OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

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Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE

I

AÇÕES RESPONSÁVEIS PARA MINIMIZAR OS IMPACTOS AMBIENTAIS:

REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR O LIXO

Autora: Sandra Maria Zago1

Orientadora: Profa. Dra. Dulce Dirclair Huf Bais2

Resumo

O presente artigo apresenta o resultado do projeto de intervenção pedagógica na escola, cuja finalidade foi propor um projeto de educação ambiental, vinculado à disciplina de ciências no ensino fundamental da educação de jovens e adultos. Esta proposta consistiu no desenvolvimento de atividades instrucionais sobre a prática dos 3R’s da ecologia – reduzir, reutilizar e reciclar. O desenvolvimento do projeto observou a trajetória prática-teoria-prática, com o objetivo de analisar situações observadas e vivenciadas pelos alunos, em relação ao destino dos resíduos sólidos, enfatizando a adoção de soluções práticas, fundamentadas cientificamente, quanto à redução, reutilização e reciclagem dos materiais. Os alunos participaram de forma efetiva na construção dos conhecimentos sobre educação ambiental, no que se refere ao destino dos resíduos sólidos domiciliares, tendo em vista atitudes e hábitos a serem adotados pelos envolvidos na intervenção. Na efetivação do projeto, foram cumpridas as estratégias de ação previstas no projeto e na produção didático-pedagógica. Os temas e materiais do projeto foram trabalhados no Grupo de Trabalho em Rede (GTR), com socialização entre os professores.

Palavras-chave: Educação ambiental. Desperdício. Reduzir, reutilizar, reciclar.

1 INTRODUÇÃO

O homem é capaz de causar problemas ambientais graves, através do uso

inadequado dos recursos naturais e manejo incorreto dos resíduos sólidos. Com o

aumento da população, houve um crescimento no consumo de produtos e descarte

dos mesmos, havendo a necessidade de repensar os hábitos de consumo, com

vistas na redução, reutilização e reciclagem dos materiais. Toneladas de lixo são

produzidas todos os dias e o destino correto do mesmo e o seu reaproveitamento é

a grande preocupação do presente. Além dos danos causados ao meio ambiente, as

consequentes doenças associadas à falta de saúde ambiental constituem tema de

estudo do mundo atual.

1 Professora de Ciências na Educação de Jovens e Adultos da Rede Estadual de Ensino do Estado

do Paraná. E-mail: sandramarzago@gmail.com 2 Professora Adjunta do Departamento de Teoria e Prática de Ensino do Setor de Educação da

Universidade Federal do Paraná. E-mail: dirclair@ufpr.br

A sociedade já está se mobilizando para isto, pois é perceptível o cuidado

com a separação, o destino correto e o reaproveitamento do lixo, reconhecidos

como um problema social que depende do envolvimento de todos. Assim, é possível

desenvolver nas escolas ações para sensibilizar e mobilizar os alunos para atuarem

na sociedade em que vivem para tornarem esse mundo mais limpo e sustentável.

Este artigo resulta da atuação da autora como professora de ciências com

alunos em condições socioeconômica instáveis, regularmente matriculados na

Educação de Jovens e Adultos (EJA) de um centro de educação básica de jovens e

adultos do sistema estadual de ensino paranaense. Através de conversas com os

alunos sobre o destino do lixo, com base nos 3 R’s do consumo consciente (reduzir,

reutilizar e reciclar)3, a autora pode observar o descarte domiciliar inadequado dos

resíduos sólidos e o desperdício de materiais potencialmente reutilizáveis e

recicláveis.

Em busca de soluções viáveis sobre como aplicar os 3 R’s do consumo

consciente, observou-se que os alunos necessitavam de informações e construção

de conhecimentos sobre: reduzir, reutilizar e reciclar; destino adequado de resíduos

sólidos; hábitos corretos de consumo; tempo que o lixo leva para se decompor na

natureza; e, os tipos de lixo. Tal proposta teve como ponto de partida o respeito às

vivências dos alunos, objetivando que estes adotem atitudes responsáveis em

relação ao destino adequado do lixo, ao consumo consciente e ao respeito do meio

ambiente. Assim, o projeto de intervenção pedagógica teve como objetivo geral

facilitar e coordenar a construção do conhecimento sobre a prática dos 3R’s da

ecologia: reduzir, reutilizar e reciclar, com base na realidade socioeconômica dos

alunos do ensino fundamental da educação de jovens e adultos.

