planos e programas para a melhoria da qualidade do ar na ... · programa de execuçãoda região...
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universidade de aveiro
PPllaannooss ee PPrrooggrraammaass ppaarraa
aa MMeellhhoorriiaa ddaa QQuuaalliiddaaddee
ddoo AArr nnaa RReeggiiããoo NNoorrttee UUmmaa vviissããoo ppaarraa oo ppeerrííooddoo 22000011--22000066
Relatório R2
AMB-QA-7/2008
Novembro 2008
Trabalho promovido pela CCDR-N e elaborado pela Universidade
de Aveiro, no âmbito de Protocolo de Colaboração estabelecido
entre as duas instituições
EEqquuiippaa ttééccnniiccaa DDAAOO//UUAA –– DDeeppaarrttaammeennttoo ddee AAmmbbiieennttee ee
OOrrddeennaammeennttoo ddaa UUnniivveerrssiiddaaddee ddee AAvveeiirroo
Carlos Borrego
Ana Isabel Miranda
Anabela Carvalho
Elisa Sá
Helena Martins
Sofia Sousa
DDEEGGEEII//UUAA –– DDeeppaarrttaammeennttoo ddee EEccoonnoommiiaa,, GGeessttããoo ee EEnnggeennhhaarriiaa
IInndduussttrriiaall ddaa UUnniivveerrssiiddaaddee ddee AAvveeiirroo
Sílvia Jorge
Celeste Varum
i
ÍÍnnddiiccee ggeerraall
Prefácio ...........................................................................................................1 1. Enquadramento legislativo ..........................................................................3 2. Matéria particulada: fontes e efeitos ...........................................................9 2.1 Fontes naturais de matéria particulada ..........................................................10 2.2 Fontes antropogénicas de matéria particulada ................................................ 13 3. Partículas em suspensão – caracterização da situação na Região Norte no período 2001-2006........................................................................................15 4. Identificação e caracterização dos episódios de origem natural no período 2001-2006.....................................................................................................29 4.1 Identificação da influência dos desertos de África ............................................ 29 4.2 Identificação da influência dos incêndios florestais .......................................... 31 4.3 Identificação da influência global de eventos naturais ...................................... 32 5. Medidas de melhoria da qualidade do ar e cenários de emissões para o período 2001-2006........................................................................................35 5.1 Medidas previstas e Cenário Base.................................................................. 35 5.2 Medidas adicionais e Cenário de Redução....................................................... 37 5.2.1 Custos económicos das medidas adicionais do período 2001-2006.................. 45 7. Considerações finais..................................................................................47 Referências....................................................................................................49
ii
ÍÍnnddiiccee ddee qquuaaddrrooss
Quadro 1.1: Instrumentos europeus e nacionais em curso (adaptado de Boavida et al., 2004) .......................................................................................................... 5 Quadro 3.1: Caracterização das estações de monitorização da qualidade do ar da região Norte..................................................................................................... 16 Quadro 3.2: Eficiências nos analisadores de PM10 das estações de qualidade do ar da Região Norte em 2001-2006 .............................................................................. 17 Quadro 3.3: Eficiência mínima a considerar para estações de qualidade do ar com eficiência inferior a 90% e excedências aos parâmetros legais estabelecidos para as PM10................................................................................................................ 19 Quadro 3.4: Valores limite e margens de tolerância de concentrações atmosféricas de PM10 para protecção da saúde humana, de acordo com o DL 111/2002 de 16 de Abril20 Quadro 3.5: Estações em incumprimento e número total de ultrapassagens expressas em relação ao VL diário + MT de PM10 em 2001-2006 ........................................... 21 Quadro 3.6: Estações em incumprimento em relação ao VL anual + MT de PM10 em 2001-2006 ...................................................................................................... 22 Quadro 3.7: Aglomerações e estações incluídas nos Planos de Melhoria da Qualidade do Ar da Região Norte entre 2001 e 2006............................................................ 23 Quadro 3.8: Raio de representatividade das estações de monitorização de qualidade do ar (EEA, 1999)............................................................................................. 24 Quadro 3.9: Estimativa da área e população afectadas pela ultrapassagem do VL+MT de PM10 entre 2001 e 2006 ................................................................................ 27 Quadro 5.1: Medidas adicionais definidas no âmbito do Plano de Melhoria da qualidade do ar da Região Norte 2005-2006 ........................................................ 37 Quadro 5.2: Benefícios ambientais do Cenário a.................................................. 41 Quadro 5.3: Benefícios ambientais do Cenário b1................................................ 44 Quadro 5.4: Benefícios ambientais do Cenário b2................................................ 45 Quadro 5.5: Custo total e por medida das medidas propostas no Plano de Melhoria 2005-2006 ...................................................................................................... 46 Quadro B.1: Resumo das Propostas de Medida das entidades participantes no Programa de Execução da Região Norte............................................................... 63 Quadro C.1: Factores de emissão determinados para os veículos pesados de passageiros, consoante a velocidade e o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003).............................................................................................................. 71 Quadro C.2: Factores de emissão determinados para os veículos pesados de mercadorias, consoante a velocidade e o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003).............................................................................................................. 71 Quadro C.3: Factores de emissão determinados para os veículos ligeiros de passageiros a gasolina, consoante a velocidade e o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003) ................................................................................................. 72 Quadro C.4: Factores de emissão determinados para os veículos ligeiros de passageiros a gasolina, consoante a velocidade e o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003) ................................................................................................. 72 Quadro C.5: Factores de emissão determinados para os veículos ligeiros de mercadorias a gasolina, consoante a velocidade e o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003) ................................................................................................. 72 Quadro C.6: Factores de emissão determinados para os veículos ligeiros de mercadorias a gasóleo, consoante a velocidade e o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003) ................................................................................................. 72 Quadro C.7: Factores de emissão determinados para os motociclos, consoante a velocidade e o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003).............................. 72
iii
Quadro C.8: Emissões de diferentes tipos de veículos consoante o combustível (adaptado de URL 1)......................................................................................... 73 Quadro C.9: Emissões de PM10 (ton.ano
-1) regionais e nos concelhos da Região Norte participantes ou directamente afectados pelo PERN (adaptado de Borrego et al., 2003 e URL 2).......................................................................................................... 73 Quadro C.10: Benefícios ambientais da Medida 1 proposta pela CM Gondomar para o concelho de Gondomar (substituição de veículos e aquisição de novos) ................... 75 Quadro C.11: Benefícios ambientais da Medida 1 proposta pela CM Porto para o concelho do Porto (abate de veículos e aquisição de novos) ................................... 75 Quadro C.12: Benefícios ambientais da Medida 1 proposta pela CM São João da Madeira para o concelho de São João da Madeira (abate e venda de veículos).......... 75 Quadro C.13: Benefícios ambientais da Medida 1 proposta pela CM Trofa para o concelho da Trofa (reconversão de veículos para biodiesel).................................... 76 Quadro C.14: Benefícios ambientais da Medida 1 proposta pela CM Vila Nova de Famalicão para o concelho de Vila Nova de Famalicão (abate de 2 veículos e reconversão para biodiesel de 4 veículos) ............................................................ 77 Quadro C.15: Benefícios ambientais da Medida 1 proposta pela STCP para os concelhos servidos pela rede (abate de veículos e aquisição de novos).................... 77 Quadro C.16: Reduções nas emissões de partículas nos concelhos que apresentaram Proposta de Medida 2........................................................................................ 78 Quadro C.17: Benefícios ambientais da Medida 2 proposta pela CM Felgueiras para o concelho de Felgueiras (reconversão de veículos de limpeza urbana para biodiesel) .. 79 Quadro C.18: Benefícios ambientais da Medida 2 proposta pela CM Gondomar para o concelho de Gondomar (aquisição de veículos de recolha de RSU novos) ................. 80 Quadro C.19: Benefícios ambientais da Medida 2 proposta pela CM Porto para o concelho do Porto (abate da frota de veículos de recolha de RSU) .......................... 80 Quadro C.20: Benefícios ambientais da Medida 2 proposta pela CM Vila do Conde para o concelho de Vila do Conde (abate de veículos de recolha de RSU e aquisição de novos) ............................................................................................................ 80 Quadro C.21: Benefícios ambientais da Medida 2 proposta pela CM de Vila Nova de Famalicão para o concelho de Vila Nova de Famalicão (substituição de 7 veículos de recolha de RSU e reconversão de 8).................................................................... 81 Quadro C.22: Reduções nas emissões de partículas nos concelhos que apresentaram Proposta de Medida 5........................................................................................ 82 Quadro C.23: Reduções nas emissões de partículas nos concelhos que apresentaram Proposta de Medida 14 ...................................................................................... 83 Quadro C.24: Frota de pesados de passageiros em Portugal e emissões anuais de PM10 associadas (adaptado de URL 4).................................................................. 87 Quadro C.25: Frota de pesados de passageiros em Portugal e e emissões anuais de PM10 associadas, supondo a aplicação da Medida Adicional A.................................. 87 Quadro C.26: Frota de pesados de passageiros em Portugal e emissões anuais de PM10 associadas, supondo a aplicação da Medida Adicional B.................................. 89 Quadro C.27: Frota de pesados de mercadorias em Portugal e e emissões anuais de PM10 associadas, supondo a aplicação da Medida Adicional B.................................. 90 Quadro D.1: Custo total por entidade, global e anual........................................... 96 Quadro D.2: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 1) ........................ 97 Quadro D.3: Pressupostos usados no cálculo dos custos da Medida 1..................... 98 Quadro D.4: Acções não incluídas no custeio da Medida 1 por falta de informação... 98 Quadro D.5: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 2) ........................ 99 Quadro D.6: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 4) ...................... 101 Quadro D.7: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 5) ...................... 103 Quadro D.8: Acções não incluídas no custeio da Medida 5 por falta de informação. 103 Quadro D.9: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 14) .................... 104
iv
Quadro D.10: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 15) .................. 105 Quadro D.11: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 16) .................. 106 Quadro D.12: Acções não incluídas no custeio da Medida 16 por falta de informação.................................................................................................................... 106 Quadro D.13: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 19) .................. 107 Quadro D.14: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 20) .................. 109 Quadro D.15: Acções não incluídas no custeio da Medida 20 por falta de informação.................................................................................................................... 109 Quadro D.16. Custo total e por entidade, global e anual (Medida 21) .................. 110 Quadro D.17: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 22) .................. 111 Quadro D.18: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 24) .................. 112 Quadro D.19: Acções não incluídas no custeio da Medida 24 por falta de informação.................................................................................................................... 113
v
ÍÍnnddiiccee ddee ffiigguurraass
Figura 1.1: Directivas Comunitárias e legislação nacional correspondente no âmbito da qualidade do ar .............................................................................................. 3 Figura 1.2: Representação gráfica de um cenário de referência em que a diminuição de concentrações não é suficiente para o cumprimento do VL sendo por isso necessário considerar um cenário alternativo com medidas adicionais (adaptado de Boavida et al., 2004)................................................................................................................ 7 Figura 2.1: Imagem de satélite do dia 28 de Fevereiro de 2000 (URL 2) ................ 11 Figura 2.2: Número de incêndios ocorridos em Portugal e área ardida entre 2001 e 2006 (adaptado de DGRF, 2008) ........................................................................ 12 Figura 3.1: Representação das Zonas e Aglomerações da Região Norte e localização das estações de monitorização ........................................................................... 15 Figura 3.2: Rácio entre o número de excedências e o número de estações em medição no período 2001-2006....................................................................................... 22 Figura 3.3: Representação da área afectada pela ultrapassagem do VL+MT de PM10 nas estações da Região Norte em incumprimento durante o período 2001-2006....... 26 Figura 4.1: Outupts do modelo DREAM (a), índice NASA-TOMS (b), modelo HYSPLIT (c), modelo NAAPS (d) e modelo SKYRON (e) ...................................................... 31 Figura 4.2: Outupts do modelo de retrotrajectórias HYSPLIT (a), modelo de dispersão HYSPLIT (c), arquivo de incêndios geo-referenciados Web FIRE Mapper (c) e satélite MODIS (d) ....................................................................................................... 32 Figura 4.3: Síntese das causas das excedências do VL diário de PM10 na Região Norte entre 2001 e 2006............................................................................................ 33 Figura 5.1: Contribuição das categorias chave para as emissões de PM10 da EU-27 em 2006 (EEA, 2008) ............................................................................................. 43 Figura C.1: Contribuição das categorias de veículos para as emissões totais de PM10 (adaptado de Borrego et al., 2008)..................................................................... 88
1
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
PPrreeffáácciioo
O presente trabalho resulta do protocolo de colaboração entre a Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e a Universidade de
Aveiro (UA) intitulado “Planos e programas para a melhoria da qualidade do ar na
Região Norte: uma visão para o período 2001-2006”.
Tendo sido no relatório R1, de Fevereiro de 2008, identificados os episódios de
incumprimento legal nos anos de 2005 e 2006 no que concerne aos valores limite de
PM10 para protecção da saúde humana, objectiva o presente relatório, para além de
uma actualização de apreciações anteriores, a descrição global de todo o trabalho
levado a cabo no âmbito dos Planos e Programas desde 2001.
Serão vertidas, no presente trabalho, as considerações do Programa de Execução da
Região Norte 2001-2004, cuja elaboração segue em paralelo com a do Plano de
Melhoria da Qualidade do Ar para 2005 e 2006.
A elaboração de Planos de Melhoria da Qualidade do Ar para o ozono é obrigatória a
partir de 2010, ano após o qual se deverão referenciar as ultrapassagens do valor alvo
definido para este poluente.
3
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
11.. EEnnqquuaaddrraammeennttoo lleeggiissllaattiivvoo
Com o objectivo de controlar e minorar os efeitos da poluição atmosférica sobre a
saúde humana e o ambiente, têm vindo a ser adoptadas desde há vários anos medidas
legislativas, tanto a nível nacional como a nível comunitário. A Directiva-Quadro (DQ)
da qualidade do ar (Directiva 96/62/CE, de 27 de Setembro), transposta para o direito
interno pelo Decreto-Lei 276/99, de 23 de Julho, define as linhas de orientação da
política europeia de gestão da qualidade do ar ambiente, complementadas
posteriormente através das designadas Directivas-Filha, com o estabelecimento de
valores normativos para os vários poluentes. Na Figura 1.1 indicam-se os Directivas
Europeias existentes na área da qualidade do ar, e correspondentes Decretos-Lei
nacionais resultantes da sua transposição.
Figura 1.1: Directivas Comunitárias e legislação nacional correspondente no âmbito da qualidade do ar
Deste modo, o dióxido de enxofre (SO2), os óxidos de azoto (NOx), as partículas em
suspensão (PM) e o chumbo (Pb) são regulamentados através da Directiva 1999/30/CE
de 22 de Abril. Por outro lado, a Directiva 2000/69/CE de 16 de Novembro estabelece
os valores normativos para o monóxido de carbono (CO) e benzeno (C6H6). Estas duas
Revoga a Directiva-Quadro e as 3 primeiras Directivas-filha a 11 de Junho de 2010
DL 276/99 de 23 de Julho
Directiva 99/30/CE de 22 de Abril (SO2, NOx, PM e Pb)
Directiva 2000/69/CE de 16 de Novembro
(C6H6 e CO)
Directiva 2002/3/CE de 12 de Fevereiro
(O3)
Directiva 2004/107/CE de 15 de Dezembro (Ar, Cd, Ni, Hg e
PAH)
DL 111/2002 de 16 de Abril
DL 320/2003 de 20 de Dezembro
Directiva 96/62/CE de
27 de Setembro DL 279/07 de 6 de Agosto
DL 351/2007 de 31 de Outubro
Directiva 2008/50/CE de 21 de Maio
Portaria 716/08 de 6 de Agosto
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
directivas foram transpostas para a legislação nacional pelo Decreto-Lei 111/2002 de
16 de Abril.
Mais recentemente surge a Directiva 2002/3/CE, de 12 de Fevereiro, relativa ao ozono
(O3) no ar ambiente, e a Directiva 2004/107/CE, de 15 de Dezembro, relativa ao
arsénio (As), cádmio (Cd), mercúrio (Hg), níquel (Ni) e hidrocarbonetos aromáticos
policíclicos (PAH, do inglês Polycyclic Aromatic Hydrocarbons) no ar ambiente. Destas,
a primeira foi transposta para o direito português através do Decreto-Lei 320/2003, de
20 de Dezembro, e a segunda foi transposta pelo Decreto-Lei 351/2007, de 23 de
Outubro.
Em 2008, foi publicada a nova Directiva-Quadro da Qualidade do Ar, que irá ter efeitos
revogatórios sobre as Directivas 1996/62/CE, de 27 de Setembro, 1999/30/CE, de 22
de Abril, 2000/69/CE, de 16 de Novembro e 2002/3/CE, de 12 de Fevereiro, a partir de
11 de Junho de 2010. As principais alterações desta directiva às anteriores são:
• Estabelecimento de um objectivo nacional de redução da exposição às PM2,5 e
de um valor alvo e um valor limite para as PM2,5 para protecção da saúde
humana;
• Possibilidade de prorrogação dos prazos de cumprimento e isenção da
obrigação de aplicar determinados valores-limite.
O artigo 8º da Directiva-Quadro da qualidade do ar ainda em vigor decreta a obrigação
de os Estados-Membros (EM) promoverem a melhoria da qualidade do ar,
estabelecendo que deve ser elaborada uma lista das zonas e aglomerações em que os
níveis de um ou mais poluentes sejam superiores ao valor–limite (VL) acrescido da
margem de tolerância (MT, progressivamente reduzida ao longo dos anos até ao ano
de cumprimento final do VL, em que essa margem se torna nula) ou ao VL quando a
MT não tenha sido fixada ou não se aplique. Nas zonas e aglomerações identificadas,
os EM devem tomar medidas para garantir que seja elaborado ou aplicado um plano ou
programa (PPar) destinado a fazer cumprir o VL dentro do prazo fixado.
Esse documento deve ser redigido pelos EM como forma de apresentar à União
Europeia o estado da qualidade do ar do País, as medidas definidas para o melhorar e
as previsões quantitativas dessas melhorias, através de modelação numérica. No caso
em que se demonstre que as situações de ultrapassagem do VL (ou do VL acrescido da
MT) se deveram a causas naturais, a elaboração de Planos e Programas não é exigida.
No caso do O3, em que a legislação não define valores–limite, mas sim valores–alvo, o
DL 320/2003 de 20 de Dezembro obriga à “elaboração e aplicação de um plano ou
programa” nas zonas e aglomerações em que estes sejam ultrapassados. Dado que
apenas em 2010 se deverá avaliar o cumprimento dos valores-alvo, é a partir data que
serão elaborados, em caso de necessidade, os PPar para o ozono.
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Os PPar deverão ser entregues até 18 meses após o registo das excedências à Agência
Portuguesa do Ambiente, que dispõe de mais 6 meses para os encaminhar para a
União Europeia (Boavida et al., 2004). De acordo com o artigo 11º da DQ, deve
informar-se a Comissão dos progressos registados na aplicação dos PPar de 3 em 3
anos.
O Decreto-Lei 276/99, de 23 de Julho, estabelece que compete às Comissões de
Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), nas suas áreas de jurisdição,
elaborar e aplicar planos ou programas destinados a fazer cumprir o VL.
O estabelecimento de medidas para se atingirem os valores-limite de concentração dos
vários poluentes não deve ser um acto isolado, sendo determinante para o sucesso da
sua aplicação a interacção com medidas já definidas. Efectivamente, encontra-se já
estabelecido um conjunto de medidas que, no âmbito de outras estratégias,
influenciam a qualidade do ar e consequentemente contribuem para o cumprimento
dos VL estipulados, como por exemplo o Programa Nacional para as Alterações
Climáticas (PNAC), o diploma Prevenção e Controlo Integrados de Poluição (PCIP) e o
Programa para os Tectos de Emissão Nacionais (PTEN). No Quadro 1.1 resumem-se
alguns dos instrumentos europeus e nacionais em curso que abrangem, directa ou
indirectamente, as partículas, e as datas de cumprimento dos objectivos estabelecidos.
Quadro 1.1: Instrumentos europeus e nacionais em curso (adaptado de Boavida et al., 2004)
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA
COMUNITÁRIA
INSTRUMENTOS NACIONAIS DE
POLÍTICA
Directivas Comunitárias Instrumentos Regulamentares
DATAS
- Portaria 286/93 Em vigor
Directiva PCIP (96/61/CE) – as
instalações abrangidas devem obter,
como condição essencial para a sua
operação, uma licença ambiental
integrada. O nível de desempenho
ambiental exigido baseia-se na utilização
das Melhores Técnicas Disponíveis
Decreto-Lei 194/2000 (PCIP) 2007 - inst. existentes
Em vigor – novas
Directiva 98/69/CE – controlo das
emissões dos veículos a motor -
EURO III – 2000
EURO IV –2005 EURO
V –2008
Directiva GIC (2001/80/CE) – Controlo
das emissões de poluentes atmosféricos
das instalações> 50 MW
Decreto-Lei 178/2003 (GIC) 2008 - inst. existentes
Em vigor – novas
Directiva E-FRE (2001/77/CE) – Promoção
da produção de electricidade a partir de
fontes renováveis de energia
- 39% em 2010
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA
COMUNITÁRIA
INSTRUMENTOS NACIONAIS DE
POLÍTICA
Directivas Comunitárias Instrumentos Regulamentares
DATAS
Directivas 97/68/CE e 2001/63/CE –
medidas a tomar contra a emissão de
poluentes gasosos e partículas
provenientes de motores de combustão
interna a instalar em máquinas móveis
não rodoviárias
Decreto-Lei 432/99 e Decreto-Lei
202/2002 Em vigor
Directivas 97/24/CE e 2002/51/CE –
redução das emissões de veículos a motor
de 2 e 3 rodas
- -
OUTROS INSTRUMENTOS OUTROS INSTRUMENTOS DE
POLÍTICA
Acordo de Partilha de Responsabilidades
(Protocolo Quioto); Programa Europeu
para Alterações Climáticas (PEAC) e no
seu âmbito o Comércio Europeu de
Emissões de Gases com Efeito de Estufa
Programa Nacional para as Alterações
Climáticas 2008 - 2012
- Plano Nacional de Redução das
Emissões das GIC 2008
Uma excedência ao VL+MT no ano de referência (em estudo), não significa
necessariamente que o VL seja ultrapassado no ano de cumprimento (definido como
2010, no âmbito de presente trabalho). Com efeito, medidas já existentes ou
planeadas podem ser suficientes para o cumprimento dos VL nos prazos fixados. Antes
de se considerar a aplicação de medidas adicionais importa analisar o cenário-base,
que é estabelecido tendo em conta que não são aplicadas medidas adicionais para
além das preconizadas ao abrigo das políticas, medidas e instrumentos já
estabelecidos e que contribuem, directa ou indirectamente para a redução das
concentrações dos poluentes em causa (Boavida et al., 2004). A constatação do não
cumprimento dos VL para o cenário-base implica que o PPar terá de apresentar
medidas adicionais com vista à observância do cumprimento dos VL reflectida no
cenário alternativo adoptado, conforme representado na Figura 1.2.
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
2000 2005 2010 2015Ano
Con
cent
raçã
o
Ano de referência
Ano em que o VL 2005 tem de ser
cumprido
Ano em que o VL 2010 tem de ser
cumprido
Cenário base
Cenário alternativo
VL (2005/2010)
2000 2005 2010 2015Ano
Con
cent
raçã
o
Ano de referência
Ano em que o VL 2005 tem de ser
cumprido
Ano em que o VL 2010 tem de ser
cumprido
Cenário base
Cenário alternativo
VL (2005/2010)
Figura 1.2: Representação gráfica de um cenário de referência em que a diminuição de concentrações não é suficiente para o cumprimento do VL sendo por isso necessário considerar
um cenário alternativo com medidas adicionais (adaptado de Boavida et al., 2004)
A definição de cenários alternativos passa por considerar, no cenário base, as reduções
de emissões resultantes da aplicação de diferentes conjuntos de medidas adicionais.
Para cada um desses cenários, a utilização de modelos numéricos de qualidade do ar
permitirá verificar se as medidas propostas garantem o cumprimento dos VL.
O conhecimento da situação existente e da sua evolução é fundamental na concepção
das medidas adicionais. Antes de ser feita a sua hierarquização torna-se necessário
quantificar o nível de melhoria resultante da implementação da(s) medida(s). A
avaliação do tipo de medidas, face aos objectivos pretendidos, será um passo essencial
na selecção das medidas mais adequadas, devendo ser equacionados vários aspectos,
nomeadamente a análise custo-eficácia da medida, a sua aceitação e a calendarização
das acções.
