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  • 7/25/2019 Olissipo - Revista

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    Novembro 2015 n1 MensalPortugal Distribuio Gratuita

    O ARCO DA LUZVIDEOMAPPING EM LISBOA

    A CIDADE ATRATIVAPARA ESTUDANTES INTERNACIONAIS

    H MAIS DE 500 ANOSDEU-SE O INCIO AOS DESCOBRIMENTOS

    0,0

    0EUR

    RESTAURANTESOS 10 MELHORES DE LISBOA

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    2Novembro 2015 OLISSIPO

    FICHA TCNICA

    Todos os contedos desta revista sejam eles, textos,ilustraes ou fotos, so da exclusiva responsabi-lidade de Ana Catarina Olhicos Mouro.

    Todos os autores e participantes, desta revistafizeram-no de consciente, autorizando explicitamentea reproduo dos seus textos e imagens (sejam elas fotografias, retratos, ilustraes,etc.).Esta revista um projeto para a Unidade Curricularde Design de Comunicao, parte integrante daLicenciatura em Design, do IADE Crative University,executador sob a orientao do Professor CarlosRosa.Prestaram colaborao nesta edio os autores

    abaixo.

    ADAPTAES DE:

    ILUSTRAES DE:

    FOTOGRAFIAS ORIGINAIS DE:

    FOTOGRAFIAS EDITADAS DE:

    [cm-lisboa.pt] [Fotografia das pginas 18 e 19][Autor Desconhecido, tumblr.com] Fotografiada pgina 15]

    FICHA TCNICA / CRDITOS

    [wikipdia] [Texto das pginas 4 e 5][Pedro Leito, Claro Botelho] [Textos das pginas6,7,8 e 9][patrimoniocultural.pt; wikipdia; torrebelem.pt][Textos das pginas 10 e 11][mosteirojeronimos.pt] [Textos da pgina 12][lisboando.pt; pasteisdebelem.pt] [Textos daspginas 14 e 15][studyinlisbon.pt] [Textos das pginas 16 e 17][quartodasbrincadeiras.pt; guiadacidade.pt][Textos da pgina 19][cm-lisboa.pt] [Textos da pgina 21][citi.pt] [Textos das pginas 22, 23 e 24][nit.pt] [Texto da pgina 25][lisbonlux.com] [Textos das pginas 26 e 27]

    [observador.pt] [Textos das pginas 28 e 29]

    [Fotocomposio, Biblioteca Nacional / MariaKeil] [Ilustrao das pginas 6 e 7][Selo, Maria Keil] [Ilustrao das pginas 6][Ilustrao, Maria Keil] [Ilustrao da pgina 7][Livro Ilustrado, Maria Keil, Fnac] [Ilustrao dapgina 7][Ilustrao para capa de Livro, Maria Keil] [Ilustraoda pgina 9][Ilustrao Folhas Cadas II, Maria Keil] [Ilustraoda pgina 9][Ilustraes, Folhas Cadas, Maria Keil] [Ilustrao

    da pgina 9][CityBreaksLisboa] [Ilustrao da pgina 10][Louis Michel van Loo] [Ilustrao da pgina 24]

    [Selo, Maria Keill] [Fotografia da pgina 6][Azulejo, Estao de Metro, Maria Keil] [Fotografia dapgina 6][Azulejo, Metro Campo Pequeno, Maria Keil] [Fotogra-fia da pgina 7][Fotografia, Revista Viso] [Fotografia da pgina 8][Autor desconhecido, Pinterest] [Fotografia da pgina 10][LisbonSecrets.com] [Fotografia da pgina 10][Janeau, Flickr] [Fotografia da pgina 11][Autor Desconhecido, Pinterest] [Fotografia da pgina 11][Paulo Dykes] [Fotografia da pgina 11][City Guide Lisbon] [Fotografia da pgina 11][Gudrun Krinzinger] [Fotografia da pgina 12][Grotciv, Flickr] [Fotografia da pgina 12][Artista Desconhecido, Pinterest] [Fotografia da pgina 12]

    [Joriavlis, Flickr] [Fotografia da pgina 12][listofpictures.blogspot.in] [Fotografia da pgina 12][alma-portuuesa.tumblr.com] [Fotografia da pgina 12][amorycanela] [Fotografia da pgina 13][poutperfection.com] [Fotografia da pgina 14][yu.mmy] [Fotografia da pgina 15][Ana Almeida] [Fotografia da pgina 15][Rui Rebelo] [Fotografia das pginas 16 e 17][ipl.pt] [Fotografia da pgina 17][studyinlisbon.pt] [Fotografia da pgina 17][guiadacidade.com] [Fotografias da pgina 18 e 19][cm-lisbon.pt] [Fotografia das pginas 20 e 21][observador.pt] [Fotografia da pgina 22][joao74s Bucket] [Fotografia da pgina 23][ordemengenheiros] [Fotografia da pgina 24]

    [Edible Queens] [Fotografia da pgina 25][saveur.com] [Fotografia da pgina 25][ELEVEN] [Fotografia da pgina 23][Altis Belm] [Fotografia da pgina 23][lisbonlux.com] [Fotografias da pgina 23 e 24][zoodzinski] [Fotografia da pgina 28][tecmundo.com.br] [Fotografia da pgina 29][RENOVATIO] [Fotografia da pgina 29]

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    3Novembro 2015 OLISSIPO

    EDITORIAL

    ENTREVISTA

    CONHECER A CIDADE

    GASTRONOMIA E TRADIO

    GUIA DO ESTUDANTE

    LISBOA PARA CRIANAS

    CONHECIMENTO E INOVAO

    VALORES HISTRICOS

    ARTIGO DE OPINIO

    CURIOSIDADES

    NDICE

    NDICEAs 7 colinas de Lisboa: Colinas So Vicente, SantAna,Santa Catarina, Santo Andr, So Roque, So Jorge eChagas.

    Pintura, Desenho, Ilustrao, Azulejo, Design Grfico, Tapearia,

    Cenografia entre outros so muitas das reas que deramorigem a diversificadas e vastas obras realizadas por MariaPires da Silva Keil do Amaral.

    Muitos dos principais pontos tursticos concentram-se emBelm, como tal necessrio culturalizar-se antes de seentrar qualquer lugar e partir para a aventura.Hoje vamos l e vamos Torre de Belm e o Mosteirodos Jernimos.

    Os famosos Pastis de Belm so o smbolo mximo dapastelaria portuguesa e foram inventados, na AntigaConfeitaria de Belm, sendo servidos desde 1837.

    A cidade atrativa para estudantes internacionais. Lisboa o maior polo universitrio e de investigao do pas, com

    mais de140.000 estudantes inscritos no ensino superior.

    Integrado no Parque Florestal de Monsanto, do ParqueRecreativo da Serafina avista-se do miradouro umavista privilegiada sobre a cidade, reas relvadas e ar-borizadas como as zonas de Campolide e Amoreiras eboa parte da zona norte de Lisboa.

