o monge e o executivo

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL UNIDADE DE MONTENEGRO CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA PATRICK DA COSTA SILVA RESENHA CRÍITICA SOBRE O MONGE E O EXECUTIVO: UMA HISTÓRIA SOBRE A ESSÊNCIA DA LIDERANÇA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL

UNIDADE DE MONTENEGRO

CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA

PATRICK DA COSTA SILVA

RESENHA CRÍITICA SOBRE O MONGE E O EXECUTIVO: UMA

HISTÓRIA SOBRE A ESSÊNCIA DA LIDERANÇA

MONTENEGRO

2012

RESENHA

O Monge e o Executivo: uma história sobre a essência da liderança é um livro que

vem conquistando muitos leitores. Desde seus primeiros capítulos ele prende nossa

atenção, pois é escrito de uma forma envolvente. Além disso, o livro faz com que os

leitores reflitam sobre suas ações e decisões, ensinando-lhes algumas lições de como

melhorar sua própria vida.

O livro começa relatando a vida do protagonista John Daily. Um homem casado,

com dois filhos e executivo de uma empresa. Porém, John estava passando por muitas

dificuldades, tanto em sua vida pessoal, quanto em sua vida profissional.

O protagonista, ainda no começo do livro, tinha um sonho na qual um estranho o

falava: “Ache Simeão e ouça-o”. Isso talvez fosse a resposta e resolução para seus

problemas.

Recomendado pela sua esposa Rachel, John foi passar uma semana em um

mosteiro para colocar sua vida em ordem. Nesse ponto que a história começa a dar

sentido ao subtítulo do livro. Lá no mosteiro ele conhece então Len Hoffman – um ex-

executivo de uma das maiores empresas dos Estados Unidos – que havia recebido o

nome de Simeão pelo reitor do mosteiro. A partir daí, Simeão é o responsável pela

aventura de John e outros cinco personagens.

Os ensinamentos que Simeão passa é focado em como liderar, ou seja, como ser

um bom líder. Primeiramente ele foca em dois assuntos que seguem ao longo do livro:

poder e autoridade. Segundo ele poder é forçar alguém a fazer algo por causa de sua

posição ou força. “Faça isso senão”. Alguns exemplos básicos que podemos dar, e que

acontece muito entre pais e filhos atualmente, são: “Faça o que eu mando ou senão vou

tirar o seu vídeo-game” ou então “Se não fazer tal coisa vou cortar a internet”. Já a

autoridade, simplifica-se na habilidade de levar as pessoas a fazerem algo de boa

vontade, através da influência. Como por exemplo, entre amigos: “Vou emprestar este

livro para meu amigo porque ele me pediu”. Ou então entre aluno e professor: “Vou

ajudar o professor porque ele me pediu”.

Segundo o autor, para liderar devemos servir, mas no sentido de satisfazer as

necessidades dos liderados. Isso talvez seja fundamental em uma empresa de grande

porte. Se o líder não oferecer o que seus funcionários precisam para seu trabalho, isso

pode causar uma desestruturação na empresa. A frase “Para liderar, você deve servir” é

muito polêmica, mas o sentido na qual o autor da à ela, faz com que o leitor pense a seu

favor.

Com isso, surgiu a discussão sobre a diferenciação entre vontade e necessidade. O

autor passa aos leitores que vontade é um anseio que não considera as conseqüências do

que se deseja e necessidade é uma exigência física ou psicológica para o bem-estar. Por

exemplo, muitos funcionários têm vontade de ter um aumento, mas todos têm uma

necessidade de trabalhar com segurança.

Outro grande assunto abordado no livro é a mensagem que passamos à pessoa

quando a interrompemos. Ou seja, se interrompemos uma pessoa significa que não

estamos valorizando sua opinião. Mesmo em uma discussão, onde a maioria das pessoas

interrompe em forma de defesa, o certo seria deixar a outra pessoa terminar de falar para

depois colocar a sua opinião, em respeito à pessoa.

