planejamento de rede logística para distribuição de kits...
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Planejamento de Rede Logística para
Distribuição de Kits de Assistência
Humanitária na Defesa Civil
Felipe Oliveira Magalhães da Silva
Projeto de Graduação apresentado ao Curso de
Engenharia de Produção da Escola Politécnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como
parte dos requisitos necessários à obtenção do
título de Engenheiro.
Orientador: Lino Guimarães Marujo, D.Sc.
Rio de Janeiro
Agosto de 2014
iii
Da Silva, Felipe Oliveira Magalhães
Planejamento de Rede Logística para Distribuição de Kits de
Assistência Humanitária na Defesa Civil/ Felipe Oliveira
Magalhães da Silva – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica,
2010.
IV, 57 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Lino Guimarães Marujo
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de
Engenharia de Produção, 2014.
Referencias Bibliográficas: p. 32
1. Planejamento de Redes. 2. Localização. 3. Assistência
Humanitária. I. Marujo, Lino Guimarães. II. Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de
Engenharia de Produção. III. Planejamento de Redes para
Distribuição de Kits de Assistência Humanitária na Defesa Civil.
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Agradecimentos
Antes de tudo, gostaria de agradecer à minha família, por todo o apoio que me
foi dado. Sua presença me serviu de base para tudo que realizei até hoje.
Gostaria de agradecer a todos os professores que participaram da minha
formação, tanto aos que lecionaram temas diretamente relacionados com o assunto
deste projeto quanto aos demais.
Agradecimento também para meu orientador, prof. Lino Marujo, que me
auxiliou na realização deste projeto em todas as dificuldades. Agradecimento também
aos professores Edilson e Samuel, que compuseram a banca, por colaborar com
discussões ricas acerca deste projeto.
Aos meus amigos, que me acompanharam durante todo este tempo. Ter
estudado ao lado de pessoas tão boas e capazes certamente contribuiu para o meu
desenvolvimento, tanto na universidade quanto no colégio. Isto me faz crer que os
estudantes são parte fundamental da instituição de ensino, não apenas de maneira
passiva, mas de maneira ativa, ajudando a construir o conhecimento.
A toda a equipe do ILOS (Instituto de Logística e Supply Chain) onde estagiei.
Muito do que sei sobre logística se deve a toda a experiência que tive com os
profissionais e estagiários de lá.
Por fim, agradeço a todos que acompanharam o desenvolvimento deste
trabalho de alguma forma.
vi
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como
parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Produção.
Planejamento de Rede Logística para Distribuição de Kits de Assistência
Humanitária na Defesa Civil
Felipe Oliveira Magalhães da Silva
Agosto/2014
Orientador: Lino Guimarães Marujo
Curso: Engenharia de Produção
A assistência de vítimas de desastres é realizada pela Defesa Civil. Primeiramente
atuam as esferas municipais e estaduais, para que, se for necessário, atue a esfera
federal. Este projeto consiste em encontrar o melhor local para se instalar um centro
de distribuição único para efetuar a distribuição de kits de assistência humanitária
feita pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. Será aplicado o método do centro de
gravidade para apontar a localização ótima para a instalação e, a partir do local o
qual minimiza os esforços de transporte, selecionam-se alguns locais próximos que
tenham infra-estrutura para se instalar um centro de distribuição. Por fim, estes
locais potenciais são testados a fim de obter a localidade mais adequada para
posicionar o centro de distribuição, levando em conta diferentes funções objetivo.
Palavras-chave: Planejamento de Rede Logística, Localização, Assistência
Humanitária.
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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.
LOGISTICS NETWORK PLANNING FOR DISTRIBUITION OF HUMANITARIAN
ASSISTANCE KITS AT CIVIL DEFENSE
Felipe Oliveira Magalhães da Silva
August/2014
Advisor: Lino Guimarães Marujo
Course: Production Engineering
The assistance of disaster victims is held by the Civil Defense. First operate the
municipal and state levels so that, if necessary, acts the federal level. This project
consists in finding the best place to install a single distribution center to make the
distribution of humanitarian assistance kits held by the National Secretariat of Civil
Defense. The method of center of gravity will be applied to point the optimal location
for the facility and, after finding the location that minimizes the efforts of
transportation, some nearby locations that have infrastructure to install a distribution
center are selected. The potential locations are tested in order to obtain the most
suitable location to place the distribution center, taking into account different objective
functions.
Keywords: LOGISTICS NETWORK PLANNING, LOCATION, HUMANITARY
ASSISTANCE
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Conteúdo
1. Introdução ............................................................................................ 1
1.1. Apresentação.................................................................................... 1
1.2. O Programa de Distribuição de Kits ................................................... 3
1.3. Situação Atual ................................................................................... 4
1.4. Motivação e objetivo do projeto.......................................................... 6
2. Metodologia.......................................................................................... 8
3. Modelagem ........................................................................................ 11
3.1. Tratamento de Dados ...................................................................... 11
3.1.1. Perfil dos desastres ................................................................... 13
3.1.2. Perfil das entregas .................................................................... 16
3.1.3. Demanda .................................................................................. 18
3.2. Modelo de Localização de Instalação Única ..................................... 19
3.2.1. Minimizar TKU .......................................................................... 22
3.2.2. Minimizar Distância ................................................................... 22
3.2.3. Minimizar Distância² .................................................................. 23
4. Resultados e pós-otimização .............................................................. 24
4.1. Fatores a serem considerados na escolha do território ..................... 25
4.2. Cenário 1: Minimizar TKU ................................................................ 28
4.3. Cenário 2: Minimizar Distância......................................................... 29
4.4. Cenário 3: Minimizar Distância² ....................................................... 30
5. Limitações .......................................................................................... 31
ix
6. Conclusões ........................................................................................ 32
7. Referências Bibliográficas ................................................................... 34
Anexos ........................................................................................................ 36
Anexo A: Mapa de intensidade de desastres no Brasil (Atlas Brasileiro de
Desastres Naturais) ............................................................................................. 36
Anexo B: Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade).... 37
Apêndices.................................................................................................... 44
Apêndice A: Padronização dos nomes dos desastres ................................ 44
Apêndice B: Estimativa de danos por tipo de desastre ............................... 46
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1. Introdução
1.1. Apresentação
Este documento apresenta os resultados de um projeto de planejamento de
rede logística para a distribuição de kits de assistência humanitária realizada pelo
CENAD (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), coordenado pela
SEDEC (Secretaria Nacional de Defesa Civil), que por sua vez é vinculada ao
Ministério da Integração Nacional. Primeiramente, aqui está uma breve apresentação
das instituições.
A SEDEC é o principal órgão que compõe o Sistema Nacional de Proteção e
Defesa Civil (SINPDEC). As atribuições do SINPDEC são as de coordenar as ações
de proteção e defesa civil em todo o território nacional.
A atuação da proteção e defesa civil tem o objetivo de reduzir os riscos de
desastre e compreende ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e
recuperação, e se dá de forma multissetorial e nos três níveis de governo federal,
estadual e municipal.
Para atuar na mitigação dos desastres, a SEDEC está dividida da seguinte
forma:
Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD);
Departamento de Articulação e Gestão (DAG);
Departamento de Minimização de Desastres (DMD);
Departamento de Reabilitação e Reconstrução (DRR);
Serviço de Apoio Administrativo e Protocolo; e
Coordenação de Administração e Assessoramento.
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Figura 1: Organograma SEDEC – Fonte: Decreto no 8161/2013 ou
<http://www.mi.gov.br/sedec/organograma> (visitado por último em 11/08/14)
O desastre é definido pela Instrução Normativa Nº 01, de 24 de Agosto de 2012
da seguinte forma:
Desastre: resultado de eventos adversos, naturais ou
provocados pelo homem sobre um cenário vulnerável, causando
grave perturbação ao funcionamento de uma comunidade ou
sociedade envolvendo extensivas perdas e danos humanos,
materiais, econômicos ou ambientais, que excede a sua
capacidade de lidar com o problema usando meios próprios;
Os departamentos da SEDEC (tratando apenas dos não administrativos) agem
em momentos diferentes. Dividindo um desastre em fases, o DMD é o órgão que atua
na fase de pré-desastre, o CENAD, em parte do pré-desastre e em todo o desastre, o
DRR atua no pós-desastre e o DAG em todas as etapas. A figura a seguir ilustra as
divisões.
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Figura 2: Área de atuação dos departamentos da SEDEC
O estudo aqui realizado está baseado em um dos programas de resposta a
desastres do CENAD: a distribuição de kits de assistência humanitária. Portanto,
nenhum outro programa do CENAD ou dos outros departamentos será considerado.
1.2. O Programa de Distribuição de Kits
A missão do programa de distribuição de kits é reduzir o sofrimento humano e
colaborar para o restabelecimento da normalidade frente à situação adversa. Os kits
são:
Kit emergencial de limpeza;
Kit emergencial de higiene pessoal;
Kit emergencial de dormitório;
Kit emergencial de alimentos
Água mineral; e
Barracas.
PRÉ-DESASTRE DESASTRE PÓS-DESASTRE
DMD
Prevenção Mitigação Preparação Resposta Reconstrução
CENAD
DRR
DAG
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É importante destacar que a distribuição feita pela instância federal (Ministério
da Integração, por meio da SEDEC) acontece em regime complementar aos
atendimentos feitos pelo município e pelo estado. Sendo assim, embora haja uma
situação de emergência e os kits devam ser entregues o quanto antes, não há um
caráter de urgência tão grande, pois os primeiros atendimentos já foram efetuados.