O presente relato teve como base os princípios da educação ambiental,

reforçando a importância da minimização de resíduos sólidos e, caminhando do

saber discente para o conhecimento científico, construindo novos saberes e novas

práticas de redução, reutilização e reciclagem do lixo. Tal perspectiva favoreceu o

repensar sobre as atitudes no manejo dos resíduos sólidos e as consequências da

ação humana no meio ambiente, considerando que a escola é ambiente propício

para educar para a vida.

3 Os 3 R’s, conforme apresentados neste projeto, correspondem ao contido na “Agenda 21”,

documento com propostas para o desenvolvimento sustentável aprovado na ECO-92, no que se refere ao consumo consciente como estratégia para a redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos.

2.DESENVOLVIMENTO

2.1 REFERENCIAL TEÓRICO

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná

(SEMA) define a coleta seletiva como “um sistema ecologicamente correto que visa

recolher o material potencialmente reciclável, que foi previamente separado na fonte

geradora através de uma ação conjunta entre inúmeros parceiros”, destacando que

“a coleta seletiva só terá sucesso, se estiver alicerçada sobre um componente

fundamental que é a educação ambiental”. (PARANÁ, 2005, p. 4).

De acordo com a SEMA (PARANÁ, 2005, p. 5-6), a coleta seletiva assegura

benefícios ambientais, econômicos e sociais, assim listados:

AMBIENTAL:

Diminui a exploração de recursos naturais renováveis e não renováveis;

Evita a poluição do solo, água e ar;

Melhora a qualidade do composto produzido a partir da matéria orgânica;

Melhora a limpeza da cidade;

Possibilita o reaproveitamento dos materiais que iriam para o aterro sanitário;

Prolonga a vida útil dos aterros sanitários;

Reduz o consumo de energia para fabricação de novos bens de consumo;

Diminui o desperdício. ECONÔMICO:

Diminui os custos da produção, com aproveitamento de recicláveis pelas indústrias;

Gera renda pela comercialização dos recicláveis;

Diminui os gastos com a limpeza urbana. SOCIAL:

Cria oportunidade de fortalecer organizações comunitárias;

Gera empregos para a população;

Incentiva o fortalecimento de associações e cooperativas.

Em 2012, a organização não governamental CEMPRE, Compromisso

Empresarial para Reciclagem, divulgou dados que demonstram que entre os

modelos de coleta seletiva aplicados no Brasil, a coleta de porta em porta representa

88% da prática vigente, os pontos de entrega voluntária (PEV’s) representam 53% e

as cooperativas de catadores 72%, envolvendo 766 municípios brasileiros, sendo

que a região sudeste concentrava mais de 50% dessa prática. (CEMPRE, 2014).

A Resolução do CONAMA 275/01 (BRASIL, 2001), estabeleceu o código de

cores para os diferentes tipos de resíduos na realização da coleta seletiva:

AZUL: papel/ papelão;

VERMELHO: plástico;

VERDE: vidro;

AMARELO: metal;

LARANJA: resíduos perigosos;

BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;

ROXO: resíduos radioativos;

MARROM: resíduos orgânicos;

PRETO: madeira;

CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado, não

passível de separação.

Baseado nisso, faz-se necessário compreender que o gerenciamento correto

da coleta seletiva e do lixo urbano é de responsabilidade das prefeituras. Assim,

cada cidadão deve cobrar eficiência e responsabilidade dos poderes públicos

envolvidos na educação ambiental.

Conforme a SEMA (PARANÁ, 2005, p.12), reduzir é gerar menos resíduos,

evitando o consumo de produtos desnecessários. A partir daí, é possível entender a

necessidade de reduzir o consumo de produtos sem a real necessidade, preferir as

embalagens reutilizáveis/retornáveis, evitar o uso de produtos descartáveis e

consumir papel reciclado.

Na percepção de Sidney Grippi (2001, p.59), há maneiras de reduzir o lixo:

Reduzir a geração de resíduos, reutilizar todos os materiais possíveis e reciclar o máximo, comprar somente o alimento necessário, evitando o desperdício; adquirir produtos com embalagens recicláveis ou que gerem volumes menores nos aterros, no caso de realmente terem que ser descartadas; optar por produtos sem as embalagens, pois elas são tratadas como lixo; utilizar as duas faces da folha de papel; reciclagem, muita reciclagem acima de tudo.

Assim, torna-se imprescindível compreender que, antes da compra de algum

objeto, é preciso “refletir” se aquele produto é necessário ou não, pois só assim será

possível “reduzir” os produtos consumidos.

