perda da salvação

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Perda da salvação Texto Básico: Hb 6.1-8. Introdução Em nossos dias temos visto uma teologia centrada numa suposta liberdade humana que os garante como senhor de seus destinos. Tal pensamento é ensinado pela maioria das denominações existente, contrariando os ensinamentos da palavra de Deus. Partindo deste pressuposto que o homem tem livre acesso a Deus no momento em que bem deseja descartando-o quando não mais lhe é necessário, tais pessoas também ensinam que da mesma forma que o homem por sua própria capacidade pode ir a Deus também pode recair da graça e dizer que não quer ser salvo. Nosso estudo tem como objetivo provar o equivoco de acomodações feitas em textos bíblicos para provar oque o texto não esta dizendo. Sobre a Epístola aos Hebreus Os biblicistas não sabem ao certo quem foi o autor da Epístola aos Hebreus. Martinho Lutero sugeriu que o autor era Apolo. Ele baseou-se em Atos 18.24-28, onde Apolo é mencionado como um judeu instruído, helênico, de Alexandria, no Egito. Tertuliano (escrevendo em 150-230d. C.) disse que a Epístola aos Hebreus era de autoria de Barnabé. Adolf Harnack e J. Rendel Harris especularam que ela foi escrita por Priscila (ou Prisca). William Ramsey sugeriu que o autor fora Felipe. Contudo, a posição tradicional é de que o apóstolo Paulo escreveu esta Epístola. Objetivo O objetivo da Epístola era assegurar aos Cristãos judeus de que sua fé em Jesus, como o Messias, era correta e legítima. Além disso, a Epístola também pretendia prepara-

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exposição bíblica sobre a perseverança dos santos

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Perda da salvaoTexto Bsico: Hb 6.1-8.IntroduoEm nossos dias temos visto uma teologia centrada numa suposta liberdade humana que os garante como senhor de seus destinos. Tal pensamento ensinado pela maioria das denominaes existente, contrariando os ensinamentos da palavra de Deus.Partindo deste pressuposto que o homem tem livre acesso a Deus no momento em que bem deseja descartando-o quando no mais lhe necessrio, tais pessoas tambm ensinam que da mesma forma que o homem por sua prpria capacidade pode ir a Deus tambm pode recair da graa e dizer que no quer ser salvo. Nosso estudo tem como objetivo provar o equivoco de acomodaes feitas em textos bblicos para provar oque o texto no esta dizendo. Sobre a Epstola aos HebreusOs biblicistas no sabem ao certo quem foi o autor da Epstola aos Hebreus. Martinho Lutero sugeriu que o autor era Apolo. Ele baseou-se em Atos 18.24-28, onde Apolo mencionado como um judeu instrudo, helnico, de Alexandria, no Egito. Tertuliano (escrevendo em 150-230d. C.) disse que a Epstola aos Hebreus era de autoria de Barnab. Adolf Harnack e J. Rendel Harris especularam que ela foi escrita por Priscila (ou Prisca). William Ramsey sugeriu que o autor fora Felipe. Contudo, a posio tradicional de que o apstolo Paulo escreveu esta Epstola. ObjetivoO objetivo da Epstola era assegurar aos Cristos judeus de que sua f em Jesus, como o Messias, era correta e legtima. Alm disso, a Epstola tambm pretendia prepara-los para o eminente desastre, a destruio de Jerusalm por Roma.A Perda da Salvao e as Escrituras

No existe sequer uma passagem bblica falando em perda de salvao; levando em considerao o Deus cuidadoso com o seu povo como o nosso, se fosse possvel que a salvao pudesse ser perdida pelo salvo, acredito eu que haveria inmeras advertncias nas Escrituras dizendo que tivssemos cuidado para no perd-la.

Respondendo objees.

1 Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos at perfeio, no lanando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de f em Deus,2E da doutrina dos batismos, e da imposio das mos, e da ressurreio dos mortos, e do juzo eterno.3E isto faremos, se Deus o permitir.4Porque impossvel que os que j uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Esprito Santo,5E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do sculo futuro,6E recaram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expem ao vituprio.7Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem lavrada, recebe a bno de Deus;8Mas a que produz espinhos e abrolhos, reprovada, e perto est da maldio; o seu fim ser queimada.

Hb 6.1-8 O propsito do cristo plenamente expresso pela palavra grega teleioteta que traduzida como perfeio (v. 1). O conceito de que o crente deve buscar um estado de maturidade, em lugar de retroceder para os rudimentos iniciais do cristianismo e da f bsica (v. 2). A expresso lanando de novo o fundamento refere-se ideia de que, se um cristo perdesse a sua salvao, precisaria ser regenerado novamente. Para interpretar esta percope necessrio um entendimento apropriado da seo controversa dos versculos 4 a 6. A noo principal de que toda passagem hipottica. Por exemplo, preciso aceitar a suposio de que algum pode passar pelo processo de salvao, e ento recair (v. 6), ou perder a salvao. A explicao nos versculos seguintes pretende mostrar como esta posio estranha (v. 4). A impossibilidade est diretamente conectada ao infinitivo do versculo 6, renovar (anakainidzein).Ao examinar o quarto particpio grego (v. 5), geusamenous (cf. v. 4), devemos considerar que a interpretao semelhante da voz mdia na expresso provaram. Ela aparece nesta forma para revelar ao homem a sua responsabilidade para com a palavra de Deus.Voltemos nossa ateno mais uma vez para a expresso impossvel (v. 4), e combinemo-la com o infinitivo grego anakainidzein, que significa renovar outra vez (v. 6). Aplicado ao versculo 6, este termo refere-se a um arrependimento novo e diferente. Se fosse necessria uma forma diferente de arrependimento, Cristo tambm teria que morrer na cruz uma segunda vez. Isto, no entanto, inconsistente com o contexto do restante da Epstola aos Hebreus.

