o vila mariana - ed 14

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SÃO PAULO, JUNHO DE 2013 EDIÇÃO N 0 240 ANO 76 FRANCISCO RIO MICELI FUNDADOR 1937 76 anos WWW.OVILAMARIANA.COM.BR

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Jornal do Bairro Vila Mariana

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São Paulo, Junho de 2013 edição n0 240 ano 76

Francisco rio miceliFundador 1937

76anos

www.ovilamariana.com.br

OVila Mariana - JunhO de 2013

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EDITORIAL

CAROS LEITORES,Nestes 76 anos de existência, o Jornal O Vila Mariana foi marca-

do por uma história de gerações. Logo no inicio de sua fundação, veio como ideal de seu fundador Francisco Micelli(1901-1978) a ousadia com uma inovadora proposta editorial voltada para as rei-vindicações populares e que naturalmente foi continuada por seu filho Heber P. Micelli(1925-2000) dentro dos mesmos moldes de ação. Mas é a partir de hoje, levado pela terceira geração na pes-soa de seu editor Heber Micelli Jr que o Vila Mariana inicia uma nova fase de ousadia. Torna-se mais um dos tradicionais periódi-cos de Bairro sendo publicado não apenas como jornal impresso mas também informatizado, com noticiário acessível na internet. O jornal O Vila Mariana tem um imenso desafio pela frente ao encontrar um formato que equilibre a agilidade e portabilidade digitais com a organização e ordenação das informações e acon-tecimentos a serem compartilhados pelos leitores em seu bairro. O segredo será encontrar a fórmula de custeio adequada ao atual empreendimento e, ao mesmo tempo, estabelecer um vínculo de fidelidade e participação de seus anunciantes, para poder então consolidar uma relação de confiança com seus leitores.

Heber Micelli

Diretor Heber Micelli Jr.

Departamento comercialHeber Micelli Jr.

Editor caderno motorRubens Heredia

RevisãoBeatriz Vale

Representante ComercialUSA-MiamiDaniel Sossa

Direção de arteCya! studio

ColaboradoresAntonio Santos, Adenize de Oliveira,

Aristides Campos Jannini, Claudia de Oliveira, Cristiane Craveiro, João Soares, Luis Carlos Facuri, Maria da Paz Soares, Marília Martins, Marilen

Amorim, Michele Mauren Haikal, Nilza Amaral, Raquel C. S. Bohnstedt,

Renata Penzani, Rubens Heredia, Sandra Campello, Zaquie C. Meredi-th, Vicente Miceli e Wallescka Viotti.

Impressão OESP GráficaTiragem: 8.000 exemplares

Telefone(11) 99829-7229

4999-5543e-mail

[email protected]

www.ovilamariana.com.brPublicação mensal

As opiniões e os conteúdos emitidos nas matérias assinadas são de respon-

sabilidade do autor, assim como o conteúdo dos anúncios é de respon-

sabilidade dos anunciantes.

Luís Carlos Facuri [email protected]

VIVA ENQUANTO CHAMA

Contemplo a finitudede uma velaem seu castiçal...

Quão mística é sua luz,dum atávico calor,lúgubre, sem igual...

Inevitável reflexão,um véu de fogo,insólita sensação,

escorre em cêra quente,iluminando minha visão,sinto torpor, calor dormente,velado chôro escorrido, derreti-da fusão...

Percebo, criando formas aleatórias,voluptuosas, escorridas, sur-

Carismático, ele tem um coração quase tão grande quanto seu estôma-go, só não gosta de dividir comida. Seu corpo é amarelo claro e lembra o formato de uma coxinha e de uma gota de óleo.

De maneira cômica, o livro explora as dificuldades de manter o corpo em forma e de alimentar-se de maneira saudável e regrada.

Compras pelo site : www.clubedeautores.com.br

reais,quase fantasmagóricas,mas em CHAMA VIVA, magistrais...

Ereto e ardente ainda,está seu pavio,restando-lhe pouca vida,traduz-se mero desvario,pois teimosamente a tudo ilumina,num néscio tremular, crepúsculo vazio...

Mística vela,me inspira à poesia,poesia para Ela,em acesa vela, idolatria...

Ora,neste instante,o Poeta cessou,pois agora,o pavio em jaez fumegante,da vela apagou!...

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OVila Mariana - JunhO de 2013POESIA & LITERATURA

Casa das Rosas Menos é Mais.Em junho, a Casa das Rosas – Es-paço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, segue com a progra-mação Menos é Mais, inspirada na frase homônima que aparece em poema escrito por Robert Browning e ficou célebre na voz do pintor e pensador americano James McNeill Whistler e popularizou-se com o uso do arquiteto Mies van der Rohe. Confira os destaques do mês.

Ronaldo AZeredo: o mínimo múl-tiplo (in)comum – uma trajetória poética em exposição

A exposição, aberta ao público a partir de 8 de junho, conta a traje-tória poética de Ronaldo Pinto Aze-redo (1937-2006) desde seu primei-ro poema, “ro”, produzido em 1954, quando Azeredo tinha 17 anos, até o livro Lá bis os dois, de 2002. Ao todo, serão apresentados 32 poe-mas e seis textos em prosa poética, material que a curadora da mostra, Marli Siqueira, autora de um dis-sertação sobre a obra de Azeredo, com a qual concluiu o mestrado em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo, levantou até ago-ra.

Nascido no Rio de Janeiro, o po-eta Ronaldo Azeredo fixou-se na capital paulista na década de 1950

e participou do grupo Noigandres ao lado dos poetas Décio Pignata-ri, Haroldo de Campos e Augusto de Campos, seu cunhado. No fim dos anos 1960, morando no bairro do Cambuci, tornou-se próximo do pintor Alfredo Volpi (1896-1988) e com o estimulo deste passou a tes-tar limites entre poesia e artes vi-suais.

Em cartaz na Casa das Rosas até 4 de agosto, a exposição é fruto do único estudo acadêmico sobre o trabalho de Ronaldo Azeredo rea-lizado até o momento. A disserta-ção escrita por Marli Siqueira Leite está em processo de publicação pela Edufes e foi pensada como uma forma de homenagear Azeredo, de quem ela se tornou amiga após descobrir que dois de seus alunos no colégio paulistano Madre Alix, Alexandre e Henrique, integrantes de turmas para quais ministrou au-las de literatura utilizando, entre outros conteúdos, o poema “veloci-dade”, emblema da poesia concreta escrito por Azeredo, eram netos do poeta.

“Signos”: A Coleção Haroldiana & A Poesia de Antes e de Agora

No sábado, 15 de junho, às 14h, au-

tores e tradutores publicados por Haroldo de Campos (1929-2003) na Coleção Signos (Haroldiana), edi-tada desde 1971 pela Perspectiva, se encontram para discutir sobre a influência do poeta na poesia e arte tradutória atual. O editor Jacó Guinsburg abre o encontro com um depoimento sobre o surgimento e trajetória desse projeto poético e editorial.

Parte da programação do Centro de Referência Haroldo de Campos, a atividade terá como participan-tes, entre outros, Aurora Fornoni Bernardini, especialista em lite-ratura russa e literatura italiana e professora titular da FFLCH-USP, Claudio Daniel, poeta, pesquisador, ensaísta e tradutor, e Frederico Bar-bosa, poeta, professor de literatura e diretor da Casa das Rosas.

A viagem como formação do escritorTiago Novaes, escritor, tradutor, psicanalista e doutorando em Psico-logia pela USP, ministra na quarta--feira, 26 de junho, às 19h30, a pa-lestra “A viagem como formação do escritor”, parte da programação do Centro de Apoio ao Escritor, que aborda, por meio de ref lexões psica-nalíticas sobre o lugar estrangeiro, as figuras do viajante, tangenciando aspectos da literatura de Homero, Cervantes, Roberto Bolaño e Imre Kertész.

