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Não importa quem sou Importante sim, De que me sujo Não importa quem sou Importante sim O que sugo Mas não vou te entregar Respostas de mão beijada Você vai ter que garimpar Entre palavras
KLAUS MENDES (Pseudônimo de Cláudio Antonio Mendes)
OFF PRICE Que a sorte me livre do mercado e que me deixe continuar fazendo (sem o saber) fora de esquema meu poema inesperado e que eu possa cada vez mais desaprender de pensar o pensado e assim poder reinventar o certo pelo errado
Ferreira Gullar
O conteúdo desta obra, inclusive revisão ortográfica,
é de responsabilidade exclusiva do autor
Dedido aos recantistas, sem execeção
Aos criadores de
experimentais como
Rosa das Oliveiras,
Marli Caldeira
Melris,
Simplesmente Sys,
E a todo mundo que
sonha com um
mundo
melhor
NOME DA OBRA
10
UNIVERSO PARALELO Além da colina que eu vejo Com meus olhos castanhos, Rola um fúnebre cortejo, Ouço alguns sons estranhos. Sinto a vida além de mim, Tédio e revolta sem fim. Inconformado com isto tudo, Construo de desejos meu castelo. Armado de sonhos como escudo, Navego num universo paralelo Distante de tudo que me oprime, Onde amar o próximo não é crime.
NOME DO AUTOR
11
OLHOS VERDES A brisa sopra sobre mim, Canções de um amor impossível. Rasgando o medo com os dentes. Olhando o horizonte intransponível. Sentindo-se um homem impotente. Tecendo um futuro inconsequente. Ilhado em meu próprio temor, Como um pássaro sem asas. Anoitecer tão gélido, Neve caindo sobre casas. Dormirei sonhando com os teus Olhos verdes mirando os meus.
NOME DA OBRA
12
O ÚLTIMO SUSPIRO Ando entre os cacos da cidade Curando as feridas pelo corpo. Ronda sórdida pela fatalidade, Olhando feito poeta absorto. Sentindo o odor do apocalipse, Tudo escuro sob intenso eclipse. Irados se gladiando pelas praças, Ceifando os sonhos de outrora. A história sob vorazes traças, Nada mais aqui me resta agora. De dentro do meu pobre coração, Ouço o último suspiro da razão.
NOME DO AUTOR
13
RUÍNAS Agindo sem controle Como se age um idiota. Ruínas sobre as flores, Onde se traça a rota. Sem pensar no que faço, Tenho sido só fracasso. Impedido pelo destino, Como alguém acorrentado, Andei perdido, desatino, No mundo desmoronado Depois, ficou essa fenda, Onde já finquei minha tenda.
NOME DA OBRA
14
ANOITECER Alimentando-me de ilusões, Carecendo dos teus carinhos, Ruminando as emoções, Ocultando meus espinhos. Solidão que dilacera de jeito. Tirania dominando meu peito. Insistindo nessa falsa paixão, Caminho pela noite a esmo, Assassinando a autoafirmação, Negando a mim mesmo. Destruindo cada amanhecer. Ocaso, só me resta anoitecer.
NOME DO AUTOR
15
O JARDIM Aqui bem dentro de mim, Cresce uma flor de desejos. Removendo pedras do jardim, Orvalhando-me de beijos. Seduzindo-me a cada instante, Teu louco amor é incessante. Inebriado pela tua sedução, Caminho entre lindas flores. Aqui dentro tenho um coração Nadando em lagos de amores. Dentro de mim um belo jardim, Onde cada instante não tem fim.
NOME DA OBRA
16
INSISTO EM SER FELIZ Agitado pelo mundo, Cuido de cactos no jardim. Rompo com a sanidade, Ouço vozes dentro de mim. Sinto-me ficando louco. Tudo para mim é pouco. Insisto em ser feliz Como pássaros em um fio. Ando nu pela casa Na noite que faz frio. Destruo os velhos conceitos, Outros rituais serão feitos.
NOME DO AUTOR
17
LILÁS Ainda é cedo para dizer Como eu fui me apaixonar Respostas eu não encontro Onde flertei com teu olhar Sombras no caminho não mais Toda luz colorindo de lilás Irei ao teu encontro sempre Como um rio busca o mar Atravessando colinas e campos No desejo de te abraçar Desfiz-me do orgulho de ser O dono do mundo, por você.
