o papel da economia na gestão ambiental
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O PAPEL DA ECONOMIA NA GESTÃO
AMBIENTAL
Economia Ambiental
THOMAS, J.M;CALLAN, S.J.
Cap.2
O PAPEL DA ECONOMIA NA GESTÃO AMBIENTAL
• Séc XXI – Desafio de proteger e preservar os recursos versus desenvolver economicamente;
• Avanço tecnológico pós Revolução Industrial – avanço no estilo de vida e degradação ambiental
trade-off entre qualidade ambiental e desenvolvimento econômico
• É necessário entender a relação crítica entre atividade econômica e natureza
O PAPEL DA ECONOMIA NA GESTÃO AMBIENTAL
• Trade-offs entre bens ambientais e desenvolvimento econômico
• ...temos que decidir qual nível de qualidade ambiental é aceitável e então fazermos as adequações apropriadas ao comportamento de mercado para sustentar esta qualidade, a medida que continuamos a nos desenvolver como sociedade.
Contribuição da economia – fornecer
ferramentas analíticas que ajudem as
interações entre mercado e meio
ambiente, as implicações dessas relações e
oportunidades de soluções efetivas.
ECONOMIA E MEIO AMBIENTE
• Teoria econômica- explicar de forma lógica o que se observa na vida real
• Teoria microeconômica – análise do comportamento de consumidores e empresas, podendo ser utilizada para analisar os problemas ambientais.
• Ex. Origem dos problemas de poluição ou esgotamento dos recursos naturais –
... Consumo e produção utilizam-se dos recursos naturais fornecidos pelo planeta. (...)ambas as
atividades geram subprodutos que podem contaminar o meio ambiente. Isso significa que as decisões
fundamentais que orientam uma atividade econômica estão diretamente conectadas aos problemas
ambientais
MODELO DE FLUXO CIRCULAR
• Figura
• Fluxo real e monetário
• Volume de atividades e tamanho do fluxo são influenciados por fatores como o crescimento demográfico, mudança tecnológica, produtividade da mão de obra, acúmulo de capital, e fenômenos naturais.
• Mostra o funcionamento básico de um sistema econômico e as relações de mercado entre famílias e empresas.
• Crítica – o modelo não mostra a ligação entre atividade econômica e meio ambiente, devendo ser expandido.
MODELO DE BALANÇO DE MATERIAIS
• Modelo de Balanço de Materiais-
• Tentar mostrar as conexões entre a tomada de decisão econômica e o meio natural.
• Fluxo de Recursos que se desloca do meio ambiente para a economia, através das famílias – as famílias são donas de todos os fatores de produção, inclusive dos recursos naturais. O fluxo descreve como a atividade econômica explora o estoque de recursos naturais do planeta, como solo, minerais e água.
FLUXO DE RESÍDUOS: ECONOMIA AMBIENTAL
• Fluxo de resíduos da economia para o meio ambiente – fluxo ilustra como as matérias –primas retornam a natureza na forma de subprodutos ou resíduos.
• Ex. Gases absorvidos ou não pela natureza, resíduos líquidos, (água residuais),etc.
• Resíduos são oriundos das atividades de consumo e produção
• Obs: é possível atrasar, mas não evitar o lançamento de resíduos de volta ao meio ambiente – recuperação, reciclagem e reutilização.
FLUXO DE RESÍDUOS – ECONOMIA AMBIENTAL
• Fluxos internos – Resíduos recuperados, reciclados ou
reutilizados.
• Reflexões sobre o fluxo
1. Primeira lei da termodinâmica –matéria e energia não
poderiam ser criadas ou destruídas- implica que, no
longo prazo, fluxo de materiais e energia extraídos da
natureza, em forma de consumo e produção, deve ser
igual ao fluxo de resíduos gerados por estas atividades
de volta para o ecossistema.
Obs: Resíduos podem advir do descarte de materiais ou
da transformação de mercadorias posteriormente
consumidas
2. Segunda lei da termodinâmica – a
capacidade da natureza para converter
matéria em energia não é ilimitado.
Durante a conversão de energia, parte dela
se torna inutilizável.Assim, o processo
fundamental do qual depende a atividade
econômica é finito.
