patologia ebv
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Patologia Infecção EBV
Hugo SousaBScH Microbiology, MSc Oncology
PhD Student, MD Student_________________________________________Serviço Virologia – Lab Biologia Molecular
Grupo Oncologia MolecularIPO Porto FG EPE
+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
Vírus com distribuição ubíqua Infecta cerca de 90% da população;
Vírus epitelio-mucosotrópico Infecta células epiteliais e mucosas Infecção persistente no hospedeiro;
Características Gerais
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
Identificado em 1964 em biópsias de Linfoma de Burkitt
2 formas diferentes (EBV-1 e EBV-2): EBV-1 mais frequente em civilizações ocidentais; EBV-2 em zonas endémicas do continente africano;
Características Gerais
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
Família Herpesvirus
Sub-família gammaherpesvirus
Género Lymphocryptovirus
Características Gerais
Envelopeglicoproteíco
Capsídeo
DNAViral
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
Cadeia Dupla DNA linear;
Genoma 172 000 pb descodificados
em 1984 (Baer et al); Codifica ≈ 86 proteínas; Persiste como episoma no
núcleo das células infectadas;
Replica-se em sincronização com o DNA do hospedeiro;
Características Gerais
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
Infecções primárias são normalmente assintomáticas em crianças;
Agente etiológico de diversas patologias Mononucleose Infecciosa: Carcinoma Nasofaringe Linfoma de Burkitt (endémico) Linfomas Células B Linfoma de Células T em
imunossuprimidos Carcinoma da Mama !?!?!?!? Carcinoma Gástrico !?!?!?!?
Características Gerais
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
Infecta selectivamente: células B células do epitélio da
orofaringe
Infecção
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Infecção primária ocorre nas criptas tonsilares do linfoepitélio dos Aneis de Waldeyer’s, permitindo infecção de células B e epiteliais simultâneamente;
Vírus de Epstein-Barr (EBV)Infecção
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
Interacção entre o complexo glicoproteico viral (gp350/220) e o receptor CR2/CD21 do sistema C3d do complemento;
O complexo gp85/42 actua como co-receptor de ligação a moléculas do sistema MHC classe II.
Infecção
CR2/CD21MHC
class II
gp350/220
gp85/40
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)Infecção
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)Infecção
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)Infecção
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)Infecção
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)Infecção
Resumindo:
Indivíduos portadores ad eternum;
Infecção controlada regularmente pelo sistema imunitário;
O EBV é capaz de imortalizar células B in vivo e in vitro;
Replicação e libertação viral ocorre em níveis reduzidos em todos os indivíduos seropositivos;
A circulação do vírus e células infectadas ocorre em níveis muito reduzidos e é controlada pelas células T;
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)Mecanismo de Carcinogénese
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)Mecanismo de Carcinogénese
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)Mecanismo de Carcinogénese
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
EBNA1
Fosfoproteína nuclear essencial na manutenção do DNA viral;
Forma Dímeros que ligam a origem de replicação do DNA viral (EBV oriP) ao DNA do hospedeiro, promovendo a replicação do DNA viral em sincronização com o do hospedeiro;
Sequência variável de repetições de Glicina-Glicina-Alanina que inibem a apresentação de antigénios pelo sistema MHC classe I;
Permite às células escaparem a uma resposta das células T CD8+;
Activação do promotor dos EBNAs e LMPs.
Mecanismo de Carcinogénese
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
EBNA2
Fosfoproteína nuclear, expressa em primeiro lugar após infecção;
Essencial para a transformação celular;
Potente activador trasncripcional de genes virais e celulares;
Depende da interacção com o factor RBP-Jk de ligação ao DNA, que reconhece a sequência consenso GTGGGAA no DNA; Genes codificantes de antigénios celulares (CD21 e CD23); Genes celulares (c-myc, Runx3 e PI3K) Genes LMP1 e 2; Região promotora dos EBNAs.
Mecanismo de Carcinogénese
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
EBNA2
Essencial para a transformação celular;
Kempkes et al. 1995 mostrarou que se obtinham linhas celulares linfoblástica mediante a activação da expressão da EBNA2; Linha celular portadora de uma estirpe EBV mutante (P3HRI)
(deleção no gene EBNA2) Plasmídeo contendo o gene EBNA2 fundido com um receptor de
estrogénios;
Mediante a adição de estrogénios era possível obter células em proliferação.