NOME DA OBRA
18
FAGULHAS DE VIDA A cada dia que passa Corro contra o momento Rima sempre que se faça Ode ao delírio do vento Sinto-me poeta de algum fim Tempo que se passa em mim Imagino o amor escondido Cerrado no corpo que se entrega Amor feito sem ser pedido No lamento que a poesia rega Dói dentro da alma desiludida Onde resiste fagulhas de vida
NOME DA OBRA
20
LÁGRIMAS
ECOSYS # 01 Lágrimas transbordam rios,
Rios margeiam cidades, Cidades endurecem corações, Corações derramam lágrimas.
ECOSYS # 02
Anjos tocam harpas, Harpas acalentam o sono, Sono, descanso do corpo, Corpo pajeado por anjos.
ECOSYS # 03
Guerra, maldita trama Trama contra a vida
Vida que soma perdas Perdas e danos da Guerra
NOME DO AUTOR
21
ECOSYS # 04
Triste fim daquela flor, Flor em fim de primavera, Primavera que diz adeus, Adeus, uma palavra triste.
CRIAÇÃO: SIMPLESMENTE SYS
NOME DA OBRA
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VÍCIO
Cabeça que não pensa, atrofia
Dia vira noite, noite vira besta
Cabeça que não verseja, adoece
Prece vira praga, prego vira marreta
Inicia logo pela manhã, minha luta Labuta sobre palavras, poesia vicia
(DISDUALRIMAS EM X)
CRIAÇÃO: ROSA DAS OLIVEIRAS
NOME DO AUTOR
23
TRINCA DE ECOSYS
CACOS Cacos de vidro na pele Pele mimosa de moça
Moça me laça com olhares Olhares que deixam cacos
MOTORES
Motores roncam em ruas Ruas finas como veias
Veias dessa cidade Cidade movida a motores
MONTANHAS
Montanhas são molduras Molduras de onde moro
moro no (en)canto de Minas Minas, terra de montanhas
CRIAÇÃO: SIMPLESMENTE SYS
NOME DA OBRA
24
PERDIDO (CORRENTE DE ECOSYS)
PERDIDO em tuas curvas Curvas sinuosas da vida
Vida é uma estrada incerta Incerta também é a paixão
Paixão é como carrapato Carrapato gruda na pele Pele que veste o corpo
Corpo que veste o coração
Coração não faz escolhas Escolhas são encruzilhadas
Encruzilhadas deixam dúvidas Dúvidas complicam a mente
NOME DO AUTOR
25
Mente às vezes mente Mente para si mesmo
Mesmo sabendo de tudo Tudo parece ser nada
Nada tira da minha cabeça
Cabeça que tem uma certeza Certeza qu’eu amo você
Você que me deixa PERDIDO
CRIAÇÃO: SIMPLESMENTE SYS
NOME DA OBRA
26
TRISTESCÊNCIA
flor triste
...aflora
a flora triste
...em flor
TIQUIM
CRIAÇÃO: MARLI CALDEIRA MELRIS
NOME DO AUTOR
27
TIQUIM TWO***01-05
TIQUIM TWO 01 pedra em pedra...casa pedra atirada...caça *** TIQUIM TWO 02 viver é muita...pretensão viver é mais que...intenção *** TIQUIM TWO 03 cidade espoliante...predadora cidade excitante...pecadora *** TIQUIM TWO 04 propaganda é a alma...do comércio propaganda é a arma...pro começo *** TIQUIM TWO 05 poste ilumina...a rua poste imita...a lua
Criadores do estilo: Marli Caldeira Melris e Od alaremse
NOME DA OBRA
28
SONHO ANTIGO
Contigo eu voltei a sorrir
Redescobri um sonho antigo
Versejo o poema quando
Delirando, desfruto teu beijo
Agora aqui tudo é poesia
Dia que não finda, só aurora
DISDUALRIMAS EM X
CRIAÇÃO: ROSA DAS OLIVEIRAS
NOME DO AUTOR
29
MENÇÃO AO GRUPO
Queijo, goiabada e poesia fia em verso todo desejo
papilas: que saboreiam e que excitam gritam na alma e ecoam nas pupilas
o sabor da poesia e do queijo o saber fazer com goiabada poemas de amor
NOTA DO AUTOR: Queijo, Goiabada e Poesia é um grupo no facebook sobre poesia criado pelo poeta Wagner Fonseca,
em Mutum-MG.