• Consequência das leis:
• ``...Primeiro, precisamos reconhecer que todo
e qualquer recurso transformado pela
atividade econômica termina como resíduo e
tem potencial para degradar o meio ambiente.
O processo pode ser retardado por meio da
recuperação de materiais, mas não
interrompido. A habilidade da natureza em
converter recursos em outras formas de matéria
e energia é limitada.``
CONCEITO FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA
AMBIENTAL
Economia Ambiental – preocupada em
identificar o problema dos danos
ambientais (ou da poluição) associados ao
fluxo de resíduos.
Poluição- presença de matéria ou energia
cujas natureza, localização ou quantidade
causam efeitos negativos ao meio ambiente.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS NA ECONOMIA
AMBIENTAL
1. Causas de Danos Ambientais
Poluentes Naturais- processos não artificiais da natureza.Ex. Partículas de erupções vulcânicas;
Poluentes Antropogênicos - são introduzidos pelo homem e incluem todos os resíduos associados ao consumo e a produção. Ex.combustão e resíduos químicos da indústria
CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM ECONOMIA
AMBIENTAL
2. Fontes de Danos Ambientais –
Diversidade de fonte de poluição- categorias
amplas.
Mobilidade – Fonte estacionária ou móvel
Identificabilidade – Fonte pontual ou não -
pontual
FONTES DE POLUIÇÃO
FONTES AGRUPADAS
POR
MOBILIDADE
Tipo Descrição Exemplos
Estacionária Uma fonte de poluição
localizada em um local fixo
Usinas termoelétricas que
queimam carvão, unidades
de produção industrial
Móvel Qualquer fonte não
estacionária de poluição
FONTES AGRUPADAS POR IDENTIFICABILIDADE
Pontual Qualquer fonte individual de
onde são liberados poluentes
Chaminé de fábrica, cano de
esgoto, navio
Não-pontual Uma fonte que não pode ser
precisamente identificada e
degrada o meio ambiente de
forma difusa e indireta sobre
extensa superfície
Deflúvios superficial agrícola
e urbano
EXTENSÃO DO DANO AMBIENTAL
Extensão do dano ambiental – pode variar
consideravelmente – observação crucial para
formulação de política
Classificação de acordeo com o impacto
geográfico – local, regional ou global.
1. Poluição Local
Poluição reduzida a uma única
comunidade.Pode causar riscos a
sociedade e ser de difícil controle.
Ex. smog urbano - Pequim, Cidade do México
Ex. Poluição com resíduos sólidos – (como
chumbo e mercúrio, podendo contaminar
solo e mananciais de água – medidas de
gestão e esforços para reduzir o montante
de resíduos gerados.
Figura
EXTENSÃO DO DANO AMBIENTAL
2. Poluição regional
Caracteriza-se por se distanciar da fonte
geradora
Ex . Deposição ácida ou chuva ácida, sendo
que emissões de componentes perigosos
são distribuídos por centenas de quilômetros
das fontes geradoras.
EXTENSÃO DO DANO AMBIENTAL
3. Poluição Global
Efeitos extensos, difíceis de controlar por
terem riscos distribuídos e necessidade de
cooperação internacional.
Ex. Aquecimento global, redução da camada
de ozônio.
IDENTIFICANDO OBJETIVOS AMBIENTAIS
Processo de articulação para definição de
especificidades e trade-offs decorrentes das
metas.
Ex. Protocolo de Kyoto
Objetivo global – qualidade ambiental,
desenvolvimento sustentável e
biodiversidade
IDENTIFICANDO OS OBJETIVOS AMBIENTAIS
1. Qualidade Ambiental
- Qualidade Ambiental sinônimo de ar, água e
solo limpos.
- Problema – quão limpos?
- Dificuldade de ausência total de poluição
(``impossível``). Poluentes naturais e
antropogênicos).
...a ausência de todos os poluentes
antropogênicos poderia ser alcançada
apenas se houvesse a proibição de
praticamente todos os bens e serviços que
caracterizam o modo moderno de viver. Isto
significa que uma percepção mais racional
sobre a qualidade ambiental é o que
representa uma redução da contaminação
antropogênica para um nível que seja
aceitável pela sociedade.
