plano vale da cidadania

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CONTEÚDO

O VALE DA CIDADANIA contribui para o

desenvolvimento integrado sustentável

numa das regiões mais pobres do Bra-

sil, na era da globalização, através do

desenvolvimento de um plano integra-

do de ações para saúde, educação e de

convivência com o meio ambiente.

INTRODUÇÃO

APRESENTAÇÃO

MISSÃO E VISÃO

SUMÁRIO EXECUTIVO

DIAGNÓSTICO PRELIMINAR

OBJETIVOS

FORMAÇÃO DE CAPITAL HUMANO

ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO

PRINCÍPIOS ESTRATÉGICOS

ETAPAS PARA A EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS

A PROVISÃO DOS MEIOS

ÁREAS DE ATUAÇÃO

SAÚDEEDUCAÇÃOMEIO AMBIENTEDESENVOLVIMENTO SOCIAL

COMPLEXO DA CIDADANIA

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DIRETORIAPresidentePaulo Roberto Siqueira de CarvalhoVice-presidenteÂngelo Márcio LaguardiaTesoureiroSérgio Luiz Soeiro Pinto2º TesoureiroCarlos Joel Pereira da SilvaSecretáriaRebeca Fernandes do Lago RochaConselho fiscalAntônio MacedoErnane Carlos Silva LiboredoLuiz Sebastião Santana

Secretário executivoWaldemar Leal Lucas

OS PIONEIROSOs que idealizaram o projeto tiveram o privilégio de sentir o prazer e aalegria de sonharem o sonho dos pioneiros; de poderem se debruçar noexame e nas propostas de ações sociais transformadoras para aerradicação da miséria do povo da região do Vale do Jequitinhonha.São eles:

Adalberto Heliodoro Figueiredo NetoEngenheiro civil

Hélio Pacelli FavariniRepresentante comercial

Nivânio Dias CostaIndustriário

Paulo Roberto Siqueira de CarvalhoEngenheiro aeronáutico

Rebeca LagoJornalista

Waldemar Leal LucasEngenheiro civil

EdiçãoHoly Design/GAMA4

Criação, projeto gráfico e editoraçãoRafael Guimarães (Holy Design)[email protected] - 3213-1890

AutoriaClésio DaGama

RevisãoÉdila Taís de Souza

A reprodução dos artigos é permitida desde que citada a fonte.

VALE DA [email protected]@valedacidadania.org.br

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PALAVRA DO PRESIDENTE

Não é nossa intenção levar o progresso ao Vale do Jequitinhonha.Do mesmo modo, não pretendemos levar mais educação, mais saú-de, ou recuperar a Mata Atlântica na região.

O que gostaríamos de fazer é melhorar a qualidade da vida daquele povo.

Se para isso for preciso usar, como ferramenta, e apenas como ferra-menta, o progresso, pretendemos dar nossa colaboração. Se melho-rar a educação, melhorar as condições de saúde, forem as ferramen-tas, também pretendemos colaborar. Se a mata recomposta for outrodos meios, lutaremos por isso.

Mas não queremos nada disso como agressão ou incômodo àquelepovo que já tem sofrido bem mais do que o razoável.

Não queremos que os problemas da vida do mundo chamado desen-volvido sejam mais alguns a serem acrescentados à lista do Vale doJequitinhonha.

É nosso sonho ver aquele povo feliz com a sua terra. Na sua terra.

Que os pais não tenham que deixar o Vale à procura de trabalho.Que as mães não sejam as únicas a educar os filhos.Que os filhos não tenham apenas vontade de serem felizes.

Serve de ilustração e de motivação, o que a Paulinelly Oliveira, da 3ª.série lá de Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha, escreveu:“ A coisa boa é nas águas, é que dá muita fruta como: jambo, man-ga, laranja e as verduras da horta... a melhor coisa é no fim do ano

PALAVRA DO SECRETÁRIO EXECUTIVO

Estamos convencidos de que a ação do VALE DA CIDADANIA con-tribuirá para a redução da pobreza e de suas mazelas, que destro-em famílias inteiras e incham os grandes centros do País. Acredi-tamos que o resgate da dignidade e da cidadania pode ser alcan-çado em atuação conjunta com a comunidade e a partir delacomo protagonista e atores principais da transformação da pró-pria realidade.

O homem não precisa apenas de uma casa, um emprego, umafamília. O seu maior desejo é ser feliz. O noso desejo é que elespossam ter a oportunidade de construir a sua própria felicidade.Pra isso o VALE DA CIDADANIA apenas oferece a sua mão comoquem deseja caminhar junto. E assim iremos caminhando.

WALDEMAR LEAL [email protected]

quando o meu pai chega, mas o meu pai fica aqui só uns quinze diase vai embora pra São Paulo outra vez, e logo a chuva acaba e come-ça a falta de água, e a saudade do meu pai”.

PAULO ROBERTO SIQUEIRA DE [email protected]

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O presente documento define as bases de uma proposta para o desenvolvimento da região do Jequitinhonha. Pretende também

ser um instrumento de apoio para a formulação das açõesprogramáticas planejadas pelo VALE DA CIDADANIA em parceria in-tegrada, na perspectiva de um planejamento regional norteado pe-los objetivos da inclusão social, do desenvolvimento sustentável e davalorização do capital humano.

Para se chegar a esse Plano estabeleceu-se uma grande articulaçãocom as comunidades.

O VALE DA CIDADANIA é uma organização não-governamental, queatuará exclusivamente na região do Vale do Jequitinhonha, promo-vendo e apoiando programas comprometidos em conter os processosde degradação social e ambiental e implementar políticas sustentáveisque possibilitem criar uma nova relação entre o homem e o ambiente,e sua re-inclusão social (como processo que possibilite à populaçãovulnerabilizada socialmente partilhar dos bens e serviços sociais, ga-rantindo os direitos fundamentais a todos os indivíduos, grupos e seg-mentos). A organização afirma sua adesão aos princípios da CARTADAS NAÇÕES UNIDAS, o ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCEN-TE, e doIDOSO quanto à sua proteção, da UNICEF para educação e daOIT sobre as relações de trabalho.

Este é um Plano para ser implementado nos próximos cinco anos. Neleestá a visão programática do VALE DA CIDADANIA e seu sentido de mis-são. A estratégia busca unificar e concentrar esforços em um limitadonúmero de prioridades e áreas de atuação, de modo a assegurar quesua ação seja efetiva, e fortaleça seu papel como uma agência especialem atuação no Vale do Jequitinhonha. O VALE DA CIDADANIA buscarátornar-se um centro de referência no Vale do Jequitinhonha para açõessociais de desenvolvimento integrado e sustentável.

Naturalmente, consideramos que este é um Plano ambicioso e ousa-do, e um pilar importante para a transformação da população daMicrorregião de Capelinha em cidadãos efetivos na sociedade, trans-formadores de sua árida realidade.

O presente documento resume:um diagnóstico preliminar das necessidades da Microrregião de

Capelinhaas áreas de atuaçãoo plano estratégico de açõesos quatro principais iniciadores estratégicosos meios para alcançar nossos objetivos

CLÉSIO [email protected]

ASSESSORIA DE PROMOÇÃO INSTITUCIONAL

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Apoiar e promover esforços parareduzir a pobreza e fomentar o

desenvolvimento humano e socialincludente, integrado e sustentável

do Vale do Jequitinhonha, recuperandoa dignidade, e construindo a cidadaniaplena para todas as pessoas. Estimularo desenvolvimento do homem todo e

de todos os homens.

A ONG VALE DA CIDADANIA aspirapor um Vale do Jequitinhonha sem

pobreza, com justiça social para todasas pessoas, em convívio equilibrado,respeitoso e responsável com o meioambiente, com segurança, esperança

e estabilidade.

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Plano estratégico

O Plano estratégico do VALE DA CIDADANIA para os próximos cincoanos é o resultado de pesquisa profunda e foi elaborado nos anos 2002-2003. Um dos primeiros passos tomados na sua elaboração foi a defini-ção da missão e visão da organização e sua região de atuação.

O papel do VALE DA CIDADANIA

Cabe ao VALE DA CIDADANIA promover ações no sentido de res-gatar a cidadania, a dignidade, promovendo uma melhor qua-lidade de vida para a população do Vale do Jequitinhonha, deforma sustentável.

Em termos práticos, o desenvolvimento sustentável do Vale doJequitinhonha implica:1. na erradicação da pobreza (pela inclusão social - como conquistada cidadania genuína e plena para todas as pessoas -, pelo alarga-mento do mercado interno regional);2. na ampliação dos níveis de poupança e investimento produtivo(como base para o atendimento das crescentes demandas sociais);3. na convivência e uso racional dos recursos naturais (enquantocomportamento compatível com os ritmos e exigências dosecossistemas);

4. na criação de procedimentos e mecanismos tecnológicos de abor-dagem dos problemas locais;5. na preservação da identidade cultural local (acompanhado do estí-mulo à economia solidária nela fundadas ou associadas aos valores,veículos, processos e mecanismos que a consubstanciam e expressam);6. na mobilização e participação política (dos variados agentes soci-ais, no espaço público identificado com a prática do planejamento eda negociação).

