os desafios da escola pÚblica paranaense na perspectiva do professor ... · - apresentação do...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: Sala de Recursos Multifuncional Tipo l: compreensão do trabalho do pedagogo
Autor Marta Guollo
Disciplina/Área Pedagogia
Escola de Implementação do
projeto e sua localização
Colégio Estadual de Renascença Padre José Junior
Vicente. Ensino Fundamental e Médio. Localizado
na Rua Marechal Floriano Peixoto n° 967, Centro,
Renascença, Paraná.
Município da escola Renascença
Núcleo Regional de Educação Francisco Beltrão
Professor Orientador Alexandra Vanessa de Moura Baczinski
Instituição de Ensino Superior UNIOESTE
Resumo Este Caderno Pedagógico cujo título é Sala de
Recursos Multifuncional Tipo I: compreensão do
trabalho do pedagogo. Tem como objeto de estudo,
a reflexão sobre o pedagogo enfatizando seu
compromisso com a Sala de Recurso Multifuncional
Tipo I. Esse estudo será desenvolvido no Colégio
Estadual de Renascença Padre José Junior Vicente
EFM, Renascença-PR, com duração de 32 horas,
no 1º semestre de 2014. Por ser recente no
contexto da escola a introdução dessas salas de
recursos, sentimos a necessidade de compreender
e analisar a sua constituição, bem como suas
atribuições no tocante aos alunos que demandam
por essa modalidade de ensino.
Palavras-chave Sala de Recursos Multifuncional, Pedagogo, Ensino
e Aprendizagem, Dificuldades de Aprendizagem.
Formato do Material Didático Caderno Pedagógico
Público Alvo Pedagogos e Professores
SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I: COMPREENSÃO
DO TRABALHO DO PEDAGOGO
PROFESSORA PDE: MARTA GUOLLO
PROFESSORA ORIENTADORA: MESTRE ALEXANDRA VANESSA DE MOURA
BACZINSKI
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
CADERNO PEDAGÓGICO
FRANCISCO BELTRÃO/PR
2013
SECRETARIA DE ESTADO E EDUCAÇÃO
Superintendência de Educação
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais
Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE
UNIOESTE
1. APRESENTAÇÃO
ste Caderno Pedagógico sob o título “Sala de Recursos Multifuncional
Tipo I: compreensão do Trabalho do Pedagogo” resulta dos estudos
que foram proporcionados através do Programa de Desenvolvimento
Educacional- PDE, turma 2013-2014 e se faz como uma das estratégias de ação do
Projeto de Intervenção Pedagógica a ser implementado no Colégio Estadual de
Renascença Padre José Junior Vicente– Ensino Fundamental e Médio do município
de Renascença- PR.
Neste Caderno Pedagógico são abordados temas que tiveram como base
teórica os autores, Saviani (2008), Silva (2003), Brzezinski (1996) Libâneo (2002),
Mantoan (2006), Facion (2008), também em Leis, Decretos, Editais entre outros que
sejam pertinentes à intervenção proposta, para que a escola possa conduzir com
legitimidade o seu papel e função de ensinar e, que decorram deste tema novas
perspectivas e efetivação nas ações do nosso fazer pedagógico.
Toma como ponto de partida, entender em que medida o profissional de
pedagogia pode contribuir para a elaboração do planejamento de ensino, voltado
para o atendimento dos educandos das salas de recursos.
Buscamos identificar as necessidades que os alunos apresentam com o
intuito de melhorar o desempenho nas aprendizagens tanto nas Salas de Recursos
Multifuncionais Tipo I, como nas salas regulares, visto que os alunos estão de certa
forma inclusos, porém, muitas vezes não tem o suporte necessário para que seja
efetivada a construção do conhecimento científico.
São necessários que sejam revistas as práticas através de estudos e
capacitação dos professores, para que este desafio que ora nossas escolas estão
passando seja superado com apoio de todos os envolvidos com a educação.
Este Caderno Pedagógico é composto por temas, que abordam questões
inerentes ao nosso trabalho pedagógico e que estão divididos em cinco unidades,
assim distribuídas:
Unidade 1: APRESENTAÇÃO: SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS
TIPO I: COMPREENSÃO DO TRABALHO DO PEDAGOGO. Apresentar o Caderno
Pedagógico que será desenvolvido no Colégio Estadual de Renascença Padre José
Junior Vicente EFM durante o primeiro semestre de 2014.
E
Unidade 2: O PEDAGOGO. Compreender a função do professor pedagogo
na escola e suas ações no trabalho com os professores que atuam nas Salas de
Recursos Multifuncionais Tipo I.
Unidade 3: O PEDAGOGO E A SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL
TIPO I. Refletir através de textos didáticos, a respeito das limitações significativas no
funcionamento intelectual dos alunos da Sala de Recursos Multifuncional Tipo I e a
contribuição do pedagogo;
Unidade 4: O PEDAGOGO E A AVALIAÇÃO PSICOEDUCACIONAL.
Analisar a avaliação psicoeducacional feita pela dupla avaliadora, para entender
quais são as informações apresentadas sobre os alunos que frequentam a Sala de
Recursos Multifuncional Tipo I.
Unidade 5: O PEDAGOGO E O MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO.
Conhecer os materiais didáticos pedagógicos, existentes na Sala de Recursos
Multifuncional Tipo I usados para superar as dificuldades de ensino e aprendizagem
dos alunos.
Figura 1: Michelangelo Buonarroti - Nascimento do Homem
Fonte: http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=40&evento=1#menu-galeria.
Fonte: http://kdfrases.com/frase/101964
“Se você tem uma maçã e eu tenho a outra; e nós trocamos as maçãs, então cada um terá a
sua maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho outra, e nós as trocamos; então cada um
terá duas ideias”
George Bernard Shaw
UNIDADE 1 APRESENTAÇÃO:
SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I:
COMPREENSÃO DO TRABALHO DO PEDAGOGO
PÚBLICO-ALVO: Professores e pedagogos do Colégio Estadual de Renascença
Padre José Junior Vicente EFM
HORAS-AULA: 2 horas
OBJETIVO GERAL:
- Apresentar o Caderno Pedagógico que será desenvolvido no Colégio
Estadual de Renascença Padre José Junior Vicente EFM, durante o primeiro
semestre de 2014.
sta Unidade 1 do Caderno Pedagógico, contempla os motivos que
me levaram a escolher o tema “Contribuições Didático- Pedagógicas
no Ensino e Aprendizagem do Pedagogo nas Salas de Recursos
Multifuncional Tipo I” e sob o título “Salas de Recursos Multifuncional Tipo I:
compreensão do trabalho do pedagogo”, pela sua pertinência diante do contexto
escolar, são destinados à direção, aos pedagogos, professores, funcionários e
Instâncias Colegiadas que estarão presentes neste momento da apresentação.
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
- Apresentação do Caderno Pedagógico através de slides;
Dialogar com o público presente a respeito do tema escolhido;
Explicação de como será a organização do trabalho durante o 1° semestre de
2014;
Convite e inscrição para as atividades que contemplam no Caderno Pedagógico;
Entregar a cada participante o cronograma das atividades;
Fonte: w nre seed pr go br curitiba ar ui os ile etodo ppt
E
"Tudo muda tão rapidamente, que não é possível
banhar-se duas vezes no mesmo rio: na segunda vez o rio não será o mesmo e nós mesmos já teremos
mudado".
Heráclito de Éfeso (535-463 a C)
APRESENTAÇÃO DO CADERNO
PEDAGÓGICO
REFERÊNCIAS
BUONARROTI, M. Nascimento do Home. Figura 1. Disponível em http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=40&evento=1#menu-galeria. Acesso em 20 de outubro de 2013. EFESO, H. de. Frases. Disponível em: w nre seed pr go br curitiba ar ui os ile etodo ppt . Acesso em 12 de outubro de 2013. GUOLLO, M. Projeto de Intervenção Sala de Recursos Multifuncionais Tipo l: compreensão do trabalho do pedagogo. PDE, SEED. PR, Renascença, 2013-2014. SHAW, G. B. Frases. Disponível em: http://kdfrases.com/frase/101964. Acesso em 12 de setembro de 2013.
Figura 2: Claude Monet Chrysanthemes, 1897 Fonte: http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=194&evento=1#menu-
galeria
Fonte: http://kdfrases.com/frase/101964
"Você vê coisas e diz: Por quê? mas eu sonho coisas que nunca existiram e digo: Por que não?"
(George Bernard Shaw)
UNIDADE 2
O PEDAGOGO
PÚBLICO-ALVO: Professores e pedagogos do Colégio Estadual de Renascença
Padre José Junior Vicente EFM
HORAS-AULA: 10 horas
OBJETIVO GERAL:
- Compreender a função do professor pedagogo na escola e suas ações no
cotidiano escolar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Estudar o histórico do curso de pedagogia e a sua finalidade na formação do
pedagogo.
- Conhecer o papel do pedagogo diante da legalidade do estado do Paraná.
- Compreender a função da equipe pedagógica na organização do ambiente
escolar de acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola.
- Reconhecer o professor pedagogo, como mediador no espaço escolar e sua
relevância junto as Salas de Recursos Multifuncionais Tipo I.
ara que iniciemos a nossa reflexão a respeito do pedagogo e do
curso de pedagogia, são necessárias as seguintes indagações:
Como surgiu a pedagogia?
Qual é realmente a função do pedagogo na educação?
O pedagogo desempenha de fato sua função de acordo com o edital nº
10/2007 – GS-SEED?
Como consta a função do pedagogo e da equipe pedagógica segundo o
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual de Renascença Padre José Junior
Vicente- Ensino Fundamental e Médio?
P
TEXTO PARA REFLEXÃO
Qual o papel do pedagogo diante das Salas de Recursos Multifuncional Tipo
I?
