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ÓRGÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FACULDADE DE DIREITO DA USP Out/Nov/Dez/2010 Nesta edição: Editorial: Do Direito ao Voto à Presidência Destaque: 01 A Consciência Negra em Todos Nós Crônica: Insubstituível Autopsicografia Saúde: Automedicação - A Vilã da Vez Utilidade Pública: Reciclando Valores: Gratidão Doação de Órgãos: uma questão de autonomia Dicas: Introdução à Informática II Como agir no elevador em pane Variedades: Inauguração sala da CIPA Eu Indico: “Planeta Favela” O que se Faz?: Assistência Técnica Acadêmica ?Quem sou eu?: Jorge Luis Magalhães da Silva Braggio Reconstituindo Nossa História: Rogério Lauria Tucci Semana do Livro e da Biblioteca GDUCC - “Diálogos com o Cárcere” Aniversariantes do Trimestre Agenda Cultural 02 03 03 04 05 06 07 08 08 09 09 10 10 11 11 11 12 12 Editorial ANO V N. 12 O SÃO FRANCISCO ISSN: 1983—862X Tiragem: 500 exemplares DO DIREITO AO VOTO À PRESIDÊNCIA Quando há 78 anos foi dado à mulher o direito ao voto, nem as mais oti- mistas imaginaram chegar tão longe ao Poder. Uma jornada longa, cansativa e cheia de preconceitos, foi o que as mulheres enfrentaram. Desde Alzira Soriano, primeira prefeita eleita, em 1928, até Dilma Rousseff, primeira presidente da Re- pública, a luta foi difícil; porém, todas as combatentes muito corajosas. Alzira Soriano Dilma Rousseff Vale lembrar nomes importantes dessa luta. Elas foram as pioneiras: Car- lota Pereira Queiroz, deputada federal (1933); Antonieta Barros, primeira mulher negra eleita, em 1934; Thereza Grisólia Tang, juíza de Direito (1954); Maria Es- ther de Figueiredo Ferraz, ministra da Educação (1982); Junia Marise e Marluce Pinto, senadoras (1990); Roseana Sarney, governadora (1994). Estas, entre outras, famosas ou anônimas, foram e são mulheres que, inde- pendente de ideologia, preferência política, raça ou credo, deram e continuam contribuindo ao avanço da participação feminina no Poder. Nas eleições de 2010, embora o número de mulheres eleitas tenha diminuí- do, ficou claro que a maioria dos eleitores acreditava que uma mulher deveria as- sumir o maior cargo eletivo do País; pois, percentualmente, Dilma Rousseff e Ma- rina Silva obtiveram juntas 66,24% dos votos. O que para muitos foi uma surpresa. Agora a sorte está lançada! E a partir de 1º de janeiro de 2011 não será a Dilma, presidente eleita, que ficará exposta a todos os olhares e sujeita a todo tipo de julgamento e sim a Dilma mulher. Ela terá que provar que “dá conta”. O São Francisco parabeniza e deseja toda sorte à Presidente. Que seu man- dato abra ainda mais portas para nós mulheres brasileiras. Ana Rita Alves Meneses Lima (Imprensa) Os interessados em publicar maté- rias deverão encaminhá-las ao Ser- viço Técnico de Imprensa, Sala 110 - Prédio Anexo I (impressa e em arquivo.doc), ou pelo e-mail: [email protected]. INSTRUAM-SE, INFORMEM-SE, UNAM-SE, TRANSFORMEM-SE!

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ÓRGÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FACULDADE DE DIREITO DA USP

Out/Nov/Dez/2010

Nesta edição:

Editorial:

Do Direito ao Voto à Presidência

Destaque:

01

A Consciência Negra em Todos Nós

Crônica:

Insubstituível Autopsicografia

Saúde:

Automedicação - A Vilã da Vez

Utilidade Pública:

Reciclando Valores: Gratidão

Doação de Órgãos: uma questão de autonomia

Dicas:

Introdução à Informática II Como agir no elevador em pane

Variedades:

Inauguração sala da CIPA

Eu Indico: “Planeta Favela”

O que se Faz?: Assistência Técnica Acadêmica

?Quem sou eu?: Jorge Luis Magalhães da Silva Braggio

Reconstituindo Nossa História:

Rogério Lauria Tucci

Semana do Livro e da Biblioteca

GDUCC - “Diálogos com o Cárcere”

Aniversariantes do Trimestre

Agenda Cultural

02

03

03

04

05

06

07

08

08

09

09

10

10

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12

Editorial

ANO V N. 12

O SÃO FRANCISCO

ISSN: 1983—862X

Tiragem: 500 exemplares

DO DIREITO AO VOTO À PRESIDÊNCIA

Quando há 78 anos foi dado à mulher o direito ao voto, nem as mais oti-mistas imaginaram chegar tão longe ao Poder. Uma jornada longa, cansativa e cheia de preconceitos, foi o que as mulheres enfrentaram. Desde Alzira Soriano, primeira prefeita eleita, em 1928, até Dilma Rousseff, primeira presidente da Re-pública, a luta foi difícil; porém, todas as combatentes muito corajosas.

Alzira Soriano Dilma Rousseff Vale lembrar nomes importantes dessa luta. Elas foram as pioneiras: Car-

lota Pereira Queiroz, deputada federal (1933); Antonieta Barros, primeira mulher negra eleita, em 1934; Thereza Grisólia Tang, juíza de Direito (1954); Maria Es-ther de Figueiredo Ferraz, ministra da Educação (1982); Junia Marise e Marluce Pinto, senadoras (1990); Roseana Sarney, governadora (1994).

Estas, entre outras, famosas ou anônimas, foram e são mulheres que, inde-pendente de ideologia, preferência política, raça ou credo, deram e continuam contribuindo ao avanço da participação feminina no Poder.

Nas eleições de 2010, embora o número de mulheres eleitas tenha diminuí-do, ficou claro que a maioria dos eleitores acreditava que uma mulher deveria as-sumir o maior cargo eletivo do País; pois, percentualmente, Dilma Rousseff e Ma-rina Silva obtiveram juntas 66,24% dos votos. O que para muitos foi uma surpresa.

Agora a sorte está lançada! E a partir de 1º de janeiro de 2011 não será a Dilma, presidente eleita, que ficará exposta a todos os olhares e sujeita a todo tipo de julgamento e sim a Dilma mulher. Ela terá que provar que “dá conta”.

O São Francisco parabeniza e deseja toda sorte à Presidente. Que seu man-dato abra ainda mais portas para nós mulheres brasileiras.