Áreas temáticas de atuação

Desenvolvimento socialPromover desenvolvimento rural familiar e comunitário, com acom-panhamento nutricional, visando a inclusão produtiva, geração derenda e socialidade.

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SaúdePromoção de ações que valorizem a vida, diminuam os índices demortalidade infantil, e melhorem a qualidade e expectativa de vida.EducaçãoPromoção de projetos que visem a erradicação do analfabetismo e oefetivo acesso das crianças, adolescentes e adultos à formação e in-formação, desde a idade pré-escolar.Meio ambienteRealização de medidas visando a integração da população e empre-sas locais com o meio ambiente, incluindo-se a recuperação das fon-tes hídricas e da Mata Atlântica.Emergência e ReabilitaçãoAtuação em situações emergenciais, para diminuir o sofrimento depessoas e famílias vítimas de desastres naturais; além de fazer ges-tões para reduzir o risco de novas ocorrências.

As estratégias de ação do VALEDA CIDADANIA

A atuação do VALE DA CIDADANIA está referenciada no núcleo fami-liar. O VALE DA CIDADANIA participa e promove o envolvimento degrupos em fóruns internacionais, nacionais, estaduais e municipais,especialmente no interesse das comunidades da região do Vale doJequitinhonha. No Brasil, atua junto a órgãos governamentais e não-governamentais, intervindo em políticas públicas, através dos conse-lhos de direito. O foco de atuação é às comunidades do Vale doJequitinhonha.

Metas para o período do verão 2003/2004 ao verãode 2004/2005:

Captação de recursos e parcerias estratégicas para a implantaçãodo Plano

Elaboração de pesquisa, cadastramento e diagnóstico da região deChapada do Norte (cidade-piloto)

Implantação de ações de emergênciaInstalação dos Programas “Vale da Saúde”, “Vale do Saber”, “Vale

Verde” e “Vale Feliz” (respectivamente das áreas: Saúde, Educação,Meio ambiente, Desenvolvimento Social)

Monitoramento das atividades programáticas

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Vale do Jequitinhonha eMicrorregião de Capelinha

O Vale do Jequitinhonha é apontado pelas principais agências in ternacionais como a quarta região mais carente do mundo, e

uma das mais subdesenvolvidas do Brasil. Está situado no nordestede Minas Gerais e se compõe de 85 municípios integrados às baciasdos rios Jequitinhonha e Pardo.

O Vale do Jequitinhonha ocupa uma área total de 85.025 km2 naregião nordeste do estado de Minas Gerais.

Com ênfase em ações na Microrregião de Capelinha, as atividadesdo VALE DA CIDADANIA serão estruturadas com base nas suas princi-pais necessidades, e de acordo com as prioridades avaliadas junto àscomunidades.

O Vale do Jequitinhonha é conhecido como a região que apresenta osmais altos índices de subdesenvolvimento no Brasil, e um dos maio-res do planeta. A região é conhecida internacionalmente por causado analfabetismo, disseminação de várias doenças endêmicas, altoíndice de mortalidade infantil, e pela baixíssima renda de sua popu-lação, o que os coloca abaixo da linha da pobreza e da indigência. OVale do Jequitinhonha é marcado pela debilidade e baixo dinamismoeconômico.

Acreditamos que grande parte da miséria em que vive a população doVale do Jequitinhonha é decorrente de problemas antigos, fundados

na história da colonização local. Ao recorremos à história verifica-mos que a forma da colonização foi selvagem e predatória desde queos primeiros agentes ali aportaram em 1550. A colonização foi feitasem nenhuma preocupação com valores humanos e éticos.

A análise do VALE DA CIDADANIA coincide com o ponto de vista ma-nifestado no relatório produzido pela “Caravana do Jequitinhonha”que percorreu o “Vale” no ano de 1995, liderados pelo então candi-dato, e atual Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. No rela-tório está escrito:

“O Vale do Jequitinhonha é uma das regiões com maior potencial degeração de riquezas em nosso país. Possui um rio magnífico, umabacia hidrográfica e condições climáticas que permitem transformara região num grande centro produtor de frutas e outros alimentos. Opotencial hidrelétrico possibilita gerar a energia necessária para im-plantação de agroindústrias e para a eletrificação rural e urbana.No Médio e, principalmente, no Alto Jequitinhonha encontram-seexpressivos recursos minerais... O turismo é uma atividade com enor-me potencial de desenvolvimento... Nossa principal constatação é ade que a maior riqueza do Vale é o seu povo, que tem profundo amorpela sua terra e enfrenta com tenacidade as adversidades de um mode-lo de desenvolvimento que, desde o período colonial, tem sido predató-rio para com a natureza e excludente para com a maioria de sua gente.

Embora seja uma região com grande potencial de geração de rique-zas, a maioria da população vive em condições de miséria e desprovi-da dos seus direitos elementares, o que faz dessa área uma das maispobres do mundo, segundo a ONU” (os grifos são nossos).

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A “Caravana” fez ainda o que foi chamado de “Breve diagnóstico dascondições de vida no Vale do Jequitinhonha” quando disseram que:

Os solos, de uma maneira geral, não apresentam níveis elevados deaptidão agrícola. Aproximadamente a metade da superfície da área écomposta de solos classificados como de aptidão regular para lavou-ras... a outra metade é ocupada por solos com aptidão apenas parapastagens e silvicultura, não se prestando ao cultivo econômico delavouras... Os índices hídricos anuais indicam que aproximadamen-te 50% da superfície apresenta clima seco, com ocorrência de climasemi-árido no extremo nordeste, estando o restante dividido em cli-mas subúmido e úmido.

A trajetória que transformou um vale com 78 mil km.2 (equivalenteàs áreas dos Estados da Paraíba e de Sergipe juntos), rico em recursosnaturais, em uma das regiões de maiores concentrações da misériado país pode ser resumida em 03 grandes ciclos econômicos:O primeiro, das bandeiras, durante o século 18, deixou ao final apenasalguns pequenos povoados que haviam se constituído em torno dosprincipais garimpos de ouro e pedras preciosas. Além disso, importan-tes áreas antes propícias à atividade agrícola e criatória nas margens dorio e seus afluentes tornaram-se inteiramente degradadas.

O segundo ciclo econômico importante que marcou a região foi o dapecuária extensiva , já no pós-guerra (referência à Segunda GuerraMundial encerrada em 1945). Surgiram daí os grandes latifúndiosque ainda hoje marcam a região com uma distribuição de terrasfortemente concentrada...

Finalmente, o terceiro e último grande ciclo de atividades econômi-cas importantes que marcou a região na sua trajetória de degrada-ção e produção de miséria foi a implantação das companhiasreflorestadoras nos anos 70”.

Perfil econômico

A atividade agropecuária caracteriza-se pela pecuária de corte e umaagricultura de alimentos básicos. O setor industrial é inexpressivo.

Caracteriza-se por municípios de grandes extensões territoriais espa-lhados por uma ampla área, com uma baixa densidade populacional.Na Microrregião de Capelinha mesmo, dentre as 14 cidades, 11 delassão maiores que Belo Horizonte (capital do estado), e com popula-ção total consideravelmente inferior à dela.

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Nessa região há as menores taxas de urbanização do estado, comíndices inferiores a 50%. A distribuição populacional por gênero in-dica ainda que o Vale apresenta a menor predominância de mulhe-res no estado. À proporção de 50% cada gênero.

A composição da população por grandes grupos etários é assim dis-tribuída: há que se oferecer a todos os seguimentos dessa populaçãomelhores condições de vida, com uma mínima infra-estrutura deserviços, lazer e assistência, passando por políticas especiais na áreade saúde, educação e bem estar social.

Destaca-se ainda na tabela na página seguinte que há um númeroínfimo de estabelecimentos hospitalares e leitos disponíveis para aten-dimento da população local, e que não atende à demanda.

MortalidadeA investigação dos níveis de mortalidade é fundamental, uma vezque fornece importantes elementos que permitem uma melhor defi-nição de políticas, elaboração de projetos e ações, que visem melho-rar as condições de saúde a população.

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Recentemente foi apresentado no “XIII Encontro da Associação Brasi-leira de Estudos Populacionais”, em novembro de 2002 um trabalhocompleto com o título: “Principais Causas de Morte na Mesorregião doJequitinhonha” pelos pesquisadores Cezar Augusto Cerqueira e VâniaCândida da Silva (ambos da UFMG/Cedeplar). Os dados abaixo foramretirados da apresentação dos resultados da pesquisa.

Menores de um anoAs principais causas de morte nesse grupo etário são afecçõesperinatais, doenças infecciosas e parasitárias e doenças do aparelhorespiratório para ambos os sexos. Os pesquisadores reconhecemexplicitamente que nesses casos “esse grupo de causas está asso-ciado a deficiências nos serviços de atenção ao parto e atendi-mento hospitalar”. E ainda: ”o elevado nível de mortalidade aindaobservado, [estariam] por causas ligadas a serviços de atenção àsaúde e causas evitáveis”.

Grupo de 1 a 4 anosDoenças respiratórias, causas externas, e doenças infecciosas eparasitárias são as principais causas de mortalidade nesse grupo;nessa ordem.