Através dessas indagações é que vamos procurar ampliar, buscando na
literatura, nas leis e afins respostas que desvelem este tema, de forma que
possamos compreender nosso papel diante de nosso trabalho cotidiano e,
considerando que o presente está enraizado do passado é importante que façamos
este passeio pela constituição da pedagogia para perceber que embora com todas
as contradições, estamos traçando um caminho, conquistando espaços nas escolas.
Pois bem, iniciaremos tratando da origem da palavra pedagogo. Esta foi
originada na Grécia, sendo assim seu significado: Paidós-criança e Agodé-
condução, ficando, portanto condutor de criança, este considerado um trabalho
escravo que também era encarregado de dar formação- Paidéia- intelectual e
cultural.
Conforme Saviani (2008, p.2),
Desde a Grécia, delineou-se uma dupla referência para o conceito de pedagogia. De um lado, foi desenvolvendo-se uma reflexão estreitamente ligada a filosofia, elaborada em função da finalidade ética que guia a atividade educativa. De outro lado, o sentido empírico e prático inerente à Paidéia entendida como formação da criança para a vida reforçou o aspecto metodológico presente já no sentido etimológico da pedagogia como meio, caminho: a condução da criança.
O mesmo autor apresenta ainda a passagem dos termos da língua grega para
a latina quando escreve que:
Saviani (2008 p.4),
É interessante observar que a passagem do grego para a língua latina deu origem a “paedagogatus”, substantivo masculino da quarta declinação que significa educação, instrução, “paedagogus” e “paedagoga” com o sentido de pedagogo, preceptor, mestre, guia, a uele ue conduz, e “paedagogum”, substantivo neutro significando tanto a escola, mais especificamente destinada aos escravos, como as crianças que frequentam essas escolas.
Ainda corroborando Saviani (2008), no século XVII, Comenius já percebia a
necessidade de formar docentes, e então em 1684, nascia em Reims o primeiro
estabelecimento para a formação de professores, Seminário dos Mestres, que foi
instituído por São João Batista de La Salle.
Foi em 1795 com a instalação da convenção que foi instituído a primeira
escola Normal com a função de preparar professores para o Ensino Primário,
separando assim da escola para formar professores de nível secundário.
Após a revolução francesa, no século XIX, começa a formação de professores
para a instrução popular.
Reportando-nos ao Brasil, onde Saviani (2008) aponta que, a pedagogia veio
com os jesuítas em 1549, sendo também chamada de Pedagogia Brasílica,
denominação esta, em virtude que levava em conta sua especificidade da colônia,
sua duração foi de 50 anos.
Saviani (2008, p. 86)
Assim, ao longo dos dois primeiros séculos, de 1549 até 1759, data da expulsão dos jesuítas, a pedagogia cristã, de orientação católica, gozou de uma hegemonia incontestável no ensino brasileiro. Portanto a teoria da educação que orientou as primeiras atividades pedagógicas em nosso território corresponde à pedagogia derivada da concepção humanista tradicional na sua vertente religiosa.
Devido à própria oposição, dentro da congregação esta se passou a
denominar Ratium Studiorum, sendo obrigatória essa nomenclatura a partir de 1599.
Assim a história continua através, do Marques de Pombal, veio a Pedagogia
Pombalina, com base nas ideias laicas e com a influência da pedagogia leiga, com
aulas régias. Conforme Saviani (2008), até então, não se usava o termo pedagogia,
este só vai aparecer com a abertura do Parlamento em 1826. Nesse momento foi
apresentado o projeto de lei de ensino de Januário da Cunha Barbosa que pretendia
instituir um sistema completo de educação distribuído em quatro graus, sendo que o
primeiro, relativo ao ensino elementar, aos conhecimentos mínimos necessários a
todos indistintamente, foi chamado de “pedagogias”
Ainda, conforme o autor Saviani (2008, p.14) tanto assim que o projeto que
resultou na Lei das Escolas de Primeira Letra Promulgado em 15 de outubro de
1817 prescre ia, no artigo 1º: “Ha erão [sic] escolas de primeiras letras, ue se
chamarão pedagogias, em todas as cidades, vilas e lugares populosos ( )” Sendo,
portanto neste documento em que apareceu o termo pedagogia, porém não
perdurou absolutamente em tempo algum, o Deputado Ferreira França optou pela
sua rejeição e, por conseguinte reformulou-se a lei sem a palavra pedagogia.
Muitas tendências pedagógicas também estiveram presentes e impregnadas
nestes anos todos, sendo algumas que tiveram estreita ligação com a formação dos
professores, podemos citar aqui, a questão da pedagogia tradicional, pedagogia
nova, pedagogia tecnicista, pedagogia libertária, pedagogia histórico-crítica entre
outras, cada uma com seus valores e pensadores que prestaram conta da formação
de vários de nós professores e também nos deram subsídios para ensinar nossos
alunos.
O curso de Pedagogia foi regulamentado pela primeira vez, nos termos do
Decreto-Lei n. 1.190/1939, com o objetivo de formar técnicos em educação e
docente para o Curso Normal, nível médio na Faculdade Nacional de Filosofia,
Ciências e Letras. Através dos estudos assumiam funções de administração,
planejamento de currículos, orientação a professores, inspeção de escolas,
avaliação do desempenho dos alunos e dos docentes, de pesquisa e
desenvolvimento tecnológico da educação, no Ministério da Educação, nas
secretarias de estado e dos municípios.
Para suprir essa necessidade o curso foi organizado no modelo 3+1, ou seja,
3 anos para formar o Bacharel que seria o Técnico em Educação e a Licenciatura
mais 1 ano de Curso de Didática os quais seriam professores da Escola Normal e
conforme Brzezinski (1996), “perdurou por 23 anos”
Desta forma pode-se compreender que houve uma desagregação entre o
campo da ciência com a didática, e nesse contexto emerge a separação de teoria e
prática, conteúdo e método.
O curso de pedagogia ficou assim seriado: complementos de matemática (1ª
série), história da filosofia (1ª série), sociologia (1ª série), fundamentos biológicos da
educação (1ª série), psicologia educacional (1ª, 2ª e 3ª séries), estatística
educacional (2ª série), história da educação (2ª série), administração escolar (2ª e 3ª
séries), educação comparada (3ª série), filosofia da educação (3ª série). No que se
refere à didática assim as disciplinas são “didática geral, didática especial, psicologia
educacional, administração escolar, fundamentos biológicos da educação, e
fundamentos psicológicos da educação” (BRZEZINSKI, p 45, 1996)
Com Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 4024/1961 o curso de
Pedagogia passa por alterações. Segundo Silva (2003, p.14) essas alterações
mantiveram intocados os problemas fundamentais, do curso e mais uma vez, vieram
para atender às mudanças nos campos da política e da economia, pois surge com
uma visão utilitarista e profissionalizante.
Parafraseando Brzezinski (1996), apesar da ingenuidade do momento, os
educadores, pretendiam uma proposta de formação para o pedagogo “um caráter
científico, acadêmico, técnico, didático-pedagógico”, e assim também considerar “as
experiências regionais e locais, garantida a liberdade das instituições de ensino
superior para definir os currículos de seus cursos”
O curso de Pedagogia teve sua regulamentação definida pelo Parecer CFE
251/62 e Parecer CFE 252/69 de autoria do conselheiro Valnir Chagas, no período
do regime militar.
A Faculdade de Educação seria responsável pela formação dos profissionais
que trabalhariam com a formação de professores e nas áreas de planejamento,
supervisão, administração, inspeção e orientação escolar. Aponta-se a ideia de que
a formação dos professores primários em nível superior e especialista da educação
em nível de pós-graduação Para Sil a (2003, p 15), “explicita claramente a
fragilidade do curso de pedagogia (…) a ideia da extinção pro inha da acusação de
ue falta a ao curso conteúdo próprio”
Para Silva (2003, p. 11)
O curso de pedagogia foi pre isto como o único curso da “seção”, de pedagogia que, ao lado de três outros – a de filosofia, a de ciências e a de letras- com seus respecti os cursos, compuseram as “seções, fundamentais da Faculdade.
Observa-se que no período de 1939 a 1962 o curso de pedagogia não mudou
do ponto de vista de organização, permaneceu na lógica das demandas econômicas
da época.
Com o Parecer nº 251/62 é alterado a duração do curso para 4 (quatro) anos,
podendo ser cursado o bacharelado e a licenciatura juntos sendo extinto o esquema
3+1. Mesmo com as alterações feitas, fica sem referencia a função do profissional
chamado especialista da educação como afirma Brzezinski (1996, p.57) “Afirmo,
entretanto, que a organização curricular indicada provocaria a separação entre
conteúdo e método”
Com a reforma Universitária a partir da Lei 5.540/68 o curso de Pedagogia
passa por uma nova regulamentação. Tem como marco legal o Parecer nº 252/69
que fixa o currículo mínimo para a duração do curso, a qual define da seguinte
forma: mantém a formação de professores para o Ensino Normal e introduz as
habilitações para especialistas nas áreas de planejamento, supervisão,
administração e orientação, conferindo a partir de então somente o título de
licenciatura. Surge então um perfil mais definido da função do profissional da
educação, do pedagogo.
O Parecer CFE n° 252/69, fixou a duração do curso de pedagogia em 4 anos,
sendo extinto o esquema 3+ 1, e como finalidade do curso a preparação para os
profissionais da educação assegurando a obtenção do título de especialista, através
da complementação de estudos.
Ainda sobre o Parecer CFE n° 252/69, Brzezinski (1996, p.71) refere-se:
O primeiro recupera a história da criação do curso de pedagogia. O segundo detém-se na regulamentação do curso em consequência da promulgação da LDB/1961. O terceiro apresenta uma discussão sobre os artigos da Lei 5.540/1968 que prescrevem a formação de professores e especialistas e o quarto discorre sobre a “filosofia” da no a regulamentação, bem como indica as disciplinas das partes comuns e diversificadas.
Em 1971 foi promulgada uma nova LDB - Lei 5692/71, onde houve a tentativa
de reformular o Curso de Pedagogia, porém prevaleceu ao disposto no Parecer CFE
252/69.