    Um espetculo de videomapping animou o Terreiro doPao todas as noites, s 19, 20 e 21 horas de 14 a 23 deDezembro de 2014, e, este ano repete-se!

    A nova cidade, exemplar nico do urbanismo das Luzes,foi planeada com rgua e compasso pela Razo. (...) a razo em pedra. Sem desvios nem fantasia.

    Abriu no Terreiro do Pao um quiosque com chimney cake.No sabe o que ? Ns explicamos.

    TOP 10 - Melhores restaurantes em Lisboa

    H 25 anos o jogo de computador era visto comoum opositor ao estudo e a um futuro promissor. Hojeestamos exactamente perante um cenrio contrrio.

    A indstria dos jogos est bem e precisa de gente.

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    4Novembro 2015 OLISSIPO

    AMEI

    LUMIAR

    CARNIDE

    BENFICA

    SO DOMINGOSDE BENFICA

    CAGR

    CAMPOLIDE

    SO FRANCISCOXAVIER

    SANTA MARIADE BELM

    AJUDA ALCNTARA

    SANTOCONTESTVEL

    PRAZERES

    LAP

    SAN-VE

    SANISAB

    SANTACATARINA

    LISBOACidade das 7 colinas

    Diz a lenda popular e romntica que a cidade de Lisboa foi fundada talcomo Roma numa povoao rodeada de sete colinas.

    Atualmente o Bairro de Alfama e o

    Convento de So Vicente de Forafazem parte da Colina de S. Vicentecujo pertence Zona do centroHistrico da Capital.

    COLINA DE SO VICENTE

    O Mosteiro das Freiras Dominicanasde Nossa Senhora da Anunciadaficava nesta colina que agora fica oLargo da Anunciada e localiza-se aOeste do Castelo. Mosteiro de nomee largo de nome que, junto dele em1539, depois dos frades Agostinhoso cederem por troca s freiras,transferiram-se para este local dasua primitiva fundao na Costa doCastelo mesmo no topo da mesmacolina.

    COLINA SANTANA

    Nome atribudo devido Igreja quenele edificaram os marinheiros da

    rota da ndia em louvor s Chagasde Cristo que corresponde atualmenterea que se situa o Largo do Carmoe a rea envolvente.

    COLINA DE CHAGAS

    Do Cames at Calada do Combro uma antiga freguesia do cocelhode Lisboa e aqui que se localiza omuseu da Farmcia.

    COLINA DE SANTA CATARINA

    EDITORIAL

    STA. JUSTA

    TOREL

    STA LZIA

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    5Novembro 2015 OLISSIPO

    EIRA

    CHARNECA

    SANTA MARIADOS OLIVAIS

    ODE

    SO JOO DE BRITO

    MARVILA

    BEATO

    ALTO DO PINA

    SO JOODE DEUS

    ALVALADE

    NOSSAENHORAE FTIMA

    SOBASTIO

    DADREIRA

    SOJORGE DEARROIOS PENHA

    DE FRANA

    SOJOO

    O-

    SANTAENGRCIA

    SOPAULO

    MERCS

    SOMAMEDE

    CORAODE JESUS

    PENASOJOS

    ANJOS

    GRAA

    S

    SANTAJUSTA

    SOVICENTEDE FORA

    SANTOESTVO

    SOMIGUEL

    CASTELO

    MADALENA

    SOCRISTVO

    E SOLOURENOSOCORRO

    SONICOLAU

    MRTIRES

    SACRAMENTO

    ARNAO

    Tambm chamada de Colina doCastelo, a mais alta das 7, quenaverdade a colina da Graa mas

    o autor da lenda ter esquecido, e, onde fica o atual Castelo de SoJorge onde se pensa que apareceuo primeiro povoado que deu origema Lisboa.Nesta colina e por baixo do Castelo

    apareceram vestgios do p idoromano.O Alccer rabe estava instalado efoi a que se construiu o castelo dotempo da Reconquista que ainda

    hoje existe. Abrange atualmente osbairros da Mouraria, Castelo e partedo de Alfama.

    COLINA DE SO JORGE

    Em 1147, D. Afonso Henriquesaproveitou as qualidades estratgicasda regio e instalou as suas tropaspara organizar a cidade.Com o terramoto de 1551 que fezsair muitos moradores da cidadeantiga estes escolheram as colinasdaGraa e de Santo Andr por seremmuito altas.Nas regies menos ocupadas e demelhores ares instalaram-se famliasnobres e adquiriram quintas onde

    construram casas de campo quemais tarde deram lugar a grandespalcios que se localizam ao longodas caladas da Graa e Santo Andr.

    COLINA DE SANTO ANDR

    Situa-se aqui o Bairro Alto e o Miradouro

    de So Pedro de Alcntara que por sua

    vez confundida como colina de So

    Pedro de Alcntara, que na verdade,

    nunca existiu pois essa designao apenas nome de uma Rua e de umJardim.

    COLINA DE SO ROQUE

    SRA. DO MONTE

    CASTELO

    SO PEDRO DE ALCNTARA

    EDITORIAL

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    6Novembro 2015 OLISSIPO

    MARIA KEIL

    Entrevista a

    Pintura, Desenho, Ilustrao, Azulejo,Design Grfico, Tapearia, Cenografiaentre outros so muitas das reasque deram origem a diversificadas evastas obras realizadas por MariaPires da Silva Keil do Amaral.Portuguesa, nasceu a 9 de Agostode 1914 e vem morrer em Lisboa a

    10 de Junho de 2012.Maria Keil, assim conhecida, foi umapintora e ilustradora portuguesapertencendo 2 gerao de pintoresmodernistas portugueses. destacada de modo particular asua intensa atividade como ilustradorae desempenhou um papel importantena renovao do azulejo contempo-rneo em Portugal.O Museu da Presidncia da Repblica

    organizou uma exposio de algumasobras e em Lisboa, a autora no deixoude ser homenageada, pois foi colocadoseu nome biblioteca em Lumiar porser uma grande pioneira do design.A entrevista segue-se de maneirainformal mas essencial entre MariaKeil, Pedro Leito e Clara Botelho,o entrevistador,que define pontos dasua vida enquanto artista.

    Selo,

    MariaKeil

    PEDRO LEITO: NASCEU EM SILVES. VEIO PARALISBOA PARA ESTUDAR NAS BELAS ARTES?

    Maria Keil: Eu tinha feito a EscolaIndustrial em Silves e foi o professorde Desenho, Samora Barros, queconvenceu a minha famlia a mandar--me estudar para Lisboa. Vim morarpara casa dum tio.

    PL: NA SUA FAMLIA HAVIA LIGAO S ARTESOU A MARIA FOI A PRIMEIRA?