A Casa das Rosas – Espaço Harol-do de Campos de Poesia e Literatura fica na Avenida Paulista, 37, e está aberta de terça-feira a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 10h às 18h. Todos os eventos são gra-tuitos. Mais informações no blog: www.casadasrosas-sp.blogspot.com

OVila Mariana - JunhO de 2013

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DIREITO

Hoje em dia é cada vez mais comum a pessoa se aposentar e continuar traba-lhando para manter seu padrão de vida.Para o aposentado que continua ou volta a trabalhar, a contribuição pre-videnciária é obrigatória. Entretanto, praticamente nada lhe é dado em tro-ca destas contribuições extras. O valor não é incorporado ao seu benefício e nem tampouco há a devolução do que ele pagou. É como fazer um seguro e não ter direito a nada!Felizmente, a maioria das pessoas já está ciente de que têm o direito de apro-veitar o novo tempo de contribuição para obter uma aposentadoria mais van-tajosa !! Sabem que podem trocar sua aposentadoria por uma aposentadoria melhor, que levará em conta as novas contribuições previdenciárias. Sabem também que essa ação, chamada de “desaposentadoria” ou “desaposenta-ção” só é possível por via judicial. São milhares de processos que tramitam na

Justiça Federal.A “desaposentadoria” tem como fi-nalidade proporcionar a unificação do tempo de contribuição anterior e poste-rior ao benefício, visando a concessão de uma nova aposentadoria financeira-

mente mais favorável à pessoa aposen-tada que retornou ao trabalho. Apesar de se chamar “desaposentadoria”, em nenhum minuto sequer o segurado fica “desaposentado”, pois o pedido para o juiz é de que não cancele a antiga apo-sentadoria sem conceder a nova, mais benéfica. Não há proibição legal para o cancela-mento da aposentadoria antiga e con-cessão de uma nova, de valor maior. A Constituição Federal não proíbe a “desaposentadoria”. Pelo contrário, ga-rante a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana. Mesmo porque o sistema previdenci-ário é contributivo e toda a prestação deve ter, necessariamente, uma contra-prestação. É essencial que se faça o cálculo esti-mativo do valor da nova aposentadoria para comprovar que o benefício que se pretende receber é maior do que aquele que está sendo recebido.Existia muita polêmica a respeito do as-sunto “desaposentadoria”. Isto gerava uma certa insegurança nas pessoas. Uma das dúvidas era se os valores rece-bidos teriam que ser devolvidos ou não.Porém, no último dia 8 de maio, o Supe-rior Tribunal de Justiça confirmou, em julgamento de recurso, que o aposenta-do tem sim o direito de renunciar ao be-nefício para requerer nova aposentado-ria em condição mais vantajosa. Além disso, confirmou uma tendência que já vinha sendo observada no Judiciário: o segurado não vai precisar devolver o dinheiro que recebeu do INSS ao pedir o recálculo.

Para o STJ, os benefícios são direitos patrimoniais disponíveis. Significa di-zer que seus titulares tem o direito de a eles renunciar a qualquer momento.Assim, a pessoa que se aposentou pro-porcionalmente e continua trabalhan-do e contribuindo para a Previdência, pode, mais tarde, desistir do benefício proporcional e pedir a aposentadoria integral, sem a preocupação de ter que devolver os valores recebidos no perío-do. Esse direito dos aposentados nunca foi aceito pelo INSS, que considera im-possível a renúncia ao benefício e nega todos os pedidos na via administrativa. Podemos considerar que esta decisão é um grande passo, pois agora os proces-sos andarão de forma mais rápida, uma vez que a decisão do Superior Tribunal de Justiça terá que ser seguida pelos cinco Tribunais Regionais Federais do país, até que o Supremo Tribunal Fede-ral julgue definitivamente a questão.

Marilen [email protected]/SP 129.045

Você se Aposentou e Continua Trabalhando?“Não há proibição legal para o cancelamento da aposentadoria antiga e concessão de uma nova, de valor maior. ”

Rua Rio Gr ande, 93 /107Vila Mariana – São Paulo – SP

TEL S: 5571-8787 / 5081-5247A berto das 06:00 ás 23:00

E-mail: [email protected]

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OVila Mariana - JunhO de 2013TEATRO

DivórcioR. Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela VistaTel.: (11) 3254-1700Site: www.divorcio.art.br

De 18 de janeiro até 30 de junhoHorários: Sextas às 21h30. Sábados às 21h. Domingos às 19h.

Sob direção de Otávio Martins, a peça traz de forma espirituosa os casamentos instantâneos, os processos intermináveis e a liquidez das rela-ções amorosas atuais.

Ator MentadaTeatro Espaço IncennaR. Bagé, 308Tel.: (11) 5083-7444Site: escolaincenna.com.br

De 02 de março até 30 de junhoHorários: Sábados às 21h13, Domingos às 19h13.

Mara Carvalho se une a três músicos para cantar um pouco de vida e sonhar um pouco de música. A atriz fala da sua vida revelando suas decepções e alegrias com muito humor. Uma comédia diver-tida e sensível que envolve seu público em lindas canções num expressivo momento de reflexão.

TPMTeatro Juca ChavesRua João Cachoeira, 899 - Itaim BibiClassificação etária - 12 anosAos sábados 19h30;Em cartaz 01/06 até 28/07(no dia 06/07 não haverá espetáculo)

Casal TPMTeatro Juca ChavesRua João Cachoeira, 899 - Itaim BibiClassificação etária - 12 anosAos sábados 21h30 - Domingos 19h30Em cartaz 01/06 até 28/07

OVila Mariana - JunhO de 2013

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CINEMATECACINEMATECA

Em parceria com o Consulado Geral do México em São Paulo, a Cinemateca Brasileira promove, a partir do dia 31 de maio, um ciclo de filmes mexicanos de produção recente, e ainda inéditos no circui-to comercial brasileiro. A mostra apresenta uma seleção de docu-mentários e ficções realizados en-tre 2009 e 2011, incluindo títulos de destaque do cinema mexicano

dos últimos anos. Dentre eles, Un día menos (2009), de Dariela Lu-dlow, Los otros Californios (2011), de Cesar Talamantes, e La mitad del mundo (2009), de Jaime Ruiz Ibáñez. No documentário Un día menos, Dariela Ludlow oferece um retrato lírico da velhice ao investi-gar o cotidiano de vida de seus avós, que moram na cidade de Acapulco, dentro de uma casa construída com

suas próprias mãos. Em Los otros californios, Cesar Talamantes vai aos rincões do estado mexicano de Baja California Sur para captar os hábitos dos “rancheros”, pequenos fazendeiros que vivem no deserto. Por fim, a ficção La mitad del mun-do, de Jaime Ruiz Ibáñez, apresen-ta a tragicômica aventura de um jo-vem fantasioso que desperta para a vida sexual, provocando escândalo e ódio na cidade onde vive.

PROGRAMA BAIRRO AMIGO DO IDOSO DA UNIFESP REA-LIZA ATIVIDADES NA CINE-MATECA

Centro de Estudos do Envelhe-cimento da Universidade Federal de São Paulo, Unifesp, firmou uma parceria com a Cinemateca Brasi-leira para a realização de ativida-des voltadas para a terceira idade, com o objetivo de promover formas saudáveis de lidar com o envelheci-mento da população.

O conteúdo do programa englo-ba atividades físicas diversas, tais como, exercícios, caminhada e dan-ça, além de aulas práticas dirigidas ao resgate e manutenção da memó-ria e cognição, bem como, aulas te-óricas que abordam diversas áreas de interesse. A arte também é en-focada como importante recurso de equilíbrio na maturidade. Todas as atividades são conduzidas por uma equipe multidisciplinar.

Os interessados em participar

Cinema Mexicano Contemporâneo01 a 07 de junho

do programa podem se dirigir di-retamente a Cinemateca, todas as quartas e sextas-feiras entre 8h00 e 11h00.

O Programa foi desenvolvido em 2009, fruto da parceria entre a Uni-fesp e a Prefeitura de São Paulo. Com base no projeto mundial Cida-de Amiga do Idoso, da Organiza-ção Mundial da Saúde, o bairro da Vila Clementino foi escolhido para adaptação às necessidades dessa população no que diz respeito à mobilidade e à integridade física do cidadão da terceira idade.