assim tambm Cristo, oferecendo-se uma s vez para levar os pecados de muitos, aparecer segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvao.Hb. 9.28

11 Ora, todo sacerdote se apresenta dia aps dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifcios, que nunca podem tirar pecados;

12 mas este, havendo oferecido um nico sacrifcio pelos pecados, assentou-se para sempre direita de Deus, Hb. 10. 10-11

O ensinamento bvio: Cristo morreu uma vez pelos pecados do homem. Se sua morte fosse insuficiente, no haveria segurana para os crentes. precisamente por isto que o autor da Epistola aos Hebreus usa este exemplo. Em linguagem filosfica, esta forma de raciocnio chamada reductio ad absurdum (reduo a um absurdo). A partir de uma suposio falsa, chega-se a concluses absurdas. Seria falso supor que um crente poderia cair, porque o seu arrependimento, baseado na divindade de Cristo, seria invalidado. No haveria segurana e Cristo precisaria ser crucificado novamente.

Fonte: bblia de estudo palavra-chave

Apostasia de crise Hb 6. 4-8.

Para melhor compreenso deste texto, devemos ressaltar que a Carta aos Hebreus foi escrita entre as duas mais perversas campanhas de perseguio da Igreja: a de Nero, em 64 d. C.; e a de Domiciano, em 85 d. C. Insere-se neste perodo a Revolta Judaica e a queda de Jerusalm (67 a 70 d. C.). Foram tempos terrveis! Em 18 de julho de 64, houve o incndio de Roma, certamente criminoso, que Nero atribuiu aos cristos, tidos por inimigos da humanidade. Eles foram presos e, sob tortura, centenas negaram a f em Cristo, escapando da morte fsica, mas transformando-se em apstatas. Os que destemidamente confessaram fidelidade ao Kyrius Christus; foram lanados s feras nas arenas ou queimados em praa pblica para servirem de iluminao aos 22. Os confessantes, em decorrncia da confisso, perdiam suas vidas de maneira crudelssima. Os covardes, os renegadores da f crist, sobreviviam, sendo posteriormente rejeitados pelos descendentes dos mrtires, cuja f confessada sustentou a Igreja durante as perseguies. Foi, pois, neste contexto histrico, que o autor de Hebreus levantou a questo da apostasia, que no era apenas suposio, uma possibilidade, mas um quadro historicamente real, crudelissimamente verdadeiro.

A Promessa do Esprito Santo

Ao aceitar Cristo o crente recebe o Esprito Santo. O mesmo no o abandona mais. Pelo contrrio, veja s a promessa do Senhor. Eu rogarei ao Pai e ele vos dar outro Consolador, para que fique convosco para sempre. Jo 14:16.De acordo com as palavras de Paulo em Efsios 1:10, 11, recebemos o Esprito quando cremos em Jesus Cristo, como selo. Ele o penhor (garantia) da nossa herana (o cu). Quando o crente peca, o Esprito de Deus no sai dele, apenas se entristece. Pois este selo para sempre, at o dia da redeno. Veja: E no entristeais o Esprito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da redeno. Ef 4:30.Paulo tambm adverte: no extingais o Esprito, I Ts 5:19. Isto porque muitos crentes anulam toda ao do Esprito Santo na sua vida.Todavia, no Novo Testamento no existe um vocbulo referente ao Santo Esprito sair do crente.

Concluso

A ideia de perda da salvao por si s no se sustenta. Ao se fazer tal afirmao usando o texto de Hb 6, os arminianos se colocam em contradio teolgica prpria.

Observe:

4 Porque impossvel que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Esprito Santo,

5 e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro,

6 e depois caram, sejam outra vez renovados para arrependimento; visto que, quanto a eles, esto crucificando de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vituprio. Se este texto realmente falasse a respeito de perda da salvao como os arminianos afirmam, como ficaria a defesa deles em respeito a liberdade humana, uma vez que para os tais o homem tem livre acesso a Deus para se salvar ou perder a salvao a qualquer momento. Sendo que nem mesmo os tais condenam as pessoas que se afastam, mas ao contrrio, recebem-nas como crentes que nunca se afastaram? No seria isto um apoio arminiano a doutrina da perseverana dos santos? Deve-se entender esta passagem a luz do contexto geral das escrituras. Sendo a nossa eleio uma obra totalmente dependente de Deus que assegura todas as condies para nossa salvao no a podemos perd-la pelo motivo simples e lgico de que no fizemos nada para merec-la, mas confiantes que Deus nos conduzira a estatura de varo perfeito.No demais irmos temos nossa consolao na palavra de Deus que nos assegura a eterna promessa e confirmao do amor de Deus.31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus por ns, quem ser contra ns?

32 Aquele que nem mesmo a seu prprio Filho poupou, antes o entregou por todos ns, como no nos dar tambm com ele todas as coisas?

33 Quem intentar acusao contra os escolhidos de Deus? Deus quem os justifica;

34 Quem os condenar? Cristo Jesus quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual est direita de Deus, e tambm intercede por ns;

35 quem nos separar do amor de Cristo? a tribulao, ou a angstia, ou a perseguio, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?

36 Como est escrito: Por amor de ti somos entregues morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro.

37 Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.

38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades,

39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poder separar do amor de Deus, que est em Cristo Jesus nosso Senhor. Rm 8.31-38

Por: Sandro Francisco do Nascimento