Esse parecer permaneceu em vigor até 1996 quando foi promulgada a nova
LDB.
Segundo Silva (2003, p. 49), os períodos da Pedagogia foram os seguintes,
Período das Regulamentações: Identidade questionada (1939-1972); Período das Indicações: Identidade Projetada (1973 – 1978); Período das Propostas: Identidade em Discussão (1979-1998); Período dos Decretos: Identidade Outorgada (1999 até os dias atuais).
O Curso de Pedagogia sofreu na década de 70 e 80 duras críticas em relação
a seu caráter tecnicista, à fragmentação da formação e do trabalho na escola.
Acreditava-se que a contribuição desses profissionais era mínima, o que não
contribui em nada para a qualidade do ensino e diante disso Brzezinski (1996)
discorre ue “essa falta de conteúdo” no ue se refere ao pedagogo, “tem raízes na
tendência brasileira de centrar o curso de pedagogia mais na vertente
profissionalizante como campo prático, que mantém pouca relação com seus
estudos epistemológicos”
Parafraseando Brzezinski (1996), Mesmo com todas as luta, discussões e
reflexões nessa década, pouco se alterou na formação dos pedagogos, inúmeros
cursos ainda continuam a existir, com árias habilitações: “docência na Educação
Infantil, Educação Especial, Série Iniciais do Ensino undamental” E os cursos de
Supervisão, Orientação, Administração são ofertados nos curso de Pós-graduação.
Nesse período a sociedade brasileira passava pela luta da democratização,
assim os debates acerca da formação também ganha espaço e após, muitos
movimentos e organizações surge em 1990 a Associação Nacional pela Formação
dos Profissionais da Educação - ANFOPE que defende a docência com base para
do curso de Pedagogia:
concebe este profissional como aquele que tem a docência na base de sua identidade profissional; aquele que precisa dominar o conhecimento específico de uma área e articulá-lo ao conhecimento produzido pela sociedade, tornando-se capaz de ser agente de transformação da realidade social. Por isso a importância do estabelecimento de uma base comum nacional para os cursos de formação de professores que incorpore os princípios de uma formação unificada dos profissionais da educação, dando suporte para múltiplas experiências, sem as limitações de um currículo mínimo. (ANFOPE, 2001, p.3).
Percebe-se, diante disso que o curso de pedagogia tenha como definição
uma postura ue efeti e o seu caráter de reformular não somente “propostas de
reformulação do curso de pedagogia, mas uma política para a formação do
pedagogo” (BRZEZINSKI, 1996, p.223).
Conforme, Artigos 63 e 64, da LDB 9394/96, confere que,
Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão: I - cursos formadores de profissionais para a educação básica, inclusive o curso normal superior, destinado à formação de docentes para a educação infantil e para as primeiras séries do ensino fundamental; II - programas de formação pedagógica para portadores de diplomas de educação superior que queiram se dedicar à educação básica; III - programas de educação continuada para os profissionais de educação dos diversos níveis.
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.
O curso de Pedagogia a partir das Diretrizes Curriculares (2005) Artigo 4º fica
assim definido,
O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos (BRASIL, 2005, p.2)
De acordo com o Conselho Nacional de Educação através do decreto nº
1/2006, no artigo 2º trata a respeito das Diretrizes Curriculares (PARANÁ, 2006, p.1)
para o curso de pedagogia, sobre a formação inicial e o exercício da docência
podendo então atuar na Educação Infantil, do Ensino Fundamental - Anos Iniciais,
cursos do Ensino Médio, Modalidade Normal, cursos de Educação Profissional, na
área de serviços e apoio escolar, e em outras áreas que demandem de
conhecimentos pedagógicos.
No artigo 6º das Diretrizes Curriculares, (2006, p.3):
I e) Aplicação em práticas educativas, de conhecimentos de processos de desenvolvimento da criança, adolescente, jovens e adultos, nas dimensões físico, cognitiva, afetiva, estética, cultural, artística, ética e biossocial. II c) estudo, análise e avaliação de teorias da educação, a fim de elaborar propostas educacionais consistentes e inovadoras. II e) atividades práticas de modo a propiciar vivência nas mais diferentes áreas do conhecimento educacional, assegurando aprofundamento e diversificação de estudos, experiência e utilização de recursos pedagógicos.
Quanto à questão do Edital Nº 10/2007 GS/SEED- PR, este retrata o que o
professor pedagogo deve fazer no ambiente escolar, quero aqui especificar alguns
itens que cabem diretamente no trabalho diante do contexto escolar e nas salas de
recursos, sendo eles:
atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de propostas de recuperação de estudos a partir das necessidades de aprendizagens identificadas em sala de aula, de modo a garantir as condições básicas para efetivação do processo de socialização e apropriação do conhecimento científico; Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceitos e exclusão social e de do compromisso ético-político em todas as categorias e classes; organizar o Conselho de Classe de forma a garantir um processo coletivo de formulação do trabalho pedagógico desenvolvido pela escola e em sala de aula, além de coordenar a elaboração de propostas de intervenção decorrentes desse processo; orientar o processo de elaboração do Plano de Trabalho Docente junto ao coletivo de professores da escola, promovendo estudos sistemáticos, trocar de experiências, debates e oficinas pedagógicas. (PARANÁ, 2007).
De acordo com a Instrução nº 016/2011 SEED/SUED, que estabelece os
critérios para o funcionamento das Salas de Recursos Multifuncionais, menciona a
equipe pedagógica e o pedagogo, para que junto ao professor especializado, possa
colaborar nas avaliações que são necessárias para que o aluno ingresse neste
atendimento, sendo as áreas de Deficiência Intelectual, Deficiência Física
Neuromotora, Transtornos Globais de Desenvolvimento, Transtornos Funcionais
Específicos. Também quanto aos avanços acadêmicos estes devem ter um registro
pedagógico em virtude de Conselho de Classe, onde são discutidos sobre os
avanços, recuos, que o aluno apresenta. Também quanto às atribuições dos
professores da SRM Tipo I, ao fazer o atendimento ou cronograma individual ou de
pequenos grupos devendo este ser reorganizado sempre que for necessário, deve
ter o acompanhamento da equipe pedagógica e da família. Na orientação aos
professores sobre as flexibilizações curriculares, avaliação e metodologias que o
aluno necessita na sala de aula regular, também deve ter a participação da equipe
pedagógica da escola. No cronograma de atendimento deverão ter a anuência da
direção e equipe pedagógica, e no desligamento do aluno da SRM Tipo I, este
deverá ser feito em formulário próprio e com a participação da equipe pedagógica.
Conforme o Projeto político pedagógico do Colégio Estadual de Renascença
Padre José Junior Vicente, deste estabelecimento de ensino consta que:
O professor pedagogo coordenará a elaboração coletiva e acompanhará a efetivação do Projeto Político Pedagógico, participando efetivamente, sugerindo e articulando através do trabalho coletivo, critérios que proporcione desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme o Projeto Político-Pedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular, Plano de Ação da Escola e as políticas educacionais da SEED. (PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, 2011, p.39)
Em vista disso, o professor pedagogo deve ser atuante e estar
compromissado com o trabalho da escola. Porém, diante dos vários problemas que
a escola pública enfrenta, não é sempre que consegue desenvolver todas as
atividades inerentes ao seu trabalho, em virtude de realizar diversos outros
compromissos e atividades que não são de sua específica função, tais como:
atender turmas para suprir falta do professor, atender ocorrências disciplinares, levar
no posto de saúde, sendo conhecido como o tarefeiro da escola, e muitas vezes não
consegue estar providenciando e nem efetivando as suas funções que lhes são
básicas e necessárias para que a escola pública, na qual trabalhamos possa estar
efetivando seus objetivos no ensino e aprendizagem.
Para Libâneo (2002, p. 62)
O pedagogo entra naquelas situações em que atividade docente extrapola o âmbito específico da matéria de ensino: na definição de objetivos educativos, nas implicações psicológicas, sociais, culturais no ensino, nas peculiaridades do processo de ensino e aprendizagem, na detecção de problemas de aprendizagem entre os alunos, na avaliação, no uso de técnicas e recursos de ensino etc.
De acordo, com esse referencial que está posto, vê-se que realmente o
pedagogo tem um papel bastante desafiador diante da escola nos vários setores que
a compõem. Sendo assim este estudo que fazemos, resgatando um pouco da
história, vemos que apesar das controvérsias em relação ao curso, aos entraves que
passou e que passa, o pedagogo está sendo reconhecido como um articulador, no
processo ensino e aprendizagem.
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
Iniciamos o encontro com a “Dinâmica Cantada”, disponí el em:
Após a dinâmica ouvir o que os professores pensam a respeito da escola, dos
alunos e de seu papel diante do ambiente escolar, e fazer uma breve discussão a
respeito da dinâmica.
Para dar continuidade assistiremos o vídeo intitulado “ UNÇÃO DA ESCOLA
POR LIBÂNEO”.
Este vídeo mostra uma entrevista do professor e pesquisador José Carlos
Libaneo, definindo em sua fala a função da escola, tendo em vista que a mesma,
não apresenta mais o monopólio do saber. Enfatiza também o papel do professor e
as formas que o aluno percebe a escola nos dias atuais.
Após assistir o vídeo, deixar em aberto para que os pedagogos e professores
discorram sobre o que entenderam dando sua contribuição a respeito do assunto
abordado.
Dando continuidade aos trabalhos, será disponibilizado o texto para leitura e
discussão com o grupo de professores e pedagogos:
http://atividadeseducativas.blog.br/2012/10/200-
dinamicas-de-grupo.html
Acessado em 23 de setembro de 2014 às 18:33 h
FUNÇÃO DA ESCOLA POR LIBÂNEO
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=6kk__FXVwC0
. Pedir para que em duplas, façam a redação de um texto sobre as questões
abaixo relacionadas e socializar no grande grupo suas elaborações e reflexões. Esta
redação deverá ser entregue ao final do trabalho.