Na sequência do trabalho já realizado a nível nacional no âmbito dos PPar, foi
publicado o Decreto-Lei 279/2007, de 6 de Agosto, que, através de alterações a alguns
pontos do Decreto 276/99 de 23 de Julho, introduz uma distinção entre os Planos e os
Programas. Assim, é definido um conjunto de procedimentos que, envolvendo os
diferentes ministérios e respectivos serviços, a administração local e outras entidades
relevantes, garantam a aprovação, aplicação e acompanhamento dos Planos de
Melhoria da qualidade do ar e respectivos Programas de Execução, visando os últimos
a concretização efectiva das medidas previstas nos Planos.
Assim, deverá ser elaborado um Plano de Melhoria da Qualidade do Ar para as regiões
que apresentem ultrapassagens aos VL de poluentes atmosféricos, sendo
posteriormente este documento aprovado em Portaria. O Decreto-Lei 279/2007, de 6
de Agosto, prevê, no artigo 9º B, que no prazo máximo de seis meses a contar da
publicação da portaria que aprova o Plano de Melhoria de cada Região, as CCDR
apresentem uma proposta de Programa de Execução. O Programa de Execução será
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
posteriormente aprovado por despacho conjunto dos ministros das áreas do Ambiente
e das áreas de execução das medidas previstas.
Para a elaboração da proposta do Programa de Execução de cada Região, as CCDR
deverão promover a consulta das entidades identificadas como responsáveis pela
aplicação das medidas previstas no Plano de Melhoria respectivo, de forma a:
• Analisar as medidas constantes do plano aprovado através da ponderação custo –
benefício e custo – eficácia das mesmas e da definição das acções a realizar para a
sua concretização;
• Hierarquizar e calendarizar as medidas a incluir na proposta de Programa de
Execução, bem como identificar as entidades responsáveis pela sua
implementação;
• Fixar os indicadores adequados para monitorizar a eficácia das medidas
adoptadas;
• Avaliar os resultados obtidos e, caso necessário, reavaliar as medidas em curso,
propondo alterações às mesmas ou novas medidas.
Em 2008 foi publicada a Portaria 716/2008, de 6 de Agosto, que aprova o Plano de
Melhoria da Qualidade do Ar da Região Norte relativo ao período 2001-2004 (PMRN),
pelo que até Fevereiro de 2009 deverá ser apresentada uma Proposta de Programa de
Execução.
O presente documento constitui o Plano de Melhoria da Qualidade do Ar da Região
Norte para o período 2005-2006, consolidando também toda a informação patente no
Plano de Melhoria relativo ao período 2001-2004.
Tal como referido previamente, este trabalho versará as excedências do valor limite de
PM10 para protecção da saúde humana ocorridas no período 2001-2006.
9
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
22.. MMaattéérriiaa ppaarrttiiccuullaaddaa:: ffoonntteess ee eeffeeiittooss
A matéria particulada (Particulate Matter, PM) em suspensão é composta por partículas
sólidas ou líquidas dispersas na atmosfera, pelo que também é denominada de
aerossol atmosférico. Quando emitido directamente das fontes poluidoras, é chamado
aerossol primário, e quando é formado na atmosfera por processos de conversão gás-
-partícula é chamado aerossol secundário. Os gases precursores são, por exemplo,
óxidos de azoto (NOx), dióxido de enxofre (SO2), amoníaco (NH3) e compostos
orgânicos voláteis (COV’s). As contribuições destes gases e o seu potencial relativo
para formar partículas dependem da região, estação do ano e condições
meteorológicas.
As partículas variam entre tamanhos que vão desde alguns nanómetros até dezenas de
micrómetros em diâmetro aerodinâmico equivalente (DAE – diâmetro de uma esfera
de densidade unitária com a mesma velocidade terminal da partícula). De um modo
simples, dividem-se as partículas em duas categorias de tamanho: finas, com DAE
inferiores a 2,5 µm, e grosseiras, com DAE superior a 2,5 µm. Efectivamente, o
aerossol atmosférico divide-se em três modos de distribuição de tamanhos: o modo de
nucleação, com partículas que variam entre os 0,005 e 0,1 µm de DAE (formadas por
condensação de vapores quentes durante a combustão e por processos de conversão
gás-partícula), o modo de acumulação, entre 0,1 e 2,5 µm (formado por coagulação
das partículas do modo de nucleação e condensação de vapores em partículas já
existentes, levando ao aumento do seu tamanho) e o modo de sedimentação, com
partículas superiores a 2,5 µm de DAE (partículas formadas por processos mecânicos e
derivadas de emissões directas naturais e antropogénicas) (Seinfeld e Pandis, 1998).
As consequências para o ambiente das partículas em suspensão na atmosfera são
variadas, sendo a redução na visibilidade uma das de mais imediata percepção. Podem
também interferir no balanço radiativo, levando à diminuição da radiação que entra e
sai da atmosfera, dispersando-a e absorvendo-a, consoante o seu tamanho e
composição. Actualmente, a matéria particulada é considerada, em conjunto com os
gases de efeito de estufa, um importante elemento no processo das alterações
climáticas.
A deposição de partículas contendo sulfatos, nitratos, ácidos orgânicos, etc., conduz à
acidificação de solos e águas. O património construído pode igualmente ser afectado
por este tipo de partículas (Seinfeld e Pandis, 1998). Ao nível da vegetação, o aerossol
pode ser responsável pela inibição das trocas gasosas através do bloqueamento dos
estomas.
A exposição à matéria particulada é responsável por danos também na saúde humana,
que variam consoante o tamanho das partículas. Segundo um estudo da Organização
Mundial de Saúde (OMS), em 1999 o número de mortes na Europa devido à emissão
10
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
deste poluente pelos escapes dos automóveis excedeu aquele provocado pelos
acidentes de trânsito (Rodriguéz, 2002). Outros dados sugerem que o cidadão europeu
morre, em média, um ano mais cedo devido à poluição por matéria particulada (URL
1). Os efeitos das partículas na saúde humana manifestam-se sobretudo ao nível do
aparelho respiratório, dependendo da sua composição química, mas também do local
onde estas se depositam. Assim, as partículas de maiores dimensões são normalmente
filtradas, ao nível do nariz e das vias respiratórias superiores. Outras mais pequenas
podem atingir a parte superior dos pulmões (DAE entre 2,5 e 10 µm), e as de DAE
entre 2,5 e 1 µm chegam a atingir a região alveolar (CAFE, 2004). Os perigos para a
saúde traduzem-se, por exemplo, em bronquites crónicas, crises cardíacas e
respiratórias, irritação da mucosa dos olhos, nariz e garganta ou danos no sistema
imunitário primário.
O presente documento direcciona-se para as PM10, a fracção de matéria particulada
cujos limites de concentração no ar ambiente se encontram legislados. As PM10 são,
por definição, “partículas em suspensão susceptíveis de serem recolhidas através de
uma tomada de amostra selectiva, com eficiência de corte de 50%, para um diâmetro
aerodinâmico de 10 µm” (DL 111/2002 de 16 de Abril).
22..11 FFoonntteess nnaattuurraaiiss ddee mmaattéérriiaa ppaarrttiiccuullaaddaa
Estudos realizados na última década demonstram que as emissões de origem natural
têm um contributo não desprezável nos níveis de PM registados, podendo constituir
uma parte significativa dos níveis de partículas medidos na Europa, mesmo em áreas
urbanas. Em termos quantitativos, Querol et al. (2004) concluíram que, em locais
costeiros, o aerossol marinho pode atingir níveis médios de 7 µg.m-3. A matéria
particulada de origem mineral natural pode atingir níveis médios entre 5 e 11 µg.m-3,
em estações de tráfego e urbanas, respectivamente.
Poeiras do Norte de África
O transporte de poeiras do Norte de África, dos desertos do Saara e do Sahel, constitui
uma fonte natural com elevada influência sobre o território nacional. As poeiras destes
desertos são injectadas na atmosfera por fenómenos de ressuspensão locais e são
depois transportadas a diferentes altitudes (desde o nível do mar até cerca dos 4500
metros), afectando o Sul da Europa, especialmente a bacia do Mediterrâneo. As
partículas mais finas (< 10µm) poderão ser transportadas a longas distâncias,
podendo viajar mais de 5000 km (Seinfeld e Pandis,1998). Apesar deste tipo de
situação ocorrer durante todo o ano, a sua frequência é menor nos meses de
Novembro e Dezembro. Eventos intensivos são geralmente registados em Fevereiro,
11
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Março e no Verão (CAFE, 2004). Um exemplo deste fenómeno pode ser observado na
imagem de satélite do dia 28 de Fevereiro de 2000 (Figura 2.1), em que uma nuvem
de partículas com origem em África se estende pelo Atlântico, atingindo o território
nacional.
Figura 2.1: Imagem de satélite do dia 28 de Fevereiro de 2000 (URL 2)
Rodriguéz et al. (2001) determinaram que as concentrações de poeiras minerais na
região Este de Espanha durante episódios de transporte de poeiras dos desertos
africanos podem atingir contribuições na ordem dos 20 – 30 µg.m-3 para as PM10 e 10 -
15 µg.m-3 para as PM2.5 (partículas em suspensão susceptíveis de serem recolhidas
através de uma tomada de amostra, com eficiência de corte de 50%, para um
diâmetro aerodinâmico de 5 µm” (DL 111/2002 de 16 de Abril)).
Incêndios florestais
Os incêndios florestais são uma fonte significativa de poluentes atmosféricos, emitindo,
para além de matéria particulada, óxidos de azoto, compostos orgânicos voláteis e
amoníaco (NH3), que podem ser precursores da formação de PM2.5 secundário.
Entre os anos 2001 e 2006 foram assinaladas mais de 155.000 ocorrências de
incêndios florestais, representando um total de área ardida de mais de 1 milhão ha
(adaptado de DGRF, 2008).
A Figura 2.2 representa a distribuição inter-anual das ocorrências de incêndios
florestais naquele período, assim como da área ardida em território nacional.
12
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Número de ocorrências
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Oco
rrên
cias
(n)
Área ardida
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Áre
a (m
ilhar
es h
a)
Figura 2.2: Número de incêndios ocorridos em Portugal e área ardida entre 2001 e 2006 (adaptado de DGRF, 2008)
Para o período analisado, verifica-se que os anos de 2003 e 2005 foram os que
registam a maior área ardida, tendo 2005 registado o maior número de ocorrências de
incêndios florestais. De facto, 2005 e 2003 apresentaram, respectivamente, o Verão e
o 2º Verão mais quentes desde 1931, tendo-se observado, de 29 de Julho a 14 de
Agosto de 2003, a mais longa onda de calor registada em Portugal desde 1941 (IM,
2004; IM, 2006).
Spray marinho
A influência do spray marinho originado no Oceano Atlântico sobre as concentrações de
PM10 na região Litoral do país encontra-se actualmente comprovada. Este tipo de
aerossol é principalmente formado pela acção do vento sobre as ondas, que cria bolhas
na superfície do oceano, que, ao rebentarem, se desintegram em algumas dezenas de
centenas de partículas mais pequenas, das quais a água se evapora. Após equilíbrio
com a humidade atmosférica, forma-se uma massa de aerossol (maioritariamente
grosseiro) composta fundamentalmente por iões cálcio, sódio, magnésio e sulfato (Pio,
1988).
Segundo um estudo realizado por Pio et al. (1996) na praia do Areão (costa de Aveiro,
Portugal), a contribuição deste aerossol para a quantidade total de partículas
grosseiras no ar ambiente daquele local é de 88%. Um outro estudo do mesmo autor
(Pio et al., 1998) levado a cabo no centro urbano do Porto, revela que o aerossol
marinho tem 20% de participação na concentração de material grosseiro no ar
ambiente local. Deste modo, pode concluir-se que a contribuição do spray marinho
deverá ser bastante importante para zonas costeiras, como é o caso das estações de
monitorização da qualidade do ar de Perafita, Vila do Conde e Espinho (na
Aglomeração Porto Litoral).
Foram construídas rosas de poluição para estações de monitorização que registaram
excedências ao VL+MT de PM10 em 2002, tendo-se concluído que, por exemplo, a
13
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
estação de Senhora da Hora (estação de tráfego localizada na aglomeração Porto
Litoral) sofre influência de massas de ar de origem marinha (Borrego et al., 2006a).
Outras fontes naturais
A actividade vulcânica constitui uma fonte natural cuja influência é nula na Região
Norte, mas que contribui para a emissão de partículas e de compostos precursores
como o dióxido de enxofre e seus derivados (CAFE, 2004).
Outras fontes de aerossol natural são os grãos de pólen, esporos de fungos e pequenos
grupos de microrganismos (Kuhns et al., 2003), constituintes do aerossol biológico
primário. As partículas biológicas na atmosfera variam muito em tamanho, mas são
principalmente constituídas pela fracção grosseira (CAFE, 2004).
No que concerne aos gases precursores, as fontes naturais são os vulcões, para o SO2,
os relâmpagos, os solos, os oceanos e os excrementos dos animais, para o NOx (CAFE,
2004) e a transpiração das plantas, para o isopreno e o monopreno (Borrego et al.,
2006a).
22..22 FFoonntteess aannttrrooppooggéénniiccaass ddee mmaattéérriiaa
ppaarrttiiccuullaaddaa
As fontes antropogénicas de aerossol atmosférico estão principalmente localizadas nas
zonas urbanas e industriais. Nas primeiras, as emissões de partículas estão
relacionadas com processos de combustão doméstica (lareiras e aquecimentos), com
obras de construção civil (acção mecânica das máquinas sobre a superfície, movimento
de veículos, manuseamento de materiais e acção do vento sobre o solo) e com o
tráfego automóvel. Segundo o Clean Air For Europe (CAFE, 2004), as emissões de
partículas a partir de estradas são devidas à emissão directa dos escapes dos
automóveis, ao desgaste de travões e pneus e à ressuspensão de material solto na
superfície da estrada.
A emissão directa da exaustão dos veículos a motor é constituída maioritariamente por
partículas finas. As partículas geradas pelos motores diesel são geralmente maiores em
número e tamanho do que as emitidas pelos motores a gasolina.
A ressuspensão é mais significativa no caso dos veículos pesados, já que a turbulência
por eles gerada no pavimento é superior à dos ligeiros. Este facto pode dar uma
indicação acerca das possíveis medidas para minimizar este tipo de contribuição. Ainda
segundo o CAFE (2004), a contribuição da ressuspensão de material das estradas é
bastante significativa no tocante à concentração total de partículas no ar ambiente,
14
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
afirmando-se que esta fonte é da mesma ordem de grandeza da emissão directa dos
escapes dos automóveis, no que respeita às PM10, sendo, no entanto, a determinação
da contribuição da ressuspensão difícil de concretizar. Ketzel et al. (2005) afirmam que
entre 50 a 85% das emissões de PM10 são provenientes de fontes não relacionadas
com a exaustão.
As emissões industriais de partículas primárias estão relacionadas com a exploração
mineira, a produção de cimento, cerâmica, tijolos, etc.
A queima de biomassa e de combustíveis fósseis e a agricultura contribuem para as
emissões antropogénicas de partículas primárias e de gases precursores de aerossóis
orgânicos secundários. O aerossol biológico primário pode também ter origem na
actividade humana, já que as bactérias e fungos que o constituem podem ser geradas
na reciclagem de resíduos sólidos e nas centrais de compostagem (Rodríguez, 2002).
15
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
33.. PPaarrttííccuullaass eemm ssuussppeennssããoo –– ccaarraacctteerriizzaaççããoo ddaa
ssiittuuaaççããoo nnaa RReeggiiããoo NNoorrttee nnoo ppeerrííooddoo 22000011--22000066
De acordo com especificações da Directiva – Quadro, o território nacional foi dividido
em zonas e aglomerações, onde a avaliação da qualidade do ar é obrigatória. Uma
zona define-se, segundo o DL 276/99 de 23 de Julho, como uma “área geográfica de
características homogéneas, em termos de qualidade do ar, ocupação do solo e
densidade populacional”, e uma aglomeração como uma “zona caracterizada por um
número de habitantes superior a 250 000 ou em que a população seja igual ou fique
aquém de tal número de habitantes, desde que não inferior a 50 000, sendo a
densidade populacional superior a 500 hab.km-2”.
A Região Norte é constituída por 2 zonas e 4 aglomerações (IA, 2001), representadas
na Figura 3.1. Trata-se das zonas Norte Interior e Norte Litoral e das aglomerações
Porto Litoral, Braga, Vale do Sousa e Vale do Ave.
AGLOMERAÇÕES
PORTO LITORAL BRAGA VALE DO AVE VALE DO SOUSA
Figura 3.1: Representação das Zonas e Aglomerações da Região Norte e localização das estações de monitorização
Lamas D’Olo
Sra. do Minho
BOA = Boavista
16
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
No Quadro 3.1 estão descritas algumas características das estações de monitorização
da Rede de Qualidade do Ar da Região Norte.
Quadro 3.1: Caracterização das estações de monitorização da qualidade do ar da região Norte
Zona Concelho Estação Tipo de ambiente
Tipo de influência
Data início C
O
NOx
SO2
PM
10
PM
2,
5
O3
BTX
Obs.
Espinho Espinho Urbana Tráfego Dez-01 √ √ √ √ (5) Gondomar Baguim Urbana Tráfego Nov-98 √ √ √
Maia Águas Santas
Urbana Tráfego Jul-05 √ √ √ (5)
Maia Vermoim Urbana Tráfego Nov-99 √ √ √ √ √ √ (1) (3)
Maia V.N. da Telha Suburbana Fundo Out-98 √ √ √ √ √
Matosinhos Custóias Suburbana Fundo/Industrial Set-98 √ √ √ √ √ √ (2) (3)
Matosinhos Leça do Balio
Suburbana Fundo Out-99 √ √ √ √ √
Matosinhos Matosinhos Urbana Tráfego Set-02 √ √ √ √ (5) Matosinhos Perafita Suburbana Fundo/Industrial Ago-02 √ √ √ √ √
Matosinhos Sra. da Hora
Urbana Tráfego Set-01 √ √ √ √
Porto Antas Urbana Tráfego Out-00 √ √ √ √ Porto Boavista Urbana Tráfego Set-01 √ √ √ √ (5) Porto Sobreiras Urbana Fundo Dez-07 √ √ √ √ √
Valongo Ermesinde Urbana Fundo Out-98 √ √ √ √
Porto Litoral (a)
Vila do Conde
Vila do Conde
Suburbana Tráfego Jun-02 √ √ √ √ (5)
Braga Circular Sul Urbana Tráfego Mar-04 √ √ √
Braga (a) Braga Horto Suburbana Fundo Fev-04 √ √ √ √ √ (4)
(6) Paços de Ferreira
Centro de Lacticínios
Urbana Fundo Jan-04 √ √ √ √ (4) Vale do Sousa (a)
Paredes Paredes Urbana Tráfego Jan-04 √ √ √ √ (6) Guimarães Guimarães Urbana Tráfego Abr-04 √ √ √ √ (6) Santo Tirso Santo Tirso Urbana Fundo Mai-03 √ √ √ √ √ Vale do
Ave (a) Vila Nova de
Famalicão Calendário Suburbana Fundo Mar-04 √ √ √ √ (4)
Norte Litoral
Viana do Castelo
Sra. do Minho Rural Fundo Mar-05 √ √ √ √ √
Norte Interior Vila Real
Lamas D'Olo Rural Fundo Fev-04 √ √ √ √ √ (4)
(a) Aglomeração. (1) Medição de PM2,5 desde Novembro de 2003. (2) Medição de BTX (benzeno, tolueno, etilbenzeno, m+p-xileno e o-xileno) desde Março de 2003. (3) Estação meteorológica com medição de V.vento e D.vento. (4) Estação meteorológica com medição de V.vento, D.vento, Temp., R.solar, H.relat. e Precipitação. (5) Analisador de ozono desligado em Maio 2006 (6) Medição de BTX desde Junho de 2007
O Quadro 3.2 apresenta, para o período 2001 – 2006, as eficiências de recolha de
dados obtidas nos analisadores de PM10 para cada estação de monitorização. Os
17
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
valores da eficiência são expressos em percentagem do número de dias (nº médias
diárias válidas/nº médias diárias possível). Encontram-se coloridas a cinzento as
situações em que se verificou uma eficiência inferior a 90%, o mínimo exigido na
legislação como critério de avaliação da qualidade de medição.
Quadro 3.2: Eficiências nos analisadores de PM10 das estações de qualidade do ar da Região Norte
em 2001-2006
Eficiência recolha PM10 (%) Aglomeração/Zona Estação
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Antas 5 100 93 91 96 98
Boavista 32 96 98 95 100 92
Custóias 92 95 88 97 92 63
Ermesinde 97 100 91 93 90 90
Espinho 3 96 94 86 98 86
Leça do Balio 85 97 94 98 93 44
Matosinhos - 37 92 98 99 98
Perafita - 35 96 95 96 95
Sra. da Hora 27 100 85 98 94 82
Vermoim 25 93 90 78 87 94
Vila do Conde - 48 94 90 98 95
Porto Litoral
V.N. Telha 96 99 73 98 100 100
Circular Sul - - - 70 80 83 Braga
Horto - - - 60 85 74
C. Lacticínios - - - 89 98 91 Vale do Sousa
Paredes - - - 92 92 98
Guimarães - - - 71 91 97
Santo Tirso - - 44 64 95 78 Vale do Ave
Calendário - - - 81 86 90
Norte Litoral Sra. do Minho - - - - 41 70
Norte Interior Lamas d’Olo - - - 70 95 83
De acordo com o Anexo X do DL 111/2002, a recolha de dados anual deve ser no
mínimo de 90% para que se considere que existe medição em contínuo; no entanto,
no guia para os Anexos da Decisão 97/101/CE sobre troca de informação (CE, 2002)
18
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
estabelece-se que, no caso de estações onde a eficiência seja inferior a 90%, o valor
mínimo exigido de captação de dados deve ser recalculado, descontando os dados que
se perderam devido às operações de manutenção e calibração habituais dos
analisadores. Assume também importância o facto de as estações terem entrado em
funcionamento no decorrer dos anos em análise, devendo calcular-se a nova eficiência
mínima exigida com base na eficiência máxima possível da estação (calculada com
base no número de dias que a estação esteve em funcionamento no ano). Este
procedimento justifica-se com o risco da baixa eficiência da estação ser devida a estes
factores, o que não deve ser motivo para a excluir de análises como a do presente
trabalho. Deste modo, a eficiência mínima da estação torna-se menos exigente,
podendo situar-se abaixo dos 90% previstos.
Assim, a partir de 2004 principiou-se o cálculo da eficiência mínima a considerar para
as estações com eficiência abaixo de 90%, com excedências aos VL diário e/ou anual
de PM10, apresentado no Quadro 3.3.
Verifica-se que, das estações com eficiência inferior a 90% no período 2004-2006,
apenas Guimarães e Centro de Lacticínios em 2004 puderam ser consideradas para a
elaboração do Plano de Melhoria desse ano, dado que as perdas de dados que
conduziram à baixa eficiência das estações se deveram ao facto de os analisadores de
PM10 das mesmas terem entrado em funcionamento já no decorrer de 2004.
Destaca-se, no entanto, a estação de tráfego de Circular Sul, sita na aglomeração de
Braga, que apresenta níveis de poluição elevados, registando-se, desde a sua entrada
em funcionamento, em 2005, inúmeras ultrapassagens do VL diário de PM10. Verifica-
-se, pela análise do Quadro 3.2, que esta estação não cumpre os requisitos de
qualidade dos dados exigidos. No entanto, a sua baixa eficiência de recolha de dados
em 2005 (ano de entrada em funcionamento) e 2006 não se deveu a avarias do
equipamento, mas sim a situações de entrada de água e de condensação no tubo de
amostragem do analisador de partículas, tendo estes problemas ficado resolvidos no
final de 2006.
Assim, considerando que o objectivo primordial da elaboração e aplicação de Planos de
Melhoria da Qualidade do Ar é a protecção da saúde humana, ponderou-se incluir a
estação de Circular Sul e, consequentemente, a aglomeração de Braga na análise dos
anos 2005 e 2006.