Grupo de 5 a 14 anosFora as causas externas, as doenças do aparelho respiratório eneoplasmas são as principais causas de mortalidade nesse grupo. Naopinião dos pesquisadores esse grupo etário tem experimentado umatransição epidemiológica mais intensa que os menores de 5 anos.

Grupo de 15 a 59 anosAs doenças respiratórias são o principal fator de mortalidade.Os pesquisadores acrescentam também a observação de que háainda um relevante risco de mortalidade por doenças do apare-lho digestivo.

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Grupo acima de 60 anosAs principais causas são as doenças do aparelho circulatório, respira-tório, neoplasmas e infecções parasitárias.

Ao concluir seu trabalho os pesquisadores insistiram em reco-mendar uma melhor política de saúde para a região, com gestõeseficientes e educativas. Por isto que qualquer ação transformadorada qualidade de vida da população do “Vale” tem de incluir ne-cessariamente programas de gestão na área de saúde, incluindoa educação familiar desde o pré-natal. Somente assim podere-mos diminuir o índice de mortalidade infantil.

Perfil EducacionalSabe-se que o perfil educacional da região do Vale do Jequitinhonhaaponta para um quadro bastante desalentador. Os índices sobre oanalfabetismo representam um resultado inferior ao do restante doestado, e bastante inferior ao do restante do País, segundo avaliação

medida nos padrões da UNESCO para a educação

Outro ponto que nos chama a atenção é a quase inexistência de cur-so profissionalizantes com habilitação na região, o que faz que nãohaja o desenvolvimento de qualificação profissional, e predispõe apopulação até mesmo ao analfabetismo funcional, que é um outrograve problema educacional a ser enfrentado

Para um perfil mais profundo do desenvolvido educacional no esta-do de Minas Gerais recomendamos análise do documento publicadopela Fundação Seade: “Indicadores sócio-econômicos”.

Chapada do Norte, cidade-pilotoO município de Chapada do Norte foi escolhido como a cidade-basepara o Programa Piloto do VALE DA CIDADANIA.

O município de Chapada do Norte fica localizado na Microrregião de

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Capelinha, no centro do Vale do Jequitinhonha, e foi escolhida porser uma das regiões mais vulneráveis socialmente, e considerada derisco elevado, e muito elevado em saúde.

O povoado surgiu no século XVIII, durante a descoberta e exploraçãodo ouro na margem esquerda do Rio Capivari. Sua população é com-posta por 83% de negros, e 17% de pardos e brancos, totalizando cer-ca de 18.000 habitantes.

O Município é atualmente divido em 4 distritos, 53 comunidades edois povoados.

AgropecuáriaNo passado, no chamado médio Jequitinhonha, havia uma densa floresta,com uma flora e fauna muito diversificada. Mas a partir do século XVIIIcom a exploração de diamantes e a penetração de garimpeiros, houve umagrande devastação da mata e toda a área se transformou em local de pasta-gens, os córregos desapareceram , e a terra deixou de produzir alimentos.

SaúdeAtualmente não há nenhum hospital no município, inexistindo lei-

tos disponíveis para atendimento. Há apenas um Posto de Saúde ecinco unidades ambulatoriais com atendimento precário.

Os gráficos apresentados foram elaborados de acordo com informa-ções prestada pela Secretaria de Saúde do Município, e pesquisadosno final do ano de 2002, e dão a visão geral do quadro da saúde atualda população do município.

As unidades habitacionais locais são bastante precárias, e as condi-ções de saneamento as piores possíveis em várias regiões do municí-pio, como indicam os gráficos abaixo, o que coopera para o alto ín-dice de acometimento de doenças e endemias.

EducaçãoHá 4102 alunos matriculados no ensino fundamental e 394 matricula-dos no ensino médio. Mas há um alto índice de abandono escolar.O quadro da educação apresenta o elevadíssimo índice de analfabe-tismo da população:

O Programa do VALE DA CIDADANIA, no entanto programou umapesquisa mais extensa no município, desenvolvida em parceria com

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as comunidades locais e a prefeitura municipal, proporcionandomelhores condições de avaliar e decidir junto à liderança comunitá-ria sobre as prioridades e agendas para a implementação dos proje-tos já programados para sua primeira fase.

A elaboração de um diagnóstico preliminar proporciona ao VALE DACIDADANIA uma visão mais apurada das ações que precisam ser de-senvolvidas naquela região, e uma agenda de prioridades.

No entanto já sabemos que algumas medidas imediatas deverão sertomadas no sentido de dirimir algumas das carências mais urgentesda população em maior situação de risco social e de saúde. Confor-me disse certa vez o filósofo David Hume escreveu: “primeiro viver,depois filosofar”, e é nesse sentido que a área da saúde receberá aten-ção emergencial na nossa agenda de trabalho, através de açõesprogramáticas, e não meramente assistencialistas como o Vale doJequitinhonha tem sido tratado historicamente.Os problemas da FOME e da SAÚDE devem ser imediatamentetratados.

Entre as ações emergenciais destacamos: A preparação de líderes comunitários e “multiplicadores de cida-

dania” que facilitem a coordenação dos programas junto às comu-nidades, nas diversas áreas de atuação do VALE DA CIDADANIA;

Criação de 2 postos de atendimento médico-odontológico para atendi-mento às populações mais carentes no meio rural (incluindo-se a doaçãode veículo de transporte rápido de doentes para a Prefeitura Municipal);

Promover a participação ativa das comunidades e representantesda sociedade civil no planejamento e implementação de programasde desenvolvimento auto-sustentável, encorajando o fortalecimentoda consciência de cidadania e do fortalecimento das relações civis;

Mobilizar as comunidades para o estabelecimento de uma estraté-gia de prevenção de doenças endêmicas e outras infecções, através dodesenvolvimento e implementação de programas de educação paraa saúde preventiva, de convivëncia com o semi-árido e da utilizaçãoracional dos recursos naturais;

Criação de uma escola de alfabetização e ensino fundamental; Criação de grupos de apoio e assistência à nutrição humana, com

ênfase em reeducação alimentar junto a pequenos produtores, e ori-entação de cultivo de alimentos básicos para enriquecimentonutricional doméstico.

O diagnóstico preliminar será no entanto continuamente reavaliado,

POPULAÇÃO RESIDENTE POR GRUPOS DE IDADE

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assim como haverá a monitoração contínua do desempenho da or-ganização na realização de suas ações programáticas.

UsuáriosChapada do Norte, cidade-pilotoÉ imprescindível reafirmar que é em Chapada do Norte que estarãoconcentradas operacionalmente todas as atividades e investimentosdo VALE DA CIDADANIA. Seja no que diz respeito à assistência social,econômica, ou educacional.

Os Projetos do VALE DA CIDADANIA estão referenciados no nú-cleo familiar, e por isso atenderá inicialmente o contingente de20% das famílias residentes no município de Chapada do Norte,cidade-piloto.

As famílias usuárias serão cadastradas e identificadas dentre a parce-la mais carente da sociedade local, recebendo um cartão de controlede atividades para avaliação constante de nosso Departamento deDesenvolvimento social.

As famílias que primeiro receberão integralmente os benefícios

dos Projetos VALE DA SAÚDE, VALE DO SABER e VALE FELIZ (in-cluindo-se educação para os membros de cada família cadas-trada, assistência à saúde, e acompanhamento de reorientaçãonutricional e de cultivo de alimentos básicos, e no caso depequeno produtor, construção de moradia mais digna e emcondições sanitárias mínimas), serão indicadas pela comu-nidade e administração municipal baseados em pesquisa efe-tuada junto às famílias em maior risco social.

O VALE DA CIDADANIA buscará, através de sua diretoria, ter umavisão integrada dos problemas nas suas respectivas áreas de atuação.A partir daí irá identificar as prioridades, definir atividades, acordarestratégias e parcerias até à realização dos objetivos definidos.

Orientará também um trabalho intenso de relações públicas juntoàs autoridades locais, e principais personalidades de expressãohistórica, política e cultural.

Caberá ainda à Diretoria executiva a elaboração de um orça-mento financeiro para a implantação dos Projetos em suasdiversas fases.

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O VALE DA CIDADANIA tem por objetivo principal o resgate da dig nidade, promoção da inclusão social das famílias e conseqüen-

temente a melhoria da qualidade de vida da população do Vale doJequitinhonha, atuando contra o analfabetismo geral e funcional, aexploração infantil, e em ações para minimizar os altos índices demortalidade infantil.

Tem como valor fundamental na busca da realização de seus objeti-vos a transformação do indivíduo do Vale do Jequitinhonha em cida-dão efetivo; respeitando o pluralismo, a transparência, o pleno aces-so à informação e a mobilização junto às comunidades locais pelatransformação pacífica da sociedade local.

É importante frisar desde o princípio que o VALE DA CIDADANIA não

tem, nem deseja ter envolvimento político-partidário, ou compro-metimento com qualquer partido ou forma de governo; atuando paraatingir seus objetivos dentro do que regulamenta a Constituição daRepública Federativa do Brasil.

