observatório da gestão pública de castro. · 2018-08-02 · 2°quadrimestre 2012 moacyr elias...
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Conselho de AdministraçãoLuiz Alfredo Teixeira Strickert
Presidente
Monica Menarim Requião
Vice-Presidente para Assuntos
Institucionais e de Alianças.
Jan Petter
Vice-Presidente para Assuntos
Produtos e Metodologias.
Fábio Tomio Maeda
Vice-Presidente para Assuntos
de Controle Social.
Paulo Nichelle
Vice-Presidente para Assuntos
Administrativos e Financeiros.
Conselho Fiscal
Francisco Delmar Kotelinski
Titular.
Manoel José Gomes Carneiro
Titular.
Juliano Michelli
Titular.
Albert Reinder Barkema
Suplente.
Conselho Consultivo
Abel Oliveira.
André Okubo.
Carlos Alberto Fontoura Kugler.
Dionísio Bertolini.
Eduardo Medeiros.
Frans Borg.
José Marioli Simão.
Lino César Castanho Lopes.
Marcos Pereira.
Vergilho Sobrinho Carvalho.
Walter Folmann.
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 25.482,90
CONTAS A PAGAR 10.174,15
LIQUIDEZ 15.308,75
RECEITAS / DESPESAS 30/06/2018
(+) CONTRIBUIÇÕES E DOAÇÕES VOLUNTÁRIAS 48.650,19
(-) TOTAL DAS DESPESAS 43.069,18
SUPERÁVIT DO PERÍODO 5.581,01
“Art. 31. A fiscalização do Município será exercida
pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle
interno do Poder Executivo Municipal, na forma
da lei.”
Constituição da República Federativa do Brasil de
1988.
Lei de Responsabilidade Fiscal
Determina o limite legal de gastos com pessoal em relação à Receita
Corrente Líquida (RCL).
De acordo com a Lei, a despesa com pessoal no Município não pode
ultrapassar 60% da RCL, assim distribuídos: 54% para o Executivo e
6% para o Legislativo.
Existem ainda dois limites de gastos com pessoal. O denominado
“limite de alerta”, estabelecido em 90% do limite legal, ou seja, quando
o Executivo atingir 48,6% da RCL, cabe ao Tribunal de Contas alertar
sobre o fato. O outro é o “limite prudencial”, que chega a 95% do limite
legal, 51,3% da RCL. Se o gestor verificar que ultrapassou os limites
estabelecidos, deve tomar providências para se enquadrar no prazo de
08 meses.
Quadrimestres GestorTotal da despesa com
pessoal Receita Corrente Líquida
% do Total da despesa
líquida com pessoal
1° Quadrimestre 2012Moacyr Elias Fadel
JuniorR$ 50.896.740,73 R$ 106.911.324,78
47,61%
2° Quadrimestre 2012Moacyr Elias Fadel
JuniorR$ 57.288.794,53 R$ 106.243.712,68
53,92%
3° Quadrimestre 2012Moacyr Elias Fadel
JuniorR$ 60.783.820,80 R$ 110.830.017,54
54,84%
1° Quadrimestre 2013 Reinaldo Cardoso R$ 63.999.170,98 R$ 113.648.025,90 56,31%
2° Quadrimestre 2013 Reinaldo Cardoso R$ 63.995.395,65 R$ 117.330.910,64 54,54%
3° Quadrimestre 2013 Reinaldo Cardoso R$ 65.223.977,57 R$ 122.867.676,67 53,08%
1° Quadrimestre 2014 Reinaldo Cardoso R$ 66.200.256,89 R$ 131.740.878,85 50,25%
2° Quadrimestre 2014 Reinaldo Cardoso R$ 70.492.809,61 R$ 136.564.061,63 51,62%
3º Quadrimestre 2014 Reinaldo Cardoso R$ 70.593.377,73 R$ 142.656.943,87 49,48%
1º Quadrimestre 2015 Reinaldo Cardoso R$ 73.102.038,28 R$ 145.475.392,05 50,25%
2º Quadrimestre 2015 Reinaldo Cardoso R$ 77.271.337,59 R$ 151.271.022,90 51,08%
3º Quadrimestre 2015 Reinaldo Cardoso R$ 87.144.765,66 R$ 154.638.999,65 54,93%
1° Quadrimestre 2016 Reinaldo Cardoso R$ 89.430.824,20 R$ 161.929.426,13 55,23%
2º Quadrimestre 2016 Reinaldo Cardoso R$ 96.289.733,22 R$ 169.388.184,56 55,20%