19
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro 3.3: Eficiência mínima a considerar para estações de qualidade do ar com eficiência
inferior a 90% e excedências aos parâmetros legais estabelecidos para as PM10
Ano Estação Eficiência
obtida (%)
Eficiência máxima
possível (%)
Perda de
dados (%) *
Eficiência mínima
a considerar (%)
Estação
incluída
Espinho 86 100 1,08 89 Não
Vermoim 78 100 1,74 88 Não
C. Lacticínios 89 98 0,06 88 Sim
Circular Sul 71 81 0,07 73 Não
2004
Guimarães 71 73 0,01 64 Sim
Vermoim 87 100 1,3 89 Não
Circular Sul 80 100 0,07 90 Não 2005
Calendário 86 100 0,03 90 Não
Custóias 63 100 0,17 90 Não
Espinho 86 100 0,98 89 Não
Leça Balio 44 100 0,009 90 Não
Sra. Hora 82 100 0,76 89 Não
Circular Sul 83 100 0,07 90 Não
2006
Santo Tirso 78 100 0,18 90 Não
*Por manutenção e calibração habitual dos analisadores
A análise realizada à qualidade do ar da Região Norte nos anos 2001 a 2006 (Dias,
2003; Borrego et al., 2004, 2005, 2006b, 2008) identificou as aglomerações Porto
Litoral, Vale do Sousa, Vale do Ave e Braga como em incumprimento dos VL anual e
diário de PM10. No Quadro 3.4 encontra-se um resumo dos valores limite e margens de
tolerância a aplicar para este poluente, de acordo com a legislação nacional em vigor.
20
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro 3.4: Valores limite e margens de tolerância de concentrações atmosféricas de PM10 para
protecção da saúde humana, de acordo com o DL 111/2002 de 16 de Abril
Fase Período de referência Designação Valor legislado (µg.m-3)
Valor Limite 50
(a não ultrapassar mais do que 35 vezes por ano civil)
Diário
Margem de Tolerância
2001: 20
2002: 15
2003: 10
2004: 5
2005: 0
Valor Limite 40
1ª Fase
(a cumprir até 1 Janeiro 2005)
Anual Margem de Tolerância
2001: 6,4
2002: 4,8
2003: 3,3
2004: 2
2005: 0
Diário Valor Limite 50
(a não ultrapassar mais do que 7 vezes por ano civil)
Valor Limite 20 2ª Fase
(a cumprir até de 1 Janeiro 2010)
Anual Margem de Tolerância
2005: 10
2006: 8
2007: 6
2008: 4
2009: 2
2010: 0
Segundo o DL 111/2002 de 16 de Abril, os VL da 2ª fase de cumprimento para as PM10
são indicativos, podendo ser revistos “à luz de novas informações sobre os efeitos na
saúde e no meio ambiente, viabilidade técnica e experiência adquirida com a aplicação
dos valores limite para a 1ª fase”. De acordo com informações da Agência Portuguesa
de Ambiente (APA), não há até ao momento qualquer indicação sobre a aplicação da
2ª fase para as PM10.
Nos Quadros 3.5 e 3.6 enumeram-se as estações de qualidade do ar que não
cumpriram os requisitos legais para as PM10 nos anos de 2001 a 2006, encontrando-se
sombreadas a cinzento as situações em que a estação não obteve eficiência mínima
para ser considerada no âmbito dos Planos de Melhoria.
21
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro 3.5: Estações em incumprimento e número total de ultrapassagens expressas em relação
ao VL diário + MT de PM10 em 2001-2006
Nº excedências ao VL diário Aglomeração Estação
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Antas - 127 89 68 86 67
Boavista - 90 82 120 113 78
Custóias 89 - 53 92 129 59
Ermesinde 81 43 71 62 87 89
Espinho - 76 101 - 125 83
Leça do Balio 83 58 93 64 73 -
Matosinhos - - 58 84 117 102
Perafita - - 75 62 77 62
Sra. da Hora - 99 78 64 103 77
Vermoim - 65 70 - 84 86
Vila do Conde - - 110 127 157 111
Porto Litoral
V.N. da Telha 53 - - 57 86 55
Braga Circular Sul - - - 55 97 97
C. Lacticínios - - - 45 69 77 Vale do Sousa
Paredes - - - 80 125 97
Guimarães - - - 67 133 97
Santo Tirso - - - - 74 59 Vale do Ave
Calendário - - - - 51 51
Nota: -: sem medição ou sem registo de ultrapassassem do VL+MT
22
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro 3.6: Estações em incumprimento em relação ao VL anual + MT de PM10 em 2001-2006
Média anual (µg.m-3) Aglomeração Estação
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Antas - 57 46 - 41 -
Boavista - 52 - 50 44 -
Custóias 50 - - - 48 -
Ermesinde 49 - - - 41 -
Espinho - 50 52 - 48 43
Leça do Balio 54 - 45 - - -
Matosinhos - - - 45 41
Perafita - - 45 - - -
Sra. Hora - 53 47 - 42 -
Vermoim - 45 - - - -
Porto Litoral
Vila do Conde - - 52 53 51 46
Braga Circular Sul - - - - 48 46
Vale do Sousa Paredes - - - 44 48 42
Vale do Ave Guimarães - - - 47 51 45
A Figura 3.2 representa o número de excedências registado em cada ano face ao
número de estações utilizadas para a sua determinação (não se contabilizam, assim,
as estações que não obedeceram aos requisitos mínimos de qualidade dos dados).
0
20
40
60
80
100
120
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Núm
ero
de e
xced
ênci
as/N
úmer
o de
est
açõe
s
Figura 3.2: Rácio entre o número de excedências e o número de estações em medição no período
2001-2006
23
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Da análise da Figura 3.2 depreende-se que 2003 e 2005 foram os anos com maior
número médio de excedências por estação, o que poderá ser explicável pela influência
dos incêndios florestais.
Encontra-se, assim, no Quadro 3.7, a listagem das estações e aglomerações objecto
dos Planos de Melhoria da qualidade do ar da Região Norte para os anos entre 2001 e
2006.
Note-se que a definição e aplicação de políticas e medidas de melhoria da qualidade do
ar deve incidir sobre a área geográfica total de cada uma das aglomerações
implicadas, não obstante algumas estações das mesmas terem sido excluídas dos
Planos de Melhoria, dado que a distribuição espacial das estações pretende tornar
representativa de cada uma das aglomerações a qualidade do ar nelas monitorizada.
Quadro 3.7: Aglomerações e estações incluídas nos Planos de Melhoria da Qualidade do Ar da
Região Norte entre 2001 e 2006
Aglomeração Estação 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Antas X √ √ √ √ √
Boavista X √ √ √ √ √
Custóias √ √ X √ √ X
Ermesinde √ √ √ √ √ √
Espinho X √ √ X √ X
Leça do Balio X √ √ √ √ X
Matosinhos - X √ √ √ √
Perafita - X √ √ √ √
Sra. da Hora X √ X √ √ X
Vermoim X √ √ X X √
Vila do Conde - X √ √ √ √
Porto Litoral
V.N. Telha √ √ X √ √ √
C. Lacticínios - - - √ √ √ Vale do Sousa
Paredes - - - √ √ √
Guimarães - - - √ √ √
Santo Tirso - - X - √ X Vale do Ave
Calendário - - - - X √
Braga Circular Sul - - - X √ √
√ - Estação a incluir X – Estação a excluir
24
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
A estimativa da área em que a concentração de poluentes excedeu os parâmetros
previstos na legislação foi realizada para cada uma das estações onde se verificaram
ultrapassagens, tendo em conta o tipo de ambiente (urbana/suburbana/rural) e de
influência (fundo/tráfego/industrial) que as caracterizam. Para a determinação da área
de representatividade recorreu-se a gamas de influência das estações de
monitorização indicadas na literatura (EEA, 1999) 1 (Quadro 3.8).
Quadro 3.8: Raio de representatividade das estações de monitorização de qualidade do ar (EEA,
1999)
Tipo de estação Raio de representatividade (m)
Tráfego Não aplicável
Industrial 10 - 100
Fundo urbana 100 - 1000
Fundo suburbana 1000 - 5000
Assim, para cálculo da área influenciada pelas ultrapassagens do VL+MT de PM10 em
entre 2001 e 2006, foi assumido o raio máximo definido para cada tipologia de
estação.
Relativamente às estações de tráfego, a estimativa da distância afectada pela
ultrapassagem do valor limite realizou-se de acordo com o conhecimento local e do
tipo de via rodoviária na proximidade de cada estação.
Na Figura 3.2 estão representadas as áreas de influência estimadas, para as
ultrapassagens verificadas no período 2001 – 2006 nas estações da Região Norte.
Para o cálculo da população recorreu-se aos dados do “Census 2001” (URL 3), de
acordo com a área e a distância estimadas, conforme o tipo de estações de que se
tratava. No Quadro 3.9 são apresentados os valores da área e da população residente
estimadas, para todas as estações em incumprimento do VL+MT de PM10 entre 2001 e
2006.
1 Para efeitos do presente documento, considera-se a área de influência de uma dada estação como a sua área de representatividade, sendo esta a área dentro da qual a concentração não difere mais de 20% da concentração medida na estação.
25
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
26
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Escala = 1:81.000
Figura 3.3: Representação da área afectada pela ultrapassagem do VL+MT de PM10 nas estações da Região Norte em incumprimento durante o período 2001-2006
Salienta-se que a estimativa da população afectada pelas ultrapassagens dos limites
de concentração de poluentes atmosféricos deve ser realizada no âmbito de
campanhas de medição ou modelação, que farão o complemento da informação
apresentada. Esta deve ser interpretada como uma indicação da ordem de grandeza da
população afectada pela poluição atmosférica.
27
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro 3.9: Estimativa da área e população afectadas pela ultrapassagem do VL+MT de PM10
entre 2001 e 2006
Aglomeração Estação Classificação Raio de
influência (km)
Área de
influência (km2)
População
estimada (hab)
Leça do Balio 199 000
V. N. Telha Suburbana fundo 5 79
172 000
Ermesinde Urbana fundo 1 3 12 100
Antas 4 600
Boavista 1 600
Matosinhos 1 500
Sr.ª da Hora 1 700
Espinho 2 800
Vermoim
Urbana Tráfego 0,3 0,28
1 600
V. Conde Suburbana tráfego 0,5 0,79 800
Perafita 300
Porto Litoral
Custóias
Suburbana
Industrial 0,1 0,03
100
C. Lacticínios Urbana fundo 1 3 5 000 Vale do Sousa
Paredes Urbana tráfego 0,3 0,28 600
Guimarães Urbana tráfego 0,3 0,28 1 000
Calendário Suburbana fundo 5 79 85 700 Vale do Ave
Santo Tirso Urbana fundo 1 3 11 800
Braga Circular Sul Urbana Tráfego 0,3 0,28 1 360
29
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
44.. IIddeennttiiffiiccaaççããoo ee ccaarraacctteerriizzaaççããoo ddooss eeppiissóóddiiooss
ddee oorriiggeemm nnaattuurraall nnoo ppeerrííooddoo 22000011--22000066
De acordo com o DL 111/2002 de 16 de Abril, os Planos e Programas para PM10 devem
ser elaborados quando as ultrapassagens dos VL não podem ser imputadas a causas
naturais ou à ressuspensão de partículas em consequência da colocação de areia nas
estradas durante o Inverno.
Deve, por isso, verificar-se a ocorrência destes eventos e se, depois de descontadas
essas ultrapassagens, o incumprimento dos valores legislados se mantém.
Em relação às PM10, foi determinada a percentagem de episódios de poluição associada
aos eventos naturais, dado que não é usual a aplicação de areia nas estradas em
Portugal.
Os eventos naturais podem ser de dois tipos: transporte de poeiras dos desertos
Africanos e emissão de aerossol dos grandes incêndios florestais (> 500 ha área
ardida).
44..11 IIddeennttiiffiiccaaççããoo ddaa iinnfflluuêênncciiaa ddooss ddeesseerrttooss ddee
ÁÁffrriiccaa
A determinação da influência dos eventos de transporte de poeiras do Norte de África
entre 2001 e 2006 foi realizada recorrendo a diversas ferramentas:
• Modelo DREAM: O modelo DREAM (Dust REgional Atmospheric Model) foi
desenvolvido pelo Euro-Mediterranean Centre on Insular Coastal Dynamics da
Universidade de Malta com o objectivo de descrever correctamente o ciclo de
vida atmosférico das partículas resultantes da acção erosiva dos ventos sobre os
desertos Africanos. O sistema funciona operacionalmente, fornecendo o valor do
índice de aerossóis (g.m-2) para a região do Mediterrâneo; os resultados estão
disponíveis na Internet. A utilização deste modelo permite analisar qual a
distribuição do índice de aerossóis sobre o território nacional e identificar a
contribuição das tempestades de poeiras com origem nos desertos africanos nos
dias em que se tenham verificado ultrapassagens ao VL das partículas (URL 4).
• Índice de aerossóis NASA-TOMS: Como complemento à informação fornecida
pelo modelo DREAM, será também analisado o índice de aerossóis fornecido
pela NASA-TOMS (Total Ozone Mapping Spectrometer) (URL 5)
• Modelo HYSPLIT: O modelo HYSPLIT (HYbrid Single-Particle Lagrangian
Integrated Trajectory model), desenvolvido pela National Oceanic and
30
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Atmospheric Administration dos Estados Unidos, é um sistema completo que
calcula trajectórias e campos de dispersão e deposição de partículas e gases. O
modelo encontra-se disponível on-line, sendo de aplicação simples. No presente
estudo, o HYSPLIT será utilizado para calcular as retro-trajectórias de partículas
de ar de modo a determinar a sua origem. O modelo será aplicado para
altitudes de massas de ar de 750, 1500 e 2500 metros e para um período de 5
a 10 dias, no caso de suspeita de transporte a partir dos desertos Africanos, de
acordo com a literatura, e 250, 500 e 750 metros e para um período de 1 a 2
dias, no caso de ocorrência de incêndios florestais (URL 6).
• Modelo NAAPS: O modelo de previsão de aerossóis troposféricos NAAPS (Navy
Aerosol Analysis and Prediction System) foi desenvolvido no laboratório de
pesquisa naval (Naval Research Laboratory) em Monterey, Califórnia. Algumas
das suas previsões são a profundidade óptica e a concentração à superfície de
partículas, fumo e sulfatos (URL 7).
• Modelo SKYRON: Desenvolvido na Universidade de Atenas, o modelo SKYRON
apresenta-se como um modelo de previsão de carga de partículas, fornecendo
também informação da deposição seca e húmida, pressão ao nível médio do
mar, precipitação acumulada, temperatura, altura geopotencial e campos de
ventos (URL 8).
Na Figura 4.1 apresentam-se exemplos dos outputs de cada um dos instrumentos
referidos.
a) b)
31
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
c) d)
e)
Figura 4.1: Outupts do modelo DREAM (a), índice NASA-TOMS (b), modelo HYSPLIT (c), modelo NAAPS (d) e modelo SKYRON (e)
44..22 IIddeennttiiffiiccaaççããoo ddaa iinnfflluuêênncciiaa ddooss iinnccêênnddiiooss
fflloorreessttaaiiss
De forma a determinar a influência dos incêndios florestais nas concentrações de
partículas na Região Norte no período 2001-2006, foram conduzidas análises
recorrendo a diversos instrumentos:
• Informação da Direcção Geral de Recursos Florestais: relatórios anuais de
incêndios florestais
• Modelo HYSPLIT:
o Retrotrajectórias calculadas para 2/3 dias antes da ocorrência do
episódio, para averiguar a possível passagem de massas de ar sobre
áreas de incêndio com destino às estações com registo de excedências
32
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
o Cálculo de campos de dispersão e visualização dos mesmos no software
GoogleEarth.
• Arquivo de incêndios geo-referenciados Web FIRE Mapper (URL 9)
• Imagens de satélite do sensor MODIS (URL 10)
Na Figura 4.2 encontram-se outputs dos instrumentos referidos.
a) b)
c) d) Figura 4.2: Outupts do modelo de retrotrajectórias HYSPLIT (a), modelo de dispersão HYSPLIT
(c), arquivo de incêndios geo-referenciados Web FIRE Mapper (c) e satélite MODIS (d)
44..33 IIddeennttiiffiiccaaççããoo ddaa iinnfflluuêênncciiaa gglloobbaall ddee eevveennttooss
nnaattuurraaiiss
Tendo sido aplicados os instrumentos descritos para os anos 2001 a 2006, apresenta-
se na Figura 4.3 a comparação, para cada ano, entre a taxa de eventos de causa
33
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
antropogénica e a taxa de eventos de causa natural (poeiras de África e incêndios
florestais).
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Antropogénica Fogos África
Figura 4.3: Síntese das causas das excedências do VL diário de PM10 na Região Norte entre 2001 e 2006
Note-se que existem dias de sobreposição de eventos naturais, isto é, dias em que a
origem da excedência se deveu a incêndios florestais e ao transporte de poeiras dos
desertos do Norte de África.
Verifica-se que 2001 foi o ano em que a percentagem de episódios de origem natural
teve maior peso para a totalidade de episódios de poluição por partículas. Nos
restantes anos, a contribuição antropogénica teve um peso claramente superior. Este
facto deve-se provavelmente à existência de um número muito reduzido de dias de
excedência do VL+MT de PM10 em 2001, muito influenciado pelo baixo número de
estações em funcionamento na altura.
No Anexo A encontram-se a enumerados e caracterizados os episódios de excedência
do VL diário + MT de PM10 no período 2001-2006.
Aplicando a metodologia de desconto dos eventos naturais a cada ano, verificou-se que
nenhuma das aglomerações deixou de estar em incumprimento dos VL de PM10, isto é,
as excedências registadas para a globalidade das aglomerações não se podem imputar
somente às causas naturais.
35
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
55.. MMeeddiiddaass ddee mmeellhhoorriiaa ddaa qquuaalliiddaaddee ddoo aarr ee
cceennáárriiooss ddee eemmiissssõõeess ppaarraa oo ppeerrííooddoo 22000011--22000066
A definição de políticas e medidas para melhorar a qualidade do ar deve ser precedida
de uma análise das estratégias já legisladas e em aplicação actualmente. Este conjunto
de medidas, como as descritas no Quadro 1.1, define, assim, o Cenário Base. Se a
plena aplicação destas medidas não for suficiente para que as aglomerações em
excedência passem a cumprir os limites legais, serão definidas medidas adicionais
(Cenário de Redução). A modelação numérica foi a ferramenta utilizada para fornecer estimativas de
concentrações de poluentes em toda a Região Norte, verificando-se através da mesma,
se as medidas em curso são suficientes para garantir o cumprimento dos parâmetros
legais para as PM10 nos prazos estipulados, ou se é necessária a aplicação de medidas
adicionais.
Relativamente às emissões, foi usado, nas simulações dos anos 2001 a 2006, o último
inventário disponível (URL 11), que se reporta ao ano de 2003. As fontes em área
encontram-se divididas num conjunto de sectores de actividade, agrupados nas
seguintes categorias: combustão residencial e comercial; combustão industrial e
produção de energia; processos de produção; transportes rodoviários e outras fontes
móveis; extracção e distribuição de combustíveis; uso de solventes; tratamento e
deposição de resíduos; agricultura. O inventário nacional contém as emissões dos
principais poluentes por concelho, pelo que foi necessário desagregá-lo primeiro por
freguesia, usando como factor de desagregação a população, e depois para os
domínios de simulação considerados.
55..11 MMeeddiiddaass pprreevviissttaass ee CCeennáárriioo BBaassee
A modelação do cenário Base deve incidir sobre o ano de 2010, apesar de não
existirem evidências de que a meta da 2ª fase para as PM10 vá ser aplicada.
Na modelação do cenário Base, realizada com o objectivo de aferir a necessidade de
definir medidas adicionais de redução de poluentes, foi considerado que as grandes
fontes pontuais cumprem, em 2010, as disposições constantes do Decreto-Lei
178/2003, de 5 de Agosto, que controla as emissões das grandes instalações de
combustão (GIC’s). Neste diploma, refere-se a obrigatoriedade de elaboração de um
Plano Nacional de Redução das Emissões (PNRE) das GIC’s, que integra as instalações
de combustão existentes. Neste grupo, e relativamente à Região Norte, inclui-se a
central de combustão da Refinaria da Galp de Matosinhos.
36
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
É também incluída, na modelação do cenário Base, a diminuição nas emissões de PM10
resultantes da iniciativa da STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto) de
trocar 80 autocarros a gasóleo por novos a gás natural, o que trouxe benefícios para
os concelhos servidos pela rede (Borrego et al., 2006c). Assim, estima-se uma
diminuição de 0,49% nas emissões de PM10 do tráfego total dos concelhos da Maia,
Matosinhos, Valongo, Porto, Gondomar e Gaia.
A estimativa das emissões de PM10, considerando o cumprimento das exigências
comunitárias no que diz respeito à introdução de novas tecnologias relativas aos
veículos automóveis para o ano de 2005 (EURO IV, Quadro 5.1) (Directiva 98/69/CE
transposta pelo Decreto-Lei 202/2000, de 1 de Setembro), foi considerada na
simulação do cenário Base, tendo sido realizada utilizando o modelo de fontes de
emissão em linha TREM (Borrego et al., 2006c). Os resultados obtidos indicam que
esta medida permite uma redução das emissões de PM10 do tráfego rodoviário de cerca
de 35% no caso dos veículos pesados de mercadorias, 27% nos veículos ligeiros de
mercadorias e 30% nos veículos ligeiros de passageiros a gasóleo. É de notar, no
entanto, que apesar deste cenário apresentar um potencial significativo de redução das
emissões de tráfego, estas emissões apenas representam, no máximo, 25% das
emissões totais de PM10 (Querol et al., 2004), traduzindo-se esta medida numa
redução efectiva das emissões totais de PM10 de cerca de 10%.
A empresa Metro do Porto estimou os benefícios acumulados desde a entrada em
operação da primeira linha de metro, em Janeiro de 2003, até ao final de 2006. Esses
benefícios traduzem-se na redução da emissão de cerca de 22 toneladas de PM10.
(Metro do Porto, 2007). Estes benefícios resultam da transferência de passageiros do
transporte rodoviário colectivo e individual, sendo um dos indicadores utilizados para
este cálculo o número de veículos que terão deixado de estacionar no centro do Porto
(cerca de 6 000 por dia). A construção do cenário Base será também apoiada nestas
estimativas.
Em trabalhos anteriores (Borrego et al., 2006a), foi aplicado o sistema de modelos de
qualidade do ar MM5/CAMx para quatro episódios de poluição seleccionados para o
período 2001-2003. Com base nos resultados obtidos para as simulações do cenário
base, verifica-se que o valor limite de base diária para as partículas em suspensão
PM10 (50 µg.m-3) continua a ser ultrapassado, o que significa que têm de ser
adoptadas medidas adicionais que permitam reduzir as concentrações de PM10 na
atmosfera e cumprir o valor limite para a protecção da saúde humana.
A aplicação do modelo TAPM para a simulação para os anos de 2004 (Borrego et al.,
2007), 2005 e 2006 permitiu igualmente concluir que as medidas previstas não
permitem uma melhoria significativa da qualidade do ar (Borrego et al., 2007).
Visando reduzir as concentrações elevadas de PM10 no ar ambiente da Região Norte,
indicam-se de seguida quais as medidas adicionais passíveis de serem adoptadas.
37
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
55..22 MMeeddiiddaass aaddiicciioonnaaiiss ee CCeennáárriioo ddee RReedduuççããoo
No âmbito de trabalhos anteriores foram definidos conjuntos de medidas que, de
acordo com análises à sua eficácia ambiental, viabilidade económica e aplicabilidade
prática, resultou num leque de 14 estratégias prioritárias.
Assim, para o período 2001-2003 foram definidas 9 medidas adicionais, que passaram
a 24 para o ano de 2004 e para 14 para o período 2005-2006.
No Quadro 5.1 descrevem-se as medidas adicionais definidas para o período 2005-
2006, que são também a base para a elaboração do Programa de Execução da Região
Norte.
Quadro 5.1: Medidas adicionais definidas no âmbito do Plano de Melhoria da qualidade do ar da
Região Norte 2005-2006
Medidas Descrição sumária
1. Introdução de veículos de baixa emissão
nos transportes colectivos de passageiros e de
mercadorias
Promoção do uso dos transportes colectivos (TC), passando
por uma campanha de educação e informação, para melhorar
a imagem do público relativamente aos transportes públicos.
Melhoria dos serviços prestados por este tipo de transportes.
Aumento do número de faixas bus.
