e presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Antônio

Andrada, conhece bem os desafios da gestão pública e sente na pele as nuan-ces do cargo que ocupa. Para ele, assu-mir a frente de uma instituição requer o desenvolvimento de competências bá-sicas, que deem conta da complexidade da administração do município e asse-gurem a qualidade dos serviços presta-dos à população. “Para desenvolver essa qualidade, é preciso investir na constante capacitação, no aperfeiçoamento profis-sional, pensando em exercer a função de verdadeiro gerenciador da cidade”, asse-gura Andrada.

Como presidente da AMM, Andra-da recorda que as funções políticas do prefeito não se esgotam na sua capaci-dade de lidar com a Câmara Municipal, negociar convênios ou obter benefícios e auxílios para o seu município. “É um cargo difícil, às vezes muito criticado, mas quando uma comunidade precisa de algo é na porta da prefeitura que ela vai bater. Cabe ao gestor analisar e planejar a exe-cução das suas demandas, providencian-do aquilo que é realmente necessário e viável”, explica.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, os desafios sociais e econô-micos encontrados pelos prefeitos são

Para o governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, prefeitos são protagonistas no desenvolvimento das cidades

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REPORTAGEM DE CAPA

cada vez maiores, principalmente no que diz respeito à capacidade de atender a um conjunto de regras que devem ser cumpridas e que serão fiscalizadas por vários órgãos em tempo real. “O prefei-to de hoje deve ser uma pessoa extre-mamente atenta a todos os fatos que o cercam, pois qualquer irregularidade sua ou de sua equipe pode acabar em pro-cesso. Além disso, as responsabilidades e competências dos municípios foram ampliadas, mas os recursos não chega-ram na mesma proporção, ou seja, falta dinheiro”, garante.

Ziulkoski ainda defende a necessidade do pacto federativo. Segundo explica, a cota que cabe aos municípios é inver-samente proporcional à sua demanda. “Vivemos em uma república federativa onde o poder econômico é centralizado na União, e as demandas se dão nos mu-nicípios. Por isso, é necessária uma refor-ma do estado brasileiro para se definir quem é responsável pelo que neste país. Não podemos continuar dessa forma, com responsabilidades caindo somente nos ombros dos gestores locais enquan-to os créditos vão para a União”, senten-cia o presidente da CNM.

Ministério Público

O Ministério Público é uma instituição

responsável pela defesa de direitos dos cidadãos e dos interesses coletivos da so-ciedade, onde atuam procuradores fede-rais, estaduais e municipais e os promo-tores de justiça e do trabalho. Presente em todos os municípios, o órgão tem como uma de suas funções defender o patrimônio público e isso inclui verificar e apurar denúncias sobre mau uso de verbas públicas.

Daí a sua relação com as prefeituras e as ações municipais. “É de se reconhecer o expressivo grau da responsabilidade atri-buída aos prefeitos e prefeitas. A esses ad-ministradores, impõe-se o constante de-

safio de equilibrar autonomia e articulação; desenvolvimento e bem-estar dos muníci-pes”, é o que destaca o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Carlos André Mariani Bittencourt.

Indústria

É certo que a indústria pode favorecer o crescimento econômico de um muni-cípio através da geração de emprego, tecnologia e serviços para a população. E quem abre as portas, ou não, para tais oportunidades é o prefeito. Essa deci-são pode movimentar e gerar uma ca-deia de outros empreendimentos que envolvem a relação com empresas de produtos, prestação de serviços e seus benefícios para a cidade.

Nessa perspectiva, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, reco-nhece a importância da parceria entre município e empresários do ramo indus-trial. Para ele, a gestão pública pode con-tribuir significativamente para a expan-são das indústrias. “A articulação entre as prefeituras, as empresas e as comuni-dades é fundamental para a construção de polos industriais inovadores, que ge-ram renda, oferecem empregos de quali-dade e irradiam crescimento econômico e social para o país”, defende.

Todo gestor público assumiu um desafio no

momento em que se candidatou ao cargo de prefeito

Adriene BarbosaPresidente do TCEMG

Profissão:

maioria de empresários, comerciantes e produtores agropecuários

Fonte: AMM/ Associação Transparência Municipal (ATM)

Sexo:Média de

idade:

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INSCRIÇÕESwww.portalamm.org.br

NOVOS CURSOSCurso de Planejamento, Governamental e Estrátegico05 e 06 de novembro

Curso de Processos Legislativos O parlamento e a elaboração de normas19 e 20 de novembro

Gestãoe�ciente se faz com quali�cação

Curso de Gestão de Custos nos Serviços de Saúde25 e 26 de novembro

Curso de Novas Ferramentas do Controle Externo27 e 28 de novembro

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O Ministério do Meio Ambiente determina que, até maio de 2015, cerca de 5,6 milhões de proprie-dades rurais do país deverão rea-lizar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) junto ao órgão ambiental competente. O prazo pode ser prorrogado por mais um ano, mas em Minas Gerais, Estado com o segundo lugar em número de es-tabelecimentos agropecuários no Brasil (aproximadamente 500 mil), mais de 20 mil produtores já es-tão registrados no sistema.

O CAR é feito no Sistema Na-cional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar-MG), por meio do Portal SisemaNet, e tem por fi-nalidade integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitora-mento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desma-tamento. Com o apoio de imagens produzidas via satélite, o sistema mapeia os imóveis rurais, iden-tificando Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Le-gal (RL), contabilizando possíveis passivos ambientais e auxiliando os produtores, quando necessário, no planejamento de atividades de recomposição/recuperação.

O consultor do departamento de Meio Ambiente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Sérgio Martins, explica que a enti-dade está firmando com o Gover-

no do Estado, através da Secre-taria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), uma parceria nessa área. “O registro no CAR deve ser fei-to junto ao órgão ambiental es-tadual ou municipal de referência. Aí é que pode entrar o apoio do município, que disponibilizaria in-formações sobre o assunto para a população, podendo também au-xiliar e acompanhar a situação de regularização ambiental dos imó-veis rurais”, comenta.