Para acessar os kits, o município ou o estado afetado deverá entrar em contato
com a SEDEC e solicitar a assistência. Para tal, é preciso que primeiramente a
SEDEC reconheça o incidente como Situação de Emergência ou Estado de
Calamidade Pública. Após o reconhecimento e aprovação do pedido, os kits são
retirados dos estoques estratégicos da Secretaria e enviados ao solicitante
gratuitamente.
A entrega é um repasse de material para o município solicitante. Com isso, a
SEDEC não possui a atribuição de fazer a entrega para a população necessitada; ela
deve apenas entregar para o município solicitante, que, por sua vez, se encarregará
de fazer a entrega last mile, ou seja, para as pessoas carentes. O escopo deste
estudo, como já foi dito, será apenas o transporte de kits realizado pela SEDEC.
1.3. Situação Atual
Atualmente, a distribuição dos kits é feita juntamente com os Correios, que
possui capacidade para entregar os kits em todo território nacional. A parceria trouxe
uma série de melhorias à operação. Antes, o lead time de entrega dos kits era de
cerca de 15 dias, diminuindo para até 4 dias, sendo 1 dia para o picking 1e entrega em
até 3 dias.
Os kits ficam armazenados em centros de distribuição (CDs) espalhados pelo
Brasil. Eles se localizam em Manaus – AM, Recife – PE, Brasília – DF, Rio de Janeiro
– RJ, e Porto Alegre – RS. Cada CD atende sua respectiva região.
1 Atividade de separação e preparação de materiais no centro de distribuição para que
sejam carregados no veículo.
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Figura 3: Distribuição atual de kits
Abaixo, pode-se ver o balanço da distribuição de kits de agosto de 2013 a
maio de 2014 (inclusive).
Tabela 1: Balanço da distribuição de kits de ago/13 a mai/14. Fonte:
<http://www.brasil.gov.br/observatoriodaschuvas/resposta/kits-assistencia-humanitaria.html>
visitado por último em 11/08/14
KITS Componentes Quantidade Pessoas
Atendidas
Barracas Barraca Desmontável (piso e cobertura de PVC e estrutura tubular de duralumínio).
1.402 14.020
Água Mineral
Galão de Água Mineral de 5 litros. 44.000 44.000
Alimentos Arroz, Feijão, Óleo Vegetal, Macarrão,
Açúcar, Leite em Pó, Farinha de Mandioca, Doce de Goiabada.
20.000 100.000
Dormitório Colchão, Cobertor, Lençol (de solteiro),
Fronha, Travesseiro. 55.295 55.295
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Higiene Pessoal
Sabonete, Escova Dental, Pasta Dental, Toalha de Banho, Papel Higiênico,
Absorvente Higiênico. 19.645 98.225
Limpeza
Saco Plástico para Lixo, Vassoura, Rodo, Pá Coletora, Sabão em Barra, Pano para Limpeza, Balde, Luva de Borracha, Sabão em Pó, Esponja Multiuso, Esponja de Aço.
17.615 88.075
1.4. Motivação e objetivo do projeto
Observando o volume de kits e a atuação da Secretaria Nacional de Defesa
Civil em caráter complementar à atuação dos estados é possível atender à demanda
nacional com menos centros de distribuição. Um modelo de entrega em que existe
apenas um CD centralizado e os fretes mais distantes realizados pelo modal aeroviário
é uma alternativa viável para o caso atual. Com esse modelo de atuação, os custos de
transporte irão aumentar, mas certamente haverá redução nos custos de
armazenagem e estoque. Além disso, ainda há o ganho de redução do tempo de
entrega, o qual era de até 4 dias e poderá ser reduzido para 2 dias se necessário, com
o frete aéreo. Uma tentativa de reduzir tão significativamente esse tempo sem
considerar o frete aéreo, implicaria em quase dobrar a quantidade de centros de
distribuição.
Não é o objetivo comparar os custos logísticos do caso atual com o caso com
apenas um CD. Em vez disso, usando pesquisa operacional, será determinado o local
para se localizar a instalação que minimiza os esforços de transporte, mediante
cenários que serão apresentados mais adiante. Após isso, algumas análises serão
feitas para determinar o local mais próximo do ponto indicado que possui infra-
estrutura para colocar um CD.
Neste projeto não serão considerados alguns fatores. A proximidade com
fornecedor não será avaliada, pois entende-se que os kits, por terem composição
simples, podem ser adquiridos de inúmeros fornecedores com abrangência nacional,
não influenciando significativamente na redução de esforços de transporte. Além
disso, não será considerado nenhum custo fiscal, por se tratar de uma atividade
humanitária realizada pelo governo, sendo este custo igual a zero. Por fim,
considerando as atividades realizadas em um centro de distribuição relativamente
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simples, será considerado viável instalar um CD em local próximo a qualquer cidade
com mais de 50.000 habitantes. Um detalhamento maior dos critérios adotados será
feito adiante.
Por fim, a principal motivação é a crença de que é possível ter uma operação
mais simples e eficiente. Em julho de 2014, foi o fim do primeiro ano em que a
distribuição dos kits de assistência humanitária ocorreu no modelo com 5 CD. Após
esse período de experiência, notou-se que a estratégia adotada era pouco eficiente. A
SEDEC não havia finalizado as análises e avaliações da distribuição com 5 CDs até a
data de conclusão deste documento, mas já pensavam em novas formas de realizar a
distribuição dos kits.
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2. Metodologia
Optou-se por modelar o problema desconsiderando a possibilidade de um
veículo atender duas cidades durante a mesma viagem. Um dos motivos para isso é o
de que o transporte dos kits de assistência humanitária é feito em caráter emergencial,
não sendo prudente esperar para consolidar carga e enviar um veículo cheio para
determinada localidade.
A figura 4 é um grafo estrela que representa o modelo sugerido, com CD único
centralizado distribuindo os kits para os pontos de demanda ao redor, sem que haja
mais de uma entrega por viagem. As viagens mais distantes são feitas pelo modal
aeroviário, para que seja respeitada a urgência da entrega.
A orientação é sempre do CD para os municípios demandantes. De fato, existe
um fluxo reverso, em que os veículos retornam ao CD ou, alternativamente, existe um
fluxo a mais, em que os veículos tomam outro rumo para efetuar outra entrega. Neste
projeto será avaliada apenas a distribuição, sendo o restante do trajeto dos veículos
irrelevante. Neste grafo, está a penas o fluxo da entrega dos kits.
Figura 4: Esquema da distribuição dos kits emergenciais
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A principal questão a ser respondida é a respeito do melhor local para se
instalar o CD único. Seguindo a metodologia descrita em BALLOU (2006), no capítulo
de Decisões de Localização das Instalações, para o caso de localização de uma única
instalação é preciso buscar o ponto que minimiza o custo total da organização.
Entretanto, não está no escopo deste projeto avaliar custos da Defesa Civil. Sendo
assim, serão minimizadas três variáveis:
TKU (tonelada quilômetro útil);
Distância; e
Distância².
A minimização de cada uma dessas variáveis traz diferentes vantagens para a
operação da Defesa Civil.
Para auxiliar no cálculo das distâncias entre o CD e os destinos, será utilizada
a fórmula de Haversine, que descreve a distância entre dois pontos situados na
superfície de uma esfera a partir de coordenadas esféricas. Para tanto, a Terra será
considerada uma esfera e o cálculo das distâncias será feito usando latitude e
longitude do município onde se situará o CD e dos municípios demandantes dos kits.
A fórmula de Haversine pode ser vista abaixo:
Haversine:
D = R × Acos cos 90− Lat1 ×π
180 × cos 90− Lat2 ×
π
180 + sen 90− Lat1 ×
π
180
× sen 90− Lat2 ×π
180 × cos Lon2− Lon1 ×
π
180
Onde,
D é a distância entre dois pontos situados na superfície de uma esfera;
R é o raio da esfera (em se tratando da Terra, corresponde a 6.378,137 km);
Lat1 é a latitude da origem em graus;
Lat2 é a latitude de destino em graus;
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Lon1 é a longitude de origem em graus; e
Lon2 é a longitude de destino em graus.
Como software de otimização, será usado o Solver do Microsoft Excel. A partir
dele, será possível minimizar as variáveis descritas acima variando as coordenadas de
latitude e longitude da origem, ou seja, da posição do centro de distribuição.
Contudo, apenas as coordenadas geográficas do CD que minimizam as
variáveis não é ainda uma resposta adequada para a localização da instalação. É
preciso avaliar a infra-estrutura local para ver se há condições de se instalar o CD.
Sendo assim, após o resultado da otimização, serão feitas análises para se determinar
um local adequado à instalação do CD que seja próximo ao ponto ótimo determinado.
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3. Modelagem
3.1. Tratamento de Dados
Para a definição do local onde o CD será situado, é necessário conhecer a
demanda em todo o Brasil. Não é possível prever onde ocorrerá um desastre, mas por
meio de históricos de incidentes, é possível prever com algum grau de certeza, as
localidades mais suscetíveis a desastres.
Os dados fornecidos pela SEDEC trazem informações sobre os incidentes em
nível estadual, o que não dá um grau de certeza razoável para se determinar o local
ideal para instalação de um centro de distribuição. É necessário ir mais a fundo e
encontrar a demanda em nível municipal. Portanto, foi necessário fazer alguns
cruzamentos de dados entre diferentes relatórios para chegar à demanda de kits em
cada cidade do país.