1. Destaque as principais transformações da evolução do curso de Pedagogia
no Brasil nos diferentes momentos históricos.
2. Que mudanças estruturais ocorreram no curso de Pedagogia da década de
1980 em diante?
3. Como você vê o trabalho dos pedagogos em sua escola?
4. Os Pedagogos da sua escola atendem as necessidades pedagógicas?
(ensino e aprendizagem)
Para refletir:
Assistiremos a um ídeo “Pedago uem?” Tempo de duração: 8:28 min
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=h76ibfjtRaw, que está baseado no
li ro de Carmem Sil ia Bissoli da Sil a, cujo título é “Curso de Pedagogia no Brasil –
História e Identidade” Esse vídeo conta em forma de historinha às dificuldades que
a história da pedagogia enfrentou para tentar encontrar a sua essência.
Dialogar com os presentes a respeito do vídeo, questionando sobre o curso
de Pedagogia e sua importância.
Pedir para que os presentes se dividam novamente em grupos para dar
sequência às atividades:
Faremos uma leitura e discussão do texto:
“O Menestrel” de Willian Shakespeare duração 6:50 min.
http://www.youtube.com/watch?v=vlLh8K6FF8A
“O curso de Pedagogia como formador de profissionais de Educação” do Li ro
Pedagogia, Pedagogos e Formação de Professores de Iria Brzezinski, (1996)
Atividades a serem desenvolvidas em relação ao texto:
- Discussão em grupos.
- Exposição em plenária das considerações do grupo.
Também não podemos deixar de conhecer o Edital Nº 10/2007 GS/SEED-
Paraná. O qual dispõe sobre as normas do Concurso Público para o provimento de
vagas no cargo de Professores Pedagogos e a descrição das atividades do cargo.
No Edital constam todas as atividades que competem ao professor pedagogo nas
escolas estaduais.
- Síntese por escrito.
- Exposição em plenária das considerações do grupo.
Assistir o vídeo: Ser Pedagogo. Tempo 2:45 min. Disponibilizado em:
http://www.youtube.com/watch?v=PrffuqEezTI
Este vídeo tem como função retratar o papel do professor pedagogo diante da
sociedade, e que é através da escola que se formam todas as profissões.
Disponível em:
<http://www.nc.ufpr.br/concursos_externos/seed2007/documentos/
edital_102007_pedagogo.pdf>
“Formação de professores: aspectos históricos e teóricos
do problema no contexto brasileiro” de Dermeval Saviani, In:
Revista Brasileira de Educação v. 14 n. 40 jan./abr. 2009.
Em dupla:
1 De acordo com o edital o professor pedagogo está realmente fazendo o seu
trabalho pedagógico no ambiente escolar?
2 - O edital tem contemplado sobre o trabalho pedagógico com a educação
especial? Se tiver, cite- os.
Leitura do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual de Renascença
Padre José Junior Vicente EFM- PR – (RENASCENÇA, 2011, p.29-30-39) onde
contemplam a respeito do pedagogo e Equipe Pedagógica, torna-se importante que
saibamos o seu teor.
Acesse:
http://www.rnnrenascenca.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?co
nteudo=7
Leitura do Artigo 64 da LDBEN 9394/96, onde consta sobre a formação do
pedagogo.
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
Para responder após a leitura:
- O que é a pedagogia?
- Quem é o pedagogo?
- Cite os desafios contemporâneos da Pedagogia.
Após a leitura dirigida, será realizada uma plenária para apresentação do
estudo.
Para refletir:
Qual a sua dificuldade diante do contexto escolar, para dar conta do
trabalho pedagógico?
Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas
José Carlos Libâneo.
Educar em Revista - ISSN: 0104-4060
SER UFPR - Sistema Eletrônico de Revistas da Universidade Federal do
Paraná
www.ser.ufpr.br
Leitura:
Após as leituras, vídeos, discussões e reflexões acerca do papel do professor
pedagogo em sua escola, responder as questões abaixo.
Para responder:
1. Como você definiria a função do professor pedagogo no ambiente
escolar?
2. Você considera importante o trabalho do pedagogo na escola?
3. As atribuições que constam no Edital Nº 10/2007 GS/SEED- Paraná,
em sua opinião está sendo concretizadas no ambiente da escola pelo professor
pedagogo?
4. Você solicita o apoio do professor pedagogo? Em quais situações?
5. Você tem assessoramento no que condiz com o seu Plano de Trabalho
Docente sobre metodologias, técnicas, recursos do professor pedagogo?
Comente.
6. O professor pedagogo na sua escola lhe assessora no atendimento aos
alunos que apresentam problemas com dificuldades de aprendizagem, dando
sugestões e explicando quais são essas dificuldades? Comente.
7. O professor pedagogo discute com você a forma das adaptações de
pequeno porte diante das dificuldades que os alunos apresentam?
8. Como você vê a ação do professor pedagogo diante da evasão escolar,
repetência?
9. Você sente segurança nas orientações que recebe do(s) pedagogo(s)
nas seguintes situações:
-Plano de Trabalho Docente
-Preenchimento do livro Diário de Classe
-Outros
10. Deixe suas considerações e/ou sugestões para que o trabalho do
professor pedagogo possa estar sendo melhorado no contexto escolar.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. seção 1, Brasília, 23 dez. 1996. ______. Resolução CNP/ CP nº 1 de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Pedagogia, Licenciatura. http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf. Acesso em 27 de maio de 2013. ______. Diretrizes Curriculares para graduação de Pedagogia. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf. Acesso em 16 de setembro de 2013. ______.ANFOPE. Contribuições para subsidiar discussões na audiência pública nacional. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ANFOPE.pdf. Acesso em 23 de outubro de 2013. BRZEZINSKI, I. Pedagogia, pedagogos e formação de professores: Busca e Movimento. 7 ed. São Paulo: Papirus, 1996. Dinâmica cantada. Disponível em: http://atividadeseducativas.blog.br/2012/10/200-dinamicas-de-grupo.html. Acesso em 23 de setembro de 2013. LIBÂNEO, J. C. Função da escola por Libâneo. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=6kk__FXVwC0. Acesso em 30 de agosto de 2013. ______. Pedagogia e pedagogos, para quê? 6. ed. São Paulo: Cortez, 2002. MONET, C. Chrysanthemes. Disponível em: http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=194&evento=1#menu-galeria. Acesso em 20 de outubro de 2013. PARANÁ. Edital nº 10/2007. Governo do Estado do Paraná. Secretaria do Estado da Educação. Disponível em: http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/editais/edital102007gs.pdf. Acesso em 31 de maio de 2013. Pedago... quem? Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=h76ibfjtRaw. Acesso em 17 de agosto de 2013. RENASCENÇA. Projeto Político Pedagógico: Colégio Estadual de Renascença Padre José Junior Vicente EFM. Renascença: SEED, 2011. Revista Educar em Revista. Disponível em http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/educar/article/view/2074/1726. Acesso em 23 de outubro de 2013.
SAVIANI, D. A pedagogia no Brasil: história e teoria. São Paulo: Autores Associados, 2008. ______. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro” In: Revista Brasileira de Educação v. 14 n. 40 jan./abr. 2009. Ser Pedagogo. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=PrffuqEezTI acesso em 17 de agosto de 2013. SHAKESPEARE, W. O Menestrel. disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=vlLh8K6FF8A. Acesso em 03 de outubro de 2013. SHAW, G. B. Frases. Disponível em: http://kdfrases.com/frase/101964. Acesso em 12 de setembro de 2013. SILVA, Carmem Silvia Bissoli da. Curso de pedagogia no Brasil: história e identidade. 2ª edição revista e atualizada. São Paulo: Autores Associados, 2003.
Figura 3: Botticelli - A Primavera, 1478
Fonte:http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=194&evento=1#menu-galeria
Fonte: https://www.raspas.com.br/raspas/1314
“Não há saber mais, nem saber menos, há saberes diferentes”
Paulo Freire
UNIDADE 3
O PEDAGOGO E A SALA DE RECURSOS
MULTIFUNCIONAL TIPO I
PÚBLICO-ALVO: Professores e pedagogos do Colégio Estadual de Renascença
Padre José Junior Vicente EFM.
HORAS-AULA: 12 horas
OBJETIVO GERAL:
- Refletir através de textos didáticos e legais, a respeito das limitações
significativas no funcionamento intelectual dos alunos da Sala de Recursos
Multifuncional Tipo I e a contribuição do pedagogo;
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Conhecer o histórico da Educação Especial.
- Compreender a função da Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, bem como
suas especificidades.
- Entender os tipos de Deficiências que são atendidas nas Salas de Recursos
Multifuncional Tipo I.
- Compreender a necessidade das Adaptações Curriculares de Grande e
Pequeno Porte.
esta Unidade 3, do Caderno Pedagógico, terá como tema central, o
diálogo com os professores e pedagogos sobre as Salas de
Recursos Multifuncional Tipo I, onde serão explanados e estudados
os temas pertinentes a caracterização dos alunos que estão inseridos, da sala de
aula como ambiente de aprendizagem, da composição da mesma quanto aos
materiais que estão disponibilizados, do professor especialista, enfim da sua
importância, enquanto objeto de estudo. Procurar-se-á, dirimir as dúvidas e
empreender novos ou melhores conhecimentos, em virtude de ser uma possibilidade
N
TEXTO PARA REFLEXÃO
para o atendimento do aluno que demanda dessa especificidade de forma quase
que particular.
Esta modalidade de atendimento na esfera estadual é praticamente recente,
pois no Estado do Paraná, foi realizado o concurso público para professores da
educação especial em 2005, onde foram implantadas primeiramente a Sala de
Recursos e depois passou a denominar-se Salas de Recursos Multifuncional isso se
deu a partir de 2011.