A coordenadora da Assessoria de Meio Ambiente da Federação da Agricultura e Pecuária do Esta-do de Minas Gerais (Faemg), Ana Paula Mello, afirma que técnicos do órgão ambiental estadual têm sido treinados, em maior ou me-nor grau, para auxílio aos pro-prietários de pequenos imóveis

de até quatro módulos fiscais. “Temos recebido e atendido inú-meras dúvidas e queixas quanto ao funcionamento do Sicar-MG, por isso sugerimos que os produto-res utilizem o sistema sindical, trazen-do essas questões também para os sindicatos, que farão a interlocução com a Federação”, pontua.

Ainda de acordo com a coorde-nadora, a não realização do CAR poderá restringir o acesso do proprietário/posseiro a linhas de crédito federal ou a programas de fomento oferecidos pelos governos federal e estadual. Caso o pro-prietário/posseiro não faça o ca-dastro e tenha em sua área Reser-va Legal e/ou APP’s a recuperar, ele estará sujeito às penalidades impostas pela legislação vigen-te. “A partir de maio de 2016, as instituições financeiras só conce-

Produtores rurais precisam fazer o cadastro até maio de 2015

sistema alia produção agropecuária e conservação ambiental e gera valores para produtores, cidades e meio ambiente

CaDastRo ambiEntaL RuRaL ainDa PRovoCa DúviDas

MEIO AMBIENTE

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derão crédito para proprietários de imóveis cadastrados no CAR”, afirma.

Município

Sendo um ente federado, o mu-nicípio tem suas responsabilida-des para com o meio ambiente. Como o CAR traz um diagnóstico das informações ambientais dos imóveis rurais, o município que queira saber, por exemplo, se é um credor ambiental ou um de-vedor, terá acesso a esses dados. Poderá, ainda, fazer parcerias para o fomento à recomposição das

áreas indicadas no Programa de Regularização Ambiental (PRA), bem como desenvolver políticas de incentivo e de pagamento por serviços ambientais, a partir de projetos bem definidos, com o apoio de parceiros.

Encontro na Ambasp

Em julho, a Associação dos Mu-nicípios da Microrregião do Bai-xo Sapucaí (Ambasp), em parceria com a Semad, realizou um encon-tro com servidores das Secreta-rias Municipais de Meio Ambiente e Agricultura e funcionários dos

Sindicatos de Produtores Rurais, para treinamento do CAR.

Representante da prefeitura de São Bento Abade, Maria Angélica de Souza Santos esteve presente no evento e explica que o mu-nicípio está se preparando para auxiliar os agricultores da região. “O cadastro é um trabalho que vai ajudar muito o município, mas precisamos compreender melhor suas fases de execução. Inicial-mente, o produtor pode achar o preenchimento complexo, traba-lhoso, mas estaremos disponíveis para auxiliar”, assevera.

Acesse o portal SisemaNet;

No canto superior esquerdo selecione uma das opções de cadastro: “Cadastrar Sem Certificação Digital (RECOMENDADO) ou Cadastrar Com Certificação Digital”, para obtenção de uma senha de acesso ao SisemaNet. Observação: Caso o usuário já tenha se cadastrado anteriormente para utilização de outros serviços, a senha de acesso ao portal será a mesma;

Após realizar a leitura do Termo de Responsabilidade, clique na opção desejada: “Aceito” ou “Não Aceito” e, em seguida, clique em “Próximo”;

Preencha o cadastro de usuário de Pessoa Física e clique na opção “Gravar;

Retorne à página principal do SisemaNet e acesse o sistema por meio do Login e Senha criados. Observação: O LOGIN será sempre o CPF do usuário que efetuou o cadastro;

Após acessar o sistema, clique no menu à esquerda da tela – Botão CAR; depois, clique logo abaixo em: “Sistema de Cadastro Ambiental Rural”; e, em seguida, clique em “ENTRAR”;

Realize o cadastro do imóvel.

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Para a realização do cadastro, siga as instruções abaixo:

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Transparência é um dos concei-tos intrínsecos à Administração Pública, seja no âmbito municipal, estadual ou federal. No caso das cidades, a nova ferramenta para consulta pública de dados relati-vos aos investimentos e despesas de gestão é o site “meumunicípio.org.br”. Criado em maio deste ano pela fundação Brava e pelo Insper, o domínio reúne informa-ções sobre as finanças dos mais de 5 mil municípios do país, tais como receitas, despesas, resul-tado fiscal, nível de investimento e endividamento, dentre outros, para consulta aberta e interativa, disponível a gestores públicos e aos cidadãos em geral.

No Portal, é possível verificar, por exemplo, quanto um municí-pio arrecada com IPTU, IPVA, ISS ou com transferências intergover-namentais; ou ainda, saber como estão distribuídas as suas despesas entre educação, saúde, transpor-te, saneamento, etc. Além disso, o site oferece a possibilidade de os municípios compararem as suas receitas, despesas, nível de inves-timento ou de endividamento. “É possível ainda escolher o grupo de comparação e analisar a série histórica, possibi l itando um ma-peamento mais aprofundado dos dados relativos às f inanças muni-cipais de determinada cidade ou grupo”, af irma o vice-presidente do Insper, Marcos Lisboa.

“A base para informações do Por-tal é pública e está disponível no site do Ministério da Fazenda – Secreta-ria do Tesouro Nacional e no Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE). Nosso objetivo, com o Portal, é organizar e facilitar a visu-alização dos dados, apresentando-os de forma simples, prática e que pos-sa auxiliar os gestores públicos em suas análises e decisões. Dessa forma contribuímos para aumentar a trans-parência de informações à população e assim auxiliar o administrador pú-blico”, explica a diretora executiva da Fundação Brava, Denise Yagui.

A gerente de projetos da Funda-ção Brava, Miriam Ascenso, a con-vite da AMM, esteve no encontro com as associações microrregionais, promovido em Belo Horizonte, no mês de agosto, para apresentar

mais detalhes sobre a ferramenta. “Todas as informações e dados do site estão disponíveis para down-load; e também todas as fórmulas, possibilitando ao gestor analisar e trabalhar com os dados”, explicou.

Atualmente, os dados disponi-bilizados são relativos aos apre-sentados pelas gestões municipais de 2012 e pelo IBGE em 2010. De acordo com Miriam Ascenso, as informações de 2013 já estão sendo compiladas e até o mês de outubro deverão estar abertas à pesquisa. O estímulo à partici-pação e à interatividade também faz parte do objetivo do site, que disponibiliza um canal específico para o envio de ideias e sugestões pelos usuários. Futuramente, tam-bém será possível compartilhar as análises via redes sociais.

