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O Papel do Plural Sourcing na decisão Make-or-Buy
Abílio Paulo Pinto Torres da Cunha
Dissertação
Mestrado em Economia
Orientado por
Prof. Hélder Manuel Valente da Silva
2019
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Resumo
Plural sourcing é uma forma de administração em que uma empresa, simultaneamente, produz
e compra bens ou serviços similares. Existem evidências na literatura da utilização do plural
sourcing por diversas empresas, no entanto poucos estudos de sourcing se concentraram neste
fenómeno. A Lego e a Toyota são dois exemplos de empresas que já praticaram o plural
sourcing que serão explorados neste trabalho. Assim, através da análise bibliométrica, este
trabalho tem como objetivo compilar a informação existente e explorar a evolução do tema
ao longo do tempo. O estudo bibliométrico tem como base os artigos publicados nas bases
de dados Scopus e Web of Science. Este estudo sumariza o estado atual do tema plural sourcing,
averiguando as eventuais falhas e potenciais direções de investigação.
Códigos JEL: D20; L14; L20
Palavras-chave: plural sourcing; make-or-buy decision; sourcing estratégico; estrutura
administrativa; limites da empresa
ii
Abstract
Plural sourcing is a form of administration in which a company simultaneously produces and
buys similar goods or services. There is evidence in the literature of the use of plural sourcing
by various companies, however few sourcing studies have focused on this phenomenon.
Lego and Toyota are two examples of companies that have practiced plural sourcing that will
be explored in this paper. Thus, this work, through bibliometric analysis, aims to compile
existing information and explore the evolution of the theme over time. The bibliometric
study is based on articles published in the Scopus and Web of Science databases. This study
summarizes the current state of the plural sourcing theme, investigating eventual failures and
potential research directions.
JEL-Codes: D20; L14; L20
Keywords: plural sourcing; make-or-buy decision; strategic sourcing; governance structure; firm boundaries
iii
Índice
1. Introdução .................................................................................................................................. 1
2. Plural Sourcing: Revisão de Literatura ....................................................................................... 3
2.1. Definição e Evolução de Plural Sourcing ......................................................................... 3
2.2. Abordagens Económicas sobre o Plural Sourcing .......................................................... 5
2.2.1. Teoria dos Custos de Transação ................................................................................. 6
2.2.2. Teoria da Agência ......................................................................................................... 8
2.2.3. Teoria Baseada em Recursos ..................................................................................... 10
2.2.4. Teoria Baseada no Conhecimento ........................................................................... 11
2.2.5. Economia Neoclássica ............................................................................................... 12
2.2.6. Complementaridades e Restrições............................................................................ 13
2.2.7. Síntese ........................................................................................................................... 14
2.3. Papel do Plural sourcing na Decisão Make-or-Buy .......................................................... 15
3. Metodologia ............................................................................................................................. 19
3.1. Metodologia de Análise: Bibliometria .......................................................................... 19
3.1.1. Introdução ............................................................................................................... 19
3.1.2. Origem do Termo Bibliometria ............................................................................ 19
3.1.3. Evolução da Bibliometria ...................................................................................... 20
3.2. Passos para a Realização da Bibliometria .................................................................... 21
3.3. Análise Bibliométrica neste Trabalho .......................................................................... 23
3.3.1. Web of Science ............................................................................................................ 23
3.3.2. Scopus ......................................................................................................................... 24
3.3.3. Aquisição de Dados e Identificação da Amostra ............................................... 24
4. Resultados................................................................................................................................. 27
4.1. Análise Temporal ............................................................................................................ 27
4.2. Análise por Autores ........................................................................................................ 28
iv
4.3. Análise por Revistas ........................................................................................................ 30
4.4. Análise por Número de Citações .................................................................................. 31
5. Conclusão ................................................................................................................................. 33
Referências Bibliográficas ............................................................................................................... 35
v
Índice de Tabelas e Figuras
Figura 1 - Artigos publicados em cada período .......................................................................... 28
Tabela 1 - Número de artigos publicados por autor .................................................................. 29
Figura 2 - Distribuição dos artigos publicados pelas revistas científicas ................................. 30
Figura 3 - Número de citações por artigo .................................................................................... 32
1
1. Introdução
Fazer internamente ou comprar a um fornecedor? Esta é uma questão estratégica que muitos
gestores de empresas de todas as áreas têm vindo questionar-se ao longo do tempo (Medina
Serrano et al., 2018). Por um lado, a internalização exige que as empresas comprometam
recursos, o que pode limitar a flexibilidade estratégica. Por outro, a internalização pode ser
necessária para uma produção mais eficiente. A complexidade destas decisões de limites foi
intensificada nos últimos anos, estimulada pelo aumento das pressões competitivas, pela
rapidez das mudanças tecnológicas e pela dispersão de conhecimento entre diferentes
organizações e mercados (Holcomb e Hitt, 2007). Neste sentido, gestores e decision makers
pretendem saber que fatores podem influenciar a decisão de uma empresa de comprar um
bem ou serviço específico em vez de produzi-lo e quais os fatores relevantes a ser avaliados
para garantir que a decisão correta seja tomada, evitando assim problemas futuros e custos
extras (Medina Serrano et al., 2018).
Apesar de décadas de pesquisas sobre as teorias da empresa, ainda não existe unanimidade
sobre a questão fundamental de como as empresas determinam os seus limites. As empresas
criam os seus limites por meio de decisões de compra, escolhendo quais os bens a produzir
e quais os bens a comprar; portanto, a maioria das teorias da empresa vê a decisão de sourcing
como uma escolha dicotómica: fazer ou comprar (Parmigiani, 2007). No entanto, pesquisas
recentes começaram a explorar a possibilidade de as empresas combinarem modos de
administração para responder melhor a um ambiente em rápida mutação e aumentar os
requisitos de conhecimento e desempenho, um fenómeno denominado na literatura como
plural, dual, ou concurrent sourcing, tapered integration, make-and-buy, ou parallel sourcing (Krzeminska
et al., 2013). Neste trabalho será denominado de plural sourcing. Plural sourcing é uma forma de
administração em que uma determinada empresa produz e compra o mesmo bem ou serviço
(Parmigiani, 2007).
Vários investigadores documentaram a existência de plural sourcing (por exemplo Heide, 2003;
Parmigiani, 2007). Num estudo sobre as estratégias de sourcing das empresas industriais do
sudeste dos EUA, Heriot e Kulkarni (2001) descobriram que 121 das 211 empresas haviam
escolhido plural sourcing. Ahmadjian e Lincoln (2001) descreveram como a Toyota optou por
produzir alguns dos seus requisitos de componentes eletrónicos, enquanto usava,
simultaneamente, a Denso como um fornecedor dos mesmos componentes. Heide (2003)
2
estudou as relações de compra entre os produtores de equipamentos e os seus fornecedores
de componentes, e ele relatou que 31% das empresas da sua amostra dependiam do plural
sourcing. Mais recentemente, Parmigiani (2007) classificou 28% das observações do seu
conjunto de dados como plural sourcing. Observações empíricas também mostram que muitos
governos locais fazem e compram o mesmo serviço (Warner e Hefetz, 2008). Apesar destas
evidências, o plural sourcing recebeu pouca atenção académica na literatura (Parmigiani, 2007),
havendo uma maior concentração no dilema make-or-buy, limitando-o às duas escolhas
tradicionais make e buy.
Neste sentido, surge esta dissertação que visa explorar o tema plural sourcing. O objetivo passa
por explorar um tema que não tem tido muito impacto na literatura, compilando a
informação existente, através de uma análise bibliométrica, explicando o motivo de poder
apresentar como uma escolha útil no contexto do problema make-or-buy decision apresentado
aos gestores ou decision makers das empresas, aumentando assim o “leque” de respostas
possíveis para que os decisores possam tomar uma melhor opção de acordo com as
características de cada empresa.
A dissertação será dividida em 4 partes. Na primeira parte, será realizada uma breve revisão
de literatura com a evolução ao longo do tempo do tema em questão, sendo explorado as
diferentes vertentes defendidas pelos autores ao longo dos anos. Na segunda parte, será
explorado de que forma as abordagens económicas existentes explicam a existência do plural
sourcing, ou seja, no ponto de vista das diferentes teorias dos limites das empresas existentes
de que forma o plural sourcing tem o seu “espaço” no make-or-buy decision. Na terceira parte,
será abordada a metodologia a ser utilizada no trabalho final, que será a bibliometria, e como
foi contruído todo o processo dessa de tratamento dos dados para posterior análise
bibliométrica, com a referência às bases de dados utilizadas e os passos realizados na
obtenção dos dados. Na quarta parte, é referente aos resultados obtidos do processo da
análise bibliométrica, ou seja, a análise propriamente dita, com a análise dos dados obtidos
através de gráficos.
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2. Plural Sourcing: Revisão de Literatura
2.1. Definição e Evolução de Plural Sourcing
O plural sourcing é definido por Bradach e Eccles (1989) como uma forma de administração
em que múltiplos modos de administração de produção, compra e de aliança são combinados
de maneira sistemática. Não se situa entre os modos de administração individual (make e buy),
mas é uma combinação de múltiplos modos de administração em sua plena manifestação.
Neste sentido, o plural sourcing difere das decisões mais convencionais de fazer ou comprar.
Requer a gestão de mais de um modo de administração: uma administração como uma
empresa que produz, uma outra como uma empresa que compra e alguma administração
mais abrangente para orientar onde encontrar este equilíbrio de make-and-buy. Assim, para
instituir o plural sourcing, a empresa deve incorrer tanto nos custos de capital, instalações e
equipamento, pessoal e coordenação da produção, bem como os custos de encontrar,
selecionar, negociar e manter fornecedores (Parmigiani, 2007). Uma vez que se tratam de
fontes internas e externas, gerir, simultaneamente, pode ser desafiador devido às naturais
comparações, suspeitas e desvios que podem ocorrer entre as duas fontes (Hennart, 1993).