No Colégio Estadual de Renascença Padre José Junior Vicente, no ano de
2005 foi implantado as salas, primeiramente como Salas de Recursos e a partir de
2011 passou a denominar salas de Recursos Multifuncional Tipo I, onde são
atendidos os alunos que possuem as dificuldades de aprendizagem, com professor
especialista no que concerne a lei, também com essa mudança os alunos que estão
no Ensino Médio passam a ser atendidos desde que já estivessem no programa.
Nessa perspectiva e diante do que a escola pública oferta é que faremos este
estudo para que as possibilidades e aprendizagens possam fluir de maneira a
potencializar o conhecimento científico.
Quando pensamos em alunos com necessidade especiais, muitas vezes não
nos damos conta de como eles aprendem o mundo que os rodeiam, e como fazem
as ligações para a sua aprendizagem, isto é como fazem suas assimilações de
acordo com suas capacidades intelectuais e, portanto, fazemos nosso planejamento
único sem muitas vezes nos dar conta que em nossas salas de aula, cada um
aprende de uma forma individual, pois bem àqueles que estão dentro da
normalidade ainda compreendem de maneira mais ou menos igual, e aqueles que
estão de certa forma com dificuldades de aprendizagem significativa, muitas vezes
ficam a mercê da aprendizagem, não porque o professor queira que isso aconteça,
mas muitas vezes por não saberem quais são essas dificuldades inerentes que
estão no âmbito das salas de aula.
Sendo assim passa a ser importante que o professor possa estar sendo
capacitado para essa escola inclusiva que aí está posta e que devemos estar
inferindo novas possibilidades de trabalho pedagógico, com mudanças de cunho
pedagógico, de estratégias e de recursos menos efêmeros e mais realistas, tendo
suporte, em bibliografias e estudos em relação a essas pessoas que com certeza
precisem de mais tempo, de mais adaptações para que ocorra uma aprendizagem
coerente à sua necessidade e para que o professor possa estar ensinando de
maneira que privilegia esse conhecimento a todos de uma forma singular. Sabemos
também que as salas estão cheias, que a escola não tem todo o suporte pedagógico
entre outras queixas, mas se não formos à busca, através de interações, estudos
nada ou quase nada poderá ser feito, e estaremos estagnados diante da ideia de
que nada podemos fazer.
Conforme Paro (2004, p. 84),
Há algumas décadas , quando a escola pública fundamental abrigavam os filhos das camadas médias e altas da sociedade, sua função primordial (visível para os educadores escolares e para a população) era preparar os jovens, encaminhando-os para as ocupações médias no mercado de trabalho {...} ou oferecer-lhes condições para concorrer a uma vaga na universidade.
Diante dessas colocações podemos observar nitidamente que a escola era
destinada a alguns e não para todos e nos vemos muitas vezes a sermos
saudosistas e dizer que este tempo sim era bom, sem nos darmos conta que na
escola o privilégio era para alguns.
Atualmente com a legislação vigente determinando que a escola pública seja
para todos, a grande maioria das escolas já está abrindo as portas para a educação
inclusiva.
Observa-se no decorrer da história que a educação especial passou por
períodos distintos.
Na idade Primitiva, a sobrevivência era do mais capaz, pois como sua
sobrevivência dependia de sua força de trabalho os que nasciam com alguma
dificuldade mais acentuada eram abandonados à própria sorte,
Na Grécia antiga, as práticas de eliminação e abandono eram aceitas perante
a sociedade e quem apresentasse alguma deficiência era excluído do convívio ou
colocado em asilos.
Na Idade Média, período da Inquisição as pessoas que nasciam com
deficiências eram segregadas e exorcizadas.
Com o advento do Cristianismo, quase no final da idade Média, o deficiente
deixou de ser visto como coisa e passou a ser visto como pessoa, e começou a
receber atendimento de forma caritativa, mas ainda de forma segregativa.
Nos séculos seguintes, em que o homem começa a ter o domínio da
natureza, e, portanto, começa a fixar-se, não sendo mais nômade, descobrindo as
técnicas para sua subsistência, também a deficiência começa a ser compreendida
sob a perspectiva patológica.
De acordo com Mazzota (2001, p. 20)
Também nessa época, começo do século XIX, iniciou-se o atendimento educacional aos “débeis” ou “deficientes mentais” (...) O médico Jean Marc Itard (1774- 1838) mostrou a educabilidade de um “idiota”, o denominado ”sel agem de A eyron”.
A partir desse período a sociedade começou a perceber os deficientes com
outros olhos, atendendo de maneira mais patológica e individualizada as pessoas
ue por entura apresentassem ser “diferentes”
Para Mazzota (2001, p.22),
Outra importante educadora que contribuiu grandemente para a evolução da educação especial foi Maria Montessori (1870-1956) médica italiana (...) enfatizou a “auto-educação” pelo uso de materiais didáticos ue incluíam, dentre outros, blocos, encaixes, recortes, objetos coloridos e letras em relevo.
Observa-se que estes materiais ainda são muito utilizados para o trabalho
com os alunos, não só os que apresentam problemas, mas de uma forma geral com
todos os alunos, por serem materiais que colaboram com as atividades propostas
assim como na concentração, noções básicas, na matemática, enfim nas atividades
de ensino e aprendizagem do contexto escolar.
Segundo Werneck (2000, p.57)
A educação inclusiva nasceu e vem se fortalecendo dentro de um ensino regular sedento pela melhoria da qualidade da escolarização no mundo. Os especialistas inclusivos partem da idéia de que uma educação com qualidade teria como consequência a presença de todos os tipos de criança
dentro de uma escola regular.
Sem dúvida uma educação de qualidade se torna necessária para que todos
tenham o acesso ao saber sistematizado, que se consolida o conhecimento.
Mazzota (2001, p.27)
A inclusão da “educação do deficiente”, da “educação dos excepcionais” ou da “educação especial” na política educacional brasileira vem a ocorrer no final dos anos cinquenta e início da década de sessenta do século XX.
Como podemos observar a educação especial brasileira é praticamente
recente, e apesar de todos os entraves observa-se que está se concretizando nas
escolas brasileiras, embora muito lentamente
Sabe-se que a falta de estruturas nas escolas, as salas lotadas e o professor
ainda com uma preparação deficitária no que conjuga sobre a educação especial,
ainda causam certo medo ao receber os alunos para a inclusão, portanto se torna
necessário que busquemos mais conhecimentos em relação ao tema, visto que
conforme, Mantoan (2006, p.42)
a proposta de atender a alunos com necessidades educacionais especiais nessas classes implica em atender para mudança no âmbito dos sistemas de ensino, das unidades escolares, da prática de cada profissional da educação em suas diferentes dimensões e respeitando suas particularidades.
No que se refere ao atendimento do aluno nas escolas Mantoan (2006, p.49),
é inegável que o atendimento escolar de alunos com necessidades educacionais especiais deve ser universalizado, que os sistemas de ensino precisam responder melhor as demandas de aprendizagem desses alunos, que aos professores deve ser garantida a formação continuada, entre outras ações.
Na Constituição de 1988, Artigo 208 (p.138) o dever do estado com a
educação será efetivado mediante a garantia de:
III- atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
Consta já na lei nº 4.024/61, um capítulo dedicado sobre a educação de
excepcionais, e na lei nº 5692/71 que coloca a questão como um caso de Ensino
regular.
Com a LDB 9394/96 no Capítulo V no art. 58 (1996, p. 35) faz menção à
necessidade de que o aluno com necessidades especiais possa estar sendo
atendido e matriculado no Ensino Regular utilizando a pala ra “preferencialmente”
conforme podemos ver o capítulo na íntegra.
CAPÍTULO V
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Artigo 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não
for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início
na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Mediante artigo 59 onde diz:
Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível
exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e
aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os
superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior,
para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na
vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem
capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os
órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade
superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares
disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
De acordo com esta lei, podemos então entender que aos alunos que
adentram o ensino regular, deverão ter estar assegurados conforme suas
necessidades particulares e diante disso estar procurando os órgãos quer seja
instâncias maiores, a própria escola, ou o professor, para estar dando as condições
necessárias para seu ensino e aprendizagem.
O Estado do Paraná com a Deliberação N.º 02/03 estabelece as normas para
o atendimento de alunos com necessidades, conforme artigo 2º diz que, a Educação
Especial, dever constitucional do Estado e da família, será oferecida,
preferencialmente, na rede regular de ensino. O Artigo 5º (...) As necessidades
educacionais especiais são definidas pelos problemas de aprendizagem
apresentados pelo aluno, em caráter temporário ou permanente, bem como pelos
recursos e apoios que a escola deverá proporcionar, objetivando a remoção das
barreiras para a aprendizagem.
Conforme Artigo 6° Será ofertado atendimento educacional especializado aos
alunos com necessidades educacionais especiais decorrentes de:
I. dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de
desenvolvimento que dificulte o acompanhamento das atividades curriculares, não
vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas a distúrbios, limitações
ou deficiências;
II. dificuldades de comunicação e sinalização demandando a
utilização de outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis;
III. condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos neurológico ou
psiquiátricos;
Artigo 28 O estabelecimento de ensino que atende alunos co
necessidades educacionais especiais deverá integrar na sua equipe técnico-
pedagógica no mínimo um profissional habilitado ou especializado na
modalidade da educação especial.
Fonte:http://celepar7cta.pr.gov.br/seed/deliberacoes.nsf/7b2a997ca37239c3032569ed005fb978/9394
6370948cd82903256d5700606b9e/$FILE/_p8himoqb2clp631u6dsg30chd68o30co_.pdf.
Neste contexto a Educação Especial deverá ser provida conforme destaca a
lei de pessoas que tenham formação específica na área de atuação, e na equipe
pedagógica também, em virtude disso é que vislumbrei a importância de estar
estudando esta modalidade de ensino, visto que as escolas estão necessitando
estar sendo capacitada para atender esses alunos que estão inseridos no contexto
escolar.