CINEMATECA BRASILEIRALargo Senador Raul Cardoso, 207próxima ao Metrô Vila Mariana

Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215)www.cinemateca.gov.br

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OVila Mariana - JunhO de 2013CULTURA

Poucas são as vezes em que consegui-mos encontrar respostas às angústias que sentimos e que não sabemos de onde surgem, nem por quê surgem.Quem nunca acordou triste sem sa-ber o por quê? Quem nunca enfren-tou aqueles dias em que não suporta a ideia de ir ao trabalho mesmo que não tenha acontecido nenhum evento desagradável no dia anterior? Quem nunca ficou na dúvida entre viver ou não um grande amor? Quem nunca teve vontade de abandonar tudo e vi-ver uma vida completamente diferen-te da que vive? Quem, por vezes, não sente o peso excessivo da responsabi-lidade e não consegue relaxar? Quem não busca respostas para entender a si mesmo?Essas respostas jamais estarão dentro de um livro, mas sim em um trabalho terapêutico feito com seriedade, base-ado em confiança e respeito ao sagra-do, que é a Vida.Muitas vezes vemos pessoas forçadas por familiares a fazer uma terapia, sem que tenham, de fato, escolhido esse caminho. Em outros casos, tam-bém podemos nos deparar com pesso-as que sentem uma vontade intima de melhor auto-conhecimento, sem ne-cessariamente viver em um martírio e que constrangem-se em falar com seus familiares e amigos sobre vontade de mergulhar no mundo terapêutico. Há muito tempo terapia tem sido sinôni-mo de fraqueza ou doença, por pura desinformação e preconceito.O Livro “Convite à Terapia” traz de uma forma simples e muito bem escri-ta, as diversas facetas que envolvem cada ser humano ao se deparar com o medo de ser taxado como louco ou problemático pelo simples fato de pro-curar por ajuda terapêutica. Vivemos hoje, felizmente menos a cada dia, com um preconceito sobre a busca de entendimento da psique.Fazer terapia é um ato de amor pró-prio, de coragem de se expor em seus mais sinceros sentimentos e verda-deiros pensamentos, aqueles que por inúmeras vezes não temos coragem de falar com ninguém e que podem sim mudar toda a nossa vida para melhor. Caro leitor, vai descobrir uma manei-ra surpreendente de entender o que é aventurar-se com coragem no mundo

terapêutico ao ler o livro “Convite à Terapia”, que possui uma divisão bem elaborada de seu conteúdo entre uma parcela de conceitos e explicações so-bre as possíveis conscientizações de um processo terapêutico e, num se-gundo momento, traz uma experiência pessoal do próprio autor, que nos leva automaticamente a uma empatia e, por que não dizer, nos aguça a vontade de entrar nesse mundo sem medo.Recomendo a leitura deste livro por-que ele contém uma desmistificação fabulosa de um tema que ainda é tabu e, de certa forma, ignorância no mun-do em que vivemos. Leia e surpreen-da-se!

Cristiane [email protected]

Convite a TerapiaLançamento do livro

Hoje disponivel no IBA (Portal do Grupo Abril) e nos proximos dias em: Amazon Digital Services, Amazon EU Sàri, Amazon Services International Inc, e suas filiadas e subcontratadas (AMAZON) Apple Inc., Apple Pty Limited e iTunes S.A.R.L (APPLE) Kobo Inc e suas afiliadas (KOBO) / (LIVRARIA CULTURA) Google Inc e Suas afiliadas (GOOGLE) WOOK (Grupo Porto Editora – GPE - PORTUGAL)

Este livro é um convite a conhecer um pouco do que vem a ser uma terapia, instrumento esse, sagrado de dedicação e amor. O livro traz ainda uma breve idéia da luta rumo a descoberta de si mesmo e o caminho legítimo na busca da verdade, na conquista do amor e na vida diária.

OVila Mariana - JunhO de 2013

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LETRAS E IDEIAS

Aristóteles diz na Retórica: Paixão :̈ Tudo o que faz variar os juízos

e de que se seguem sofrimento e prazer .̈ Segundo o filósofo não somos bons nem maus a partir da paixão porque não esco-lhemos nossos sentimentos.

Seria necessário comandar ou regular as paixões. No entanto para regular qual-quer coisa precisamos da lei e em nome da lei só se pode reprimir.

Cólera, medo, glória são também paixões. A paixão erótica, é o desejo de possuir o outro transformado no início de uma relação apaixonada em depósi-to das mais bizarras fantasias; dizem os psicanalistas que esse outro é um repre-sentante da restauração do narcisismo fe-rido. Tenho que abrir um parêntese para relembrar que o narcisismo além da pai-xão por si mesmo é a relação da criança com a mãe e a sensação de abandono que sofre ao perceber que esta lhe escapa em um determinado ponto da vida. Ela não é mais exclusividade sua. Essa quebra leva à frustração - a mesma que é sentida no momento da quebra de uma relação apai-xonada - sei que o outro me escapará.

Quando a frivolidade, conseqüência da cortesia não consegue mais dar conta das paixões reprimidas, surge o Roman-tismo trazendo um aspecto de liberdade -- a reivindicação da paixão sexual e da

paixão revolucionária, e a erotização da morte.

As cores da paixão no ocaso da vidaLou Andreas Salomé viveu com pai-

xão e pela paixão, provocando até mesmo em idade avançada o nascimento da pai-xão nos seres com quem conviveu: Rilke, Nietzsche, Paul Reé, e até mesmo Wag-ner. Lou dizia que a única perfeição é a alegria, e alguém escreveu: Quando Lou se interessa por um homem nove meses depois este homem dá à luz um novo livro. Lou Andrea-Salomé conseguiu realizar em seus 76 anos o que todos deveríamos fazer e não fazemos por medo, preguiça ou indiferença: tornar a vida o exercício apaixonado de uma busca. Lou ainda di-

zia que o ato amoroso transforma o par-ceiro num conto estranho e maravilhoso. A paixão amorosa é uma porta diferente de todas as outras em sua arquitetura or-nada de elementos ricos de sentido em virtude de um simbolismo singular. - É o caminho que leva a nós mesmos. E sobre a velhice Lou escreveu que é a volta à paz inicial e o retorno do indivíduo a um es-tado de não-divisão primitiva do eu para consigo mesmo.... o velho está liberto de todos os seus limites pessoais e escrúpu-los mesquinhos. Retirado da vizinhança imediata ele se vê progressivamente rein-troduzido no encadeamento universal. Eros e Thanatos se dão as mãos.DESEJO

Mas afinal o que é o Desejo ? - Carên-cia, o desejo deseja aquilo que lhe falta, talvez o desejo seja insuficiência , ou será impotência?

Em nossa cultura a palavra Desejo vem associada à sensações libidinosas, deseja-mos Aquele ou Aquela que não temos.

Vemos em Don Juan, de Molière: ... Nada mais há a desejar; tudo o que é de belo na paixão acaba e nós adormecemos na tranqüilidade de um amor assim, se um objeto novo não vier despertar os nossos desejos, e apresentar a nossos corações os atraentes charmes de uma conquista por fazer... Não há nada que possa por fim à impetuosidade dos meus desejos; sinto--me como um coração a amar toda a terra...

Segundo Freud, o prazer para o incons-ciente é desprazer para a consciência. O que eu mais penso que desejo poderá estar no lugar de um outro desejo inconscien-te. Talvez quando eu esteja ardentemen-te desejando viajar para o exterior estou tentando substituir esse desejo por outro inconsciente. O Desejo é alimentado pela Fantasia e essa fantasia pode ser uma fan-tasia de morte - se não é a representação da morte do corpo é certamente a morte do Sujeito Há mais teorias sobre o Desejo : Para os Estóicos romanos: o desejo, pai-xão excessiva, é o que desvia a tendência natural, perturbando-a porque julga os objetos que desejamos naturalmente. Esse juízo é fantasia, representação subjetiva que encobre o objeto e muda o curso do movimento natural, dispondo a alma con-tra si mesma e contra a natureza. O desejo é a perda do poder de si, da faculdade de julgar. Nas Tusculanas ( Cícero), o desejo é vício, é combater entre a razão e a fanta-sia. Para o cristianismo, o desejo é o peca-do original e a origem do pecado.

Então devemos sublimar as paixões? Dizem os psicanalistas que a sublimação não é o caminho da felicidade. Ou deve-mos renunciar aos desejos ?