Dado que o plural sourcing é mais dispendioso de configurar e gerir, porque é que as empresas
selecionam este modo de sourcing em detrimento de “make” ou “buy”?
No primeiro trabalho sobre o tema, Adelman (1949) lista um conjunto de explicações
concentradas na incerteza. Em particular, as flutuações na procura que motivam as empresas
a manter a capacidade de produção interna e externa, reduzindo assim o risco de capacidade
interna inativa porque as unidades independentes podem ser usadas para partes irregulares
da procura, enquanto as unidades internas podem ser usadas para a parte estável da procura.
O plural sourcing dá acesso a informações sobre custo e preços de mercado, podendo ser
estimadas as margens dos fornecedores para possíveis cortes de preços. O plural sourcing
também reduz a dependência a alguns fornecedores e fornece maiores incentivos através da
competição entre unidades internas e externas. Finalmente, a produção interna mantém o
conhecimento necessário se a empresa decidir expandir a produção interna.
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Um outro conjunto de explicações foca-se na negociação e na monitorização. As empresas
podem criar capacidade de produção interna para poder negociar duramente com os
fornecedores, ameaçando com a integração (Harrigan, 1986). Investigadores económicos
posteriormente concordaram com essa visão e postularam que as empresas também
concorreriam simultaneamente para obter uma maior compreensão do processo de produção
e, assim, monitorizar melhor os fornecedores (Porter, 1980). Porter (1980) e Harrigan (1984)
acrescentam ainda que o plural sourcing também significa custos fixos menores em comparação
à integração total, acesso a atividades externas de I&D e uma redução da vulnerabilidade a
greves ou faltas. Apesar dessa lista de motivos para a escolha de plural sourcing, a pesquisa
empírica não tem sido difundida.
Só mais recentemente, investigadores de marketing analisaram a dual distribution, na qual as
empresas usam simultaneamente canais de vendas internos e independentes, análogos ao
plural sourcing (Parmigiani, 2007). Eles descobriram que as empresas usam dual distribution na
presença de incerteza de desempenho (Dutta et al., 1995), heterogeneidade de mercado (Sa
Vinhas, 2002) e assimetrias de informação (Heide, 2003). Os resultados de Heide (2003)
mostram que as empresas são mais predispostas a usar plural sourcing quando enfrentam
problemas causados por assimetria de informação, incerteza externa e investimentos
específicos em combinação com a incerteza externa.
Heriot e Kulkarni (2001) usam uma abordagem exploratória para investigar até que ponto as
empresas usam diferentes estratégias intermediárias de sourcing, e registram que 57,9% do
total dos inquiridos usam o plural sourcing. Eles também descobriram que as indústrias que
produzem produtos especializados têm maior probabilidade de usar plural sourcing e
integração vertical do que as indústrias com produtos não especializados. Sugerem que a
principal razão para as empresas com produtos especializados escolherem essas estratégias
de plural sourcing é evitar o oportunismo, enquanto as ponderações sobre o custo de produção
são mais importantes para os produtores de produtos não especializados.
Parmigiani (2007) faz a primeira investigação ampla com foco no plural sourcing. Afirma que
as empresas são mais predispostas a usar plural sourcing quando os bens estão associados a um
nível moderado de incerteza de desempenho, e quando ambos (empresas e fornecedores)
podem explorar economias de gama. A probabilidade de plural sourcing também é maior,
quanto maiores forem as capacidades da empresa e dos fornecedores, e maior a incerteza
5
tecnológica. Parmigiani (2007) conclui que o plural sourcing não é apenas um ponto médio ao
longo do make/buy continuum, mas sim uma escolha discreta e distinta com vantagens e
desvantagens únicas.
Um terceiro conjunto de explicações concentra-se na complementaridade. O plural sourcing
surge quando uma empresa e seus fornecedores têm conhecimentos complementares
(Parmigiani 2007; Puranam et al. 2013) e quando as empresas identificam oportunidades de
aprendizagem mútua com os fornecedores (Parmigiani 2007). Na verdade, equilibrar a
integração vertical com outsourcing estratégico aumenta o desempenho geral da empresa, com
lançamentos de produtos bem-sucedidos (Rothaermel et al., 2006).
Neste sentido, Puranam et al. (2013) apresentam um modelo para explicar qual a combinação
ótima entre sourcing interno e externo, e como as complementaridades e as restrições
incentivam o plural sourcing. Por exemplo, as empresas de plural sourcing podem encorajar a
competição ou a partilha de conhecimento entre produtores e fornecedores, para que possam
motivar ambas as partes a alcançar maior eficiência produtiva. A percentagem feita
internamente aumenta com maiores riscos transacionais devido ao oportunismo do
fornecedor, mas diminui com complementaridades mais fortes. Concluem que o plural
sourcing reduz custos, fornecendo ao sistema complementaridades.
Com exceção do modelo microeconómico de Puranam et al. (2013), nenhuma integração das
explicações para o plural sourcing foi tentada, e com exceção do estudo de Parmigiani (2007)
sobre plural sourcing, os estudos empíricos testaram poucas hipóteses parciais. Além disso,
geralmente se assume que a existência do plural sourcing está associada a uma maior eficiência
do que as soluções uniformes de administração. Essa suposição não é testada, portanto, a
evidência empírica dos efeitos de desempenho da plural sourcing é limitada, o que dificulta a
avaliação completa do valor teórico e da validade empírica das explicações.
2.2. Abordagens Económicas sobre o Plural Sourcing
O facto de não existir uma teoria do plural sourcing levou aos investigadores utilizar um amplo
espectro de teorias como pontos de partida para explicar este fenómeno. (Mols et al., 2012).
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Assim, a pesquisa tomou um ponto de partida, por exemplo, na teoria da agência (Heide,
2003), na teoria do custo de transação (Dutta et al., 1995) e na economia neoclássica (Porter,
1980). Poucos usaram múltiplas perspetivas (por exemplo, Parmigiani, 2007) ou sugeriram
modelos mais integrados (uma exceção é Puranam et al., 2013).
Nas seções a seguir, é revista a literatura sobre o plural sourcing, dividindo-a pelas diferentes
explicações oferecidas para este fenómeno. A literatura baseia-se em diferentes teorias e
conceitos económicos. Todas as teorias e modelos focam-se em fenómenos e desempenhos
económicos. Os problemas centrais e as variáveis centrais diferem e, portanto, as teorias e
modelos económicos representam diferentes perspetivas sobre o plural sourcing e, juntos, eles
são mais abrangentes do que qualquer um deles sozinho (Mols, N. P., 2010).
2.2.1. Teoria dos Custos de Transação
A teoria dos custos de transação tenta explicar por que algumas transações são governadas
dentro da empresa e outras transações são governadas pelo mercado. Isso é feito
comparando os custos de usar o mercado com os custos burocráticos da hierarquia
(Williamson, 1985). A teoria do custo de transação é a teoria mais influente para explicar os
limites das empresas, mas não é desenvolvida para explicar a existência do plural sourcing. A
unidade de análise é a transação, que é definida como uma transferência de um bem ou
serviço através de uma interface tecnologicamente separável (Williamson, 1985) e as
dimensões de transação – ativos específicos de transação, incerteza e frequência de transação
– descrevem a transação e não o plural sourcing, que é uma combinação de transações
governadas diferentemente.
Além disso, a teoria enfatiza três estruturas de administração: a hierarquia, o mercado e o
híbrido, como possíveis soluções para problemas de transação. Williamson (1991) argumenta
que o mercado oferece incentivos de alta potência, nenhum controlo administrativo sendo
eficiente para a adaptação autónoma. A hierarquia oferece incentivos de baixa potência,
oportunidades de controlo administrativo sendo eficiente para a adaptação cooperativa. O
híbrido é uma combinação do mercado e da hierarquia numa mesma empresa “fornecedora”,
e assume propriedades aproximadamente médias em termos de incentivos, controlo
7
administrativo, adaptação autónoma e adaptação cooperativa (Williamson, 1991). Essas três
estruturas de governo são vistas como alternativas e a teoria não explica os efeitos de
combiná-las. Portanto, o modelo básico de custo de transação implica que as duas transações
governadas diferentemente sejam analisadas separadamente.
Embora o plural sourcing saliente que as empresas fazem e compram o mesmo bem, isso não
implica que as duas transações/relações paralelas sejam semelhantes em termos de
especificidade de ativos (Williamson, 1985). Um exame mais detalhado deve revelar que o
bem produzido internamente realmente envolve maior especificidade de ativos do que aquele
que é produzido externamente – tratando-se, assim, de transações heterogéneas, com graus
de especificidade diferentes (Williamson, 1985). A alegação, portanto, é que o que parece
superficialmente ser um caso de uma empresa adquirindo o mesmo componente através de
compra e da produção é, na verdade, a empresa adquirindo dois componentes distintos, cada
um adquirido pelos meios apropriados.
Vários pesquisadores questionam a utilidade da teoria dos custos de transação para explicar
o plural sourcing (por exemplo, Parmigiani, 2007; Puranam et al., 2013). Parmigiani (2007)
observa que a teoria do custo de transação não é capaz de explicar o motivo de uma empresa
dividir os requisitos de volume entre seus fornecedores e instalações de produção. Isso
significa que a teoria do custo de transação não pode gerar previsões empíricas ou declarações
normativas sobre quando uma empresa deve usar o plural sourcing. Desta forma, o plural
sourcing parece ser uma anomalia na teoria dos custos de transação, e geralmente tais sistemas
foram excluídos dos testes empíricos da teoria do custo de transação (por exemplo, Walker
e Weber, 1984) ou categorizados como híbridos colocados entre soluções de mercado e
hierárquico. (John e Weitz, 1988).