2. Melhorias na rede de transportes colectivos
Melhoria do desempenho das frotas de TC; sensibilização da
população; diminuição da idade da frota e uso de
combustíveis mais limpos
4. Renovação das frotas de táxis e de veículos
de recolha de RSU
Introdução de Filtros de Partículas e Sistemas de Recirculação
de Gases de Escape
5. Diminuição da percentagem de veículos
pesados de mercadorias em circulação
Diminuição do número de camiões em circulação nos centros
das cidades
8. Zonas de Emissões Reduzidas Taxação da circulação de camiões e autocarros antigos com
motores a diesel nos centros das cidades
14. Corte de ruas ao trânsito Corte do acesso de automóveis em determinadas
ruas/praças/zonas das cidades
15. Introdução de postos de abastecimento
públicos de gás natural
Construição de postos públicos de gás natural, de forma a
incentivar a utilização deste combustível nos veículos do
cidadão particular
16. Substituição de despoeiradores nas fontes
industriais
Melhorias no sistema de despoeiramento das indústrias,
substituindo-o por sistemas mais eficientes
17. Reforço da fiscalização das fontes
industriais
Aumentar a frequência da fiscalização das emissões das
indústrias, não deixando de parte as pequenas indústrias
19. Redução das emissões da combustão
residencial
Construção de lareiras certificadas, com comprovadas
reduções na emissão de partículas
20. Medidas da agricultura
Minimização das emissões de NH3;cobertura de campos
inutilizados por plantas; instalação de filtros de partículas nos
tractores; política eficaz de prevenção dos incêndios florestais.
38
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medidas Descrição sumária
21. Varrimento e lavagem das ruas Lavagem regular das ruas com maior nível de tráfego
rodoviário e alvo de obras de construção civil
22. Redução das emissões de poeiras da
construção civil
“Rega” dos materiais com água, assim como a sua cobertura;
lavagem dos camiões à saída das obras; aplicação de redes de
malha fina que separem a zona da obra da via pública
24. Medidas ao nível da
sensibilização/recomendações
A sensibilização e recomendações às populações, empresários
ou autarquias são fulcrais para o sucesso da implementação
das medidas; pode ser feita através dos meios de
comunicação social, fóruns, relatórios ambientais ou
incentivos
Para análise do período 2001-2003, o cenário de redução desenvolvido e proposto
incluiu 4 medidas principais:
• Medida 16, relacionada com as fontes pontuais;
• Medida 5, relacionada com a gestão do tráfego automóvel;
• Medida 22, relacionada com lavagem e limpeza de ruas;
• Medida 19, relacionada com a combustão no sector doméstico.
Da análise dos diferenciais da evolução temporal da concentração de PM10 obtidos após
a simulação do cenário de redução para quatro episódios de poluição seleccionados,
verifica-se que, dependendo das estações, se consegue obter uma redução máxima
das concentrações deste poluente no ar ambiente de 60%. Os picos de redução
localizam-se no princípio da manhã e no final do dia.
Assim sendo, a implementação destas medidas consegue reduzir bastante os níveis de
PM10 na atmosfera, porém o VL não é totalmente cumprido, principalmente para
episódios com as condições meteorológicas de Janeiro de 2002, associadas a forte
estabilidade atmosférica, com baixa altura de camada de mistura, que impede a
dispersão dos poluentes e promove a ocorrência de concentrações elevadas dos
mesmos.
Em relação ao ano de 2004, e, numa perspectiva de obtenção de resultados mais
representativos, procedeu-se à modelação do cenário de redução tendo em
consideração todo o ano de 2004. As medidas constantes do cenário de redução para
este caso são
• Medida 22: Implementação de um sistema de lavagem de ruas nas artérias
mais poluídas de cada concelho;
• Medida 4: Introdução de filtros de partículas e sistemas de recirculação de
gases de escape nos veículos antigos de recolha de RSU;
• Medida 8: Criação de Zonas de Emissão Reduzidas nos centros urbanos;
39
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
• Medida 11 (não considerada, no presente Plano de Melhoria, uma medida de
implementação prioritária): implementação de um sistema de placas de
matrícula alternadas nos centros urbanos;
• Medida 19: redução das emissões do sector doméstico.
São, assim, previstas reduções ao nível dos veículos colectivos de transporte e
individuais, ao nível da combustão doméstica e ao nível das emissões da
ressuspensão. As reduções das emissões de partículas, por aplicação deste cenário,
atingem cerca de 50%.
Assim, da análise dos resultados da modelação do cenário de redução para as
excedências verificadas no ano de 2004, observa-se que a qualidade do ar na Região
Norte apresenta melhorias, não sendo, no entanto, suficientes para que todas as
estações passem a estar em cumprimento da legislação. Para as estações que mantêm
o incumprimento, sugere-se a aplicação das medidas previstas no Cenário de Redução
em conjunto com outras medidas descritas no presente Plano de Melhoria.
Para os anos 2005 e 2006, e tendo em consideração a aplicação da modelação em
trabalhos anteriores, seguiu-se a abordagem do cálculo da redução das emissões,
comprando-a com a redução necessária para o cumprimento dos requisitos legais de
qualidade do ar. Assim, de acordo com trabalhos anteriores, é necessária uma redução
global de emissões de 20% para se obterem os benefícios esperados na qualidade do
ar (Borrego et al., 2006a).
As medidas simuladas para análise do período 2005-2006 foram divididas em 2
cenários:
• Cenário a, com medidas seleccionadas tendo em consideração os resultados do
Programa de Execução da Região Norte, onde foram vertidas as medidas que
colheram apoio por parte das entidades responsáveis pela sua implementação;
• Cenário b, com medidas de carácter nacional e que implicam a criação de
regulamentação para a sua aplicação.
As medidas que compõem o Cenário a são as seguintes:
• Medida 1 – Introdução de veículos de baixa emissão nos transportes
colectivos de passageiros e de mercadorias (neste caso, municipais e de uma
empresa privada de transporte colectivo de passageiros);
• Medida 2 – Melhorias na rede de transportes colectivos (como a criação de
mais linhas e melhores horários, criação de faixas mistas, melhoria das
condições de segurança e conforto, etc.);
• Medida 4 – Renovação das frotas de táxis e de veículos de recolha de RSU
(reconversão e abate de veículos; compra de viaturas a gás natural; melhor
calibração das viaturas, etc.);
40
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
• Medida 5 – Diminuição da percentagem de veículos pesados de mercadorias
em circulação (proibição do trânsito a pesados em determinados locais e
horas do dia; construção de vias alternativas, etc.);
• Medida 14 – Corte de ruas ao trânsito (inclui estudos de tráfego, criação de
ciclovias, organização de sistemas de transporte alternativos, etc.);
• Medida 21 – Varrimento e lavagem das ruas (aquisição de viaturas de
varredura e lavagem movidas a electricidade; reforço do varrimento e
lavagem nalgumas ruas, etc.).
No Anexo B apresentam-se as propostas de medida submetidas pelas entidades para a
construção deste cenário com maior detalhe. De notar que a Proposta de Medida 1 da
ANTRAM (Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de
Mercadorias) não foi tida em conta nesta análise pois a aprovação da mesma depende
de entidades exteriores a esta associação, não havendo, assim, e para já, garantia da
sua aplicação.
Apresentam-se no Quadro 5.2 as percentagens de redução associadas às medidas
definidas para o Cenário a.
Da análise do Quadro 5.2, observa-se que as medidas propostas, não obstante a sua
importância, não representam reduções suficientes para atingir a totalidade dos
objectivos de melhoria da qualidade do ar.
41
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro 5.2: Benefícios ambientais do Cenário a
Redução nas Emissões do Tráfego Automóvel Redução nas Emissões Industriais Redução nas Emissões Domésticas
% Relativamente às emissões de tráfego do concelho
% Relativamente às emissões industriais do Concelho
% Relativamente às emissões domésticas do
concelho
Concelho M1 M2 M4 M5 M19 M21
% Relativamente às emissões de
tráfego Regionais
M17 *
% Relativamente às emissões industriais Regionais
M19
% Relativamente às emissões domésticas Regionais
Redução nas Emissões Totais
Regionais
Felgueiras - - 0,2 9,8 1,0 15,0 - -
Gondomar 1,1 - 0,5 - - - - -
Maia 0,2 - - - - - - -
Matosinhos 0,1 - - - - - - -
P. Ferreira - - - - - 15,0 - -
Porto 0,1 2 0,0 - - 15,0 - -
S. Tirso - 2 - - 1,0 15,0 - -
S.J. Madeira 3,4 - - - - - - -
S.M. Feira - 2 - 9,8 - - - -
Trofa 0,1 - - - 1,0 15,0 - -
V. Conde - - 0,2 - - - - 16,2
V.N. Famalicão 0,1 2 0,0 9,8 1,0 15,0 - -
V.N. Gaia 0,2 - - - - - - -
Valongo 0,6 2 - - - -
5%
-
6%
-
1% 5%
42
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Foi assim definido um Cenário b, com as seguintes medidas carácter nacional:
• Medida adicional A: Regulamentação de uma idade média para as frotas de
pesados de passageiros – As frotas nacionais de pesados de passageiros
encontram-se, no geral, bastante desactualizadas, possuindo os veículos uma
idade média de 16 anos (dados ANTROP). Sabendo-se que, quanto maior a
idade do veículo, maior o seu factor de emissão por quilómetro, propõe-se, à
semelhança do que foi feito para os pesados de mercadorias (DL 257/2007),
a regulamentação de uma idade máxima para as frotas individuais de
pesados de passageiros de 10 anos.
• Medida adicional B: Instalação de filtros de partículas nos pesados mais
antigos a nível Nacional – Sendo conhecida a importante contribuição dos
veículos pesados para as emissões de partículas do sector do tráfego
automóvel, e sabendo-se que as mesmas aumentam com a idade do veículo,
sugere-se a instalação de sistemas de retenção de poeiras nos transportes
pesados de passageiros e de mercadorias. Estes sistemas (filtros de
partículas) têm eficácias de redução até 99%, podendo ser instalados nos
veículos com construção anterior a 2000 (pré-EURO 2).
• Medida adicional C: Publicação Portaria com os novos VLE – Os Valores Limite
de Emissão da indústria definidos na Portaria 286/93 encontram-se, hoje em
dia, desactualizados face ao estado da indústria nacional. Nomeadamente
para as partículas, e comparando com VLE praticados na Europa, propõe-se a
sua diminuição para valores equivalentes aos dos outros países da União
Europeia.
• Medida 19: Redução das emissões da combustão residencial – A combustão
residencial representa cerca de 18% das emissões de matéria particulada em
território Nacional. Uma grande parte destas emissões deve-se ao
aquecimento a biomassa e a gasóleo, geralmente feito com condições que
não permitem a obtenção de bons rendimentos de queima. Por este motivo,
torna-se essencial regulamentar o uso de aparelhos domésticos de
aquecimento, da mesma forma que se faz, por exemplo nos Estados Unidos e
Canadá. Nestes países existe um sistema nacional de certificação de lareiras,
devendo ser certificadas pela EPA (Environment Protection Agency) para
poderem ser comercializadas. Tratam-se de lareiras com baixos níveis de
emissões associados, sendo a quantidade de partículas emitida reduzida até
90%. Cumulativamente, esta medida introduz um efeito adicional de redução
das emissões para o interior das habitações, melhorando também a
qualidade do ar interior. Assim, propõe-se a criação, em Portugal, de um
sistema semelhante, tendo em vista os objectivos ambientais de redução da
emissão de matéria particulada.
43
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
As medidas descritas dirigem-se a três sectores chave nas emissões de partículas a
nível nacional e europeu: tráfego automóvel, indústria e combustão doméstica. De
facto, de acordo com o mais recente relatório da Convenção para a Poluição
Atmosférica Transfronteiriça de Larga Escala, na União Europeia, as emissões de
partículas pelo sector residencial ascendem a 22%, as dos transportes atingem 16% e
as das principais indústrias cerca de 25% (Figura 5.1).
Produção de metal (2C)
5%Gestão de
estrume (4B)6%
Emissões directas do solo
(4D1)7%
Indústrias manufactura e
construção (1A2)9%
Transporte rodoviário (1A3b)
16%
Residencial (1A4b)22%
Categorias não-chave
4%Outras
categorias chave20%
Produtos minerais (2A)
11%
Figura 5.1: Contribuição das categorias chave para as emissões de PM10 da EU-27 em 2006 (EEA, 2008)
As medidas definidas para o sector do tráfego automóvel (medidas adicionais A e B)
são dirigidas para os veículos pesados, dado que a contribuição destes é notória para
as emissões de matéria particulada deste sector, especialmente os pesados de
mercadorias.
O factor de emissão destes veículos aumenta com o idade dos mesmos, devendo por
isso as medidas ser dirigidas para aqueles de construção anterior a 2000, isto é, com
aproximadamente mais de 10 anos. Neste sentido, são sugeridas duas alternativas de
actuação: ao nível da redução obrigatória da idade média das frotas dos pesados de
passageiros (já regulamentada para os pesados de mercadorias no Decreto-lei
257/2007) ou ao nível da fonte directa das emissões, através da colocação de filtros de
partículas nos pesados de passageiros e de mercadorias.
A aplicação da medida adicional B deverá ser complementada com a obrigação de
verificação da validade do filtro de partículas aquando da inspecção obrigatória, dado
que estes devem ser mudados periodicamente, com frequência variável consoante o
fabricante dos mesmos.
A medida adicional C, dirigida para o sector industrial, deverá ser acompanhada da
aplicação da medida 17, que propõe o aumento da fiscalização do cumprimento dos
44
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
requisitos ambientais por parte das indústrias. Apenas desta forma se poderá garantir
a aplicação de um Valor Limite de Emissão, no caso, mais restritivo.
Quanto ao sector doméstico, a Declaração da Comissão na Directiva 2008/50/CE, de
21 de Maio, informa que estão em curso trabalhos preparatórios para estudar a
viabilidade de tornar mais ecológica a concepção das caldeiras e aquecedores de água
residenciais, de forma a reduzir as suas emissões.
Paralelamente, deve ser acelerado o processo de certificação dos aparelhos de
aquecimento doméstico ao nível das emissões de partículas, que se encontra neste
momento parado. A definição de um valor limite de emissão para este poluente nas
lareiras domésticas deverá então passar por regulamentos nacionais, podendo, a partir
deste ponto, iniciar-se a certificação destes aparelhos.
A medida adicional 19 segue neste sentido, prevendo, após a definição dos critérios de
certificação dos equipamentos de combustão doméstica, a criação de regulamentação
nacional para exigir a sua implementação nas casas novas, em detrimento dos
aparelhos convencionais.
Os benefícios ambientais das medidas propostas, sendo as mesmas de carácter
nacional, foram estudados na forma de dois sub-cenários:
� Sub-cenário b1: MA + MC + M19
� Sub-cenário b2: MB + MC + M19
A necessidade de definição de dois cenários prende-se com o facto de as medidas
adicionais A e B afectarem o mesmo sector – transportes.
Nos Quadros 5.3 e 5.4 descrevem-se os benefícios ambientais dos sub-cenários b1 e
b2, respectivamente.
Quadro 5.3: Benefícios ambientais do Cenário b1
Redução nas emissões sectoriais relativamente às emissões sectoriais regionais
Tráfego automóvel Indústria Sector doméstico
MA – Regulamentação de idade
média máxima para pesados de
passageiros
MC – Novos VLE para a indústria M19 – Certificação de lareiras
8% 11% 90%
Redução nas emissões totais regionais – 23%
45
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro 5.4: Benefícios ambientais do Cenário b2
Redução nas emissões sectoriais relativamente às emissões sectoriais regionais
Tráfego automóvel Indústria Sector doméstico
MB – Filtros de partículas nos
pesados mais antigos MB – Novos VLE para a indústria M19 – Certificação de lareiras
40% 11% 90%
Redução nas emissões totais regionais – 26%
Da análise dos Quadros 5.3 e 5.4 depreende-se que ambos os cenários implicam as
reduções nas emissões de partículas necessárias à melhoria da qualidade do ar na
Região Norte.
Deve notar-se que a aplicação destas medidas a nível nacional trará consequências
semelhantes ao nível da redução das emissões. Apesar de específicas do Plano de
Melhoria da Região Norte, justifica-se que as medidas adicionais propostas, por
envolverem criação de regulamentação, tenham carácter nacional. Se, por um lado, a
melhoria da qualidade do ar é uma prioridade que ultrapassa as fronteiras
administrativas da Região Norte, por outro é necessário assegurar a igualdade entre os
vários intervenientes e evitar a disparidade entre Regiões.
No Anexo C encontram-se os detalhes desta análise.
55..22..11 CCuussttooss eeccoonnóómmiiccooss ddaass mmeeddiiddaass aaddiicciioonnaaiiss
ddoo ppeerrííooddoo 22000011--22000066
A determinação dos custos económicos das medidas do Plano de Melhoria foi feita, pela
primeira vez, para os dados referentes ao ano de 2004, e pode ser consultada em
Borrego et al. (2007). Este constituiu, no entanto, um cálculo aproximado, baseado em
bibliografia e em exemplos de outros países. Assim, e de forma a dar uma ideia o mais
aproximada possível dos custos reais, para o período 2005-2006 a determinação do
peso financeiro das medidas foi realizada de acordo com informações fornecidas pelas
entidades que as propuseram no âmbito do Programa de Execução da Região Norte.
É feita uma distinção entre a contabilização das medidas incluindo e excluindo a
Proposta de Medida 1 da ANTRAM porque a concretização da mesma depende de
entidades terceiras que não manifestaram ainda o seu interesse em participar no
PERN. Assim, o custo global das medidas propostas, e para as quais foi possível o
cálculo do mesmo, pode ir de €47milhões a €530milhões (consoante se exclui ou inclui
46
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
a contabilização da Proposta de Medida 1 da ANTRAM). No 1º ano de execução, o custo
das medidas na globalidade varia entre €6milhões e €54milhões (excluindo ou
incluindo a Proposta de Medida 1 da ANTRAM). No Quadro 5.5 apresenta-se o custo
total previsto de cada uma das medidas, determinado de acordo com as propostas
feitas pelas entidades.
Quadro 5.5: Custo total e por medida das medidas propostas no Plano de Melhoria 2005-2006
Custo Global (€) Custo Anual (€) Medida Com M1 da
ANTRAM Sem M1 da ANTRAM
Com M1 da ANTRAM
Sem M1 da ANTRAM
M1 514 642 845 3 464 2845 51 522 664 3 522 664
M1 1 109 200 1 109 200 509 200 509 200
M2 7 827 400 7 827 400 792 400 792 400
M4 92 575 92 575 92 575 92 575
M5 108 800 108 800 108 800 108 800
M14 505 000 505 000 30 000 30 000
M15 155 750 155 750 155 750 155 750
M16 67 000 67 000 67 000 67 000
M19 40 109 40 109 8 061 8 061
M20 1 569 785 1 569 785 763 951 763 951
M21 43 500 43 500 43 500 43 500
M22 356 375 356 375 356 375 356 375
M24 514 642 845 34 642 845 51 522 664 3 522 664
Total 526 518 339 46 518 339 54 450 276 6 450 276
Os valores apresentados foram calculados de acordo com informações do Programa de
Execução da Região Norte, pelo que podem variar consoante o número de entidades a
aplicar estas medidas, a proporção que as mesmas tomam e os meios usados para a
sua concretização. Por este motivo apresenta-se, no Anexo D, o detalhe desta análise.
47
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
77.. CCoonnssiiddeerraaççõõeess ffiinnaaiiss
Este trabalho permitiu identificar as principais fontes de material particulado na Região
Norte de Portugal, bem como as causas dos episódios de poluição por PM10 verificados
nas aglomerações do Porto Litoral, Vale do Ave e Vale do Sousa e Braga no período
2001-2006. Uma análise detalhada dos períodos de excedências ao valor limite de PM10
levou a concluir que uma parte significativa dos episódios está associada ao transporte
de poeiras oriundas dos desertos da Costa Norte de África e/ou à ocorrência de
incêndios florestais, fontes naturais emissoras de material particulado.
O Programa de Execução da Região Norte, documento de trabalho onde serão
descritas com detalhe todas as medidas a aplicar por cada entidade, encontra-se
actualmente em fase de elaboração pela CCDR-N, em conjunto com a UA. Das sessões
de trabalho já conduzidas com as diversas entidades, concluiu-se que existe uma
determinação relevante por parte destas na aplicação das medidas por cuja condução
são responsáveis.
Para o período 2001-2006, a aplicação do cenário base, que contempla medidas de
redução de emissões incluídas na legislação em vigor, não demonstra ser suficiente
para reduzir o número de ultrapassagens ao valor limite diário de PM10, sendo
necessário implementar um conjunto de medidas adicionais de forma a reduzir as
emissões impedindo a ultrapassagem do valor limite legislado.
Uma vez que apenas as fontes antropogénicas são passíveis de actuação com vista à
redução das emissões de partículas e consequente decréscimo dos seus níveis no ar
ambiente, e com o objectivo de verificar a eficiência das medidas adicionais propostas
no que diz respeito ao cumprimento do valor limite, foram seleccionados quatro
episódios de ultrapassagens devido a emissões de fontes antropogénicas no período
2001-2003. Os resultados obtidos permitem concluir que a aplicação das medidas
propostas conduzirá a uma eficácia de redução máxima de 60% das concentrações de
PM10 no ar ambiente, o que terá como consequência o cumprimento do valor-limite de
50 µg.m-3 para a protecção da saúde humana, embora não na totalidade.
O cenário de redução relativo às excedências reportadas no ano de 2004 foi modelado
com o TAPM tendo em consideração todo o ano civil, numa perspectiva de obtenção de
resultados mais representativos, simulando-se reduções nas emissões de partículas de
cerca de 50%. Da análise dos resultados da modelação deste cenário de redução,
observa-se que a qualidade do ar na Região Norte apresenta melhorias, não sendo, no
entanto, suficientes para que todas as estações passem a estar em cumprimento da
legislação, nomeadamente aquelas que registam o número mais elevado de
excedências. Para as estações que mantêm o incumprimento, sugere-se a aplicação
das medidas previstas no Cenário de Redução em conjunto com outras medidas
descritas no presente Plano de Melhoria.
48
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Para o período 2005-2006 foi estabelecida uma meta de redução de emissões a atingir
através de medidas de melhoria da qualidade do ar (20%). Numa primeira fase, foram
avaliadas as medidas sugeridas pelas entidades participantes do Programa de
Execução da Região Norte, tendo-se concluído que o conjunto de propostas
apresentava um nível de redução de emissões significativamente inferior ao necessário
(5%). Foram, consequentemente, definidas estratégias de aplicação a nível nacional,
direccionadas para os três mais importantes sectores emissores de partículas: tráfego
automóvel, indústria e combustão residencial. Concluiu-se que a aplicação dessas
medidas, em conjunto com as primeiras, permitirá, a médio/longo prazo, a consecução
dos objectivos de qualidade do ar definidos na legislação nacional e europeia.
É ainda importante referir que apesar de se considerarem como fontes naturais, os
incêndios florestais são, em Portugal, maioritariamente de causa humana. Neste
sentido, deverão ser definidas fortes medidas de prevenção e combate visando a
diminuição da área ardida no País e, consequentemente, das emissões de partículas.
Numa primeira fase de avaliação, as medidas a implementar poderão restringir-se às
referidas neste documento, ficando em aberto a sua reformulação ou complemento,
caso durante os próximos anos se verifique ainda um não cumprimento do valor limite.