TRANSPARÊNCIA

Portal gratuito facilita acesso às informações financeiras de todas as cidades brasileiras

Raio x Das Finanças PúbLiCas muniCiPais

Acesse o portal meumunicípio.org.br e acompanhe as finanças municipais

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insCRiçÕEs GRatuitas

Aprimorar o conhecimento é essencial para uma boa gestão. Em iniciativa pioneira, a Associação Mineira de Municípios (AMM) será parceira da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) em encontros no interior do Estado, com a caravana “AMM e CNM – Ação Municipalista”. O objetivo é promover o debate sobre as pautas es-pecíficas das regiões e os principais desa-fios enfrentados pelos municípios minei-ros. Durante as visitas, técnicos das duas entidades irão conhecer a realidade local e ficarão à disposição para tirar dúvidas dos servidores.

“Esse diálogo promovido pela AMM e CNM – Ação Municipalista cria uma interação entre os envolvidos, capaz de desenvolver soluções para as prin-cipais demandas municipais”, explica a superintendente da AMM, Cristina Márcia Mendonça.

Região Norte recebe a caravana

As primeiras cidades a serem visitadas foram Montes Claros, Pirapora e Corinto, entre os dias 23 e 25 de setembro. Pre-feitos, secretários e gestores da região re-ceberam esclarecimentos sobre os temas Regime Próprio da Previdência Social: compensação e encontro de contas; Lei Complementar 141/2012, que estabele-ce os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde; e Gestão do Patri-mônio Público, com as novas normas da contabilidade pública.

“Ao invés de enviarmos técnicos sepa-radamente, podemos conciliar e fazer uma capacitação mais abrangente, envolvendo, de uma só vez, mais áreas da administra-ção pública”, garante a coordenadora das áreas técnicas da AMM, Vivian Bellezzia.

Segundo Cristina Márcia, essa apro-ximação com os municípios e com as microrregionais é fruto de uma pesqui-sa integrada, que gera convergência nas demandas para otimizar e ganhar escala e qualidade na prestação de serviços. “Uma iniciativa primordial para unir as potencialidades e forças em prol da capacitação dos gestores municipais”, garante.

O corpo técnico contou com cinco especialistas, sendo três da AMM e dois da CNM, que esclareceram dú-vidas nas áreas: Contábil e Tributá-rio, Saúde e Previdenciário.

A servidora da Secretaria Municipal de Saúde de Monjolos, Ângela Maria de Assis, enfatizou a importância de levar esse tipo de capacitação e esclarecimen-to para as cidades pequenas do Estado. “Fica difícil irmos para a capital para ob-ter apoio de duas instituições respeita-das e conhecedoras do assunto. Esta é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada”, garantiu.

O prefeito da cidade de Corinto, Nilton Ferreira, foi um dos anfitriões da caravana, e enxergou nessa iniciativa uma oportuni-dade de tornar seus servidores mais cien-tes de como fazer uma boa gestão muni-cipal. “Essa aproximação garante a todos nós um conhecimento repassado por duas instituições respeitadas nacionalmente. É um respaldo importante”, concluiu.

Já estão programadas visitas a mais de dez municípios mineiros, em todas as

regiões do Estado. No final de outubro, cidades do Triângulo Mineiro receberão a caravana com os técnicos das associa-ções prontos a conhecerem um pouco mais da realidade local; e Uberlândia, Ara-xá e Patos de Minas a receberão nos dias 21,22 e 23 de outubro, respectivamente.

Ação Municipalista atingirá todo o Brasil

A iniciativa inovadora ainda vai gerar frutos em todo o país. A Confederação Na-cional de Municípios (CNM) desenvolveu o projeto “Ação Municipal”, um portal que disponibiliza treinamentos, vídeos e apre-sentações nas mais diversas áreas técnicas.

Os treinamentos serão presenciais em todo o Brasil e a distância por este portal: www.acaomunicipalista.cnm.org.br

CAPACITAÇÃO

Em caravana pelo Estado, técnicos das duas associações conhecem os problemas locais e contribuem para uma melhor gestão municipal

amm E Cnm PRomovEm CuRsos DE CaPaCitaçãono intERioR DE minas

4 de novembroTeófilo Otoni

5 de novembroAraçuaí

6 de novembroDiamantina

18 de novembroLavras

PRóximos EvEntos

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Foi sancionada, no último mês de julho, a Lei 13.018, que transforma o Programa Nacional de Promoção da Cidadania e da Diversidade Cultural – Cultura Viva, em política de Estado. Isso significa que o Sis-tema Nacional de Cultura (SNC) passa a ter uma política de base comunitária, além de garantia de recursos permanentes ao programa, independente das alternâncias de gestão na administração pública. Com o Cultura Viva, o poder público deixa de ser o espaço privilegiado de integração cultu-ral, e busca, agora, articulação com mem-bros da sociedade civil. Alvo de elogios e críticas, o programa abre caminho para um debate sobre sua estruturação e impor-tância para os municípios e seus cidadãos.

“Com a sanção, o Brasil passa a ter como política nacional visitar, reconhecer, fomentar e trazer à tona sua multiplicida-

de de fazeres, saberes”, enaltece a chefe da representação do Ministério da Cultura (MinC) em Minas Gerais, Cesária Macedo. A nova legislação prevê que a União, por meio do MinC e dos entes federados, pos-sa transferir, de forma direta, recursos às entidades culturais integrantes do Cadas-tro Nacional de Pontos e Pontões de Cul-tura – entes que atuam como mediadores na relação entre o Estado e a sociedade, unindo um conjunto de agentes culturais que impulsionam o setor e contribuem para o desenvolvimento local. Uma ONG ou comunidade, por exemplo, ao se tornar um ponto, recebe cerca de R$ 80 mil/ano; os pontões, em média R$ 180 mil/ano.