Ana Rita Alves Meneses Lima (Imprensa)

Os interessados em publicar maté-rias deverão encaminhá-las ao Ser-viço Técnico de Imprensa, Sala 110 - Prédio Anexo I (impressa e em arquivo.doc), ou pelo e-mail: [email protected]. INSTRUAM-SE, INFORMEM-SE, UNAM-SE, TRANSFORMEM-SE!

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Destaque

O SÃO FRANCISCO

ANO V - N. 12

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A CONSCIÊNCIA NEGRA EM TODOS NÓS

Como conviventes há 500 anos, pensamos e construí-mos nossa cosmovisão. Chamamos consciência negra a per-cepção pelos brasileiros dos valores, crenças e conhecimentos da contribuição africana para nossa convivência. Nossa africa-nidade é uma visão diferenciada do legado africano para a riquíssima e diversificada cultura brasileira. Conquista que só recentemente recebeu o devido reconhecimento graças à con-tribuição do movimento negro hoje integrado por intelectuais de todas as áreas do conhecimento e lideranças legítimas de nosso povo.

O momento histórico é espe-cial face à reconstitucionali-zação pela qual estamos pas-sando desde que os movi-mentos sociais se uniram pela redemocratização. Uma atuação política conjunta pela constituinte de 1988 dependeu de prévias ações da

nossa sociedade brasileira organizada (intelectuais, artistas, trabalhadores, universitários e suas lideranças feministas, soci-alistas, religiosas, sindicalistas, bem como expressões das minorias, movimento negro, movimento feminista, movimenta glbtt e etc). Sejam nas reuniões, discussões, nos manifestos conjuntos, nas panfletagens e passeatas, ou nas formas de pro-testo, aqueles momentos graves propiciaram o entrosamento na luta pela democracia e singular aprofundamento nos objeti-vos do movimento social no Brasil.

A conquista foi esta Lei Fundamental (Constituição Federal de 1988) que trás entre seus fundamentos a dignidade da pessoa e a cidadania, além de finalmente determinar à le-gislação, a punição de qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades, bem como a tipificação da prática de racismo como crime (Código Penal, artigo 140, parágrafo terceiro; Lei 7716/89; Lei 8081/90; Lei 8882/94; Lei 9459/97; Lei 9455/97; Lei 10.639/03; Lei 10.678/03 e Lei 12288/10). Faz, também, justiça aos até então invisíveis, “quando reco-nhece” o direito de propriedade sobre as terras ocupadas pelas comunidades remanescentes de quilombos (artigo 68 ADCT). Compromissada com a conscientização de todos os brasileiros de seu pertencimento a um povo dotado de ampla diversidade étnica, assegura o pleno exercício de direitos culturais, bem como a proteção das manifestações culturais de todos os “grupos participantes do processo civilizatório nacional”.

Assim, a Constituição Federal de 1988, expressando nossa sociedade pela voz dos movimentos sociais, inclusive o movimento negro, reconhece como fundamentais os Direitos Humanos, inclusive o direito à igualdade racial, coibindo “distinções de qualquer natureza” que se oponham à dignidade da pessoa.

Aí está nosso Estado Democrático de Direito e propos-to por uma Constituição, cujo entendimento é no sentido de exigir-se efetividade aos direitos que protege.

Neste ambiente, com plena liberdade de expressão, um intelectual do Rio Grande do Sul, Oliveira Viana, saudosa liderança do movimento negro, propôs e ferrenhamente defen-deu a escolha de um novo momento histórico, talvez uma data para a reflexão política de todos os negros brasileiros, os que

se auto declaram negros, sobre sua cidadania e condições de vida neste Brasil grande.

Infelizmente, nossa romanciada “história oficial do Brasil” é omissa quanto à atuação de nossas lideranças legítimas, por mais determinantes que sejam seus atos para nossa conscientização e auto-estima coletiva.

Imagine-se que somente na década de 60 do sécu-lo XX a sociologia histórica do Doutor Clóvis Moura (Doutor Honoris Causa pela Universidade de São Paulo) expõe-nos a espetacular saga dos movimentos libertários, que durante os 400 anos de escravização reuniram negros que se rebelavam e organizavam quilombos, verdadeiras comunidades políticas com normas costumeiras e organi-zada produção e distribuição de produtos agrícolas.

O quilombo mais conhecido, posto que citado por viajantes estrangeiros épicos e historiadores (sec. XVII), foi o quilombo dos Palmares e suas lideranças, que du-rante 60 anos defenderam aquela comunidade política, cuja produção era comercializada com várias vilas e fa-zendas da região da Serra da Barriga, em Alagoas. Abri-gava também ameríndios e brancos perseguidos pelo governo colonial. Destaca-se seu último chefe político Zumbi, falecido em plena batalha no dia 20 de novembro de 1695.

Aí está, 20 de novembro, data oficial da Consci-ência Negra, a expressar fatos verdadeiros e comprova-dos, envolvendo ações políticas inteligentes quanto res-peitáveis, pela liberdade e convivência organizada que propiciava aos seus. O herói, Zumbi dos Palmares, deu a vida em defesa daquela comunidade.

No Brasil do século XXI, ainda tem inúmeras comunidades remanescentes de quilombos, presentes em todos os estados brasileiros, a demonstrar gravíssima forma de racismo institucional, uma vez que permanece-ram excluídas do processo de desenvolvimento. Somam 85 comunidades no Estado de São Paulo e o Estado brasi-leiro com o maior número é o do Pará, com aproximada-mente 245 comunidades remanescentes de quilombos.

O Dia da Consciência Negra é para os brasileiros um momento importante para relembrar nossa coragem e capacidade de organização para ações políticas e reinvin-dicatórias, portanto plenamente capazes para exigir a efetividade dos direitos fundamentais, inclusive a igual-dade racial.

Eunice Aparecida de Jesus Prudente

Profa. Dra. Departamento de Direito do Estado

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Crônica

O SÃO FRANCISCO

ANO V - N. 12

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INSUBSTITUÍVEL

Autor desconhecido

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível". A frase parece ecoar nas pare-des da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente, um braço se levanta e o diretor se pre-para para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta? - Tenho sim. - E Beethoven? - Como? - o encara o diretor confuso. - O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven? Silêncio..... O funcionário fala então:

- Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter ta-lentos, mas no fundo continuam achando que os profissio-nais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? etc...

Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.

Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvol-ver o talento da sua equipe, focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/deficiências'.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso instável, Caymmi preguiçoso, Ken-nedy egocêntrico, Elvis paranóico...

O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pon-tos fortes de cada membro.

