piage completo
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TeoriaTeoriaConstrutivistaConstrutivista
Profª. Drª. Andréa Forgiarini CechinProfª. Drª. Andréa Forgiarini CechinUniversidade Federal de Santa MariaUniversidade Federal de Santa Maria
[email protected]@gmail.com
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Em 9 de agosto, na cidade suíça de Neuchâtel, nasce Piaget.
Aos 10 anos publica na revista da Sociedade dos Amigos da Natureza de Neuchâtel um artigo com estudos sobre um pardal albino.
Formase em Biologia pela Universidade de Neuchâtel.
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Tornase doutor. Sua tese foi sobre moluscos.Mudase para a Zurique para estudar Psicologia (principalmente psicanálise).
Mudase para a França. Ingressa na Universidade de Paris.É convidado a trabalhar com testes de inteligência infantil.
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A convite do psicólogo da educação Claparède (Escola Nova) passa a fazer suas pesquisas no Instituto JeanJacques Rousseau, em Genebra, destinado à formação de professores.
Lança seu primeiro livro: “A Linguagem e o Pensamento da Criança”.
Casase com Valentine Châtenay, uma de suas assistentes, com quem teve três filhos: Jacqueline (1925), Lucienne (1927) e Laurent (1931).
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Começa a lecionar Psicologia, História da ciência e Sociologia em Neuchâtel.
Em Genebra passa a ensinar História do Pensamento Científico.
Assume o Gabinete Internacional de Educação (dedicado a estudos pedagógicos).
Escreve vários trabalhos sobre as primeiras fases do desenvolvimento, muitos deles inspirados na observação de seus três filhos.
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Com as pesquisadoras Bärbel Inhelder e Alina Szeminska, publica trabalhos sobre a formação dos conceitos matemáticos e físicos.
Participa da elaboração da Constituição da Unesco. Tornase membro do conselho executivo e é várias vezes subdiretor geral, responsável pelo Departamento de Educação.
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Publica a primeira síntese de sua teoria do conhecimento: “Introdução à Epistemologia Genética”.
É convidado a lecionar na Universidade de Sourbonne, em Paris, sucedendo ao filósofo MerleauPonty.
Em Genebra, funda o Centro Internacional de Epistemologia Genética, destinado a realizar pesquisas interdisciplinares sobre a formação da inteligência.
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Escreve a principal obra de sua maturidade: “Biologia e Conhecimento”.
Piaget morre em Genebra, no dia 16 de setembro.
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PREOCUPAÇÃO CENTRAL DE PIAGET
SUJEITO EPISTÊMICO
Estudo dos processos de pensamentos presentes desde a infância inicial até a idade adulta
Visão interacionista
Mostrou a criança e o homem num processo ativo de contínua interação, procurando entender quais os mecanismos mentais que o sujeito usa nas diferentes etapas da vida para compreender o mundo.
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CONHECIMENTO
Resultado da interação
SUJEITO - OBJETO
através de sua AÇÃO, o sujeito
toma contato com o objeto
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Não há conhecimento que resulte de um simples registro de observações ou sem uma estruturação devida às atividades do sujeito.
Também não há estruturas cognitivas inatas.
O funcionamento da inteligência é herdado, no entanto, as estruturas da mente são construídas pela via de uma organização sucessiva de ações do sujeito sobre o objeto.
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Estudo dos processos que o indivíduo usa para conhecer a realidade.
Formulação de um ponto de vista filosófico sobre a gênese do conhecimento.
Reflexão sobre as bases filosóficas do conhecimento.
Chamase genética porque estuda como nasce e se desenvolve o conhecimento no ser humano
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Saber quais os processos mentais envolvidos numa determinada situação de resolução de problemas e quais os processos que ocorrem no indivíduo que possibilite aquele tipo de atuação.
Mostra como o conhecimento se desenvolve, desde as rudimentares estruturas mentais do recémnascido até o pensamento lógico formal do adolescente.