Outra explicação é oferecida por Parmigiani (2007), que propõe que "quanto maior a
especificidade do ativo, maior será a percentagem das necessidades que a empresa produzirá
internamente. Portanto, produtos com especificidade moderada serão adquiridos
simultaneamente (fornecimento interno e externo) ". Além disso, também se prevê que
produtos com níveis moderados de volume e incerteza de desempenho sejam adquiridos
simultaneamente. Assim, Parmigiani (2007) modifica as dimensões da transação e as conecta
com o bem específico. Assim, pode usar argumentos de custo de transação, apesar da
mudança na unidade de análise. No entanto, estes resultados empíricos apresentam um
8
suporte limitado para as explicações sobre custos de transação. Heriot e Kulkarni (2001),
concluem que suas descobertas sobre o uso de estratégias intermediárias de sourcing não
podem ser explicadas apenas pela teoria do custo de transação.
Uma terceira explicação do custo de transação é desenvolvida por Dutta et al. (1995).
Argumentam que a produção interna serve como uma salvaguarda em caso de
incumprimento por parte do fornecedor (por exemplo não entregar ou deliberadamente
atrasar o fornecimento. Isso impede que o fornecedor retenha o cliente e também reduz as
consequências negativas de uma suspensão real por parte do cliente. Em outras palavras, o
plural sourcing oferece ao comprador uma alternativa e, portanto, uma salvaguarda de rescisão
(Dutta et al., 1995). A eficácia desta salvaguarda de rescisão é provavelmente maior, quanto
maior a percentagem de requisitos produzidos internamente (Heide, 2003). Isso implica que
é improvável que uma produção interna de pequena escala seja uma salvaguarda efetiva.
Além disso, a produção interna e a capacidade de produção de reposição aumentam os
custos. Assim, são uma proteção dispendiosa para estabelecer e manter, e o argumento de
salvaguarda é provavelmente insuficiente para explicar por que muitas empresas escolhem o
plural sourcing.
Portanto, a teoria do custo de transação não pode explicar imediatamente o motivo e de que
forma uma empresa deve dividir seus requisitos de volume entre fornecedores (Parmigiani,
2007; Puranam et al., 2013). Essas previsões não fazem parte do modelo de custo de
transação básico e, em vez disso, a divisão de volume pode ser explicada por
complementaridades e restrições que não fazem parte do modelo básico de custo de
transação (Puranam et al., 2013).
2.2.2. Teoria da Agência
A teoria da agência tem sido amplamente usada para explicar sistemas duplos que combinam
franchising e propriedade (Lafontaine, 1992; Gallini e Lutz, 1992). Centra-se num principal
que quer determinar o contrato eficiente num acordo com um agente. A unidade de análise
é o agente (Bergen et al., 1992) ou o contrato entre o principal e o agente (Eisenhardt, 1989).
A variável central é a dificuldade de medição de desempenho (Poppo e Zenger, 1998) ou a
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assimetria de informação (Heide, 2003). A dificuldade de medição de desempenho refere-se
a situações em que é dispendioso e difícil medir e avaliar com precisão o desempenho, ou
seja, a qualidade da produção (Poppo e Zenger, 1998). Quanto maior for a dificuldade em
medir o desempenho, maiores serão os custos de monitorização, e isso afeta negativamente
o desempenho dos fornecedores. Quando a dificuldade de medição é alta, ou seja, é caro
monitorizar de perto a qualidade do produto, os fornecedores têm fortes incentivos para
depreciar a qualidade ou ludibriar. Em última análise, o mercado falha (Milgrom e Roberts,
1992). Dentro da empresa, os gestores têm acesso a mais informações, pode monitorizar a
entrada e o comportamento, pode supervisionar de perto as atividades, sendo mais fácil
alinhar os incentivos (Holmstrom e Milgrom, 1994). Portanto, prevê-se que o efeito negativo
das dificuldades de medição seja mais forte quando as atividades são realizadas por
fornecedores do que quando são organizadas internamente (Poppo e Zenger, 1998).
Heide (2003) usa a teoria de agência para explicar a existência do plural sourcing. O argumento
é que a produção interna fornece à empresa informação que ele pode usar para resolver dois
tipos de problemas de assimetria de informação nas relações com fornecedores. Em primeiro
lugar, nem sempre é possível confiar nos potenciais fornecedores para fornecer informações
precisas sobre sua capacidade de fornecimento de componentes com a qualidade certa e nos
números necessários. Esse é o problema de seleção adversa que as empresas enfrentam
quando precisam escolher entre possíveis fornecedores e projetar um contrato. Empresas
com produção interna são melhores para avaliar se um potencial fornecedor possui as
habilidades, instalações de produção e sistemas de controlo de qualidade necessárias,
tornando-se melhor na escolha entre potenciais fornecedores. O segundo problema é
chamado de problema de risco moral e surge devido a dificuldades de medir o desempenho.
Por ter uma unidade de produção interna, a empresa possui conhecimento interno que pode
ser usado na avaliação do desempenho do fornecedor (Heide, 2003). Se a empresa puder
descrever com precisão os requisitos esperados de qualidade e serviço e tiver conhecimento
profundo das estruturas de custos, poderá definir referências úteis.
Relacionamentos com fornecedores fornecem informações sobre preços, enquanto
atividades realizadas internamente fornecem estimativas de custo/qualidade. As estimativas
de custo podem ser comparadas com os preços externos e, portanto, servem como um
dispositivo de aprimoramento da concorrência, resultando em custos mais baixos. Além
disso, a produção interna é um sinal para os fornecedores de que o comprador tem
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informações sobre custo e qualidade, além de ajudar a empresa a selecionar os melhores
fornecedores.
2.2.3. Teoria Baseada em Recursos
A teoria baseada em recursos é originalmente uma teoria económica que identifica
características de recursos internos e capacidades que levam à vantagem competitiva
sustentável (Peteraf, 1993). Quando as empresas possuem diferentes recursos e capacidades,
têm também custos de produção diferentes (Peteraf, 1993). Portanto, a teoria baseada em
recursos prevê que, quanto maiores forem as capacidades de uma empresa, maiores serão as
vantagens de se produzir internamente, deixando outras atividades para fornecedores e
distribuidores externos (Mayer e Salomon, 2006). Barney (1999) identifica a incerteza
tecnológica como uma variável importante para determinar o limite da empresa. Realça que,
em caso de alta incerteza tecnológica é menos dispendioso obter acesso a recursos por meio
de formas não hierárquicas de governo do que desenvolver continuamente esses recursos
internamente.
Assim, a previsão imediata da teoria baseada em recursos é que somente quando nem os
fornecedores nem a unidade de produção interna têm uma vantagem de capacidade, o custo
de produção do plural sourcing será tão baixo quanto o governo baseado no mercado ou
hierárquico. Quanto mais diferentes as capacidades possuídas pelos fornecedores externos e
internos, mais custosa e menor a probabilidade de observarmos a plural sourcing.
Parmigiani (2007) argumenta que, ao usar plural sourcing, a empresa e o fornecedor podem
aprender mutuamente e aproveitar as capacidades internas e externas. As capacidades
internas e externas também são complementares, porque as fortes capacidades internas
aumentam o retorno à aquisição de conhecimento externo (Cassiman e Veugelers, 2006).
Além disso, Parmigiani (2007) afirma que uma empresa que enfrenta incerteza tecnológica
precisa de base de conhecimento tecnológico e, portanto, usará fontes internas e externas
para manter e desenvolver essa base de conhecimento, aumentando a probabilidade de
utilizar o plural sourcing. O plural sourcing não pode reduzir a incerteza tecnológica, mas reduz
o efeito negativo da incerteza tecnológica, porque oferece visões mais diversificadas e mais
11
fontes de novas tecnologias, e assim uma empresa tem uma chance maior de se envolver na
tecnologia certa. A produção interna também facilita a compreensão das tecnologias
disponíveis no mercado, e isso permite que uma empresa proceda mais rapidamente quando
surgirem mudanças significativas (Cohen e Levinthal, 1990).
Jacobides e Hitt (2005) argumentam que uma empresa com capacidades produtivas
superiores em um determinado segmento vertical quer explorar essas capacidades e,
portanto, expande suas atividades nesse sentido. Se uma empresa tiver capacidades
produtivas superiores nos segmentos verticais upstream e downstream, ela explorará ambas e,
portanto, será integrada verticalmente.
Quando as capacidades são principalmente habilidades especializadas (Krzeminska et al.,
2013), então o valor potencial da transferência de conhecimento é alto. Krzeminska et al.
(2013) identificam diferentes graus de similaridade no plural sourcing e descrevem como eles
afetam as sinergias do conhecimento, e Puranam et al. (2013) especulam que essas sinergias
de conhecimento são mais fortes para “tecnologias de produção relativamente novas, onde
ainda há muito a aprender sobre a produção ideal”. Isso sugere duas coisas. Primeiro, as
sinergias de conhecimento diminuem com o tempo e, portanto, o plural sourcing apoiado em
sinergias de conhecimento provavelmente é temporário. Em segundo lugar, são mais
prováveis em ambientes dinâmicos com incertezas tecnológicas (Krzeminska et al., 2013).