Fazer brilhar o talento de cada um em prol do su-cesso de seu projeto. Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe cor-re o risco de ser aquele tipo de líder/técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter

notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria monta-nha, nem lagoas, nem cavernas, nem homens, nem mu-lheres, nem sexo, nem chefes, nem subordinados . . . apenas peças.

Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o progra-ma seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a

'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substi-

tuí-lo, chamamos:... Ninguém... pois nosso Zaca é in-

substituível"

Portanto nunca esqueça: Você é um talento úni-co... com toda certeza ninguém te substituirá!

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso

fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por

não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o

pouco que posso."

"No mundo sempre existirão pessoas que vão te

amar pelo que você é..., e outras..., que vão te odi-

ar pelo mesmo motivo..., acostume-se a isso...,

com muita paz de espírito...".

BBBOMOMOM PARAPARAPARA REFLETIRREFLETIRREFLETIR EEE SESESE VALORIZARVALORIZARVALORIZAR!!!

Texto enviado por

Miriam T. Monteiro (Assistente Social – USP/FD)

Crônica

AUTOPSICOGRAFIA

Fernando Pessoa

O Poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas da roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração.

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Saúde Saúde

AUTOMEDICAÇÃO – A VILÃ DA VEZ

A automedicação é uma prática difundida não apenas no Brasil, mas em quase todo o mundo; afinal, de médico e louco todos têm um pouco. Inúmeros são os fatores que le-vam as pessoas a esse tipo de comportamento, como por e-xemplo: - A disponibilidade de medicamentos de uso mais simples e comum, como analgésicos e antitérmicos, em farmácias e drogarias; - A precariedade dos sistemas de saúde, obrigando ao enfren-tamento de enormes filas e atendimentos deficitários; - A propaganda desenfreada e massiva de medicamentos nos meios de comunicação, explicitamente estimulando esse tipo de comportamento pela célebre e pseudo-bem-intencionada frase: “persistindo os sintomas, consulte seu médico”. - A dificuldade e o alto custo de se conseguir uma prescrição médica; - A falta de regulamento e fiscalização daqueles que vendem e a ausência de campanhas educativas sobre os efeitos muitas vezes irreparáveis dessa prática para quem consome.

Discute-se no meio acadêmico que um certo nível de automedicação seria até desejável para reduzir a utilização desnecessária dos serviços de saúde. O problema reside no fato de que existe a regulamentação da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - para a venda e propaganda de medicamentos, mas não há orientação para os usuários.

“Não há orientação para aqueles que os utilizam. O fato

de se poder adquirir um medicamento sem prescrição não

permite o indivíduo fazer uso indevido do mesmo, isto é,

usá-lo por indicação própria, na dose que lhe convém e

na hora que achar conveniente” (ANVISA) Os perigos da automedicação não se restringem às

drogas alopáticas (não-homeopáticas). Há riscos também na chamada medicina alternativa, onde as plantas medicinais podem causar danos, não por suas propriedades curativas, mas pela manipulação feita por leigos, podendo comprometer a qualidade do produto. Cito como exemplo alguns cosméti-cos que, em contato com o couro cabeludo produzem efeito teratogênico (capaz de produzir dano ao feto e até mesmo aborto), pela contaminação com chumbo.

A substanciosa e terapêutica soja e seus derivados, ricos em flavonóides, podem marcar um gol contra, se ingeri-da sem controle. O uso das isoflavonas tem se intensificado entre as mulheres por seu efeito estrogênico, ou seja, faz a função do hormônio feminino, estrogênio, aliviando os sinto-mas do climatério. Entretanto, a ingestão exagerada de com-primidos de soja sem controle de qualidade e sem supervisão médica tem causado efeitos colaterais significativos como as discrasias sanguíneas, ou seja, o aumento anormal de teor de cálcio no sangue.

Um dos principais malefícios é que a automedicação pode mascarar diagnósticos de doenças graves na fase inicial, quando ainda são tratáveis. Um dos casos mais comuns é a apendicite aguda. A ingestão de antibióticos ameniza os sin-tomas, principalmente a dor, mas a doença evolui. Assim, um caso que poderia ser facilmente resolvido com uma apendi-cectomia (remoção cirúrgica de um apêndice inflamado),

pode evoluir para um quadro de peritonite grave, com conseqüências até fatais.

Entretanto, o exemplo mais relevante e mais peri-goso é o uso abusivo de antibióticos, já que as conse-qüências dessa prática podem atingir não só o indivíduo, mas toda população, a nível mundial.

O uso indiscriminado de antibióticos pode facili-tar o aparecimento de cepas de microorganismos resis-tentes, as chamadas super bactérias.

Antibióticos são substân-cias desenvolvidas a partir de fungos, bacté-rias ou elementos sintéti-cos, produzidos em labo-ratórios farmacêuticos, cuja finalidade é comba-ter microorganismos causadores de infecções. Alexander Fleming,

pesquisador inglês, desenvolveu o primeiro antibiótico, a penicilina. Atualmente, existem antibióticos potentes contra diversas doenças, como pneumonia, sífilis, menin-gite, tuberculose, gonorréia, escarlatina, etc.

E o que são super-bactérias? São microorganismos que contêm um gene cha-

mado NDM-1 (Nova Deli metalo-beta-lactamase - 1), que os torna resistentes a antibióticos, entre eles os cha-mados carbapenemas.

Até agora, a maioria das infecções por microorga-nismos com o gene NDM-1 são passíveis de tratamento. No entanto, pelo menos um tipo de infecção por NDM-1 estudado pelos pesquisadores é resistente a todos os tipos de antibióticos disponíveis.

De acordo com estudo publicado na revista Lancet, uma epidemia global de NDM-1 é “possível e assustadora”. Para que isso não aconteça é preciso, antes de tudo, a conscientização das pesso-as com relação à automedi-cação e, principalmente, a conscientização dos profissio-nais da área médica e farmacêutica para medidas preven-tivas, como: - Identificação e isolamento rápido de pacientes diagnos-ticados com infecções; - Desinfecção de equipamentos de hospitais e boa higiene por parte dos médicos e enfermeiras; - Maior rigor das empresas do ramo de saúde com rela-ção aos funcionários que entram e saem dos hospitais e clínicas com os respectivos uniformes, levando e trazen-do contaminações diversas.

PRESERVAR É SEMPRE MELHOR E MAIS BARATO DO REMEDIAR

Conceição Vitor (Imprensa)

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Utilidade Pública

RECICLANDO VALORES: GRATIDÃO

“Gratidão é compreender que temos tudo aquilo que

precisamos, pelo menos no momento presente”.