    MK:Ningum tinha nada a ver comas artes. Eu desde pequena que faziabonecos e houve um conjunto decircunstncias que facilitaram aminha vinda para as Belas Artes,aconteceu

    PL: ESTUDOU NAS BELAS ARTES, MAS NO

    ACABOU O CURSO. PODE EXPLICAR COMO FOI?

    MK:Fiz os trs anos preparatrios,nas Belas Artes, depois um ano dePintura, com o Professor Veloso Salgado.Esses trs anos davam acesso aostrs cursos Pintura, Escultura eArquitectura.

    PL: MAS, DE QUALQUER MANEIRA, NO ACABOUO CURSO

    MK:O ensino de pintura nas BelasArtes nessa altura era muito antiquado,

    muito acadmico. Havia tambm seisalunos de Arquitectura e um delesera o Chico (Francisco Keil do Amaral).Namormos, depois casmos, foi eleque me influenciou para largar ocurso. Depois do casamento quecomecei realmente a aprender, foradas Belas Artes. O Veloso Salgado eraum bom professor, mas o principalaprendi-o com os pintores das relaesdo meu marido.

    PL: COMO FOI ESSE PRINCPIO?

    MK:Era difcil fazer qualquer coisa.Nessa altura havia amigos ligadosao grafismo, aos cartazes, era umacoisa nova por c. O Tom, o Z Rocha,por exemplo, trabalhavam naquilocom muita competncia e influen-ciaram-me. Depois fui para Paris com aequipa que fez a Exposio Internacionalde 1937, o meu marido que projetou opavilho portugus, a equipa eramaquelas pessoas todas, o BernardoMarques, o Carlos Botelho e a Beatriz,o Fred Kradolfer, o Tom

    ENTREVISTA

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    8Novembro 2015 OLISSIPO

    PL: MAS IA PINTANDO, ENTRETANTO?

    MK:Em pintura a leo, o que gosteimesmo de fazer foram os retratos.Fiz uma vez um retrato do Abel Mantae foi muito engraado, pintmos osretratos um do outro em simultneo.Foi feito numa tarde.

    PL: ALM DA PUBLICIDADE E DESSES TRABALHOS

    GRFICOS, COMEOU A ILUSTRAR LIVROS.

    MK:As ilustraes surgiram por pedidosde amigos. Ainda agora, tenho umlivro da Matilde Rosa Arajo parailustrar e estou sem conseguir comearporque no tenho condies de trabalhona minha casa, que est em obras.L na residncia onde vivo ainda mearranjaram um espao, mas no mesinto inspirada. uma casa luxuosa,muito imponente, prefiro vir para o

    jardim e a que fao desenhos.

    Quando para l fui morar desenhei oscedros, as pessoas que l moram, depoisum dia o dono da Ler Devagar viuaquilo e organizou uma exposio lna livraria. Ficou bonita

    PL: FAZ DISTINO ENTRE TRABALHAR PARACRIANAS E PARA ADULTOS?

    MK: sempre uma questo de entrarno que est escrito. Eu no costumoestilizar. H ilustradores que deformam,

    a maneira de fazer deles, por exem-plo eu gosto imenso do trabalho daFragateiro e ela desproporciona asfiguras.

    Fazem cabeas grandes, ou bracinhosmuito pequenos, espetam trs cabelinhosna cabea Eu respeito sempre aproporo.

    PL: MAS AQUI (MOSTRA UMA ILUSTRAO COMBRUXAS) OU A NO DESENHO DOS CUG MELOS,AS FIGURAS ESTO DISTORCIDAS. E ESTA BALEIAA TOMAR BANHO NA BANHEIRA

    MK:Ah, mas a a minha imaginao,eu nunca vi nenhuma bruxa, os Cug

    Melos so personagens inventadas quese escondem debaixo dos cogumelosAs baleias no tomam banho nabanheira

    PL: NO DESPROPORCIONA A FIGURA HUMANA.

    MK:A figura humana, fao-a realista.

    PL: FCIL ILUSTRAR, SAI-LHE PRIMEIRA?

    MK:Isso varia. H uma poca emque eu gosto menos do meu dese-

    nho, nos anos 40. tudo muito duroe formal, por exemplo, como nolivro da Irene Lisboa. Era o estilo dapoca

    CLARA BOTELHO: MAS DEPOIS ENCONTROUUM ESTILO MAIS PESSOAL

    MK:Sim, depois o estilo fica maispessoal. Percebia-se isso na exposioque fizeram, na Biblioteca Nacional.Aqueles trabalhos que l estiveram

    expostos, ofereci-os todos BibliotecaNacional.

    PL: POR FALAR EM BIBLIOTECAS, J TEM ALGUMACOM O SEU NOME?

    MK: Foi uma amabilidade que mefizeram

    CB: TEM SIM, UMA DAS BIBLIOTECAS MUNICIPAISDE LISBOA, UMA BIBLIOTECA INFANTIL, ALI PARAOS LADOS DO PAO DO LUMIAR

    MK:Mas eu acho que isso me d umaresponsabilidade, no sei se lhe doua devida ateno. Eu levo as coisasmuito a srio

    PL: QUANDO TEM UMA ENCOMENDA PARAILUSTRAR UM LIVRO, COMO ?

    MK:Primeiro tenho que ler o livro,claro. Depois, depende um bocado darelao que tenho com o autor. Aprimeira ilustrao que fiz foi para

    a Irene Lisboa. Depois fiz para o JosRodrigues Miguis, em gravura, foiuma experincia em pelcula estragadaque depois foi fotografada.

    PL: FICA MUITO PRESA AO TEXTO?

    MK:Sim, muito. O texto apoio, mastambm limitao, porque no sepode inventar.

    PL: ILUSTRA PARA OS OUTROS MAS TAMBMTEM TRABALHOS ESCRITOS E ILUSTRADOS PORSI. MAIS FCIL OU MAIS DIFCIL?

    MK: diferente. Quando eu escrevotambm comeo pelo texto. Trabalharpara os outros pode ser mau porqueem certas alturas a encomenda temprazos e no est a sair bem, no dtanto jeito.

    PL: J LHE ACONTECEU NO GOSTAR DE ALGUMTEXTO? J LHE ACONTECEU RECUSAR POR CAUSADISSO?

    MK:J me aconteceu no gostar, masno me lembro de recusar. Se nogosto tanto de um texto, fao umesforo.

    Fotografia,

    RevistaViso

    Azulejo,

    Met

    roCampoPequeno,

    MariaKeil

    ENTREVISTA

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    9Novembro 2015 OLISSIPO

    PL: CONHECIA OS AUTORES TODOS? TEVE PROBLEMASCOM AUTORES?

    MK:Na maioria dos casos conheciaos autores. E eles costumam aceitarbem o que eu fao.