2.2.4. Teoria Baseada no Conhecimento
Vários investigadores contribuíram para o desenvolvimento de uma teoria da empresa
baseada no conhecimento. Eles interessaram-se pelas vantagens da hierarquia para governar
a transferência e a exploração do conhecimento. Nickerson e Zenger (2004) tentaram
responder à questão: qual é a estrutura de administração mais eficiente para governar a busca
de soluções para problemas? Eles desenvolveram uma teoria da empresa baseada no
conhecimento, na qual o problema é a unidade de análise. O objetivo dos gerentes é criar e
apropriar novos conhecimentos valiosos, e a dimensão central do problema é sua não
divisibilidade. Resolver um problema não divisível requer interação de diferentes conjuntos
de conhecimento. Se um problema não divisível for subdividido, sendo resolvidos
12
isoladamente, leva muito tempo para encontrar uma solução viável e o custo é alto. Além
disso, a probabilidade de encontrar uma melhoria global/solução é baixa (Nickerson e
Zenger, 2004).
Quando os problemas são divisíveis, eles podem ser subdivididos, não requerem
transferência de conhecimento e, portanto, a estrutura de administração eficiente é o
mercado, ou seja, o uso de fornecedores. Quando os problemas são mais complexos e não
podem ser modificados, eles requerem transferência de conhecimento, mas devido ao
oportunismo, o mercado é ineficiente para a transferência e partilha de conhecimento.
Portanto, problemas não divisíveis são resolvidos de forma mais eficiente dentro da
hierarquia. A teoria baseada no conhecimento desenvolvida por Nickerson e Zenger (2004)
é nova, e nenhum teste empírico de larga escala de sua teoria foi publicado.
A teoria baseada em conhecimento não explica imediatamente o plural sourcing. No entanto,
isso pode ser usado para explicar o motivo pelo qual a Toyota escolheu o plural sourcing de
seus componentes eletrónicos. De acordo com Ahmadjian e Lincoln (2001), a Toyota
percebeu que precisava ter acesso à tecnologia eletrónica para manter sua vantagem
competitiva. A partir do caso descrito por Ahmadjian e Lincoln (2001), pode-se inferir que
a Toyota precisava de conhecimento sobre componentes eletrónicos para resolver os seus
problemas não divisíveis envolvendo esses componentes. Portanto, eles internalizaram uma
parte da produção desses componentes, mas não precisaram de internalizar a produção de
todos os seus requisitos para obter o conhecimento necessário para resolver os seus
problemas não divisíveis.
2.2.5. Economia Neoclássica
A literatura de economia neoclássica/organização industrial tem-se preocupado
principalmente com as forças competitivas no ambiente de uma empresa, que afetam sua
capacidade de ganhar receita (Porter, 1980). Nesta abordagem, a empresa é vista como uma
função de produção e, portanto, tem como ponto fundamental a minimização dos custos de
produção através da exploração de economias de escala e de gama. As economias de gama
reduzem o custo de produzir dois bens ou serviços diferentes quando as mercadorias
13
partilham o mesmo input, levando a uma melhor eficiência na utilização do input partilhado
(Panzar e Willig, 1981). As economias de escala reduzem o custo médio por unidade do
mesmo bem ou serviço, à medida que o número de unidades produzidas aumenta (Stigler,
1968). A produção interna operando em uma escala eficiente aumenta a probabilidade da
utilização da produção interna e desencoraja o uso de fornecedores. Por outro lado, as
empresas que operam em escala ineficiente produzem custos mais altos do que as empresas
que usam fornecedores (Stigler, 1968). Se uma empresa é verticalmente integrada e pode
reduzir os custos unitários médios produzindo uma quantidade menor, então o plural sourcing
reduz os custos de produção. Se os fornecedores também produzirem com custos médios
mais baixos, então os custos totais de produção serão reduzidos pelo plural sourcing.
O plural sourcing também pode ser eficiente quando as empresas enfrentam incerteza de
volume. A incerteza de volume torna impossível prever com precisão a procura. Assim,
volumes imprevisíveis aumentam os custos e prejudicam o desempenho (Wagner e Bode,
2006). No entanto, o plural sourcing pode reduzir esses custos. Harrigan (1984) sugere que
uma mistura de produção interna e fornecedores é uma estratégia de baixo risco quando a
procura é incerta. Diferenças na procura podem ser observadas ao longo do tempo (Walker
e Weber, 1984), e se há muitos atores externos dispostos a se tornar fornecedores e absorver
o risco, então relações baseadas no mercado podem ser estabelecidas em conjunto com a
produção interna. Isso permite que uma empresa use os investimentos em instalações de
produção fixas com mais flexibilidade. Os fornecedores podem ser usados se uma empresa
tiver muito pouca capacidade interna, enquanto o excesso de capacidade interna pode ser
vendido externamente (Harrigan, 1984). No entanto, a economia neoclássica não explica
nem quando o plural sourcing é eficiente em comparação com o fornecimento interno ou com
fornecedores externos múltiplos, nem em quais situações o plural sourcing é um fenómeno
estável ou meramente transitório.
2.2.6. Complementaridades e Restrições
Gulati e Puranam (2006) e Puranam et al. (2013) argumentam que as teorias existentes de
make-or-buy não conseguem justificar o motivo do uso do plural sourcing e quanto as empresas
devem fazer e quanto devem comprar. Por exemplo, eles argumentam que a análise de custos
14
de transação comparativa de Williamson é incapaz de distinguir entre a primeira unidade
trocada e a milionésima unidade trocada e, portanto, a teoria do custo de transação não é
capaz de determinar qual fração de seus requisitos uma empresa deve obter do mercado
comparada à hierarquia, nem capaz de explicar por que as empresas escolhem o plural sourcing.
As empresas podem ser indiferentes entre fazer ou comprar, mas isso não explica por que as
empresas devem optar por fazer e comprar uma certa proporção das suas necessidades
(Puranam et al., 2013). Assim, as teorias económicas explicativas da escolha entre fazer ou
comprar identificam as forças que afastam as empresas do plural sourcing, mas não são
prontamente aplicáveis para explicar a escolha do plural sourcing.
Puranam et al. (2013) propõem um modelo económico para explicar a quantidade que as
empresas escolhem para fazer em detrimento às quantidades para comprar. A unidade de
análise é o sistema de sourcing no nível da empresa ou, mais especificamente, é o sistema de
plural sourcing no nível da empresa, e o oportunismo é a principal suposição comportamental.
O modelo divide os custos em duas partes. Uma parte são os custos de produção interna e
a outra parte são os custos de compra a fornecedores (Puranam et al., 2013).
O custo unitário de compra a fornecedores é afetado por três fatores: os custos burocráticos
da hierarquia e as deseconomias de escala da produção interna que aumentam os custos, e as
complementaridades que reduzem os custos da produção interna. “Complementaridade
refere-se à condição em que o benefício marginal de obter um bem do mercado depende do
nível de produção interna, e vice-versa” (Puranam et al., 2013). Assim, a força das
complementaridades aumenta com o volume de bens que uma empresa compra e produz.
Portanto, as empresas escolhem o plural sourcing porque reduzem os custos ao fornecer ao
sistema complementaridades. Além disso, o aumento do custo marginal de produção e as
barreiras de saída explicam por que pode ser eficiente escolher o plural sourcing mesmo na
ausência de complementaridades.
2.2.7. Síntese
As teorias económicas desenvolvidas para explicar a escolha make-or-buy não são capazes de
explicar a escolha do plural sourcing (Puranam et al., 2013), e isso pode explicar por que tão
15
poucos investigadores se focaram neste fenómeno. No entanto, adições a estas teorias
desenvolvidas por, por exemplo, Parmigiani (2007), Heide (2003), Dutta et al. (1995)
contribuem com explicações sobre o motivo de escolha do plural sourcing.
O plural sourcing ajuda a proteger ativos específicos de transações, reduz as dificuldades de
medição de desempenho, lida com a incerteza tecnológica, soluciona problemas não
divisíveis e reduz os efeitos negativos da incerteza de volume. No modelo desenvolvido por
Puranam et al. (2013) esses efeitos são rotulados como complementaridades e restrições. Por
exemplo, prevê-se que níveis mais altos de dificuldades de medição, não divisibilidade e
combinações dessas variáveis levem a um aumento do uso de plural sourcing, em comparação
com uma solução apenas com fornecedores. Espera-se que níveis mais altos de incerteza
tecnológica, incerteza de volume e combinações dessas variáveis levem a um aumento no
uso do plural sourcing, em comparação com uma solução apenas com produção interna.
Quando todas as variáveis simultaneamente avançam na direção do plural sourcing, a
probabilidade de uma empresa adotar plural sourcing aumenta. Parmigiani (2007) descobriu
que o plural sourcing é uma escolha distinta e não uma simples combinação linear de produção
interna e fornecedores, e que aspetos da teoria baseada em recursos, teoria dos custos de
transação e teoria económica neoclássica contribuem para explicar a escolha plural sourcing.
2.3. Papel do Plural sourcing na Decisão Make-or-Buy
A base conceptual para a decisão de fazer ou comprar é a teoria de Williamson (1975) da
análise de custos de transação. A análise dos custos de transação combina teoria económica
com teoria de gestão para determinar o melhor tipo de relacionamento que uma empresa
deve desenvolver no mercado. Willamson usa o termo "especificidade de ativos" para se
referir ao investimento em ativos específicos. Quando a especificidade e a incerteza dos
ativos são baixas e as transações são relativamente frequentes, as transações serão governadas
pelos mercados. Alta especificidade e incerteza de ativos levam a dificuldades transacionais
com transações realizadas internamente na empresa - integração vertical. Níveis médios de
especificidade de ativos levam a relações bilaterais na forma de alianças cooperativas entre as
organizações. No entanto, os acordos de parceria tentam impedir esse comportamento,
reconhecendo a oportunidade de trabalhar juntos para benefício mútuo, em um
16
relacionamento contínuo de longo prazo. De fato, muitas empresas têm tentado desenvolver
relacionamentos de parceria com seus fornecedores, buscando reduzir os riscos associados
ao outsourcing. Durante o final dos anos 80 e o início dos anos 90, algumas empresas
verticalmente integradas descobriram que a integração vertical é competitivamente inflexível
em um ambiente de negócios em rápida mudança. A tendência para o outsourcing levou essas
empresas a se tornarem mais dependentes de seus fornecedores, o que, por sua vez, resultou
na função de compras assumindo um papel mais estratégico (McIvor et al., 1997).