O diretor da Agência de Desenvolvimen-to Integrado de Barbacena e Região (Agir), Frederico Furtado, tem uma ampla experi-ência com o Cultura Viva. Ele participa do

programa desde o seu início e observa que a premissa ideológica é encantadora, mas o modo operacional revela fragilidades: “Houve uma série de dificuldades admi-nistrativas e burocráticas, inviabilizando os pagamentos nos prazos contratados e deixando baixar rapidamente a onda de euforia que havia sido criada”.

Para Furtado, foi um passo audacioso e necessário para se conseguir expandir a pasta da cultura, porém com desen-volvimento estrutural e administrativo incompatíveis. “Ainda assim, a lógica dos pontos possibilitou também um intercâm-bio imenso entre os fazedores culturais brasileiros, através da rede Teia Pontos de Cultura”, ressalta.

Difusão dos Pontos de Cultura

Atualmente, existem cerca de quatro mil pontos, distribuídos por mais de mil municípios, em todos os estados da Fe-deração. Até 2020, o Plano Nacional de Cultura prevê que serão 15 mil em todo o país. Para chegar a esse número, o MinC conta com o apoio de Estados e municí-pios na gestão e execução do programa.

Cesária Macedo explica como as cida-des ajudam na sua disseminação: “Atra-vés de parceria com o governo federal e com o governo estadual, os entes inte-ressados devem, por meio de documen-to oficial, solicitar ao MinC a criação de Rede de Pontos de Cultura, e dispor de contrapartida financeira de, em média, um terço do valor total do convênio a ser firmado”. Ela chama a atenção para o desenvolvimento do segmento cultural da cidade, com esse apoio.

Cultura viva é referência de política pública articuladae inclusiva, mas esbarra em questões estruturais

PLano naCionaL imPuLsiona a CRiativiDaDE E a CuLtuRa LoCaL

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Cesária Macedo explica como as cidades ajudam na disseminação do Cultura Viva

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Ela observa ainda que a rede forma-da pelos Pontos de Cultura fortalece os municípios, já que oferece difusão e cir-culação, ampliando a produção cultu-ral local. “Outra atividade importante é a formação que o programa oferece para os agentes culturais, que se tor-nam multiplicadores nos municípios. As iniciativas e organizações culturais pas-sam a ser mais reconhecidas”, enfatiza.

A secretária de Estado de Cultura de Minas Gerais, Eliane Parreiras, enfatiza que o funcionamento dos pontos se dá em nível estadual. “Eles respondem à di-retriz do governo de Minas de capilarizar as políticas públicas da pasta para todos os municípios do Estado. Além de valo-rizarem a diversidade cultural pungente em cada cidade, em consonância com as realidades locais, ainda promovem ações de articulação intermunicipais”.

Experiências no Cultura Viva

A Associação Cultural Ponto de Partida, tradicional grupo de teatro de Barbacena, participou do Cultura Viva durante dez anos. O grupo realiza um trabalho de formação artística e possui um espaço denominado Corredor Cultural – antiga fábrica abando-nada e doada ao grupo pela prefeitura. Para a diretora, Regina Bertola, existem muitos “senões” no processo: “A ideia foi ótima, mas a execução, muito problemática”.

Bertola afirma que o grupo não rece-beu o repasse da última parcela do incenti-vo e que a articulação entre os pontos de-veria ser levada mais a sério. “Para se fazer um processo de cultura viva, ela deve estar realmente viva. Deve haver troca, replicar experiências. Para isso, a interação é neces-sária, com o sentimento de se conhecer o trabalho. É uma perda para o processo eles não aproveitarem isso”, critica.

Já a Casa do Beco, organização cultu-ral localizada em Belo Horizonte e que leva oficinas de teatro para crianças e adolescentes moradores da Barragem Santa Lúcia, favela do Papagaio e região,

conseguiu o título de Ponto de Cultura em 2009. Os recursos oriundos do pro-grama possibilitaram a reforma da sede e a apresentação de diversos espetácu-los. Para seus idealizadores, “cada ser é capaz de mudar o seu entorno. Esse es-paço cultural, social, e o reconhecimento do nosso trabalho no setor público nos possibilitam levar isso para os jovens”.

Além das ações conduzidas pelos Pon-tos de Cultura, o programa prevê a exe-cução de diversos subprogramas, muitos deles em parceria ou por articulação com outros órgãos e políticas públicas existentes no Brasil.

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Sede do grupo Ponto de Partida, em Barbacena, onde ocorrem eventos e espetáculos teatrais

Programa Cultura vivaImplementado pelo Ministério da Cultura (MinC) em 2004, o Programa Cultura Viva é uma polí-tica pública concebida como uma rede orgânica de criação e gestão cultural, para disseminar a criatividade local, impulsionada por organizações independentes.

teiaA Teia é o encontro nacional dos Pontos de Cul-tura. Em sintonia com as estratégias e diretrizes gerais do Plano Nacional de Cultura, a Teia é um momento de encontro, convivência, formação e divulgação de temas prioritários dos grupos, co-munidades, pontos de cultura e iniciativas que in-tegram o Cultura Viva.

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DESENVOLVIMENTO

A Cooperação Técnica Internacional existe há mais de seis décadas no Brasil, sendo executada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), órgão do Minis-tério das Relações Exteriores. Com o objetivo de envolver todos os entes fe-derados no intercâmbio entre os países, existe a Cooperação Internacional Des-centralizada. Sua proposta é articular as relações das unidades subnacionais (Esta-dos e municípios) com países e organis-mos internacionais, com foco na relação de cooperação técnica e/ou financeira, promovendo a troca de conhecimento.

Minas Gerais, Bahia e outros Estados brasileiros têm buscado na Cooperação Internacional Descentralizada supor-te para elaborar projetos e intensificar ações de desenvolvimento nas áreas de segurança, saúde, administração, meio am-biente, agricultura, gestão pública e ener-gia, dentre outras. A iniciativa, ao importar de outros países inovações para o Brasil, tem alcançado resultados.

De acordo com a chefe da Assessoria de Relações Internacionais do Governo

de Minas Gerais, Chyara Caeli Pereira, responsável pela área nos últimos anos, o Estado tem vários exemplos de boas prá-ticas que foram desenvolvidas por meio da Cooperação Internacional Descentra-lizada. “Toda a articulação em Minas com organismos internacionais passa pela As-sessoria. Funcionamos como um grande radar internacional, em busca de parce-rias. Temos exemplos que são referência, como a relação com a Agência de Coo-peração Internacional do Japão (JICA), que capacitou os produtores de frutas do Projeto Jaíba”, afirma.