Os arquivos utilizados para tal foram:
i. Os registros de reconhecimento de situação de emergência ou estado de
calamidade pública, disponíveis em < http://www.integracao.gov.br/>; e
ii. CEPED UFSC, 2012, Atlas brasileiro de desastres naturais 1991 a 2010:
volume Brasil.
Os registros de reconhecimento trazem informações de data, local (município)
e tipo de desastre ocorrido. Foram utilizados os registros dos anos de 2009 a 2013,
formando um espaço amostral de 5 anos. Estes registros trazem tanto as informações
de situações de emergência quanto os registros de estado de calamidade pública. A
diferença entre essas situações é descrita na Instrução Normativa Nº 01, de 24 de
Agosto de 2012 como:
situação de emergência: situação de alteração intensa e grave
das condições de normalidade em um determinado município,
estado ou região, decretada em razão de desastre,
comprometendo parcialmente sua capacidade de resposta;
estado de calamidade pública: situação de alteração intensa e
grave das condições de normalidade em um determinado
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município, estado ou região, decretada em razão de desastre,
comprometendo substancialmente sua capacidade de resposta.
Como as definições não apresentam uma diferenciação quantitativa que possa
trazer alguma informação quanto à ordem de grandeza do desastre, optou-se por não
diferenciá-las. Sendo assim, os registros de situação de emergência e estado de
calamidade pública serão considerados, como premissa, igualmente danosos.
O Atlas, por sua vez, faz um apanhado de dados bastante rico sobre os tipos
de desastres. Contudo, suas informações não estão abertas para cada município do
Brasil, o que não fornece o grau de precisão desejado.
Para cruzar esses dois documentos, foi preciso padronizar os nomes dos
desastres encontrados neles. Optou-se por usar a nomenclatura adotada no Atlas
como o padrão. Algumas situações consideradas de emergência foram
desconsideradas por não ser do tipo de problema que pode ser mitigado com kits
emergenciais. É importante destacar também que Chuvas Intensas não estavam
previstas no Atlas; portanto adotou-se a premissa de que esse desastre teria
características médias entre Inundação Brusca e Alagamento e Inundação
Gradual. Os resultados podem ser observados na tabela no Apêndice A.
As ocorrências de desastres ficaram, então, da seguinte forma:
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Gráfico 1: ocorrências por tipo de desastre
Descrições mais detalhadas sobre tipos de desastres podem ser encontradas
no Anexo B.
3.1.1. Perfil dos desastres
Após a padronização dos desastres, foi preciso trazer as informações do Atlas
para cada ocorrência registrada. O Atlas brasileiro de desastres naturais fornece
informações referentes aos danos humanos causados pelos diferentes tipos de
desastre. Danos humanos são todas as lesas sofridas por alguém em decorrência de
um desastre. Com isso, será obtida uma tabela com os registros de desastres e a
estimativa de danos para esse desastre.
A tabela 2 mostra as descrições dos tipos de danos humanos conforme estão
no AVADAN (formulário de avaliação de danos).
Tabela 2: Tipos de danos humanos. Fonte: AVADAN.
Desalojadas Pessoas cujas habitações foram danificadas ou destruídas, mas que, não necessariamente, precisam de abrigo temporário
Desabrigadas Pessoas desalojadas que necessitam de abrigo temporário
7.993
3.049
412 383 382 166 79 40 28 26 20 12 13 10
Ocorrências
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Deslocadas Pessoas que migram da área afetada pelo desastre (retirantes)
Desaparecidas Pessoas não localizadas ou de destino desconhecido, em circunstância do desastre
Mortas Pessoas falecidas, em conseqüência do desastre
Enfermas Pessoas doentes, em conseqüência do desastre
Levemente Feridas
Pessoas feridas que não necessitam de hospitalização
Gravemente Feridas
Pessoas feridas que necessitam de hospitalização
Afetadas
Total de pessoas vitimadas, de alguma forma, em conseqüência do desastre. Uma pessoa pode sofrer mais de um tipo de dano, ou não se enquadrar em nenhum dano especificado acima. Exemplos:
1. A pessoa que foi desabrigada e ferida (2 vezes atingida) é contada como 1 afetada.
2. 2. A pessoa que teve sua casa atingida por inundação, e não se enquadra em nenhum dos danos humanos, é contada como 1 afetada.
Em conseqüência, o número de pessoas afetadas não é, obrigatoriamente, o somatório dos danos humanos.
O número para danos humanos considerado aqui será:
𝐷𝑎𝑛𝑜𝑠 𝐻𝑢𝑚𝑎𝑛𝑜𝑠= 𝑎𝑓𝑒𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠–𝑚𝑜𝑟𝑡𝑜𝑠–𝑑𝑒𝑠𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜𝑠–𝑔𝑟𝑎𝑣𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑜𝑠
Mortos e desaparecidos evidentemente não serão atendidos pelo programa
de distribuição de kits, por isso foram desconsiderados. O campo referente a pessoas
gravemente feridas, por sua vez, foi retirado do número de danos humanos, pois
entende-se que esta é uma atribuição do setor de saúde e não da Defesa Civil.
A partir
1- Do histórico de danos humanos registrados para cada tipo de desastre em
cada região do país contido no Atlas; e
2- Do número de desastres de cada tipo registrados nos estados, também
contido no Atlas;
Chegou-se a um valor de Danos Humanos/desastre/região. Isto é, chegou-se a
uma tabela com a expectativa de danos humanos para cada ocorrência de desastre
em cada região do país.
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Tabela 3: Danos humanos / desastre
Emergência Região Danos humanos/desastre
Estiagem e Seca Norte 3.631
Estiagem e Seca Nordeste 3.495
Estiagem e Seca Sudeste 2.001
Estiagem e Seca Centro-Oeste 4.772
Estiagem e Seca Sul 1.693
Inundação Brusca e Alagamento Norte 3.259
Inundação Brusca e Alagamento Nordeste 3.763
Inundação Brusca e Alagamento Sudeste 4.701
Inundação Brusca e Alagamento Centro-Oeste 10.876
Inundação Brusca e Alagamento Sul 3.371
Inundação Gradual Norte 3.289
Inundação Gradual Nordeste 4.068
Inundação Gradual Sudeste 2.786
Inundação Gradual Centro-Oeste 1.319
Inundação Gradual Sul 1.318
Vendaval e/ou Ciclone Norte 2.172
Vendaval e/ou Ciclone Nordeste 2.024
Vendaval e/ou Ciclone Sudeste 1.676
Vendaval e/ou Ciclone Centro-Oeste 4.477
Vendaval e/ou Ciclone Sul 1.790
Tornado Nordeste 0
Tornado Sudeste 2.771
Tornado Centro-Oeste 1.440
Tornado Sul 1.287
Granizo Norte 0
Granizo Nordeste 495
Granizo Sudeste 1.923
Granizo Centro-Oeste 3.240
Granizo Sul 789
Geada Sudeste 5.956
Geada Sul 3.607
Incêndio Florestal Norte 8
Incêndio Florestal Nordeste 0
Incêndio Florestal Sudeste 483
Incêndio Florestal Centro-Oeste 2.807
Incêndio Florestal Sul 363
Movimento de Massa Norte 960
Movimento de Massa Nordeste 2.473
Movimento de Massa Sudeste 4.930
Movimento de Massa Sul 2.064
Erosão Fluvial Norte 923
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Erosão Fluvial Nordeste 0
Erosão Fluvial Sudeste 2.839
Erosão Fluvial Centro-Oeste 651
Erosão Fluvial Sul 109
Erosão Linear Norte 2.700
Erosão Linear Nordeste 27
Erosão Linear Sudeste 977
Erosão Linear Centro-Oeste 21.792
Erosão Linear Sul 894
Erosão Marinha Nordeste 3.939
Erosão Marinha Sudeste 4.091
Erosão Marinha Sul 626
A partir dessa tabela, aplicaram-se os valores de Danos humanos por desastre
aos registros de incidentes ocorridos de 2009 a 2013 para determinar os danos
humanos totais nesse período de cinco anos.
A partir dos danos totais no período é possível chegar a um valor de
dano/população para cada estado. A conta é a seguinte:
𝑑𝑎𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 =𝑑𝑎𝑛𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 2009 𝑎 2013
𝑛 × 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜𝑚1
Onde:
n é a quantidade de desastres ocorridos no município i
população é a população do município i
m é o total de municípios no estado
Os dados podem ser observados no Apêndice B.
3.1.2. Perfil das entregas
Os esforços de movimentação estão diretamente relacionados com o peso dos
produtos transportados. Não foi possível conseguir com a SEDEC o peso de cada kit,
portanto, será usada uma estimativa para o peso de cada kit.
Para o kit de água mineral, de 5 litros, adotou-se o peso de 5 kg devido à
densidade da água. Para alimentos, foi usado o peso da cesta básica distribuída pelo
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que é de 23 kg. Para as
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barracas, utilizou-se como base o peso de uma barraca de casal, que é 5 kg. Como a
barraca atende 10 pessoas, o valor foi extrapolado para 2,5 kg/pessoa x 10 pessoas =
25 kg. Os pesos dos demais kits foram estimados com base nos produtos distribuídos
pela International Committee of the Red Cross, que é referência em logística
humanitária.
Da Tabela 1, alguns dados serão aproveitados para compor a Tabela 4.