A Educação Especial no decorrer do tempo foi tendo mudanças e
reformulações até constituir nas Salas de Recursos Multifuncionais tipo I e Tipo II,
que atende alunos com deficiências específicas, tendo professor especializado e o
aluno recebe atendimento individualmente de acordo com sua dificuldade.
Também são feitas adaptações curriculares de acordo com a necessidade
que o aluno apresenta e conforme a avaliação psicopedagógica feita pela psicóloga
e outros profissionais em conjunto com o pedagogo e professor.
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:
Para iniciarmos o trabalho será assistido um vídeo cujo título é:
Com duração de 4:47 min. Que se encontra neste endereço eletrônico
http://www.youtube.com/watch?v=wNW19fSHq.
Será feito um debate sobre o vídeo, destacando as características de cada
época e como as pessoas ue nasciam “diferentes” são tratadas
Pergunta para ser respondida individualmente:
Esse questionamento será respondido de forma individual e após será
explanado ao grupo, para debate.
Dando continuidade aos trabalhos será feito a leitura do documento- Instrução
nº 016/2011 – SEED/SUED. Através desse documento, estão estabelecidos os
critérios para o funcionamento e atendimento educacional especializado, voltado
para o aluno que apresenta e que necessita estar sendo atendido com o intuito de
possibilitar avanços em seu conhecimento escolar.
Diante das mazelas que o deficiente tem passado ao longo do tempo
histórico, sendo de abandono, imperfeito, sem alma, pecadores, idiotas,
segregados enfim por toda essa incapacidade que a ele foi subjugada, você na
condição de professor que lida dia a dia com esta gama de alunos em que cada
um possui uma singularidade especifica, acredita que todos possam ter
aprendizagem, incluindo os que denotam alguma dificuldade quer seja na ára
adaptativa, comunicação, capacidade de abstração possam de fato aprender da
forma como ensina?
História da Educação Especial- Evolução Conceitual
Fonte: www.diaadiaeducaacao.pr.gov.br
- Após a leitura da Instrução 016/2011, abrir para questionamentos das
dúvidas que os professores e pedagogos apresentam.
- Será organizado de forma individual um breve relatório escrito citando a
relevância do documento apresentado e a importância de conhecer seu teor, diante
do trabalho pedagógico.
Neste momento assistiremos ao filme, O menino Selvagem.
Neste filme narra à história de um menino, que foi encontrado por caçadores,
sendo apelidado de Selvagem de Aveyron, pois não fala, lê ou escreve e anda como
quadrúpede. Então, Jean Itard médico, demanda um interesse sobre sua condição e
é levado a Paris, para estudos, visto que não teve convivência com seres humanos.
Pinel1 o considerou um idiota, mas o médico Itard2 decide educar o menino, que foi
chamado de Victor, e obtém alguns resultados positivos.
Fazer a leitura a respeito de:
1 Philippe Pinel – Médico francês considerado o pai da psiquiatria, sendo um dos pioneiros a descrever e a classificar algumas
perturbações mentais (1745 a 1826) Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Philippe_Pinel
2 Jean Marc Gaspard Itard – Ele é conhecido como um educador de surdos-mudos, e tentou suas teorias educacionais no
caso célebre de Victor de Aveyron, dramatizada em 1970 o filme The Wild Child por François Truffaut (1774 a 1838) foi um
médico francês nascido em Provence. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Jean_Marc_Gaspard_Itard
O menino Selvagem
Título original: L’Enfant
Sauvage
Gênero: Drama
Ano: 1969
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/
File/instrucoes/Instrucao162011.pdf Acesse em:
- Quais são as suas expectativas diante das necessidades especiais apresentadas pelos
alunos.
- Elabore uma síntese por escrito das adaptações que foram feitas e das inferências
realizadas no filme.
- Qual o nosso papel diante da escola inclusiva?
- Quem são os alunos atendidos na Sala de Recursos Multifuncionais Tipo I?
Fonte: http://www.brasilescola.com/educacao/dificuldades-aprendizagem.htm)
Este documento trata a respeito dos alunos que são atendidos na Sala de
Recursos Multifuncional Tipo I, onde são caracterizados pelas suas necessidades
especiais, conforme a descrição.
DI – Deficiência Intelectual: Em conformidade com a Associação Americana
de Retardo Mental, alunos com deficiência intelectual são aqueles que possuem
incapacidade caracterizada por limitações significativas no funcionamento intelectual
e no comportamento adaptativo e está expresso nas habilidades práticas, sociais e
conceituais, originando-se antes dos dezoito anos de idade.
DFN– Deficiência Física Neuromotora: alunos que apresentam
comprometimento motor acentuado, decorrente de sequelas neurológicas que
causam alterações funcionais nos movimentos, na coordenação motora e na fala,
requerendo a organização do contexto escolar no reconhecimento das diferentes
formas de linguagem que utiliza para se comunica ou para comunicação.
TGD – Transtornos Globais do Desenvolvimento- aqueles que apresentam
um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento
nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa
definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, Síndrome de Rett,
Transtorno Desintegrativo da Infância (psicose) e Transtornos Invasivos sem outra
especificação.
TFE – Transtornos Funcionais Específicos: Refere-se à funcionalidade
específica do aluno e ou sujeito, sem o comprometimento intelectual do mesmo. Diz
respeito a um grupo heterogêneo de alterações manifestadas por dificuldades
significativas: na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou
habilidades matemáticas, na atenção e concentração. (MEC, 2010).
Acesse em:
portal.mec.gov.br/index.ph
p?option=com_docman&ta
sk...
Continuando os trabalhos em relação às Salas de Recursos Multifuncionais,
neste momento será discutido e analisado a necessidade das Adaptações
Curriculares de Grande e Pequeno Porte.
- Será disponibilizado aos professores e pedagogos, o Projeto Escola Viva nº
5 e nº 6, para leitura prévia, após serão discutidos e analisados, as adaptações que
já são feitas, as que necessitam ser melhoradas e as que ainda não são
contempladas no ambiente escolar.
Acesse em:
Para finalizar será elaborado um texto síntese do estudo realizado, e com
propostas de continuar os encontros com a formação de um grupo de estudo.
1. portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha05.pdf
1. portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha06.pdf
Para refletir:
Você professor e pedagogo, diante do exposto, percebem que a escola
trabalha com seres humanos e estes são complexos e únicos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Salas de Recursos Multifuncionais: espaço para atendimento educação especializado. Brasília: 2006. ______. Manual de Orientação do Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17430&Itemid=817. Acesso em 10 de setembro de 2013. ______. Projeto Escola Viva. Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola. Alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, n. 5 e 6, 2000.
______.PORTAL EDUCAÇÃO. Disponível em:
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______. Transtornos Globais de Desenvolvimento. Disponível em:
portal.mec.g ov.br/index.php?option=com_docman&task...Acesso em 30 de outubro
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BARROS, J. Dificuldades de Aprendizagem. Disponível em: http://www.brasilescola.com/educacao/dificuldades-aprendizagem.htm. Acesso em 13 de setembro de 2013.
BOTICELLI. A primavera. Figura 3. Disponível em: http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=194&evento=1#menu-galeria. Acesso em 12 de outubro de 2013. FERREIRA, B. F. J. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão escolar: transtornos globais do desenvolvimento. Brasília: Ministério da Educação Especial, 2010. v. 9. Disponível em: portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task... Acesso em 24 de setembro de 2013. FILME. O menino Selvagem. Título original: L’Enfant Sau age. Gênero: Drama Ano: 1969 FREIRE, P. Frases. Disponível em: https://www.raspas.com.br/raspas/1314. Acesso em 12 de outubro de 2013. MANTOAN, M. T. E. (Org.) Inclusão escolar: pontos e contrapontos? organizadora. São Paulo: Summus, 2006.. MAZZOTTA, M. J. S, Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. 3.ed.São Paulo: Cortez, 2001.
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PARO, V. H. Gestão democrática da escola pública. 3 ed. São Paulo: Ática, 2004.
VÍDEO da História da Educação Especial. Evolução Conceitual 4:47 min. Disponível; http://www.youtube.com/watch?v=wNW19fSHq_o. Acesso em 09 de outubro de 2013 WERNECK, C. Ninguém mais vai ser bonzinho, na sociedade inclusiva. Rio de Janeiro: WVA, 1997. 314 p.
Figura 4: Fonte: http://g1.globo.com Fonte: http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=40&evento=1#menu-
galeria
Fonte: http://kdfrases.com/frase/101964
“O único homem que eu conheço que se comporta sensatamente é o meu alfaiate; ele toma as minhas medidas novamente a cada vez que ele me vê. O resto continua com suas velhas
medidas e espera que eu me encaixe nelas”. George Bernard Shaw
UNIDADE 4
O PEDAGOGO E A AVALIAÇÃO
PSICOEDUCACIONAL
PÚBLICO-ALVO: Professores e Pedagogos do Colégio Estadual de Renascença
Padre José Junior Vicente EFM
HORAS-AULA: 4 horas
OBJETIVO GERAL:
- Analisar as avaliações psicoeducacionais feita pela dupla avaliadora, para
entender quais são as informações apresentadas sobre os alunos que frequentam a
Sala de Recursos Multifuncional Tipo I.
OBJETIVO ESPECÍFICO:
- Possibilitar aos professores e pedagogos conhecerem de forma
sistematizada como ocorre o processo de avaliação para o ingresso na SRM Tipo I.
- Identificar as informações que constam nas avaliações psicopedagógicas no
que se refere à condição de ensino e aprendizagem do aluno.
- Compreender e as inferências necessárias no trabalho pedagógico que são
indicados na avaliação psicopedagógicas para a defasagem que o aluno apresenta.
esta Unidade IV, do Caderno Pedagógico, terá como tema central, o
diálogo com os professores e pedagogos sobre a avaliação
psicoeducacional, como ela é organizada, quem são os profissionais
que podem fazê-la, quais as informações que constam nesta documentação, enfim
compreender o seu processo para a inserção do aluno e para que ele se aproprie e
tenha condições de estar amparado no ensino e aprendizagem.