Outra cooperação técnica recente que Minas desenvolveu foi em parceria com a região francesa de Nord-Pais de Calais, que contribui para a criação do “Plano de Energia e Mitigação Climática do Estado de Minas Gerais”. “A consultoria forne-ceu conhecimento e expertise aprimora-da e internacional, de forma gratuita, para a execução do plano”, reforça a assessora. Minas possui relações de cooperação com Austrália, China, Colômbia, Holanda e outros organismos internacionais, como

a Organização das Nações Unidas (ONU).

Resultados

A Assessoria de Cooperação Inter-nacional da Bahia também tem obtido resultados com as relações entre países. A coordenadora da entidade, Caura Da-masceno, explica que existe uma intensifi-cação dessa prática pelos entes subnacio-nais. “O Estado da Bahia tem participado intensamente dessa cooperação, seja en-viando delegações ou recebendo comi-tivas de outros países. De 2007 a 2013, o governo priorizou esse projeto, com apoio da Agência Brasileira de Coopera-ção, o que possibilitou investimentos e desenvolvimento regional”.

Atualmente, o Estado possui acordos de cooperação técnica com diversos paí-ses: São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Re-pública Dominicana, Tanzânia, Gana, Cuba e Espanha, entre outros. Damasceno cita ainda que a cooperação internacional priorizou a interiorização do desenvolvi-mento, levando indústrias estrangeiras a se instalarem na região metropolitana e no interior do Estado, em cidades como Feira de Santana, Camaçari, Ilhéus, Simão Filho, Lage e outras.

Diante desse cenário, a Assessoria fez um levantamento e constatou que o tra-balho de Cooperação Internacional Des-centralizada contribuiu para posicionar a Bahia frente à dinâmica dos investimen-tos internacionais que são realizados a cada ano, em todo o planeta. “Em 2012, por exemplo, os investimentos foram da ordem de USD 1,35 trilhão, do qual o Brasil rece-beu cerca de USD 65 bilhões. A Bahia ocupa hoje a sexta posição nacional como estado que mais recebeu investimentos, sendo a mais procurada pela China”, enfatiza.

Projeto Jaíba , no norte de Minas, foi um dos beneficiados com a cooperação internacional com o Japão

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Proposta é incentivar a troca de conhecimento e potencializar o desenvolvimento local

CooPERação intERnaCionaL DEsCEntRaLizaDa PRomovE intERCâmbio EntRE EntEs FEDERaDos E oRGanismos intERnaCionais

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EVENTOS

Para o evento, está confirmada pa-lestra magna a ser proferida pelo eco-nomista Gustavo Loyola, que aborda-rá o tema “Retrato do Municipalismo Brasileiro - Conjuntura Econômica e Perspectiva para 2015”. Loyola já assu-miu cargos de relevância, como a pre-sidência do Banco Central por duas vezes. O economista recebeu o prê-mio “Economista do Ano”, conferido, em 2014, pela revista Istoé Dinheiro.

A superintendente da AMM, Cristi-na Márcia Mendonça, explica que o Fó-rum tem a função de informar o gestor municipal sobre assuntos que estão na pauta da administração pública. “Va-mos retratar, no encontro, todos os temas atuais que afetam os municípios, com o objetivo de orientar o gestor, os secretários e os servidores”, pontua.

A novidade deste ano ficará por conta das capacitações oferecidas. Os

participantes inscritos nas salas téc-nicas de Cadastro Ambiental Rural (CAR); Capacitação e Requisitos para firmar convênio com a Semad, visando a Regularização Ambiental Rural; GEO-OBRAS Planejamento, contratação e execução de obras e serviços de enge-nharia e gestão informatizada; e Siconv: Execução de OBTV e Prestação de Contas receberão, respectivamente, certificados comprobatórios. “A abor-dagem desses temas visa preparar os profissionais para a operacionalização das pautas e a possibilidade de replicar o aprendizado nos municípios”, afir-ma a assessora das Áreas Técnicas da AMM, Vívian Bellezzia.

Para os municípios interessados em desenvolver a Comunicação como ferramenta de auxílio à gestão públi-ca municipal, haverá salas com temá-ticas sobre “Marketing Digital e Redes

Sociais” e “Planejamento de Comuni-cação e Assessoria de Imprensa”. As demais salas técnicas farão a aborda-gem de temas como o fim dos lixões; judicialização e medicação da saúde: impactos no orçamento municipal; fiscalização de contratos, atribuições dos serviços de inspeção sanitária e de vigilância sanitária em alimentos; ICMS Ecológico – orientações a respeito da Lei Robin Hood para aumento da re-ceita; apoio técnico do FNDE aos mu-nicípios, entre outros.

Evento reúne especialistas para apresentar e discutir ações nas cidades

FóRum téCniCo Dos muniCíPios minEiRos sERá Em novEmbRo

Fórum Técnicodos municípios mineiros

Com o intuito de informar e levar capacitação para os gestores municipais, secretários e servidores, a Associação Mineira de Municípios (AMM) promoverá, nos dias 10 a 12 de novembro, o Fórum Técnico dos Municípios Mineiros, em Belo Horizonte. O evento, de cunho técnico, contará com palestras proferidas por especialistas das mais diversas áreas, que abrangerão os poderes executivo, legislativo e judiciário municipal.

acesse www.portalamm.org.br e acompanhe a etapa de ins-crições, programação e novi-dades sobre o Fórum técnico dos municípios mineiros.

FALA, PREFEITO!

NOTÍCIAS DAS GERAIS . SETEMBRO DE 201432

Page 33: Notícias das Gerais - Edição 52

O acesso a políticas públicas amplas, capazes de promover a saúde do cidadão em todas as suas formas é direito de todo ser humano. Muito embora as esferas de atuação das ações de saúde de cada ente federado já estejam es-tabelecidas, o que observamos é o aumento significativo do tão dis-cutido fenômeno da judicialização, mais presente em âmbito munici-pal, gerando assim uma enxurrada de ações judiciais, e que, em tese,

buscam garantir o direito à saúde do cidadão, face às “insuficientes” políticas de assistência implementadas.