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Piaget considerou que se estudasse cuidadosa e profundamente a maneira pela qual as crianças constroem as noções fundamentais de conhecimento lógico poderia compreenderse a gênese e a evolução do conhecimento humano.
Após estudos, Piaget concebeu que a criança possui uma lógica de funcionamento mental que difere – qualitativamente – da lógica do funcionamento mental do adulto.
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Para Piaget a adaptação à realidade externa depende basicamente do conhecimento.
Só o conhecimento possibilita ao indivíduo um estado de equilíbrio interno que o capacita a adaptarse ao meio ambiente.
Existe uma realidade externa ao sujeito do conhecimento que regula e corrige o desenvolvimento do conhecimento adaptativo.
A função desse desenvolvimento é produzir estruturas lógicas que permitam ao sujeito atuar sobre o mundo de formas cada vez mais flexíveis e complexas.
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Para Piaget, o sujeito herda uma série de estruturas biológicas que predispõem o surgimento de certas estruturas mentais.
HEREDITARIEDADE
Não herdamos a inteligência, mas um organismo que vai amadurecer no contato com o meio ambiente.
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Da interação organismoambiente resultarão determinadas estruturas cognitivas que vão funcionar de modo semelhante durante toda a vida do sujeito.
Segundo Piaget, esse modo de funcionamento, que constitui nossa herança biológica, permanece constante durante toda a vida.
A maturação do organismo vai contribuir de forma decisiva para o aparecimento de estruturas mentais que proporcionam a possibilidade de adaptação cada vez melhor ao ambiente.
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Inclui tanto aspectos físicos como sociais. Tanto o ambiente físico como o social concorrem no sentido de oferecer estímulos e situações que requerem um processo cognitivo para resolução.
No aspecto físico, um ambiente rico em estimulação irá proporcionar objetos que possam ser manipulados pela criança, lugares que possam ser explorados, oportunidades de observação de fenômenos da natureza, etc.
AMBIENTE
No plano social, o ambiente será rico de estimulação quando reforçar e valorizar a aquisição de competência da criança em muitos aspectos.
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ESQUEMAS
Estruturas mentais ou cognitivas pelas quais os indivíduos intelectualmente se adaptam e organizam o meio.
São de natureza reflexa (nascimento).
São construídos.
É uma unidade estrutural básica de pensamento ou de ação e que corresponde a estrutura biológica que se muda e se adapta. São unidades estruturais móveis que se modificam e adaptam, enriquecendo com isso tanto o repertório comportamental como a vida mental do indivíduo.
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Este desenvolvimento permite ao indivíduo uma adaptação mais complexa a uma realidade que é percebida por ele de forma cada vez mais diferenciada e abrangente, exigindo formas de comportamento e pensamento mais evoluídas.
Os esquemas estão em contínuo desenvolvimento
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O ambiente físico e social coloca continuamente o indivíduo diante de questões que rompem o estado de equilíbrio do organismo e eliciam a busca de comportamentos mais adaptativos.
ADAPTAÇÃO
Para tanto, utilizará as estruturas mentais (ESQUEMAS) já existentes ou então, quando estas estruturas se mostram ineficientes, elas serão modificadas a fim de se chegar a uma forma adequada para se lidar com a nova situação.
As novas questões movimentam o organismo nos sentido de resolvelas.
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No processo de adaptação estão implicados dois processos complementares: ASSIMILAÇÃO e ACOMODAÇÃO.
ASSIMILAÇÃO
Tentativa de solucionar uma determinada situação, utilizando uma estrutura mental já formada ou a incorporação de um conhecimento a um sistema já pronto.
É a atualização de um aspecto do repertório comportamental ou mental do sujeito numa dada circunstância.
Processo de absorção do que é oferecido pelo mundo que nos rodeia.
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Modificação de estruturas antigas com vistas à solução de um novo problema, de uma nova situação.
ACOMODAÇÃO
A assimilação é continuamente modificada pelo processo paralelo de acomodação.