    PL: ESTO AQUI TRS EDIES DA NOITE DENATAL, DE SOPHIA DE MELLO BREYNER, APRIMEIRA ILUSTRADA POR SI E AS OUTRAS MAISRECENTES, COM ILUSTRADORES DIFERENTES. OQUE ACHA DISSO?MK:Acho que est certo, uma renovao.S tinha importncia se fosse na mesmapoca, mas quando passou tempo ou outro editor, natural. H vrioslivros nessas condies. s vezes por motivos comerciais

    CB: ANTES DO 25 DE ABRIL, ILUSTROU MANU-AIS PARA O ENSINO PRIMRIO. QUER CONTAR

    SOBRE ISSO?MK:Os livros estiveram pouco tempoem circulao, depois de 1974 foramretirados, porque tinham muitasreferncias do antigo regime, coisassobre as colnias, procisses

    PL: TEVE PROBLEMAS COM ISSO, ALGUMACHOU QUE A MARIA COLABORAVA COM O

    GOVERNO [REGIME] ANTERIOR?

    MK:(Ri-se) No, ora essa! Eles precisavam

    de ns mas sabiam quem ns ramos.Ns, grficos, ramos poucos e todosanti-regime. Todos trabalhmos parao SNI, por exemplo.

    PL: AINDA PINTA? QUAL FOI O LTIMO QUA-DRO QUE PINTOU?

    MK:O ltimo foi aqui h meia dziade anos, uma coisa pessoal. Eu nosou uma pintora

    PL: MAS FEZ EXPOSIES DE PINTURA.

    MK:Duas ou trs individuais. Expusos retratos e sempre foram bem aceites.Mas tenho pinturas que fiz e nuncahei-de expor, so coisas pessoais.

    PL: V DIFERENAS RELEVANTES NA FORMA COMOA ILUSTRAO ERA TRATADA NOUTRO TEMPOE NOS DIAS DE HOJE, A NVEL DO RECONHECIMENTOARTSTICO?

    MK:Agora j se reconhece, h exposies,

    sales, os trabalhos e os artistas somais bem tratados. E h tanta coisabonita por a Olhem, eu coleccionoconvites para exposies, desde himenso tempo at agora, aquilo mereciaser mostrado. D para ver como ascoisas foram evoluindo, o que seexpunha e se expe e tambm osprprios convites, a maneira de fazertrabalho grfico. Se houvesse alguminteressado em organizar, eu dava isso

    para uma exposio.PL: OBRIGADO, MARIA KEIL!

    MK:Eu tambm agradeo por se teremlembrado de mim.

    Maria Keil realizou, gratuitamente, a

    decorao azulejar de todas as estaes

    do Metropolitano de Lisboa inaugurado

    em finais de 1959. Mas quatro anos

    depois desta entrevista, em 2009,

    voltaria a trabalhar no Metropolitano,

    desta vez com o arquitecto Tiago

    Henriques, na extenso da estaode S. Sebastio da Pedreira, para a qual

    fizera os primeiros painis, em 1959.

    Ilustraes,FolhasCadas,

    MariaKeil

    IlustraoparacapadeLivro,

    MariaKeil

    Ilustrao

    FolhasCadasII,MariaKeil

    ENTREVISTA

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    10Novembro 2015 OLISSIPO

    CONHECER A CIDADE

    BELM

    Descobrir

    Muitos dos principais pontos tursticos concentram-se em Belm, como tal necessrio culturalizar-se antes de se entrar qualquer lugar e partir paraa aventura. Hoje vamos l e vamos Torre de Belm e o Mosteiro dosJernimos.

    1

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    Clube Naval

    Praado Imprrio

    Palciode Belm

    Torre de BelmPadro dos DescobrimentosMosteiro dos JernimosCentro Cultural de Belm

    Vieira PortuenseMuseu da EletricidadeMuseu dos CochesPastis de BelmMuseu da Marinha /PlanetrioMuseu da Arte Popoular

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    9

    10

    1 3

    Autordesconhecido

    ,Pinterest

    1.MosteirodosJernimos

    2. PadrodosDescobrimentos

    3.TorredeBelm

    4.CentroCulturaldeBelm

    5.Planetrio

    6.MuseudosCoches

    7.PalciodaAjuda

    8.Marina

    Percursoobrigatrio

    H mais de 500 anosdeu-se o incio aosDescobrimentos.

    LisbonSecrets.com

    CityBreaksLisboa

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    11Novembro 2015 OLISSIPO

    TORRE DE BELM

    Um local de grande valor simblicopara o nosso pas, do qual partiramfrgeis aventureiros nas suas caravelasem busca do desconhecido.Perdura at hoje uma das provas damagnitude desta vontade de conquista,o Mosteiro dos Jernimos, na Praado Imprio, um dos mais belos mo-numentos da capital, a par com a Torrede Belm, outro monumento de excelnciaarquitetnica do perodo manuelino,foram ambos reconhecidos comoPatrimnio Cultural da Humanidadepela UNESCO .

    BELM

    A Torre de Belm um dos monumentosmais expressivos da cidade de Lisboa.Construda estrategicamente na margemnorte do rio Tejo entre 1514 e 1520,sob orientao de Francisco de Arruda,a Torre de Belm uma das joias daarquitetura do reinado de D. Manuel I.O monumento faz uma sntese entrea torre de menagem de tradio medievale o baluarte, mais largo, com a suacasamata onde se dispunham os primeirosdispositivos aptos para resistir ao fogode artilharia.Ao longo do tempo a Torre de Belm

    foi perdendo a sua funo de defesada barra do Tejo e, a partir da ocupaofilipina, os antigos paiis deram lugara masmorras. Nos quatro pisos da torre,

    Janeau,

    Flickr

    AutorDesconhecido,

    Pinterest

    mantm-se a Sala do Governador, a Sala dos Reis, a Sala de Audincias e,finalmente, a Capela com as suas caractersticas abbadas quinhentistas.A decorao da Torre ostenta a simbologiaprpria do manuelino cor-das que envolvem o edifcio rematando em elegantes ns, esferas armilares,cruzes da Ordem Militar de Cristo e elementos naturalistas.

    CityGuide

    Lisbon

    PauloDykes

    CONHECER A CIDADE

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    12Novembro 2015 OLISSIPO

    MOSTEIRO DOS JERNIMOSPerto do local onde o Infante D. Henrique,em meados do sc. XV, mandou edificaruma igreja sobre a invocao de Sta. Mariade Belm, quis o rei D. Manuel I construirum grande Mosteiro. Para perpetuar amemria do Infante, pela sua grandedevoo a Nossa Senhora e crena emS. Jernimo, D. Manuel I decidiu fundarem 1496, o Mosteiro de Sta. Maria deBelm, perto da cidade de Lisboa,junto ao rio Tejo. Doado aos mongesda Ordem de S. Jernimo, hojevulgarmente conhecido por Mosteirodos Jernimos.