A decisão de fazer ou comprar é altamente complexa e uma das tarefas mais difíceis
enfrentadas pelas organizações. Requer um julgamento substancial para avaliar a ampla gama
de compromissos presentes, reconhecer todas as alternativas disponíveis e tomar uma
decisão que equilibre as necessidades de curto e longo prazo de uma organização. Além disso,
à medida que os requisitos organizacionais e as condições do mercado mudam, uma decisão
que pode ter sido apropriada no passado pode ter que ser resolvida de uma maneira
totalmente diferente no futuro. No momento em que o outsourcing é uma forma tão popular
e bem estabelecida de fazer negócios, é apenas a natureza humana dar os inquestionáveis
benefícios como garantia, embora ocasionalmente se perguntem: “Não poderíamos fazer
isso melhor e mais rápido?” A resposta até pode ser “não”, mas considere-se uma terceira
possibilidade - plural sourcing, a prática em que uma empresa simultaneamente compra e faz o
mesmo bem ou serviço. Medina Serrano et al., (2018) através dos resultados das suas
pesquisas sugerem que não apenas a estratégia de produção ou compra pura deve ser avaliada,
mas também o plural soucing e as fontes híbridas devem ser considerados. Também,
observaram um aumento no número de artigos que suportam a literatura sobre opções de
plural sourcing após 2007.
O insourcing e outsourcing pode ser sinérgico quando usado simultaneamente. O plural sourcing
refere-se à divisão do volume total obtido por meio de múltiplos modos, cada um dos quais
pode ser um modo de administração puro. O plural sourcing usa dois mecanismos
simultaneamente. Por exemplo, a Lego externalizou parte da produção de seus pequenos
blocos de plástico, mas também detém uma fábrica, de forma a comparar a produção interna
e externa. A Toyota, percebendo que precisava de acesso à tecnologia eletrónica para manter
sua vantagem competitiva e sabendo que não a obteria de seu fornecedor, internalizou parte
da produção para obter experiência de aprender fazendo.
17
Linhas similares de raciocínio se aplicam em relação a dificuldades de medição de
desempenho, incerteza tecnológica, não-divisibilidade e incerteza de volume. Primeiro, o
plural sourcing reduz a assimetria de informação e melhora o benchmarking de fornecedores
externos com fornecedores internos. Isso diminui os problemas relacionados às dificuldades
de medição de desempenho e, portanto, o plural sourcing atenua a relação negativa entre as
dificuldades de medição e o desempenho dos fornecedores externos. Segundo, o plural
sourcing não pode diminuir a incerteza tecnológica, mas reduz o efeito negativo da incerteza
tecnológica sobre o desempenho, porque o plural sourcing fornece visões mais diversificadas
e mais fontes de novas tecnologias, e assim a empresa tem uma chance maior de se envolver
na direita tecnologia. Terceiro, o plural sourcing não pode alterar a não divisibilidade de um
problema, mas pode resolver o problema dentro dos limites da empresa, enquanto os
fornecedores podem ser usados para a produção de componentes após a solução dos
problemas. Em quarto lugar, a incerteza de volume torna impossível prever a procura. No
entanto, com o plural sourcing, as instalações de produção interna podem operar numa escala
eficiente, enquanto os fornecedores são usados para a procura de baixa e média
probabilidade. Portanto, o plural sourcing modera a relação entre incerteza de volume e
desempenho, de forma que diminui o efeito negativo da incerteza de volume sobre o
desempenho. Assim, quando as empresas enfrentam incerteza significativa de volume,
incerteza tecnológica e incerteza de desempenho, quando investem em ativos específicos de
transações, seus problemas não são passíveis de divisibilidade, e tanto o cliente como o
potencial fornecedor têm fortes capacidades, o plural sourcing tem seu efeito positivo mais
positivo no desempenho. Portanto, as empresas devem escolhê-la (Mols, N. P., 2010). No
entanto, sem estimativas dos efeitos moderadores, não sabemos exatamente quando o plural
sourcing se torna mais eficiente do que o fornecimento interno ou externo. Além disso, a
relação entre custos e a relação entre fornecimento externo e interno não é linear nem
contínua. O plural sourcing afeta o desempenho de maneiras distintas das observadas no
fornecimento externos ou internos.
No entanto, usar o plural sourcing não tem só pontos positivos. É dispendioso de estabelecer
devido aos dois sistemas paralelos (make e buy), que aumentam o nível de conflito, o que
resulta num aumento nos custos. Portanto, o custo de estabelecer e manter um sistema de
plural sourcing é maior do que o uso de fornecedores ou o uso de um sistema interno de
produção. Assim, quando não há necessidade de plural sourcing, deve-se descartar pois apenas
18
acrescenta custos. Portanto, o plural sourcing não vem sem custos e, pode ser simplesmente
ineficiente em comparação com a dependência total de fornecedores ou de produção interna.
Além dos custos de adotar e implementar o plural sourcing, as desvantagens do plural sourcing
estão relacionadas com o aumento do potencial de conflito, à perda potencial de vantagens
de economias de escala (e de gama) e ao aumento da complexidade. O aumento do potencial
de conflito decorre da introdução de dois sistemas distintos, mas concorrentes, realizando
atividades semelhantes (Webb e Didow, 1997). Por isso, os fornecedores externos e o
fornecedor interno podem apresentar uma fonte de receita menor e concorrência mais forte.
A desvantagem relacionada às economias de escala vem da aplicação de pelo menos dois
relacionamentos distintos, porque a divisão de atividades entre um fornecedor externo e uma
unidade de produção interna pode tornar impossível operar em uma escala eficiente. Assim,
com fortes retornos crescentes de escala, o plural sourcing é ineficiente (Parmigiani, 2007). O
aumento da complexidade decorre da combinação de pelo menos duas formas distintas de
administração. Isso resulta em custos de elaboração de contratos com fornecedores
(Lafontaine, 1992) e custos de criação de uma estrutura de administração especializada para
gerir uma unidade de produção interna (Williamson, 1985). Além dos custos mais altos
envolvidos na gestão dos relacionamentos, o plural sourcing também sobrecarrega as equipas
de gestão. Assim, requer recursos de gestão fortes. Portanto, o plural sourcing pode não ser
atraente para pequenas empresas.
19
3. Metodologia
3.1. Metodologia de Análise: Bibliometria
3.1.1. Introdução
A metodologia aplicada aos dados obtidos será a bibliometria. Lopes et al. (2012) define a
bibliometria como uma “técnica quantitativa e estatística para medir índices de produção e
disseminação do conhecimento, bem como acompanhar o desenvolvimento de diversas
áreas científicas e os padrões de autoria e publicação”.
3.1.2. Origem do Termo Bibliometria
Emerge no início do século XX o conceito de statistical bibliography, com o propósito de
estudar a produção científica de um determinado campo. Visa avaliar os processos de ciência
e tecnologia através da contagem de documentos. Paul Otlet (1934) apresenta pela primeira
vez no seu Traité de documentation a expressão bibliométrie, que consiste na parte da bibliologia
(denominação dada à componente teórica e preliminar da bibliografia) que mede e quantifica
os livros/documentos.
Charles F. Gosnell (1944) é o segundo autor a expressar-se sobre statistical bibliography, no qual
não admite reconhecer qualquer uso prévio da expressão relatando-a como um novo campo
a explorar. Posteriormente, Victor Zoltowski (1955) menciona a bibliografia como uma
ciência que pode ser quantificável através da statistical bibliography. Contudo, mesmo com o
decorrer dos anos, o termo statistical bibliography continua a ser pouco empregue, devido,
provavelmente, à sua falta de clareza e a alguma potencial confusão com a estatística.
Alan Pritchard (1969), desponta o termo bibliometrics, definido como a “aplicação de métodos
matemáticos e estatísticos aos livros e outros meios de comunicação”, uma descrição ampla
que, ainda assim, faz com que a aplicação de técnicas bibliométricas seja mais clara.
20
3.1.3. Evolução da Bibliometria
O início do estudo do termo remonta a 1873, quando Candolle ao procurar identificar os
fatores que pudessem contribuir para o sucesso de uma nação descreveu algumas mudanças
na força científica (Martins, P. J. J., 2018).
Num momento posterior, emergem as três leis fundamentais da bibliometria: Lei de Lotka,
Lei de Bradford e Lei de Zipf. Em 1926, Alfred J. Lotka publicou a primeira das principais
leis da bibliometria, baseada na produtividade do autor. A Lei de Lotka analisa a distribuição
de frequência de produtividade científica, concluindo que, à medida que o número de
publicações aumenta, o número de autores a publicar diminui. Isto é, existe muita produção
científica que é publicada por um pequeno número de investigadores, quer devido ao seu
reconhecimento e garantia de qualidade de informação, quer derivado de recursos
académicos, sociais e financeiros (Martins, P. J. J., 2018).