Processo mediante o qual nosso organismo se modifica, no sentido de adaptarse às novas exigências.
A criança é o próprio agente de seu desenvolvimento, os processos assimilativos estendem seu domínio e a acomodação leva a modificações da atividade. Do equilíbrio desses dois processos advém uma adaptação ao mundo cada vez mais adequada e uma conseqüente organização mental.
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Processo de organização das estruturas cognitivas num sistema coerente, independente, que possibilita ao indivíduo a adaptação à realidade.
EQUILÍBRIO
Restabelecimento do equilíbrio entre o entendimento presente e novas
experiências.
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A aprendizagem depende do processo de equilibração: a criança tem oportunidade de crescer e se desenvolver quando o equilíbrio é desestabilizado.
A função do professor, nesta perspectiva, é desafiar o aluno,
provocando constante desequilíbrio em seus esquemas
mentais.
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Como Piaget conceitua o desenvolvimento cognitivo
O desenvolvimento é um processo espontâneo que dirige a aprendizagem; determina, em grande parte, o modo pelo qual a aprendizagem ocorre.
É um processo contínuo que começa com nascimento.
As faixas etárias p/ cada período são idades médias nas quais as crianças geralmente demonstram características de pensamento de cada período.
Os períodos são irreversíveis.
As crianças não pulam estágios e os ritmos de desenvolvimento variam consideravelmente.
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DESENVOLVIMENTO
EQUILIBRAÇÃO PROGRESSIVA
É seqüencial e vai de estruturas mais simples para estruturas mais complexas
Os estágios são os mesmos para todos os indivíduos e se sucedem na mesma ordem
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ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO
Sensório-motor
Pré-operacional
operações concretas
operações formais
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ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR
zero aos 24 meses
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Esse estágio é chamado de sensóriomotor porque os atos inteligentes da criança compreendem a ações motoras como resposta aos diversos estímulos que
afetam os seus sentidos.
Nesse estágio, a criança assimila o meio exterior à sua própria atividade e depois prolonga essa assimilação através de esquemas mais móveis e, ao mesmo tempo, mais aptos a coordenaremse entre si.
Inicialmente o objeto é somente algo para chupar, olhar ou agarrar, depois transformase em coisa para deslocar, mover e utilizar para fins cada vez mais complexos.
Assimilar significa, nesse momento, compreender ou deduzir, e o processo confundese com a relação que se estabelece entre um objeto e os demais.
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INDISSOCIAÇÃO ENTRE O EU E O OUTRO
A percepção da criança recémnascida pode ser descrita em termos de total indiferenciação do
meio no qual vive.
Apresenta uma percepção global e indiferenciada, não distinguindo sequer o seu próprio corpo dos demais objetos à sua volta.
Gradualmente aprende a discriminar pessoas e objetos à sua volta e compreende que os objetos
continuam a existir mesmo que não sejam acessíveis a algum receptor sensorial.
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INTELIGÊNCIA PRÁTICA
A criança ainda não dispõe de uma estrutura representativa, permitindo a ela
internalizar os objetos, de modo que possa agir apenas no plano mental.
EGOCENTRISMO RADICAL
Nesse estágio, a ação da criança forma um todo isolável que tem
como referência o próprio corpo.
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Fase dos reflexos
Fase das reações circulares primárias
Fase das reações circulares secundárias
Fase da coordenação de esquemas secundários
Fase das reações circulares terciárias
Início do simbolismo
O estágio sensóriomotor compreende seis subestágios:
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Fase dos reflexos (primeiro mês)
As trocas que o recémnascido estabelece com o meio se resumem a reações bem específicas a certos estímulos, originalmente ligadas ao plano genético – os reflexos.
Esses reflexos não têm um caráter passivo, ao contrário, evidenciam uma forma precoce de assimilação sensoriomotora.
Por exemplo, os reflexos de sucção se aperfeiçoam com o exercício, levando a discriminações e a uma espécie de generalização da atividade.