    O Mosteiro um referente cultural que

    G

    udrunKrinzinger

    no escapou nem aos artistas, cronistas ou viajantes durante os seus cinco sculos de existncia. Foi acolhimentoe sepultura de reis, mais tarde de poetas. Hoje admirado por cada um de ns, no apenas como uma notvel peade arquitetura mas como parte integrante da nossa cultura e identidade. O Mosteiro dos Jernimos foi declaradoMonumento Nacional em 1907 e, em 1983, a UNESCO classificou-o como Patrimnio Cultural de toda a Humanidade

    como transcrito na pgina anterior.

    Grotciv,

    Flickr

    alma-portuuesa.tumblr.com

    Joriavlis,Flickr

    listofpictures.blogspot.in

    ArtistaDesconhecido,

    Pinterest

    CONHECER A CIDADE

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    13Novembro 2015 OLISSIPO

    GASTRONOMIA E TRADIO

    amorycanela.com

    PASTIS DE BELM

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    14Novembro 2015 OLISSIPO

    GASTRONOMIA E TRADIO

    PASTIS DE NATADe Belm

    Ummonumentogastronmico quepoucos perdem... emuitos repetem!

    Os famosos Pastis de Belm so osmbolo mximo da pastelariaportuguesa e foram inventados,na Antiga Confeitaria de Belm,

    sendo servidos desde 1837.Embora o pastel de nata seja a estrelada casa, tambm se servem outrosdoces: marmelada, bolo-rei caseiro,entre outrasdelcias. Hoje em dia,a receita original um dos segredosda Fbrica dos Pastis de Belm.Tradicionalmente, comem-se quentes,polvilhados de canela e acar em p.

    PASTEL DE NATA, UMA DAS 7

    MARAVILHAS DA GASTRONOMIA

    poutperfection.com

    Assim o consideraram em 2011 e aovisitar a casa de Belm d para constatarporqu. As estatsticas de produo dospastis so fascinantes: so produzidosmais de 20 mil pastis por dia, havendoat um recorde de 55 milpastisproduzidos num nico dia. quase desnecessrio dizer que asfilas de espera podero ser enormes.Felizmente, o servio rpido e emprincpiodever esperar entre 15-30

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    15Novembro 2015 OLISSIPO

    minutos (dependendo da poca e hora do dia), atque possa finalmente sentar-se e provar umpastel.Alternativamente pode simplesmente pedir ao balcoprincipal pastis para levar (pode ir com-los nos espaosverdes de Belm e/ou em frente ao Tejo). Um verdadeiromotivo de orgulho nacional, quase crime gastronmicopassar por Lisboa e no comer unspastis de Belm!

    RESUMIDA HISTRIA DOS PASTIS DE BELMNo sculo XIX, mesmo ao lado do Mosteiro dos Jernimos,havia uma refinaria de cana-de-acar associada a umapequena loja com produtos variados.Em 1934, no seguimento da revoluo Liberal de 1820,extinguem-se todas as ordens religiosas, encerrando-seassim o mosteiro. Consequentemente, e numa tentativade encontrar um ganha-po, algum clrigo ou trabalhadoro mosteiro comeou a produzir e vender uns pastisnessa mesma loja. Estas iguarias ficaram rapidamenteconhecidas como pastis de Belm.

    No incio os pastis foram postos venda numa refinariade acar situada prximo do Mosteiro dos Jernimos.

    Em 1837 foram inauguradas as instalaes num anexo,ento transformado em pastelaria, a A antiga confeitariade Belm. Tanto a receita original como o nome Pastisde Belm esto patenteados.A receita ultra-secreta, pertencente ao mosteiro,foi transmitida a mestres pasteleiros que abriram asportas do estabelecimento em 1837.A elaborao dos pastis continua ainda hoje a se-

    guir meticulosamente a mesma receita, num espaocom o nome apropriado: Oficina do Segredo e quemos produzno s assina um termo de confidenciali-

    dade como tem de prestar juramento!

    AnaAlmeida

    GASTRONOMIA E TRADIO

    Yu.mmy

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    16Novembro 2015 OLISSIPO

    LISBOAA cidade atrativa para estudantes internacionais

    Lisboa apresenta inmeras vantagenspara o estudante em diferentes fasesdo seu percurso acadmico. Emboraseja uma cidade com sculos de histriatem um ambiente cosmopolita e vibrante,uma populao hospitaleira, um clima

    ameno e luminoso. nica capital europeiaonde se pode ir surfar na hora do almoo, uma cidade criativa, empreendedorae sustentvel, com um custo vida baixoe considerada uma das mais segurasda Europa.Os vrios programas de intercmbioacadmicos, fruto de um mundo cadavez mais globalizado, trouxeram novos

    A popularidade e atractividade da cidadede Lisboa entre os estudantes Erasmustem aumentado de forma muito expressiva,passando de 2.133 alunos em 2007para 3.130 em 2010.De 2004 a 2012, o nmero total de estudantesestrangeiros na Regio de Lisboa(ciclo completo e programas de mobilidade) teve umaumento superior a 30%, tendo-se registado em2012/2013 quase 14 mil inscritos.O crescente prestgio das universidades, aliado ao nvel de vida e s boas condies

    climatricas, culturais e sociais de Lisboa, tmcontribudo para tornar a regiocada vez mais atrativa.

    ENSINO SUPERIOR EM LISBOA

    Lisboa o maior polouniversitrio e deinvestigao do pas,com mais de140.000estudantes inscritos

    no ensino superior

    desafios s cidades

    de acolhimento.Receber estudantese investigadoresestrangeiros mais doque apenas abrir portase dar alojamento eformao acadmicaaos que nos visitam, tambm enviar comcada um deles cartesde visita que sero

    distribudos nos seuspases de origem.Lisboa o maior polo universitrio e deinvestigao do pas,com mais de 140.000estudantes inscritos no ensinosuperior,maisde 15.000 investigadores, recebendoanualmente mais de 13.000 estudantesinternacionais e mais de3.000 estudantesao abrigo do programa Erasmus, contandocom mais de uma dezena de incubadoras,e espaos de acelerao de empresas,

    dispersos por toda a cidade.