Dessa forma o VALE DA CIDADANIA promoverá e apoiará projetos eprogramas sociais, trazendo esperança e a recuperação da consciên-cia cidadã para as pessoas do Vale do Jequitinhonha e suas comuni-dades. Através de seus programas sociais, o VALE DA CIDADANIA pres-tará suporte técnico, social, cultural, econômico-financeiro e agrí-cola a cerca de 200 mil pessoas diretamente e a mais de 2 milhõesindiretamente. Esses projetos estão concentrados na região do Valedo Jequitinhonha, principalmente no entorno da cidade de Chapadado Norte – cidade-piloto do Projeto.

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A maior riqueza do Vale do Jequitinhonha é o seu povo. Ele tem um profundo amor pela sua terra e por isso enfrenta com vigor

heróico as adversidades de um modelo de desenvolvimento que desdeque o primeiro homem branco desceu o rio Jequitinhonha em 1530,tem sido predatório para com a natureza e excludente para com amaioria de sua gente.

A falta de serviços de saúde e educação de qualidade tem implicadonuma grande perda do talento humano do Jequitinhonha. Isso temgerado um alto custo na região e em outros centros. O problema nãoé que a tarefa de prover atendimento básico à saúde de crianças eensina-los a ler e escrever seja difícil, ou que na maioria dos casosnão haja recursos suficientes disponíveis para realizá-los. Países comrendas baixas como Sri-Lanka e Cuba (ou a Coréia trinta anos atrás),mostram que isso pode ser feito. O que é preciso é uma política quegere oportunidades de geração de renda. Um segundo componentede estratégia da pobreza para aumentar a produtividade ou a capaci-dade de aumentar os rendimentos é um maciço comprometimentocom melhores condições de educação e saúde na região.

EDUCAÇÃOUma boa educação é o principal fator no sucesso econômico indivi-dual e na performance de desenvolvimento das nações. Indivíduossem uma boa fundamentação da educação básica ficam condenadosa uma vida de trabalho com baixa produtividade em trabalhos quenão exigem qualificação, portanto não provendo renda suficiente paramantê-lo e à sua família afastados da pobreza. Esta situação tende apiorar no futuro por causa das rápidas mudanças tecnológicas e da

abertura das economias regionais à competição internacional. A baixaqualidade das oportunidades de educação tipicamente disponíveispara as crianças de lares mais pobres é o principal fator da transmis-são da pobreza entre as gerações que atormentam muitos povos. Aenorme disparidade entre a educação disponível para os pobres e oaumento da renda das famílias está na raiz das disparidades persis-tentes na distribuição de renda e oportunidades sociais.

A educação pode reduzir a pobreza de pelo menos três maneiras. Pri-meiramente ela permite ao trabalhador de amanhã a qualificaçãoque eles precisarão para escapar aos baixos salários (por trabalhosem qualificação) reduzindo a oferta por trabalho não qualificado eaumentando os salários. Segundo, uma força de trabalho mais qua-lificada eleva o aumento da competitividade nacional e internacio-nal dos produtos regionais, gerando crescimento econômico. Tercei-ro, melhorando o nível da educação básica da força de trabalho for-ça a melhoria da distribuição de renda, através da redução do dife-rencial de qualificação daqueles que receberam uma melhor educa-ção, reduzindo o abismo da diferença da renda.

A educação é a política mais importante para qualquer povo ou go-verno que pretende reduzir a pobreza. Ela ajuda a aumentar a taxade crescimento e do IDH pelo aumento do “estoque” de capital hu-mano. Ao mesmo tempo que melhora a distribuição de renda,equalizando a distribuição de capital humano e ganhos-salários.

Fatores como: alto índice de evasão escolar e repetência, falta dematerial didático e equipamentos, precárias condições dos espaçosde ensino, ausência de cursos de reciclagem para os professores,

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distância das escolas e a precariedade do transporte escolar, assegu-ram que a maioria das crianças e adolescentes pobres nunca desen-volverão seu pleno potencial. Para piorar a situação, a habilidade degrande parte dos estudantes está comprometida por causa das defici-ências nutricionais, doenças endêmicas, alto índice de alcoolismoinfantil (estimulado pelos pais para aliviar os efeitos da fome e docansaço causado pelo trabalho pesado) e outros fatores.

Elevar os níveis de educação da criança têm dois componentes prin-cipais: (1) manter a criança na escola por mais tempo e (2) ensiná-la pelo máximo de tempo em que estiver lá. Elevar a qualidade dasescolas disponíveis para os pobres deveria ser uma prioridade para ospaíses que tem regiões como o Jequitinhonha.

As principais razões porque as crianças deixam as escolas segundo aspesquisas são: más escolas, famílias com baixas rendas e o baixonível escolar dos próprios pais. Pais com pouca educação tendem apermitir que os filhos abandonem a escola cedo cristalizando o cír-culo viciosos na transmissão da pobreza entre as gerações. O VALE DACIDADANIA acredita que se houver um investimento no aumento danível da educação e escolaridade de apenas uma geração de crian-ças, a evasão prematura de crianças irá declinar permanentemente.

Porque quando eles se tornarem pais, sua geração irá incentivar aseus filhos a aproveitarem as vantagens das oportunidades que a edu-cação provê.

A outra razão para a evasão escolar são as baixas rendas familiares.As crianças geralmente cumprem um papel importante na econo-mia das famílias pobres. Mas quando a criança é privada de seu di-reito à educação, saúde e recreação, eles mesmos e a sociedade ficamprivadas da oportunidade de desenvolver um potencial de geração derenda para ajudar as famílias na sua luta pela sobrevivência. Paraatenuar o problema o governo provê o auxílio financeiro através deprogramas como o Bolsa-família. No entanto as estatísticas e as con-sultas municipais indicam que as famílias recebem os benefícios mascontinuam envolvendo as crianças em trabalho infantil, sem dizerda exploração sexual a que são submetidas.

Não há dúvidas de que o investimento em capital humano dos po-bres é um importante instrumento para a redução da pobreza e au-mentar o potencial econômico do povo e da região. Mas sabe-se quetais investimentos levam tempo até que comecem a impactar sobreos ganhos dos mesmos. Além de levar tempo, a educação formal nãocorrige facilmente os déficits educacionais daqueles que já abando-

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naram as escolas para juntar-se às forças de trabalho.

A estratégia de educação é uma solução de médio e longo prazo parao problema da pobreza. Se levada a cabo continuamente causará oencolhimento do grupo que recebeu educação precária. Esta estraté-gia de crescimento apoiada por programas de treinamento e alfabe-tização de adultos é um reforço enquanto aguarda o impacto a sercausado sobre a formação qualificada dos jovens para o trabalho.

SAÚDEO fardo da doença e da saúde do doente é mais severo para o pobre.Eles sofrem de uma grande incidência de doenças, e tem uma menorsegurança e proteção quando a ela atinge o sustento familiar, e seusfilhos estão propensos a ter o potencial de aprendizado reduzido peladesnutrição e doença.

Uma boa saúde é ao mesmo tempo um fim e um meio. Porque ela éum componente chave do bem-estar, e a provisão de acesso aos servi-ços de saúde podem melhorar as condições de saúde dos pobres mes-mo que não possa gerar oportunidades de geração de emprego e ren-da. Investimentos na área de saúde podem ainda aumentar a capaci-

dade de produtividade e de aprendizado. Por causa disso os gastoscom a saúde podem ser justificados, visto que produzem uma melhoriana condição de vida do pobre e melhoram o seu potencial de geraçãode renda.

Na área de saúde o principal papel da organização será atuar emparceria com a administração pública na oferta de serviços de saúdee intervenções continuadas que beneficiem à extensão da comunida-de, e prover condições para que as barreiras financeiras não restrin-jam o acesso aos serviços de saúde. Essas ações farão com que sejamreduzidas as mortes, doenças e aja aumento da renda.

GÊNEROS E SUARELAÇÃO COM A POBREZAUma importante forma de aumentar a renda familiar consiste eminvestir na educação, treinamento e atendimento à saúde da mulher.Sabe-se através de pesquisas que a pobreza é significantemente maisalta nas famílias que são matriarcais. Além disso, um estudo recentedesenvolvido pela ECLAC apontou essa como uma das principais fontesdo aumento da pobreza em regiões como a do Jequitinhonha. [Umdos fatores que se deve levar em conta é o fato de que com o alto

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índice de migrações durante o ano, na maior parte do ano, as mu-lheres ficam sozinhas com seus filhos pequenos em suas moradias.] Contudo as mulheres cumprem um importante papel na reduçãodo impacto da pobreza sobre as famílias. Pesquisas domésticasindicam que durante períodos de recessão e de ajustes estruturais aentrada da mulher no mercado de trabalho protege a renda fami-liar quando a fonte de renda primária perde o emprego ou sofreuma aguda desvalorização do salário real.

A educação da mulher tem outro efeito poderoso sobre a pobreza.Muitos estudos confirmam que quanto mais alto for o nível deestudo da mulher, maior será o nível de educação e de nutriçãode seus filhos. Uma mulher educada tende a assegurar que seusfilhos estejam bem preparados para a vida e o mercado de traba-lho. Por isso, investir na educação da mulher é uma forma dequebrar a trágica transmissão da pobreza entre gerações.