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Fase das reações circulares primárias (1 a 4 meses)
Na teoria piagetiana, uma reação circular compreende uma ação que se repete. É chamada primária quando centralizada no próprio corpo.
Nesta fase a criança começa a realizar algumas discriminações perceptivas, como sorrir em reconhecimento a certas pessoas, mas ainda não se pode atribuir a ela a noção de pessoa ou objeto:ainda não é capaz de distinguir entre ela e o meio externo.
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Fase das reações circulares secundárias (4 a 8 meses)
Nesta fase, as reações circulares são chamadas secundárias porque estão voltadas para os objetos.
Quando uma ação sobre o meio externo produz um resultado desejado ela tende a repetirse: o sujeito procura encontrar o movimento que exerceu por acaso um efeito interessante sobre os objetos.
O comportamento da criança começa a dirigirse a um fim. Inicia a manifestação de uma intencionalidade primitiva, já que os fins decorrem do comportamento anterior (não intencional).
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O que diferencia, basicamente, as reações circulares secundárias das
primárias, é que, para as secundárias, o interesse se volta para o efeito sobre os objetos da realidade exterior e não
somente na atividade como tal.
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Fase da coordenação de esquemas secundários(8 a 11meses)
Piaget identifica, nesta fase, as primeiras condutas propriamente inteligentes.
O sujeito aplica meios conhecidos às novas circunstâncias – manifesta intenção, finalidade, meta e busca diversos meios para atingir o objetivo.
O início desta fase é marcado pelo aparecimento de uma coordenação mútua dos esquemas secundários, isto é, dois esquemas antes usados de forma isolada passam a ser utilizados num único ato.
O sujeito passa a estabelecer novas combinações entre os esquemas e, com isto, aprende a relacionar as coisas entre si. Essas novas combinações são chamadas de esquemas transitivos.
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O desenvolvimento dessa nova capacidade (agregar dois ou mais esquemas) permite à criança buscar objetos desaparecidos, já que tal ato exige que ela afaste obstáculos que ocultam e conceba o objeto como algo situado atrás daqueles que foram afastados.
NOÇÃO DE PERMANÊNCIA DOS OBJETOS
O sujeito aprende a compreender o objeto nas suas relações com as coisas atualmente percebidas e não apenas nas suas relações com a ação. Nesse momento ele começa a constituir o objeto real.
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Fase das reações circulares terciárias(11 a 18 meses)
A reação circular é denominada terciáriaporque o sujeito não reproduz simplesmente aquela experiência que traz um resultado interessante, mas varia as ações durante a própria repetição.
Constituição de novos esquemas através da experimentação ou busca de novidade.
Surge um tipo superior de coordenação de esquema, já que esta se dirige a busca de
novos meios.
O sujeito modifica o ato ligado ao objeto com o propósito de estudar sua natureza –
EXPERIMENTAÇÃO ATIVA.
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O progresso alcançado pela criança identificase pelo fato dela adaptarse às novas situações procurando descobrir novos meios.
A criança, nesta fase, ainda não dispõe da capacidade de deduzir ou representar; a solução de problemas novos é alcançada pela combinação da busca experimental e da coordenação dos esquemas.
INTELIGÊNCIA EMPÍRICA – acomodação intencional diferenciada às novas circunstâncias.
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Início do simbolismo (18 a 24 meses)
Novo tipo de condutas: invenção por dedução e combinação mental. Permitem à criança o desenvolvimento de uma INTELIGÊNCIA SISTEMÁTICA.
A criança passa premeditar a ação. Tratase da aplicação de meios conhecidos às novas situações.
Corresponde à transição de uma inteligência sensóriomotora para uma inteligência representacional.
Nesta fase, o sujeito inventa novos meios num nível representacional, sem atividade sensóriomotora imediata: a experiência acontece então no ato do pensamento (a criança representa as ações antes de executálas no plano real).