Tabela 4: Peso dos kits enviados
KITS Quantidade Desastres
entre ago/13 e mai/14
Kits por desastre
Peso unitário kit
(kg)
Peso de kits por desastre
Barracas 1.402 2.608 0,54 25,00 13,44
Água Mineral 44.000 2.608 16,87 5,00 84,36
Alimentos 20.000 2.608 7,67 23,00 176,38
Dormitório 55.295 2.608 21,20 5,00 106,01
Higiene Pessoal
19.645 2.608 7,53 3,00 22,60
Limpeza 17.615 2.608 6,75 4,00 27,02
A quantidade de kits distribuída, bem como a quantidade de pessoas atendidas
não segue uma regra exata. A Defesa Civil irá entregar os kits de acordo com a
gravidade da situação, segundo o estado ou município solicitante. Como anteriormente
já foram estimados os danos humanos totais por cada desastre, para simplificar, a
quantidade de kits distribuída será dependente exclusivamente dos Danos Humanos
ocorridos durante o incidente.
Da tabela 5, será utilizado o peso total de kits por desastre para calcular o
peso total por dano humano no período de ago/13 a mai/05. Esse valor será
considerado constante para todo o período de 2009 a 2013.
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑎𝑛𝑜 𝑢𝑚𝑎𝑛𝑜 = 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑒 𝑘𝑖𝑡𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑠𝑎𝑠𝑡𝑟𝑒
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝐷𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑠𝑎𝑠𝑡𝑟𝑒
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑎𝑛𝑜 𝑢𝑚𝑎𝑛𝑜 =429,8
3.214,04= 0,13𝑘𝑔 𝑑𝑎𝑛𝑜 𝑢𝑚𝑎𝑛𝑜
18
3.1.3. Demanda
Por fim, a demanda de cada desastre será estimada pela multiplicação do
dano/população pelo peso total por dano humano pela população de cada
município. A estimativa da demanda por kits no Brasil de 2009 a 2013 está ilustrada na
Figura 5.
Se compararmos a Figura 5 com o mapa de intensidade de desastres no Brasil
entre 1991 e 2010, no Anexo A, pode-se ver que a demanda estimada se assemelha
com o registrado pela CEPEC UFSC. Certamente uma comparação a olho nu não é
garantia de uma boa estimativa, entretanto, uma vez que não se tem os dados
geradores do mapa no Anexo, não se pode fazer comparação melhor.
Figura 5: Estimativa da demanda por kits no Brasil de 2009 a 2013
A demanda (kg) por estado no período de 2009 a 2013 segue abaixo para que
se tenha noção da ordem de grandeza da distribuição de kits.
19
Tabela 5: Demanda de kits (kg) por estado – 2009 a 2013
Estado Demanda (kg)
AC 11.214,10
AL 130.977,03
AM 98.813,18
AP 2.185,15
BA 652.862,09
CE 512.156,66
DF 375,39
ES 96.368,38
GO 49.908,95
MA 146.798,74
MG 419.122,07
MS 79.923,10
MT 156.279,99
PA 42.926,40
PB 537.850,27
PE 416.039,98
PI 567.806,04
PR 292.812,43
RJ 68.688,65
RN 309.844,67
RO 6.105,15
RR 17.598,72
RS 478.568,70
SC 433.356,01
SE 70.143,52
SP 111.821,41
TO 992,97
Total 5.711.539,77
3.2. Modelo de Localização de Instalação Única
Uma vez que a demanda está desenhada, o próximo passo é o uso da
abordagem. O método que será utilizado é bastante similar ao método descrito em
BALLOU (2006). Ele possui várias denominações, dentre elas: abordagem do centro
de gravidade exato, p-gravidade, método do mediano e método centróide.
20
O objetivo é minimizar três variáveis: o TKU2 (tonelada quilômetro útil), a
distância e o quadrado da distância.
As diferenças da abordagem mais tradicional com a utilizada aqui são três.
1 - Em vez de utilizar a distância em linha reta, como se as localidades
estivessem em um plano cartesiano, será utilizada a distância considerando
a curvatura da Terra. A fórmula de Haversine descrita no capítulo de
metodologia será usada para tal. O uso dessa fórmula deixa o resultado
mais preciso, principalmente em um país com proporções como o Brasil. É
importante destacar que essa distância não considera a distância rodoviária
de um ponto a outro, mas sim a distância ao longo da superfície de uma
esfera desconsiderando obstáculos. Sendo assim, o veículo percorrerá
sempre uma distância maior ou igual à distância calculada neste
documento. Para fins comparativos, que é o que se está fazendo, esta
aproximação é boa o suficiente;
2 Além disso, a função objetivo descrita em BALLOU (2006) corresponde a:
𝐹.𝑂. : 𝑀𝑖𝑛 𝑉𝑅𝑑
Onde:
V = volume
R = tarifa de transporte
d = distância da instalação até o ponto de demanda
Aqui, não haverá a dimensão de tarifa. Serão consideradas apenas as
minimizações de TKU, distância e distância².
2 TKU é uma unidade utilizada para medir esforço de transporte em uma viagem. 1
TKU corresponde a transportar uma tonelada útil (ou seja, 1 tonelada de produto) por um percurso de 1 km. O TKU total de uma viagem é calculado da seguinte forma:
𝑇𝐾𝑈 = 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 [𝑡𝑜𝑛] × 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 [𝑘𝑚]
21
3 Por fim, será utilizado o Solver do MS Excel para auxiliar na minimização
das variáveis em vez do algoritmo descrito em BALLOU (2006).
O processo de solução consiste em algumas etapas.
I. O primeiro passo para calcular a posição ótima do CD é conseguir as
coordenadas de latitude e longitude de todos os municípios que compõem
o banco de dados de demanda.
II. Depois disso usa-se a fórmula de Haversine para determinar a distância
entre cada um dos pontos de demanda e o CD, que a princípio ocupa uma
coordenada qualquer – (0,0), por exemplo.
III. A partir da distância, calcula-se a distância² e o TKU, que é (distância) x
(peso transportado em toneladas). Tem-se uma tabela desse tipo:
Tabela 6: Tabela esquemática do modelo construído
MUNICÍPIO DEMANDA LAT LON DIST DIST² TKU
LAT CD LON CD
Município 1 Demanda 1 Latitude 1 Longitude 1 Distância 1 (Distância 1)² TKU 1
0 0
Município 2 Demanda 2 Latitude 2 Longitude 2 Distância 2 (Distância 2)² TKU 2
Município 3 Demanda 3 Latitude 3 Longitude 3 Distância 3 (Distância 3)² TKU 3
∑ DIST XXX
Município 4 Demanda 4 Latitude 4 Longitude 4 Distância 4 (Distância 4)² TKU 4
∑ DIST² YYY
Município 5 Demanda 5 Latitude 5 Longitude 5 Distância 5 (Distância 5)² TKU 5
∑ TKU ZZZ
Município 6 Demanda 6 Latitude 6 Longitude 6 Distância 6 (Distância 6)² TKU 6
Município 7 Demanda 7 Latitude 7 Longitude 7 Distância 7 (Distância 7)² TKU 7
...
IV. Finalmente, usa-se o Solver para minimizar as grandezas. As configurações
são as seguintes:
Selecionam-se a latitude e a longitude do CD – coordenada (0,0),
inicialmente – para serem as células variáveis;
Como restrições, usam-se:
-90 o < lat < 90o
-180o < lon < 180o
22
Em opções do solver: não presumir modelo linear e não presumir
não negativos;
Marcar uma das 3 variáveis, como aquela que se deseja minimizar.
Cada uma das funções objetivo possui diferentes características. Não se pode
dizer que uma delas é sempre melhor. Isso irá depender de outros fatores.
3.2.1. Minimizar TKU
𝐹.𝑂. : 𝑀𝑖𝑛 𝑇𝐾𝑈
Minimizar TKU é uma vantagem, pois muitas transportadoras se baseiam
nessa grandeza para o cálculo do custo do frete. Embora este projeto não traga a
visão de custo para a discussão, não se pode deixá-la completamente de lado.
Além disso, minimizar o TKU significa minimizar o tempo que os kits ficam
dentro dos veículos. Nesse sentido, adotar essa função objetivo faz com que o tempo
de espera das pessoas necessitadas seja minimizado também.
3.2.2. Minimizar Distância
𝐹.𝑂. : 𝑀𝑖𝑛 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎
Minimizar distância percorrida tem suas vantagens. Em uma situação de
transporte em modalidade carga fechada, o peso que o veículo irá transportar não é
contabilizado no custo da viagem. A transportadora cede o veículo para ser
preenchido da maneira que o cliente quiser. Nesse caso, se o objetivo for reduzir
custos, minimizar as distâncias percorridas
Ao supor que o veículo viaje a velocidade constante, optar por essa função
objetivo implica também em minimizar o tempo que os veículos permanecem
distribuindo. Desse modo, também é minimizada a frota necessária para atender à
demanda.
23
3.2.3. Minimizar Distância²
𝐹.𝑂. : 𝑀𝑖𝑛 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎²
Minimizar o quadrado da distância possui a característica de dar um peso
maior às distâncias longas. Fazendo-se isso, seria evitado que as populações de
áreas mais remotas tenham que esperar um tempo muito longo para receber a
assistência.
Comparando esta função objetivo com a de minimizar distância, ao minimizar o
quadrado da distância, embora muitas pessoas que esperavam pouco tempo tenham
que esperar tempos ligeiramente maiores que na outra FO, faz-se com que algumas
poucas pessoas que esperavam muito tempo tenham que esperar tempos menores.