Políticas que melhoram a produtividade da mulher no mercado detrabalho ou que aumentam a sua habilidade para criar filhos bem-educados e bem-nutridos deveriam fazer parte da estratégia deenfrentamento da pobreza em qualquer país. Isso inclui assegurar àmulher assegurar o seu acesso aos recursos financeiros tais como

crédito, treinamento, cuidados com as crianças e direito à proprieda-de. Agir para reverter a discriminação e segregação nos mercados detrabalho é uma maneira de aumentar a contribuição da mulher eseu acesso aos benefícios de seu trabalho.

Na área da educação é necessário um maior esforço para prover edu-cação de qualidade para as meninas. Apesar do livre acesso e custopara meninos e meninas ser o mesmo, as meninas das áreas ruraissão geralmente contadas entre as iletradas e com maior evasão esco-lar, e a quantidade de anos na escola e de cursos concluídos é consi-deravelmente inferior ao dos meninos.

Estereótipos dos papéis feminino-masculino devem ser repen-sados. A educação das meninas é importante porque abre opor-tunidades econômicas para elas associado a vários ganhos so-ciais, tais como: a redução dos índices de gravidez indesejadae da mortalidade, redução da mortalidade infantil, melhoriada saúde de todos os membros da família, e um melhor nívelde educação para os filhos das mães educadas).

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DESENVOLVIMENTO

Por desenvolvimento local entende-se, genericamente, o processosocial que reúne crescimento econômico com redistribuição e

melhoria da qualidade de vida da comunidade a que se refere.

Por crescimento econômico entende-se a produção de riquezas queocorre em determinada sociedade, num determinado segmento detempo. Em geral é medido por indicadores como a taxa de incre-mento do Produto Nacional Bruto (PNB).

Também é muito importante a distribuição deste crescimento. O PNBper capita é um indicativo médio, mas como toda média, aquelatambém pode esconder as profundas desigualdades da sua distribui-ção. O Índice de Gini1 é que tem sido usado como um indicadormais adequado de distribuição. O índice de Gini apurado em Chapadado Norte pelo IBGE em 2000 apurou o aumento da desigualdade nomunicípio em relação aos anos anteriores.

Se crescimento econômico é um conceito de mais fácil entendimen-to, o mesmo não ocorre com qualidade de vida, o outro componentedo desenvolvimento (vide figura). Esta tem muitos significados, que

refletem conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e co-letividades que a ela se referem em diferentes conjunturas. Envolveum amplo conjunto de experiências, situações e percepções indivi-duais e sociais, incluindo dimensões culturais, psicológicas, inter-pessoais, espirituais, econômicas, políticas, ambientais, éticas e fi-losóficas, entre outras, que podem ser incorporadas nas suas dife-rentes conceituações.

A prioridade da organização é a educação em todas as suas áreas deabrangência. Acreditamos que as mudanças sociais se darão atravésda formação educativa da população, mas reconhecemos que açõesemergenciais devem ser tomadas no sentido de garantir a vida dapopulação enquanto implementamos os diversos projetosprogramáticos preparados e em elaboração pelo Departamento deDesenvolvimento de Projetos Sociais.

The Development Assistance Committee of OECD formulou 12 princí-pios-chaves para o planejamento estratégico para o desenvolvimentosustentável. Eles estão relacionados com cinco princípios mais geraisde estratégias eficientes para o desenvolvimento sustentável com os quaiso VALE DA CIDADANIA está comprometido. Os cinco princípios são:

Complexo daQualidade de Vida

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Princípios do desenvolvimentosustentável

Integração dos objetivos econômicos, sociais e ambientais Participação e consenso

Princípios de planejamentoestratégico

Comprometimento Processo político de ação coerente e compreensivo Alvos, recursos e monitoração

As seguintes diretrizes orientarão as ações para o Desenvolvimento local:

a) Promoção do Desenvolvimento Rural Integrado e Sustentávelincentivar a garantia do acesso à terra e das condições para nela

produzir, com o desenvolvimento de um amplo processo de refor-ma agrária;

promover ações para garantir o acesso a água para consu-

mo e produção;consolidação e apoio à agricultura familiar;melhoria da qualidade de vida na área rural;estímulo à produção de alimentos básicos;apoio à verticalização da produção na propriedade rural;promoção de acesso a nichos de mercado;incentivo ao acesso da agricultura familiar aos mercados

institucionais;promoção da agricultura ecológica sustentável.

b) Desenvolvimento de modelos alternativos de geração de renda eocupações produtivas

estímulo à criação e fortalecimento de pequenas empresas urba-nas e rurais;

estímulo ao associativismo e ao cooperativismo;capacitação profissional, gerencial e administrativa de trabalha-

dores e micro empresários.

3. Assegurar saúde, nutrição e alimentação a grupos populacionaisdeterminadosa) Programas alimentares e nutricionais dirigidos a grupospopulacionais social e nutricionalmente vulneráveis

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recuperação de crianças e gestantes desnutridas; programas especiais de erradicação de distúrbios nutricionais cau-

sados por carências de micronutrientes; outros programas dirigidos a trabalhadores, desempregados, ido-

sos, enfermos e pessoas institucionalizadas; focalização de programas de suplementação emergencial de ali-

mentos.

b) Desenvolvimento de parceria entre sociedade civil e poder publico,visando a implementação de iniciativas de contrapartida social porparte de todos os beneficiários em situação de exclusão e em condi-ções de desenvolver atividades produtivas, como um mecanismo deconstrução de cidadania e alavancamento de desenvolvimento hu-mano local.

4. Assegurar a qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológicados alimentos e seu aproveitamento, estimulando práticas alimenta-res e estilos de vida saudáveis

vigilância e controle de qualidade dos alimentos em todos os pon-tos da cadeia alimentar, desde a roça até os locais de consumo, pas-sando pelos locais de produção e comercialização;

promoção e fornecimento regular de informações sobre hábitos ali-mentares e estilos de vida saudáveis;

estímulo e criação de oportunidades de acesso a programas super-visionados de atividades física a todos os cidadãos.

5. Fortalecimento dos mecanismos de participação social na elabo-ração, acompanhamento, monitoramento e avaliação das políticaspúblicas de Segurança Alimentar e Nutricional.

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Para cumprir suas principais tarefas estratégicas e realizar efetivamente suas várias funções, as ações do VALE DA CIDADANIA

serão guiadas pelos seguintes princípios:

Concentração: O trabalho da Organização estará concentradoem produzir impacto e sinergias – em termos estratégicos,programáticos e geográficos

para cada área de atuação seus objetivos deverão estar definidos nopresente Programa

em cada ano deverá ser destacada a área de maior prioridade deinvestimentos segundo reavaliações contínuas dos processos da agen-da e consulta à comunidade

o alvo principal das atividades do Programa deverá estar semprefocado sobre os grupos com necessidades mais urgentes na regiãogeográfica escolhida para atuação

Flexibilidade: O VALE DA CIDADANIA manterá flexibilidade sufi-ciente para alterar a direção de suas ações, em casos do enfrentamentode desafios emergentes de acordo com a ênfase das necessidades es-pecíficas no momento

Excelência e inovação: O VALE DA CIDADANIA deverá mostrarsua liderança em lidar com suas áreas de atuação através decapacitação específica

A organização deverá buscar ser a referência regional em suas áre-as de atuação

Deverá mobilizar especialistas disponíveis e suporte prático para arealização de suas intervenções

Colecionar dados e criar uma biblioteca com registro de suas pró-prias investigações, franqueando o acesso a elas sempre e por quemde interesse, no benefício da comunidade.

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ATIVIDADES

Na trajetória breve da organização, tivemos a oportunidade deinteragir com muitas instituições e pessoas que colocaram a sua

energia e experiência a favor do desenvolvimento do presente Planode Desevolvimento, como um projeto voltado para a concretizaçãode um modelo mais humano e justo para a sociedade doJequitinhonha.

I. O Plano VALE DA CIDADANIA Interino1. A organização VALE DA CIDADANIA preparou um Plano de Desen-volvimento Integrado e sustentável para o Vale Do Jequitinhonha:Microrregião de Capelinha interino durante o verão de 2002/2003. Odocumento foi bem recebido pelos seus parceiros e pela PrefeituraMunicipal de Chapada do Norte – cidade-piloto -, e lideranças políti-cas e comunitárias da região, que o receberam como uma alternati-va de esperança para a região.

2. O Plano de Desenvolvimento foi preparado de acordo com um pro-cesso participativo, e do diálogo com a comunidade beneficiária, as-

segurando aos habitantes pobres a oportunidade de (i) exporem li-vremente a sua percepção da pobreza; (ii) listarem os principaismotivos de seus flagelos; e (iii) recomendaram medidas para alivia-las significativamente.

3. O orçamento para os próximos cinco anos está orientado para aredução da pobreza e a inclusão social, e reflete o comprometimentoda ONG VALE DA CIDADANIA com o desenvolvimento integrado esustentável das comunidades do Jequitinhonha indicado no seu Pla-no VALE DA CIDADANIA.

II. A elaboração do completo Plano VALEDA CIDADANIA

PRAZO1. O prazo original para a produção total do Plano VALE DA CIDADA-NIA é novembro de 2003. O Plano estará continuamente aberto aavaliação e ajustes de prioridades, sempre dentro do interesse dosbeneficiários.