Para que o aluno ingresse na Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I é
necessário que seja feito uma avaliação no contexto escolar em que sejam
N
TEXTO PARA REFLEXÃO
detectadas as dificuldades que o aluno apresenta nas áreas cognitiva, afetiva, sócio
emocional e motor.
Essa avaliação se dá por meio da utilização de formulários que compreendem
as diversas etapas e também envolvem procedimentos sistemáticos, por meio de
instrumentos, tais como: observações, entrevistas, jogos, análise da produção do
aluno, entre outros, permitindo confrontar dados, resultados e também efetuar uma
análise minuciosa.
Todas as informações possíveis, no decorrer do processo avaliativo devem
ser registradas em fichas de avaliação específicas priorizando-se os aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Por meio da avaliação psicoeducacional, é importante entender que esta,
ressalta a importância da investigação de todos os fatores, que estão relacionados
com o aluno em questão, isto é, conhecer significativamente a sua história de vida
desde a concepção até a atualidade, através de encontros com a família,
professores, e principalmente com o aluno, a partir deste diagnóstico é que se pode
então construir a intervenção, que deve ser trabalhada com o aluno nas suas
diversas áreas, tais como o conhecimento, emocional, social.
Para que isso ocorra, torna-se imprescindível que o psicólogo esteja
trabalhando de forma coletiva, portanto, o pedagogo, o professor, a família, são
elementos que caracterizam este trabalho, no qual as informações obtidas são de
grande importância para que e abrangendo todas as áreas.
E nesse âmbito, o psicólogo orienta o professor com a respeito das
inferências que são pertinentes ao aprendizado do aluno, de acordo com a
dificuldade que precisa ser trabalhada. De acordo com Silva (2008), o psicólogo
além de estar com o enfoque na criança, deve estar também compreendendo o
ambiente escolar e familiar, com a intenção de estar intermediando todo esse
processo de dificuldade e aprendizagem.
Conforme dados da SEED - Paraná (2013, p.1) atualmente, a rede estadual
de ensino atende aproximadamente 20.100 alunos em 1.649 salas de recursos
multifuncionais, que compõem uma das alternativas de atendimento educacional
especializado, com materiais diferenciados e profissionais preparados para o
atendimento às diversas necessidades educativas especiais dos educandos.
Fonte: http://www.educacao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=4882.
Neste contexto, portanto as avaliações psicoeducacionais são destinadas
como um procedimento impreterível, para que o aluno possa estar sendo atendido
nas salas de recursos, com o professor previamente especializado, e que possa
estar conduzindo o ensino e aprendizagem de acordo com as necessidades que o
mesmo apresenta. Sendo a escola, um local em que deva proporcionar um ambiente
de trabalho científico importa, portanto, observar e estar atenta aos alunos que estão
inseridos, visando a sua inclusão plena e efetiva, e, portanto os alunos que se
encontram neste patamar, dar condições para este acompanhamento
psicoeducacional assegurem e promovam sua aprendizagem, sendo encaminhados
para a sala de recursos, resgatando através de atividades diferenciadas o seu
desenvolvimento cognitivo, afetivo, motor e social.
Quanto aos encaminhamentos para a avaliação psicoeducacional, geralmente
ocorrem quando o aluno está na escola, neste ambiente o professor observa que o
aluno não aprende, às vezes não se relaciona com o outro, apresenta alguns tiques,
também apresenta alterações de humor, ansioso, entre outros, com bases nestes
dados coletados, é que se faz a avaliação psicoeducacional.
A partir desta reflexão, constata-se a necessidade de repensar posturas, e
comprometer-se mediante o desenvolvimento de assegurar uma escola que de fato
inclua o aluno com necessidades especiais.
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:
Para iniciar os trabalhos referentes à avaliação psicoeducacional assistiremos
a um vídeo:
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=6rHvpwKOpQg
Neste vídeo retrata a forma como são avaliados os alunos, embora com as
diferenças, todos são tratados iguais.
Avaliação: Prêmio ou Punição? 04:31 min.
Leitura do documento a respeito da avaliação para ingressar na sala de
recursos.
Fonte: www.nre.seed.pr.gov.br/paranavai/arquivos/File/doc_2_orientacoes_ped_reavaliacao.doc.
Palestra com um profissional de psicologia a respeito das avaliações
psicoeducacionais, onde irá abranger as seguintes temáticas: Material utilizado;
Técnicas; Métodos; Quem são as pessoas responsáveis para que seja feito a
avaliação, pedagogo, psicopedagogo, professor da SRM; fonoaudiólogo, médico,
entre outros em conformidade com a dificuldade que o aluno apresenta.
Após as explanações, será aberto a questionamentos do público presente.
Para refletir:
Indicação para leitura:
Há uma necessidade de compreender que todos são
diferentes, mas, isso não pode se tornar impedimento para
aprendermos e ensinarmos.
Acesse:
portal.mec.gov.br/index.p
hp?option=com_docman&
task...
REFERÊNCIAS
BRASIL. Atendimento educacional especializado para o aluno com deficiência
intelectual. Disponível em:
portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task...Acesso em 12 de
novembro de 2013.
Figura 4: Disponível em: http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=40&evento=1#menu-galeria. Acesso em 12 de outubro de 2013. SEED. Encontro de Avaliação Psicoeducacional reúne 2 mil. Disponível em: http://www.educacao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=4882.)Acesso em 2 de novembro de 2013. ______. Orientações Pedagógicas para Reavaliação de alunos de Sala de Recursos de 5ª à 8ª séries. Área da Deficiência Mental e Distúrbios de Aprendizagem. Disponível em: www.nre.seed.pr.gov.br/paranavai/arquivos/File/doc_2_orientacoes_ped_reavaliacao.doc. Acesso em 26 de outubro de 2013. SHAW, G. B. Frases. Disponível em: http://kdfrases.com/frase/101964. Acesso em 12 de setembro de 2013. SILVA, S. M. C. da e Cols. O Psicólogo Escolar e a Infância: uma experiência em escola pública. EDUCAÇÃO: Teoria e Prática - v. 18, n.31, jul. - dez. -2008 p.137-152. Disponível em: http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br. Acesso em: 20 de setembro de 2013. VÍDEO: Avaliação: Prêmio ou Punição? Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=6rHvpwKOpQg. Acesso em 10 de novembro de 2013.
Figura 5: Fonte: www.portinari.org.br
Fonte: http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=40&evento=1#menu-galeria
Fonte: http://kdfrases.com/frase/97249
"O verdadeiro significado das coisas é encontrado ao se dizer as mesmas coisas com outras
palavras.”
(Charles Chaplin)
UNIDADE 5
O PEDAGOGO E O MATERIAL DIDÁTICO
PEDAGÓGICO
PÚBLICO-ALVO: Professores e pedagogos do Colégio Estadual de Renascença
Padre José Junior Vicente EFM
HORAS-AULA: 4 horas
OBJETIVO GERAL:
- Conhecer os materiais didáticos pedagógicos, existentes na Sala de
Recursos Multifuncional tipo I usados para superar as dificuldades de ensino e
aprendizagem dos alunos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Compreender o que são materiais didáticos pedagógicos existentes na sala
de recursos multifuncionais.
- Manusear os materiais didáticos pedagógicos usados na sala de recursos.
sta unidade será sobre a utilização de materiais didáticos
pedagógicos nas atividades diárias dos alunos. Quando nos
reportamos à questão do uso de materiais, e certamente percebe-se
o quanto é importante o seu uso para as atividades com os alunos e principalmente
para os que apresentam algum tipo de necessidade especial, e também para o
professor a qualidade de suas aulas. Um dos materiais didáticos pedagógicos que
se usa com maior destaque é o livro didático, às vezes está tão impregnado que não
nos damos conta que também podemos estar usando outros materiais que
deixariam as aulas mais interessantes e de certa forma mais significativas tanto para
o aluno como para o professor. Portanto nas Salas de Recursos Multifuncional Tipo
I, tem vários materiais que são usados e que poderiam de certa forma também estar
ajudando o professor da sala regular a trabalhar seus conteúdos de forma mais
dinâmica e expressiva.
E
TEXTO PARA REFLEXÃO
A escola como espaço de aprendizagem intencional, tem na figura do
professor um importante aliado no que concerne a esta prática, bem como diversos
materiais didáticos em que pode estar preparando em virtude de melhorar suas
aulas e também em fazer com que o aluno aprenda mais e consistentemente os
conteúdos necessários para a sua formação e para as séries subsequentes.
Conforme Gasparin (2009, p.103)
Na sala de aula, a ação do professor tem como objetivo criar condições para atividade de análise e das demais operações mentais do aluno, necessárias para a realização do processo de aprendizagem. Depois, ambos seguem juntos numa ação interativa na qual o professor, como mediador, apresenta o conteúdo científico ao educando, enquanto este vai, aos poucos, tornando seu o novo objeto de conhecimento.
Desta forma torna-se importante que o professor esteja atento para contribuir
a essas aprendizagens, utilizar diferentes materiais didáticos pedagógicos que
ajudem o aluno a ter maior concentração, a pensarem, a criar estratégias que,
portanto aprofunde de maneira prazerosa a aprendizagem e apropriado a cada
conteúdo e aos diferentes ní eis no ual o aluno se encontra.
Em virtude, disso torna-se então importante que o professor ao preparar suas
aulas possa estar incluindo diversos materiais pedagógicos, de forma elaborada e
planejada para obter o êxito em seu propósito.