Em seguida, Samuel C. Bradford (1934) desenvolve uma lei focada no estudo da distribuição
da frequência dos artigos científicos em revistas, a qual evidencia a existência de uma relação
inversa entre o número de artigos publicados numa determinada área e o número de revistas
em que os mesmos surgem. Neste sentido, a maioria das publicações totais de uma área
aparecem num leque restrito de revistas, ao passo que um número crescente de revistas
publica cada vez menos artigos nessa área. Com o intuito de classificar as revistas e agrupá-
las em categorias de acordo com a quantidade de artigos que incluem, são criadas zonas de
Bradford, ou seja, zonas em que o número de artigos é idêntico, porém o número de revistas
que os publica aumenta do centro para as subsequentes de acordo com a sua produtividade.
Pela sua importância na averiguação da produtividade das revistas esta lei é ainda amplamente
utilizada hoje em dia.
Finalmente, a terceira lei fundamental da bibliometria emerge do estudo de Zipf (1949) sobre
a frequência com que as palavras emergem num texto científico. Esta Lei de Zipf afirmava
que o ranking das palavras multiplicado pela sua frequência de ocorrência será igual ou
aproximadamente constante e possuía duas variantes, uma para o cálculo de palavras de alta
frequência (tais como conceitos) e outra para o cálculo de palavras de baixa frequência.
21
Anos mais tarde, sobressaem outros contributos imprescindíveis para o avanço da
bibliometria, nomeadamente o de Garfield (1955) e Price (1963). O primeiro concebeu um
banco de dados multidisciplinar, denominado Science Citation Index, no qual os investigadores
poderiam passar a consultar artigos de diversas áreas e ver a sua tarefa de pesquisa
simplificada. O segundo revolucionou a comunicação científica com a formulação da lei de
crescimento exponencial específica aplicada à ciência, divulgada por meio da publicação do
livro Little Science, Big Science. O autor introduziu o significado da expressão “obsolescência
da literatura” que se traduz no declínio no uso de documentos ao longo do tempo e está
intimamente relacionada com o crescimento da ciência. As citações de um documento ao
longo do tempo refletem o uso do mesmo, as quais tendem a diminuir, até que este deixa de
ser citado e se torna obsoleto.
Por fim, Glanzel (2003) estabeleceu a base de técnicas modernas de avaliação de pesquisa e
identificou três sub-áreas da bibliometria contemporânea, em particular a pesquisa
metodológica, as disciplinas científicas e – mais importante – a política científica.
3.2. Passos para a Realização da Bibliometria
O estudo bibliométrico tem como finalidade analisar a produtividade científica nos mais
diversos campos de pesquisa. No glossário de termos estatísticos disponibilizado pela
OCDE, é possível encontrar o termo bibliometrics que define “bibliometria como a análise
estatística de livros, artigos e outras publicações”. Inicialmente, concentrava-se sobretudo na
quantidade de palavras contidas nos livros e tudo o que se relacionava com os mesmos. O
objetivo era a construção de indicadores para a pesquisa académica avaliando dados como o
número de artigos e publicações, autores e campos da ciência. Posteriormente, com a análise
de citações, as técnicas começam a ganhar mais sofisticação e hoje são um bom rastreador
do desenvolvimento e mesmo da qualidade da ciência produzida. Atualmente, este estudo
centra-se sobretudo em artigos de revistas e outros tipos de documentos, analisa a
produtividade de autores e as correspondentes citações. Neste sentido, a realização de uma
análise bibliométrica implica a recolha de um conjunto de publicações sobre um tema de
interesse e prossecução de uma sequência de passos.
22
Em primeiro lugar, é necessário definir o tópico de modo claro e evidente, bem como o tipo
de dados a avaliar, dado que, para que a análise bibliométrica descreva um campo de pesquisa
específico, avalie a produtividade de um autor, de uma revista, de um país, ou analise citações,
é necessária uma seleção exata dos documentos que cubram o domínio do campo em análise.
Em segundo lugar, torna-se igualmente necessário eleger os indicadores bibliométricos mais
adequados ao tipo de dados a avaliar.
Em terceiro lugar, teremos de colocar em prática a pesquisa bibliográfica, de modo a reunir
os documentos base para o estudo, bem como explicar o procedimento utilizado para a
obtenção dos mesmos. Esta investigação é realizada por meio de uma base de dados
específica ou ainda través de uma base de dados multidisciplinar, na qual estão presentes
publicações de diversas disciplinas.
Para que os resultados da análise bibliométrica sejam suficientemente consistentes, devemos,
desde logo, definir o formato em que os resultados da atividade de pesquisa serão
apresentados, neste caso artigos publicados em revistas internacionais. Em seguida,
precisamos de recorrer a indicadores quantitativos objetivos (número de artigos) e/ou
indicadores qualitativos (o fator de impacto da revista).
Relativamente ao processo de pesquisa, devemos ter em atenção a escolha das bases de dados
para a análise a realizar, sendo que esta contribui para o desenvolvimento do estudo não só
como fonte de dados, mas também como plataforma que fornece as ferramentas analíticas
necessárias para os cálculos bibliométricos (Hood e Wilson, 2003). As bases de dados devem
ainda ser abrangentes, tendo o tópico em estudo bem representado nos seus dados. De modo
geral, existem três bases de dados bibliográficos multidisciplinares relevantes atualmente: Web
of Science, Scopus e Google Scholar. Contudo, todos eles apresentam restrições. A Web of Science é
criticada devido à influência que recebe da Web of Knowledge no que respeita à avaliação de
autores e revistas (Simons, 2008), o Scopus nem sempre distingue autores com nome idêntico
(Bar-llan, 2008) e o Google Scholar recebe várias críticas quanto à sua precisão e prioridade de
exibição pelo número de visitas. Em suma, a decisão sobre que base de dados utilizar
depende do nosso estudo tendo todos eles coberturas diferentes e sendo dotados de recursos
diferentes embora gerem resultados semelhantes. Face à diversidade identificada, alguns
autores sugerem que o ideal seria a utilização complementar de mais do que uma base
(Levine-Clark e Gil, 2009), o que irá acontecer nesta dissertação.
23
A identificação dos termos a serem pesquisados é muito importante para atingir uma análise
bibliométrica relevante. Neste sentido, é proposta a elaboração de uma lista de keywords com
aderência ao estudo em causa, que depois serão hierarquizadas segundo classes, dando
origem a árvores de relevância entre os termos, assim criando uma ordem de pesquisa dos
mesmos na base de dados.
Por fim, a análise da bibliometria também é limitada pelo tempo e pela metodologia da
pesquisa. Assim, o “valor” das publicações dissipa-se muito rapidamente perante as
novidades do campo científico, o que leva à necessidade de valorizar uma análise qualitativa
após o resultado quantitativo no estudo de citações.
3.3. Análise Bibliométrica neste Trabalho
Como principais variáveis a analisar serão usados elementos como o ano da publicação, o
autor, a fonte ou o título da revista, as referências, as palavras-chave, as citações, a afiliação
(dos autores dos documentos), o tipo de documento, a área de conhecimento a que pertence
e ainda a sua evolução histórica. Estes componentes permitem construir uma imagem
daquelas que são as contribuições para o tópico pesquisado.
As das ferramentas bibliométricas mais utilizadas para a obtenção de dados bibliográficos
são a Scopus e Web of Science, que serão as duas bases de dados utilizadas nesta dissertação.
3.3.1. Web of Science
A Web of Science (WoS) é o novo nome da antiga Web of Knowledge, desde janeiro de 2014,
mantida por Clarivate Analytics. A WoS, de elevada importância especialmente no que diz
respeito a revistas científicas, permite o acesso a várias bases de dados como SciELO Citation
Index, Derwent innovations Index, entre outras e destacando-se a própria base de dados - Web of
Science Core Collection. Até 2004 (ano de lançamento da Scopus) esta base de dados detinha o
domínio enquanto base de indicadores bibliométricos de um modo geral para qualquer área
24
da ciência (Vieira e Gomes, 2009). A WoS apresenta como fortaleza a sua vasta coleção com
capacidade de recuar até ao ano de 1945 (Burnham, 2006). A WoS é uma base de dados
disponibilizada para assinantes.
3.3.2. Scopus
A Scopus é conhecida como sendo uma das maiores bases de dados de resumos e citações de
bibliografia contendo cerca de 27 milhões de resumos capazes de conectarem citações até ao
ano de 1966 (Burnham, 2006). Quando introduzida em 2004 passou rapidamente a ser uma
alternativa viável à grande e até então quase monopolista ISI Web of Science (Vieira e Gomes,
2009). Esta base de dados ajuda o utilizador a avaliar os autores e ainda a tendência das
pesquisas e das revistas. Um dos seus mais mencionados pontos fortes é a sua facilidade de
pesquisa com ênfase na multidisciplinaridade permitindo que um pesquisador facilmente
encontre documentos relevantes mesmo fora da sua área de pesquisa inicial (Burnham, 2006).
A Scopus é propriedade da Elsevier, editora de revistas científicas importantes, e disponibilizada
na WEB para os seus assinantes.
3.3.3. Aquisição de Dados e Identificação da Amostra
A informação e os dados recolhidos para a análise ao longo desta dissertação foram obtidos
nas bases de dados bibliográficos apresentadas anteriormente (a Scopus e WoS) já que ambas
são de elevada importância no estudo bibliométrico, fornecendo relevantes informações para
a investigação (Lopes et al., 2012).