Nível distinto para diferentes contaminantes.
Fatores para diagnóstico de qualidade
ambiental – ganhos para saúde e
ecossistema, despesas para redução de
contaminação, disponibilidade de tecnologia
e risco relativo de desastre ambiental.
Consciência da sociedade para efeitos do
desenvolvimento econômico.
OBJETIVOS AMBIENTAIS
2. Desenvolvimento sustentável –
Crescimento econômico – aumento do PIB;
Desenvolvimento sustentável – equilíbrio
apropriado entre crescimento econômico e
preservação dos recursos naturais. Busca-se
gerir os recursos de forma a garantir
abundância e qualidade.
Ex. Reuniões e conferências internacionais
–discutem compromissos e metas
ambientais para países.
OBJETIVOS AMBIENTAIS
3. Biodiversidade –Variedade de diferentes
espécies, sua variabilidade genética e
variedade dos ecossitemas.
... A maior ameaça a biodiversidade, (...) é a
destruição do hábitat natural, que afeta
ecossistemas inteiros. Crescimento da população e
desenvolvimento econômico são os primeiros
responsáveis por esta destruição, na qual esta
incluída a derrubada d florestas tropicais e a sua
conversão para usos alternativos.
PLANEJAMENTO AMBIENTAL
Planejamento de políticas ambientais –
diferentes segmentos da sociedade –
agências governamentais; indústria privada;
comunidade científica e ambientalistas.
Análise de risco : avaliação de riscos e
gestão de riscos.
Avaliação de riscos – avaliações do risco
relativo a saúde e natureza advindos de um
perigo ambiental ;
Avalia-se se existe relação causal entre o
perigo identificado e os efeitos ecológicos a
saúde humana;
A avaliação de riscos pode sinalizar a
necessidade ou não de ação política.
PLANEJAMENTO EM POLÍTICA AMBIENTAL
Gestão de riscos – escolher um instrumento
de política que reduza os riscos de danos à
sociedade.
Exemplos de instrumentos de controle:
imposição legal de limites para emissão de
poluentes; taxação de produtos geradores
de poluição.
Métodos de avaliação – ainda não óbvios.
CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS
Baseados em medidas de riscos, custos ou
benefícios.
Critérios - Eficiência alocativa e custo-
efetividade
1. Eficiência alocativa – requer que os
recursos sejam alocados à medida que os
benefícios adicionais a sociedade se igualem
aos custos adicionais;
2. Custo- efetividade – requer que a menor
quantidade possível de recursos seja
utilizada para se alcançar um objetivo.
Prática – escolha de critérios determinada
por lei
Justiça ambiental – equidade ambiental –
considerar justa ou não a ideia de um risco
cruzar regiões geográficas ou camadas da
população.
POLÍTICAS - TIPO
Abordagem de comando-e-controle – uma
política que regulamenta poluidores
diretamente por meio da imposição de
regras ou padrões que ajustam uma
quantidade máxima de resíduos a liberar,
bem como adoção de tecnologias redutoras
de poluição.
Ex.Determinação da utilização de filtros em
chaminés das unidades produtivas; cotas
para extração de recursos naturais.
Abordagem de mercado – baseada em
incentivos, visando encorajar práticas
de conservação ou estratégias de
redução de poluição.
Ex. Empréstimos subsidiados para
agentes poluidores que melhoram seu
desempenho ambiental; taxas sobre a
liberação de poluentes;
Ex. Princípio do poluidor-pagador –
taxação por unidades de emissão-
empresas que maximizam lucro
DEFINIÇÃO DO HORIZONTE TEMPORAL
Estratégias de gestão –métodos que focam
os problemas ambientais existentes e
objetivam reduzir danos originados do fluxo
de resíduos. Políticas de curto prazo.
Prevenção contra poluição – Uma estratégia
de longo prazo com a finalidade de reduzir a
quantidade ou toxicidade dos resíduos
liberados na natureza. Ex. modificação de
matriz energética para energias menos
poluentes.