É interessante o modo na qual o autor cita os paradigmas no livro. Ele o coloca

como forma piramidal de administração. Além disso, o personagem Simeão explica

como os paradigmas podem até ser valiosos ou perigosos. Segundo James Hunter,

paradigma são padrões psicológicos ou modelos que usamos para navegar na vida. A

formação do mesmo ocorre pela crença da sociedade. Uma maneira de mudar os

paradigmas é desafiando eles, ou seja, repensando nossa posição na idéia que ele passa.

Muitos deles já foram mudados, como cita Simeão: gerenciamento (velho paradigma),

liderança (novo paradigma).

Sentimentos, segundo Simeão, influenciam no comportamento e o

comportamento pode influenciar na forma de liderança. Ele cita também – quando fala

de amor e liderança – o amor agapé, ou seja, não em forma de sentimento, mas de

comportamento. Entre o amor agapé ele cita alguns comportamentos, como: paciência,

bondade, humildade, respeito, abnegação, perdão, honestidade e compromisso. Depois

disso ele explica como eles podem ajudar na liderança.

A paciência foi definida como: mostrar autocontrole. Não se deve punir a pessoa,

e sim corrigi-la, ou seja, dar chance à ela.

A bondade foi definida como: dar atenção, apreciação, incentivo. Apreciar um

bom trabalho de um funcionário e incentivá-lo é importante em uma empresa

atualmente, pois assim ele terá seu trabalho reconhecido e cada vez mais tentará fazer

melhor.

A humildade foi definida como: ser autêntico, sem pretensão, orgulho ou

arrogância. A humildade é uma das principais responsáveis pela relação entre líderes e

liderados hoje em dia. A arrogância e o orgulho são os que mais podem atrapalhar essa

relação.

O respeito foi definido como: tratar as pessoas como se fossem importantes. Essa

definição, explicada pelo autor, não ficou de forma tão satisfatória como as outras.

Talvez não devêssemos tratar as pessoas como se fossem importantes, e sim tratá-las

com educação.

A abnegação foi definida como: satisfazer a necessidade dos outros. Ou seja, o

que ele já havia citado antes no livro. Satisfazer o empregado, para assim ele satisfazer

o cliente.

O perdão foi definido como: desistir de ressentimento quando enganado. Assim

como a paciência o perdão também é uma forma de dar uma chance à pessoa, mas claro,

com certos limites.

A honestidade foi definida como: ser livre de engano. Isso talvez seja a qualidade

que a maioria das pessoas esperam de seu líder, seja ele chefe, pai, mãe. Para uma boa

relação entre pessoas, a honestidade é uma qualidade que deve estar sempre presente.

O compromisso foi definido como: ater-se às suas escolhas. Segundo o que

Simeão diz ao seu grupo, “compromisso é provavelmente o comportamento mais

importantes de todos”. Saber cumprir os comprometimentos feitos na vida.

Após isso foram concluídos os resultados (serviço e sacrifício): Por de lado suas

vontades e necessidades; buscar o maior bem para os outros. Isso resume como se deve

comportar um líder.

Uma frase, já muito conhecida, abordada pelo autor é: “A vida é feita de

escolhas”. Todas as decisões que tomamos na vida requerem uma escolha. O fato de o

autor ressaltar isso no livro é importante, pois o líder também precisa tomar muitas

decisões.

Um exemplo de liderança dado pelo autor é o de administração de Jesus. Segundo

ele Jesus liderou sem poder, ou seja, só pela autoridade. Foi um líder que amava (no

sentido de comportamento) as pessoas e se sacrificou por elas.

No ultimo dia de John no mosteiro, Simeão pergunta a ele qual foi a coisa mais

importante que ele aprendeu na semana. John falou que aprendeu algo relacionado ao

verbo amar. Assim é iniciado o capítulo cujo título é “A Recompensa”. John estava

aprendendo os ensinamentos que Simeão estava passando a ele. Amar não é apenas um

sentimento, é também um comportamento. E, além disso, não devemos apenas amar só

as pessoas na qual lideramos e sim a todos.

O Monge e o Executivo certamente é um livro muito recomendado por quem já o

leu. Os ensinamentos passados pelo autor James Hunter não só servem para a vida

profissional, como para a vida pessoal. Não apenas ensina como ser um líder, como

ensina também como se relacionar com as pessoas.