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2. A intensidade do processo participatório das comunidades da cida-de-piloto demanda um significativo custo financeiro, que não podeser incialmente suportado pelo orçamento da organização. Faz-senecessária a mobilização de recursos externos para levá-la à cabo demodo satisfatório.

ATIVIDADES EMPREENDIDAS3. A organização VALE DA CIDADANIA preparou um Projeto de Traba-lho provisório baseado em vasta pesquisa como instrumento provoca-dor de reflexão para as primeiras discussões para elaboração de umPlano de Ação integrado e sustentável para o Vale Do Jequitinhonha:Microrregião de Capelinha. Tendo sido publicado no verão de 2003.

4. Várias cópias do Projeto de trabalho foram distribuídas àsdiversas prefeituras dos municípios integrantes da Microrregiãode Capelinha, Vale do Jequitinhonha, bem como, distribuídosentre as comunidades, técnicos, cientistas e parceiros potenci-ais, suscitando reuniões e discussões sobre sua intenção, tendorecebido apoio maciço por onde quer que tenha sido apresenta-do, em especial entre a administração pública e comunidadesda cidade-piloto Chapada do Norte.

5. Várias consultas-piloto foram empreendidas na cidade-piloto deChapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. As consultasproporcionaram identificar as principais propostas e reivindicaçõesapresentadas à ONG VALE DA CIDADANIA. Elas resultaram de váriasreuniões com inúmeros participantes da sociedade civil (ONGs), ad-ministração pública, lideranças comunitárias, técnicos e pesquisa-dores de diversas áreas de interesse. Esta operação piloto forneceu aoportunidade de testar a aproximação pretendida pela organizaçãopara a próxima fase das consultas participativas, próximo passo a serdado pela organização.

6. Grupos de trabalho irão contribuir para o aprofundamento da aná-lise da pobreza e do refinamento das propostas e estratégias para asua redução. Os grupos são nas quatro áreas temáticas de ação daorganização: (1) meio ambiente, (2) desenvolvimento social, (3)educação e (4) saúde. Cada grupo temático é composto de represen-tantes da administração pública, sociedade civil, e parceiros de de-senvolvimento.

7. Parcerias técnicas negociadas e prontas a atender às primei-ras ações nas várias das áreas temáticas de atuação do VALE DACIDADANIA.

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ATIVIDADES A SEREMEMPREENDIDAS

8. A próxima fase do processo participativo para a elaboração do comple-to Plano VALE DA CIDADANIA terá início tão logo haja recursos para asua realização. Os objetivos principais das consultas são: (i) suplementar,clarificar o máximo possível os principais componentes que produzem oatual perfil de pobreza; (ii) informar os atores envolvidos na luta contra apobreza e identificar grupos de ações existentes entre a população que jáestejam sendo conduzidas ou já estejam planejadas; (iii) recolher suges-tões para a implantação do Plano VALE DA CIDADANIA das várias experi-ências e esforços para a redução da pobreza.

Em cada uma das áreas de atuação do VALE DA CIDADANIA seguiráas seguintes etapas para desenvolver e implementar suas ações:

I. Investigação diagnósticaO VALE DA CIDADANIA acredita que a informação é um elementoestratégico para o processo de planejamento e gestão de cada um deseus programas e ações. Esta etapa visa investigar e conhecer o contex-

to sócio-cultural em que vive a comunidade suas potencialidades e suasdemandas. Essa investigação se dará através da elaboração de um Cen-so Social planejado para proporcionar uma ampla base de dadospossibilitando não só o diagnóstico, mas a avaliação e programaçãodas ações integradas, traçando um perfil sócio-econômico da popula-ção de Chapada do Norte. Este trabalho deverá ser elaborado em convê-nio com a prefeitura local, e com o apoio das lideranças comunitárias.Objetivos

identificar vulnerabilidades locais coletar dados e informações sobre a realidade local passível de

transformação monitorar e avaliar o impacto das ações propostas cadastrar cada cidadão, além da tomada de providências para a

regularização de registro civil individual e das propriedades identificar parceiros e recursos locais definir prioridades

II. PlanejamentoPressuposta a realização da primeira etapa, esta fase consiste na ela-boração das propostas dentro áreas de atuação do VALE DA CIDADA-NIA sobre seu protoprograma. O planejamento consiste em estabele-

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cer e projetar estratégias de intervenção, metas, resultados, recursosnecessários e outros.Objetivos

identificar as estratégias apropriadas para a minimização ou su-peração das vulnerabilidades priorizadas

identificar as atividades apropriadas às estratégias acordadas identificar as interfaces entre os recursos locais, governamentais e

não governamentais para execução das atividades estabelecer as competências entre os parceiros organizar tarefas considerando sua periodicidade,metas e recursos definir mecanismos regulares de acompanhamento do processo de

execução das atividades, aferindo seus resultados

III. ImplementaçãoTrata-se da etapa de execução propriamente dita e baseia-se no planejamento.

realizar as atividades programadas fortalecer e ampliar os vínculos comunitários e com os parceiros

É nesse momento que se faz a análise das estratégias e julgamentoda relevância dos objetivos, eficácia e efetividade do alcance dos ob-jetivos esperados, a eficiência no uso dos recursos humanos, finan-ceiros e públicos e a sustentabilidade da intervenção.

Objetivos verificar a implementação da metodologia e de cada uma de suas etapas verificar as expectativas dos usuários frente às atividades executadas verificar a acessibilidade dos usuários aos programas propostos verificar a participação efetiva da comunidade nas atividades propostas

A partir do município de Chapada do Norte (cidade-piloto) o VALE DACIDADANIA atingirá as demais cidades da Microrregião de Capelinha,e em seguida a mesorregião do Jequitinhonha; através de ações coorde-nadas com as comunidades, e profissionais especializados, além dotreinamento de agentes locais, escolhidos pelas próprias comunidades.Suas ações programáticas consistirão em:

Buscar o estabelecimento de parcerias com agentes institucionais, edesenvolver uma metodologia para análise de viabilidade, monitoraçãoe avaliação de programas e projetos de desenvolvimento sócio-econô-micos, i. e., a elaboração de um diagnóstico preliminar;

Coordenar e desenvolver projetos orientados para o desenvolvimen-to sustentável, diretamente ou através de parcerias com entidadespúblicas ou privadas;

Apoiar a elaboração de projetos e agendas de trabalho, e angariarrecursos que venham de encontro aos objetivos de nosso Programa;

Instalar uma Clínica Médico-odontológica, prestando serviçomultifuncional à população local;

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IV. AvaliaçãoÉ nesse momento que se faz a análise das estratégias e julgamentoda relevância dos objetivos, eficácia e efetividade do alcance dos re-sultados esperados, a eficiência no uso dos recursos humanos, finan-ceiros e públicos e a sustentabilidade da intervenção.Objetivos

verificar a implementação da metodologia e de cada uma de suas etapas verificar as expectativas dos usuários frente às atividades executadas verificar a acessibilidade dos usuários aos programas propostos verificar a participação efetiva da comunidade nas atividades propostas

A partir do município de Chapada do Norte (cidade-piloto) o VALE DACIDADANIA atingirá as demais cidades da Microrregião de Capelinha,e em seguida a mesorregião do Jequitinhonha; através de ações coorde-nadas com as comunidades, e profissionais especializados, além dotreinamento de agentes locais, escolhidos pelas próprias comunidades.Suas ações programáticas consistirão em:

Buscar o estabelecimento de parcerias com agentes institucionais, edesenvolver uma metodologia para análise de viabilidade, monitoraçãoe avaliação de programas e projetos de desenvolvimento sócio-econô-micos, i. e., a elaboração de um diagnóstico preliminar;

Coordenar e desenvolver projetos orientados para o desenvolvimen-

to sustentável, diretamente ou através de parcerias com entidadespúblicas ou privadas;

Apoiar a elaboração de projetos e agendas de trabalho, e angariarrecursos que venham de encontro aos objetivos de nosso Progra-ma;

Instalar uma Clínica Médico-odontológica, prestando serviçomultifuncional à população local;

Instalar uma Escola (“Lar-Escola”), com ensino do Básico aoTécnico (privilegiando cursos voltados para a agricultura), paracrianças e adolescentes, com pleno acompanhamento nutricional,psico-social, até à sua inserção no mercado de trabalho local, ten-do como preocupação a fixação dos jovens formandos em sua pró-pria região;

Contribuir para a formação de lideranças comunitárias e entidadesde base, e sua qualificação, criando uma referência regional, atravésdo Centro de Educação Social;

Estimular o intercâmbio de experiências entre as entidades lo-cais e regionais;

Apoiar a democratização da informação em benefício da comunidade;Desenvolver a valorização de ações de cidadania;

Fazer gestões de recuperação do ambiente, com ênfase em fontesde água, da Mata Atlântica, e fauna regional.

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Promover um desenvolvimento sustentado com eqüidadesocial requer grande união de esforços e a mobilização

da sociedade brasileira. Para responder a todos os Projetos edesafios combinados com o aporte de recursos humanos e fi-nanceiros, o VALE DA CIDADANIA buscará a cooperação atra-vés de parcerias estratégicas e captação de recursos proveni-entes de doações de pessoas, empresas, fundações, agênciasnacionais e internacionais.