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NÍVEL DA LINGUAGEM
A criança emite sons e balbucia sílabas. Utiliza uma palavra para significar uma frase.
MONÓLOGO
NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO
INDIVIDUAL
A criança trabalha sozinha, para ela as outras pessoas não passam de objetos, passíveis de serem explorados como qualquer outro. Não emprestam seus objetos por acreditarem que não lhes serão devolvidos.
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NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
REALISMO FORTUITO
A criança risca o papel sem coordenar seus movimentos, por puro exercício – RABISCAÇÃO.
Em geral, enche o papel de traçados evoluindo, ao final deste estágio, para riscos circulares e, por fim, pequenos círculos em todo o papel – DESENHO CELULAR.
Ao perguntarmos à criança o que desenhou, esta é capaz de atribuir diferentes significações ao mesmo rabisco, mudando o significado a cada pergunta.
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NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO CORPO
IMITAÇÃO COMO MODELO
Como não tem as representações mentais dos objetos, a criança necessita da presença deles para imitálos. O objeto é o próprio modelo da imitação.
Inicia imitando sons, evoluindo para a aprendizagem da linguagem. No entanto, só realiza imitações com o modelo em sua presença.
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PRINCÍPIO DIDÁTICO
Permissividade para a AÇÃO da criança sobre o meio: deslocar a si e os objetos no espaço, engatinhar, subir e descer escadas, andar em trilhas, empurrar e puxar, encaixar e enfileirar objetos (blocos, grãos, caixas, etc.), manipular diferentes materiais e texturas (terra, água, pano, papel, etc.), imitações faciais, sonoras e de gestos.
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ESTÁGIO PRÉ-OPERACIONAL
2 aos 7 anos
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Neste estágio, o sujeito desenvolve uma nova capacidade: o pensamento (no início egocêntrico, depois intuitivo) que será aperfeiçoado nos estágios subseqüentes.
A atividade lógica não pode ser confundida com inteligência, pois a criança evidencia atos inteligentes sem ter muita lógica.
A função da lógica é a demonstração, a busca da verdade. Neste estágio, a criança parece muito segura em todas as coisas, e a necessidade de verificação do seu pensamento não representa, neste momento, algo importante.
Nesse período, a troca de pontos de vista nada mais é que um choque de afirmações contraditórias, sem compreensão nem motivação.
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O pensamento pode ser definido como a representação interna de eventos.
INTELIGÊNCIA SIMBÓLICA
A criança se torna capaz de relacionar dois ou mais objetos no plano mental, independente da atividade sensorial e motora.
Esta capacidade de representar os objetos passa a ser possível graças à função simbólica ou semiótica, característica do desenvolvimento da inteligência neste estágio.
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A passagem da ação (período sensóriomotor) ao pensamento (conceito) não acontece de forma brusca, mas num processo de diferenciação progressivo.
Ao contrário da inteligência sensóriomotora, a inteligência préoperatória independe da percepção, possibilitando ao sujeito relacionar dois ou mais objetos(ausentes ou presentes), duas ou mais ações (do passado ou do presente).
A criança préoperatória é capaz de reconstituir suas ações passadas através de narrativas e de antecipar suas ações futuras pela representação verbal.
O aparecimento da linguagem tem como conseqüência a possibilidade de troca entre os sujeitos, a aparição do pensamento propriamente dito e a interiorização da ação.
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NÍVEIS DA LINGUAGEM
As crianças parecem falar entre si, mas suas frases não são coordenadas e elas não se importam com a resposta dos outros. Falam todos ao mesmo tempo.
MONÓLOGO COLETIVO
INFORMAÇÃO ADAPTADA
A criança adapta sua resposta à fala do companheiro, mas não é capaz de manter uma conversação longa, podendo mudar de tema a partir de uma palavra que desperte o seu interesse.
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NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO
PARES MÓVEIS
As crianças começam a andar em pares mas estes são móveis, dissolvemse e refazemse conforme a atividade. Não compreende regras sociais, nem acordos, portanto estes pares não significam acordos ou compromissos mútuos. Os conflitos já configuram disputas (brigas) e são freqüentes.