Para Rosa, Fraceto & Moschini-Carlos (2012), “[...] reutilização é o consumo

de itens que possam ser usados novamente, como produtos com refil ou garrafas

retornáveis. Trata-se do aproveitamento do produto, podendo este ser um pouco

modificado, mas sem ser descaracterizado”.

Reutilizar um produto é utilizar mais de uma vez os materiais que são

considerados inúteis, contribuindo na redução do volume de descarte, de energia e

em uma nova produção de produtos. Na reutilização, é feita a separação do que

pode ser reaproveitável, tais como: sacolas, sacos de papel, vidros, etc. Além disso,

preferir as embalagens reutilizáveis, doar utensílios, roupas, móveis, entre outros,

para que outros façam uso novamente são atitudes que demonstram o cuidado com

o reutilizar.

Dias (2004, p. 530-531) afirma que “a cada tonelada de papel reciclado 17

árvores são preservadas e 26 mil litros de água são economizados [...] A reciclagem

de uma garrafa de vidro economiza energia elétrica suficiente para manter acesa

uma lâmpada de 100 watt por quatro horas; uma de alumínio 60 watt, por três

horas”.

Observa-se que através de programas de reciclagem, vários produtos

existentes no lixo podem ser comercializados, reduzindo então o impacto sobre o

meio ambiente, aumentando a vida útil dos aterros sanitários, reduzindo o consumo

de matéria-prima da natureza, gerando economia de energia e água na produção de

novos produtos e reduzindo a disposição inadequada do lixo, sendo também fonte

de renda para os catadores.

A lei 12.305/10, art. 3º, inciso XIV, define reciclagem como o:

processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente),e, se couber, do SNVS (Sistema Nacional de Vigilância Sanitária);e do Suasa ( Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.

Verifica-se que a reciclagem é um meio lucrativo contido nos resíduos

gerados. Cabe a cada cidadão refletir sobre novas atitudes frente a esta questão,

fazendo a separação de materiais, tais como: papéis, metais, vidros e plásticos; bem

como, a separação de resíduos perigosos.

Como argumenta Lessa Filho (2005, p. 44), “a reciclagem é uma excelente

alternativa para reduzir os impactos do lixo na vida das pessoas e na natureza”.

Ainda citando o mesmo autor, reciclando poderemos tirar menos recursos da

natureza, como borracha, árvores para a produção de papel, metais, reduzindo a

degradação ambiental que o ser humano vem causando.

O manejo do lixo envolve a coleta do lixo, bem como, o seu armazenamento,

descarte, reciclagem e processamento de materiais não desejados. São

reconhecidos três tipos de resíduos: o reciclável, constituído por papel, plástico,

metal, vidro; o inservível, destinado para os aterros; e, os resíduos perigosos que

exigem coleta especial.

2.2 IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

Mediante uma metodologia participativa, foi desenvolvido um projeto de

intervenção pedagógica, enfatizando a aprendizagem dos conceitos científicos

relacionados com o cotidiano dos alunos participantes. O desenvolvimento do

projeto observou a trajetória prática-teoria-prática, resultando na análise de

situações observadas e vivenciadas pelos alunos, em relação ao destino dos

resíduos sólidos, enfatizando a adoção de soluções práticas, fundamentadas

cientificamente, quanto à redução, reutilização e reciclagem dos materiais.

Os alunos participaram de forma efetiva na construção dos conhecimentos

sobre educação ambiental, no que se refere ao destino dos resíduos sólidos

domiciliares, tendo em vista atitudes e hábitos a serem adotados pelos envolvidos

na intervenção.

Esta intervenção pedagógica foi desenvolvida através das seguintes

estratégias de ação:

AÇÃO 1 – Revelando a Prática no Manejo do Lixo

Fo i aplicado um questionário estruturado e respondido pelos alunos,

contendo questões socioambientais sobre o destino de resíduos sólidos, com os

objetivos de observar as práticas utilizadas por eles, quanto à coleta seletiva,

redução, reutilização e reciclagem dos resíduos gerados.

Verificou-se que os alunos não possuem o hábito de separar os resíduos

secos dos orgânicos, ocorrendo muito desperdício no descarte do lixo orgânico

domiciliar. Na sequência, foi estabelecido um debate sobre o manejo dos resíduos

sólidos, ocorrendo à interação e socialização dos conhecimentos entre os

envolvidos, através de diálogos informais, onde foram demonstrados os

conhecimentos sobre produtos recicláveis, descartáveis, retornáveis e orgânicos. Foi

necessário explicar para os alunos sobre os 3 R’s: reduzir, reutilizar e reciclar;

entendendo que devemos reduzir nosso consumo, pois estaremos gerando uma

menor quantidade de lixo. E reutilizando, usar mais de uma vez o que consumimos,

estaremos diminuindo a quantidade de resíduos gerados. E com a reciclagem

podemos diminuir a exploração dos recursos naturais.