Não há como afastar a responsabilidade sobre as ações públicas de saúde do município, quais cumprimos fielmente, mantendo todas as equipes de saúde da família com a quantidade de recursos hu-manos definida em portaria, mantendo compra de medicamentos padronizados pelo município e mantendo exames laboratoriais e complementares. Todavia, é necessário levar em consideração a responsabilidade do Estado quanto às pactuações e aos sistemas de referência e contra referência estabelecidos entre as esferas, pois os vários procedimentos que deveriam ser executados por prestadores das micro e macro regiões de saúde, através da Pro-gramação Pactuada Integrada - PPI não são cumpridos em sua totalidade. Para o não atendimento através das PPI, podemos citar vários cenários atuais, como por exemplo, o subfinanciamento das consultas e dos procedimentos em saúde, e a insuficiência de pro-fissionais especializados para atendimento no SUS.

Ao longo desses meses, observamos ações de saúde privile-giando determinado segmento e indivíduos com maior poder de reivindicação, em detrimento da necessidade de outros grupos e indivíduos. O investimento municipal, para que as ações não sejam ajuizadas, é muito alto e acaba prejudicando outros setores da administração que também são de extrema importância. Há uma distorção do conceito da universalidade da saúde. Em nenhum país do mundo onde a saúde é universal há distribuição da tota-lidade de medicamentos existentes no mercado. No Brasil, ainda precisamos avançar muito no entendimento de que não é possí-vel para o município entregar todos os tipos de medicamentos e ofertar todos os tipos de procedimentos e exames.

Em todos os municípios, a judicialização tem sido um grande problema, pelo cus-to financeiro e pela exigui-dade de tempo. O serviço público tem regras a serem cumpridas, não é possível comprar um medicamento em tempo exiguo. Na admi-nistração publica, temos que fazer requisições e empe-nho prévio, para, só depois, tentarmos fazer a compra.

Nem sempre quem tem o medicamento ou outras solici-tações vendem para as prefeituras, pois só pode negociar com o serviço público quem está com suas obrigações em dia, sem dívidas para com o município e para com os órgãos públicos, sem impostos ou taxas atrasadas. Só a regularidade fiscal já é um grande entrave ao comércio e à indústria.

Quanto ao Ministério Público e ao Judiciário, eles são intransigentes e nem sempre aceitam as justificativas e as indicações de ordem médica. Às vezes, temos medicamento na própria rede municipal que não é aceito pelo profissional de saúde que o prescreveu, por não aceitar genérico. A AN-VISA autorizou o genérico, portanto, se ele é de qualidade para os órgãos do governo, não devia ser afrontado pelo Judiciário. Outras vezes, são tratamentos que ainda não têm seus resultados comprovados, mas, mesmo assim, o municí-pio tem que aceitá-los e pagar por eles.

Acredito que os governantes deveriam solicitar aos Tri-bunais padronização de conduta, mesmo sabendo que o juiz tem autonomia, porém que seja dentro de uma regra pelo menos aceitável. Esclarecer aos juízes que o muni-cío também tem sua autonomia e tem suas regras, inclusive responsabilidade fiscal. Uma ordem judicial não deveria se sobrepor a uma lei maior, que veio para moralizar o serviço público. Portanto, um juiz, que também é servidor público, deveria ser responsabilizado por não deixá-la ser cumprida.

FALA, PREFEITO!

JuDiCiaLização na saúDE E o imPaCto nos muniCíPiosRAMON CAMPOSPrefeito de Itacarambi

JEOVÁ MOREIRA DA COSTAPrefeito de Araxá

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Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da AMM

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PREFEitos assoCiaDos Em visita à sEDE Da amm E EsPaço amm Em bELo hoRizontE

Em visita à sede da AMM, o prefeito Domingos Rivelli conhece as áreas técnicas da associação

O prefeito de Naque, Helio Pinto de Car-valho, realizou consultoria sobre o Diário Online, serviço prestado pela AMM

Prefeito de Conselheiro Lafaiete, Ivar de Almeida Cerqueira Neto

O presidente da AMM e prefeito de Barbacena, Antônio Carlos Andrada, o pre-sidente da FMP e prefeito de Divinópolis, Wladimir Azevedo, o prefeito de BH, Márcio Lacerda, e o prefeito de Teófilo Otoni,Getulio Afonso Porto

O prefeito de Ubá, Edvaldo Baião Albino

Prefeito de Betim, Carlaile de Jesus Pedrosa

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, chegando para o debate com os candidatos ao governo de Minas

Prefeito de Carmópolis de Minas, Geraldo Antônio da Silva

Prefeita de Uruana de Minas, Tânia Menezes, entre Sebastião Caetano de Oliveira (ex-prefeito), Jeremias Pereira (presidente da CM); Sebastião Nunes (vice-prefeito), Márcio Campos (vereador), Alexssandra Martins (vereadora); Tiago Martins (ex-prefeito); Robson Resende e Lucídio Bento da Mata (vereadores)

GALERIA AMM

Prefeito de Araxá, Jeová Moreira da Costa

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Prefeito de Pouso Alegre, Agnaldo Perugini

Prefeito de Curvelo, Maurílio Soares Guimarães

Prefeito de Manhuaçu,Nailton Heringer, prefeito de Carmópolis de Minas, Geraldo Antônio da Silva e vice-prefeito de Coromandel, Carlos Henrique Sucupira

O prefeito de Lagoa Santa, Fernando Pereira Gomes Neto, se manifesta du-rante o debate

O prefeito de Canápolis, Diógenes Roberto Borges, lê a revista Notícia das Gerais enquan-to espera atendimento das áreas técnicas

Prefeito de Lagoa Santa, Fernando Pereira Gomes Neto

Prefeito de Passos, Ataide Vilela

Prefeito de Uberaba, Paulo Piau

Prefeito de Itabirito, Alexander Silva Salvador de Oliveira

Prefeito de Itaúna, Osmando Pereira da Silva

Prefeito de João Monlevade, Teófilo Torres

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O Plano Nacional de Educação (PNE) foi aprovado nos termos da Lei 13.005, de 25 de Junho de 2014, com vistas ao cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição Fede-ral/88, que estabelece a instituição de um Plano Nacional de duração decenal, com diretrizes, metas e estratégias a serem implementadas em todas as esferas de governo, em prol da melhoria da educação em nosso país.