(M.J. Ryan)

Para a tratativa do tema em foco, válido foi bus-car o auxílio do dicionário que diz acerca do conceito de gratidão ser: s.f. 1. Qualidade de quem é grato. 2. Reco-nhecimento por um benefício recebido; agradecimento, reconhecimento. Ser grato, portanto, é reconhecer o va-lor de quem nos ajudou, apoiou e vale como requisito para quando se precisar outra vez. E todos um dia vão precisar, uma vez que ninguém é auto-suficiente.

Na maioria das vezes, só se agradece aquilo que se considera positivo, a nosso favor. Todavia, vale lem-brar que é ao superar os obstáculos que se cresce. Viver não é tão fácil quanto parece, porém é mais simples do que se pode supor. Com efeito, ser adulto exige respon-sabilidades, a fim de tomar a direção que se quer na vida, mas sendo grato, a caminhada tornar-se-á mais tranqüila.

A pessoa que tem gratidão re-conhece quem a ajudou no pre-sente e no passado. Sabe ainda reconhecer o valor dos colegas e dos amigos; sabe agradecer a seus pais, professores e a quem mais lhe ensinou algo. De-monstrar essa gratidão, publi-camente ou não, com certeza fará com que tenha sempre mais e melhores amigos, con-soante ensina o professor de

Antropologia Empresarial, Luis Marins. Ademais, cumpre lembrar que a ingratidão está

associada ao orgulho, e não faz bem a ninguém. Até mesmo no âmbito empresarial, se não houver gratidão aos cooperadores e consumidores, a credibilidade restará menor ao longo do tempo. A pessoa sem gratidão corre o risco de não mais ser ajudada quando necessitar, e pode perder o respeito daqueles que a ajudaram.

Ser grato faz bem a quem ajudou, orientou, deu amor, ofereceu a mão, contudo o bem maior é para quem agradece, pois terá consciência de que pode contar com pessoas que o amam ou que acreditam nela, ou sim-plesmente que trazem como lema de vida fazer o bem sem olhar a quem.

A gratidão deve ser cultivada, de preferência, no fundo do coração. Ressalte-se que nem sempre a oportu-nidade de crescer na vida surgirá facilmente, portanto àqueles que contribuíram para nosso crescimento deve-se agradecer. Sonhos e projetos todos têm, ainda que não estejam determinados nitidamente, mas para concretizá-los, sempre dependerão de ajuda alheia, ao menos de um olhar atento de alguém que nos entenda, nos impulsione, motive...

Embora difícil, até mesmo as complicações, o desdém de alguns que fingem ou mesmo não enxergam qualidades nos outros, negando credibilidade à sua capa-cidade de vencer, até mesmo isto pode transmutar-se em força para superar os demais empecilhos que eventual-mente possam surgir no caminho. As situações difíceis são meras possibilidades de reordenação das coordena-das que escolhemos na trilha rumo ao que se almeja. E vale ser grato até nesta reflexão, após superados os obs-táculos, pois dessa forma, vencer significará muito mais, terá um sabor muito mais especial.

O que a vida nos traz de bom deve-se usufruir, entretanto urge que se consiga transformar o que nos parece de difícil solução, com a mesma intensidade no melhor que se puder, e ainda ser grato ao encontrar al-guém que nos ensine algo, oriente e auxilie, pois nin-guém vence sozinho.

É imprescindível sermos gratos às pessoas que no decorrer de nossa vida nos deram seu amor, seu apoio, sua amizade, uma palavra amiga e que, de alguma for-ma, apostaram em nós. Aos professores de vida, aos nossos pais, àquelas pessoas que perderam seu tempo nos ensinando algo de bom que hoje buscamos multipli-car; qualquer coisa que nos foi útil na caminhada rumo ao nosso desenvolvimento na vida pessoal ou na esfera profissional.

Existe um ditado que diz que as pessoas ensinam aquilo que mais precisam aprender. Então que seja, haja vista o mundo em que se vive, no qual todos precisam se renovar, reciclar, resgatar de vez em quando nossos me-lhores valores deixados pra trás, numa constante busca para ser uma pessoa melhor possível.

Em síntese, seja sempre grato, porém não espere pelo reconhecimento de ninguém. A gratidão, assim como o amor, é um dever. Não aquece somente quem a recebe, mas reconforta quem a oferece de coração. A gratidão cria felicidade porque faz com que nos sinta-mos plenos, completos.

Retomando a idéia inicial, oportuna a dica do livro “O poder da Gratidão”, de M. J. Ryanda, da Edito-ra Sextante, que trata sobre o tema felicidade, sobre a pura alegria de viver e que está sempre ao nosso alcance.

Neurilene Gomes (Imprensa)

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Utilidade Pública

O SÃO FRANCISCO

ANO V - N. 12 6

Utilidade Pública

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: UMA QUESTÃO DE AUTONOMIA

Em dissertação de mestrado digna de nota, a Pro-fessora portuguesa Maria Paula Bonifácio Ribeiro de Faria analisa os aspectos penais envolvendo os trans-plantes de órgãos.

Dentre as diversas nuances estudadas pela auto-ra, merece destaque a defesa do respeito à vontade do morto, relativamente ao destino que pretendia dar aos seus próprios órgãos.

Primeiramente, a autora sustenta que, se o faleci-do se declarou doador em vida, não teria sua família legi-timidade para negar a retirada de seus órgãos para fins de transplante. Admite, no máximo, que os familiares fun-cionem como testemunhas de eventual mudança de âni-mo por parte do falecido, às vésperas de sua morte.

Seguindo a mesma lógica, se o finado declarou que não gostaria de doar seus órgãos, a autora defende que os familiares não po-dem autorizar a retirada. E por conferir um relevo bas-tante grande à autonomia individual, entende que seri-a legítimo punir criminal-

mente quem retira os órgãos de pessoa morta que, quan-do em vida, declarou não querer ser doadora.

No Brasil, a legislação que disciplina a matéria confere maior importância à vontade dos familiares que à vontade do falecido, na medida em que o artigo 4o, da Lei 10.211/01, determina que “a retirada de tecidos,

órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para

transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá

da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade,

obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o

segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito

por duas testemunhas presentes à verificação da morte”. Em outras palavras, permite-se que os parentes

autorizem a retirada dos órgãos, quando o morto, em vida, o negou. Da mesma forma, a legislação nacional possibilita que os parentes neguem a retirada dos órgãos, quando o falecido, por livre e espontânea vontade, se declarou doador.