AÇÃO 2 – Conhecendo Resíduos Sólidos

Nesta estratégia, mediante a metodologia participativa, os alunos buscaram

informações em vídeos escolhidos pela professora e em sites da internet sobre as

características físicas do lixo (secos e molhados), resíduos sólidos (orgânicos ou

biodegradáveis, inorgânicos ou não biodegradáveis), tempo de decomposição dos

resíduos e classificação do destino do lixo (lixões, aterros sanitários, aterros

controlados, incineração e compostagem). Relatando as responsabilidades

individuais na produção do lixo e Identificando os termos referentes a resíduos

sólidos e coleta seletiva, através da atividade caça-palavra.

Os alunos assistiram o Vídeo “Scientia – Manejo do Lixo”, da TV-UFPR,

disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QvDZxbTCZ48 que favoreceu as

discussões em grupo, subsidiando o conteúdo para um relato escrito sobre o lixo,

entendido como todo e qualquer resíduo gerado pelas atividades humanas e que, na

linguagem técnica, recebe o nome de resíduos sólidos. Os resíduos sólidos são os

domiciliares e urbanos (limpeza de parques, ruas, jardins, resíduos domésticos).

AÇÃO 3 – Aplicando os 3 R’s na Coleta Seletiva do Lixo

Depois do desenvolvimento do questionário da Ação 1, foram verificadas as

atitudes dos estudantes sobre o destino correto do lixo e a avaliação do

conhecimento prévio sobre o tema. Os alunos, já conhecendo os 3 R’s do consumo

consciente, puderam mudar seus hábitos com relação ao desperdício de recursos

naturais. Nesta ação 3 os alunos utilizaram livros, revistas e computador para

realizar a atividade de elaboração de uma tabela, sobre produtos recicláveis e não-

recicláveis e seu tempo de decomposição na natureza. Na sequência, responderam

o que entendiam por materiais biodegradáveis, diferenciaram entre reutilizar e

reciclar e relataram atitudes sobre a prática dos 3 R’s: redução, reutilização e

reciclagem de materiais que compõem o lixo.

Como recurso educacional, foram utilizados jogos educativos. O primeiro

deles, intitulado “quanto tempo vive um lixo”, disponível em:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/10812/quantotempoviveumlixo.

swf, consistia em o aluno clicar em um material reciclável, que devia ser arrastado

em cima de alguma das três opções existentes. Caso ele errasse, seria orientado a

jogar novamente. Através deste jogo, os alunos puderam compreender sobre a

durabilidade do lixo que jogamos fora.

O outro jogo educativo “Projeto Sisga- reciclagem Animação/Simulação”,

disponível em: http://campeche.inf.furb.br/sisga/jogos/jogoReciclagem.php,

composto de 12 fases, onde em cada uma delas era apresentado um material

reciclável que o aluno arrastava até a lixeira de cor correspondente. Este jogo

facilitou a identificação de cada tipo de lixo.

AÇÃO 4 – Elaborando o Panfleto sobre o Manejo do Lixo

Os estudantes elaboraram e confeccionaram um panfleto para serem

socializados entre os alunos com ênfase nos 3 R’s do consumo consciente. E,

juntamente com abordagens para acrescentar mais conteúdos importantes no

panfleto, fizeram leitura em textos e pesquisas no laboratório de informática sobre os

temas coleta seletiva, tipos de lixo, tempo de decomposição, reciclagem e como

evitar o consumismo e o desperdício de materiais; favorecendo a redução do

consumo de energia, água e recursos naturais, e com isto reduzindo o impacto

ambiental.

Finalizou-se a implementação do projeto com a entrega do panfleto e notou-

se interesse pelos mesmos; tendo a participação individual e coletiva dos alunos

envolvidos durante a pesquisa, produção e distribuição do panfleto.

As atividades pedagógicas eram iniciadas com um momento de diálogo sobre

o que o aluno já conhecia sobre o assunto, oportunizando a expressão oral e uma

breve produção de texto. A cada encontro era observada a seguinte sequência de

etapas de trabalho: definição dos objetivos educacionais, apresentação de uma

síntese do conhecimento científico que fundamenta o assunto do módulo, sugestão

de exercícios teóricos e práticos, textos para leitura complementar, atividades

interativas e referências bibliográficas.