DISDUALRIMAS EM X
CRIAÇÃO: ROSA DAS OLIVEIRAS
NOME DA OBRA
30
MANIA DE SONHAR
ECOSYS grudou na mente Mente com mania de sonhar
Sonhar hoje é uma arte Arte linda como ECOSYS
CRIAÇÃO DE: SIMPLESMENTE SYS
NOME DO AUTOR
31
FIM DE TARDE
fim de tarde muito triste existe um vazio dentro de mim
assim tem sido meus dias
agonias e tormentos sem fim
então sinto-me anoitecer ser adaptando-se à solidão
DISDUALRIMAS EM X
CRIAÇÃO: ROSA DAS OLIVEIRAS
NOME DO AUTOR
33
AO AR LIVRE
o meu corpo colado ao teu nosso amor feito ao relento
releio toda poesia em tua pele
alucinados pela lua cheia a loucura campeia pelos instintos
depois de taças de vinho tinto
embalo-me mais na tua canção
embriago-me mais na tua sedução
NOME DA OBRA
34
COLÍRIOS
Já é noite de amor e liberdade Na calma cinzenta da cidade
Entre poderes e pudores
Há uma luz em cada peito De transeuntes indefinidos Sobre o concreto rachado
A cidade nos permite delírios
A cidade nos cega com seus colírios
NOME DO AUTOR
35
DESCARTADOS
escondido em qualquer fenda não se ofenda
a cidade não precisa mais de você
a cada dia eu aprendo não me ofendo
a cidade não precisa mais de mim
a gente não gera mais renda
a gente já era, entenda!
NOME DA OBRA
36
A MONTANHA
a montanha me olha de longe com sua cara sisuda
fica muda diante do meu versejar
a montanha guarda segredos atos de coragem, atos de medo
meios de sobrevivência
chegou então o homem e sua marreta
e começou esfolar a montanha
NOME DO AUTOR
37
FOI-SE
deserto à vista, última gota de vida divido com você meu último instante divulgo para você, meu último poema
debaixo da minha pele, a carne sangra debaixo dos meus pelos, alma insana
devoro teu último beijo
ao longe vejo aquele vulto crescente
a sombra me consome, finalmente
NOME DA OBRA
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A CIDADE
A cidade pulsa sob o sol, Ninguém liga para os ratos.
A cidade é um retrato do caos.
Minha rua é uma síntese De histórias entrelaçadas,
Páginas inteiras amassadas.
A cidade esconde palavras obscuras.
A cidade pulsa em suas loucuras.
NOME DO AUTOR
39
APOCALIPSE CIBERNÉTICO
vim do céu para decretar via TV a cabo
o apocalipse cibernético
vim em minha kawasaki viralizar minha profecia
em códigos binários
então, demoli dragões
ao combater moinhos de vento
NOME DA OBRA
40
MINHAS NOITES CONTIGO
O olhar que me procura Assassina-me com sua luz dilacerante
No ápice do nosso amor
A mão que me toca de leve Eterniza nosso breve momento
Em lembranças cravejadas de sussurros
Mas nada nas páginas e nas paredes
Minhas noites contigo são indescritíveis
NOME DO AUTOR
41
POR UMA GOTA
Anjos e demônios duelam pela minh’alma Eu sigo pela rua calmamente Eu singro poéticas calmarias
Antes de hoje, eu estava perdido
Até pensei em finalizar-me Mas uma gota de orvalho mudou tudo
As flores não foram feitas para mim
No entanto, furto todo aroma do jasmim
NOME DA OBRA
42
É SÓ O AMOR
eu não quero a flor mais exuberante do jardim
eu só quero amor
eu não quero o condor mais alto no céu carmim
eu só quero amor
é só o amor que me sacia
sem amor, não há poesia
NOME DO AUTOR
45
TOCAIA
DE-K-LOGIA POETRI-K (01)
POETRIX 01: TOCAIA
flores à beira da estrada feito centúrias romanas
a minha espreita
POETRIX 02: PRÓ AQUECIMENTO GLOBAL
desdentado não trituro mas aquecendo tudo bastar-me-á canudo
POETRIX 03:
TOCAIA 2 esperou na janela jagunço na tocaia
para matar-me de amor
NOME DA OBRA
46
POETRIX 04:
O POSITIVISTA em mim nada em ordem em mim nada progride
mas sigo positivo
POETRIX 05: SOLIDÃO NA NOITE
noite, solidão lida com jeito
que tudo se ajeita
POETRIX 06: SELEÇÃO (SOBRE) NATURAL
nunca selecionado genética não herdada
no céu matarei Darwin!