49
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
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AANNEEXXOO AA Enumeração e caracterização dos
episódios de excedência do VL diário +
MT de PM10 no período 2001-2006
55
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro A.1: Caracterização dos episódios de ultrapassagem do VL+MT de PM10 no período 2001-2006 na Região Norte
2001 Episódio Estações em que foram
registadas as ultrapassagens ao VL
Origem
1 15-17 Fevereiro C, ER, LB, VT Antropogénica
2 22-24 Fevereiro C, ER, LB Natural – desertos
3 27 Maio-1 Junho C, ER, LB, VT Antropogénica
4 20-22 Junho C, ER, LB Natural – incêndios
5 28-31 Julho C, ER, LB, VT 28 – 31: Natural – incêndios 30 e 31: Natural – desertos
6 11-13 Agosto C, ER, LB, VT Natural – incêndios e desertos
7 24-27 Agosto C, ER, LB, VT Natural – incêndios
8 3-14 Setembro B, C, ER, LB, VT Natural – incêndios
9 17-20 Setembro C, ER, LB, V Natural – incêndios
10 25-27 Outubro C, ER, LB, SH, V, VT Natural – desertos
11 29-31 Outubro C, ER, LB, SH, V, VT Natural – desertos
12 6-8 Novembro B, C, ER, LB, SH, V Natural – desertos
13 20-24 Novembro C, ER, LB, SH, V Natural – desertos
14 28-30 Novembro C, ER, LB, SH, VT, V Natural – desertos
15 4-7 Dezembro B, C, ER, LB, SH, V Natural – desertos
16 19-20 Dezembro C, ER, LB, SH, V Natural – desertos
17 25-31 Dezembro C, ER, LB, SH, V, VT Natural – desertos
2002 Episódio Estações em que foram
registadas as ultrapassagens ao VL
Origem
1 10-12 Janeiro A, B, C, LB, SH, V Natural – desertos
2 16-18 Janeiro A, B, C, ER, ES, LB, SH, V Natural – desertos
3 28-30 Janeiro A, ER, ES, LB, SH, VT, V Antropogénica
4 11-14 Fevereiro A, B, C, ER, ES, LB, SH, VT, V Antropogénica
5 7-10 Março A, B, C, ER, ES, LB, SH, VT, V Antropogénica
6 21-28 Março A, B, C, ER, ES, LB, SH, VT, V Antropogénica
7 20-24 Abril A, B, C, ER, ES, LB, SH, VT, V Antropogénica
8 12-14 Junho A, B, C, ER, ES, LB, SH, VC, VT, V Natural – desertos
9 22-25 Julho A, B, C, ER, ES, LB, SH, VC, V Natural – desertos
10 30 Agosto-2 Setembro A, B, C, ER, ES, LB, P, SH, VC, VT, V Natural – incêndios
11 11-12 Setembro A, B, ER, ES, LB, P, SH, VC, V Antropogénica
12 8-9 Novembro A, B, C, ER, ES, LB, P, SH, VC, VT, V Antropogénica
13 7-8 Dezembro A, B, C, ER, ES, LB, P, SH, VC, VT, V Antropogénica
2003 Episódio Estações em que foram
registadas as ultrapassagens ao VL
Origem
56
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
1 10 Janeiro ANT, BOA, ERM, ESP, LB, SH, VER Antropogénica
2 13-17 Janeiro ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
Antropogénica
3 23-28 Janeiro ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC Antropogénica
4 7-10 Fevereiro ANT, BOA, ERM, ESP, LB, PER, SH, VER, VC
Antropogénica
5 12-17 Fevereiro ANT, BOA, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
Antropogénica
6 28 Fevereiro ESP, PER, SH, VC Antropogénica
7 7-13 Março ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
7-10: Antropogénica 11-13: Natural – desertos
8 16 Março ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
Antropogénica
9 19-24 Março ANT, BOA, CUS, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
19, 22-24: Natural – desertos 20-21: Antropogénica
10 8-9 Abril ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
Antropogénica
11 9 Maio ANT, BOA, VC Natural – desertos
12 13-15 Maio ANT, BOA, ERM, ESP, SH, VC Antropogénica
13 21-23 Maio ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
Antropogénica
14 27-31 Maio ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
27-28: Antropogénica 29-31: Natural – desertos 30: Natural – incêndios
15 12-15 Junho ANT, BOA, CUS, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
12-15: Natural – desertos
16 18-21 Junho ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
18: Antropogénica 19-21: Natural – desertos
17 7-12 Julho ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, PER, SH, VER, VC
Antropogénica
18 31 Julho – 12 Agosto ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
31 e 10: Antropogénica 1-12: Natural – desertos e incêndios
19 22 Agosto ANT, BOA, CUS, ERM, LB, SH, VER Natural – incêndios
20 10-12 Setembro ANT, ESP, LB, PER, VC Antropogénica
21 15-19 Setembro ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
15: Antropogénica 18-19: Natural – incêndios 19: Natural – desertos
22 26-27 Setembro ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
Antropogénica
23 11 Outubro ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC Antropogénica
24 14-17 Outubro ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
Antropogénica
25 4-7 Novembro ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
4, 7: Antropogénica 5-6: Natural – desertos
26 19-20 Novembro ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
Natural – desertos
27 10-16 Dezembro ANT, BOA, CUS, ERM, ESP, LB, MAT, PER, SH, VER, VC
Antropogénica
28 21 Dezembro CUS, ERM, ESP, LB, PER, SH, VER, VC Natural – desertos
29 30 Dezembro ESP, PER, VC Antropogénica
2004 Episódio Estações em que foram
registadas as ultrapassagens ao VL
Origem
57
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
1 4 Janeiro C, LB, ER, VC Antropogénica
2 6 Janeiro PER, VC Antropogénica
3 15 – 16 Janeiro LB, M, PER, SH, BOA, VC, PAR Antropogénica
4 19 - 24 Janeiro LB, M, PER, SH, BOA, VC, PAR Antropogénica
5 29 Janeiro BOA, VC, PAR Antropogénica
6 3 – 8 Fevereiro VNT, C, LB, M, PER, SH, A, BOA, ER, VC, CL, PAR
3, 4 e 5 – Antropogénica 6, 7 e 8 – Natural - desertos
7 10 – 18 Fevereiro VNT, C, LB, M, PER, SH, A, BOA, ER, VC, CL, PAR
Antropogénica
8 3 Março PER, A, ER, VC Antropogénica
9 5 Março VNT, C, LB, M, PER, SH, A, BOA, ER, VC, PAR
Natural - desertos
10 9 Março VNT, C, LB, M, PER, SH, A, BOA, ER, VC, PAR
Natural - desertos
11 15 – 17 Março VNT, C, LB, M, PER, SH, A, BOA, ER, VC, PAR
Dia 15 – Antropogénica 16 e 17 – Natural - desertos
12 20 Março BOA, VC, PAR Antropogénica
13 6 – 7 Abril C, LB, M, SH, BOA, ER, VC Antropogénica
14 15 – 16 Abril M, A, BOA, VC, GMR Antropogénica
15 25 – 28 Abril VNT, C, LB, M, PER, SH, A, BOA, ER, VC, PAR, GMR
Dia 25 – Antropogénica 26 a 28 – Natural - incêndios
16 12 Maio C, M, BOA, GMR Antropogénica
17 14 – 15 Maio C, M, BOA, VC, GMR Antropogénica
18 17 – 19 Maio VNT, C, LB, M,PER, SH, BOA, ER, VC, CL, GMR
17 e 18 – Antropogénica Dia 19 – Natural - incêndios
19 21 Maio BOA, PAR, GMR Natural - desertos
20 27 Maio BOA, PAR, GMR Antropogénica
21 2 – 3 Junho VNT, C, LB, M, SH, A, BOA, VC Antropogénica
22 12 – 18 Junho VNT, C, LB, M, PER, SH, A, BOA, ER, VC, CL, PAR, GMR
12-14, 16-18 – Antropogénica Dia 15 – Natural - incêndios
23 28 Junho – 2 Julho VNT, C, LB, M, A, BOA, ER, VC, PAR, GMR
Antropogénica
24 5 – 6 Julho M, BOA, VC, PAR, GMR Antropogénica
25 13 – 16 Julho VNT, C, LB, M, SH, A, BOA, ER, VC, CL, PAR, GMR
13 e 16 – Antropogénica 14 e 15 – Natural - incêndios
26 24 – 28 Julho VNT, C, LB, M, PER, SH, A, BOA, ER, CL, PAR, GMR
Dia 24 – Natural - desertos 25 a 27 – Natural (desertos e África)
27 31 Julho – 1 Agosto C, LB, M, SH, A, BOA, ER, CL, PAR, GMR
Antropogénica
28 26 – 27 Agosto M, A, BOA, VC Antropogénica
29 3 Setembro VNT, C, LB, M, PER, SH, A, BOA, ER, VC
Antropogénica
30 20 Setembro – 4 Outubro
VNT, C, LB, M, PER, SH, A, BOA, ER, VC, CL, PAR, GMR
26 e 27 - Natural - incêndios Outros – Antropogénica
31 7 e 8 Outubro VNT, C, LB, M, PER, SH,A, BOA, ER, VC
Dia 7 – Natural – desertos Dia 8 – Antropogénica
32 13 Novembro C, LB, M, SH, ER, VC, PAR Antropogénica
33 17 – 20 Novembro VNT, C, LB, M, PER, SH, A, BOA, ER, VC, CL, PAR,
Antropogénica
58
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
GMR
34 23 – 26 Novembro VNT, C, LB, M, PER, SH, BOA, ER, VC, PAR, GMR
Antropogénica
35 3 Dezembro C, PAR, GMR Antropogénica
36 7 – 10 Dezembro C, LB, SH, ER, VC, PAR, GMR Antropogénica
37 15 – 17 Dezembro VNT, C, LB, M, PER, SH, A, BOA, ER, VC, CL, PAR, GMR
Antropogénica
38 23 e 24 Dezembro C, LB, M, SH, A, BOA, ER, VC, CL, PAR, GMR
Antropogénica
39 30 e 31 Dezembro C, LB, ER, VC, PAR, GMR Antropogénica
2005 Episódio Estações em que foram
registadas as ultrapassagens ao VL
Origem
1 1 – 23 Janeiro ESP,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ANT,BOA, ERM,VC,CS,CL,PAR,GMR,ST,CAL
Antropogénica
2 1 – 5 Fevereiro ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ERM,VC,CS,HOR,PAR,GMR,ST,CAL
Antropogénica
3 8 – 13 Fevereiro ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ANT, BOA,ERM,VC,CS,CL,PAR,GMR,ST,CAL
Antropogénica
4 17 – 19 Fevereiro ESP,CUS,SH,ANT,VC,CS,CL,PAR Antropogénica
5 2 Março ESP,VER,CUS,LB,SH,ANT,BOA,ERM,VC,PAR,GMR
Antropogénica
6 8 – 20 Março ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ANT,BOA,ERM,VC,CS,HOR,CL,PAR,GMR,ST,CAL,LO
Antropogénica
7 24 Março PER, VC,CS,GMR Antropogénica
8 5 – 7Abril ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,ANT,BOA,VC,CS,GMR
Antropogénica
9 13 Abril MAT,VC,CS,PAR,GMR Antropogénica
10 19 Abril ESP,PER,GMRM Antropogénica
11 29 -30 Abril ESP,CUS,MAT,ANT,BOA,VC,CS,HOR,CL,PAR,GMR,LO
Antropogénica
12 8 Maio CS,PAR,GMR Antropogénica
13 29 Maio – 11 Junho
ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ANT, BOA,ERM,VC,CS,HOR,CL,PAR,GMR,ST,CAL,LO
30 Maio - 2 Junho, 5 - 11 de Junho – Desertos 29 Maio, 3-4 Junho – Antropogénica
14 16 – 24 Junho
ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ANT, BOA,ERM,VC,CS,HOR,CL,PAR,GMR,ST,CAL
17, 20-24 – desertos 16, 18-19 – Antropogénica
15 2 – 4 Julho ESP,CUS,MAT,SH,BOA,ERM,VC,PAR,GMRM
3 – Desertos 2 e 4 – Antropogénica
16 7 – 15 Julho
ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ANT, BOA,ERM,VC,CS,HOR,CL,PAR,GMR,ST,CAL,LO
7, 9 – desertos e incêndios 8, 10-14 – incêndios 15 - Antropogénica
17 19 – 23 Julho
ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ANT, BOA,ERM,VC,CS,HOR,CL,PAR,GMR,ST,CAL,LO
21 – Desertos e incêndios 19-20, 22-23 – Antropogénica
59
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
18 3 – 25 Agosto
ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ANT, BOA,ERM,VC,CS,HOR,CL,PAR,GMR,ST,CAL, LO,SM
3, 8, 10, 11, 12 - Antropogénica 6, 7, 9 – desertos 4, 5, 13, 14, 17-25 – Incêndios 15 e 16 – desertos e incêndios
19 30 Agosto ANT,ERM,CS,PAR,CAL Antropogénica
20 14 – 16 Setembro ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,SH,ANT,BOA, ERM,VC
Antropogénica
21 19 – 23 Setembro ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ANT, BOA,ERM,VC,CS,GMR
Antropogénica
22 26 Set – 1 Outubro ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ANT, BOA,ERM,VC,CL,PAR,ST
Antropogénica
23 3 – 9 Outubro
ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ANT, BOA,ERM,VC,CS,HOR,CL,PAR,GMR,ST,CAL,LO
Incêndios
24 15 Outubro ESP,PER, VC,CS Antropogénica
25 25 e 26 Outubro ESP,VC,CS,PAR,GMR,ST Antropogénica
26 3 Novembro MAT,PER,VC Antropogénica
27 7 Novembro ESP,VER,VNT,MAT,BOA,ERM,VC,PAR Antropogénica
28 12 Novembro ERM,VC,PAR Antropogénica
29 15 – 18 Novembro ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ANT, BOA,ERM,VC,CS,PAR,GMR,ST,CAL
Antropogénica
30 24 – 25 Novembro VER,CUS,MAT,SH,ERM,VC,PAR,ST Antropogénica
31 30 Novembro ESP,VER,CUS,LB,MAT,SH,CS,PAR,GMRM,ST
Antropogénica
32 6 – 9 Dezembro ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,SH,ANT,BOA, ERM,VC,CS,PAR,GMR,ST
Antropogénica
33 12 – 18 Dezembro
ESP,VER,VNT,CUS,LB,MAT,PER,SH,ANT, BOA,ERM,VC,CS,HOR,CL,PAR,GMR,ST,CAL
Antropogénica
34 20 - 29 Dezembro VER,CUS,MAT,PER,SH,ANT,BOA,ERM,VC,CS,HOR,CL,PAR,GMR,ST,CAL,GMR
Antropogénica
2006 Episódio Estações em que foram
registadas as ultrapassagens ao VL
Origem
1 3-5 Janeiro ESP, VER, VNT, LB, MAT, PER, SH, ANT, BOA, ER, VC, CS, PAR, ST, CAL
Antropogénica
2 7-13 Janeiro ESP, VER, VNT, LB, MAT, PER, SH, ANT, BOA, ER, VC, CS, CL, PAR, GMR, ST, CAL
Antropogénica
3 17-20 Janeiro ESP, VER, LB, MAT, SH, ANT, BOA, ER, VC, CS, PAR, GMR, ST
Antropogénica
4 23-24 Janeiro ESP, VER, VNT, LB, MAT, PER, SH, ANT, ER, VC, CS, PAR, GMR, ST, CAL
Antropogénica
5 26 Janeiro VER, MAT, VC, PAR, ST Antropogénica
6 30 Janeiro-14 Fevereiro ESP, VER, VNT, LB, MAT, PER, SH, ANT, BOA, ER, VC, PAR, GMR, CAL
10 a 13 Fevereiro – desertos Outros dias – Antropogénica
7 17-18 Fevereiro ESP, PER, VC, CS Antropogénica
8 24 Fevereiro VER, LB, MAT, SH, ANT, ERM, PAR Antropogénica
9 10 Março ESP, MAT, PER, CS Antropogénica
10 13-16 Março ESP, VER, VNT, LB, MAT, PER, SH, ANT, BOA, ER, VC, CS, HOR, CL, PAR, GMR, CAL
Antropogénica
60
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
11 24 Março ESP, MAR, PER, SH, BOA, VC, GMR, ST
Antropogénica
12 27 Março ESP, PER, VC Antropogénica
13 12 Abril VER, LB, MAT Antropogénica
14 25-27 Abril ESP, VER, VNT, LB, MAT, PER, SH, ANT, BOA, ER, VC, PAR, GMR, ST, CAL
Desertos
15 10-11 Maio CUS, MAT, SH, ANT, BOA, VC, CS, CL, PAR, GMR
Antropogénica
16 14 Maio CS, CL, PAR, GMR, CAL Antropogénica
17 26 Maio – 7 Junho ESP, VER, VNT, CUS, MAT, PER, SH, ANT, BOA, ER, VC, CS, CL, PAR, GMR, ST, CAL, LO
27 a 31 Maio e 7 Junho - desertos Outros dias – Antropogénica
18 13 Junho ESP, VER, MAT, ANT, BOA, ERM, CL, PAR
Antropogénica
19 17-19 Junho CS, CL, PAR 17 Junho – desertos Outros dias – Antropogénica
20 22-24 Junho VER, SH, ANT, BOA, ER, VC, CS, HOR, CL, PAR, GMRS, ST, CAL
Antropogénica
21 27 Junho – 1 Julho VER, VNT, CUS, SH, ANT, BOA, ER, VC, CS, HOR, CL, PAR, GMR, ST, CAL
Antropogénica
22 7 Julho CUS, MAT, SH, ANT, BOA, ER, VC, CL Antropogénica
23 10-20 Julho ESP, VER, VNT, CUS, MAT, PER, SH, ANT, BOA, ER, VC, CS, HOR, CL, PAR, GMR, ST, CAL
10 a 13 Julho e 17 a 20 Julho – desertos Outros – Antropogénica
24 4-15 Agosto ESP, VER, VNT, CUS, MAT, PER, SH, ANT, BOA, ER, VC, CS, HOR, CL, PAR, GMR, ST, CAL
5-13 Agosto – incêndios Outros dias – Antropogénica
25 22 Agosto ESP, CUS, MAT, SH Antropogénica
26 29 Agosto ESP, CUS, MAT, SH, BOA Antropogénica
27 31 Agosto – 1 Setembro VER, VNT, CUS, SH, BOA, ERM, CL, GMR, ST
Antropogénica
28 4-9 Setembro ESP, VER, VNT, CUS, MAT, PER, SH, ANT, BOA, ER, VC, CS, CL, PAR, GMR, ST, CAL, SM
5-9 Setembro – desertos Outros – Antropogénica
29 21 Setembro PER, VC, CAL Antropogénica
30 9-10 Outubro VER, CUST, SH, BOA, VC, GMR Antropogénica
31 28 Outubro – 1 Novembro
ESP, VER, VNT, CUS, MAT, PER, SH, ANT, BOA, ER, VC, CS, CL, PAR, GMR, ST, CAL, LO, SM
Desertos
32 11-14 Novembro ESP, VER, VNT, CUS, MAT, PER, SH, ANT, BOA, ER, VC, CS, HOR, CL, PAR, GMR, ST
Antropogénica
33 12-29 Dezembro ESP, VER, VNT, CUS, LB, MAT, SH, ANT, BOA, ER, VC, CS, HOR, CL, PAR, GMR, ST, CAL
Antropogénica
34 31 Dezembro ESP, PER, VC Antropogénica
ANT = Antas; BOA = Boavista; PER = Perafita; MAT = Matosinhos; SH = Senhora da Hora; LB = Leça do Balio; CUS =
Custóias; VNT = Vila Nova da Telha; VER = Vermoim; VC = Vila do Conde; ER = Ermesinde; ES = Espinho; PAR = Paredes;
CL = Centro de Lacticínios; ST = Santo Tirso; GMR = Guimarães; CAL = Calendário; CS = Circular Sul; HOR = Horto; LO =
Lamas D’Olo; SM = Senhora do Minho
AANNEEXXOO BB Resumo das Propostas de Medida
submetidas pelas entidades
participantes no Programa de
Execução da Região Norte
63
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro B.1: Resumo das Propostas de Medida das entidades participantes no Programa de
Execução da Região Norte
Entidade Resumo da Proposta de Medida
Propostas de Medida 1 – Introdução de veículos de baixa emissão nos transportes de passageiros e mercadorias
ANTRAM
• Movimento do transporte de mercadorias do privado para o público • Transposição do programa de abate de veículos em fim de vida também para os
pesados – abate de 7000 pesados mercadorias e compra de novos • Criação de regulamentação que permita a instalação de filtros nos camiões antigos
de forma a reduzir as emissões, equiparando-os a veículos mais novos • Criação de regulamentação para a redução de horas de vazio afecto ao parque de
camiões de transporte particular, mais poluente • Redefinição do esquema de concessionamento dos percursos aos veículos pesados
de passageiros – inserindo como critério a prioridade à frota menos emissora de partículas para a atmosfera
CM Felgueiras • Renovação da frota municipal de pesados de passageiros – aquisição de 1 veículo novo movido a diesel
CM Gondomar • Renovação da frota municipal de pesados – compra de 20 veículos novos, substituindo os antigos
CM Porto • Renovação da frota municipal de pesados – abate de 4 veículos antigos e comprar 4 veículos novos
CM S. Tirso • Renovação da frota municipal de pesados – ter em consideração exigências
ambientais aquando da compra de veículos novos
CM S.J. Madeira • Renovação da frota municipal de pesados, ligeiros e motociclos – abate e venda de 27 veículos antigos e compra de novos
CM Trofa • Renovação da frota municipal de pesados e ligeiros – Reconversão de 26 veículos
para biodiesel • Compra de veículos novos – consoante as necessidades
CM V.N. Famalicão
• Renovação da frota municipal de pesados – abate de 2 veículos e reconversão para biodiesel de 4 veículos
FPTR *
• Renovação das frotas de veículos de passageiros e de mercadorias por conta de outrem (públicas) das filiadas (incluindo táxis e ligeiros para o ensino da condução) – colocação de filtros de partículas; abate de veículos antigos; aquisição ou locação de veículos novos ou usados movidos a energias mais limpas
• Elaboração de propostas de alteração do IUC de forma a reforçar a penalização em função da idade
• Elaboração de propostas de isenção de IA e de redução do ISP
STCP • Renovação da frota de pesados de passageiros – abate/venda de 100 veículos
antigos e compra de novos
Propostas de Medida 2 – Melhorias na rede de transportes colectivos
CM S.M. Feira • Adaptação da rede de transporte colectivo (TC) às necessidades da população – estudo; implementação das melhorias; divulgação/informação
CM Felgueiras • Melhorias na rede de TC do concelho – sondagem à população
CM Porto • Melhorias na rede de TC do concelho – melhorar a qualidade do serviço;
implementação de medidas de prioridade ao transporte público; desenvolvimento do Plano de Circulação no Porto; campanha de promoção de TC e informação
CM Valongo • Renovação da frota de veículos pesados passageiros – integração de cláusulas
relativas à tipologia de viaturas nos cadernos de encargos dos concursos de prestação de serviços de transporte colectivo de passageiros e/ou transporte escolar
CM Famalicão • Melhorias na rede de TC – campanha de educação e informação do público; criação de faixas mistas; melhoria das condições de segurança e conforto
CM S. Tirso • Melhorias na rede de TC – criação de mais linhas e melhores horários
Propostas de Medida 4 – Renovação das frotas de táxis e de veículos de recolha de RSU
CM V.N. Famalicão
• Renovação da frota municipal de recolha de RSU – reconversão de 8 veículos para biodiesel; abate de 7 veículos; compra de novos veículos a diesel, substituindo os
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Entidade Resumo da Proposta de Medida
abatidos
CM Felgueiras
• Renovação da frota de veículos de recolha de RSU da SUMA – reconversão de 13 veículos para biodiesel; compra de viaturas a gás natural; alteração de componentes das viaturas; melhor calibração das viaturas
• Optimização de rotas
CM Gondomar • Renovação da frota de pesados municipais de recolha de RSU – Comprar 16 veículos novos, substituindo os antigos
CM Porto • Abate da frota de veículos de recolha de RSU • Integração de cláusulas no cadernos de encargos que pontuam o cumprimentos das
normas Euro em vigor e soluções inovadoras apresentadas
CM Valongo • Renovação da frota de veículos de recolha de RSU – integração de cláusulas relativas
à tipologia de viaturas nos cadernos de encargos dos concursos de prestação de serviços de recolha de RSU
CM S.M. Feira • Renovação da frota de veículos de recolha de RSU da SUMA – 13 viaturas novas (EURO IV e EURO V) movidas a diesel/biodiesel
CM S. Tirso • Informação à SUMA de que os veículos mais antigos são mais poluentes
CM Trofa • Sensibilização da Trofáguas para que, numa próxima aquisição, adquira um veículo movido a energias limpas
CM Vila do Conde • Renovação da frota municipal de veículos de recolha de RSU – Abate/imobilização/venda de 16 viaturas e compra de novas
Propostas de Medida 5 – Diminuição da % de veículos pesados de mercadorias em circulação
ANTRAM • Construção de uma central periférica de recepção de mercadorias – incorporação de veículos híbridos ou movidos a outras energias para entrada nas cidades
CM Famalicão • Proibição do trânsito pesados – proibição, entre as 10h e as 15h e entre as 17h e as 24h, os pesados de mercadorias de circularem no centro, durante todo o ano
CM Felgueiras • Diminuição da percentagem de pesados em circulação no centro – contagem de
tráfego; estudo da proibição de circulação de pesados com mais de 20 ton no centro; projecto de vias alternativas
CM S. M. Feira • Estudo, da responsabilidade da CCDR-N, para regulamentar e sinalizar zonas de cargas e descargas a determinadas horas do dia
Propostas de Medida 14 – Corte de ruas ao trânsito
CM Famalicão
• Estudo de tráfego • Estudo de modelação da qualidade do ar • Criação de ciclovias • Corte das ruas
CM Felgueiras • Estudo do corte da rua Rebelo de Carvalho • Organização de um sistema de transporte por mini-autocarros (Renault Master a
diesel) a circular entre o Monte de Santa Quitéria e o centro da cidade
CM S. Tirso • Estudos de trânsito que poderão ter como resultado final o corte de ruas
CM Trofa • Corte de 4 ruas ao trânsito – Rua Conde S. Bento; Rua de Costa Ferreira (parte); Rua Camilo Castelo Branco; Rua São Martinho
Propostas de Medida 15 – Introdução de postos de abastecimento públicos de gás natural
APVGN
• Estudo sobre os veículos a gás natural • Proposta às CM’s:
o De cedência de terrenos por parte das CM’s para a instalação de postos de abastecimento de GN
o De compromisso de compra de frotas a GN aquando da sua substituição o De associação à APVGN.