Mecanismo de Carcinogénese
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
EBNA3 (A, B e C)
Proteínas nucleares hidrofílicas;
Papel no processo de transformação ainda nao é entendido;
Apenas a EBNA3A e 3C são esenciais na transformação celular: EBNA3A: Co-factor da ligação entre EBNA2 e RBP-Jk; EBNA3B: inibidor da ligação entre EBNA2 e o factor RBP-Jk,
controlando a transcrição de genes e a proliferação celular; EBNA3C: activação da expressão de LMP1 e CD21 para promover
a estabilidade celular; inactivação da proteína pRb e consequente fuga aos check-points do ciclo celular.
Mecanismo de Carcinogénese
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
EBNA LP
Grupo de proteínas expressas dependendo do splicing alternativo;
Tamanho varia com o número de repetições BamHI da estirpe viral;
Co-factor de tranformação celular atarvés da activação da transcrição de genes celulares; Colabora com a EBNA2; Aumenta a expressão de Ciclina D2; Inibe a actividade da p53 e da pRb Promove o escape à apoptose.
Mecanismo de Carcinogénese
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
LMP1
Proteína membranar integral;
2 regiões activadoras: CTAR1: essêncial na transformação de células B; CTAR2: essêncial na promoção da proliferação celular;
Essêncial na transformação celular; Indução de factores de adesão celular; Activação de antigénios celulares; Expressão de sinais anti-apoptóticos (BCL2 e A20); Activação de vários mecanismos de proliferação celular...
Mecanismo de Carcinogénese
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
LMP2 (A e B)
Proteínas membranares integrais;
Não essênciais na transformação celular;
LMP2A surge como a mais importante: Bloqueia a activação das imunoglobulinas de superfície em células
B; Activa a via de proliferação celular PI3K-Akt; Bloqueia a ligação de cálcio ao receptor de células B (BCR); Inibe a passagem do EBV para a fase Lítica.
Promove a estabilidade da infecção viral.
Mecanismo de Carcinogénese
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)
Genes Líticos (Immediate early lytic genes)
BamHI Left Frame genes BZLF1: activador da transcrição com capacidade de ligação à
origem de replicação litica do EBV (OriLyt);
BHLF1: inibidor da apoptose (similar ao BCL-2);
BamHI Right Frame genes BCRF1: inibidor da activação dos macrófagos e da resposta
imunológica por células TH1;
BARF1: estimula a proliferação celular através da ligação ao CSF1 (Colony Stimulating Factor 1);
Mecanismo de Carcinogénese
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+Vírus de Epstein-Barr (EBV)Mecanismo de Carcinogénese
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+Cancro da Nasofaringe
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+Cancro da Nasofaringe
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+Cancro da Nasofaringe Distribuição Mundial
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+Cancro da Nasofaringe Distribuição Mundial
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+Cancro da Nasofaringe
Patologia rara no mundo ocidental; Incidência entre 0,1 e 3 / 100 000
Incidências muito elevadas no sul asiático com valores entre 20–30/100 000;
Distribuição Mundial...
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+Cancro da Nasofaringe
Neoplasia rara;
Incidência mais alta da Europa Incidência entre 0,5 e 1.0 / 100 000
Alta Morbilidade;
Baixa Qualidade de Vida
Em Portugal...
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+Cancro da Nasofaringe
O EBV é o agente etiológico principal;
Influência factores genéticos e ambientais; Tabaco Sal Fumo Exposição outros carcinogénios ambientais
Etiologia
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+
Normal
Cancro da Nasofaringe Patologia
Histologia
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+
Lesões Pré-invasoras
Cancro da Nasofaringe Patologia
Histologia
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+
Carcinoma da Nasofaringe
Cancro da Nasofaringe Patologia
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+
Carcinoma da Nasofaringe
Cancro da Nasofaringe Patologia
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+Cancro da Nasofaringe Patologia
38
+Cancro da Nasofaringe Patologia
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+Cancro da NasofaringeSusceptibilidade Genética
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+
Patologia Infecção EBV
Hugo SousaBScH Microbiology, MSc Oncology
PhD Student, MD Student_________________________________________Serviço Virologia – Lab Biologia Molecular
Grupo Oncologia MolecularIPO Porto FG EPE