E a Sedução ? A regra do jogo é mais ou menos essa : troque suas paixões por

um objeto -- ou pelo desejo de possuir um objeto. É a fantasia que seduz, mas que fantasia ?Podemos dar o conteúdo que quisermos a essa fantasia:, como se-duzir um homem para descobrirmos se ele é o que pensamos que seja. O que se-duz é a fantasia, é ela que quer seduzir, atrair para si, fazer da fantasia o próprio desejo. A sedução sabe confundir a fan-tasia e o desejo, ela é a própria sedução. Podemos esclarecer essa conexão fanta-sia e sedução, pela observação de que é tão comum a fantasia ser decepcionante, e a própria realização da fantasia poderá levar a definir a frustração. A fantasia é uma promessa, um adiamento no Tempo. Freud nos repete, sob a forma de mito, que o gênero humano está radicalmente entregue à sedução o tempo todo, no in-consciente. ( maldição genética: eva e a serpente)? Interpretação errada da pala-vras de Deus? qualquer árvore, todas as árvores? O homen sapiens, o ser falante gosta de alimentar as fantasias, a própria linguagem mantém em aberto a fantasia. Toda fantasia é uma auto-sedução. É atra-vés da fantasia que procuramos produzir um certo objeto , uma forma de desejo e de gozo.

Como o sonho, a fantasia centra-se na pessoa que a produz .Posso mesmo dizer racionalmente que a minha fantasia, é não o produto da minha sedução, mas é minha resposta a uma sedução em que fui inad-vertidamente apanhada.

E para finalizar, a paixão, o desejo e a sedução seguem entrelaçados pelas tantas culturas e chega a nossa corte ou melhor ao nosso mercado propondo uma barga-nha: a dos prazeres mais imediatos pe-los prazeres do narcisismo secundário. E como toda sedução aponta para a realiza-ção dos desejos, esta vida procura saídas menos neuróticas

Você pode satisfazer a todos os seus desejos contanto que possa comprá-los. O proibido proibir revolucionário dos anos 60 leva agora o filho mimado a ter tudo o que quer, aprende a levar vantagem em tudo. Os pais satisfazendo esse desejo de posse material ¨o sistema de objetos ,̈ presenteia-os com a morte em vida. Eu desejo e desejo cada vez mais. A facilida-de do mundo moderno, a mídia, o poder e o sucesso são as serpentes sedutoras do nosso tempo. É através da fala que a se-dução é feita. O ser falante ouve o que ele quer ouvir. Bibliografia : Os sentidos da paixão. O olhar

A Sedução, o desejo e a paixão: considerações sobre o tema

Nilza Amaral Ficcionista brasileira. Autora de várias obras em português e outras línguas, vencedora de vários prêmios literários, procurando o caminho do céu na literatura.

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OVila Mariana - JunhO de 2013SAÚDE

“Cuidador Familiar” - (Muitas Vezes Esquecido)Quando se fala de CUIDADOR FAMILIAR faz-se referência à uma pessoa adulta, que realiza e proporciona as atividades de vida diária procurando minorar ou até mesmo suprir o ‘’déficit’’ de auto cuidado da pessoa que cuida. Uma das principais características, des-de o início do século é o envelhe-cimento da população, fruto de um aumento significativo da esperança de vida. Este fato torna-se relevan-te à medida que causa o aumento das demandas sociais e econômicas devido esta população necessitar de uma maior atenção por parte não só das autoridades de saúde, como também de suas famílias.Os cuidados familiares desempe-nham um papel crucial pois assu-mem a responsabilidade do cuidar. A maioria são do sexo feminino, normalmente são as esposas, as fi-lhas ou filhos que desempenham um papel preponderante no resgate em cuidar de seu familiar. Os mo-tivos que levam com que o fami-liar seja o cuidador principal são na generalidade ou disponibilidade de tempo para fazer, o sentimento de obrigação e de dever e solida-riedade. Algumas vezes acontece da pessoa ter que assumir de for-ma súbita e inesperada o papel de CUIDADOR, sem que para isto tenha se preparado ou pensado se-riamente sobre o assunto. Outras

vezes observa-se que a pessoa em um ato espontâneo e impulsivo, assume o cuidar ou sem perceber vai assumindo pequenos cuidados e quando percebe já é o cuidador principal, estando completamente comprometido. O cuidador familiar tende a valorizar em primeiro lugar as necessidades da pessoa que cui-da, deixando para um segundo pla-no as suas próprias necessidades. O planejamento de alta hospitalar per-mite que o familiar participe ativa-mente dos cuidados ao doente du-rante o processo de hospitalização, possibilitando melhor o regresso ao domicílio, facilitando o processo de transição. Outro aspecto a ter em conta é a sobrecarga que o cui-dador vive devido os fatores gera-dores de estresse e ansiedade. Esta sobrecarga pode estar ligada à uma dimensão objetiva como é o caso dos acontecimentos e atividades concretas como a dependência eco-nômica, mudança em sua rotina, a falta de tempo para si mesmo, entre outros ou à uma dimensão subjeti-va que inclui sentimento de culpa, de vergonha, a baixa auto estima e a preocupação excessiva com o familiar doente. O cuidador que se dedica a cuidar de uma pessoa totalmente dependente sem qual-quer tipo de apoio formal, tende a vir sofrer desgastes físicos e emo-cionais consideráveis, provenientes

da sobrecarga imposta, principalmente quando o doente assistido apre-senta além da incapa-cidade física, ‘’déficit’’ cognitivo. Este traba-lho mexe muito com o emocional do cuida-dor. O bom cuidador é aquele que observa e identifica aquilo que a pessoa pode fazer por si, avalia as condições e ajuda a pessoa a fazer as atividades. Cuidar não é fazer pelo outro, mas ajudar o outro quando ele ne-cessita, estimulando a pessoa cui-dada a conquistar sua autonomia, mesmo que seja em pequenas tare-fas. Isto requer paciência e tempo. É um trabalho integral, de dedica-

ção total, de corpo e mente. É por isto que deve ser feito com muito amor.

Wallescka [email protected]

OVila Mariana - JunhO de 2013

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PSICOTERAPIA

Quero minha vida cheia de canções românticas, quero sonhar, quero viver o que a novela mostra, quero estar linda, ir-resistível...quero olhar a palmeira e ouvir o farfalhar das folhas...sentir o doce vento me beijando...me acalentando e me dizen-do...você é importante...mais que tudo... eu vejo você, eu olho para você...

“O amor é a força mais poderosa do mundo. Todos nós nascemos ligados ao amor e, que o acolhamos ou ignoremos, ele guia-nos através da nossa jornada”( **)

Quero me sentir importante. Quero levantar de manhã cedo e ouvir os pás-saros me chamando e sussurrando...”olha ela...olha ela....lá vai ela...”e rindo para mim, e me lançando beijos de alegria e contentamento...quero ver o azul do céu despontando...e ouvir o vento me dizendo suavemente.....você merece...você mere-ce...ser feliz ...

“Amar-se a si mesmo é importante, te-nha ou não um relacionamento amoroso com alguém. Amar-se a si mesmo não é ser egoísta; pelo contrário, não se amar a si mesmo é que é ser egoísta. O amor por si próprio é necessário para uma vida equilibrada e positiva e é crucial se você

deseja uma exploração espiritual.(**)

Quero descer e sentar-me à mesa com um café quente, um pão saudável, inte-gral, umas bolachas deliciosas, um suco suculento, um chá e me encontrar com você ali sorrindo e me dizendo bom dia... sabemos que esse dia é importante para nós....para a sociedade...para o mundo...hoje é isso que precisamos fazer...olhar-mos juntos para algo importante...

“O amor romântico é um catalisador de mudança, seja ela construtiva ou des-trutiva. . O amor romântico é uma fusão de energias de pensamento pertencentes

a duas pessoas, que se concentram no despertar do desejo e da paixão... mas tem que começar com o nosso próprio eu...”(**)

Quero sentir tudo como uma maravi-lha. Quero falar com as pessoas e ouvir entusiasmo na minha voz e na voz delas e quero realizar e acreditar que o mundo vai melhorar, que tudo é bom, delicioso, sorridente...que vale a pena viver assim alegre, sorridente, que rir à toa é bom. Ria à toa. Ria.

As vantagens do amor por si mesmo são surpreendentes. Você fica contente, realizado; torna-se original, poderoso e

Zaquie C Meredith Socióloga, psicoterapeuta, escritora www.zaquie.com [email protected]

humilde e é capaz de escutar as outras pessoas, e realmente ouvir quem elas são de fato. (**)

Quero sentir que tudo vale a pena. Que o meu olhar, que o seu olhar é importante e vale a pena. Quero ouvir o que você tem para dizer. Quero que você me escute e quero te escutar.