STCP • Instalação de posto de abastecimento de gás natural na Via Norte • Estudo comparativo do abastecimento a partir do gasoduto ou de GNL
Propostas de Medida 16 – Substituição de despoeiradores nas fontes pontuais
AEP • Projecto de intervenção nas empresas, na área do Ambiente e da Energia: identificar
as indústrias existentes, elaborar diagnósticos, planos de acções e manuais de boas práticas na indústria
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Entidade Resumo da Proposta de Medida
• Acções de sensibilização junto dos industriais
CM V.N. Famalicão
• Inventariação das fontes industriais do concelho • Acções de sensibilização junto dos industriais • Determinação das indústrias interessadas em melhores sistemas de despoluição • Reforço das exigências – no licenciamento de estabelecimentos industriais de tipo 4;
acções de fiscalização
CM S.M. Feira • Fornecimento da localização das fontes industriais do concelho
CM Vila do Conde • Fornecimento da localização das fontes industriais do concelho
Petrogal • Instalação de precipitador electrostático • Introdução de Gás Natural • Construção de nova co-geração a GN
Propostas de Medida 17 – Reforço da fiscalização das fontes pontuais
CCDR-N • Proposta de protocolos de colaboração com empresas privadas para formação especializada de elementos do SEPNA (ainda em estudo)
Propostas de Medida 19 – Diminuição das emissões da combustão residencial
AEP
• Estudo técnico e económico/financeiro: avaliação da situação existente; estudo dos mercados interno e externo
• Identificação das lareiras tecnicamente mais eficientes • Definição de taxas de discriminação positiva • Preparação de um regulamento municipal que obrigue à instalação de lareiras com
baixos níveis de emissões
CM Vila do Conde
• Preparação e aprovação de regulamentos municipais relativos à obrigatoriedade de instalação de lareiras com baixos níveis de emissões, desde que suportado por legislação nacional
• No âmbito das análises de processos, sugerir a opção por lareiras com baixos níveis de emissões
Propostas de Medida 20 – Medidas da Agricultura e Florestas
C.M. Trofa
• Sensibilização para a promoção de destinos mais apropriados para os resíduos – manual de boas práticas florestais de âmbito regional a elaborar pela CCDR-N e a divulgar pela CM
• Reforço da sensibilização antes e no acto do licenciamento prévio da queima para – envio de resíduos para o ecocentro; uso de estilhaçadores para incorporação de resíduos no solo; evitar a queima em alturas e locais impróprios à dispersão de poluentes atmosféricos
• Compra de estilhaçador/destroçador – organização de um sistema de prestação de serviços aos munícipes
C.M. Vieira do Minho
• Isenção de pagamento de taxas de licenciamento às novas infra-estruturas pecuárias que prevejam instalação de filtros e ventilação nos alojamentos dos animais
• Inclusão, no licenciamento prévio das queimadas, a recomendação/obrigação de evitar a queima em locais impróprios à correcta dispersão dos poluentes, assim como o envio para o ecocentro mais próximo, facilitando eventualmente o transporte
• Compra de 2 estilhaçadores/destroçadores – organização de um sistema de prestação de serviços aos munícipes
Propostas de Medida 21 – Varrimento e lavagem das ruas
CM Felgueiras • Uso de viaturas de varredura e lavagem movidas a electricidade • Continuação do processo de varrimento e lavagem já em curso
CM P. Ferreira • Reforço do varrimento e lavagem nalgumas ruas
CM Porto • Continuação do processo de varrimento e lavagem já em curso, sendo a concessão do serviço modificada a partir de Julho de 2008
CM S. Tirso • Reforçar a lavagem nalgumas ruas
C.M. Trofa • Compra de uma varredora e de uma lavadora
CM V.N. • Reforço do varrimento e da lavagem no centro urbano
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Entidade Resumo da Proposta de Medida
Famalicão • Compra de cisterna
Propostas de Medida 22 – Diminuição das emissões de poeiras das obras de construção civil
CCDR-N • Elaboração de um manual de boas práticas em obra (com o apoio da AICCOPN)
CM Trofa • Divulgação de um manual de boas práticas ambientais em obra
CM Valongo • Integração de normas de boas práticas nos cadernos de encargos de obras municipais e nos regulamentos e posturas municipais
Propostas de Medida 24 – Medidas ao nível da sensibilização/recomendações
APVGN • Sensibilização para os veículos a gás natural – folheto com 50 páginas com perguntas e respostas acerca dos VGN
CCDR-N • Plano de Comunicação
CM O. Azeméis
• Acções de sensibilização para a poluição atmosférica para as escolas e público em geral – palestras conduzidas pela Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos (DASU)
• Acções sobre condução económica, poupança de energia e sistemas de aquecimento eficientes – palestras e desdobráveis nas escolas de condução (DASU + EDV Energia)
• Acções de sensibilização junto dos industriais – sessões de esclarecimento sobre o DL 78/2004 (DASU)
CM S.J. Madeira
• Acções de sensibilização sobre poluição atmosférica • Acções de formação sobre condução económica, poupança energética e sistemas de
aquecimento eficientes • Campanha de sensibilização para os sectores doméstico, serviços e transportes,
sobre eficiência energética e qualidade do ar • Acções de sensibilização junto dos industriais sobre a utilização das MTD’s (melhores
tecnologias disponíveis) • Formação profissional dos condutores de transporte público de passageiros
CM Vila do Conde
• Folhetos, brochuras, guias, cartazes e kits demonstrativos sobre poluição atmosférica, energia, condução ecológica, saúde, transportes, planeamento – 13600 exemplares
• Jogos didácticos sobre qualidade do ar – 225 jogos • Programas e notícias em rádios e jornais locais • Palestras, acções de formação e de sensibilização – 22
CM P. Ferreira
• Acção de sensibilização “Respirar é preciso” – acções de sensibilização/formações (painéis temáticos e jogos pedagógicos); acções lúdico-pedagógicas ("Caminhar pela Qualidade do Ar"); ateliers e workshops (atelier de falcoaria, exposição ornitológica, etc.); divulgação das acções para o exterior (cartazes, flyers, media locais)
•
CM Felgueiras • Sensibilização direccionada para a qualidade do ar – boletim municipal, site da CM,
brochuras, folhetos • Avaliação da qualidade do ar no concelho
CM Gondomar
• Criação de um website (conforme sugestão da EDV) e promover módulos de divulgação da informação através de ecrãs touch screen a colocar em locais de fácil a acesso ao público, nomeadamente supermercados, estações do metro, aeroportos e shoppings
• Anúncios nos outdoors de rua, nos cinemas e nos jornais com passatempos • Desenvolver spots publicitários • Atelier's alusivos à preservação da qualidade do ar nas escolas • Desenvolver uma peça de teatro/filme de âmbito regional.
CM S.M. Feira • Desenvolvimento de instrumentos de sensibilização da população em geral para as questões da qualidade do ar e da energia (com a EDV-Energia)
CM Trofa
• Acções de sensibilização junto do público geral – exposição de veículos ecológicos, eco-rally, etc.;
• Acções sobre condução económica e mobilidade – curso de condução económica, desdobrável sobre os diferentes tipos de veículos, etc.;
• Acções nas escolas; • Projectos sobre eco-eficiência no edifício da CM e nas escolas;
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Entidade Resumo da Proposta de Medida
• Acções de formação e folhetos sobre as MTD’s nas indústrias; • Acções de sensibilização junto de construtores, operários civis, fiscais e outros
funcionários municipais para a aplicação de boas práticas ambientais em obra; • Sensibilização junto do público em geral para uma mais eficiente utilização de
lareiras; • Sensibilização para agricultores e proprietários florestais; • Elaboração de CD’s e palestras sobre as florestas.
CM Vieira do Minho
• Acções de sensibilização junto dos agricultores/proprietários de terrenos – 21 acções sobre destinos alternativos a dar aos resíduos agrícolas/florestais e as vantagens do estilhaçamento
• Acções de sensibilização junto do público escolar – 3 acções acerca da importância da qualidade do ar
Portucel – Viana • Acções de sensibilização junto dos operadores das caldeiras e colaboradores
C.M. Valongo • Acções de sensibilização/educação ambiental sobre qualidade do ar – no Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental
AMP • Colaboração com a CCDR-N em acções de sensibilização
CM Porto • Introdução da temática da qualidade do ar nas oficinas educativas da CM
CM S. Tirso • Apoio logístico e divulgação das acções previstas pela CCDR-N
CM V.N. Famalicão
• Acções de sensibilização junto do público em geral – 4 acções sobre "Poluição atmosférica e saúde"; promoção do uso de bicicletas
• Acções de sensibilização junto da população estudantil – corridas de carrinhos de rolamentos; jogo gigante; 500 CD multimédia com jogos
• Acções de sensibilização junto dos condutores sobre condução económica, em colaboração com as escolas de condução;
• Acções de sensibilização junto dos industriais sobre "obrigações legais"; • Retoma do dia europeu sem carros
ANTRAM • Sensibilização dos associados – elaboração de um caderno técnico sobre qualidade do ar
AANNEEXXOO CC Benefícios ambientais das medidas
propostas no Plano de Melhoria da
Qualidade do Ar para o período 2005-
2006
71
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Pressupostos de cálculo A determinação dos benefícios ambientais do Programa de Execução da Região Norte
baseou-se em informações fornecidas pelas entidades participantes, em estatísticas
fundamentadas em bibliografia e no Inventário de Emissões da Região Norte datado de 2003
(Borrego et al., 2003).
Como cenário de estudo, adoptou-se a data de 1 de Janeiro de 2010 como limite para
aplicação das medidas propostas, dado que é a partir desta data que os valores limite de
qualidade do ar para as partículas devem ser cumpridos. Assim, as entidades disporiam,
idealmente, de 1 ano (2009) para implementarem todas as acções propostas. Este será o
best case scenario, usado como base para o estudo das reduções de emissões associadas ao
Programa de Execução.
Encontram-se, nos Quadros C.1 a A.7, factores de emissão ponderados nacionais, de acordo
com a idade do veículo e a velocidade de circulação. A ponderação destes factores teve em
conta condições como a distribuição das tipologias de veículos em Portugal, as suas idades
médias e as velocidades praticadas nos diferentes tipos de ambiente (urbano, suburbano e
auto-estrada).
Quadro C.1: Factores de emissão determinados para os veículos pesados de passageiros,
consoante a velocidade e o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003)
V =50 km.h-1 V = 100 km.h-1 V = 16 km.h-1 Pesados de passageiros FE (g.km-1) FE (g.km-1) FE (g.km-1) Pré-1988 0.96 0.63 2.37
1988-1993 0.42 0.27 1.03
Euro I 0.23 0.20 0.52
Euro II 0.14 0.12 0.30
Euro III 0.10 0.09 0.22
Euro IV 0.02 0.02 0.04
Euro IV+ 0.02 0.02 0.04
Quadro C.2: Factores de emissão determinados para os veículos pesados de mercadorias,
consoante a velocidade e o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003)
V =40 km.h-1 V = 80 km.h-1 V = 16 km.h-1 Pesados de mercadorias FE (g.km-1) FE (g.km-1) FE (g.km-1) Pré 1988 1.04 0.76 2.05
1988-1993 0.64 0.46 1.26
Euro I 0.46 0.34 0.91
Euro II 0.28 0.20 0.52
Euro III 0.20 0.15 0.38
Euro IV 0.04 0.03 0.08
Euro IV+ 0.04 0.03 0.08
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro C.3: Factores de emissão determinados para os veículos ligeiros de passageiros a
gasolina, consoante a velocidade e o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003)
V = 50 km.h-1 V = 120 km.h-1 Ligeiros passageiros a gasolina FE (g.km-1) FE (g.km-1)
Pré-Euro 0.021 0.024
Euro I 0.003 0.010
Euro II 0.001 0.007
Euro III 0.001 0.007
Euro IV 0.001 0.007
Quadro C.4: Factores de emissão determinados para os veículos ligeiros de passageiros a
gasolina, consoante a velocidade e o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003)
V = 50 km.h-1 V = 120 km.h-1 Ligeiros passageiros a gasóleo FE (g.km-1) FE (g.km-1)
Pré-Euro 0.166 0.221
Euro I 0.063 0.109
Euro II 0.061 0.101
Euro III 0.043 0.071
Euro IV 0.021 0.035
Quadro C.5: Factores de emissão determinados para os veículos ligeiros de mercadorias a
gasolina, consoante a velocidade e o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003)
V = 50 km.h-1 V = 120 km.h-1 Ligeiros mercadorias a gasolina FE (g.km-1) FE (g.km-1)
Pré-euro 0.025 0.092
Euro 1 0.004 0.017
Euro 2 0.001 0.007
Euro 3 0.001 0.007
Euro 4 0.001 0.007
Quadro C.6: Factores de emissão determinados para os veículos ligeiros de mercadorias a
gasóleo, consoante a velocidade e o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003)
V = 50 km.h-1 V = 120 km.h-1 Ligeiros mercadorias a gasóleo FE (g.km-1) FE (g.km-1)
Pré-euro 0.300 0.484
Euro 1 0.084 0.297
Euro 2 0.084 0.297
Euro 3 0.067 0.238
Euro 4 0.041 0.145
Quadro C.7: Factores de emissão determinados para os motociclos, consoante a velocidade e
o ano de construção (adaptado de Tchepel, 2003)
V = 50 km.h-1 V = 120 km.h-1 Motociclos
FE (g.km-1) FE (g.km-1) Pré-2000 0.088 0.088
97/24/EC 0.088 0.088
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
No Quadro C.8 representam-se os resultados de um estudo (URL 1) sobre a redução nas
emissões de partículas associadas à reconversão de diferentes tipos de veículos para
biodiesel.
Quadro C.8: Emissões de diferentes tipos de veículos consoante o combustível (adaptado de
URL 1)
Tipo de veículo Combustível Emissão PM (g.km-1)
Diesel convencional * 0.15 Ligeiro passageiros Biodiesel 0.13 Diesel convencional * 0.24 Ligeiro mercadorias Biodiesel 0.24 Diesel convencional * 1.07 Pesado mercadorias Biodiesel 0.72 Diesel convencional * 1.55 Autocarro (antigo) Biodiesel 1.04 Diesel convencional * 1.06 Autocarro (novo) Biodiesel 0.71
* Diesel com baixo teor de enxofre produzido a partir de crude
As emissões de partículas da Região Norte e, em particular, dos concelhos participantes no
PERN, foram determinadas com base no Inventário de Emissões da Região Norte (Borrego et
al., 2003). No Quadro C.9 encontram-se as emissões de PM10 anuais em cada concelho da
Região Norte que enviou Proposta de Medida ou que beneficie directamente de uma medida
proposta por outra entidade.
Quadro C.9: Emissões de PM10 (ton.ano-1) regionais e nos concelhos da Região Norte
participantes ou directamente afectados pelo PERN (adaptado de Borrego et al., 2003 e URL
2)
Emissão de PM10 (ton.ano-1)
Outras fontes Concelho Tráfego automóvel Indústria
Sector Doméstico
Outros
Felgueiras 42.2 19.604 5.07 5.746
Gondomar 92.6 6629.052 1714.41 1942.998
Maia 111.3 899.348 232.59 263.602
Matosinhos 193.7 314.36 81.3 92.14
P.Ferreira 28.5 970.804 251.07 284.546
Porto 338.8 784.276 202.83 229.874
S. Tirso 54.2 898.478 232.365 263.347
S.J.Madeira 2.8 578.956 149.73 169.694
S.M. Feira 90.0 177.654 45.945 52.071
Trofa 22.5 698.668 180.69 204.782
V.Conde 88.7 189.138 48.915 55.437
V.N. Famalicão 110.1 242.498 62.715 71.077
V.N. Gaia 160.5 460.81 119.175 135.065
Valongo 46.0 142.796 36.93 41.854
Região Norte 32898.8 1476.332 381.81 432.718
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 1 – Introdução de veículos de baixa emissão nos transportes de passageiros e mercadorias As entidades que apresentaram Proposta de Medida 1 são:
• ANTRAM
• CM Felgueiras
• CM Gondomar
• CM Porto
• CM S. Tirso
• CM S. João da Madeira
• CM Trofa
• CM V.N. Famalicão
• FPTR
• STCP
A proposta de medida da ANTRAM não foi considerada para análise dos benefícios ambientais
da Medida 1, dado que a sua aplicação depende de agentes externos à associação que não
reiteraram ainda as intenções daquela.
A proposta da FPTR foi também excluída desta análise devido à passagem deste processo
para outras entidades em sua substituição.
A proposta da STCP beneficiará os concelhos servidos pela sua rede, que incluem concelhos
que não enviaram Proposta de Medida 1.
Por falta de elementos de informação, não foram determinados os benefícios ambientais da
Proposta de Medida 1 da Câmara Municipal de Santo Tirso.
A proposta da Câmara Municipal de Felgueiras inclui uma acção já conduzida em Janeiro de
2008 (por indicação da Proposta de Medida 1), pelo que não foi incluída nesta análise.
Apresentam-se nos Quadros C.10 a C.15 os dados associados ao cálculo dos benefícios
ambientais da Medida 1 para cada uma das entidades proponentes.
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro C.10: Benefícios ambientais da Medida 1 proposta pela CM Gondomar para o concelho
de Gondomar (substituição de veículos e aquisição de novos)
Tipo de veículo Idade (anos)
Classe Combustível * Quilometragem
anual (km.ano-1) * Emissões evitadas
(ton PM10) Camião grua 18 Pré-euro Gasóleo 1000 0.001
Camião grua 11 Euro 2 Gasóleo 1000 0.000
Camião grua 11 Euro 2 Gasóleo 1000 0.000
Camião grua 11 Euro 2 Gasóleo 1000 0.000 Recolha águas negras
21 Pré-euro Gasóleo 1000 0.002
Lavagem de contentores
16 Euro 1 Gasóleo 20000 0.017
Lavagem de contentores
11 Euro 2 Gasóleo 20000 0.009
Transportes/obras 24 Pré-euro Gasóleo 5000 0.010
Transportes/obras 29 Pré-euro Gasóleo 5000 0.010
Transportes/obras 23 Pré-euro Gasóleo 5000 0.010
Transportes/obras 19 Pré-euro Gasóleo 5000 0.006
Transportes/obras 19 Pré-euro Gasóleo 5000 0.006
Transportes/obras 9 Euro 2 Gasóleo 5000 0.002
Autocarro 21 Pré-euro Gasóleo 50000 0.117
Autocarro 21 Pré-euro Gasóleo 50000 0.117
Autocarro 20 Pré-euro Gasóleo 50000 0.050
Autocarro 22 Pré-euro Gasóleo 50000 0.117
Autocarro 23 Pré-euro Gasóleo 50000 0.117
Autocarro 16 Euro 1 Gasóleo 50000 0.024
Autocarro 24 Pré-euro Gasóleo 50000 0.117
Total 0.730
** DDaaddooss eexxttrraappoollaaddooss ((ppoorr ffaallttaa ddee iinnffoorrmmaaççããoo ddaa eennttiiddaaddee))
Quadro C.11: Benefícios ambientais da Medida 1 proposta pela CM Porto para o concelho do
Porto (abate de veículos e aquisição de novos)
Tipo de veículo Idade (anos)
Classe Combustível * Quilometragem anual (km.ano-1)
Emissões evitadas (ton PM10)
Pesado mercadorias 29 Pré-euro Gasóleo 76 0.0002
Pesado mercadorias 11 Euro 2 Gasóleo 318 0.0002
Pesado passageiros 23 Pré-euro Gasóleo 5507 0.0131
Pesado passageiros 27 Pré-euro Gasóleo 76 0.0002
Total 0.0136
** DDaaddooss eexxttrraappoollaaddooss ((ppoorr ffaallttaa ddee iinnffoorrmmaaççããoo ddaa eennttiiddaaddee))
Quadro C.12: Benefícios ambientais da Medida 1 proposta pela CM São João da Madeira para o
concelho de São João da Madeira (abate e venda de veículos)
Tipo de veículo Idade (anos)
Classe Combustível Quilometragem anual (km.ano-1)
Emissões evitadas (ton PM10)
Tractor 25 Pré-euro Gasóleo 2000 0.004
Ligeiro passageiros 11 Euro 2 Gasóleo 30000 0.002
Ligeiro passageiros 11 Euro 2 Gasóleo 30000 0.002
Ligeiro mercadorias 11 Euro 1 Gasóleo 30000 0.005
Ligeiro mercadorias 11 Euro 1 Gasóleo 30000 0.005
Ligeiro mercadorias 11 Euro 1 Gasóleo 30000 0.005
Ligeiro mercadorias 11 Euro 1 Gasóleo 30000 0.005
76
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Tipo de veículo Idade (anos)
Classe Combustível Quilometragem anual (km.ano-1)
Emissões evitadas (ton PM10)
Ligeiro mercadorias 11 Euro 1 Gasóleo 30000 0.005
Ligeiro mercadorias 11 Euro 1 Gasóleo 30000 0.005
Ligeiro passageiros 14 Euro 1 Gasóleo 30000 0.002
Ligeiro passageiros 14 Euro 1 Gasóleo 30000 0.002
Ligeiro passageiros 14 Euro 1 Gasóleo 30000 0.002
Ligeiro passageiros 11 Euro 2 Gasóleo 30000 0.002
Ligeiro passageiros 23 Pré-euro Gasóleo 30000 0.005
Ligeiro passageiros 18 Pré-euro Gasóleo 30000 0.005
Motociclo 11 Convencional Gasolina 1000 0.000
Motociclo 11 Convencional Gasolina 1000 0.000
Ligeiro passageiros 20 Convencional Gasolina 30000 0.005
Ligeiro mercadorias 11 Euro 1 Gasóleo 30000 0.005
Ligeiro mercadorias 19 Convencional Gasóleo 30000 0.011
Ligeiro mercadorias 16 Euro 1 Gasóleo 30000 0.005
Pesado 19 Convencional Gasóleo 15000 0.018
Total 0.096
** DDaaddooss eexxttrraappoollaaddooss ((ppoorr ffaallttaa ddee iinnffoorrmmaaççããoo ddaa eennttiiddaaddee))
Quadro C.13: Benefícios ambientais da Medida 1 proposta pela CM Trofa para o concelho da
Trofa (reconversão de veículos para biodiesel)
Tipo de veículo Idade (anos)
Classe Combustível Quilometragem anual (km.ano-1)
Emissões evitadas (ton PM10)
Pesado passageiros 13 Euro 1 Gasóleo 1997 0.0006
Pesado mercadorias 9 Euro 2 Gasóleo 10144 0.0017
Ligeiro passageiros 9 Euro 2 Gasóleo 37163 0.0004
Ligeiro passageiros 9 Euro 3 Gasóleo 7901 0.0001
Ligeiro passageiros 9 Euro 4 Gasóleo 33574 0.0004
Ligeiro mercadorias 9 Euro 2 Gasóleo 27461 0.0000
Pesado passageiros 9 Euro 2 Gasóleo 31947 0.0031
Pesado passageiros 9 Euro 3 Gasóleo 9707 0.0010
Pesado passageiros 9 Euro 4 Gasóleo 23086 0.0023
Pesado passageiros 9 Euro 5 Gasóleo 44862 0.0044
Ligeiro misto 7 Euro 2 Gasóleo 7437 0.0000
Ligeiro misto 7 Euro 3 Gasóleo 2858 0.0000
Ligeiro passageiros 6 Euro 3 Gasóleo 30000 * 0.0002
Ligeiro mercadorias 5 Euro 3 Gasóleo 15259 0.0000
Ligeiro mercadorias 4 Euro 3 Gasóleo 27389 0.0000
Ligeiro mercadorias 4 Euro 4 Gasóleo 19403 0.0000
Ligeiro passageiros 3 Euro 3 Gasóleo 14418 0.0001
Ligeiro mercadorias 3 Euro 3 Gasóleo 13784 0.0000
Ligeiro mercadorias 3 Euro 4 Gasóleo 13985 0.0000
Ligeiro mercadorias 2 Euro 3 Gasóleo 7324 0.0000
Pesado mercadorias 2 Euro 4 Gasóleo 29840 0.0008
Ligeiro passageiros 1 Euro 4 Gasóleo 3000 * 0.0000
Ligeiro passageiros 1 Euro 5 Gasóleo 4551 0.0000
Ligeiro passageiros 1 Euro 6 Gasóleo 1784 0.0000
Ligeiro passageiros 0 Euro 5 Gasóleo 3750 0.0000
Varredora 1 Euro 4 Gasóleo 2385 0.0001
Total 0.1520
** DDaaddooss eexxttrraappoollaaddooss ((ppoorr ffaallttaa ddee iinnffoorrmmaaççããoo ddaa eennttiiddaaddee))
77
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro C.14: Benefícios ambientais da Medida 1 proposta pela CM Vila Nova de Famalicão
para o concelho de Vila Nova de Famalicão (abate de 2 veículos e reconversão para biodiesel
de 4 veículos)
Tipo de veículo Idade (anos)
Classe Combustível * Quilometragem anual (km.ano-1)
Emissões evitadas (ton PM10)
Pesado mercadorias (abate) 25 Pré-Euro Gasóleo 16479 0.034
Pesado mercadorias (abate) 21 Pré-Euro Gasóleo 18789 0.039 Pesado passageiros (reconversão)
11 Euro 2 Gasóleo 35795 0.004
Pesado passageiros (reconversão)
11 Euro 2 Gasóleo 44803 0.004
Pesado passageiros (reconversão)
9 Euro 2 Gasóleo 44973 0.004
Pesado passageiros (reconversão)
7 Euro 3 Gasóleo 39158 0.003
Total 0.088
** DDaaddooss eexxttrraappoollaaddooss ((ppoorr ffaallttaa ddee iinnffoorrmmaaççããoo ddaa eennttiiddaaddee))
Quadro C.15: Benefícios ambientais da Medida 1 proposta pela STCP para os concelhos
servidos pela rede (abate de veículos e aquisição de novos)
Número e tipo e de veículos
Idade (anos)
Classe Combustível * Quilometragem anual (km.ano-1)
Emissões evitadas (ton PM10)
100 Pesados passageiros
13 Euro 1 Gasóleo 32 665 (STCP, 2005) 1.55
Total 1.55
Redução por concelho * 0.259
** CCoonncceellhhooss sseerrvviiddooss ppeellaa rreeddee SSTTCCPP:: MMaaiiaa,, MMaattoossiinnhhooss,, VVaalloonnggoo,, PPoorrttoo,, GGoonnddoommaarr ee GGaaiiaa
78
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 2 – Melhorias na rede de transportes colectivos As entidades que apresentaram Proposta de Medida 2 são:
• CM Felgueiras
• CM Porto
• CM Santa Maria da Feira
• CM S. Tirso
• CM Valongo
• CM V.N. Famalicão
Dado que a proposta de Medida 2 submetida pela Câmara Municipal de Felgueiras consiste
apenas da realização de uma sondagem à população, não foram considerados benefícios
decorrentes da mesma.