A primeira grande questão apresentada na pesquisa tem a ver com a terminologia utilizada
na mesma, isto é, a limitação do alvo de estudo através de inclusão e exclusão de artigos dada
uma chave de pesquisa. Para a localização de estudos foram aplicados vários critérios:
25
• Termos
A filtragem foi feita de acordo com os termos que relacionados com o tema desta
dissertação (plural sourcing): plural sourcing, dual sourcing, concurrent sourcing, tapered
integration, make-and-buy, e parallel sourcing
• Área de Estudo
Como é claro nem todos as áreas de estudo disponíveis fazem sentido serem
incluídos na amostra final dos artigos para análise, sendo que apenas foram incluídas
as áreas relacionadas com a parte económica, sendo a parte que faz sentido pois este
trabalho trata-se de uma dissertação para aprovação de mestrado em Economia.
Portanto, os temas escolhidos foram Economics, Management e Bussiness no caso da WoS
e Business, Management and Accounting no caso da Scopus.
• Período
O período escolhido, não sofreu alterações, visto que, tratando-se de uma análise
bibliométrica todos os anos são relevantes no estudo. Portanto, no que diz respeito
ao período todos os anos foram tidos em conta e analisados. Apenas será feita uma
filtragem posterior no aquando a análise temporal em que os artigos serão
distribuídos por períodos de 3 anos para análise da evolução dos mesmos.
• Revistas
Em relação a este ponto mais uma vez, não houve qualquer alteração visto que todas
as revistas são relevantes para a análise bibliométrica. Apenas será feita uma filtragem
posterior no aquando a análise por revistas em que os artigos serão distribuídos pelas
revistas em que foram publicados.
26
• Autores
Mais uma vez não houve qualquer tipo de filtragem numa primeira fase (antes da
informação ser organizada). Posteriormente, será feita uma filtragem aquando a
análise da informação por autores, em que será agrupado por autor os artigos com
os mesmos autores.
Após toda esta primeira fase, houve um outro processo posterior que foi necessário ser feito.
Este processo deveu-se ao facto de os dados serem retirados de duas bases de dados distintas
(Scopus e WoS) e, portanto, alguma da informação contida poderia (o que se verificou) ser
semelhante em ambos os casos. Assim, após devido tratamento dos dados foram comparadas
as informações das duas bases de dados e houve uma verificação de possíveis artigos em
duplicado que pudessem estar presentes.
No fim de todo este processo, houve uma junção da informação obtida, ficando com uma
amostra de 224 artigos, para ser devidamente organizada e disposta para a análise posterior,
que será realizada no próximo capítulo.
27
4. Resultados
A organização dos dados para a análise bibliométrica foi agrupada tendo em conta:
• Ano de publicação, para verificação da evolução ao longo do tempo;
• Autor, para verificação do autor ou conjunto de autores que tiveram maior
importância no estudo do tema;
• Revistas, para verificação das revistas com maior relevância no tema;
• Citações, para verificação dos artigos com maior relevância no tema em análise.
4.1. Análise Temporal
Como descrito no capítulo anterior, no que diz respeito ao período de análise, todos os dados
foram relevantes não havendo, por isso, nenhum tipo de filtragem. Assim, o período
analisado como se pode ver através do gráfico obtido através da informação contida nas duas
bases de dados utilizadas (Scopus e WoS), o período vai de 1989 até ao presente, 2019, sendo
este período divido em intervalos de 3 anos para uma melhor análise do período.
Coloca-se em causa o motivo pelo qual os anos anteriores não estão contidos neste gráfico
e a justificação torna-se simples, como o tema é relativamente recente, apesar de artigos mais
antigos como o de Adelman (1949), os nomes que foram utilizados para pesquisa da amostra
nas bases de dados não eram utilizados para o período anterior a 1989.
No que diz respeito à análise propriamente dita vemos um crescimento claro no que toca ao
tema o que é de esperar. Em primeiro lugar, é um tema com pouca literatura e torna-se
estimulante para os investigadores pesquisarem sobre algo que tem poucas bases para se
tornarem pioneiros na pesquisa sobre o tema.
Em segundo lugar, vai de encontro com o tema em que está inserido (make-or-buy decision)
que ao longo do tempo tem também recebido um grande aumento no que diz respeito a
pesquisas e descobertas como é descrito por Medina Serrano et al. (2018), em que os
28
resultados ilustram um crescimento firme e constante na publicação de artigos sobre make-
or-buy decision para um período análogo.
Figura 1 – Artigos publicados em cada período
Este crescimento, como é percetível através do gráfico, foi “tímido” nos primeiros anos
analisados (até 2004). Só a partir de 2005, é que o crescimento é mais notório e consistente,
com aumento do número de artigos publicados período após período. Foi neste período que
se verificam maiores avanços no tema em análise, o plural sourcing.
4.2. Análise por Autores
Neste ponto os artigos foram distribuídos em função dos autores. Os autores foram agrupados
de acordo com o grupo de investigação, ou seja, autores que tenham dois grupos diferentes de
investigação foram agrupados como sendo diferentes. Por exemplo, um autor que tenha
explorado o tema individualmente e posteriormente tenha explorado em conjunto com outro
autor, não foi contabilizado como dois artigos publicados para o mesmo autor, mas sim como
autores diferentes.
29
O resultado foi esta tabela onde estão contabilizados os autores ou conjuntos de autores que
realizaram pelo menos dois artigos distintos. Foram observados 12 diferentes autores/conjunto
de autores que apresentaram valores iguais ou superiores a dois artigos publicados, sendo que
dois deles apresentaram 3 artigos diferentes:
• Hilman, H., Mohamed, Z.A., com dois artigos em 2011 e um em 2013
• Mols, N.P., com dois artigos em 2010 e um em 2017
Autores Quantidade de Artigos Publicados
Hilman, H., Mohamed, Z.A. 3
Mols, N.P. 3
Hsieh, C.-C., Lai, H.-H. 2
Ivanov, D. 2
Jakšič, M. 2
Mukai, Y., Fujimoto, T., Park, Y.W. 2
Parmigiani, A., Mitchell, W. 2
Rosič, H., Jammernegg, W. 2
Serel, D.A. 2
Silbermayr, L., Minner, S. 2
Tomlin, B. 2
Wang, Y., Gilland, W., Tomlin, B. 2
Tabela 1 - Número de artigos publicados por autor
30
Estes resultados estão de acordo com o que é referido na literatura, visto que é um tema
relativamente recente e tem havido um crescente interesse por exploração deste tema nos
últimos anos, prova disso é o ano da publicação dos artigos mais antigos de ambos os autores,
2011 para Hilman, H., Mohamed, Z.A. e 2010 para Mols, N.P.
Um outro facto a realçar é que se aplicássemos a cada autor individualmente, o quadro teria um
formato diferente com maior peso para alguns autores, visto que alguns deles mudaram de grupo
de investigação. Veja-se o caso do autor Tomlin, B., publicou dois artigos a título individual, em
2006 e 2009, sendo que anteriormente tinha publicado em conjunto com dois outros autores,
Wang, Y., Gilland, W., em 2005. Como este autor, também outros apresentam situações
similares.
4.3. Análise por Revistas Científicas
Nesta análise, a amostra foi dividida pelas diferentes revistas responsáveis pela publicação dos
artigos referentes ao plural sourcing. Foram apresentados no gráfico as revistas com maior peso
no tema em análise, com 10 ou mais artigos publicados.
Figura 2 - Distribuição dos artigos publicados pelas revistas científicas
0
5
10
15
20
25
InternationalJournal of
ProductionEconomics
ManagementScience
Production andOperations
Management
EuropeanJournal of
OperationalResearch
InternationalJournal of
ProductionResearch
Manufacturingand ServiceOperations
Management
Omega
31
Na análise por revistas científicas, vemos uma clara vantagem para a International Journal of
Production Economics com 22 artigos referentes ao plural sourcing a serem publicados, com a
Management Science, Production and Operations Management e European Journal of Operational Research a
obterem resultados de 16 artigos publicados para as duas primeiras e de 15 para a última. As
últimas três revistas apresentadas (International Journal of Production Research, Manufacturing and
Service Operations Management e Omega) apresentam, cada uma delas, 10 artigos publicados no
período analisado.
Apesar de tudo, vê-se uma clara centralidade nos artigos referentes ao plural sourcing, visto que
estas 7 revistas científicas representam cerca de 44% de todos os artigos apresentados de plural
sourcing. Neste conjunto, estão representados 99 artigos publicados de uma amostra de 224
artigos.
Esta evidência pode estar relacionada com facto da existência de pouca literatura sobre o tema.
Cada revista tem como objetivo aumentar o conhecimento existente numa determinada área.
Assim, quando existe a possibilidade de aumentar o conhecimento de um tema novo, as revistas
tendem a ter um incentivo extra, visto estarem a publicar algo novo e com alto potencial de
acréscimo de conhecimento. Análises em temas novos também acarretam riscos, visto que como
não existe grande base literária, explorar “caminhos” novos pode ter os seus riscos com
eventuais erros, colocando em risco a credibilidade da revista em causa.
Portanto, cada revista tem uma abordagem diferente no que diz respeito à publicação de artigos
sobre um determinado tema, levando algumas a arriscar numa perspetiva de potenciar o
aumento de conhecimento e outras a não arriscar, focando-se em não correr potenciais riscos
de um tema com poucas bases poderá ter.
4.4. Análise por Número de Citações
Nos artigos mais citados apenas seis tem um resultado de mais de 200 citações, estando
retratados na figura 3.
32
Figura 3 - Número de citações por artigo
Em primeiro lugar, é de notar que 4 dos 6 artigos apresentados pertence a um intervalo curto
de 4 anos, correspondendo ao período em que se observou a “explosão” de crescimento do
número de artigos publicados sobre o plural sourcing, que foi demonstrado na análise temporal.