Para isso será criada uma Coordenação de captação, um departamen-to específico para planejar e elaborar as estratégias mais eficientes paraalcançarmos o aporte necessário para a realização de nossas ações.

Captação de recursosNa base do Projeto de Captação dos Recursos está a produção dematerial institucional para apresentação aos potenciais parceirosnacionais e internacionais. O Programa deverá ter uma excelenteapresentação, com conteúdo programático lógico e bem concatenadoa fim de levar ao doador uma exata compreensão da nossa Missão,Objetivo e Estratégias para a realização das ações em benefício dapopulação da Microrregião de Capelinha.

Recursos humanosNo gerenciamento desses recursos o VALE DA CIDADANIA está com-prometido não apenas a publicar regularmente o resultado de suasatividades, como também gerenciar seus recursos humanos de acor-do com as prioridades de seus Projetos, treinando-os e renovandosuas habilitações. A política de organização dos recursos humanos

levará em conta a motivação, iniciativa, criatividade e responsabili-dade de seu staff. Proporá a elaboração de um Plano de Carreira paraseus empregados.

Levará em conta também a implantação de processos degerenciamento eficientes.

Recursos humanosSerá criada uma estrutura de suporte com profissionais qualificadose preocupados com a responsabilidade social para atuarem comovoluntários nas áreas de atuação da organização.

ComunicaçãoO Departamento de comunicação atuará de forma programada noprocesso de fortalecer a visibilidade da Organização VALE DA CIDA-DANIA. Seu propósito é o de difundir de maneira correta e eficiente otrabalho do VALE DA CIDADANIA em todos os seus campos de ativida-de. Esse trabalho se dará junto às comunidades usuárias dos Proje-tos, entidades patrocinadoras, Mídia, e comunidade internacional.Enfatizará a sua missão essencial e seus objetivos de acordo com suaagenda de ações, cuidando de avaliar as respostas da opinião públi-ca a suas ações.

Será responsável também pela criação de toda publicidade e campa-nhas junto à sociedade civil.

Deverá assegurar a correta difusão de informações sobre todos sosseus campos de ação.

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Objetivo estratégico 1Promover atendimento médico odontológicoà população mais carente

Objetivos específicosGarantir a acessibilidade aos bens e servi-ços de saúde, procurando minimizar osgraves problemas apresentados nos relató-rios sobre a saúde produzidos pela Assesso-ria Técnica da Secretaria de Saúde Muni-cipal da Prefeitura de Chapada do Norte,iIncluindo-se a carência de clínicas e re-cursos humanos especializados e habilita-dos nas áreas de saúde.

Público alvoToda a população que acorrer ao CentroMédico para atendimento.

AtividadesAtendimento no Centro MédicoVisita domiciliar: busca ativa, acompanha-

mento e visitas para o cuidadoDoação de ambulância à Prefeitura

Controle e avaliaçãoSerá efetuado pela Coordenação acompa-nhado da Secretaria de Saúde Municipal erepresentantes da comunidade.

CronogramaA definir após diagnóstico final e ajuste coma comunidade liderança comunitária. Aconstrução do Centro Médico será efetuadoimediatamente após o aporte dos recursosfinanceiros necessários.

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Objetivo estratégico 4Promover a implantação de sistema decaptação e utilização racional de águapotável

Objetivos específicosPesquisar e implantar métodos eficientesde retenção de água para uso doméstico eagrícola.

Público alvoFamílias cadastradas e indicadas como es-tando em situação de maior risco social.

AtividadesConstrução de pequenas barragensPreparação de bacias de captação de en-

xurradasConstrução de sistemas de captação de

água de chuvaOrientação familiar sobre uso econômico e

inteligente da água potável

Controle e avaliaçãoSerá efetuado pela Coordenação de Saúde,Educação e agentes comunitários.

CronogramaA definir na ordem da urgência de carênciadas famílias e áreas cadastradas de acordocom diagnóstico prévio.

Objetivo estratégico 3Promover cursos sobre saneamentofamiliar rural

Objetivos específicosExecutar atividades de orientação e acom-panhamento do tratamento do lixo e despe-jos domésticos, buscando alternativas paraa implantação de sistemas de abastecimen-to de água, esgoto sanitário, coleta edestinação correta de resíduos sólidos, con-trole de vetores e de doenças transmissíveis,na perspectiva de melhorar a qualidade devida das famílias rurais, em termos de saú-de e bem-estar.

Público alvoFamílias das áreas de maior risco sanitário.

AtividadesTreinamento de agentes comunitários para

visitação às moradiasVisita domiciliar de agentes comunitários

com orientação de ações básicas, procuran-do responder às necessidades particulares decada família

Palestras nas escolasCriação e distribuição de kits sanitáriosEnvolvimento da liderança comunitária

na divulgação de medidas sanitárias

Controle e avaliaçãoSerá efetuado pela Coordenação junto daSecretaria de Saúde Municipal e represen-tantes da comunidade.

CronogramaAgenda definida para cada ano, mais mobi-lizações especiais.

Objetivo estratégico 2Promover campanhas de educaçãopreventiva a endemias e infecções

Objetivos específicosAssegurar ações de orientação que provo-quem significativas mudanças de atitude ecooperem para minimizar o alto índice demortalidade infantil, e ocorrências geradaspor falta de orientações básicas, além daocorrência de doenças oportunistas, preve-nindo situações de risco.

Público alvoFamílias da área de abrangência da atividadedo VALE DA CIDADANIA.

AtividadesReuniões com a comunidadeVisitasPalestrasDinâmicas de grupoCartazesCampanhas comunitárias

Controle e avaliaçãoSerá efetuado pela Coordenação de Saúde doVALE DA CIDADANIA juntamente com a Se-cretaria de Saúde Municipal e representan-tes da comunidade.

CronogramaA agenda será definida juntamente comas campanhas nacionais de prevenção,vacinação; e de acordo com as necessi-dades prioritárias apontadas pela rede desaúde local.

Objetivo estratégico 5Promover educação e acompanhamentopré-natal

Objetivos específicosAssegurar acompanhamento da saúde físi-ca e emocional da gestante e do bebê duran-te e após o desenvolvimento da gestação.

Público alvoMulheres grávidas na área de abrangênciado VALE DA CIDADANIA.

AtividadesAtendimento no Centro MédicoVisita domiciliar: para acompanhamentoReuniões e dinâmicas de grupo com as

grávidas e familiaresTreinamento para situações de emergência

Controle e avaliaçãoSerá efetuado pela Coordenação junto da Se-cretaria de Saúde Municipal.

CronogramaAto contínuo.

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Objetivo estratégico 6Promover o acesso livre, gratuito e acompa-nhado de crianças e adolescentes, da pré-es-cola ao ensino técnico

Objetivos específicosGarantir e fomentar o livre e gratuito acesso àEducação, cultura, e esportes, e acompanha-mento para evitar a evasão escolar. Evitar queas crianças venham a envolver -se em traba-lho infantil para compor renda familiar. For-talecer vínculos de inclusão social.

Público alvoCerca de 1.500 crianças e adolescentes noensino fundamental em dois turnos inicial-mente; depois nos três turnos.720 ciranças e adolescentes indicadas pelasfamílias cadastradas nos 4 Programas doVALE DA CIDADANIA.A prioridade das vagas será sempre a de cri-anças indicadas pelo representante legal,como sendo “sem lar”.Interessados de diversas origens para os qua-dros de cursos e oficinas especiais.

AtividadesEnsino regular em Escola de Ensino Fun-

damentalLar-Escola: preparação de 720 alunos in-

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Objetivo estratégico 7Erradicação do analfabetismo

Objetivos específicosPromover o desenvolvimento pessoal deadultos e crianças excluídas socialmentepelo analfabetismo.

Público alvoPopulação analfabeta identificada em pes-quisa prévia na área de atividade do VALEDA CIDADANIA.

AtividadesPreparação e mobilização de equipes

especializadas em alfabetizarIntervenção e interposição em fatores que

potencializam a manutenção do analfabe-tismo na região

Aulas regulares nos centros comunitáriosEnvolvimento dos alunos em ações de in-

serção social, levando-se em contapotencialidades pessoais identificadas

Controle e avaliaçãoCoordenação de Educação com a Secreta-ria de Educação Municipal e a liderança co-munitária.

CronogramaFreqüência a ser estabelecida junto à lide-rança comunitária.

Objetivo estratégico 8Promoção de oficinas culturais com produ-ção revertida para ações da comunidade

Objetivos específicosFortalecer vínculos familiares e de sociali-zação através de atividades lúdicas e práti-cas artesanais. O trabalho produzido serárevertido em favor dos participantes (desti-nando-os à troca ou venda através da coo-perativa VALE COOPERAR), e em favor daprópria comunidade carente.

Público alvoÉ destinado a todos os interessados.Atividades

Corte, costura, bordado, fuxicoCasa de contar evidenciar históriasCasa de brincar (ações para a criança pe-

quena e suas famílias)Formação de centros da juventudePráticas de artesanato regionalTeatroDançaMúsica

Controle e avaliaçãoFeito pela Coordenação de Educação e Con-selho Comunitário.

CronogramaA ser combinado com as comunidades.