A dissertação da Professora Maria Paula traz muitos questionamentos, sobretudo no que concerne à retirada de órgãos de pessoas vivas, assunto sobre o qual poderemos tratar em uma outra oportunidade.

Igualmente, a legislação pátria permite um eleva-do número de considerações e até propostas de altera-ção. O tema, em qualquer lugar do mundo, é bastante polêmico.

Pareceu-me razoável, entretanto, trazer essas breves notas ao periódico de nossa Universidade, para

sugerir que a vontade manifesta do indivíduo seja res-peitada, mesmo após sua morte.

É interessante como o ordenamento confere poder vinculante à vontade do falecido no que pertine ao seu patrimônio, mas não no que tange ao seu próprio corpo.

Seja por questões religiosas, ou de respeito à me-mória de alguém, a melhor forma de homenagear é pro-curar seguir a vontade de quem partiu.

A doação de órgãos é prova de solidariedade.

Por mais doloroso que seja o momento da despe-

dida e por maior que seja a vontade de crer em uma es-perança inexistente, não podem os parentes desrespeitar o desejo manifestado pelo falecido de ajudar um terceiro mediante a dação de seus órgãos.

Da mesma forma, por mais polêmico que possa parecer, entendo que a nobre finalidade de ajudar não pode se sobrepor à expressa declaração do morto de que não queria ser doador.

Não acredito que seria razoável criar um crime para punir quem autoriza a retirada de órgão de parente morto, que não queria doar; entretanto, acredito forte-mente que ao respeitar a vontade do parente que se foi, mostra-se para os mais jovens que a autonomia individu-al é um valor a ser cultivado, sempre.

Trilhando igual ordem de raciocínio, defendo e sugiro que se o falecido não manifestou qualquer desejo com relação às cerimônias fúnebres, a família tem direi-to de escolher como proceder.

Por outro lado, se expressou o desejo de ser, ou não ser, por exemplo, cremado, os parentes não podem transacionar acerca de tal pleito, não por razões jurídi-cas, mas por motivos puramente morais e nem tudo há de ser resolvido pelo direito.

A maior prova de tolerância é não fazer sobrepor a nossa crença, ou falta de crença, à crença do outro. A maior prova de respeito é conseguir fazer valer a vontade de quem não opõe mais qualquer resistência, ou pressão.

Respeitar o morto é um bom caminho para ensi-nar a respeitar o vivo.

Janaina Conceição Paschoal

Profa. Dra. Departamento de Direito Penal

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INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA - II

O que são Processadores

O processador é um circuito integrado que realiza as funções de cálculo e tomada de decisão de um computador, por isso é considerado o cérebro do mesmo. Também pode ser chamado de Unidade Central de Processamento (em inglês CPU: Central Processing Unit). Nos computadores de mesa (desktop), o processador encontra-se alocado dentro do gabinete, juntamente com a placa-mãe e outros elementos de hardware. Os processadores trabalham apenas com linguagem de máquina (lógica booleana, apenas 1 e 0), mas o que ele realmente faz? Imagine um programa, que são uma série de instruções; o processador executará essas instruções para que a tarefa seja completada, seja acessar os discos e trazê-los à memória, enviar dados para a impressora, receber informações de um scanner ou microfone; tudo isso dependendo das instruções programadas.

Clock interno e clock externo

Em um computador, todas as atividades necessi-tam de sincronização. O clock serve justamente para isso, ou seja, basicamente, atua como sinal de sincroni-zação. Quando os dispositivos do computador recebem o sinal de executar suas atividades, dá-se a esse aconteci-mento o nome de "pulso de clock". Em cada pulso, os dispositivos executam suas tarefas, param e vão para o próximo ciclo de clock.

A velocidade de operação dos processadores não é fixa, mas sim determinada pela placa-mãe. Na placa-mãe temos um pequeno cristal de Quartzo, chamado gerador de clock, que vibra alguns milhões de vezes por segundo, com uma precisão quase absoluta. As vibra-ções deste cristal são usadas para sincronizar os ciclos da placa-mãe, que sabe que a cada vibração do cristal, deve gerar certo número de ciclos.

A medição do clock é feita em hertz (Hz), a uni-dade padrão de medidas de freqüência, que indica o nú-mero de oscilações ou ciclos que ocorre dentro de uma determinada medida de tempo, no caso, segundos. As-sim, se um processador trabalha a 800 Hz, por exemplo, significa que é capaz de lidar com 800 operações de ciclos de clock por segundo. Repare que, para fins práti-cos, a palavra kilohertz (KHz) é utilizada para indicar 1000 Hz, assim como o termo megahertz (MHz) é usado para indicar 1000 KHz (ou 1 milhão de hertz). De igual forma, gigahertz (GHz) é a denominação usada quando se tem 1000 MHz, e assim por diante. Com isso, se um processador tem, por exemplo, uma freqüência de 800 MHz, significa que pode trabalhar com 800 milhões de ciclos por segundo.

As freqüências com as quais os processadores trabalham são chamadas também de clock interno. Neste ponto, você certamente já deve ter entendido que é daí que vêm expressões como Pentium 4 de 3,2 GHz, por exemplo. Mas os processadores também contam com o que chamamos de clock externo ou Front Side Bus (FSB) ou, ainda, barramento frontal.

O FSB existe porque, devido a limitações físicas, os processadores não podem se comunicar com a memó-ria usando a mesma velocidade do clock interno. Assim, quando essa comunicação é feita, o clock externo, de freqüência mais baixa, é que é usado.

Processadores com dois ou mais núcleos

Há muito tempo existem placas–mãe que supor-tam mais de um processador, mas em geral apenas servi-dores ou computadores especiais, que exigem grandes recursos de processamento, fazem uso desse equipamen-to, por causa de seu alto custo. Para uso pessoal ou de escritório o padrão é ter um processador no computador, que a um custo baixo resolva satisfatoriamente o proces-samento. Porém, à medida que os softwares se tornam cada vez mais complexos, utilizando mais de memória e de processamento, a indústria de processadores vai atua-lizando seus equipamentos, para aumentar a capacidade de processar.

O que sempre se fez foi aumentar o clock interno dos processadores. Dessa forma, tínhamos processadores mais rápidos. Porém, existem vários problemas nessa forma de upgrade; fica difícil desenvolver chips com clock´s maiores, e quanto maior o clock, maior a tempe-ratura e maior o consumo de energia. Uma das formas encontradas pelos fabricantes é produzir processadores com mais de um núcleo. Começaram com dois (dual-core), mas já temos os (multi-cores) com vários núcleos. É como se houvesse dois ou mais processadores dentro de um. O processador pode lidar com mais de um pro-cesso por vez, melhorando o desempenho do computa-dor como um todo.