“Invoque, com gentileza, o amor divi-no dentro de si para mostrar como pode-ria amar-se mais a si mesmo no mundo de todos os dias.”(**)

Amigo, amiga, não perca tempo. Sinta o dia como único, cada hora, cada mi-nuto é precioso. Ponha uma música para dançar, sonhe, ame, veja, sorria, ria, fale. Peça para lhe escutar. Mas diga coisas boas...diga que quer me abraçar...me bei-jar...me acalentar...que quer ser abraçado, beijado, acalentado...

“Pratique o amor por si mesmo em pe-quenas coisas da sua vida diária, através de pequenos atos de delicadeza e simpatia consigo próprio, e isso depois fluirá na-turalmente...para coisas maiores...” ( **)

Quero transformar minha vida num romance...

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OVila Mariana - JunhO de 2013EDUCAÇÃO

Educação, tarefa desafiadora...

Raquel C. S. Bohnstedtwww.csa.osa.org.br

Conversando com outros adultos é comum ouvir que educar um fi-lho nos dias de hoje é quase uma missão impossível. Muitas são as dúvidas, existem perguntas que permeiam os nossos pensamentos e ficamos sem respostas. Por vezes surge a insegurança, pois no intuito de tomarmos as melhores decisões nem sempre nossas escolhas estão coerentes com aquilo em que acre-ditamos e, assim, se dá o conflito.

São muitas as alegrias, mas são tantas as aflições, as angústias, que ao assumir os papéis de pai e mãe, o casal, muitas vezes, se vê desa-fiado e nem sempre se sente prepa-rado para definir seja lá o que for.

Deparamo-nos com modifica-ções na estrutura familiar, a qual vive momentos de alterações pro-fundas, principalmente no que se refere à distribuição de tarefas tan-to para o homem quanto para a mu-lher e os filhos. E na sua dinâmica familiar, o que cabe a cada um? As definições são claras e deixam to-dos confortáveis nessa logística?

Outro dilema vivido atualmente na educação das crianças é a ques-tão dos limites. Qual o caminho para estabelecer limites? Ter auto-ridade é indispensável, mas, como fazer isso sem ser autoritário? A autoridade é reconhecida como

uma manifestação de amor quan-do exercida com sensatez e com diálogo, a criança ou o adolescente sente-se seguro, pois entende que os adultos se importam com suas atitudes, suas ações, se importam com ela. Por outro lado, a crian-ça que tem liberdade para fazer o que bem entender por vezes não se sente cuidada, não se sente ama-da e pode vir a conviver com um sentimento de frustração por não compreender as ações que advêm daí, por não perceber preocupação por parte daqueles que são respon-sáveis por ela (e isso não significa que não se preocupem, só fizeram uma opção diferente para educá--la).

Sem dúvida, proporcionar liber-dade a uma pessoa em formação é fundamental, desde que esta te-nha condições de avaliar o que é melhor ou pior para ela mesma, o que não entendo ser o caso até os doze anos. Enquanto adultos, nós somos desafiados a sermos cria-tivos na forma como resolvere-mos situações corriqueiras, já que aquela possibilidade de seguirmos padrões estabelecidos por nossos pais, ou mesmo nossos avós, está “démodé” e nossas condutas são avaliadas constantemente. Assim, qual a melhor forma de atender as novas necessidades das crianças dessa outra geração?

Todos já lemos ou ouvimos fa-lar de quanto é mais importante a qualidade do tempo que passamos

com as crianças frente à quantida-de de tempo que disponibilizamos a elas. Com os dias tomados por ta-refas diversas, nos deparamos com a angústia, sentimento presente quando não temos clareza do que é prioridade para nos tranquilizar-mos enquanto pessoas e assumir-mos que faremos o nosso melhor, porém, dentro do que nos é possí-vel. Assim, teremos a paz necessá-ria para conceder tempo às crian-ças, para que sejam crianças e para que possamos ser adultos felizes junto a elas! Sim, adultos e crian-ças estarão por inteiro no brincar, no partilhar, no conversar e até ao firmar novas amizades propiciadas pela convivência, respeitando as diferenças que existem nessa so-ciedade tão complexa.

Nossas crianças merecem a se-gurança do amor incondicional dos adultos que as cercam no convívio diário. Sabemos que nem tudo é fá-

cil, que nos depararemos com situ-ações conflituosas, mas quando as superarmos o sentimento de alívio será marcante e demonstraremos isso com alegria, o que fortalecerá a nossa autoconfiança.

Lembrem-se de que nós não so-mos perfeitos e é com os erros e tropeços diários que nos fortalece-mos e aprendemos. O diferencial, o valor, é proporcionarmos exemplos coerentes com nossa fala e isso só se consegue dando um passo de cada vez, deixando transparecer Amor em nossas atitudes. Enten-do que isso, sim, faz parte de uma educação atenta aos desafios pre-sentes e com respostas assertivas, por isso os convido a pensar a res-peito disso.

“Nossas crianças merecem a segurança do amor incondicional...”

OVila Mariana - JunhO de 2013

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ESTÉTICA

O que fazer para prevenir as tão temidas ruguinhas?

Todos querem evitá-las, os que já as têm não querem formar mais, os que não têm, nem querem pen-sar nisto.

Só o protetor solar basta para evitar o surgimento das rugas? Não, isto seria muito simplista e não aproveitaríamos todos os es-tudos já feitos na área.

É claro que usar protetor so-lar já está mais do que claro que previne, sim, as ruguinhas. Lem-brando que 10 a 20 minutos de sol sem o protetor estimulam a pele a produzir a vitamina D, ou seja, não é para zerar a exposição ao

sol completamente, pois esta vi-tamina é muito importante para o organismo. Após este tempo, pas-sar o filtro solar de três em três horas é a maneira mais simples de evitar as linhazinhas do tempo.

Hidratar a pele também é fun-damental, mas cuidado para não deixá-la oleosa. Existem hidratan-tes para cada tipo de pele, assim como produtos ideais para cada local do corpo... Mas muita aten-ção para não causar problemas à pele.

Os ácidos também são produtos simples e que ajudam a desacele-rar a formação das rugas, além de serem acessíveis e de baixo cus-

to para a prevenção das mesmas. Eles ainda podem ser aplicados em casa, no período noturno.

O melhor ácido para cada pele sempre vai variar de pessoa para pessoa, de acordo com interações com comorbidades, tipo de pele, fototipo do paciente, exposição ou não ao sol, com ou sem man-chas, se possui rosácea, acnes, poros abertos, se a paciente está grávida, se tem alguma alergia... Enfim, depende de uma série de fatores. Por isso o ideal é manipu-lar um ácido específico para cada um, e nunca usar o produto que um amigo usou achando que vai ser bom para sua pele. Ninguém faz isso com remédio para o co-ração, por exemplo, e por isso a pele merece o mesmo respeito.

Existem maneiras mais tecno-lógicas para evitar rugas, todos os aparelhos que estimulam a pro-dução do colágeno conseguem alcançar este objetivo muito bem. Existem bons exemplos como a radiofrequência e também a luz intensa pulsada, que conseguem deixar a pele mais firme mesmo

sem ser agressivos. Há vários outros também, mas sendo mais restrito à prevenção, estes são exemplos vantajosos com exce-lente benefício levando em conta custos e riscos dentre tantos tipos de aparelhos que existem hoje.

Não precisa esperar muito para começar a evitar estas marcas do envelhecimento. Cada vez mais as pessoas começam a preveni-las mais cedo. Isto é ótimo, o cuidado consigo mesmo sempre é um óti-mo sinal de auto estima saudável. Se por acaso estiver cedo demais, o médico irá avisar. Isto não de-pende tanto de idade, mas da pele de cada um. Tantos começam a fazer ruguinhas fixas já tão cedo, às vezes isto vai acusar algum res-secamento excessivo da pele que pode até ajudar a diagnosticar do-enças. Melhor pecar pelo excesso de zelo do que pelo auto abando-no. Carinho e capricho consigo é amor.

Dra. Michele Mauren HaikalCRM 111164

Prevenção de Rugas“Não precisa esperar muito para começar a evitar estas marcas do envelhecimento.”