A melhoria nas redes de transportes colectivos acarreta vantagens ambientais decorrentes
da diminuição do número de veículos em circulação, mais evidente nos meios urbanos. De
acordo com a empresa Metro do Porto (2007), cerca de 6 mil veículos terão deixado de
estacionar na cidade do Porto desde a entrada em funcionamento do Metro, o que
corresponde a uma diminuição de cerca de 5% do tráfego diário (adaptado de Caneira et al.,
2003).
Sendo o Porto uma grande metrópole, e tendo o Metro representado uma evolução
excepcional nas condições de mobilidade da cidade, foi adoptada, a título reservado, uma
redução de 2% do tráfego diário considerando uma melhoria no sistema de transportes dos
concelhos que apresentaram proposta de medida.
Assim, apresenta-se, no Quadro C.16, a redução nas emissões de partículas associadas à
Proposta de Medida 2 dos concelhos considerados para esta análise.
Quadro C.16: Reduções nas emissões de partículas nos concelhos que apresentaram Proposta
de Medida 2
Concelho Emissões evitadas (ton.ano-1)
Porto 6.78 Santa Maria da Feira 1.80 Santo Tirso 1.08 Valongo 0.92 Vila Nova de Famalicão 2.20
79
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 4 – Renovação das frotas de táxis e de veículos de recolha de Resíduos Sólidos Urbanos As entidades que apresentaram Proposta de Medida 4 são:
• CM Felgueiras
• CM Gondomar
• CM Porto
• CM Santa Maria da Feira
• CM S. Tirso
• CM Trofa
• CM Valongo
• CM Vila do Conde
• CM V.N. Famalicão
Não foram determinados os benefícios ambientais para a Proposta de Medida submetida pela
Câmara Municipal de Santa Maria da Feira por falta de informação de base.
A natureza das propostas das Câmaras de Valongo, Santo Tirso e Trofa não permitiu
igualmente o cálculo das reduções nas emissões associadas às suas iniciativas neste
domínio.
Apresentam-se nos Quadros C.17 a A.21 os dados associados ao cálculo dos benefícios
ambientais da Medida 2 para cada uma das entidades proponentes.
Quadro C.17: Benefícios ambientais da Medida 2 proposta pela CM Felgueiras para o concelho
de Felgueiras (reconversão de veículos de limpeza urbana para biodiesel)
Tipo de veículo
Idade (anos)
Classe Combustível * Quilometragem anual (km.ano-1)
Emissões evitadas (ton PM10)
Recolha RSU 9 Euro 2 Gasóleo 16500 0.0028
Recolha RSU 10 Euro 2 Gasóleo 100000 0.0172
Recolha RSU 10 Euro 2 Gasóleo 100000 0.0172
Recolha RSU 10 Euro 2 Gasóleo 100000 0.0172
Recolha RSU 10 Euro 2 Gasóleo 25000 0.0043
Recolha RSU 10 Euro 2 Gasóleo 18000 0.0031
Recolha RSU 10 Euro 2 Gasóleo 5500 0.0009
Recolha RSU 10 Euro 2 Gasóleo 13500 0.0023
Recolha RSU 10 Euro 2 Gasóleo 4000 0.0007
Recolha RSU 6 Euro 3 Gasóleo 17000 0.0021 Ligeiro passageiros
4 Euro 3 Gasóleo 20000 0.0004
Ligeiro mercadorias
9 Euro 2 Gasóleo 58500 0.0032
Ligeiro mercadorias
9 Euro 2 Gasóleo 58500 0.0032
Total 0.071
** DDaaddooss eexxttrraappoollaaddooss ((ppoorr ffaallttaa ddee iinnffoorrmmaaççããoo ddaa eennttiiddaaddee))
80
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro C.18: Benefícios ambientais da Medida 2 proposta pela CM Gondomar para o concelho
de Gondomar (aquisição de veículos de recolha de RSU novos)
Tipo de veículo Idade (anos)
Classe Combustível * Quilometragem anual (km/ano)
Emissões evitadas (ton PM10)
Recolha RSU 18 Pré-Euro Gasóleo 43000 0.052
Recolha RSU 18 Pré-Euro Gasóleo 23000 0.028
Recolha RSU 18 Pré-Euro Gasóleo 30000 0.036
Recolha RSU 16 Euro 1 Gasóleo 23000 0.020
Recolha RSU 16 Euro 1 Gasóleo 8000 0.007
Recolha RSU 19 Pré-Euro Gasóleo 18500 0.022
Recolha RSU 19 Pré-Euro Gasóleo 40000 0.048
Recolha RSU 21 Pré-Euro Gasóleo 28500 0.057
Recolha RSU 21 Pré-Euro Gasóleo 36500 0.073
Recolha RSU 21 Pré-Euro Gasóleo 20000 0.040
Recolha RSU 20 Pré-Euro Gasóleo 30000 0.036
Recolha RSU 15 Euro 1 Gasóleo 20000 0.017
Recolha RSU 11 Euro 2 Gasóleo 23000 0.011
Recolha RSU 11 Euro 2 Gasóleo 24000 0.011
Recolha RSU 11 Euro 2 Gasóleo 30000 0.014
Recolha RSU – Selectiva 10 Euro 2 Gasóleo 26500 0.013
Recolha RSU 7 Euro 3 Gasóleo 40000 0.013
Total 0.500
** DDaaddooss eexxttrraappoollaaddooss ((ppoorr ffaallttaa ddee iinnffoorrmmaaççããoo ddaa eennttiiddaaddee))
Quadro C.19: Benefícios ambientais da Medida 2 proposta pela CM Porto para o concelho do
Porto (abate da frota de veículos de recolha de RSU)
Tipo de veículo Idade (anos)
Classe Combustível * Quilometragem anual (km/ano)
Emissões evitadas (ton PM10)
Recolha RSU 16 Euro 1 Gasóleo 13726 0.012
Recolha RSU 16 Euro 1 Gasóleo 17297 0.016
Recolha RSU 13 Euro 1 Gasóleo 3715 0.003
Total 0.032
** DDaaddooss eexxttrraappoollaaddooss ((ppoorr ffaallttaa ddee iinnffoorrmmaaççããoo ddaa eennttiiddaaddee))
Quadro C.20: Benefícios ambientais da Medida 2 proposta pela CM Vila do Conde para o
concelho de Vila do Conde (abate de veículos de recolha de RSU e aquisição de novos)
Tipo de veículo Idade (anos)
Classe Combustível * Quilometragem anual (km/ano)
Emissões evitadas (ton PM10)
Recolha RSU 11 Euro 2 Gasóleo 3316 0.002
Recolha RSU 11 Euro 2 Gasóleo 2425 0.001
Recolha RSU 11 Euro 2 Gasóleo 10872 0.005
Recolha RSU 11 Euro 2 Gasóleo 5000 0.002
Recolha RSU 11 Euro 2 Gasóleo 15241 0.007
Recolha RSU 11 Euro 2 Gasóleo 25732 0.012
Recolha RSU 11 Euro 2 Gasóleo 26339 0.013
Recolha RSU 8 Euro 3 Gasóleo 13974 0.005
Recolha RSU 7 Euro 3 Gasóleo 13791 0.005
Recolha RSU 7 Euro 3 Gasóleo 29706 0.010
Recolha RSU 5 Euro 3 Gasóleo 32313 0.011
Recolha RSU 21 pré-Euro Gasóleo 644 0.001
81
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Tipo de veículo Idade (anos)
Classe Combustível * Quilometragem anual (km/ano)
Emissões evitadas (ton PM10)
Recolha RSU 16 Euro 1 Gasóleo 4117 0.004
Recolha RSU 16 Euro 1 Gasóleo 18677 0.016
Recolha RSU 15 Euro 1 Gasóleo 28976 0.025
Recolha RSU 15 Euro 1 Gasóleo 37900 0.033
Total 0.152
** DDaaddooss eexxttrraappoollaaddooss ((ppoorr ffaallttaa ddee iinnffoorrmmaaççããoo ddaa eennttiiddaaddee))
Quadro C.21: Benefícios ambientais da Medida 2 proposta pela CM de Vila Nova de Famalicão
para o concelho de Vila Nova de Famalicão (substituição de 7 veículos de recolha de RSU e
reconversão de 8)
Tipo de veículo Idade (anos)
Classe Combustível * Quilometragem anual (km/ano)
Emissões evitadas (ton PM10)
Recolha RSU (abate) 21 Pré-Euro Gasóleo 5330 0.011
Recolha RSU (abate) 18 Pré-Euro Gasóleo 26162 0.032
Recolha RSU (abate) 17 Pré-Euro Gasóleo 24876 0.030
Recolha RSU (abate) 13 Euro 1 Gasóleo 38386 0.033
Recolha RSU (abate) 13 Euro 1 Gasóleo 17743 0.015
Recolha RSU (abate) 12 Euro 2 Gasóleo 43943 0.021
Recolha RSU (abate) 11 Euro 2 Gasóleo 42945 0.020
Recolha RSU (substituição) 8 Euro 3 Gasóleo 40012 0.005
Recolha RSU (substituição) 8 Euro 3 Gasóleo 28670 0.004
Recolha RSU (substituição) 5 Euro 3 Gasóleo 44263 0.006
Recolha RSU (substituição) 5 Euro 3 Gasóleo 39783 0.005
Recolha RSU (substituição) 1 Euro 4 Gasóleo 40000 * 0.001
Recolha RSU (substituição) 1 Euro 4 Gasóleo 40000 * 0.001 Recolha selectiva (substituição)
8 Euro 3 Gasóleo 40000 * 0.005
Recolha selectiva (substituição)
8 Euro 3 Gasóleo 40000 * 0.005
Total 0.152
** DDaaddooss eexxttrraappoollaaddooss ((ppoorr ffaallttaa ddee iinnffoorrmmaaççããoo ddaa eennttiiddaaddee))
82
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 5 – Diminuição da percentagem de veículos pesados de mercadorias em circulação As entidades que apresentaram Proposta de Medida 5 são:
• ANTRAM
• CM Felgueiras
• CM Santa Maria da Feira
• CM V.N. Famalicão
A proposta de medida da ANTRAM não foi considerada para análise dos benefícios ambientais
da Medida 5, dado que a sua aplicação depende de agentes externos à associação que não
reiteraram ainda as intenções daquela.
As medidas que restringem o tráfego em determinadas áreas traduzem-se, geralmente,
numa redução do tráfego global da cidade em causa. De acordo com Cairns et al. (1998),
dados retirados de cerca de 100 locais demonstram que, após um necessário “período de
adaptação”, observa-se uma média de 14% a 25% de “evaporação” de tráfego, isto é, de
trânsito que não se conseguiu detectar nas ruas vizinhas às restritas e que previamente lá
circulava.
Com base nesta evidência, foram determinados os benefícios ambientais das Propostas de
Medida 5 apresentadas pelas entidades listadas, que se apresentam no Quadro C.22.
Quadro C.22: Reduções nas emissões de partículas nos concelhos que apresentaram Proposta
de Medida 5
Concelho Emissões evitadas (ton)
Felgueiras 4.12 Santa Maria da Feira 8.77 Vila Nova de Famalicão 10.73
83
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 14 – Corte de ruas ao trânsito As entidades que apresentaram Proposta de Medida 14 são:
• CM Felgueiras
• CM Santo Tirso
• CM Trofa
• CM V.N. Famalicão
As medidas que restringem o tráfego em determinadas áreas traduzem-se, geralmente,
numa redução do tráfego global da cidade em causa. De acordo com Cairns et al. (1998),
dados retirados de cerca de 100 locais demonstram que, após um necessário “período de
adaptação”, observa-se uma média de 14% a 25% de “evaporação” de tráfego, isto é, de
trânsito que não se conseguiu detectar nas ruas vizinhas às restritas e que previamente lá
circulava.
Com base nesta evidência, foram determinados os benefícios ambientais das Propostas de
Medida 14 apresentadas pelas entidades listadas, que se apresentam no Quadro C.23.
Quadro C.23: Reduções nas emissões de partículas nos concelhos que apresentaram Proposta
de Medida 14
Concelho Emissões evitadas (ton)
Felgueiras 0.42 Santo Tirso 0.53 Trofa 0.22 Vila Nova de Famalicão 1.07
84
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 17 – Reforço da fiscalização das fontes pontuais As entidades que apresentaram Proposta de Medida 17 são:
• CCDR-N
O objectivo desta medida é o de aumentar o número de fiscalizações anuais levadas a cabo
pela CCDR-N, conduzindo a um maior cumprimento da legislação por parte das empresas na
Região Norte.
Tendo em consideração que o universo empresarial da Região Norte é muito vasto, e,
actualmente, pouco conhecido, a determinação das vantagens ambientais desta medida
baseia-se em pressupostos que deverão ser revistos à luz de futuros novos conhecimentos
no que respeita à inventariação do tipo e quantidade de fontes industrias existentes.
Assim, com base nas 50 indústrias mais poluidoras da Região (em termos de emissão de
partículas), determinou-se uma vantagem de 24% nas reduções de emissões se todas as
empresas em incumprimento do VLE passassem a cumprir.
Considerando que estas empresas representam 25% das emissões totais de partículas da
indústria da Região Norte (com base em dados do EMEP – ver Figura 5.1), obtém-se uma
redução de 6% das emissões deste sector por implementação da Medida 17.
85
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 19 – Redução das emissões da combustão residencial As entidades que apresentaram Proposta de Medida 19 são:
• AEP
• CM Vila do Conde
Não foram determinados os benefícios da proposta da Associação Empresarial de Portugal
porque não existem evidências de que a mesma vá ser aplicada.
No entanto, os seus pressupostos são essenciais para a prossecução desta medida. O
conhecimento da situação existente no que respeita à utilização dos sistemas de
aquecimento doméstico em Portugal, assim como a identificação de uma tecnologia que os
torne mais eficientes do ponto de vista ambiental, são os caminhos para se concretizarem os
objectivos desta medida. Algumas soluções foram já apontadas (nomeadamente em Borrego
et al., 2008), tendo sido determinados os factores de emissão das lareiras abertas e
fechadas, assim como a sua taxa e distribuição espacial de utilização.
Estes avanços no conhecimento da situação relativa às emissões da combustão residencial
permitem o estudo da proposta feita pela Câmara Municipal de Vila de Conde de incorporar
regulamentos municipais relativos à obrigatoriedade de instalação de lareiras com baixos
níveis de emissões (desde que suportados por legislação nacional).
Assim, sendo a contribuição do sector residencial de 16,2% relativamente às emissões totais
de PM10, pondera-se, no best case scenario, que as emissões deste sector são reduzidas no
prazo de implementação do Programa de Execução. Tendo em consideração que as lareiras
certificadas poderão ter associadas reduções nas emissões de PM10 de até 90% (URL 3), se
todas as lareiras forem certificadas ambientalmente, as reduções de emissões poderão
atingir 14,6% no concelho de Vila do Conde, correspondentes à fatia das emissões
domésticas que fica reduzida a 10% das emissões actuais.
86
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 21 – Varrimento e lavagem das ruas As entidades que apresentaram Proposta de Medida 21 são:
• CM Felgueiras
• CM P. Ferreira
• CM Porto
• CM S. Tirso
• CM Trofa
• CM V.N. Famalicão
Para a determinação dos benefícios ambientais decorrentes da aplicação de um programa de
varrimento e lavagem regular das ruas, recorreu-se a um estudo de Chang et al. (2005), que
refere que este tipo de medida reduz as emissões locais de tráfego até 30%.
Supondo que as ruas a lavar representam 50% do tráfego das cidades que apresentaram
proposta de medida, considera-se uma redução de 15% das emissões do tráfego nestes
locais.
Estas reduções são consideravelmente elevadas se comparadas com as reduções associadas
às restantes medidas de tráfego, o que se justifica pela elevada contribuição da
ressuspensão para as emissões de partículas deste sector, que é significativamente reduzida
com a aplicação de uma rotina de varrimento e lavagem das ruas.
87
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida Adicional A – Regulamentação de uma idade média para as frotas de pesados de passageiros Sendo esta uma medida que se propõe aplicar em todo o território nacional, foi feita a
análise a esta escala, considerando-se, posteriormente, que os seus valores relativos podem
ser aplicados à Região Norte.
Apresenta-se, no Quadro C.24, a distribuição por idades dos veículos pesados de passageiros
em Portugal (adaptado de URL 4), assim como os factores de emissão e quilometragem
associados, que serviram de base para a determinação das emissões anuais destes veículos.
Quadro C.24: Frota de pesados de passageiros em Portugal e emissões anuais de PM10
associadas (adaptado de URL 4)
Ano de fabrico
2006 2005 2004 2003 2002 De 5 a 10 anos Mais de 10 anos Total
Pesados passageiros (%)
4.3 4.5 3.7 3.8 4.2 22.2 57.4 -
Pesados passageiros (n)
378 396 324 340 370 1961 5076 8844
Classe Euro 4 Euro 4 Euro 3 Euro 3 Euro 3 Euro 2 e Euro 1 Euro 1 e Convencional -
FE a 16 km/h (g.km-1)
0.04 0.04 0.22 0.22 0.22 0.41 1.31 -
Quilometragem Anual (kms/ano/veículo) (STCP, 2005)
32665 32665 32665 32665 32665 32665 32665 -
Emissões PM10 (ton /ano)
0.49 0.52 2.33 2.44 2.66 26.26 216.66 251.36
Apresenta-se no Quadro C.25 as emissões resultantes da aplicação desta medida aos
veículos com mais de 10 anos (antigos), supondo que todos são abatidos e substituídos por
novos (Euro V).
Quadro C.25: Frota de pesados de passageiros em Portugal e e emissões anuais de PM10
associadas, supondo a aplicação da Medida Adicional A
Ano de fabrico
2008 2006 2005 2004 2003 2002 De 5 a 10 anos Total
Pesados passageiros (%)
57.4 4.3 4.5 3.7 3.8 4.2 22.2 -
Pesados passageiros (n)
5076 378 396 324 340 370 1961 8844
Classe Euro 5 Euro 4 Euro 4 Euro 3 Euro 3 Euro 3 Euro 2 e Euro 1 -
FE a 16 km/h (g.km-1)
0.04 0.04 0.04 0.22 0.22 0.22 0.41 -
Quilometragem Anual (kms/ano/veículo) (STCP, 2005)
32665 32665 32665 32665 32665 32665 32665 -
Emissões PM10 (ton /ano)
6.63 0.49 0.52 2.33 2.44 2.66 26.26 41.33
Assim, verifica-se uma diminuição das emissões dos pesados de passageiros de 251 para 41
ton/ano, isto é, de 84%. Considerando que as emissões destes veículos representam cerca
88
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
de 10% das emissões de partículas totais do tráfego (Figura C.1), obtém-se uma redução de
8% das emissões de PM10 do tráfego por aplicação da Medida Adicional A.
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Motociclos Ligeiros gasolina Ligeiros diesel Ligeiros
mercadorias
Pesados
mercadorias
Autocarros
Categoria de Veículos
Em
issõ
es T
ota
is d
iári
as (
%)
Figura C.1: Contribuição das categorias de veículos para as emissões totais de PM10 (adaptado de Borrego et al., 2008)
89
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida Adicional B – Instalação de filtros de partículas nos pesados mais antigos a nível Nacional Sendo esta uma medida que se propõe aplicar em todo o território nacional, foi feita a
análise a esta escala, considerando-se, posteriormente, que os seus valores relativos podem
ser aplicados à Região Norte.
Apresenta-se, nos Quadros C.26 e C.27, a distribuição por idades dos veículos pesados de
passageiros e de mercadorias em Portugal (adaptado de URL 4), assim como os factores de
emissão e quilometragem associados, que serviram de base para a determinação das
emissões anuais destes veículos, com e sem a introdução de Filtros de Partículas.
Considerou-se a introdução de Filtros de Partículas com reduções associadas das emissões
de PM10 de 90% nos veículos com idade superior a 5 anos.
Quadro C.26: Frota de pesados de passageiros em Portugal e emissões anuais de PM10
associadas, supondo a aplicação da Medida Adicional B
Ano de fabrico
2006 2005 2004 2003 2002 De 5 a 10 anos
Mais de 10 anos
TOTAL
Pesados passageiros (%)
4.3 4.5 3.7 3.8 4.2 22.2 57.4
Pesados passageiros (n)
378 396 324 340 370 1961 5076 8844
Classe Euro 4 Euro 4 Euro 3 Euro 3 Euro 3 Euro 2 e Euro 1 Euro 1 e Convencional
FE a 16 km/h (g.km-1)
0.04 0.04 0.22 0.22 0.22 0.41 1.31
Quilometragem Anual (kms/ano/veículo) (STCP, 2005)
32665.0 32665.0 32665.0 32665.0 32665.0 32665.0 32665
Emissões PM10 (ton /ano)
0.5 0.5 2.3 2.4 2.7 26.3 216.7 251.4
DIFERENÇA
Emissões PM10 com FP (ton /ano)
0.5 0.5 2.3 2.4 2.7 2.6 21.7 32.7 -87%
90
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro C.27: Frota de pesados de mercadorias em Portugal e e emissões anuais de PM10
associadas, supondo a aplicação da Medida Adicional B
Ano de fabrico
2006 2005 2004 2003 2002 De 5 a 10 anos
Mais de 10 anos
TOTAL
Pesados mercadorias (%)
2.3 2.5 2.6 2.5 3.4 26.3 60.3 -
Pesados mercadorias (n)
2310 2473 2556 2514 3400 25971 59599 98823
Classe Euro 4 Euro 4 Euro 3 Euro 3 Euro 3 Euro 2 e Euro 1 Euro 1 e Convencional
-
FE (g.km-1) 0.04 0.04 0.17 0.17 0.17 0.32 0.6 - Quilometragem Anual (kms/ano/veículo) (IA, 2004)
50638 50638 50638 50638 50638 50638 50638 -
Emissões PM10 (ton /ano)
4.7 5.0 22.0 21.6 29.3 420.8 1861.1 2364.5
DIFERENÇA
Emissões PM10 com FP (ton /ano)
4.7 5.0 22.0 21.6 29.3 42.1 186.1 310.8 -87%
Assim, a aplicação da Medida Adicional B contribuirá para a redução de 87% das emissões de
PM10 dos pesados de passageiros e de mercadorias. Considerando que os primeiros
representam cerca de 10% das emissões de PM10 do tráfego automóvel e que os segundos
cerca de 37% (Figura C.1), obtém-se uma redução de 40% das emissões de partículas do
sector automóvel por aplicação desta medida.