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Não é porque um computador tem um processa-dor com mais de um núcleo, que proporcionalmente é mais rápido ao seu número de núcleos. Vários fatores servem para determinar a velocidade final de um com-putador: sua placa-mãe, suas memórias, sua placa de vídeo, os programas que estão sendo utilizados, entre outros.

Joel Simberg (Informática)

Referências: http://www.infowester.com/processadores1.php

http://motta-caixas.blogspot.com/2009/03/o-que-sao-

processadores.html

INAUGURAÇÃO DA NOVA SEDE DA CIPA

A CIPA-FD já tem uma nova sede, no 3º andar do Prédio Histórico, que foi aberta à visitação pública no último dia 6 de dezembro, evento que contou com a presença do Diretor da Faculdade de Direito, Professor Antonio Magalhães Gomes Filho e do Supervisor Téc-nico do SESMT/USP, Sr. Antonio Fernando Terra.

O local, além de abrigar documentos burocráti-cos e equipamentos de primeiros socorros, abrigará também as reuniões mensais da CIPA. A despeito das dificuldades, continuaremos lutando para a implantação do atendimento médico preventivo naquele local.

A CIPA – gestão 2010/2011 agradece a todos que colaboraram para essa conquista.

COMO AGIR NO ELEVADOR EM PANE

1) Nunca tente sair pelo buraco, ou parte aberta, pois o elevador pode subir ou descer. Aperte o botão de alarme até que o socorro chegue;

2) Sente-se em um canto e, em caso de descontrole emo-cional, abaixe a cabeça e feche os olhos;

3) Não se afobe, pois a circulação de ar permite a oxige-nação por várias horas;

4) Mantenha a calma e não tenha pressa. O elevador tem freios, suportes e ganchos que oferecem proteção, por-tanto, não irá cair sem mais nem menos.

5) Jamais fique apertando todos os botões para tentar fazê-lo funcionar novamente. Aperte apenas o alarme quantas vezes forem necessárias.

6) Antes de entrar, certifique-se de que o elevador esteja parado e espere as pessoas saírem.

7) Fique atento ao número de ocupantes. Se estiver mui-to cheio, não entre. Melhor perder alguns minutos do que perder a vida.

8) Em caso de incêndio, jamais use o elevador. Desça ou suba pelas escadas.

9) Em caso de pane ou sinistro, chame os bombeiros, pois são profissionais treinados e capacitados.

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EU INDICO

Livro “PLANETA FAVELA” (Mike Davis)

Foto: disponível em www.livrariacultura.com.br

Este livro, do urbanista norte-americano Mike Davis, retrata o outro lado da globalização, que se apresenta na história do presente sob o processo de favelização do mundo. Segundo Milton Santos, renomado geógrafo brasileiro, este é o lado perverso da globalização, e esta perversidade se expressa no território sob diferentes formas. Mike Davis analisa as grandes metrópoles no mundo, principalmente dos países subdesenvolvidos ou os ditos “emergentes”, basicamente na África, Ásia e na América Latina, sob o viés dos excluídos, dos habitantes da chamada “cidade informal”, ou seja, daquele fragmento da metrópole marcado pela negligência do poder público, pela falta de infra-estrutura básica, segurança, moradia digna, da ocupação ilegal, da violência, da miséria.

Nas palavras do autor, “o preço dessa nova ordem urbana será a desigualdade cada vez maior, tanto dentro de cidades de diferentes tamanhos e especializações econômicas quanto entre elas”. Este processo está em perfeita sintonia com as políticas ditadas pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial, que acabam “desajustando” os países subdesenvolvidos, cada vez mais endividados, sob a forma de grandes empréstimos. Assim, surgem gigantescas favelas, coexistindo com a “cidade formal” e com o “mundo perfeito” dos condomínios fechados; este processo contraditório e desigual, que se potencializa no período neoliberal, se expressa territorialmente no espaço urbano das grandes cidades e invade todos os níveis da vida social.

Como conseqüência, há uma “superurbanização”, impulsionada não pela geração de empregos e qualidade de vida, mas, sobretudo, pela reprodução da pobreza (e ao mesmo tempo pela concentração de riqueza nas mãos de poucos). O livro é de fácil leitura, escrito em linguagem jornalística, bastante esclarecedor dos processos acima descritos e, mesmo criticado por outros autores (por dizerem que Mike Davis é um militante de esquerda que apenas denuncia, mas não mostra uma saída), vale a pena sua leitura no sentido de se compreender, em parte, as injustiças sociais presentes nas metrópoles.

/Fabio Silveira Molina (CCInN)

O QUE SE FAZ?

ASSISTÊNCIA TÉCNICA ACADÊMICA

Responsável pelo suporte técnico à diretoria da Faculdade quanto ao Ensino, Pesquisa e Extensão, a Assis-tência Técnica Acadêmica possui competências específicas e desenvolve várias atividades de supervisão e coordenação relacionadas ao curso de Graduação e Pós-Graduação.

Conta com vários colaboradores para que a admi-nistração acadêmica caminhe no sentido da eficácia e efici-ência nas atividades desenvolvidas pelo Serviço Especiali-zado de Apoio Acadêmico, Serviço Especializado de Gra-duação, Serviço Especializado de Pós Graduação, Serviço Especializado Acadêmico, Seção de Arquivo e Museu, Setor de Comissões (Comissão de Graduação, Comissão de Cultura e Extensão e Comissão de Pesquisa), Setor de Con-vênios Internacionais e Nacionais, Setor de Diplomas, Se-tor de Estágio, Setor de Audiovisual, bem como os Depar-tamentos.

Atividades Desenvolvidas:

- Fornecer subsídios da área acadêmica para a elaboração de relatórios de atividades aos vários Serviços, Departa-mentos e Setores da área acadêmica; - Preparar os expedientes da Assistência Acadêmica (ofícios, informações, despachos, relatórios, portarias, pro-jetos); - Orientar e acompanhar a confecção da estrutura curricular; - Preparar e realizar eleições de diretor e vice-diretor, repre-sentantes docentes nas categorias e servidores técnico-administrativos (editais de convocação, atas de eleições); - Emitir atestados e declarações para os membros dos vá-rios colegiados; - Confeccionar os horários de aulas e organizar a distribui-ção das salas; - Preparar os expedientes e secretariar as sessões da Con-gregação e do Conselho Técnico Administrativo – CTA (pautas, convocações e atas); - Preparar e realizar os expedientes dos concursos de carrei-ra docente, bem como assessorar ao corpo docente quanto à legislação pertinente (desde os editais de abertura até a publicação dos resultados); - Solicitar expedição de diplomas de livre docência e titulares; - Elaborar calendário escolar semestralmente (calendário interno da FDUSP); - Confeccionar os quadros de provas normais e provas substitutivas; - Auxiliar os Departamentos nas questões acadêmicas; - Autorizar e reservar salas de aulas e equipamento de audi-ovisual; - Atender docentes, discentes e público em geral - pessoal-mente e via telefone; - Executar outras tarefas correlatas, conforme necessidade ou a critério do Senhor Diretor.