Considerando que parte da carga é composta por água e alimentos, fazer alguém
esperar muito tempo pode ser bem grave.
24
4. Resultados e pós-otimização
Seguindo os passos mostrados no item 3.2, o Solver indica as coordenadas do
local ótimo para minimizar a função objetivo em cada caso. Os resultados podem ser
observados na tabela a seguir:
Tabela 7: Resultados da Otimização
FO Latitude Longitude Distância (Km) Distância² TKU
Minimizar TKU
-11,037 -41,042 13.997.525 22.986.411.756 6.076.241
Minimizar Distância
-11,877 -41,531 13.960.703 21.800.832.926 6.093.283
Minimizar Distância²
-14,515 -43,943 14.420.080 19.863.316.344 6.411.062
Contudo, os locais indicados pelo software precisam ser avaliados.
O objetivo aqui será escolher o macro território para localizar os CD único, isto
é, será indicado um município. Não será feita nenhuma pesquisa detalhada sobre os
locais sugeridos para se dizer em que bairro, região ou sítio se deve instalar o CD.
MOORE (1962) destaca que enquanto se está nessa fase de seleção,
pesquisar informações sobre a comunidade pode ser uma perda de tempo. Com o
auxílio do Google Maps, do senso 2010 com os dados das populações dos municípios
e de outras pesquisas acerca das localidades, buscou-se estudar a infra-estrutura dos
locais ótimos e identificar a capacidade de eles receberem o centro de distribuição.
25
4.1. Fatores a serem considerados na escolha do território
Para a seleção do território de uma instalação qualquer, MOORE (1962)
destaca os fatores que devem ser considerados. Em se tratando de um centro de
distribuição para logística humanitária, é preciso verificar a validade desses fatores.
a. Mercado
MOORE (1962) cita o mercado para se referir à localização dos compradores.
No caso da logística de kits de assistência humanitária, a analogia pode ser feita com
a demanda pelos kits.
Uma vez que todo este projeto está baseado no método do centro de gravidade
para seleção do ponto ótimo para instalação de um CD, entende-se que a única
consideração a ser feita é que o local real escolhido seja o mais próximo possível da
coordenada geográfica encontrada. Isso vale para as três funções objetivo
trabalhadas.
b. Matéria-prima
Algumas instalações têm necessidade muito grande de estar próximas de seus
fornecedores. Não é o caso da distribuição de kits. As saídas de kits não são tão
intensas a ponto de ser necessária a proximidade com as fontes de matéria-prima.
Consequentemente, posicionar-se longe de um desses distribuidores não põe em risco
a distribuição, pois o estoque de segurança existente nos CDs é suficiente para suprir
as flutuações da demanda.
Além disso, como os produtos que compõem os kits (com exceção das
barracas, que são menos comuns) são produtos usuais de se ter em casa, 1) existem
diversos fornecedores para eles e 2) a logística de distribuição desses produtos para
grandes mercados é diária e bem estabelecida. Isso traz como consequência a não
dependência do CD de estar próximo a um desses fornecedores, pois o custo
associado ao transporte desses produtos para o CD será muito baixo.
Por esses fatores, a localização dos fornecedores de matéria-prima não será
considerada na escolha da localidade do cento de distribuição.
26
c. Transporte
O transporte geralmente é responsável pela maior parte dos custos em uma
atividade logística. Para minimizar os custos de transporte, é importante se situar
próximo a grandes canais de transporte. No caso estudado, é preciso aproximar o CD
de grandes rodovias e também de um aeroporto, visto que parte dos fretes acontecerá
pelo modal aeroviário.
Portanto, será absolutamente necessário que haja um aeroporto no município
selecionado, ou ao menos em um município vizinho ao selecionado.
d. Energia
MOORE (1962) destaca que algumas instalações precisam de muita energia e
que, por isso, optam por se aproximar de fontes baratas desse recurso. Aqui, esse
fator não terá relevância, uma vez que o maior gasto com energia será nos
transportes, o qual sempre será obtido por meio de queima de combustível.
e. Clima
O clima (no sentido de condições do tempo no longo prazo, não no sentido de
clima organizacional) é outro fator que pode influenciar o desempenho da instalação,
mas que não será considerado para o caso da distribuição de kits. Altas temperaturas,
que é um problema de muitas partes do Brasil, são extremamente difíceis de ser
evitadas mudando-se a localização da instalação no território nacional. Seria
necessário deslocar-se muito do centro de gravidade calculado, o que está fora de
questão.
f. Trabalho e salários
A existência de mão-de-obra nas proximidades é importante para o bom
funcionamento da instalação. O histórico de relações de trabalho nas comunidades é
citado como importante por MOORE (1962), entretanto não poderá ser levantado. Em
vez disso, será utilizada a premissa de que se o município possuir população superior
a 50.000 habitantes, já existe uma economia grande o suficiente para suprir a
demanda gerada pela instalação do CD com colaboradores.
27
Quanto aos salários, quanto mais afastado da região metropolitana, mais
barata fica a mão-de-obra. Contudo, o fator salário pesa muito pouco em comparação
com os fretes, portanto terá um peso menor.
g. Leis e impostos
Em se tratando de um transporte humanitário, não há a incidência de impostos
no transporte. De fato, os fiscos praticados pelos governos municipal, estadual e
federal podem ter um peso tão grande para as organizações que se torna vantajoso se
afastar do centro de gravidade em detrimento de uma localização em que haja
benefício fiscal. Contudo, no caso estudado, isso não será relevante.
Portanto, os fatores que serão levados em conta são:
Demanda (mercado, segundo MOORE (1962));
Transporte; e
Trabalho e salários
28
4.2. Cenário 1: Minimizar TKU
𝐹.𝑂. : 𝑀𝑖𝑛 𝑇𝐾𝑈
A coordenada obtida para a localização que irá minimizar o TKU total
corresponde à Várzea Nova, BA.
Tabela 8: Localização ótima - Minimizar TKU
Coordenadas Cidade UF
-11.03655061, -41.04180373 Várzea Nova BA
Avaliando este local, é possível notar que é um município bastante pequeno
com 13.73 pessoas, segundo o senso de 2010, não possui aeroporto e está próximo
de apenas uma rodovia.
Buscando municípios próximos, que possuam aeroporto, que tenham acesso a
grandes rodovias e que tenham população de 50.000 habitantes, foram encontrados
dois municípios:
i. Feira de Santana, BA, a 264 km de distância e com 556.642 habitantes;
ii. Petrolina, PE, a 192 km de distância e com 293.962 habitantes.
Esses são os municípios próximos à coordenada ótima que possuem
capacidade para instalação de um CD. Pegando as coordenadas do centro das duas
cidades e jogando no modelo, obtêm-se as seguintes tabelas:
Tabela 9: Resultados para CD com objetivo de minimizar TKU
Município Latitude Longitude Somatório de Distância (Km)
Somatório de Distância²
TKU
Feira de Santana, BA
-12,257 -38,961 14.511.719 24.291.952.404 6.303.093
Petrolina, PE -9,389 -40,503 14.257.967 25.705.164.650 6.137.795
Como o objetivo é minimizar TKU, a partir da tabela 8, pode-se ver que a
melhor opção é o município de Petrolina, PE.
29
4.3. Cenário 2: Minimizar Distância
𝐹.𝑂. : 𝑀𝑖𝑛 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎
A coordenada obtida para a localização que irá minimizar a distância total
corresponde à Cafarnaum, BA.
Tabela 10: Localização ótima – Minimizar Distância
Coordenadas Cidade UF
-11.87675429, -41.5310152 Cafarnaum BA
O município de Cafarnaum tem 17.209 habitantes e não possui nenhum
aeroporto, guarnecido por duas rodovias. Cafarnaum é um município bem próximo de
Várzea Nova e, portanto as cidades próximas que atendem às condições de infra-
estrutura são as mesmas.
i. Feira de Santana, BA, a 283 km de distância e com 556.642 habitantes;
ii. Petrolina, PE, a 299 km de distância e com 293.962 habitantes.
Tabela 11: Resultados para CD com objetivo de minimizar distância
Município Latitude Longitude Distância (Km) Distância² TKU
Feira de Santana, BA
-12,257 -38,961 14.511.719 24.291.952.404 6.303.093
Petrolina, PE -9,389 -40,503 14.257.967 25.705.164.650 6.137.795
Como o objetivo é minimizar distância, o melhor local para se instalar é
também Petrolina, PE.
30
4.4. Cenário 3: Minimizar Distância²
𝐹.𝑂. : 𝑀𝑖𝑛 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎²
A coordenada obtida para a localização que irá minimizar a distância² total
corresponde à Juvenília, MG.
Tabela 12: Localização ótima - Minimizar Distância²
Coordenadas Cidade UF
-14.51450308, -43.94251281 Juvenília MG
O município de Juvenília possui 5.708 habitantes e não possui aeroporto nas
proximidades. Apenas uma rodovia cruza a cidade. Novamente, é um caso de
município pequeno demais. Buscando novas alternativas, encontramos as seguintes:
i. Barreiras, BA, a 286 km de distância e com 137,427 habitantes.
ii. Montes Claros, MG, a 247 km de distância e com 361.915 habitantes;
iii. Vitória da Conquista, BA, a 336 km de distância e com 306.866
habitantes;
Tendo essas três cidades como opções viáveis, resta comparar o resultado do
modelo para as coordenadas dessas localidades.