3 º Quadrimestre 2016 Reinaldo Cardoso R$ 102.568.838,67 R$ 173.519.902,49 56,88%
1º Quadrimestre 2017Moacyr Elias Fadel
JuniorR$ 103.932.133,78 R$ 182.111.019,55 55,02%
2º Quadrimestre 2017
Moacyr Elias Fadel
Junior R$ 103.517.167,74 R$ 183.368.002,06 54,44%
3º Quadrimestre 2017 Moacyr Elias Fadel
Junior
R$ 98.582.887,45 R$ 184.396.154,08
52,00%
1º Quadrimestre 2018 Moacyr Elias Fadel
Junior
R$ 98.430.479,34 R$ 185.683.298,50 51,52%
R$ 0.00
R$ 20,000,000.00
R$ 40,000,000.00
R$ 60,000,000.00
R$ 80,000,000.00
R$ 100,000,000.00
R$ 120,000,000.00
R$ 140,000,000.00
R$ 160,000,000.00
R$ 180,000,000.00
R$ 200,000,000.00
1°Quadrimestre
2014
2°Quadrimestre
2014
3ºQuadrimestre
2014
1ºQuadrimestre
2015
2ºQuadrimestre
2015
3ºQuadrimestre
2015
1°Quadrimestre
2016
2ºQuadrimestre
2016
3ºQuadrimestre
2016
1ºQuadrimestre
2017
2ºQuadrimestre
2017
3ºQuadrimestre
2017
1ºQuadrimestre
2018
Total da despesa com pessoal
Receita Corrente Líquida
Valor recomendado de despesa com pessoal de acordo com limite prudencial 48,6%
Valor limite recomendado de despesa 51,3%
Pregão Presencial/Eletrônico: 66
Inexigibilidade: 56
Dispensa: 46
Tomada De Preço: 19
Concorrência Pública: 03
Chamamento Público: 04
TotalProcessos Licitatórios 194
A licitação será:
1) Inexigível:
a) Para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por
produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a
comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação
ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
b) Contratação de serviços técnicos, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
c) Profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde
que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
2) Dispensável:
Dispensa de licitação é a possibilidade de celebrar um contrato entre a Administração e o particular
diretamente, sem o processo de licitação. Nesses casos, o administrador tem a faculdade de licitar
ou não, levando sempre em consideração o interesse público.
Nele podemos observar que as principais hipóteses são relacionadas às aquisições de baixo custo,
às situações emergências e calamidade pública, e à aquisição ou aluguel de imóvel.
Período Total
Inexigibilidade Dispensa
3º Quadrimestre 2015/2016 30 30
1º Quadrimestre 2016 26 62
2º Quadrimestre 2016 34 60
3º Quadrimestre 2016/2017 22 21
1º Quadrimestre 2017 28 16
2º Quadrimestre 2017 41 20
3º Quadrimestre 2017/2018 47 27
1º Quadrimestre 2018 56 46
Total 284 282
0
10
20
30
40
50
60
70
3ºQuadrimestre
2015/2016
1ºQuadrimestre
2016
2ºQuadrimestre
2016
3ºQuadrimestre
2016/2017
1ºQuadrimestre
2017
2ºQuadrimestre
2017
3ºQuadrimestre
2017/2018
1ºQuadrimestre
2018
Total Inexigibilidade Total Dispensa
Em análise diária no Portal da Transparência, foram identificados
pagamentos para duas multas de veículos oficiais, após a identificação
dos veículos e datas das respectivas multas, o Observatório de Castro
solicitou o diário de bordo dos veículos, onde constatou os condutores,
foi verificado nos holerites dos servidores possível desconto das multas,
como não havia o desconto, o Observatório de Castro solicitou
esclarecimentos ao Executivo, não obtivemos respostas, porém, o
desconto das multas foi realizado após o pedido de esclarecimento dos
servidores apontados.