Eloíde Carneiro (Assistência Acadêmica)

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?QUEM SOU EU?

JORGE LUIS MAGALHÃES DA SILVA BRAGGIO é o simpático e sorridente chefe do Serviço Especializado de Materiais e Administração, que ingressou na FDUSP em março de 2005.

Paulistano nato, Jorge é filho de um pedagogo e de uma funcionária aposentada da Prefeitura de São Paulo.

É tecnólogo, formado pela FATEC, em duas car-reiras: a primeira de Obras Hidráulicas (hoje denominada Hidráulica e Saneamento), em 1997, e a segunda de Edi-fícios, concluída em 2002. Atualmente, cursa Licenciatu-ra em Física pelo IFSP (Instituto Federal de São Paulo).

Jorge se diz (e demonstra) ser tranqüilo e, como todo bom aquariano, procura ser sempre racional e práti-co. Confessa-se tímido quando ainda não tem intimidade, mas depois... Gosta de um solzinho na praia ou na pisci-na, passear, jogar bola, andar de bicicleta, cinema, vídeo game, pebolim, pingue-pongue e ir ao estádio ver o Co-rinthians. Gosta muuuuito de festa e é bom de garfo, de-gustando as delícias da culinária de qualquer lugar. De vez em quando... uma balada. Mas curte mesmo é um bom filme em casa com a patroa, Dona Rose, e com o filho Murilo.

Católico praticante e estudante de Física (que en-volve estudos filosóficos), Jorge revela não temer a mor-te, pois acredita que um dia reencontrará aqueles que partiram para voltar a dar boas gargalhadas da vida que se foi... e daquela que virá.

Um ditado que ele professa fervorosamente é: “Deus escreve certo por linhas tortas”.

Conceição Vitor (Imprensa)

RECONSTITUINDO NOSSA HISTÓRIA

Rogério Lauria Tucci

Paulista, nascido em Mogi Mirim, em 07 de março de 1929, Rogério Lauria Tucci é um dos mais concei-tuados juristas de São Paulo, conhe-cido da maioria dos funcionários da Faculdade de Direito e pai do tam-bém professor das Arcadas, José Rogério Cruz e Tucci. Graduou-se em Direito pela Pontifí-cia Universidade Católica de São Paulo, em 1952. Mais tarde, con-quistou os títulos de Doutor e Livre

Docente pela Universidade de São Paulo, finalmente sagrando-se Professor Titular do Departamento de Direito Penal. Aposentou-se em 1999.

Ingressou na USP em 1965, por regime de con-tratação, e em 1966 já foi designado professor catedrá-tico substituto, na Cadeira de Direito Comercial, du-rante o afastamento de seu titular Professor Sílvio Mutsuhito Marcondes Machado. Em 1968, já livre-docente, foi nomeado para reger o curso de Direito Romano, em substituição ao Professor Alexandre Au-gusto de Castro Corrêa. Em 1969, regeu o curso de Direito Judiciário Civil, devido à aposentadoria do Professor Luis Eulálio de Bueno Vidigal. No mesmo ano, passou a reger também a Cadeira de Direito Judi-ciário Penal, na vaga do Professor Joaquim Canuto Mendes de Almeida. Com a titularidade, assinou as disciplinas de Direito Processual Civil e Direito Pro-cessual Penal.

Rogério Lauria Tucci administrou Cadeiras também em outras instituições de ensino como a FMU-Faculdades Metropolitanas Unidas, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, a UNAERP-Universidade de Rio Preto e a UNIPINHAL-Centro Regional Universi-tário de Espírito Santo do pinhal.

Escreveu, entre outras obras, “Ministério Pú-

blico e Investigação Criminal”, “Teoria do direito

Processual Penal”, “Direitos e Garantias Individuais

no Processo Penal Brasileiro.”

Conceição Vitor (Imprensa)

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter ver-gonha de ser honesto.” (Rui Barbosa)

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ANIVERSARIANTES DO TRIMESTRE

Outubro Funcionário / Setor Dia Hideo Suzuki / Diretoria 01 Mario Paulino S. Sobrinho / CPG 03 Marilene Mª Vieira da Silva /Copa 03 Nádia Ferreira Lima / Biblioteca 03 Neide de Oliveira / CPG 03 Célio Eduardo da Silva / Audiovisual 04 Cleusa Aparecida N. Barbosa / CPG 04 Jair Balduino Ferreira / Biblioteca 04 Denise Maria da Silva / Serviços Gerais 08 Wagner de Souza Dutra / Compras 08 Giovani Pavão / DTB 09 Fernanda de Jesus Santos Targino / DIN 10 David dos Anjos Ceres / Audiovisual 11 Carla Cristina do Nascimento / Biblioteca 17 Ligiane Laurentino S. Oliveira / Copa 21 Vera Nice Barbosa / Contabilidade 22 Agostinha Cardoso Batista / Biblioteca 23 Aparecida Mª Vaz de Oliveira / Biblioteca 24 Ana Lima Batista / DFD 29

Novembro Funcionário / Setor Dia Anibal Ribeiro Cavalli / Tesouraria 03 Jaques Almeida de Carvalho / Segurança 03 Rosa Maria Bellintani / Setor Comissões 06 Vera Lúcia de Souza / DES 06 Odesildo Olímpio de Macedo / Xerox 07 Jair José Damasceno / Segurança 11 Dalva Veramundo Bizerra de Souza / DPM 12 Lúcia Aparecida Alves de Menezes / DCV 19 João da Cruz Antero Simpliciano / Manut. 24 Claudia Regina Koga / DIN 29 Maria Cristina Giorlano de Moraes / ATD 29

Dezembro Funcionário / Setor Dia Waldir William Merisci / Arquivo-Museu 01 Marcio Cardoso Leal / Manutenção 06 Jefferson Pereira Alves / Serviço Alunos 08 José Elealdo Ferreira de Souza / Biblioteca 08 Valdir José Maria / Serviço Alunos 10 Alberto de Almeida e Silva / Segurança 11 Ruth Bispo dos Santos Gaia / Protocolo 13 Leandro Pereira / DES 16 Rogério Duarte da Silva / Segurança 17 José Ildo Vito / Setor de Diplomas 18 Beatriz dos Santos / DFD 23 Fabiana Natalia Ilario / Diretoria 24 Francisco Cizomar M. da Silva / Biblioteca 24 Fabiana Gulin Longhi Palácio / Biblioteca 27 Eurípedes Ferreira / Patrimônio 28 Neurilene Gomes da Silva / Imprensa 28 Waldegiso Galvão de Albuquerque / Xerox 29

FELIZ ANIVERSÁRIO!