PARES FIXOS
Gênese da construção dos bandos. Caracterizamse por maior permanência nas escolhas. Os conflitos diminuem consideravelmente. São capazes de brincar juntos, dividindo seus brinquedos. Já têm noção do que lhe pertence e do que pertence aos outros.
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NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
REALISMO GORADO
Incapacidade sintética. Não consegue colocar todos os elementos que desenha na totalidade ou no conjunto. Começa a representar a figura humana através de um círculo (cabeça) dotado de pernas e braços (GARATUJAS).
REALISMO INTELECTUAL
Consegue organizar os elementos na totalidade. Enriquece seu desenho com detalhes; desenha o que SABE que existe e não o que pode ser visto de um objeto nesta ou naquela posição – TRANSPARÊNCIA.
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NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO CORPO
IMITAÇÃO DIFERIDA
Início das representações mentais. A criança é capaz de evocar pessoas e objetos sem que estes estejam presentes. Inicia a imitação sem modelo, fazendo dessa um jogo de exercício.
JOGO SIMBÓLICO
Capacidade de reproduzir situações vividas. Passa a assimilar o mundo real, a criança usa a fantasia, o “fazdeconta”.
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Principal característica do pensamentopréoperatório:
EGOCENTRISMO
Esta característica sem manifesta no plano perceptivo, afetivo e social.
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CARACTERÍSTICAS DO EGOCENTRISMO INTELECTUAL
FINALISMO
ANIMISMO
ARTIFICIALISMO
IRREVERSIBILIDADE
CENTRAÇÃO
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FINALISMO
Para a criança, tudo existe porque tem uma finalidade a cumprir.
Fase dos “porquês”: a criança pergunta pelosimples prazer de perguntar.
Geralmente, esta finalidade tem a ver com os interesses dela. Por exemplo: o sol nasce
porque ela precisa acordar.
ANIMISMO
A criança atribui vida aos seres inanimados. Por exemplo: a escada é má porque a
derrubou.
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ARTIFICIALISMO
A criança tem dificuldade de diferenciar o que foi construído pelo homem e o que é
obra da natureza.
IRREVERSIBILIDADE
Nesta fase a criança não têm noção de conservação. Isto está intimamente ligado à
irreversibilidade do pensamento.
Um raciocínio que não consegue compreender que a operação direta
corresponde a operação inversa.
O pensamento da criança préoperatória só ocorre num sentido, se houver uma
transformação, ela não pode ser desfeita por um simples processo de voltar atrás.
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CENTRAÇÃO
Pensamento centralizado, rígido, inflexível, dada a impossibilidade de levar em conta
várias relações ao mesmo tempo. MINHA VÓ NÃO PODE SER AO MESMO TEMPO MÃE DA
MINHA MÃE.
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ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS7 aos 12 anos
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O que marca a transição para o estágio operatório concreto é o domínio de um sistema cognitivo que permite que a criança manipule o mundo que a rodeia.
Sistema consistente e estável, através do qual pode compreender a realidade objetivamente, sem cair em contradições típicas do estágio préoperatório.
INTELIGÊNCIA CONCRETA
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Neste período as ações interiorizadas ou conceitualizadas adquirem a categoria de OPERAÇÕES.
Uma operação é uma ação que pode ser internalizada ou uma ação sobre a qual se possa pensar.
Implica sempre as noções de reversibilidade e conservação.
Transformações reversíveis que modificam certas variáveis e conservam outras a título de invariantes – são eminentemente LÓGICAS.
São chamadas concretas porque estão baseadas na experiência real que o sujeito vivencia ou vivenciou. Não depende mais da percepção.
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Neste período a criança começa a estruturar a realidade pela própria razão.
A criança adquire, ao longo deste estágio, noção de conservação de número, substância, peso e volume.
Neste estágio, também se observam grandes conquistas do raciocínio em relação ao tempo, velocidade e espaço.