Notícias de Fato - (total acumulado em
andamento) Ministério Público
Fase das Denúncias – MP e Judiciário Total
Notícia de Fato (OC) 20
Inquérito Civil Instaurado (MP) 36
Ação Civil Pública (MP) 3
Após denuncia da população sobre servidores municipais que
estariam utilizando veículos oficiais para fins particulares, o
Observatório de Castro após juntar provas, realizou Notícia de Fato
ao Ministério Público, foi instaurado Inquérito Civil sob nº MPPR
0031.18.00013.4-4, o Poder Executivo instaurou dois processos
administrativos (não concluídos até o momento) para verificar a
veracidade dos fatos.
Você pode acompanhar o andamento do processo através do link:
http://apps.mppr.mp.br/prompPublico/ConsultaDocumentoList.seam
Indicações e Requerimentos
As indicações e os requerimentos são dois instrumentos
de trabalho do vereador. Por meio deles, os vereadores
solicitam informações ou a realização de serviços para o
prefeito da cidade. A diferença entre os dois é que o
prefeito pode ou não aceitar a sugestão feita na
indicação, mas em relação ao requerimento é preciso
encaminhar uma resposta à Câmara em 30 dias.
Vereador (a) Requerimento Indicação Projetos de Lei
Antonio Sirlei 5 5 -
Dirceu Ribeiro 5 18 -
Gerson Sutil 2 8 1
Herculano da Silva 3 11 3
Joel Elias Fadel 21 6 1
José Otavio Nocera 17 19 2
Jovenil R. de Freitas 10 21 -
Luiz Cesar Canha Ferreira 8 26 -
Maria de F. Barth Antão 6 4 -
Maurício Kusdra 21 21 5
Miguel Zadhi Neto 21 17 2
Paulo Cesar de Farias 5 12 -
Rafael Casper Rabbers 11 14 1
Projetos de Lei autoria da
Prefeitura.
- -
34
Projetos de Lei e
Requerimento Sem
Identificação.
1
-
1
2- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 11/2018
Autor: Maurício Kusdra
Ementa: Proíbe a **incineração de resíduos sólidos de qualquer material orgânico ou inorgânico.
**Ação de queimar, reduzindo a cinzas: incineração de lixo industrial. Ação, efeito ou
processo de incinerar, de queimar.
1- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 8/2018
Autor: Maurício Kusdra
Ementa: Denomina Rua (Abapan).
3- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 17/2018
Autor: Gerson Sutil
Ementa: Dispõe sobre a gestão de terra removida de terrenos e dos resíduos da construção
civil.
4- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 18/2018
Autor: Rafael Rabbers
Ementa: Proíbe a realização de malabares nos cruzamentos das vias urbanas.
5- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 19/2018
Autor: Miguel Zadhi Neto
Ementa: Institui projeto de grafite: “Graffiti Castro é Arte – Esporte e Lazer na Minha Cidade de
Castro”.
6- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 20/2018
Autor: Herculano da Silva
Ementa: Institui mês de maio amarelo – Ações preventivas e conscientização para redução de
acidentes de trânsito.
Anexo I
Valores das Diárias
Diárias para viagens a localidades até 70 Km Vereadores Servidores
Diárias sem pernoite R$ 111,00 R$ 74,00
Diárias para viagens a localidades entre 71 a 200 Km de
diastância do municípioVereadores Servidores
Diária com pernoite R$ 370,00 R$ 246,00
Diária sem pernoite R$ 148,00 R$ 98,00
Diárias para viagens a localidades acima de 201 Km de
diastância do municípioVereadores Servidores
Diária com pernoite R$ 462,00 R$ 308,00
Diária sem pernoite R$ 185,00 R$ 123,00
7- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 16/2018
Autor: José Otávio Nocera
Ementa: Alteração Lei 2.927/2014 – Referente às diárias para deslocamento
Poder Legislativo – Anexo I
8- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 28/2018
Autor: Maurício Kusdra
Ementa: Gratuidade de transporte coletivo urbano e rural a pessoas com igual ou
superior a 60 anos.
9- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 34/2018
Autor: Joel Fadel
Ementa: Titulo de cidadã honorária à Sra. Rosina Pereiro Jorge Cardoso.
10- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 35/2018
Autor: Herculano da Silva
Ementa: Cria selo “Produto produzido em Castro”.
11- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 36/2018
Autor: Herculano da Silva
Ementa: Institui calendário oficial de festas, eventos, homenagens e datas
comemorativas em Castro.
12- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 37/2018
Autor: Maurício Kusdra
Ementa: Deverão estabelecimentos públicos e privados inserir nas placas de
atendimento prioritário o símbolo mundial do autismo e placas de vagas preferenciais.
14- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 50/2018
Autor: Maurício Kusdra
Ementa: Dispõe sobre proteção e cuidados com animais comunitários e transitórios
que tenham sido abandonados.
15- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 51/2018
Autor: José Otavio NoceraEmenta: Institui mês de junho vermelho – Incentivo e conscientização de doar sangue.
13- PLO – Projeto de Lei Ordinária: 48/2018
Autor: Miguel Zadhi Neto
Ementa: Altera nome de ginásio de esportes.
*TODAS AS INFORMAÇÕES FORAM
EXTRAÍDAS DO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA
DA CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO.
* Fonte: http://sapl.castro.pr.leg.br/generico/materia_pesquisar_form?incluir=0
Descrição/Legenda Total Hora base 6H/D
(+) Total dias ano 365 ---
(-) Finais de Semana (Sábado e Domingo) 105 ---
(-) Feriados (nacionais e municipais) durante a semana 11 ---
(=) Total de dias úteis com expectativa de expediente (por servidor) 249 1494
Total Cartões-Ponto
Enviados (Servidores e Comissionados)34 ---
Dias úteis expediente X Nº de Servidores 8.466 50796
Ocorrências Apresentadas nos Cartões-Ponto Total de Dias Total de Horas
Atestados Médicos 162 972
Cursos 36 216
Cursos sem certificados 3 18
Falta (2 pontos com divergência mesmo servidor e
mesmo mês, porém, um consta falta e outro não)1 6
Falta Banco de Horas 180 1.080
Férias 750 4.500
Recesso 408 2.448
Justificado 9 54
Sem Justificativa 2 12
Licença Luto 11 66
Licença Remunerada 118 708
Total Dias Úteis Ausentes do Expediente por total (34) 1.680 10.080
Total de dias úteis efetivamente trabalhados 6.786 40.716
Total Dias Úteis Ausentes do Expediente (%) 19,84 19,84
Perda de Dias Úteis por Funcionário 49,41 296,47
Protocolado Notícia de Fato ao Ministério Público em 07.05.2018, após 22
(vinte e dois) dias foi instaurado 9 (nove) Notícias de Fato, para cada item
apontado pelo Observatório de Castro com os seguintes números:
Atestados NF 0031.18.000615-2;
Licença Remunerada NF 0031.18.000619-4;
Ausência no trabalho NF 0031.18.000618-6;
Licença Luto NF 0031.18.000617-8;
Divergência ponto NF 0031.18.000620-2;
Cursos ausência comprovação NF 0031.18.000621-0;
Ausência de Portaria Recesso NF 0031.18.000622-8;
Férias NF 0031.18.000624-4;
Banco de Horas NF 0031.18.000616-0.
Você pode acompanhar o andamento do processo através do link:
http://apps.mppr.mp.br/prompPublico/ConsultaDocumentoList.seam
Assunto: Resposta ao Oficio nº 135/2018 de 16/04/2018.
Prezado Senhor,
A atuação dos poderes constituídos da Republica está delineada em lei, dela se extraindo, de forma clara e límpida o papel
de qualquer agente público, preceitos dos quais não se pode afastar, sob pena de incorrer em ilegalidades. A Constituição
Federal e as leis orgânicas municipais estabelecem tudo o que o vereador pode e não pode fazer durante o mandato.
Os vereadores fazem parte do Poder Legislativo, e discutem e votam matérias que envolvem impostos municipais,
educação municipal, linhas de ônibus e saneamento, entre outros temas da cidade.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo 2º disciplina sobre os poderes da união dizendo
que são independentes e harmônicos entre si, a saber, o legislativo; executivo e o judiciário.
Dessa forma, um poder não pode interferir nas competências do outro, salvo exceções trazidas pela carta magna.
Portanto, a não observância das limitações constitucionais no que se refere à invasão dessas competências desestabiliza
o princípio da segurança jurídica.
Assim, o poder legislativo tem como competência a função precípua de fazer leis; a fiscalizadora e assessoramento ao
executivo, logo, pelo princípio da simetria aplicam-se aos municípios.