NOME DO AUTOR
47
POETRIX 07: CONSTATAÇÃO
praça não mais do povo céu não mais do condor agora tudo dos abutres
POETRIX 08:
CONCISÃO poema tão conciso
que nem deu tempo de fazer circuncisão
POETRIX 09:
VERDE em verde me confundo
olhos ou semáforo? de primeira piso fundo
POETRIX 10:
MELHORAMENTO GENÉTICO cópula minimalista
entre poetrix e aldravia uma palavra diz tudo
NOME DA OBRA
48
PIC NIC
TITANIC
foi num pic-nic
que a cerveja congelada
naufragou o nosso amor
***
CHECK-UP
arrocho meus parafusos
acerto meu fuso
e mais confuso fico
***
ALCOVA
peguei o localizador
e te encontrei no nosso
ventrículo de casal
***
NOME DO AUTOR
49
DANOS NATURAIS
tua passagem por mim
um tufão no caribe
agora, nada que me arribe
***
SET
eu com a câmera na mão,
você: misto de luz e ação.
só não aceito beijo técnico.
***
ARCO-ÍRIS
não passe embaixo
se você trocar de sexo
eu terei que fazer o mesmo
NOME DA OBRA
50
TRIBUNAL DO AMOR
uma paixão comete crimes que não cabem
em nenhum Hamurabi
***
NA PRAIA
eu de bobeira
ela de biquíni
bastou um bronzeador
***
COMO ASSIM?
tenho apenas três versos
para mensurar a vastidão
do universo do nosso amor
***
VERSAILLES
não te quero por inteira:
o vinho de alsácia apenas
e as minas de tua lorena
NOME DA OBRA
52
OLHAR
(DE-K LOGIA POETRI-K 02 )
OLHAR o olhar que enxerga
além da luz dá luz à poesia
*** ASSASSINATO vítima anônima
do meu poema bombástico assassinou-me
*** DECAPITAÇÃO não versejo mais
o machado de assis cortou-me veias poéticas
***
DESNUTRIÇÃO quem passa a vida
chorando leite derramado morre desnutrido
***
NOME DO AUTOR
53
PESCARIA nem tudo que cai
na rede é peixe tem pneus, garrafas pet...
*** CONDOR
homem com-dor amando morfinamente
doideiras de amor *** LUZ
escribas contra fotocópias espelhos contra photoshops
enquanto plantas: fotossíntese ***
EM TRÂNSITO nú, em tuas curvas
sem habilitação no bolso _se eu capotar?
*** CRIAÇÃO
rosas e espinhos concretamente não existem
são crias d’alma ***
NOME DO AUTOR
55
CRONOMETRAGEM
areia de todas as praias
para marcar na ampulheta
a duração do nosso amor
NOME DO AUTOR
57
O PODER DA LEITURA
DA SÉRIE: DE-K LOGIA POETRIKA
TELECARNIFICINA
Eu feliz no meu canto. Liguei a Tevê,
Tive um espanto.
O PODER DA LEITURA
De correntes eu me livro. Perguntaram-me pelas chaves.
Eu disse: livro.
PATROCÍNIO CULTURAL
A vale não mais banca
Agora produz longas
“TERROR NO VALE”
DESCONTROLE CONTÁBIL
Já perdi a conta
De quantas vezes morri
Em acertos de conta
NOME DA OBRA
58
TEXTOMONIX
Para que a literatura
Não me atrase, Resumo tudo em uma frase.
EFEITO COLATERAL
A cidade abafa meu grito. Então pego a caneta
E na poesia, exercito.
NA HORA DO FUTEBOL
Enquanto a bola rola, Eu driblo o reumatismo
E me embolo com você.
EM FRENTE
Sem ter certezas, Sem acertar na mosca,
Marcho com minhas fraquezas.
NOME DO AUTOR
59
SELVAGEM
Existe lama no Doce, Existem chamas em Paris,
É o capital dando coice.
TROCA DE CONTEÚDO
Com o lamaçal no RIO DOCE, Trocou-se a diversidade biológica
Pela tabela periódica.
NOME DO AUTOR
63
hai cai - 04
Flores emergem
Perfumam continentes
Eu, só, afundo
hai cai - 09
sou seiva
bruto? elaborado?
depende da luz
NOME DA OBRA
64
hai cai - 14
sol escaldante
a pele bronzeada
cor de pecado
hai cai - 13
manhã tórrida
sol querendo imitar
o nosso amor
NOME DO AUTOR
65
hai cai - 12
setembro: flores
incensam nossas tardes
com mil odors
hai cai - 10
em folhas verdes
versejo nosso amor
maduro em mim
NOME DA OBRA
66
hai cai – 16
ventos fortes sopram
carregando sem escolhas
e nem dó das folhas
hai cai – 01
Casa ou prisão?
Esse joão-de-barrro
Construtor hábil