O PNE visa à articulação, ao desenvolvimento e à inte-gração do Sistema Nacional de Educação em um regime de colaboração que venha a garantir o desenvolvimento da educação nos seus diversos níveis, etapas e modalidades, por meio de ações unificadas dos poderes públicos. O novo Plano apresenta um conjunto de instruções relacionadas à melhoria da qualidade da educação, à erradicação do analfabetismo, à universalização do ensino básico, ao aumento da oferta de vagas em escolas de tempo integral, à valorização dos profis-sionais da educação, a financiamento público e a uma gestão democrática.

Os entes federados devem discutir e elaborar e/ou adequar os próprios planos, usando como documento norteador as diretrizes, metas e estratégias previstas no Plano Nacional de Educação 2014-2024. O Plano Municipal de Educação deve ser elaborado ou adequado em completa harmonia com o Plano Estadual e com o Plano Nacional de Educação, mas de-vem ser levadas em consideração a autonomia e a identidade de cada município.

O Plano é um documento com força de lei, que define metas educacionais para o município durante os próximos dez anos. Não se trata de um plano da rede municipal de ensino, mas, sim, de um plano municipal de educação. É um importante instrumento de política pública da área e incor-pora o conjunto do atendimento educacional do município, abrangendo a rede municipal, a rede estadual, a rede federal e todas as instituições privadas que atuam nos diferentes níveis, etapas e modalidades de ensino, da creche à universidade, dentro do território municipal.

O município tem o prazo de até um ano, contado a partir da data de publicação do Plano Nacional, para construir e aprovar a Lei do Plano Municipal de Educação, que deve ser elaborado a partir de um diagnóstico da situação educacional local, aí incluí-das as demandas e necessidades que deverão ser identificadas e levantadas por um grupo de representantes de todos os setores participativos e envolvidos com a educação municipal.

O PME também deve ser elaborado e/ou adequado de for-ma a permitir o cumprimento das metas propostas, e, para isso, os demais instrumentos de planejamento do município – Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) – deverão estar inte-grados e interligados ao plano decenal de educação municipal.

O planejamento é o ato de traçar o caminho a ser trilhado para o alcance de um objetivo macro. O Plano Municipal de Educação consiste em importante ferramenta de gestão e ad-ministração, que deve ser construído de forma democrática, dialogando com todos os segmentos educacionais, sociais e governamentais do município, num processo participativo e articulado, que represente o consenso a partir do envolvi-mento de toda a sociedade em torno de uma política muni-cipal de educação.

Os desafios para que os entes federativos façam seu pla-nejamento são inúmeros, mas talvez o maior deles seja a in-definição da participação desses mesmos entes nas fontes de financiamento permanentes e sustentáveis, como a ampliação do investimento do Produto Interno Bruto (PIB), os 75% dos royalties do petróleo obtidos na exploração do pré-sal, assim como a implementação do Custo Aluno Qualidade Inicial e Custo Aluno Qualidade.

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ARTIGO

alesandra marx assessora do Departamento de Educação da amm

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Tenho identificado, na minha estrada de terapias e pales-tras, pessoas sem comprometimento e pessoas que se julgam incapazes ou que apresentam algum tipo de bloqueio na área da confiança. Sempre inseguras, não se atiram em novos de-safios, não se arriscam a realizar novos projetos.

Acuadas, apáticas e quase sempre inertes, vivem os dias de forma mecânica, fazendo tudo sempre igual, com medo de inovar e de tentar um jeito diferente de atuar, agir, interagir. A insegurança anula suas novas atitudes, anseios, projeções. Ainda na lista da estagnação, observo as pessoas negativas, sempre voltadas para a descrença em si mesmas e no grupo que atuam. Não dialogam com facilidade e são sempre ranzin-zas, mal-humoradas e céticas.

Se observarmos, todas essas situações: a falta de com-prometimento, a insegurança e a negatividade, percebemos que, mesmo parecendo em pequeno número, já fazem um grande estrago no cotidiano de qualquer corporação, pois acabam influenciando companheiros de equipe e gerando improdutividade.

O que falta a muitos que estão no plano dos desafios di-ários é a compreensão sobre si mesmos, com coragem e clareza absoluta sobre suas necessidades, para que possam entender que não há como conquistar qualquer tipo de transformação sem autoaceitação, sem se entenderem como um ser em construção, que a cada novo ciclo da vida precisa rever conceitos para, assim, determinar novos olhares, com-portamentos, quebrando antigos paradigmas e assumindo novas maneiras de pensar e atuar.

Diante dessas questões, encontramos pessoas que se en-carceram nesses sequestros, nesses quadros autolimitantes. Enquanto não se permitirem identificar as causas que as le-varam a construir certas crenças, não conseguirão atintir no-vas metas. É como se estivessem correndo rumo ao sucesso, contudo amarradas pela cintura com um grande elástico que permite seu distanciamento só até um determinado ponto, de onde não conseguem mais seguir em frente. São esses bloqueios emocionais que as fazem retornar a um ciclo que não foi encerrado ou compreendido, para que, ressignificado, possa libertá-las para novas oportunidades.

Isso significa que todos precisam ser sinceros consigo mes-mos, evitando o autoengano, permitindo o conhecimento do próprio perfil e do momento psicológico, para, então, sair em busca das ferramentas e dos profissionais que irão ajudar na

compreensão dos episódios que os limitam, desbloqueando crenças. Após esse trabalho, sem dúvida, qualquer profissional terá a chance de realizar a autoconquista, fazendo emergir um indivíduo autoconsciente, sempre em busca do aprimora-mento, comprometido consigo mesmo e procurando opor-tunidades para se auto-observar diante dos estímulos diários, intrínsecos e extrínsecos, tornando-se um ser pleno, conec-tado consigo e com o mundo.

A minha sugestão é: Permita-se realizar seu mergulho in-terno todos os dias, evitando fugas que o leve ao engano e à incompreensão. Quando decidimos decifrar nossos porquês, enfrentaremos qualquer como! E como diz Jim Rohn: “Não importa o que acontece, o que importa é a sua reação ao que acontece”, não fique aí estagnado, busque ressignificar seus bloqueios emocionais e suas crenças limitantes.