Tabela 13: Resultados para CD com objetivo de minimizar distância²
Município Latitude Origem
Longitude Origem
Distância (Km)
Distância² TKU
Barreiras, BA -12,153 -44,990 14.703.490 20.885.776.615 6.480.774
Montes Claros, MG -16,735 -43,862 14.917.077 20.628.746.876 6.687.912
Vitória da Conquista, BA
-14,866 -40,839 14.484.900 21.272.948.482 6.396.973
Pode-se ver que Montes Claros, MG, dentre estes, é o município que minimiza
a distância² percorrida, sendo, portanto a opção a ser escolhida.
31
5. Limitações
A primeira grande limitação do projeto é a não visão de custo. Sem isso não se
pode fazer uma comparação precisa entre as opções de localidades. Apontar um local
sem ter essa visão é fazer uma opção baseado apenas no lado operacional, que pode
não refletir o lado financeiro.
Além disso, não se pode deixar de destacar que todo o tratamento de dados
realizado no item 3.1 não seria necessário se todas as informações de cada registro
estivessem disponíveis. Embora a comparação entre o mapa de demanda produzido
neste documento e o mapa de intensidade de desastres no Atlas Brasileiro de
Desastres Naturais, 1991–2010 tenha indicado que os dados estavam razoáveis, a
demanda real por kits no Brasil seria a ideal para ser usada neste estudo.
Outro fator importante é o de que a seleção da localização do CD é um
trabalho que deve ser feito a quatro mãos. Uma vez que se está trabalhando em
conjunto com os Correios para efetuar as distribuições, é necessário que ele, em suas
atribuições de operador logístico, faça suas considerações no momento de situar um
CD na localidade. Isso porque as características de sua operação e de suas
instalações já existentes podem indicar algum ganho ao se situar em alguma outra
localidade.
Por fim, uma limitação que pode surgir diz respeito a regiões de difícil acesso.
A região norte, por exemplo, possui localidades nas quais só se consegue chegar de
barco ou pegando estradas de terra. Se surgir uma demanda em uma localidade
desse tipo, mesmo que se mandem os kits de avião, é possível que haja demora
considerável na entrega.
32
6. Conclusões
A partir da modelagem e das análises pós-modelagem, foi possível determinar
as cidades mais adequadas para a instalação do CD único para o programa de
distribuição de kits de assistência humanitária em situação de emergência. As análises
mostraram que o município de Petrolina, PE, é a escolha a ser feita tanto para
minimizar TKU total, quanto para minimizar distância total percorrida. Já o município
de Montes Claros, MG, a opção adequada para minimizar distância².
A função objetivo que deve ser escolhida para direcionar a escolha da
localização do CD irá depender de como ocorre a operação de distribuição de kits: a
forma de pagamento dos fretes, a urgência da demanda (se é mais grave deixar
poucas pessoas esperando muito tempo ou muitas pessoas esperando pouco tempo),
entre outros aspectos.
Uma vez que o frete aéreo seria utilizado para atender às demandas mais
distantes, as demandas ocorridas em locais mais distantes seriam atendidas em
pouco tempo. Sendo assim, o cenário em que se minimiza distância² passa a não
trazer tanto benefício. Portanto, o município de Petrolina, PE, seria o mais indicado
para a instalação do CD único.
Existem outras funções objetivo que poderiam ter sido utilizadas. Atribuindo
uma premissa ao modelo de que municípios com distâncias menores que determinado
valor seriam atendidos por frete rodoviário e os demais municípios por frete aéreo,
seria possível usar uma função objetivo que minimize os fretes aéreos, por exemplo.
Outras funções objetivo podem ser pensadas para atender a esse caso.
Por fim, após selecionar o município vem o momento de encontrar um sítio
para ele se estabelecer. Isso não foi tratado neste projeto, mas uma consideração que
vale ser feita é a de que, em se tratando de CD único, não se pode situá-lo em um
local propenso a desastres. Uma vez que a função deste CD é entregar kits para
assistência durante desastres, se ele próprio for afetado o socorro a todas as pessoas
afetadas em nível nacional também fica afetado. É importante lembrar que esta é a
SEDEC entrega os kits após a assistência da Defesa Civil estadual e da municipal.
Portanto, um desastre na localidade poderia resultar na necessidade de chamar as
forças armadas como última instância no atendimento das vítimas.
33
Vele destacar que Petrolina, PE, só apresenta registros de Estiagem e Seca no
banco de dados usado neste projeto. Sendo assim, não há riscos de interdição de
estradas e afins. Além disso, o fato de não haver muita chuva na região, torna rara a
possibilidade de o avião não decolar devido a mau tempo.
34
7. Referências Bibliográficas
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industrial sites
BALCIK, B., BEAMON, B. M., “Facility location in humanitarian relief”, 2008. Disponível
em: <https://catalyst.uw.edu/workspace/benita/25120/159007> Acesso em: 14/08/14.
BEAMON, B. M., FERNANDES, C., “Supply-chain network configuration”, 2004.
Disponível em: <https://catalyst.uw.edu/workspace/benita/25120/159007> Acesso em:
14/08/14.
BALLOU, RONALD H., 2006, Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos / Logística
Empresarial. 5 ed. Porto Alegre, Bookman.
BITENCOURT, M. A. P. 2005, Componentes de um sistema computacional para
análise de sistemas logísticos. Dissertação de M.Sc., PUC-Rio, Rio de Janeiro, RH,
Brasil.
BOAVENTURA NETTO, P. O., JURKIEWICZ, S., 2009, Grafos: Introdução e Prática.
1 ed. São Paulo, Blucher
CEPED UFSC, 2012, Atlas brasileiro de desastres naturais 1991 a 2010: volume
Brasil. Florianópolis.
CENAD, 2013, Anuário brasileiro de desastres naturais: 2012. Brasília.
COBRADE, Classificação e codificação brasileira de desastres.
CORRÊA, H. L., CORRÊA, C. A., 2012, Administração de Produção e Operações –
Manufatura e Serviços: uma abordagem estratégica. 3 ed. São Paulo, Atlas
FILIPPI, G. F., et al., 2012, “Estudo sobre a localização de unidades básicas de saúde
na cidade de Sorocaba”, XXXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Bento
Gonçalves, RS, Brasil, 15-18 de outubro.
35
LINS, M. P. E., CALÔBA, G. M., 2006, Programação Linear: com aplicações em
teoria dos jogos e avaliação de desempenho (data envelopment analysis). 1 ed.
Rio de Janeiro, Interciência.
MOORE, J.M., 1962, “Plant Location”, In: Plant layout and design, chapter 3,
Macmillan.
WOILER, S., MATHIAS, W. F., 2013, “Localização”, In: Projetos: planejamento,
elaboração, análise, 2 ed., capítulo 4, Atlas.
36
Anexos
Anexo A: Mapa de intensidade de desastres no Brasil (Atlas
Brasileiro de Desastres Naturais)
Figura 6: Intensidade de desastres no Brasil entre 1991 e 2010. Fonte: CEPED UFSC, 2012, Atlas
brasileiro de desastres naturais 1991 a 2010: volume Brasil
44
Apêndices
Apêndice A: Padronização dos nomes dos desastres
Tabela 14: Padronização dos nomes dos desastres.