Nas Salas de Recursos Multifuncional Tipo I, procura-se atender as
diferenças e peculiaridades do aluno de forma particular e conforme a necessidade
que apresenta. Os materiais didáticos pedagógicos e de acessibilidade são recursos
considerados muito importantes, devido a estar atendendo as dificuldades funcionais
para a realização das tarefas que o aluno venha a executar. Cabe ao professor,
portanto detectar através da observação do aluno, quais são essas dificuldades que
o limitam, ou impeditivas e estar fazendo os ajustes necessários para eliminar as
barreiras, incluindo, portanto os materiais didáticos pedagógicos concernentes e que
venham auxiliar na realização das tarefas, onde o professor selecionará ou
construirá esses materiais.
Sartoretto (MEC, 2010), afirma que cabe ao professor do Atendimento
Educacional Especializado - AEE, constatar a necessidade do aluno, selecionar o
recurso adequado, oferecer oportunidade de aprendizagem, ensinar o manejo do
recurso, encaminhá-lo à escola comum e orientar, tanto o professor quanto os
colegas, sobre como poderão interagir com o aluno que utiliza este recurso. É
importante lembrar que os recursos devem ser avaliados e modificados para
acompanhar as necessidades que surgem à medida que o aluno realiza novas
experiências na escola.
Portanto, para o aluno que demande de materiais didáticos pedagógicos
necessários para sua aprendizagem e para que o sistema regular de ensino possa
estar atendendo esses alunos, é necessário que haja uma mudança nos paradigmas
já cristalizados de concepção de escola, no que se referem também as novas
formas de ensinar e dentre elas os materiais didáticos pedagógicos, que venham ao
encontro das necessidades dos alunos, suprindo a sua dificuldade e também um
novo olhar no que se refere aos alunos, percebendo sua singularidade.
Sartoretto (MEC, 2010) afirma que o sucesso das políticas que visam à
inclusão escolar de alunos com deficiência depende também de recursos que lhes
permitam compensar as limitações funcionais motoras, físicas, sensoriais ou mentais
no processo de inclusão e de construção do conhecimento.
Para que isso ocorra torna-se urgente que seja proporcionado momento de
estudos, capacitação troca de informação, mudanças essas que beneficiarão o
ensino e aprendizagem, facilitando a relação professor e aluno.
De acordo com MEC (2010), no caso dos recursos de acessibilidade, os
professores precisam ser capazes de criar ou ajustar de forma personalizada
recursos para alunos reais, cujos percursos de aprendizagem são diferentes,
percursos que ele precisa reconhecer e respeitar.
Na busca da qualidade neste atendimento especializado, torna-se importante
e ponto fundamental que o professor, juntamente com a equipe pedagógica, fazer a
identificação das barreiras que são enfrentadas no contexto escolar, que sejam
impeditivas ou limitantes que o impeçam de estar participando de todos os
momentos escolares. Por meio, desse diagnóstico em que se identificam os
problemas e observa-se as habilidades que o aluno apresenta, são feitas as
implementações dos recursos e estratégias e assim promove e reconhece,
enfatizando suas relações com a escola.
Por conseguinte, é na Sala de Recursos Multifuncional Tipo l, onde o
professor especialista vai adequar às ferramentas necessárias para que o aluno
possa estar tendo um desenvolvimento, que venha ao encontro de suas
necessidades específicas, para o seu desenvolvimento. Essas ferramentas deverão
então, estar com o aluno em todos os ambientes da escola, em casa, com o intuito
de apoiar sua escolarização.
Os alunos que demandam desse suporte são aqueles apresentam
impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial que e pode
ter obstruída ou dificultada a sua participação plena e efetiva na sociedade diante de
barreiras que esta lhes impõe, ao interagirem em igualdade de condições com as
demais pessoas.
Conforme as Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o
Atendimento Educacional Especializado na educação Básica (MEC, p. 4)
São atribuições do professor do atendimento educacional especializado:
a. Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da educação especial; b. Elaborar e executar plano de atendimento educacional especializado,avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade;c. Organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncional; d. Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola; e. Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade; f. Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno; g. Ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da informação e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, a informática acessível, o soroban, os recursos ópticos e não ópticos, os softwares específicos, os códigos e linguagens, as atividades de orientação e mobilidade entre outros; de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia, atividade e participação.h. Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando a disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares.i. Promover atividades e espaços de participação da família e a interface com os serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros.
Diante desse contexto, a escola como local de conhecimentos deve estar,
portanto, em consonância para que o atendimento dos alunos que estejam nestas
salas ou matriculados na escola, possam estar sendo atendidos e nas suas
dificuldades com o uso de materiais didáticos pedagógicos condizentes com a
necessidade.
Como cada aluno apresenta uma peculiaridade, o professor da sala deve
fazer uma intervenção pedagógica atendendo essas especificidades, este plano
deve ser elaborado através das informações contidas na avaliação psiceducacional,
as quais traçarão os objetivos, as ações e atividades concernentes, o período de
duração que as mesmas deverão ter, onde entra a flexibilidade, isto é, o tempo que
o aluno necessita para atingir os objetivos e a aprendizagem.
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:
Para iniciar esta unidade assistir o vídeo:
Marta Kohl de Oliveira – Vygotsky Aprendizado e desenvolvimento 44:41 min.
Disponibilizado em: http://www.youtube.com/watch?v=pZFu_ygccOo.
Este vídeo, faz uma análise a respeito da trajetória de Vygotsky, as quais
ressalta a aprendizagem, os planos genéticos de desenvolvimento e a
caracterização do funcionamento psicológico do ser humano.
Discutir com os professores os pontos relevantes sobre o vídeo.
Após será feito um trabalho em dupla para discutir e relatar as seguintes
perguntas:
Após o diálogo entre as duplas, os mesmos irão relatar os aspectos mais
relevantes para discutir no grande grupo, sobre os materiais didáticos pedagógicos.
Dando sequência aos trabalhos, assistir o vídeo:
Aprendizado e desenvolvimento
1. Como foi sua formação escolar no Ensino Fundamental Séries
Iniciais e Finais, Ensino Médio quanto à questão do uso de materiais didáticos
pedagógicos pelos seus professores nas atividades diárias em relação aos
conteúdos das disciplinas?
2. Na formação acadêmica quais foram os materiais didático-
pedagógicos indicado para trabalharem com seus alunos?
3. Como professor, quais os materiais didáticos pedagógicos que tem
usado ou elaborado, durante as suas aulas, para elucidar os conteúdos e
contribuir nas aprendizagens?
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=j_owKaowDi4
Neste vídeo, traz uma análise da teoria de Vygotsky, na concepção
materialista dialética.
Apresentar aos professores os materiais didáticos pedagógicos que são
trabalhados com os alunos na Sala de Recurso Multifuncional Tipo I, para melhorar
seu desempenho escolar.
Veja nesta tabela os materiais disponíveis para o trabalho com ao alunos,
Equipamentos Materiais Didático/Pedagógico
02 Microcomputadores 01 Material Dourado
01 Laptop 01 Esquema Corporal
01 Estabilizador 01 Bandinha Rítmica
01 Scanner 01 Memória de Numerais l
01 Impressora laser 01Tapete Alfabético Encaixado
01 Teclado com colméia 01Software Comunicação Alternativa
01 Acionador de pressão 01 Sacolão Criativo Monta Tudo
01 Mouse com entrada para acionador 01 Quebra Cabeças - seqüência lógica
01 Lupa eletrônica 01 Dominó de Associação de Idéias
Mobiliários 01 Dominó de Frases
01 Mesa redonda 01 Dominó de Animais em Libras
04 Cadeiras 01 Dominó de Frutas em Libras
01 Mesa para impressora 01 Dominó tátil
01 Armário 01 Alfabeto Braille
01 Quadro branco 01 Kit de lupas manuais
02 Mesas para computador 01 Plano inclinado – suporte para
leitura
02 Cadeiras 01 Memória Tátil
Manual de Orientação do Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. Fonte: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17430&Itemid=817
A formação social da mente - Vygotsky
Dinâmica para encerramento:
Fonte: http://www.mundojovem.com.br/dinamicas/professor/o-jardim-e-o-jardineiro
Para finalização dos trabalhos, desenvolver durante o mês de agosto
atividades com toda a escola referente ao tema estudado, através de filmes, leituras,
teatros, entre outros.
Organizar os murais com perguntas relacionadas ao tema.
Integrar os alunos que fazem parte do Grêmio Estudantil, para que possam
também estar dialogando a respeito.
Conversar através de rodas de conversas com pais, profissionais da área de
saúde sobre o tema.
Através do site da escola, disponibilizar as atividades que foram organizadas
para que a comunidade escolar entre outros, possam estar participando, opinando,
sobre os assuntos relacionados.
Para refletir
Jardim e o jardineiro
Promovendo ações...
Quais as dificuldades que você professor encontra ao preparar
material didático pedagógico para os alunos que apresentam
necessidades especiais?
REFERÊNCIAS
BRASIL. Manual de Orientação do Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17430&Itemid=817. Acesso em 12 de outubro de 2013. _____. Diretrizes operacionais da educação especial para o atendimento educacional especializado na educação básica. disponível em: portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task Acesso em 20 de outubro de 2013. ______.Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Brasília: 2007. CHAPLIN, C. Frases. Disponível em: http://kdfrases.com/frase/97249. Acesso em 22 de outubro de 2013. Dinâmicas. Jardim e o jardineiro. Disponível em: http://www.mundojovem.com.br/dinamicas/professor/o-jardim-e-o-jardineiro. Acesso em 19 de outubro de 2012. GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 5. ed. São Paulo: Autores Associados, 2009 PORTINARI. C. Figura 5. Disponível em: http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=40&evento=1#menu-galeria. Acesso em 11 de novembro de 2013.
SARTORETTO, M. L. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar:
recursos pedagógicos acessíveis e comunicação aumentativa e alternativa. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; 2010.v. 6.
OLIVEIRA, M. K. de. Vygotsky Aprendizado e desenvolvimento Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=pZFu_ygccOo Acesso em 11 de outubro de 2013.
VYGOTSKY. A formação social da mente: Vygotsky. http://www.youtube.com/watch?v=j_owKaowDi4. Acesso em 12 de outubro de 2013.