ConhECEnDo a si mEsmo

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osvaldo argollo

Psicólogo, palestrante e coach pela GCC-Global Coaching Comnunity (alemanha), ECa-European Coaching association (alemanha/ suiça), iCi - international association of

Coaching institutes (Eua) e metaforum internacional (itália / alemanha), Grupo ver; atua pelo brasil com a Palestra

‘o sucesso é vencer a si mesmo’

ARTIGO

NOTÍCIAS DAS GERAIS . SETEMBRO DE 2014 37

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por Clóvis de Barros FilhoCOLUNA - ÉTICA E COMUNICAÇÃO

Clóvis de barros FilhoProfessor livre-docente da Escola de Comunicações e artes da usP

Como atRibuiR vaLoR às Coisas?Se o leitor refl etir um pouco verá que não faz nada sem

supor o quanto as coisas valem. Assim, com que roupa eu vou ao samba que você me convidou? Meio de transpor-te coletivo, próprio, táxi? Sozinho ou com alguém? Uma boquinha antes? Os exemplos de ações que requerem dis-cernir o valor disto ou daquilo vão ao infi nito.

Nas minhas aulas quando falo de valor costumo partir de um exemplo familiar aos alunos: a prova. Procedimento entre outros possíveis de avaliação. Com efeito, é preciso atribuir-lhes uma nota para que possam ou não ser apro-vados. Sempre me intrigou que um aluno qualquer que compareceu durante todo o semestre, participou das au-las, manifestou-se, ganhou repertório, conservou lacunas possa ter uma avaliação traduzida em um único número entre zero e dez. Sete, por exemplo.

Ora, o que efetivamente aconteceu? Bem, foi aplicada uma prova. Fica estabelecido por um acordo tácito que as questões que compõem essa prova e suas respostas são representativas de toda a performance do aluno. Realizada a prova, o professor faz a correção. Em que consiste esse procedimento? Em verifi car – de forma mais ou menos rigorosa – a equivalência entre as respostas dadas pelo aluno e aquelas consideradas corretas pelo docente. Por-tanto, a nota do aluno resulta de uma comparação com uma prova de referência. O gabarito da prova.

Será que para atribuir valor a outras coisas - diferen-tes de uma prova - realizamos procedimento semelhante? Será que todo valor pressupõe uma comparação com al-guma referência considerada nota dez? Imagine que você esteja mobiliando um apartamento para onde pretende se mudar. Você precisa de uma mesa de jantar. São várias as possibilidades. Para escolher uma, você precisa atribuir va-lor a todas que se apresentam como compráveis. Será que acontece com a mesa de jantar o mesmo que aconteceu com a prova do aluno? Será que o seu valor tem a ver com a comparação que possamos fazer com a mesa nota dez ou com um gabarito de mesa?

Caso você concorde que para atribuir valor ao que quer que seja – artefato, obra de arte, conduta humana, paisa-gem, corpos – tem que compará-la com uma referência considerada nota dez, terá que enfrentar novas difi culda-des: essa referência já existe em algum lugar e nos toca encontrá-la? Se já existe, onde se encontra? Como fazer

para chegar até ela? Qual o caminho ou procedimento? Essa referência é só uma ideia ou perambula pelo mundo dos corpos? E se essa referência não existir em lugar ne-nhum? Neste caso, teríamos que fabricá-la?

Estas difi culdades se apresentam em qualquer situação que dependa das nossas escolhas. Sem referência, como escolher? E como se tudo isso não bastasse, ante uma re-ferência qualquer sugerida por alguém, como ter certeza de que essa é a nota dez. Afi nal, não faltarão aqueles que têm interesses relacionados à nossa escolha. Que querem infl uenciá-la. Como um vendedor. Que sempre tem uma re-ferência muito parecida com o produto que precisa vender.

Por isso, é preciso alertar o leitor. Vastas são as abor-dagens possíveis. O valor das coisas pode ter a ver com a maneira como se compunha o universo, a sua harmonia com o resto; com a alegria que desperta em quem as en-contra; com verdades absolutas, ideias perfeitas; com algu-ma transformação social que se pretenda alcançar; com o grupo social a que se pertença; com o nível de oferta e de demanda etc. E assim os valores também se deixam cate-gorizar em função das suas referências. Logo, haverá quem fale em valor cósmico, valor afetivo, valor econômico etc. Espero que você, caro leitor, pense em tudo isso da próxi-ma vez que tiver de atribuir valor a alguma coisa.

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NOTÍCIAS DAS GERAIS . SETEMBRO DE 201438

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DIA 01 FISCAPInício do prazo de envio das informa-ções relativas ao mês de setembro de 2014. SICOMACOMPANHAMENTO MENSAL Início do prazo de envio das informações relativas ao mês de setembro de 2014.

DIA 10 FISCAPÚltimo dia para envio das informações relativas ao mês de junho de 2014 (art. 3º, caput da INTC n. 03/2011, com redação dada pelo art.1° da INTC n. 05/13).

SICOMACOMPANHAMENTO MENSAL Ultimo dia para envio das informações re-lativas ao mês deagosto de 2014 (art. 5º, caput da IN TC n. 10/2011).

Dia 15 Último dia para o envio ao TCE, da cópia do Relatório Resumido da Exe-cução Orçamentária – RREO do 4º bimestre do exercício, em formato eletrônico (SIACE/LRF), identificado como “RREO” (arts. 52 e 53 da LRF, Portaria 471/2000 da STN, com suas alterações).

Último dia para envio ao TCE, da cópia do Relatório de Gestão Fis-cal – RGF do 2º quadrimestre do exercício, para municípios com mais de 50.000 habitantes e municípios não optantes pelo envio semestral, em formato eletrônico (SIACE/LRF), identificado como “RGF” (arts. 54 e 55 da LRF, Portaria 471/2000 da STN com suas alterações).

DIA 20 Último dia para repasse dos recursos financeiros correspondentes às dota-ções orçamentárias da Câmara Muni-cipal (art. 29-A, § 2º, inciso II c/c art. 168 da Constituição Federal).

CaLEnDáRio ContábiL outubRo DE 2014

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