A definição dos objetivos educacionais orientou os alunos sobre o que ele

iria aprender no respectivo módulo, permitindo que, ao final do módulo, o próprio

aluno avaliasse o que aprendeu.

O conhecimento científico foi apresentado em breve texto, acompanhado de

ilustrações para chamar a atenção do aluno sobre a relevância do assunto e a sua

aplicabilidade na vida cotidiana. Cada texto, constituindo a fundamentação teórica

do módulo, é seguido de sugestões de exercícios teóricos e práticos, denominados

como estudos teóricos e estudos práticos.

Os textos para leitura complementar são denominados como estudo

complementar e as atividades interativas apresentam a indicação de vídeos e sites

de pesquisa feita e sugestões de pesquisa para o conhecimento do aluno.

Para o enriquecimento do conhecimento do aluno, foram acessados os

recursos educacionais de direitos autorais das Secretarias da Educação e do Meio

Ambiente e Recursos Hídricos do Governo do Estado do Paraná, disponibilizados

por meio virtual.

2.3 RESULTADOS OBTIDOS

A finalidade da implementação do Projeto “ações responsáveis para minimizar

os impactos ambientais: reduzir, reutilizar e reciclar o lixo”, desenvolvido no PDE-

turma 2015 consistia no desenvolvimento de atividades diferenciadas, associadas a

conceitos teóricos/práticos teóricos. Os estudantes mostraram-se interessados em

participar das atividades, por serem estas inovadoras e geradoras de bons

resultados.

No desenvolvimento do Projeto, foi percebido que os mesmos desconheciam

os danos causados ao meio ambiente no manejo inadequado do lixo, nos casos em

que não sejam realizados a coleta seletiva, reciclagem e reaproveitamento de

materiais. Após tomar conhecimento do presente Projeto, houve interesse por parte

dos alunos, que se propuseram a colaborar para que o mesmo acontecesse e

puderam repensar seus hábitos e atos de consumo.

Constatou-se que o projeto de intervenção pedagógica proporcionou aos

alunos a compreensão sobre a importância de consumirmos de maneira consciente

e responsável; portanto podendo ser multiplicado nas escolas.

Realizar o Projeto de Intervenção Pedagógica no CEEBJA Ulysses

Guimarães com alunos foi gratificante. O assunto manejo dos resíduos sólidos

domésticos foi bem explicado, pois podemos perceber a relação entre consumo e

manejo do lixo, compreendendo sobre a gestão inadequada dos recursos naturais.

Este Projeto levou o aluno a refletir sobre o consumismo do homem e como utilizar

os recursos naturais, diminuindo a quantidade de resíduos. Muitos estudantes se

mostraram surpresos com a quantidade de lixo produzido por cada um de nós,

entendendo que é preciso mudarmos nosso modo de consumo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como um dos objetivos das ações foi estimular a participação dos alunos na

construção de seu conhecimento, percebe-se a importância de intervenções

pedagógicas que envolvam os alunos, num processo de ensino e aprendizagem

dinâmico, criativo e prazeroso.

Ao associar o manejo do lixo às questões ambientais, observa-se que a

educação ambiental deve ser abordada de forma ampla, dada a importância do

tema. Considerando que este Projeto foi dirigido à educação ambiental com ênfase

na temática dos resíduos sólidos, os resultados obtidos possibilitaram perceber

mudanças no comprometimento dos alunos em relação ao manejo dos resíduos

sólidos domésticos. Os alunos se comprometeram com o projeto, mostrando

envolvimento com mudança de hábitos.

Através da implementação deste Projeto, observa-se que o poder público

deve favorecer programas sobre educação ambiental, suas causas e formas de

prevenção. A escola deve conduzir os educandos à reflexão se quisermos formar

cidadãos críticos e participativos, capazes de opinar e participar de uma educação

ambiental favorável ao ser humano. É fundamental que o aluno seja sensibilizado a

ter atitudes conscientes sobre o seu consumo, avaliando-o quanto a real

necessidade e, paralelamente, desenvolvendo uma aprendizagem significativa e

participativa, observando os tipos de lixo gerados e o seu tempo de decomposição

na natureza, aprendendo como separá-los, reduzir, reutilizar e fazer a reciclagem

dos mesmos.

Para a efetividade da educação ambiental, esta deve se propor a atingir todas

as pessoas, através de um processo participativo e permanente, buscando

sensibilizar o educando para a consciência crítica sobre os problemas ambientais.

REFERÊNCIAS

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