    GUIA DO ESTUDANTE

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    17Novembro 2015 OLISSIPO

    ENSINO SUPERIOR EM PORTUGALA mobilidade de estudantes um fenmeno relativamente recente, fruto de umaglobalizao cada vez mais abrangente, de umacrescente facilidade de deslocaese de umdesenvolvimento tecnolgico que aproximaoutros pases e culturas.O fluxo de estudantes estrangeiros paraPortugal tem vindo a aumentar, sendoderealar um grande acrscimo no nmero deestudantes oriundos do resto domundo, superior ao dos provenientes da UE 27. Contudo, o fluxo de sada deestudantes portugueses para a UE 27 tem vindo a diminuir, ainda que de formaligeira.A abolio de fronteiras na Unio Europeiaveio fomentar a mobilidade entreos seus membros, sendo igualmente percetvel umclaro crescimento de programasde mobilidade intercontinental.Em Portugal, em particular a partir de2008/09, verifica-se um crescimento dosestudantes oriundos da Europa e daAmrica (principalmente Brasil), a par deum crescimento constante, mas em menor escala,da sia. No ano lectivo 2012/13entraram em Portugal 10.535 alunos oriundos da Europa, 9.673 da Amrica

    e 2.156 da sia.O continente africano, com o qual existem laos histricos que explicam a sua

    preponderncia ao longo dos anos, apresenta uma diminuiodo crescimento(8 332 alunos em 2012/13). Este facto poder dever-se crescente ofertade instituies de ensino superior nestes pases.

    ipl.pt

    RuiRebelo

    studyinlisbon.p

    t

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    18Novembro 2015 OLISSIPO

    LISBOA PARA CRIANAS

    ISTA DO MIRADOURO

    PARQUE DOS NDIOS

    PARQUE INFANTIL

    g

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    19Novembro 2015 OLISSIPO

    LISBOA PARA CRIANAS

    ALTO SERAFINADA

    Parque Recreativo do Alto da SerafinaIntegrado no Parque Florestal deMonsanto, do Parque Recreativo daSerafina avista-se do miradouro umavista privilegiada sobre a cidade, reasrelvadas e arborizadas como as zonasde Campolide e Amoreiras e boa parteda zona norte de Lisboa.O Parque Recreativo do Alto da

    Serafina (PRAS), ou Parque dos ndioscomo tambm conhecido, um lugarque disponibiliza um conjunto de atraespara os mais novos e para os seus pais. uma zona vedada destinada arecreio com restaurantes e respetivasesplanadas, parque aventura, parque,parques infantis (insuflveis, escorregas,baloios, etc) e circuito de conduoinfantil, excelente para os midosandarem de bicicleta, trotinete e patins,um labirinto e uma rea com as famosastendas de ndios, e, ainda, escola detrnsito, parque de merendas com vastoconjunto de equipamentos ldicospara diferentes faixas etrias. E porfim zonas de relvados, inmerasrvores e arbustos e a presena degua na Praa dos Ciprestes convidama um passeio por esta rea.

    guiadacidade.com

    Um grande parque cheio de espao onde no falta a luz do sol, agora que osdias bonitos esto a chegar, mas com rvores para proteger do calor.

    O Parque do Alto da Serafina, tambm conhecido por Parque dos ndios, noparque florestal de Monsanto, um dos stios mais lindos de Lisboa que os midoscertamente vo adorar conhecer (ou revisitar). Agora que os dias se tornarammais longos, tambm o horrio do parque passou a prolongar-se at s 20h00,pelo que mesmo durante a semana se pode dar l um pulinho.O nico inconveniente no ser facilmente acessvel para quem no tiver carro.Mas quem for, ir deparar-se com escorregas e baloios adequados para crianas mais pequeninas, incluindo bebs, e outros tambm para as mais crescidas,em dois recintos muito prximos um do outro. Ali h tambm um espao comvrias teepees (tendas de ndio) onde eles adoraro brincar aos tiroteios e sescondidas, especialmente aquelesmidos que sonham com histrias doeste Selvagem. E no podemos esquecero labirinto em estacas de madeira, ouo parque de merendas ideal parapiqueniques, ou os insuflveis ondea crianada gosta de pular, e tambmum circuito de conduo para andarde bicicleta ou trotinete, enquanto seaprendem sinais de trnsito. Enfim,so muitas aventuras possveis para

    um dia bem passado, longe da confusoda cidade, onde h sempre vontadede voltar.

    guiadacidade.com

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    20Novembro 2015 OLISSIPO

    VIDEOMAPPINGno Terreiro do Pao

    cm-lisboa.pt

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    21Novembro 2015 OLISSIPO

    Um espetculo de videomapping animou o Terreiro do Pao todas as noites, s 19, 20 e 21 horas de 14 a 23 de Dezembrode 2014, e, este ano repete-se!O espectulo, designado Fbrica dos Desejos, teve a sua premire no dia 14 de dezembro, contando desde logo

    com uma audincia entusiasta de muitos milhares de lisboetas e de visitantes. Projetado na fachada do Arco da RuaAugusta e tambm com uma indita projeo de 360. sobre a esttua de D. Jos I, pretendeu trazer o esprito natalcioao centro da cidade, contando uma histria passada por um grupo de crianas lisboetas desafiadas a tornar realidadedesejos universais como o Amor, a Felicidade, a Amizade e a Paz.Tratou-se de uma iniciativa da Cmara Municipal de Lisboa, ATL e EGEAC, produzida por OCUBO, assinada peloscriadores Nuno Maya e Carole Purnelle, contando com a participao artstica dos msicos Boss AC, Francisco Rebelo eManuel Faria e de dois bailarinos da Companhia Nacional de Bailado.O Desejo de Natal personificado por Fernando Alvim, as ilustraes so de Andr Letria, e dois bailarinos daCompanhia Nacional de Bailado gravaram passos de dana por entre janelas, arcadas e portas da praa. A direoudio est a cargo de Manuel Faria (Trovante), complementada pela msica original de Boss AC e de Francisco Rebelo, que criaram cinco temas originais para a banda sonora do espetculo.

    Paralelamente, o Terreiro do Pao apresentou outros motivos de interesse, como o Mercado de Natal, uma pistade patinagem no gelo, um carrocel e um comboio de Natal para os mais pequenos. Cativando a boa vontade deste perodofestivo, a rvore Solidria, em parceria com a Critas, promoveu recolha de fundos para o combate pobreza infantil.

    ARCO DA LUZ

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    22Novembro 2015 OLISSIPO

    RECONSTRUOda cidade de Lisboa

    A nova cidade, exemplarnico do urbanismo dasLuzes, foi planeada comrgua e compasso pela

    Razo. (...) a razo empedra. Sem desvios nemfantasia.(Saraiva, Jos Hermano, Guerra, Maria Lusa, Dirio daHistria de Portugal, Madrid, Selees do Readers Digest,Maio de 1998, p.305 )

    Foi com o terramoto de 1755 que o Marqus de Pombal adquiriu plena oportunidadede se afirmar como homem providencial ao lado do rei, estatuto que, at morte do monarca, no mais perderia. Pombal acabaria, alis, por substituir,na prtica, o rei em todos os assuntos de Estado.Para que fosse possvel reedificar a cidade no mesmo local em que se encontrava,foi proibida a construo de casas novas na parte antiga, pelo que os seus

    moradores se viram obrigados a viver em barracas, sendo o exemplo dado pelanobreza e mesmo at pela famlia real. Carvalho e Melo incumbe, ento, oengenheiro-mor Manuel da Maia de uma srie de projetos a submeter sconsideraes do monarca. Foi assim que se pensou fazer a reconstruo nosmoldes da cidade antiga, quer com o alargamento das ruas, quer diminuindoa altura dos prdios. No entanto, ficou decidido, mais tarde, proceder a umareedificao baseada num plano novo que tivesse em considerao o estiloe a segurana dos edifcios.