Não é função de vereador fiscalizar entidades privadas, quando estas não recebem recursos públicos. O papel de polícia,
de fiscal de atividades na iniciativa privada também é calcada em lei, para isso, para ser autorizado o funcionamento de
uma empresa, seja ela Ltda., Micro, ou até uma Organização Não Governamental - ONG, é obrigado a buscar alvará da
prefeitura, vistoria dos bombeiros, etc.
Não é afeto ao vereador assumir papel de regulador e fiscal dessas atividades, muito menos, intentar saber das finanças
de uma entidade privada.
Definitivamente não é atribuição de vereador!
Dos pedidos de informações contidos nos Ofícios nº 22/2018; 90/2018 e 135/2018, encaminhados pela Presidência da
Câmara Municipal, temos as seguintes considerações e fundamentações:
Questiona-se sobre as doações recebidas pelo Observatório de Castro, doações essas recebidas de forma legitima, as
quais são repassadas pelos seus mantenedores e são utilizadas para a manutenção de suas atividades, indagando
ainda sobre a forma como se recebe, e que sejam identificados os doadores. Aqui logo se observa uma arbitrariedade
por parte do Presidente da Câmara, uma vez que, o mesmo demonstra ter dificuldades em diferenciar as atividades
privadas das públicas, bem como, desconhece os limites das funções dos vereadores. Uma Organização Não
Governamental - ONG privada, como é o caso do Observatório de Castro, não está sujeita a fiscalização direta por parte
de vereadores, nem mesmo de forma indireta através da Câmara Municipal de Vereadores, pois a referida entidade não
recebe dinheiro público oriundo de impostos e diante do relatado consideramos descabida tal solicitação e dessa forma
não prestaremos as informações solicitadas; Diferente seria se estivemos tratando de uma Organização da Sociedade
Civil de Interesse Publico – OSCIP, que não é o caso do Observatório de Castro, pois o mesmo, não optou por essa
condição organizacional prevista na Lei nº 9790/99, pois se caso opta-se teria de manter convênios e parcerias com
órgãos públicos descaracterizando sua principal atividade que é a fiscalização dos agentes públicos, e aqui novamente a
Câmara Municipal representada por seu Presidente parece desconhecer a interpretação da Lei nº 9790/99 e do estatuto
do Observatório de Castro onde consta o termo “podendo ser constituída como”, logo é condicionante, não sendo
obrigada a buscar o registro como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP e por sua vez está
desobrigada a se cadastrar junto ao Ministério da Justiça, já que não faz uso de dinheiro público oriundo de impostos.
Outro ponto que nos surpreende é do porque tanta consideração e apreço pelas atividades do Observatório de Castro,
haja vista que a Câmara Municipal através de seus vereadores apoiados pela sua estrutura administrativa, tem que
seguir e fiscalizar o dinheiro dos impostos arrecadados junto à sociedade organizada, recursos esses administrados pelo
Prefeito e pelo próprio Presidente da Câmara, dinheiro do povo, pagos com altos impostos. O orçamento da Câmara em
2017 foi da ordem de R$ 7 (sete) milhões, sendo raro o acompanhamento por parte dos vereadores nas licitações ou
outras atividades da aplicação de recursos públicos, obrigando a cidadãos da comunidade de Castro a montar uma
Organização Não Governamental – ONG, para fazer frente ao que deveria ser feito pelos vereadores, e dessa
forma, pedimos a gentileza de que não se ocupem com o dinheiro do bolso do cidadão, se ocupem em legislar e
fiscalizar o dinheiro confiado pelo cidadão, o qual esta depositado nos cofres da Prefeitura e da Câmara, sendo
essa a obrigação constitucional que cabe aos vereadores. Não diferente ao que expusemos anteriormente a
Câmara Municipal não faz o devido acompanhamento nas atividades dos inúmeros parceiros da administração
pública, que recebem dinheiro do povo, usam dos recursos e dos bens da municipalidade porem deixam muito a
desejar quanto aos Princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência os quais
regem a Administração Pública;
Quanto ao questionamento do porque o Observatório de Castro deixou de ser associado ao Observatório Social
do Brasil e porque mudou de nome, aqui, novamente se verifica, que a Câmara Municipal representada por seu
Presidente, vem novamente a fugir das suas atribuições para se imiscuir em questões privadas, talvez por
desconhecer que no Brasil existem mais de 62 (sessenta e duas) mil Organizações Não Governamentais –
ONG’s, muitas delas fazendo controle da gestão pública sem estar filiada a qualquer outro órgão. O
Observatório de Castro é autônomo, legítimo e pertence à comunidade de Castro, não precisa de filiação a
outros órgãos que não conhecem a gestão pública de nosso município e que não tem legitimidade da sociedade
local, não precisa se abrigar em “federações” ou outro dispositivo para exercer o controle da Gestão Pública.