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OVila Mariana - JunhO de 2013HISTÓRIA

Junho, chegada dos dias frios e também o mês das fogueiras, das dan-ças folclóricas, do bolo de milho, da pipoca, do pinhão, do pé de moleque e de outras tantas delícias que aquecem nosso inverno.

Na Região Nordeste ainda é muito comum a formação de grupos festei-ros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os mora-dores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comida e bebida para serem degustadas pelos festeiros. Embora sejam comemoradas nos qua-tro cantos do Brasil, na região Nordes-te as festas ganham uma grande ex-pressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordes-tinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.

Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importan-te momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lu-cros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiá-ticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.

Já na Região Sudeste são tradicio-nais a realização das quermesses. Es-tas festas populares são realizadas por igrejas, colégios e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os participantes. Um grande número de escolas já in-centivam a preservação desta cultu-ra, ensinando às crianças desde cedo algumas das músicas mais populares e a dança da quadrilha. A dança dos casais, normalmente ,formada por oito ou 12 pares tem origem francesa e foi introduzida no Brasil no século XlX. As evoluções, comandadas por um comandante, eram pronunciadas em francês: Anavan (para frente), Anarriê (marcha á rè ), balançê, travessê e as-sim por diante .

Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que queiram se casar. No dia 13 de Junho, as igrejas católicas distribuem o “pão-zinho de Santo Antônio”. Diz a tradi-ção que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta desses. As mulheres que querem se casar, diz , devem comer deste pão.

Nossos Leitores têm aqui na região ótimas oportunidades de aproveitar a tradicional festa e participar de come-morações preparadas com carinho e em ambiente familiar.

Dia 08 de Junho haverá a tradicio-nal festa familiar Junina do Colégio Santo Agostinho (Praça Santo Agos-tinho, 79), repleta de comidas típicas, quadrilha e muita diversão. A diver-são começa a partir das 13:00 horas e estende-se até as 22:00hrs. Há tempo suficiente para muita diversão!

Porém, não acabam por ai as nossas oportunidades de participar da deli-ciosa tradição popular.

Nossa Paróquia do Santíssimo Sa-cramento (Rua Tutóia, 1125), como em todos os anos, realiza sua tradicio-nal Festa Junina nos dias 08, 09, 15, 16, 22 e 23 de Junho, com deliciosas opções de comidas típicas e tradicio-nais que podem ser encontradas na Barraca Portuguesa, com doces, alhei-ras e caldo verde, na Barraca Italiana, sempre muito procurada com suas pizzas, massas folhadas e nhoque, na Barraca do Churrasco, com saborosos espetos de frango, carne e lingüiça, na

Barraca do Pastel, com um segredi-nho todo especial na massa que nunca revelado, na Barraca de Chocofrutas, uma grande tentação, na Barraca do Milho, com uma variedade divina de iguarias, na Barraca Oriental, que é um diferencial desta festa, na Barraca das Bebidas Quentes, com seu saboro-

so vinho quente, quentão e ainda com pinhão cozido na medida certa, sem dizer da Barraca de Doces, onde tanto se encontram os típicos de Festa Juni-na quanto os de outras regiões do País.

Também é possível animar-se com o sempre criativo locutor que com suas brincadeiras torna as noites especiais, sem contar o Bingo e o Brechó, que está em seu 3º. Ano de realização e sucesso, formado por muitas doações.

Para os que buscam ser par ideal, lembrem-se: Festa Junina também é momento de “Correio Elegante”. Ca-priche no encantamento que Santo Antônio ajuda!

Não percam! A redação do jornal O VILA MARIANA estará presen-te nessas comemorações e contamos com você!

Antonio Santos

Adenize de OliveiraSecretaria da Paróquia S. Sacramento

Festas Juninas

OVila Mariana - JunhO de 2013

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MULHER

A Drenagem Linfática surgiu no ano de 1932, na Dinamarca. Um casal de fisioterapeutas observou que, ao mas-sagear os gânglios inchados de seus pacientes com sinusites e resfriados crônicos, ela estimulava a circulação linfática e melhorava esses inchaços, refletindo também em uma melhor qualidade de vida.

Logo esta prática tornou-se necessá-ria e recomendada por médicos, este-ticistas e massoterapeutas em diversos tratamentos.

Como a drenagem linfática funcio-na?

A Drenagem Linfática é uma técni-ca de massagem suave, realizada com movimentos constantes que auxiliam a conduzir líquidos dispersos pelo corpo (linfa) para a corrente sanguínea, que serão filtrados pelos rins e posterior-mente eliminados do corpo através da

urina ou reabsorvidos pelo organismo.A linfa é o líquido existente nos va-

sos dos gânglios linfáticos. É caracte-rizada por sua viscosidade, ausência de cor, por conter substâncias orgâni-cas e inorgânicas, resíduos e toxinas.

A principal função da Drenagem Linfática é acelerar o processo de re-tirada dos líquidos acumulados entre as células e os resíduos metabólicos, encaminhando-os aos vasos capilares e, por meio de movimentos específi-cos, direcionando para que sejam eli-minados.

Essa técnica também estimula a re-generação dos tecidos, melhora o siste-ma imunológico, é relaxante e tranqui-lizante, auxilia no combate à celulite e à gordura localizada e ainda melhora a ação anti-inflamatória do organismo, oxigenando a pele em curto prazo.

Os movimentos utilizados na Dre-nagem Linfática podem ser em forma de espirais, círculos ou deslizamentos sem exercer muita pressão sobre a pele. Pressionar muito a pele e os músculos ativa somente a circulação sanguínea e inibe a circulação linfática, por isso a pressão deve ser pouca.

Sabe por que você incha no calor ou na gravidez?

Porque devido ao aumento de vo-lume do sangue, esses líquidos extra-polam nos tecidos e, ao contrário do sangue que é impulsionado através da força do coração, a linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular, ou seja, depende de exercícios físicos, movi-mento de outros órgãos e por que não DRENAGEM?

Principais indicações:• Celulite: qualquer que seja a causa

dos furinhos - má alimentação, seden-tarismo, cigarro, alterações hormonais, stress -, eles começam com um proces-so de retenção de líquido que acarreta má oxigenação do tecido. Sem a devi-da nutrição, ele endurece até formar os nódulos. A drenagem quebra esse ciclo eliminando a retenção de líquido.

• Gordura Localizada: a drenagem diminui a retenção de líquido em áreas do corpo que estão propensas ao acú-mulo de gordura, como abdome, coxas e culote, além de ativar o metabolismo, favorecendo a queima dos estoques de gordura no corpo.

• Pré e pós-operatório: auxilia na distribuição da nutrição, preparando o organismo para a cirurgia. No pós--operatório reduz edemas.

• Pós-traumatismos;• Retenção de líquidos;• Cansaço e desconforto muscular

em gestantes, neste caso consulte seu médico para liberação;

• TPM;• Insônia.

Profissional qualificado

Não é necessária uma prescrição médica para fazer o tratamento. Po-rém, apenas esteticistas, fisioterapeu-tas ou profissionais de nível técnico com curso específico podem fazer a Drenagem Linfática.

Contra-indicações:A drenagem não pode ser realizada

em pessoas que apresentem processos infecciosos, febre, trombose, insufici-ência cardíaca congestiva descompen-sada, hipertensão arterial sem controle e neoplasias malignas (câncer).

Com os cuidados sugeridos nesta matéria, desfrute dos benefícios da Drenagem Linfática e fique linda e saudável por inteiro!

Cláudia de OliveiraEsteticistawww.lolahdepilacao.com

Saúde além da estéticaDrenagem Linfática

Criada em 1965 por iniciativa de um grupo de idealistas, teve inicialmente como objetivo oferecer serviços de educação, tratamento, orientação

e reabilitação de pessoas com deficiência mental associada ou não a outras deficiências.

Lares Av. Barão do Rego Barros, 179 - CEP 04612-040 - Campo Belo São Paulo - SPTel.: (11) 5532-0643 / 5096-1859 - E-mail: [email protected]

Banco Bradesco - Conta Corrente 94000-3 / Agencia 0105www.lareslegiao.com.br

Legião de Assistência para Reabilitação de Excepcionais

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OVila Mariana - JunhO de 2013CINEMA

O novíssimo cinema brasileiroDesde a chamada retomada do

cinema brasileiro ocorrida nos anos 90 com a criação da Lei do Audiovi-sual que a produção cinematográfica nacional não experimentava um mo-mento tão fértil. Mais do que quanti-dade de filmes lançados, o momento é de preocupação com apuro narrati-vo, esmero estético e, principalmen-te, diversidade temática. Mesmo que vitimadas por um circuito exibidor excludente que privilegia os interes-ses do mercado, são essas novas von-tades que definem os rumos do que está por vir.