    VALORES HISTRICOS

    aps o terramoto de 1755

    observador.pt

    Mapa da cidade em 1650

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    23Novembro 2015 OLISSIPO

    Deste grandioso projeto, o Marqus de Pombal incumbiuo arquiteto Eugnio dos Santos. O plano por este apresentadointroduz um traado extremamente interessante, que seprolonga at S. Paulo, ao Convento de S. Francisco e, a

    norte, igreja de S .Roque. O traado aprovado alinhao lado poente das duas grandes praas do Rossio e doTerreiro do Pao, este agora com o dobro da dimensodo primeiro e totalmente regular. A uni-las encontram-seduas grandes ruas de quarteires homogneos, sendo ostrs ltimos do lado do rio transversais e os restanteslongitudinais. Os prdios passam a ter quatro andarese so maioritariamente erguidos por burgueses e ocupadospor artfices que Pombal circunscreve s suas ruas. Asnovas ruas so dotadas de passeios, de modo a facilitara circulao, so largas e arejadas, tendo as principaissessenta palmos de largura e quarenta as restantes.

    Garantia-se, assim, a liberdade de ar e luz bem ao gostodos novos urbanistas. O Marqus de Pombal trouxera, alis, de Viena, ideias prprias acerca do urbanismo que maisconvinha aplicar na capital. Os blocos habitacionais eram

    todos bastante semelhantes, distinguindo-se as fachadasapenas por certos pormenores estruturais ou decorativos,consoante a zona. As fachadas dos edifcios nas ruasprincipais exibiam portais com bandeiras, rodaps, janelasde sacada, com varandins no primeiro piso, vergas eguas-furtadas decoradas. As fachadas das mais importantesruas secundrias ficavam privadas de varandim e de algunsrequintes decorativos. As restantes fachadas no tinhamsequer janelas de sacada e os vos eram desprovidosde corao.grande fachada desta Lisboa reconstrudaser, porm,o Terreiro do Pao, que exibe uma monumentalidade nica em

    Maquete da cidade antes do terramoto

    VALORES HISTRICOS

    joao74sBucket

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    24Novembro 2015 OLISSIPO

    toda a cidade. Esta a nica zonada Baixa a receber arcadas. O arco

    monumental que Eugnio dos Santosprev para o acesso Rua Augusta (oqual s ser construdo no sc. XIX ede forma bastante diferente ) retoma amemria de arcos triunfais efmeroserguidos no sc. XVI. Apesar disso, anova praa constitui no geral, umexemplo de rutura com o passado,revelando-se como smbolo daracionalidade da nova arquiteturalisboeta, que valoriza a simplicidade

    e a eficcia aliadas maior economiade meios possvel. principalmente a burguesia quevai, no s ocupar, como tambmcustear a nova cidade, sendo estatambm a sua praa, onde se situama Bolsa, a Alfndega, os tribunais eos servios pblicos. Em 1759 comea,

    j, a utilizar-se o nome que esta viriaa receber oficialmente: Praa doComrcio.

    Dominada pelo racionalismo e pelasnovas ideias iluministas de felicidadee harmonia do homem com a natureza,

    ordemengenheiros.pt

    Reconstrao aps terramoto

    Marqus de Pombal

    a do homem com a natureza, a Lisboapombalina apresentar, igualmente,

    solues tcnicas bastante eficazes.O peso da engenharia militar naconstruo da nova cidade traduz-seno facto de a planta da Baixa lisboetalembrar um acampamento militar.Para evitar fogos introduziram-secorta-fogos e passou a deixar-seuma distncia calculada entre osprdios.Vinte anos aps a catstrofe, oaspeto da Baixa lisbonense era j outro.A admirvel inteligncia de Sebastio

    Jos de Carvalho e Melo transpareceem todo o seu enrgico esforo reconstrutivoda cidade de Lisboa. No se limita a concebera vasta obra de reedificao de umanova cidade sob um plano de belezae grandiosidade que contrasta como velho burgo de ruas tortuosas eestreitas ainda patente nos bairros queconseguiram resistir violncia dosismo. Mais do que isso, Pombal impe-se tendncia do menor esforo, cujo

    propsito seria construir novamente aLisboa anterior ao terramoto.

    LouisMichelvanLoo

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    25Novembro 2015 OLISSIPO

    NOVOS BOLOS ENROLADOSTerreiro do Pao

    Abriu no Terreiro do Pao um quiosquecom chimney cake. No sabe o que? Ns explicamos.

    No quiosque da Sweet Rolls h vriosrolos onde a massa, feita com farinhade trigo, colocada a levedar por unsminutos. Depois segue para um fornorotativo durante dez minutos, onde cozido.

    Pode prov-lo apenas com acar oucom canela, noz, coco, petitas dechocolate ou coloridas ou cacau em p.Todas estas variantes custam 2. A maiscara, 2,50, provvel que seja tambma mais pedida. Est coberta com Nutella.O quiosque da Sweet Rolls fica no

    interior da estao fluvial do Terreiro doPao, que tem tambm correspondnciacom o metro, na linha azul. A estaotem um caf, um espao da Marmita,

    um com gelados e ainda a Waffelaria mesmo ao seu lado que fica o SweetRolls.

    EdibleQueens

    saveur.com

    O Terreiro do Pao est a transformar-senuma zona proibida para quem est dedieta. Depois da chegada da carrinha dasBolas da Praia, com bolas de Berlim devrios recheios, abriu um quiosque comchimney cake, em Lisboa, na segunda-

    -feira, 16 de novembro.As origens do bolo chamin no so certas,mas parece que surgiu na Transilvnia,atual Romnia, no sc. XIII. Agora emfeiras, festivais e eventos de street foodque estes bolos esto venda em toda aEuropa.H pases que o servem com torro oucaramelo, como a Sucia ou a RepblicaCheca. estao fluvial do Terreiro do Pao, junto

    ao Tejo, chegou a verso hngara, que bem mais simples.

    CURIOSIDADES

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    CURIOSIDADES

    RESTAURANTESem Lisboa

    TOP10

    Para jantares de luxo, estrelas Michelin ou cozinha criativa de autor, estes so os dez restaurantes que deve procurarem Lisboa. uma lista que pode mudar a qualquer momento, devido a novas aberturas ou encerramentos, ousimplesmente porque a qualidade se altera, mas neste momento aqui que se tm algumas das refeies maisespeciais e memorveis na cidade:

    H quem viaje de propsito at Lisboapara jantar neste restaurante.Abriu em 1958, e foi premiado comuma estrela Michelin em 2013, em

    reconhecimento do talento do chefJos Avillez, que fez renascer o espaoem 2012.Avillez tem outros restaurantes nacidade, mas aqui que apresentauma cozinha portuguesa criativa devanguarda com a sua assinatura.