Por obvio a opção pelo nome “Observatório da Gestão Publica de Castro” ou simplesmente “Observatório de
Castro” se deve pura e simplesmente para se desvincular do termo “Social” utilizado pelo “Observatório Social
do Brasil” embora não se resumindo apenas a esta questão, mais sim, por certas vinculações politicas que
contrariam a postura operacional de nossa organização. Quanto à citada possibilidade de Filiação Politico
Partidária, de fato essa foi uma alteração promovida no estatuto do Observatório de Castro, no entanto, para o
leitor menos atento, ou para aquele que busca encontrar controvérsias, a de se alertar para melhor realizar sua
leitura, uma vez que, ao Conselho Administrativo e Fiscal é vedada a seus membros a Filiação Politico
Partidária, já para o Conselho Consultivo, que tem sua participação limitada a condição de quando convidados
ou convocados a apoiar, propor e opinar, nas decisões e encaminhamentos do Observatório de Castro, estes
poderão ter Filiação Politico Partidária, porem lhes é vedada a participação direta na administração publica
municipal, estadual e federal.
Senhor Presidente, o povo paga o salário dos vereadores, bem como, paga uma estrutura de 34 (trinta quatro)
servidores para atender o que determina a Constituição da República, portanto, o povo quer que os vereadores
exerçam seu trabalho, legislando e fiscalizando, pois se assim procedessem, todas as denúncias de desrespeito à
lei, apontadas e comunicadas pelo Observatório de Castro a Câmara Municipal e aos vereadores, resultariam na
abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito – CPI’s de forma a apurar e punir irregularidades e dessa
forma desobrigaria o Observatório de Castro a encaminhar ao Ministério Público diversas noticias de fatos que
culminaram com abertura de Inquéritos e Ações Civis Publicas.
O dia em que se confirme o que anteriormente citamos, certamente não mais haverá a necessidade da existência
do Observatório de Castro, no entanto enquanto isso não ocorrer, não admitiremos o controle dos nossos atos,
porque fazemos o controle da gestão pública, pois estamos fazendo o que não é feito pela Câmara de Vereadores,
exatamente para que não haja desperdício do dinheiro dos impostos, para que haja saúde, segurança e ensino de
qualidade para toda a comunidade.
Na forma e por tudo que argumentamos, solicitamos encarecidamente que a Câmara Municipal representada por
V.Sa., faça sua parte, Legislando e Fiscalizando dentro de suas atribuições constitucionais, exercendo de fato a
fiscalização do dinheiro público e deixe o povo se organizar como quiser e ajudar como pode!
Atenciosamente,
A Diretoria.
TCE-PR cobra publicidade de editais de licitação lançados pelos municípios
A principal falha encontrada pelos analistas e técnicos de controle externo do
Tribunal de Contas foi o acesso discriminatório aos editais de licitação: exigência
de identificação do interessado em obter o documento. A segunda impropriedade
mais comum foi a ausência dos editais nos portais de transparência.
"A publicidade dos certames é essencial para garantir o controle social e
institucional sobre os procedimentos licitatórios, que consomem parte significativa
do orçamento municipal", afirma o coordenador-geral de Fiscalizado do TCE-PR,
Mauro Munhoz. "O acesso aos editais é imprescindível para verificar a lisura do
certame e averiguar se o objeto da licitação atende o interesse público.”
Na lista de 24 (vinte e quatro) municípios citados pelo TCE-PR está incluso o
nome de Castro.
http://www1.tce.pr.gov.br/noticias/tce-pr-cobra-publicidade-de-editais-de-licitacao-
lancados-pelos-municipios/6174/N#