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A criança supera o egocentrismo e é capaz de ver a totalidade de diferentes ângulos.
Organiza o mundo de forma lógica (operatória); é capaz de incluir conjuntos, de ordenar elementos por suas grandezas, usando critérios de conjuntos.
Faz uso dos signos, convencionais e arbitrários (palavra). É o momento mais adequado para a alfabetização. A linguagem oral é cada vez mais importante e é capaz de conversar longamente com os companheiros.
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NÍVEL DA LINGUAGEM
DIÁLOGO
A criança tem condições de manter uma conversação, mas não consegue discutir diferentes pontos de vista para chegar a uma conclusão comum.
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NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO
BANDOS
Agrupamse em quantidades maiores, geralmente liderados por uma criança que possua características significativas (ser a maior, a mais forte, etc).
Adoram chefiar e ser chefiados. Compreendem as regras e reconhecem as regras sociais, tendo condições de estabelecer compromissos e serem fiéis a eles.
São capazes de denunciar um colega que infringiu uma regra, por acreditarem no poder supremo das regras e na sua imutabilidade (“moral do dever”).
Os conflitos deixam de ser meramente físicos, pois a pressão do grupo é uma dura pena.
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NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
REALISMO VISUAL
A criança já não desenha as partes ocultas do objeto quando este é visto de um determinado ângulo. Supera as transparências, já começa a representar, em seu desenho, a profundidade.
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NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO (corpo)
DRAMATIZAÇÃO
A criança tornase capaz de reproduzir textos ou representálos a partir de situações vividas, respeitando um contexto temporal e uma seqüência lógica. São capazes de criar histórias com enredo, geralmente a partir de situações vividas.
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PRINCÍPIO DIDÁTICO
A criança é capaz de concentrarse por um período maior de tempo. Tem condições de executar tarefas que envolvam seqüências e regras, devendo explorar experiências concretas de resultados imediatos ou de prazo mais longo.
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ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES FORMAIS12 ANOS em diante
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Este período é denominado operatório formal porque a lógica extrapola o real, possibilitando o desenvolvimento de um pensamento lógico considerado a forma de um argumento, independente da realidade concreta.
O sujeito constrói um sistema lógico que lhe possibilita operar mentalmente sobre proposições.
Tem início os processos de pensamento hipotético dedutivos – o sujeito começa a considerar o possível como um conjunto de hipóteses que precisam ser sucessivamente comprovadas.
Nesta fase, o indivíduo demonstra grande interesse nas transformações sociais e nas teorias voltadas para o futuro.
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NÍVEL DA LINGUAGEM
DISCUSSÃO
O adolescente é capaz de discutir um tema com diferentes pontos de vista e chegar a uma conclusão.
NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO
GRUPOS
As crianças são capazes de formar grupos propriamente ditos, os grupos de adolescentes, onde descobrem que as leis são transformáveis e seu compromisso antes de tudo é com SEU grupo. São absolutamente fiéis a ele (“moral da cooperação”).
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NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
TÉCNICAS DE DESENHO
Utiliza as coordenadas, desenhando um conjunto que envolve relações métricas, proporções e profundidade. Pode aprender todas as técnicas de desenho.
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO (corpo)
TEATRO
O adolescente pode dominar todo o conjunto de representação de um texto e desenvolver todos os aspectos que envolvem as práticas teatrais.
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Inteligência abstrata
Pensamento verbalizado e socializado
Dissociação entre o eu e o outro
Intercâmbio entre o eu e o outro
Linguagem socializada
Afetos interindividuais: sentimentos e ideais coletivos
Nesta fase, a linguagem dá suporte ao pensamento conceitual; há possibilidade de
formulação de hipóteses e preposições; o jovem caminha para a autonomia no tocante às regras
sociais. Consegue caminhar para rejeitar, criticar, aceitar, refletir sobre valores e convenções sociais, culminando com a
construção da autonomia.