    Este restaurante no topo do ParqueEduardo VII, com vista panormicada cidade, mais uma das estrelasMichelin de Lisboa. Na sua elegantesala so servidos pratos de cozinhamediterrnica, da autoria do talentosochef Joachim Koerper.

    Estando localizado no ponto de partidadas muitas viagens dos navegadoresportugueses, este restaurante reconhecidocom uma estrela Michelin acrescentaalgum exotismo cozinha portuguesa.O oriente est sempre presente,comeando pela decorao, que incluiuma imagem da chegada dos portuguesesao Japo. A carta muda duas vezespor ano para usar apenas produtosda poca, e h uma vasta seleo devinhos.

    BELCANTO

    ELEVEN

    FEITORIA

    1

    2

    3

    E

    LEVEN

    lisbonlux.com

    ALTISBELM

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    27Novembro 2015 OLISSIPO

    CURIOSIDADES

    O chef Ljubomir Stanisic mistura a inovao e o humor nosseus menus de degustao, usando produtos que encontrano Mercado da Ribeira. Garante por isso a frescura e a surpresaem cada prato, sem esquecer um dos mais emblemticos, oEstendal do Bairro - bacalhau que chega mesa preso pormolas.

    um dos restaurantes mais badalados de Lisboa, e no s porser o restaurante do ator John Malkovich. Tem sido uma escolapara muitos jovens chefs, muitos deles hoje alguns dos talentosmais promissores da cidade. Serve cozinha portuguesacontempornea, em mesas viradas para o Tejo, num espaocheio de estilo.

    um restaurante de petiscos e no s, apresentando o que hde mais genuno da cozinha portuguesa, atravs da criatividadee da experincia do conhecido chef Vitor Sobral. Apesar daqualidade, no se trata de um restaurante de luxo, e o ambiente descontrado.

    Instalado num antigo convento do sculo XVII, com mesascolocadas no claustro, este belo restaurante comeou por seinspirar na cozinha belga, mas hoje concentra-se mais na

    gastronomia portuguesa, usando produtos de qualidade.

    provavelmente o restaurante mais caro da cidade. o restaurantedo hotel Ritz Four Seasons, com um toque parisiense na decoraoe na cozinha. Os almoos so servidos num buffet variado,enquanto ao jantar h uma carta de cozinha internacionalcom uma forte inspirao francesa.

    Fica no topo de um dos edifcios mais altos de Lisboa (o HotelSheraton), e por isso oferece uma vista panormica sobre acidade. A carta muda regularmente, mas apresenta sempreuma cozinha criativa e uma boa seleo de vinhos.

    Mudam-se os tempos e mudam-se os chefs, mas o que no

    muda um dos espaos mais grandiosos da cidade e a excelnciana cozinha. o restaurante mais antigo de Lisboa (e um dosmais antigos do mundo), tendo aberto, encerrado e reabertovrias vezes desde 1784. Entre os espelhos da sala dourada,serve-se cozinha portuguesa contempornea.

    100 MANEIRAS

    BICA DO SAPATO

    TASCA DA ESQUINA

    A TRAVESSA

    VARANDA

    PANORAMA

    TAVARES

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

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    28Novembro 2015 OLISSIPO

    Jogos de Computador

    H 25 anos o jogo de computadorera visto como um opositor ao estudoe a um futuro promissor. Hoje estamosexactamente perante um cenriocontrrio. A indstria dos jogos estbem e precisa de gente.

    zgodzinski

    Eu tive um Spectrum h mais oumenos 25 anos.Credo! J passaram 25 anos.Um dos meus melhores amigos, comquem eu brincava muito, esse malandro,tinha um Commodore Amiga. Altatecnologia na altura, final dos anos80 incio dos 90. Disquetes! Disquetescheiinhas de jogos. Lembro-me quena altura fiquei muito aborrecido, parano dizer lixado, com os meus pais!Ento vo comprar-me um computadorcom leitor de cassetes?O meu pai at foi radiotelegrafistaquando cumpriu o servio militar.

    Sensivelmente a meio dos anos 70 trabalhava com a chamada tecnologiade ponta. Portanto deveria ser uma pessoa mais sensvel aos avanos datecnologia e ter-me assim comprado qualquer coisa mais avanada umcomputador com disquetes, diria eu. E no.Acabou por me comprar um Spectrum. Na realidade eu nem precisava daquilovendi-lhe a ideia, estpida por sinal, que era importantssimo para a escolae, olha, nem para a escola nem parajogar. E l ia eu para casa do Marinhojogar Arkanoid e Kick Off no seu Amiga.Que belas tardes!E passados todos estes anos somos confrontados com o boom da indstriados jogos. Passou a ser uma profissocredvel, ambicionada e desejadaimagine-se dizer isto aos meus avs ou at mesmo aos meus pais h 25anos. Hoje normal para um mido de 17, 18 anos pensar em seguir umacarreira no desenvolvimento de jogos.

    Ir at para a Universidade e fazer umcurso superior em Games. E comeamos,talvez tarde, a ter ambiente mental para que isto acontea.

    LOADASPASASPAS ENTER

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    ARTIGO DE OPINIO

    H 25 anos o jogo de computadorera visto como um opositor ao estudo

    e a um futuro promissor. Seria absolutaignorncia? Talvez sim, talvez noHoje estamos exactamente peranteum cenrio contrrio. A indstria dos

    jogos est bem e recomenda-se!Melhor: a indstria dos jogos est beme precisa de gente! Melhor ainda: aindstria dos jogos ainda nem arrancoua srio e j se diz que o futuro omobile! Games para mobile.Imagine-se.

    Li por a que em 2020 a Unio Europeiavai deixar por preencher mais de 900mil vagas na rea das tecnologias eque s em Portugal sero cerca de 15 mil.

    Eu, como designer de formao, olhopara isto como uma oportunidade

    para designers e para a malta datecnologia. Dou por mim a questionara recorrente vaca fria da velha ecada vez mais actual e pertinenteguerra entre design e tecnologia. Estaro design cada vez mais tecnolgico?Ou ser a tecnologia que cada vezmais tem que integrar o design? Eos Games? Sero o qu? Design?Tecnologia? Ou contedo? Sim algumtem que desenhar a narrativa

    Enfim! O que sei que a Forbesestima que em 2017 o mercado dosjogos estar muito mais musculadoe crescer para 70 mil milhes de

    euros!E dou comigo a pensar que h (apenas)

    25 anos eu (s) tive um Spectrum,que tinha um fantstico leitor decassetes. Mas no esqueo o Amigado meu amigo Marinho!

    tecmundo.com.br

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    RENOVATIO

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