Objetivo estratégico 9Promoção de cursos de capacitação profissi-onal (Plano de geração de renda)

Objetivos específicosQualificar sócio-profissionalmente o indiví-duo, com ênfase nas relações sociais e ofere-cimento de alternativa de geração de renda,através do oferecimento de cursos de interes-se da comunidade.

Público alvoAs famílias das comunidades mais carentesterão prioridade, mas está franqueado à po-pulação sob o compromisso de produzir paraa comunidade.

CursosPrimeiros socorrosNutrição infantilFormação de consciência ecológicaMecânica automotivaInformáticaHorta caseiraReaproveitamento alimentarDireitos humanos e cidadania

Controle e avaliaçãoSerão efetuados pela Coordenação de Edu-cação, mais as Associações Comunitárias.

CronogramaAgenda definida junto com a Comunidade.

dicados pelas famílias, em regime de semi-internato (do ensino fundamental - a partirde 9 anos - à formação técnica agrícola).Terão residência em residências especial-mente preparadas para eles, e monitoradaspor instrutores especiais e gabaritados (“paissociais”), atuando na sua formação e acom-panhamento social. Aos pais dos alunos in-dicados estará assegurada a completa assis-tência disposta em todos os outros Progra-mas

Ensino técnico profissionalizante regular:com foco na fixação do formando na terra epriorizando a pesquisa e desenvolvimento deconhecimentos agrícolas

Controle e avaliaçãoO controle será efetuado pela Coordenaçãode Educação e pelos consultores especiaispara a área de ensino especial.

CronogramaTerá início a construção da Escola tão logohaja o aporte financeiro para tal.

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Objetivo estratégico 10Recuperação das fontes de recursos hídricos

Objetivos específicosPromover pesquisa, preservação e açõespara a recuperação das fontes de água nabacia hidrográfica de Chapada do Norte eda região.

AtividadesPromoção de pesquisas sobre os fatores

determinantes para a extinção das fontesd’água

Intervenção junto aos órgãos competentessobre ações a serem tomadas emergencialmentepara recuperação das fontes

Educação da comunidade

Controle e avaliaçãoSerá efetuado pela Coordenação Ecológicajunto aos organismos de fiscalizaçãoambiental estadual e federal.

Objetivo estratégico 11Recuperação da Mata Atlântica

Objetivos específicosElaborar estudos e ações junto a empresasreflorestadoras para manutenção das caracte-rísticas naturais da região, e cuidado com afauna local.

AtividadesAções junto às empresas que efetuam quei-

madas e desmatamentos indiscriminadosCriar mudas para replanteAtuar junto às secretarias de governo para

elaboração de projetos específicos de reflo-restamento

Controle e avaliaçãoCoordenação Ecológica junto às organiza-ções governamentais e não-governamentais.

Objetivo estratégico 12Promoção e incentivo da criação de postosde turismo ecológico monitorado

Objetivos específicosCriar novas oportunidades de emprego es-pecializado.

Público alvoPessoas da comunidade interessadas.

AtividadesTreinamento de monitores ecológicosElaboração de serviços especiais para visita a

pontos turísticos avançados

Controle e avaliaçãoCoordenadoria Ecológica, mais as Associa-ções Comunitárias.

Objetivo estratégico 13Promoção de educação ambiental juntoà população e empresas regionais

Objetivos específicosGarantir a formação de educação ambiental.

Público alvoEmpresas e a comunidade.Atividades

Campanhas de esclarecimentoPalestrasDiscussõesIntervenções junto às comunidades em-

presariais

Controle e avaliaçãoCoordenação Ecológica juntamente com a

Secretaria de Planejamento Municipal.

Page 50: Plano Vale da Cidadania

Objetivo estratégico 14Promover a completa regularização civil depessoas e terras

Objetivos específicosDar condições de identificação civil junto àsociedade para que possa solicitar legalmentetodos os direitos que lhe cabem pelo poderda Constituição Federal.

Público alvoToda a população sem registro.

AtividadesIdentificação dos indivíduos e terras sem

registroOrientação e acompanhamento da regu-

larização civil

Controle e avaliaçãoCoordenação de Desenvolvimento Social e asAssociações Comunitárias.

Page 51: Plano Vale da Cidadania

Objetivo estratégico 16Reorientação alimentar-nutricional esanitária

Objetivos específicosGarantir o acesso a melhor orientação deaproveitamento alimentar e de medidas paraaproveitamento nutricional.

Público alvoAs 720 famílias cadastradas e indicadas noprocesso de seleção.

AtividadesOrientação acompanhada por extensionis-

tas treinadosAtendimento individual e ao grupo familiar

Controle e avaliaçãoCoordenação de Desenvolvimento Social.

CronogramaDefinido junto às Associações Comunitárias.

Objetivo estratégico 17Incentivo à produção local de alimentos,através de ações que combinem o usode tecnologias agroecológicas

Objetivos específicosEstimular e incentivar a produção de alimen-tos básicos, tornando-os disponíveis para con-sumo familiar dos pequenos produtores e suasfamílias, e gerando excedente para troca evenda.

Público alvoAs 720 famílias cadastradas para todosos Programas segundo seleção prévia.

AtividadesIdentificação das potencialidades da pro-

priedade familiarAssistência técnica completa por um téc-

nico especialista em ações de agriculturafamiliar para todas as fases de produção deagricultura familiar

Sustento familiar durante o período mé-dio de 2 anos até que a terra produza parasustento familiar

Orientação para recolhimento dos exceden-tes à cooperativa para distribuição e venda

Estimulo a desenvolvimento de outras ati-vidades produtivas compatíveis com sua pro-priedade, como: apicultura, avicultura fami-liar, caprinocultura, fruticultura e outros

Controle e avaliaçãoCoordenação de Desenvolvimento Social eDepartamento de Técnicas Agrícolas.

CronogramaEm seguida à preparação das novas moradias.

Objetivo estratégico 18Criação da Cooperativa VALE COOPERARpara a distribuição da produção local

Objetivos específicosVenda e distribuição da produção dos peque-nos agricultores sob os cuidados do VALE DACIDADANIA. Coordenar e orientar a distri-buição da produção artesanal, e de outrasfontes, revertendo os recursos em benefícioda própria comunidade carente, de acordocom as prioridades determinadas pela Coor-denação de Programas.

Público alvoOs pequenos produtores dos programas deagricultura familiar.

AtividadesEstabelecimento de critérios eficientes para

distribuição da produção localRecolhimento e distribuição da produção

nos centros que julgar mais convenientes

Controle e avaliaçãoCoordenação Geral e a Coordenação de AçãoSocial com as Associações Comunitárias.

Objetivo estratégico 15Promover a construção de moradias cominstalação de sistemas de captação de águasde chuva para uso doméstico

Objetivos específicosSubstituir as moradias em condições precá-rias proporcionando a melhoria das condi-ções de sobrevivência e proteção, com a ga-rantia das condições básicas para desenvol-vimento da higiene doméstica.

Público alvoAs 720famílias cadastradas e indicadas noprocesso de seleção.

AtividadesConstrução das casas com sistema de cap-

tação de água de chuva em regime demutirão comunitário

Orientação para o uso racional da água emedidas de saneamento e higiene pessoal

Controle e avaliaçãoCoordenação de Desenvolvimento social.

CronogramaSerá seguida a ordem de maior carência paraa construção das casas.

Page 52: Plano Vale da Cidadania

Arquiteta responsável: Dodôra Matos Ferreira

1-Portaria2-Áreas de Estacionamento3-Setor de Abastecimento e Serviços4-Setor de Oficinas5-Centro Educacional6-Administração Geral7-Centro de Lazer8-Subestação de Energia/Tratamento de Água9-Posto Policial10-Abastecimento de Combustível11-Casas-lares12-Vila dos Funcionários13-Lago para Piscicultura14-Praça Central - Coreto15-Centro de Convivência

Page 53: Plano Vale da Cidadania

O Complexo da Cidadania será a base fixa de apoio às ações no Jequitinhonha. O Complexo da Cidadania deverá ser construído

numa área de 300 mil m2, em Chapada do Norte.O local da construção será escolhido tendo-se em vista os seguin-tes critérios:1.Proximidade com as regiões de maior vulnerabilidade2.Proximidade da fronteira de municípios vizinhos que tenham suaárea de vulnerabilidade social em região de intercessão com o da

cidade-pilotoSeu potencial de atendimento será de 1.500 alunos internos emregime de alternância. A obra conta com 75 casas-lar e ofici-nas profissionalizantes, escola e complexo esportivoO Complexo oferece acesso à prática de esportes, cultura, alémde formação moral cristã e disciplinar e de um espaço de con-vivência para a comunidade com capacidade para 800 pessoasassentadas.

Page 54: Plano Vale da Cidadania

O VALE DA CIDADANIA é uma organização constituída como

pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, inscrita

junto ao Ministério da Fazenda com o CNPJ Nº: 05.829.093/

0001-85. A organização observa os princípios da legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da

eficiência sem discriminação de raça, cor, gênero ou religião, e

não mantém caráter político partidário.

Contatoscomunicaçã[email protected]

Clésio [email protected] de Promoção Institucional

Apoio

Advocacia Consultoria Treinamento

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