Para além dos temas já conside-rados de praxe no cinema nacional, que exploram as mazelas sociais para levar às telas um Brasil sempre falho, as produções recentemente lançadas mostram que o cinema bra-sileiro já se sente confortável tam-bém em outros âmbitos narrativos. A exemplo do cinema argentino, que frequentemente elege os dramas da classe média como centro de suas histórias, também o cinema brasilei-ro demonstra interesse em focar nos dramas internos, verticalizar as afli-ções da figura humana.

Muito já se falou sobre a ótima safra de filmes advindos do Nordes-te, mas O Céu de Suely (2006), de Karim Aïnouz, O Som Ao Redor, de Kléber Mendonça Filho (2012) e Era Uma Vez Eu, Verônica (2012), de Marcelo Gomes são histórias que,

mais do que uma geografia em co-mum, têm um forte denominador comum: a vontade de remar na con-tramaré da temática do cinema na-cional.

O Abismo Prateado, por exem-plo, também de Karim Aïnouz, é um filme extremamente simples do ponto de vista temático: uma mulher (Alessandra Negrini) que, depois de ser abandonada pelo marido, entra numa jornada de autoconhecimento por uma noite adentro. Em uma en-trevista recente, Aïnouz resumiu o momento vivido pelo cinema nacio-nal: “A identidade brasileira mudou

nos últimos dez anos. Fico cansado do que sempre esperam do nosso ci-nema: violência, pobreza e poeira. Eu me recuso a concordar que essa seja a única maneira para termos espaço no exterior. Não quero que ninguém me diga como eu tenho de olhar para mim mesmo”. No mesmo caminho, Elena, o documentário de Petra Costa que invadiu a imprensa brasileira no mês passado com crí-ticas elogiosas e boquiabertas, é um filme-homenagem que conta a histó-ria de uma irmã que tenta exorcizar suas aflições por ter perdido a irmã que mal teve tempo de conhecer. São

histórias que mergulham sem medo em múltiplos microcosmos, negli-genciando, sob licença poética, o mundo que existe lá fora.

Se a preocupação, antes, era de demonstrar engajamento político e dedos apontados na cara das falhas da sociedade, as últimas produções estão procurando espaço para se es-ticar e mostrar que nem só de crítica social vive uma boa história.

No entanto, embora esse bom mo-mento vivido pelo cinema nacional tenha nos brindado com produções inspiradas, há pouco o que comemo-rar ainda, afinal, o circuito exibidor continua refém do mercado, e filmes como os citados acima se tornam privilégios das metrópoles onde, mesmo assim, o tempo de exibição é curto o suficiente para que boa parte das pessoas nem tenha tempo de ou-vir falar neles.

Neste tão jovem brasileiro, ainda é das produções alinhadas ao mercado a honra de ocupar as salas de exibi-ção. Ainda assim, é de se comemorar o fato de que hoje, pode-se dizer que existe, de fato, um novíssimo cinema brasileiro. O que não é pouco, em-bora não seja o muito que (ainda) se espera.

Renata [email protected]

A criatividade afiada das novas produções cinematográficas nacionais esbarra em um sistema cada vez mais excludente”

OVila Mariana - JunhO de 2013

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MOTOR

Em 30 de junho de 1953, saiu da linha de produção em Flit – Michigan, um modelo absolutamente diferente de qualquer outro na história dos auto-móveis americanos. O chassi núme-ro 0001 foi harmonizado em branco e interior vermelho, indicadores de esmero & refinamento, porém, muito provavelmente, jamais imaginariam que as “Vette”, seria o carro esporte de maior permanência em linha de todos os tempos.Nasceu “bem comportado”, é verdade. Motor de 6 cilindros, o “Blue Flame, em linha de 150 cv’s, e acoplado ao câmbio “Power-Glide” de duas veloci-dades (low & drive) – já utilizados nos coupé Bel-Air, do início dos anos 50.Nasceu na época em que as corridas tornavam-se uma obsessão em todo o mundo. Na Europa, as de Monte Carlo e Mille Miglia consolidavam-se mais e mais e, na América, a Panameri-cana, abria a visão dos fabricantes e, certamente, a Corvette seu primeiro derivado.

Entretanto, seu modesto desempenho quase o levou ao término - ainda em início de produção, quando entra em cena o Sr. Zora Arkus-Duntoz. Arkus tornou-se seu engenheiro-chefe e, principalmente, seu redentor. Con-venceu o “Board” da GM a abandonar – por mais que uma de suas premis-sas fosse o baixo custo, mas, equipá-lo com um dos V8 da Cia, e “ hiperboli-zado. Bingo !! Em 55, rapidamente as vendas aumentaram e, em seguida, lançam o primeiro motor americano

injetado mais uma releitura da carro-çaria em 56. Em 58 chega o modelo de quatro faróis – um dos mais belos carros da história. Arkus, em 63, definitivamente posi-ciona o Corvette, tornando-o realmen-te vanguardista & musculoso, a má-quina derivada da velocidade & estilo, o “Sting-Ray”. Inovou a história do design, terminado seu teto a “0”, to-talmente fluido e com requintes de estilo no vigia traseiro - dividido ao meio pela própria carroçaria, o “Split--Window”. Pela dianteira, nasceu a ”marca regis-tradas”, adotando no conjunto ótico escamoteável, anteriormente usado apenas pelo belíssimo Cord 810 Su-percharged, de 1936.A inspiração do projeto do C2 nas-ceu em 59, pelo protótipo de corrida XP87, tão personal que influenciou até o C3, sob código XP-755 ou, Mako Shark, quase que simultaneamente. Certamente, a geração do C3 de 68, consolidou-o como o ícone america-no dos carros esporte. As sinuosas linhas fazem – no mínimo, pessoas torcerem a cabeça pelas ruas de todo o mundo. Múltiplas variações de motores e edições especiais, inova-ram o C3 – incluindo, o inusitado teto “targa” em acrílico removível. Nem a crise do petróleo, nos anos 70, o atingiram. Bateram recorde de 54 mil unidades vendidas em 79. Em 1984, o C4 arca com imensa res-ponsabilidade. Continuar no topo. O peso é sempre insuportável aos que se acomodam em postos, sem constante pesquisa e desenvolvimento. Embo-ra superando em custo & benefício os então rivais; Porsche 944 ou Supra

300 ZX, seu fraco chassi o empurra-ram a 20 mil unidades. O obvio, a necessidade em recriá-lo. Apresentam o C5 em 1997. Elegan-te e herdeiro de predicados predeces-sores, o chassi 4 vezes mais rígido e o uso do alumínio no bloco do novo V8 LS1 5.7, aliviaram 40 kg – mais, a mesma receita de baixo custo & be-nefício bateram os competentes euro-peus, sem abandonar o que mais agra-da aos americanos. O Torque e o urro do V8.Daí por diante, jamais abandonaram a eficiência – e a balança. Nos anos 2000, o modelo Z06e seu LS7 supera; BMW M6 e o Lamborghini Gallardo no circuito de Nurburgring – todos, com aproximados 500 cv’s, mas, gra-ças a menos 100kg. Incrível !O fato faz a GM lançar o programa C6R Racing, o time oficial de fábri-ca para as competições. Um” time” de engenheiros com um arsenal de inovações; chassi de rigidez torcional na ordem de 15% e redistribuição de peso, alcançando raro equilíbrio de 51:49 kg dianteiros, quase os 50 x 50 (dianteira / traseira). Enfim, o orgulho americano havia elevados os níveis de performance à estratosfera. .O sonho tornou-se real e o Corvet-te sobe à categoria de Super Carro, através da engenharia com “receitas & minúcias” de precisão entre a alta relojoaria X joalheria. Parabéns pelos 60 anos.

Rubens Herediamotorbusiness.com.br

Chevrolet Corvette60 anos da verdadeira Vedete do carro esporte.