Desastre despadronizado Número de ocorrências
Desastre padronizado
ESTIAGEM 6.680 Estiagem e Seca
ENXURRADAS 2.194 Inundação Brusca e Alagamento
SECA 1.313 Estiagem e Seca
ENCHENTES 783 Inundação Brusca e Alagamento
INUNDAÇÕES 397 Inundação Gradual
CHUVAS INTENSAS 382 Chuvas Intensas
VENDAVAL 367 Vendaval e/ou Ciclone
GRANIZOS 122 Granizo
DESLIZAMENTOS 73 Movimento de Massa
ALAGAMENTOS 72 Inundação Brusca e Alagamento
GRANIZO 44 Granizo
EROSÃO FLUVIAL 37 Erosão Fluvial
EROSÃO MARINHA 23 Erosão Marinha
INCÊNDIO FLORESTAL 23 Incêndio Florestal
INUNDAÇÕES LITORÂNEAS 15 Inundação Gradual
EROSÃO LINEAR 14 Erosão Linear
VENDAVAL MUITO INTENSO 13 Vendaval e/ou Ciclone
GEADA 9 Geada
TORNADO 9 Tornado
DOENÇAS INFECCIOSAS VIRAIS 8 Desconsiderar
EROSÃO COSTEIRA OU MARINHA 5 Erosão Marinha
DANIFICAÇÃO OU DESTRUIÇÃO DE OBRAS DE ARTE
5 Desconsiderar
TORNADOS 4 Tornado
DESLIZAMENTOS DE SOLO E/OU ROCHA 3 Movimento de Massa
EROSÃO DE MARGEM FLUVIAL 3 Erosão Fluvial
INCÊNDIOS FLORESTAIS 3 Incêndio Florestal
EROSÃO CONTINENTAL LAMINAR 2 Erosão Linear
EROSÃO CONTINENTAL BOÇOROCAS 2 Erosão Linear
VENDAVAL EXTREMAMENTE INTENSO 2 Vendaval e/ou Ciclone
GEADAS 2 Geada
ROMPIMENTO COLAPSO DE BARRAGENS 1 Outros
DESASTRES RELACIONADOS A TRANSPORTE 1 Desconsiderar
45
DE PASSAGEIROS E CARGAS NÃO PERIGOSAS TRANSPORTE RODOVIÁRIO MIGRAÇÕES INTENSAS E DESCONTROLADAS
1 Desconsiderar
INCÊNDIO URBANO 1 Outros
ROMPIMENTO DE BARRAGEM 1 Outros
GEADA¹ 1 Geada
EROSÃO LAMINAR 1 Erosão Linear
DANIFICAÇÕES OU DESTRUIÇÕES DE OBRAS DE ARTE
1 Desconsiderar
EXAURIMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS 1 Outros
DEPREDAÇÃO DO SOLO 1 Outros
EXAURIMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS 1 Outros
INTENSA POLUIÇÃO PROVOCADA POR DEJETOS E OUTROS POLUENTES
1 Desconsiderar
INCÊNDIOS EM AGLOMERADOS RESIDENCIAIS
1 Outros
EROSÃO CONTINENTAL - BOÇOROCAS 1 Erosão Linear
OUTRAS INFESTAÇÕES 1 Desconsiderar
INCÊNDIOS EM AGLOMERADOS RESIDENCIAIS¹
1 Outros
CHUVAS INTENSAS¹ 1 Chuvas Intensas
LIBERAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS PARA A ATMOSFERA CAUSADA POR EXPLOSÃO OU INCÊNDIO
1 Outros
INCÊNDIOS EM ALGOMERADOS RESIDENCIAIS
1 Outros
CORRIDA DE MASSA SOLO/LAMA 1 Movimento de Massa
QUEDAS, TOMBAMENTOS E ROLAMENTOS DE MATACÕES
1 Movimento de Massa
SUBSIDÊNCIA E COLAPSOS 1 Movimento de Massa
46
Apêndice B: Estimativa de danos por tipo de desastre
Tabela 15: Estimativa de danos por tipo de desastre
Emergência UF Dano/
ocorrência Ocorrências
2009-13 Dano Total
2009-13 Dano / população
2009-13
Estiagem e Seca AC 3.631 6 21.788 0,029817028
Estiagem e Seca AP 3.631 0 0
Estiagem e Seca AM 3.631 50 181.570 0,129168743
Estiagem e Seca PA 3.631 0 0
Estiagem e Seca RO 3.631 0 0
Estiagem e Seca RR 3.631 15 54.471 0,120917988
Estiagem e Seca TO 3.631 2 7.263 0,52457941
Estiagem e Seca AL 3.495 210 733.994 0,161487532
Estiagem e Seca BA 3.495 1.232 4.306.099 0,138928836
Estiagem e Seca CE 3.495 963 3.365.887 0,1130615
Estiagem e Seca MA 3.495 186 650.109 0,119050717
Estiagem e Seca PB 3.495 1.042 3.642.009 0,28338163
Estiagem e Seca PE 3.495 724 2.530.532 0,116134002
Estiagem e Seca PI 3.495 1.125 3.932.111 0,350529558
Estiagem e Seca RN 3.495 612 2.139.069 0,285940074
Estiagem e Seca SE 3.495 131 457.873 0,197320822
Estiagem e Seca ES 2.001 14 28.008 0,07222439
Estiagem e Seca MG 2.001 610 1.220.369 0,117889829
Estiagem e Seca RJ 2.001 4 8.002 0,04810882
Estiagem e Seca SP 2.001 0 0
Estiagem e Seca GO 4.772 0 0
Estiagem e Seca MT 4.772 1 4.772 0,267746404
Estiagem e Seca MS 4.772 7 33.401 0,037716838
Estiagem e Seca DF 4.772 0 0
Estiagem e Seca PR 1.693 161 272.628 0,104207224
Estiagem e Seca RS 1.693 595 1.007.537 0,127074618
Estiagem e Seca SC 1.693 303 513.082 0,160233025
Inundação Brusca e Alagamento
AC 3.259 14 45.628 0,030323939
Inundação Brusca e Alagamento
AP 3.259 4 13.036 0,028293552
Inundação Brusca e Alagamento
AM 3.259 105 342.207 0,072020459
Inundação Brusca e Alagamento
PA 3.259 76 247.693 0,074451155
Inundação Brusca e Alagamento
RO 3.259 5 16.296 0,108818465
Inundação Brusca e Alagamento
RR 3.259 23 74.960 0,092096559
Inundação Brusca e Alagamento
TO 3.259 0 0
Inundação Brusca e Alagamento
AL 3.763 60 225.755 0,102402591
47
Inundação Brusca e Alagamento
BA 3.763 133 500.424 0,061573153
Inundação Brusca e Alagamento
CE 3.763 25 94.065 0,090876373
Inundação Brusca e Alagamento
MA 3.763 106 398.834 0,137065398
Inundação Brusca e Alagamento
PB 3.763 101 380.021 0,092248212
Inundação Brusca e Alagamento
PE 3.763 148 556.862 0,073542814
Inundação Brusca e Alagamento
PI 3.763 51 191.892 0,347989337
Inundação Brusca e Alagamento
RN 3.763 24 90.302 0,062506882
Inundação Brusca e Alagamento
SE 3.763 16 60.201 0,032317833
Inundação Brusca e Alagamento
ES 4.701 141 662.807 0,07701907
Inundação Brusca e Alagamento
MG 4.701 303 1.424.331 0,120071153
Inundação Brusca e Alagamento
RJ 4.701 81 380.762 0,032685033
Inundação Brusca e Alagamento
SP 4.701 123 578.194 0,030044037
Inundação Brusca e Alagamento
GO 10.876 24 261.026 0,146444854
Inundação Brusca e Alagamento
MT 10.876 35 380.662 0,721347321
Inundação Brusca e Alagamento
MS 10.876 44 478.547 0,148541121
Inundação Brusca e Alagamento
DF 10.876 0 0
Inundação Brusca e Alagamento
PR 3.371 126 424.790 0,107684102
Inundação Brusca e Alagamento
RS 3.371 595 2.005.951 0,202360634
Inundação Brusca e Alagamento
SC 3.371 686 2.312.744 0,128374419
Inundação Gradual AC 3.289 5 16.443 0,015200365
Inundação Gradual AP 3.289 1 3.289 0,264607929
Inundação Gradual AM 3.289 57 187.447 0,058133906
Inundação Gradual PA 3.289 17 55.905 0,05770763
Inundação Gradual RO 3.289 7 23.020 0,016334034
Inundação Gradual RR 3.289 0 0
Inundação Gradual TO 3.289 0 0
Inundação Gradual AL 4.068 0 0
Inundação Gradual BA 4.068 4 16.271 0,157567364
Inundação Gradual CE 4.068 89 362.038 0,141610551
Inundação Gradual MA 4.068 12 48.814 0,182299125
Inundação Gradual PB 4.068 0 0
Inundação Gradual PE 4.068 0 0
Inundação Gradual PI 4.068 30 122.035 0,193523792
Inundação Gradual RN 4.068 19 77.289 0,446981542
Inundação Gradual SE 4.068 0 0
Inundação Gradual ES 2.786 0 0
Inundação Gradual MG 2.786 25 69.662 0,076059139
48
Inundação Gradual RJ 2.786 10 27.865 0,009691138
Inundação Gradual SP 2.786 5 13.932 0,139936501
Inundação Gradual GO 1.319 1 1.319 0,327409387
Inundação Gradual MT 1.319 5 6.596 0,070787135
Inundação Gradual MS 1.319 7 9.234 0,048927429
Inundação Gradual DF 1.319 0 0
Inundação Gradual PR 1.318 8 10.545 0,043012229
Inundação Gradual RS 1.318 35 46.136 0,031496153
Inundação Gradual SC 1.318 75 98.863 0,052654238
Vendaval e/ou Ciclone AC 2.172 0 0
Vendaval e/ou Ciclone AP 2.172 0 0
Vendaval e/ou Ciclone AM 2.172 0 0
Vendaval e/ou Ciclone PA 2.172 0 0
Vendaval e/ou Ciclone RO 2.172 0 0
Vendaval e/ou Ciclone RR 2.172 1 2.172 0,198498941