Em segundo lugar, os três artigos mais citados estão num patamar acima aos restantes, visto
que se olharmos para o terceiro mais citado (Williamson, O.E. (2008)) conta com quase o
dobro das citações do quarto mais citado (Anupindi, R; Akella, R (1993)), com 418 e 243
respetivamente. O mesmo se aplica se compararmos o artigo mais citado (Tomlin, B. (2006))
com o terceiro mais citado (Williamson, O.E. (2008)), 776 citações contra 418 citações,
revelando a grande disparidade que existe em termos de número de citações.
Se olharmos em termos de autores, facilmente notamos a diversidade de autores dos artigos
apresentados, não havendo nenhum autor com dois artigos nos mais citados, fruto das
diferentes abordagens para o tema que a literatura oferece. Assim, vários autores são
referenciados numa análise do tema sendo debatidos por diferentes vertentes, um pouco
como aconteceu neste trabalho nos capítulos anteriores, em que foram abordadas várias
perspetivas económicas para o plural sourcing, sendo que cada um explicava o tema com uma
visão diferente da realidade.
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Tomlin, B. (2006) Veugelers, R.,Cassiman, B.
(1999)
Williamson, O.E.(2008)
Anupindi, R;Akella, R (1993)
Yu, H., Zeng, A.Z.,Zhao, L. (2009)
Parmigiani, A.(2007)
33
5. Conclusão
A compreensão acerca dos limites das empresas e os seus determinantes desenvolveu-se
rapidamente nos últimos trinta anos. No entanto, o plural sourcing não recebeu a mesma
atenção que os relacionamentos individuais, apesar das evidências de que muitas empresas
optam por combinar “fazer” e “comprar” em vez de depender de várias unidades de
produção internas ou de vários fornecedores. Por exemplo, a Lego com a externalização de
parte da produção dos blocos de plástico, possui uma fábrica para produção desses mesmos
blocos. A Toyota percebendo que precisava de manter sua vantagem competitiva e sabendo
que não a obteria do seu fornecedor, internalizou parte da produção para obter experiência
de através da produção.
Os gerentes não devem ver a decisão make-or-buy como uma escolha entre duas alternativas.
Devem perguntar antes qual a parte dos seus requisitos devem produzir e qual a parte que
devem obter através de fornecedores. Especialmente, se enfrentarem problemas com a
proteção de ativos específicos da transação, degradação da qualidade do produto, procura
irregular, precisarem de acesso a novas tecnologias ou tiverem que resolver problemas não
divisíveis, devem considerar o plural sourcing.
O plural sourcing pode ser visto como qualquer combinação de diferentes relacionamentos
com fornecedores internos e externos usados para o mesmo serviço ou produto pela mesma
empresa. Como existem várias formas híbridas diferentes, o plural sourcing pode, portanto, ser
combinações do mercado e híbridas ou combinações de diferentes híbridos (Krzeminska, et
al., 2013). Isso nos fornece um grande número de estudos de plural sourcing que foram
negligenciados nas pesquisas existentes. Mais fundamentalmente, pode haver uma
necessidade de reconsiderar a unidade de análise e expandir a definição de plural sourcing para
incluir combinações de mercado e administração híbrida.
Muitas são as vantagens identificadas do plural sourcing. Por exemplo, fornece acesso a
informações sobre custo e preços de mercado e, com base nessas informações, as margens
dos fornecedores para reduções de preços podem ser estimadas. Reduz o risco de capacidade
interna inativa porque as unidades independentes podem ser usadas para partes irregulares
da procura, enquanto as unidades internas podem ser usadas para a parte estável da procura.
Também reduz a dependência de alguns fornecedores e fornece incentivos mais altos por
34
meio da competição entre unidades internas e externas. O plural sourcing também significa
custos fixos mais baixos em comparação à integração total, acesso a atividades externas de
I&D e redução da vulnerabilidade a greves ou escassez.
No entanto, a combinação de produção interna e fornecedores também pode, em certos
casos, aumentar os custos. Primeiro, a empresa precisa investir numa organização interna e,
ao mesmo tempo, investir na parte externa à empresa. Isso requer diferentes capacidades e
investimentos, conforme sugerido por Lafontaine (1992) pode haver custos enormes
relacionados ao desenvolvimento, manutenção e aplicação de uma variedade de contratos.
Segundo, pode causar conflito porque o departamento de produção interno está interessado
em se tornar o único fornecedor, enquanto os parceiros externos estão interessados em
substituir completamente a peça interna.
Faltam trabalhos teóricos e empíricos (para exceções, Heide, 2003; Parmigiani, 2007;
Puranam et al., 2013) e modelos que integrem trabalhos anteriores sobre plural sourcing de
modo a acelerar o processo natural de pesquisa empírica e da teoria. Desta forma, torna-se
um pouco difícil para que possamos tirar ilações mais exatas sobre de que forma o plural
sourcing pode ser vantajoso. Um grande número de outros problemas não resolvidos
permanece, o que faz do plural sourcing uma área interessante de pesquisa.
35
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41
Anexos
Autores Título Ano Revista Citações
Mukai, Y., Fujimoto, T., Park, Y.W.
“Virtual dual sourcing” of specialized goods: Lessons from supply chain disruption of Riken and Epson Atmix
2019 Journal of Enterprise Information
Management 0
Glock, C.H. A comparison of alternative delivery structures in a dual
sourcing environment 2012
International Journal of Production Research
20
Klosterhalfen, S., Kiesmüller, G.,
Minner, S.
A comparison of the constant-order and dual-index policy for dual sourcing
2011 International Journal of Production
Economics 14
Li, Q., Zhou, J. A horizontal capacity reservation game under asymmetric
information 2019
International Journal of Production Research
1
Ahiska, S.S., Appaji, S.R., King, R.E.,
Warsing Jr., D.P.
A Markov decision process-based policy characterization approach for a stochastic inventory control problem with
unreliable sourcing 2013
International Journal of Production Economics
18
Miller, H.E., Engemann, K.J.
A Monte Carlo simulation model of supply chain risk due to natural disasters
2008 International Journal of Technology,
Policy and Management 7
Silbermayr, L., Minner, S.
A multiple sourcing inventory model under disruption risk 2014 International Journal of Production
Economics 30
Mohsenzadeh, A., Sobhanallahi, M.A.,
Khamseh, A.A.
A new stochastic demand model for dual-sourcing supply chain considering disruption risk
2017 International Journal of Services and
Operations Management 0
42
Zhu, L., Zhang, Y., Ren, X.
A newsvendor problem with two suppliers under dual-channel supply chain and supply disruption
2016 2016 13th International Conference
on Service Systems and Service Management, ICSSSM 2016
0
Fong, D.K. A note on exact moment computation for normal lead times in
the two-supplier case 1992
Journal of the Operational Research Society
10
He, J., Alavifard, F., Ivanov, D., Jahani, H.
A real-option approach to mitigate disruption risk in the supply chain
2018 Omega 16
Serel, D.A. A single-period stocking and pricing problem involving
stochastic emergency supply 2017
International Journal of Production Economics
2
Ryu, S.W., Lee, K.K. A stochastic inventory model of dual sourced supply chain with
lead-time reduction 2003
International Journal of Production Economics
67
Liu, S., Lin, J., Hayes, K.A.
An agile and diversified supply chain: Reducing operational risks 2010 Competitiveness Review 7
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2011 International Journal of Production
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A multiple sourcing inventory model under disruption risk 2014 International Journal of Production
Economics 30
Mohsenzadeh, A., Sobhanallahi, M.A.,
Khamseh, A.A.
A new stochastic demand model for dual-sourcing supply chain considering disruption risk
2017 International Journal of Services and
Operations Management 0
Zhu, L., Zhang, Y., Ren, X.
A newsvendor problem with two suppliers under dual-channel supply chain and supply disruption
2016 2016 13th International Conference
on Service Systems and Service Management, ICSSSM 2016
0
Fong, D.K. A note on exact moment computation for normal lead times in
the two-supplier case 1992
Journal of the Operational Research Society
10
He, J., Alavifard, F., Ivanov, D., Jahani, H.
A real-option approach to mitigate disruption risk in the supply chain
2018 Omega 16
Serel, D.A. A single-period stocking and pricing problem involving
stochastic emergency supply 2017
International Journal of Production Economics
2
Ryu, S.W., Lee, K.K. A stochastic inventory model of dual sourced supply chain with
lead-time reduction 2003
International Journal of Production Economics
67
Liu, S., Lin, J., Hayes, K.A.
An agile and diversified supply chain: Reducing operational risks 2010 Competitiveness Review 7
Ju, WR; Gabor, AF; van Ommeren, JCW
An approximate policy for a dual-sourcing inventory model with positive lead times and binomial yield
2015 European Journal of Operational
Research 12
Dong, CW; Transchel, S; Hoberg, K
An inventory control model for modal split transport: A tailored base-surge approach
2018 European Journal of Operational
Research 1
44
Fong, DKH; Gempesaw, VM; Ord,
JK
Analysis of a dual sourcing inventory model with normal unit demand and Erlang mixture lead times
2000 European Journal of Operational
Research 23
Arts, J; Kiesmuller, GP Analysis of a two-echelon inventory system with two supply
modes 2013
European Journal of Operational Research
8
Zhu, S.X. Analysis of dual sourcing strategies under supply disruptions 2015 International Journal of Production
Economics 11
Janakiraman, G., Seshadri, S., Sheopuri,
A.
Analysis of tailored base-surge policies in dual sourcing inventory systems
2015 Management Science 15
Rosic, H; Jammernegg, W
Analysis of the Economic and Environmental Performance of Dual Sourcing Based on a Single-Period Inventory Model
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