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OVila Mariana - JunhO de 2013

Da esquerda para a direita:

MÚSICA

Após 6 anos de estrada e com forma-ção nova desde 2011, a banda de rock formada só por mulheres, As Radio-ativas, se prepara para mostrar ao grande público o interesse que vem despertando em músicos reverencia-dos, como também na galera que cur-te a cena rock and roll de São Paulo, com o lançamento de seu primeiro álbum Cuidado Garota, que será no dia 20 de junho, na descolada casa de show do Baixo Augusta, Beco 203.Sob a batuta do respeitado produtor musical Luiza Calanca, do selo Bara-tos Afins, o disco conta com 10 faixas de letras provocativas, riffs nervosos e ótimas melodias. O encontro de Ca-lanca com as garotas se deu durante um show que fizeram no Rock na Vi-trine, da Galeria Olido, onde, segun-do Lets Krüger, uma das guitarristas, surgiu uma grande afinidade musical entre as partes.O disco promete trazer fôlego ao rock nacional, pois além de serem só mu-lheres na banda, as letras são em lín-gua portuguesa, facilitando o enten-dimento das mensagem bem diretas, como no caso de “Stupid Boy”, um direto no queixo dos marmanjos que não sabem tratar bem a sua mulher, ou na música que dá título ao álbum, “Cuidado Garota”, que é pura energia rock and roll. Uma curiosidade sobre o disco, a música “Isso é Rock and Roll” nasceu na Vila Mariana, no es-túdio Fellings, na rua Domingos de Moraes.O impacto que a banda vem causan-do no público se dá ao fato de serem 5 garotas tocando com sinceridade e mandando o recado de que mulheres sabem tocar alto e rápido, como tam-bém fazer rock em língua portugue-sa.Cada uma das integrantes tem em sua formação musical o gosto por ban-das como Beatles, The Runaways, The Stooges, The Ramones, L7, The Rolling Stones e outras diversas ver-tentes do estilo e isso faz com que elas resgatem a famosa atitude rock

and roll, posicio-nando-se em palco como verdadeiras guerreiras da mú-sica que já faz a ca-beça de gerações.Já tocaram em vários clubes do Baixo Augusta, da região do Gran-de ABC Paulista, como também Rio de Janeiro e Porto Alegre; e por onde passam, o efeito é o mesmo, arrastam seus já fãs fervorosos e ainda conver-tem muitos outros pelo caminho. Este ano elas conseguiram incendiar às 5 da manhã o público, já cansado, na Virada Cultural de São Paulo, colo-cando à prova o que sabem fazer de melhor, pôr o povo para dançar e vi-brar junto com suas músicas. Como todo sucesso tem seu esforço, elas to-caram no mesmo dia, às 16h na Feira de Artes da Pompéia, repetindo o fei-to da madrugada, sacudindo o Palco Rock do evento.Como a criatividade não para por aí, elas ainda inventaram um perso-nagem para cada uma, Taty the Sex Maker (vocal), Lets Krüger (guitar-ra - Moradora do bairro), Natasha X (guitarra), Crica Mess (baixo) e Lets the Scientist (bateria), que faz referência a uma história em quadri-nhos do imaginário delas, que desta-ca sobreviventes de uma exposição a radioatividade, daí também vem o nome da banda.Com certeza o efeito é muito melhor do que tal exposição, pois ficamos marcados pela radioatividade delas, mas são marcas esperançosas de que o rock ainda existe e que o nosso ju-diado idioma é ótimo e combina com o estilo criado pela língua inglesa.

Sandra CampelloAssessora de [email protected]

As Radioativas prometem fazer muito rock and roll no show delançamento do primeiro disco

Crica Mess, Natasha X, Tati The Sex Maker, Lets Krüger e Lets The Scientist.

OVila Mariana - JunhO de 2013

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REFLEXÃO

Reconhecimento:Você já parou para pensar que o maior reconhecimento está dentro de nós? Observe bem a si mesmo. E o que você melhorou em você? Respire bem fundo e se analise, pois atrás do seu reconhecimento encontrarás os seus defeitos e verás quanto tempo perdeu por não ter se reconhecido. Para te reconhecer a sua humildade tem que estar em prime-iro lugar. Lutar com humildade e ter o reconhecimento certo, pois a humildade traz sabedoria... E como é bom ter os dois juntos! Pois assim, vencerás qualquer obstáculo. Pois sabedoria e humildade abrem as portas do reconhecimento.

Reflexão

Marília Martins

Confiança:A confiar é liberdade de ter a sensibilidade de se sentir forte, de acreditar em si mesmo e ver um mundo melhor, onde a fé transmite a confiança de um dia melhor quando confiamos em Deus. Ele transmite a nós a segurança que tudo vai dar certo. E nós transmutamos com muita confiança a força de vencer, a força de acreditar que tudo quere-mos e tudo podemos. E assim venceremos. Use sempre estas palavras: EU QUERO, EU POSSO, EU MEREÇO. Eu confio, eu vencerei com a confiança em Deus e em mim, eu vencerei!

Fé:Você já olhou para este grande Universo de luz? Você já parou para pensar QUEM criou tudo isso? Só poderia ser UM.

Pai Poderoso e Misericordioso! Você já respirou e sentiu a suavi-dade que ventila os seus pulmões e banha o seu coração de sangue refinado? Você já parou e olhou que Ele fez do Grande Universo as mais lindas de todas as pinturas e fez TODAS as maravilhas do mundo? Você já se olhou e viu que muito chorou e muito sorriu?

Você já deu valor a Ele que TUDO faz e nunca cobrou nada de ninguém? Você já olhou tudo o que ME criticou, mas esqueceu do quanto eu quero te fazer feliz? Pois tudo o que eu faço é para o bem e infelizmente vocês erram, e eu tenho que consertar.

Muitas vezes vocês sofrem por não pensar, mas jamais abando-narei meus filhos, pois vocês moram em meu Universo de luz que preparei para todos. A maior fé está dentro de nós, é acreditar em todas as belezas e sentirmos a presença do Pai dentro de nós, sem ver o corpo físico. É acreditar e amar. A igreja está dentro de nós, pois ela é a nossa fé!

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OVila Mariana - JunhO de 2013

O mês de junho é de grande impor-tância para o meio ambiente, pois é o mês em que é mais lembrado e celebrado.No Dia 3, o aniversário da RIO--ECO 92, comemorado pelo suces-so que obteve como o maior evento ambientalista pelos seus resultados pelo mundo e pela participação dos governantes de grande parte dos países do mundo.No dia 5 o DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, ou o DIA DA ECOLOGIA, que geralmente é fes-tejada na primeira semana de junho e denominada como a SEMANA DO MEIO AMBIENTE.Já no dia 17 comemora-se o DIA MUNDIAL DE COMBATE Á DESERTIFICAÇÃO, mal que afeta muitos locais no mundo e um dos pontos mais vulneráveis encontra--se no Nordeste BrasileiroAcompanhando o mês, temos no dia 23 o DIA DO LABRADOR, li-gação direta com o meio ambiente.E no dia 29, para finalizar o mês, o DIA DO PESCADOR , ativida-de ligada também diretamente ao meio ambiente.Muitos eventos são realizados nes-se mês, para todas essas datas.Devemos cada vez mais, ajudar-mos como parte atuante da popu-lação, ao trabalho de divulgação e colaborarmos com sugestões para a melhoria ambiental. Cabe a cada cidadão respeitar o meio ambien-te principalmente quando em vi-sitação a natureza e entre outras atividades, se dedicar a plantio de mudas de árvores nativas de sua re-gião, pois essa é a principal forma de minimizar o impacto causado pelo homem ao meio ambiente.Podemos dar uma contribuição

valiosa começando com pequenas atitudes como o plantio de uma ár-vore, mas também usando cada vez mais materiais que agridam menos o meio ambiente ou degradáveis e, cada vez mais, aprender a reutilizar os materiais dando cada vez mais valor á SUSTENTABILIDADE do planeta.Com todas essas datas comemo-rativas no mês de Junho voltadas á ECOLOGIA, SUSTENTABILI-DADE, MEIO AMBIENTE, fica nosso entusiasmo para que cada vez mais cresça a conscientização ambiental da população.

Angela Casaburi

Junho é o mês do Meio Ambiente e da Ecologia

www.oeco.org.br/frases-do-meio-ambiente

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O Vila Mariana - JunhO de 2013sustentabilidade