GDUCC – GRUPO DE DIÁLOGO

UNIVERSIDADE-CÁRCERE-COMUNIDADE

É a iniciativa de um grupo de professores e acadêmicos da área de Direito Penal, visando a re-humanização do tratamento dado ao presidiário. Dentro desse programa, a Fa-culdade de Direito da USP se-

diou, no dia 19 de novembro, o II Seminário “Diálogos

com o Cárcere”, com a presença ativa de alguns de nos-sos professores: Sérgio Salomão Shecaira, Renato de Mello Jorge Silveira, Ana Elisa Liberatore Bechara e Alvino Augusto de Sá.

Foi gratificante ver professores, alunos e alguns funcionários lotando o auditório, o que nos traz a espe-rança de que a Humanidade ainda pode ter um futuro melhor. Se não podemos reescrever o passado desses cidadãos, que pelo menos tenhamos a disposição de pos-sibilitar-lhes um novo começo.

SEMANA DO LIVRO E DA BIBLIOTECA

A centenária Revista da Faculdade de Direito foi homenageada na Semana do Livro e da Biblioteca, even-to realizado entre os dias 10 e 12 de novembro, com palestras, exposição, apresentações musicais e poéticas.

A temática versou sobre a primeira fase da exis-tência histórica da Revista, que vai desde sua criação, em 1893, até a junção da Faculdade de Direito à Univer-sidade de São Paulo, em 1934.

A Semana do Livro e da Biblioteca é um evento anual promovido pelo SBD – Serviço de Biblioteca e Documentação. Parabenizamos seus organizadores.

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FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Diretor: Professor Titular Antonio Magalhães Gomes Filho

Vice-Diretor: Professor Titular Paulo Borba Casella

Assistência Acadêmica: Eloide Araújo Carneiro

Assistência Administrativa:.Veralice Cesar de Faria

Diretoria do Serviço de Biblioteca e Documentação: Andréia Terezinha Wojcicki

Chefia Técnica de Imprensa: Antonio Augusto Machado de Campos Neto

Conselho Editorial Coordenador: Professor Associado Eduardo Carlos Bianca Bittar

Editora: Maria da Conceição Vitor (DRT: 24456)

Revisores: Antonio Augusto Machado de Campos Neto

Neurilene Gomes da Silva

Diagramação: Maria da Conceição Vitor

Layout: Ana Rita Alves Meneses Lima

Expediente

Demais Membros: Dalva Veramundo Bizerra de Souza

Fábio Silveira Molina

Guaraciaba de Barros Juk

Joel Simberg Vieira

Leonardo Franco Martin

Elival da Silva Ramos

Eunice Aparecida de Jesus Prudente

Janaína Conceição Paschoal

Umberto Celli Júnior

Walter Piva Rodrigues

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Agenda Cultural

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Redação: Largo São Francisco, 95 - 1º andar -Sala 110 Anexo I - CEP: 01005-010 -São Paulo/SP Tel.: 3111-4114 - E-mail: [email protected]

MOSTRA DE TEATRO “SÃO PAULO + BELO HORIZONTE”

Até o dia 15 de dezembro, com apresentações gratuitas e apenas nos fins de semana, o Grupo XIX de Teatro apresenta um festival com cerca de dez espetáculos de São Paulo, Sorocaba e Belo Horizonte. A Mostra acontece na Vila Operária Maria Zélia, sede da companhia, e é dirigida por Luiz Fernando Marques.

Os espetáculos estão em cartaz desde o dia 6 de novembro e os grupos que integram o evento se assemelham por não se restringirem ao âmbito da dramaturgia; todavia, por pensarem no uso do espaço cênico e físico como ele-mento fundamental na narrativa de cada história. Os integrantes dos grupos aproveitam cada pedacinho do espaço físi-co, trazendo ineditismo cênico durante as apresentações, o que agrada o espectador.

Fazem parte da Mostra as peças: Hysteria, Hygiene e Arrufos (que além dessa apresentação em dezembro volta em outro teatro no ano de 2011), Esta Noite Mãe Coragem (de Zap 18, mineiro, que tem o alemão Bertolt Brecht como base) e Dizer e Não Pedir Segredo (de autoria dos paulistas do Teatro Kunyn, cujo tema principal é o homossexualismo).

Endereço: Vila Operária Maria Zélia (Armazém da Vila) Rua Cachoeira, esquina com a Rua dos Prazeres, no Catumbi Informações: 2081-4647 Ingressos: grátis (retirados no local uma hora antes do espetáculo) Não recomendado para menores de 16 anos

BALÉ QUEBRA NOZES

Até o dia 19 de dezembro, o Cisne Negro Companhia de Dança apresenta o tradicional espetáculo de balé nata-lino O Quebra Nozes, com músicas de Tchaikóvski. As apresentações são no maior teatro para musicais da América Latina, além de o mais charmoso de São Paulo: o Teatro Alfa.

Endereço: Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 (Metrô Santo Amaro) Ingressos compensadores: de R$ 60,00 a R$ 90,00 e podem ser adquiridos pelo site WWW.ingressorapido.com.br ou ainda pelos fones 5693.4000 e 0300.789.3377. Recomendado para todas as idades.

CINEMA

James Cameron relança o inesquecível “Avatar” com algumas cenas totalmente inéditas; porém, a história é a mesma que conta a vida de um ex-fuzileiro naval que perdeu os movimentos das pernas e que participa de experimento militar no planeta Pandora. O personagem envolve-se com habitantes do local e assim as-sume a missão de salvar o planeta da exploração humana, Avatar Special Edition está em cartaz no Unibanco Pompéia, na Sala Imax e em 3-D, projeção digital. No elenco, Zoe Saldana, Sigourney Weaver e Sam Northington.

Antonio Augusto Machado de Campos Neto (Imprensa)