Vendaval e/ou Ciclone TO 2.172 0 0
Vendaval e/ou Ciclone AL 2.024 0 0
Vendaval e/ou Ciclone BA 2.024 2 4.048 0,286421151
Vendaval e/ou Ciclone CE 2.024 0 0
Vendaval e/ou Ciclone MA 2.024 0 0
Vendaval e/ou Ciclone PB 2.024 0 0
Vendaval e/ou Ciclone PE 2.024 2 4.048 0,076930604
Vendaval e/ou Ciclone PI 2.024 0 0
Vendaval e/ou Ciclone RN 2.024 0 0
Vendaval e/ou Ciclone SE 2.024 1 2.024 0,07455433
Vendaval e/ou Ciclone ES 1.676 1 1.676 0,058914854
Vendaval e/ou Ciclone MG 1.676 12 20.113 0,024586061
Vendaval e/ou Ciclone RJ 1.676 2 3.352 0,16264616
Vendaval e/ou Ciclone SP 1.676 3 5.028 0,175388261
Vendaval e/ou Ciclone GO 4.477 0 0
Vendaval e/ou Ciclone MT 4.477 1 4.477 0,022903272
Vendaval e/ou Ciclone MS 4.477 5 22.385 0,107321891
Vendaval e/ou Ciclone DF 4.477 0 0
Vendaval e/ou Ciclone PR 1.790 30 53.704 0,042723762
Vendaval e/ou Ciclone RS 1.790 191 341.916 0,11262558
Vendaval e/ou Ciclone SC 1.790 131 234.508 0,055416855
Tornado AC
0
Tornado AP
0
Tornado AM
0
Tornado PA
0
Tornado RO
0
Tornado RR
0
Tornado TO
0
Tornado AL 0 0 0
49
Tornado BA 0 0 0
Tornado CE 0 0 0
Tornado MA 0 0 0
Tornado PB 0 0 0
Tornado PE 0 0 0
Tornado PI 0 0 0
Tornado RN 0 0 0
Tornado SE 0 0 0
Tornado ES 2.771 0 0
Tornado MG 2.771 0 0
Tornado RJ 2.771 0 0
Tornado SP 2.771 1 2.771 0,12431026
Tornado GO 1.440 0 0
Tornado MT 1.440 0 0
Tornado MS 1.440 1 1.440 0,007345627
Tornado DF 1.440 0 0
Tornado PR 1.287 0 0
Tornado RS 1.287 4 5.149 0,060453864
Tornado SC 1.287 7 9.011 0,112028673
Granizo AC 0 0 0
Granizo AP 0 0 0
Granizo AM 0 0 0
Granizo PA 0 0 0
Granizo RO 0 0 0
Granizo RR 0 0 0
Granizo TO 0 0 0
Granizo AL 495 0 0
Granizo BA 495 0 0
Granizo CE 495 0 0
Granizo MA 495 0 0
Granizo PB 495 0 0
Granizo PE 495 0 0
Granizo PI 495 0 0
Granizo RN 495 0 0
Granizo SE 495 1 495 0,02004735
Granizo ES 1.923 1 1.923 0,186485952
Granizo MG 1.923 2 3.847 0,203859683
Granizo RJ 1.923 0 0
Granizo SP 1.923 1 1.923 0,71053421
Granizo GO 3.240 0 0
Granizo MT 3.240 1 3.240 0,29477447
Granizo MS 3.240 2 6.479 0,0280768
Granizo DF 3.240 0 0
Granizo PR 789 27 21.300 0,040518663
50
Granizo RS 789 88 69.422 0,043053386
Granizo SC 789 43 33.922 0,084289161
Geada AC
0
Geada AP
0
Geada AM
0
Geada PA
0
Geada RO
0
Geada RR
0
Geada TO
0
Geada AL
0
Geada BA
0
Geada CE
0
Geada MA
0
Geada PB
0
Geada PE
0
Geada PI
0
Geada RN
0
Geada SE
0
Geada ES 5.956 0 0
Geada MG 5.956 0 0
Geada RJ 5.956 0 0
Geada SP 5.956 5 29.778 0,454437933
Geada GO
0
Geada MT
0
Geada MS
0
Geada DF
0
Geada PR 3.607 0 0
Geada RS 3.607 3 10.820 0,16643546
Geada SC 3.607 4 14.426 0,396770588
Incêndio Florestal AC 8 0 0
Incêndio Florestal AP 8 2 15 0,000750568
Incêndio Florestal AM 8 0 0
Incêndio Florestal PA 8 0 0
Incêndio Florestal RO 8 0 0
Incêndio Florestal RR 8 0 0
Incêndio Florestal TO 8 21 163 0,000251911
Incêndio Florestal AL 0 0 0
Incêndio Florestal BA 0 0 0
Incêndio Florestal CE 0 0 0
Incêndio Florestal MA 0 0 0
Incêndio Florestal PB 0 0 0
Incêndio Florestal PE 0 0 0
Incêndio Florestal PI 0 0 0
Incêndio Florestal RN 0 0 0
51
Incêndio Florestal SE 0 0 0
Incêndio Florestal ES 483 0 0
Incêndio Florestal MG 483 0 0
Incêndio Florestal RJ 483 0 0
Incêndio Florestal SP 483 0 0
Incêndio Florestal GO 2.807 0 0
Incêndio Florestal MT 2.807 2 5.614 0,113939625
Incêndio Florestal MS 2.807 0 0
Incêndio Florestal DF 2.807 1 2.807 0,001092223
Incêndio Florestal PR 363 0 0
Incêndio Florestal RS 363 0 0
Incêndio Florestal SC 363 0 0
Movimento de Massa AC 960 0 0
Movimento de Massa AP 960 0 0
Movimento de Massa AM 960 0 0
Movimento de Massa PA 960 2 1.919 0,008043824
Movimento de Massa RO 960 0 0
Movimento de Massa RR 960 0 0
Movimento de Massa TO 960 0 0
Movimento de Massa AL 2.473 0 0
Movimento de Massa BA 2.473 4 9.893 0,025895089
Movimento de Massa CE 2.473 0 0
Movimento de Massa MA 2.473 0 0
Movimento de Massa PB 2.473 0 0
Movimento de Massa PE 2.473 0 0
Movimento de Massa PI 2.473 0 0
Movimento de Massa RN 2.473 1 2.473 0,003077039
Movimento de Massa SE 2.473 0 0
Movimento de Massa ES 4.930 2 9.860 0,021410429
Movimento de Massa MG 4.930 31 152.831 0,044412023
Movimento de Massa RJ 4.930 19 93.671 0,010608123
Movimento de Massa SP 4.930 14 69.020 0,028321041
Movimento de Massa GO
0
Movimento de Massa MT
0
Movimento de Massa MS
1
Movimento de Massa DF
0
Movimento de Massa PR 2.064 3 6.191 0,018626862
Movimento de Massa RS 2.064 0 0
Movimento de Massa SC 2.064 2 4.127 0,589596939
Erosão Fluvial AC 923 0 0
Erosão Fluvial AP 923 0 0
Erosão Fluvial AM 923 30 27.698 0,021534962
Erosão Fluvial PA 923 8 7.386 0,030094616
Erosão Fluvial RO 923 0 0
52
Erosão Fluvial RR 923 0 0
Erosão Fluvial TO 923 0 0
Erosão Fluvial AL 0 0 0
Erosão Fluvial BA 0 1 0 0
Erosão Fluvial CE 0 0 0
Erosão Fluvial MA 0 0 0
Erosão Fluvial PB 0 0 0
Erosão Fluvial PE 0 0 0
Erosão Fluvial PI 0 0 0
Erosão Fluvial RN 0 0 0
Erosão Fluvial SE 0 0 0
Erosão Fluvial ES 2.839 0 0
Erosão Fluvial MG 2.839 1 2.839 0,155147496
Erosão Fluvial RJ 2.839 0 0
Erosão Fluvial SP 2.839 0 0
Erosão Fluvial GO 651 0 0
Erosão Fluvial MT 651 0 0
Erosão Fluvial MS 651 0 0
Erosão Fluvial DF 651 0 0
Erosão Fluvial PR 109 0 0
Erosão Fluvial RS 109 0 0
Erosão Fluvial SC 109 0 0
Erosão Linear AC 2.700 0 0
Erosão Linear AP 2.700 0 0
Erosão Linear AM 2.700 0 0
Erosão Linear PA 2.700 3 8.099 0,056443958
Erosão Linear RO 2.700 0 0
Erosão Linear RR 2.700 0 0
Erosão Linear TO 2.700 0 0
Erosão Linear AL 27 0 0
Erosão Linear BA 27 1 27 0,001830601
Erosão Linear CE 27 1 27 0,000387513
Erosão Linear MA 27 0 0
Erosão Linear PB 27 0 0
Erosão Linear PE 27 0 0
Erosão Linear PI 27 0 0
Erosão Linear RN 27 0 0
Erosão Linear SE 27 0 0
Erosão Linear ES 977 0 0
Erosão Linear MG 977 0 0
Erosão Linear RJ 977 0 0
Erosão Linear SP 977 0 0
Erosão Linear GO 21.792 5 108.962 0,109978829
Erosão Linear MT 21.792 5 108.962 2,024782299
53
Erosão Linear MS 21.792 2 43.585 0,053865538
Erosão Linear DF 21.792 0 0
Erosão Linear PR 894 2 1.788 0,11896959
Erosão Linear RS 894 0 0
Erosão Linear SC 894 1 894 0,04928534
Erosão Marinha AC
0
Erosão Marinha AP
0
Erosão Marinha AM
0
Erosão Marinha PA
0
Erosão Marinha RO
0
Erosão Marinha RR
0
Erosão Marinha TO
0
Erosão Marinha AL 3.939 5 19.694 0,201339226
Erosão Marinha BA 3.939 5 19.694 0,123813915
Erosão Marinha CE 3.939 2 7.877 0,02291065
Erosão Marinha MA 3.939 0 0
Erosão Marinha PB 3.939 0 0
Erosão Marinha PE 3.939 5 19.694 0,012716637
Erosão Marinha PI 3.939 0 0
Erosão Marinha RN 3.939 2 7.877 0,004900495
Erosão Marinha SE 3.939 1 3.939 0,470631945
Erosão Marinha ES 4.091 4 16.365 0,132024224
Erosão Marinha MG 4.091 0 0
Erosão Marinha RJ 4.091 0 0
Erosão Marinha SP 4.091 0 0
Erosão Marinha GO
0
Erosão Marinha MT
0
Erosão Marinha MS
0
Erosão Marinha DF
0
Erosão Marinha PR 626 0 0
Erosão Marinha RS 626 0 0
Erosão Marinha SC 626 4 2.504 0,002881314