91
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006 – ANEXO B
Medida Adicional C – Publicação da Portaria com os novos VLE da indústria Sendo esta uma medida que se propõe aplicar em todo o território nacional, foi feita a análise a
esta escala, considerando-se, posteriormente, que os seus valores relativos podem ser aplicados
à Região Norte.
A Medida Adicional C foi analisada considerando que, de acordo com as indicações relativas à
futura publicação da Portaria que regulamenta os valores limite de emissão da indústria, o VLE
de aplicação geral para partículas é reduzido de 300 mg.m-3 para 150 mg.m-3.
A determinação das vantagens ambientais desta medida baseou-se nos dados da CCDR-N sobre
o universo empresarial regional. Tendo em consideração que este é muito vasto, e, actualmente,
pouco conhecido, os pressupostos utilizados neste cálculo deverão ser revistos à luz de futuros
novos conhecimentos no que respeita à inventariação do tipo e quantidade de fontes industriais
existentes.
Assim, determinou-se uma vantagem de 43% nas reduções de emissões se o VLE diminuísse
para metade do seu valor actual, com base nas 50 indústrias mais poluidoras da Região (em
termos de emissão de partículas).
Os dados EMEP (ver Figura 5.1) apontam para uma representatividade de 25% das emissões
destas empresas em relação às emissões totais, obtendo-se, assim, uma redução de 11% das
emissões deste sector por implementação da Medida C.
AANNEEXXOO DD Custos estimados das medidas
propostas no Plano de Melhoria da
Qualidade do Ar para o período 2005-
2006
95
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Introdução A determinação do custo das medidas propostas no Plano de Melhoria para o período 2005-2006 teve em consideração as acções propostas pelas entidades participantes do Programa de Execução da Região Norte, ou sobre as quais aquelas manifestaram grande interesse.
É estimado o custo global e anual (1º ano de execução) de implementação das medidas propostas, através de informações disponibilizadas pelos próprios agentes responsáveis pela sua execução.
São apresentados custos para as seguintes medidas:
• Medida 1: Introdução de veículos de baixa emissão nos transportes de passageiros e mercadorias
• Medida 2: Melhorias na rede de transportes colectivos
• Medida 4: Renovação das frotas de táxis e de veículos de recolha de RSU (resíduos sólidos urbanos)
• Medida 5: Diminuição da percentagem de veículos pesados de mercadorias em circulação
• Medida 14: Corte de ruas ao trânsito
• Medida 15: Introdução de postos de abastecimento públicos de gás natural
• Medida 16: Substituição de despoeiradores nas fontes pontuais
• Medida 19: Diminuição das emissões da combustão residencial
• Medida 20: Medidas da agricultura
• Medida 21: Varrimento e lavagem das ruas
• Medida 22: Diminuição das emissões de poeiras das obras de construção civil
• Medida 24: Medidas ao nível da sensibilização/recomendações
Não houve entidades interessadas em acções no âmbito da Medida 8 – Zona de Emissões Reduzidas, pelo que esta medida não foi contemplada. Dada a incerteza e escala relativamente à Medida 17 – Reforço da fiscalização das fontes pontuais – não foi possível oferecer qualquer estimativa neste relatório.
Não são apresentados os custos de implementação para a APVGN (Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural) nem para a FPTR (Federação Portuguesa dos Transportadores Rodoviários) porque a aplicação da proposta da primeira depende de entidades exteriores que não se mostraram interessadas na mesma e, no caso da segunda, porque a responsabilidade de aplicação das suas iniciativas foi imputada posteriormente a outra entidades.
O custo global das medidas é de cerca de €527milhões, diminuindo esse valor para €47milhões se se excluir a renovação de 8.000 veículos pesados conforme sugestão da ANTRAM. No 1º ano de execução, o custo das medidas na globalidade ascende a €55milhões (de apenas €7milhões se se excluir a renovação dos 8.000 veículos pesados).
O cálculo do custos das medidas com e sem a inclusão da proposta de Medida 1 da ANTRAM deve-se ao facto de não haver ainda compromisso, por parte das entidades responsáveis pela efectiva aplicação desta medida, na sua assumpção.
96
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
No Quadro D.1 apresenta-se o custo global e anualizado (1º ano) por entidade participante no Programa de Execução da Região Norte.
Quadro D.1: Custo total por entidade, global e anual
Custo Global (€) Custo Anual (€) Entidade Com M1 da
ANTRAM Sem M1 da ANTRAM
Com M1 da ANTRAM
Sem M1 da ANTRAM
ANTRAM 480 004 000 4 000 48 004 000 4 000
ANTROP - - - -
CM Famalicão 1 899 600 1 899 600 337 100 337 100
CM Felgueiras 2 152 003 2 152 003 873 450 873 450
CM Gondomar 3 920 000 3 920 000 402 000 402 000
CM O. Azeméis - - - - CM P. Ferreira 251 850 251 850 54 850 54 850
CM Porto 1 369 357 1 369 357 439 930 439 930
CM S.M. Feira 1 743 200 1 743 200 240 700 240 700
CM S. Tirso 265 650 265 650 68 650 68 650
CM S.J. Madeira 586 000 586 000 106 800 106 800
CM Trofa 322 429 322 429 98 047 98 047
CM Valongo 1 500 1 500 1 500 1 500
CM Vieira do Minho 9 500 9 500 5 000 5 000
CM V. Conde 2 226 000 2 226 000 426 000 426 000
CCDR-N 260 750 260 750 260 750 260 750
Portucel 1 500 1 500 1 500 1 500
STCP 31 505 000 31 505 000 3 130 000 3 130 000
Total 526 518 339 46 518 339 54 450 276 6 450 276
97
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 1 – Introdução de veículos de baixa emissão nos transportes de passageiros e mercadorias Para a Medida 1 o custo total anual ascende a €52milhões. Dado o peso considerável referente à proposta da ANTRAM, efectuaram-se os cálculos com e sem a sua implementação, sendo o valor significativamente inferior: €4milhões. Encontra-se no Quadro D.2 a discriminação dos custos estimados para cada entidade.
Quadro D.2: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 1)
Custo Global (€) Custo Anual (€) Entidade Com M1 da
ANTRAM Sem M1 da ANTRAM
Com M1 da ANTRAM
Sem M1 da ANTRAM
ANTRAM 480 000 000 - 48 000 000 - ANTROP - - - - CM Famalicão 1 200 1 200 1 200 1 200 CM Felgueiras 103 948 103 948 10 395 10 395 CM Gondomar 1 920 000 1 920 000 202 000 202 000 CM O. Azeméis - - - - CM P. Ferreira - - - - CM Porto 1 032 697 1 032 697 103 270 103 270 CM S.M. Feira - - - - CM S. Tirso - - - - CM S.J. Madeira 579 000 579 000 99 800 99 800 CM Trofa 6 000 6 000 6 000 6 000 CM Valongo - - - - CM Vieira do Minho - - - - CM V. Conde - - - - CCDR-N - - - - Portucel - - - - STCP 31 000 000 31 000 000 3 100 000 3 100 000
Total 514 642 845 34 642 845 51 522 664 3 522 664
Esta medida inclui a substituição de veículos e renovação de frota, a colocação de filtros de partículas, a substituição de diesel por biodiesel, e estudos para renovações de frota. Quando não disponível, foram aplicados valores médios calculados com base no custo fornecido por outras entidades ou valores retirados de outros estudos publicados. Encontra-se no Quadro D.3 os valores utilizados para o cálculo dos custos da Medida 1.
98
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro D.3: Pressupostos usados no cálculo dos custos da Medida 1
Tipo de veículos Aquisição de veículos novos, € a
Introdução de filtros, € b
Reconversão para biodiesel,
€ a
Pesado mercadorias 60 000
Veículo de limpeza 20 000
Ligeiro de mercadorias 25 000
Ligeiros de passageiros 25 000
Pesado de passageiros 200 000
11 000 300
a) Valores médios calculados com base no custo fornecido por outras entidades
b) Valores baseados em Schrooten et al., 2006.
Nesta medida considera-se o impacto de regulamentação para diminuir a idade média permitida nos pesados para 10 anos. De acordo com dados da ANTRAM esta medida implicaria a substituição de cerca de 8.000 veículos pesados de mercadorias. Esta é a acção com maior custo, implicando para os privados um custo de €480milhões.
Para efeitos de custeio anual da medida, considerou-se um período de vida útil de 10 anos para os veículos e equipamento pesado (ex. cisternas, gruas) e de 5 anos para motociclos e ligeiros. Considera-se que os veículos a abater/ substituir têm valor residual nulo. Possíveis apoios financeiros para renovação de frota não foram considerados na avaliação, dado que os subsídios são meras transferências entre agentes económicos, não influenciando o custo para a sociedade.
Não foi possível obter estimativa de custos para as medidas referidas no Quadro D.4.
Quadro D.4: Acções não incluídas no custeio da Medida 1 por falta de informação
Entidade Objectivo geral
Mover transporte de mercadorias do privado para o público
Criar regulamentação que permita a instalação de filtros nos camiões antigos de forma a diminuir-lhes a idade
Criar regulamentação para a redução de horas de vazio afecto ao parque de camiões de transporte particular, mais poluente
Repensar o esquema de concessionamento dos percursos aos veículos pesados de passageiros
ANTRAM
Promoção da caracterização da frota de pesados existentes
ANTROP Criar regulamentação para diminuir a idade média permitida nos pesados de passageiros para 10 anos, tal como já acontece com os pesados de mercadorias
99
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 2 – Melhorias na rede de transportes colectivos O custo da Medida 2 ascende a €500mil anuais. Apresenta-se, no Quadro D.5, o custo desta medida para cada uma das entidades proponentes.
Quadro D.5: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 2)
Entidade Custo Global, € Custo Anual, €
ANTRAM - -
ANTROP - -
CM Famalicão 704 000 144 000
CM Felgueiras 3 500 3 500
CM Gondomar - -
CM O. Azeméis - -
CM P. Ferreira - -
CM Porto 325 200 325 200
CM S.M. Feira 76 500 36 500
CM S. Tirso - -
CM S.J. Madeira - -
CM Trofa - -
CM Valongo - -
CM Vieira do Minho - -
CM V. Conde - -
CCDR-N - -
Portucel - - STCP - -
Total 1 109 200 509 200
Nesta medida incluem-se acções de sensibilização, estudos para identificação de melhorias, implementação de melhorias nos transportes colectivos (TC) e inserção de cláusulas relativas à tipologia de veículos e horários/linhas nos cadernos de encargos de prestação de serviços de TC.
Foram feitas as seguintes assumpções:
� O valor das sondagens à população foi calculado com base em 1 000 telefonemas a um custo de €1/cada, acrescido de custo de mão-de-obra e tratamento de dados;
� Os desdobráveis estimados em 5 000 a €0,15/cada, e os cartazes em 70 a €1/cada (valores fornecidos pelas entidades proponentes);
� O custo da oferta de viagens gratuitas corresponde a uma viagem gratuita para 35 000 pessoas (50% da população do concelho em causa, aproximadamente);
� Considerou-se um custo mínimo de €1 500 com acções de sensibilização, quando conduzidas por internos às organizações.
Quando não fornecido, aplicou-se o custo de orçamentos recebidos para estudos de identificação de melhorias na rede de TC.
100
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
O custo de implementação das medidas de melhoria da rede de TC para a CM S.M. Feira foi estimado em cerca de 50% do custo apresentado pela CM Porto.
Foi atribuído custo nulo à inserção de cláusulas relativas à tipologia de veículos e horários/ linhas nos cadernos de encargos de prestação de serviços de TC.
Para efeitos de custeio anual da medida, considerou-se que o período de amortização das acções relacionadas com construção/melhoria de infra-estruturas é de 5 anos.
101
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 4 – Renovação das frotas de táxis e de veículos de recolha de RSU O custo anual da Medida 4 ascende a €790mil. Apresenta-se, no Quadro D.6, o custo desta medida para cada uma das entidades proponentes.
Quadro D.6: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 4)
Entidade Custo Global, € Custo Anual, €
ANTRAM - -
ANTROP - -
CM Famalicão 877 400 89 900
CM Felgueiras 1 325 000 140 000
CM Gondomar 2 000 000 200 000
CM O. Azeméis - -
CM P. Ferreira - -
CM Porto - -
CM S.M. Feira 1 625 000 162 500
CM S. Tirso - -
CM S.J. Madeira - -
CM Trofa - -
CM Valongo - -
VM Vieira do Minho - -
CM V. Conde 2 000 000 200 000
CCDR-N - -
Portucel - -
STCP - -
Total 7 827 400 792 400
Esta medida reside essencialmente na aquisição/renovação de frota de RSU, na colocação de filtros de partículas, na reconversão para biodiesel e na inserção de cláusulas nos cadernos de encargos.
Foram feitos os pressupostos seguintes:
� A frota de veículos de recolha de RSU é semelhante entre câmaras. Assim, atribuiu-se a cada veículo da frota um preço médio de €125mil;
� Por semelhança com valores fornecidos por outras entidades, aos veículos ligeiros foi atribuído um valor médio de €25mil (conforme aplicado também na análise da Medida 1).
O custo da colocação de filtros de partículas estimou-se em €11mil por veículo e o custo de reconversão em biodiesel em €300 por veículo (conforme valor referido em estudos publicados, também utilizado na Medida 1).
Foi atribuído custo nulo à inserção de cláusulas relativas à tipologia de veículos nos cadernos de encargos de prestação de serviços.
Para efeitos de custeio anual da medida, considerou-se um período de vida útil de 10 anos para os veículos pesados e equipamento pesado (ex. cisternas, gruas) e de 5
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
anos para ligeiros. Considerou-se que os veículos a abater/substituir têm valor residual nulo.
Possíveis apoios financeiros para renovação de frota, troca de filtros e reconversão de combustíveis não foram considerados na avaliação.
103
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 5 – Diminuição da percentagem de pesados de mercadorias em circulação O custo anual da Medida 5 ascende a €93mil anuais. Apresenta-se, no Quadro D.7, o custo desta medida para cada uma das entidades proponentes.
Quadro D.7: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 5)
Entidade Custo Global, € Custo Anual, €
ANTRAM - -
ANTROP - -
CM Famalicão 1 000 1 000
CM Felgueiras 49 875 49 875
CM Gondomar - -
CM O. Azeméis - -
CM P. Ferreira - -
CM Porto - -
CM S.M. Feira 41 700 41 700
CM S. Tirso - -
CM S.J. Madeira - -
CM Trofa - -
CM Valongo - -
CM Vieira do Minho - -
CM V. Conde - -
CCDR-N - -
Portucel - -
STCP - -
Total 92 575 92 575
Nesta medida propõem-se acções essencialmente ao nível de estudos para regulamentar e sinalizar zonas/horas de cargas e descargas no centro da cidade e proibição de circulação de alguns pesados no centro e a certas horas. Dada a ausência de preços fornecidos pelas entidades, foram recolhidos directamente orçamentos para os estudos. O custo dos estudos foi calculado com base nos valores médios de orçamentos recebidos. Não foi incluída no custo da Medida 5 a acção descrita no Quadro D.8.
Quadro D.8: Acções não incluídas no custeio da Medida 5 por falta de informação
Entidade Objectivo geral
ANTRAM
Diminuição entrada pesados nas cidades pela construção de uma central periférica de recepção de mercadorias. Incorporação de veículos híbridos ou movidos a outras energias para entrada nas cidades
104
Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 14 – Corte de ruas ao trânsito O custo anual da Medida 14 ascende a €109mil. Apresenta-se, no Quadro D.9, o custo desta medida para cada uma das entidades proponentes.
Quadro D.2: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 14)
Entidade Custo Global, € Custo Anual, €
ANTRAM - - ANTROP - - APVGN - -
CM Famalicão 35 000 35 000
CM Felgueiras 54 650 54 650
CM Gondomar - -
CM O Azeméis - -
CM P Ferreira - -
CM Porto - -
CM S M Feira - -
CM S Tirso 18 150 18 150
CM S J Madeira 1 000 1 000
CM Trofa - -
CM Valongo - -
CM Vieira do Minho - -
CM V Conde - -
CCDR-N - -
FPTR - -
Portucel - -
STCP - -
Total 108 800 108 800
Nesta medida incluem-se propostas de estudos de cortes de ruas, cortes de ruas, implementação de sistema de mini-autocarros e criação de ciclovias.
Foram assumidos os seguintes pressupostos:
� O estudo de corte de ruas ao trânsito foi estimado em €18 150, segundo orçamento recolhido;
� No custo de implementação do corte há grande incerteza quanto ao tipo de intervenção a realizar (se envolve ou não transformação de pavimentos; se implica apenas sinalização e barreiras físicas; qual a orientação comercial/ residencial da rua; etc.). Na presente análise considerou-se que envolve apenas sinalização. Neste sentido considerou-se um custo máximo de €1 000, à semelhança do sugerido por uma das entidades para acções de sinalização de circulação (na Medida 5).
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 15 – Introdução de postos de abastecimento
públicos de gás natural
O custo anual da medida 15 ascende a €30mil. Apresenta-se, no Quadro D.10, o custo desta medida para cada uma das entidades proponentes.
Quadro D.10: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 15)
Entidade Custo Global, € Custo Anual, €
ANTRAM - -
ANTROP - -
CM Famalicão - -
CM Felgueiras - -
CM Gondomar - -
CM O. Azeméis - -
CM P. Ferreira - -
CM Porto - -
CM S.M. Feira - -
CM S. Tirso - -
CM S.J. Madeira - -
CM Trofa - -
CM Valongo - -
CM Vieira do Minho - -
CM V. Conde - -
CCDR-N - -
Portucel - -
STCP 505 000 30 000
Total 505 000 30 000
Esta proposta consubstancia-se no custo de instalar postos de abastecimento de gás natural.
Para efeitos de custeio anual desta medida, considerou-se que o período de amortização das acções relacionadas com a instalação do posto de gás natural na Via Norte é de 20 anos.
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Medida 16 – Substituição de despoeiradores nas
fontes pontuais
O custo da medida 16 ascende a €156mil anuais. Apresenta-se, no Quadro D.11, o custo desta medida para cada uma das entidades proponentes.
Esta medida passa por três grandes acções: estudo sobre despoeiradores; acções de sensibilização; e acções de fiscalização. O estudo em causa deverá ser promovido por um organismo central (ex. CCDR-N), podendo as autarquias ter um papel nas acções de sensibilização e fiscalização. Foram recolhidos orçamentos para a elaboração do estudo.
Considerou-se como nulo o custo com acções de fiscalização.
Quadro D.11: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 16)
Entidade Custo Global, € Custo Anual, €
ANTRAM - -
ANTROP - -
CM Famalicão 4 500 4 500
CM Felgueiras - -
CM Gondomar - -
CM O. Azeméis - -
CM P. Ferreira - -
CM Porto - -
CM S.M. Feira - -
CM S. Tirso - -
CM S.J. Madeira - -
CM Trofa - -
CM Valongo - -
CM Vieira do Minho - -
CM V. Conde - -
CCDR-N 151 250 151 250
Portucel - -
STCP - -
Total 155 750 155 750
Não foi incluída no custo da medida 16 a acção descrita no Quadro D.12.
Quadro D.12: Acções não incluídas no custeio da Medida 16 por falta de informação
Entidade Objectivo geral
GALP Novas tecnologias com redução de emissões poluentes
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Medida 19 – Diminuição das emissões da combustão
residencial
O custo anual da Medida 19 ascende a €67mil. Apresenta-se, no Quadro D.13, o custo desta medida para cada uma das entidades proponentes.
Quadro D.13: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 19)
Entidade Custo Global, € Custo Anual, €
ANTRAM - - ANTROP - -
CM Famalicão - -
CM Felgueiras - -
CM Gondomar - -
CM O. Azeméis - -
CM P. Ferreira - -
CM Porto - -
CM S.M. Feira - -
CM S. Tirso - -
CM S.J. Madeira - -
CM Trofa - -
CM Valongo - -
CM Vieira do Minho - -
CM V. Conde 1 000 1 000
CCDR-N 66 000 66 000
Portucel - -
STCP - -
Total 67 000 67 000
Esta medida procura reduzir as emissões de partículas na combustão residencial. Em países como o Canadá, Alemanha e EUA, existem tecnologias certificadas (EPA Certified Woodburning) em que a combustão se faz de forma controlada e com maiores níveis de eficiência.
A implementação desta medida passa pelo desenvolvimento de um estudo sobre características da oferta e procura e pela implementação de regulamentos relativos à instalação de lareiras. Considerou-se a preparação de regulamentos a nível nacional com custo nulo.
Foi realizada uma primeira análise de sensibilidade do mercado. Em termos de legislação verificou-se que em Portugal não existe certificação relacionada com emissão de partículas de combustão (nem em relação aos produtos vendidos pelos distribuidores nem aplicável aos produtores). Apenas algumas das grandes empresas produtoras manifestam interesse em conseguir a certificação internacional.
A oferta de produtos de combustão residencial aos consumidores finais (empresas de construção ou indivíduos) divide-se em produtores de lareiras abertas e em empresas vendedoras de recuperadores de calor.
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No mercado de lareiras abertas existe um número considerável de empresas de mármores e cantarias que oferecem este tipo de produto, mas é impossível estimar o seu número.
No mercado de recuperadores de calor, mais de 85% das cerca de 150 empresas identificadas2 são distribuidores. Os distribuidores oferecem marcas nacionais e estrangeiras (belgas, alemãs, espanholas,...). De acordo com informação recolhida junto de distribuidores, as marcas nacionais não produzem produtos com tecnologia de dupla queima e de pallets. Os distribuidores oferecem estes produtos, mas de marcas estrangeiras.
De acordo com entrevistas efectuadas, o número de produtores nacionais é menor que 20, sendo 5 as grandes empresas de referência, as quais dominam o mercado. É um mercado que nos últimos anos tem evoluído em termos tecnológicos (liderada pelas grandes empresas), sendo a certificação ambiental o próximo passo em termos de inovação tecnológica. No entanto, apenas um número reduzido de produtores aparenta estar sensibilizado para as questões de redução das emissões de partículas nos produtos de combustão residencial. O CATIM (Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica) constituiu uma comissão técnica no mercado de produtos de combustão residencial reunindo os principais produtores nacionais e procura respostas ao nível de legislação ambiental. Este poderá ser um fórum a contactar para se discutir futura legislação nacional.
Existem algumas acções a nível nacional que poderão ser consideradas na revisão da legislação do sector. Realça-se pela sua expressão e possível impacto o projecto da Universidade do Minho (CEBio – Centro de Excelência para a Bio-Energia) que prevê a elaboração de um novo produto, a biocaldeira, que entrará também neste mercado.
Para esta medida considerou-se o custo de um possível estudo, aplicando orçamento fornecido por uma consultora.
2 As empresas foram identificadas por pesquisa em directórios (por ‘recuperadores de calor’ e ‘lareiras’), tendo-se obtido um número aproximado de 150.
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Medida 20 – Medidas da agricultura
O custo anual da Medida 20 ascende a €8mil. Apresenta-se, no Quadro D.14, o custo desta medida para cada uma das entidades proponentes.
Quadro D.14: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 20)
Entidade Custo Global, € Custo Anual, €
ANTRAM - -
ANTROP - -
CM Famalicão - -
CM Felgueiras - -
CM Gondomar - -
CM O. Azeméis - -
CM P. Ferreira - -
CM Porto - -
CM S.M. Feira - -
CM S. Tirso - -
CM S.J. Madeira - -
CM Trofa 33 609 6 061
CM Valongo - -
CM Vieira do Minho 6 500 2 000
CM V. Conde - -
CCDR-N - -
Portucel - -
STCP - -
Total 40 109 8 061
Esta medida consiste essencialmente em medidas para reduzir as emissões de partículas dos sectores agrícola e florestal, incluindo medidas de sensibilização, e aquisição de equipamento pesado (destroçadores/ estilhaçador).
Para efeitos de custeio anual da medida, considerou-se um período de vida útil de 10 anos para o equipamento pesado (ex. destroçadores e um custo mínimo de €1 500 com acções de sensibilização, quando conduzidas por internos às organizações.
Não foi incluída no custo da medida 20 a acção descrita no Quadro D.15.
Quadro D.15: Acções não incluídas no custeio da Medida 20 por falta de informação
Entidade Objectivo geral Meios específicos
CM Vieira do Minho Reduzir as emissões de partículas dos sectores agrícola e florestal
Isenção de pagamento de taxas de licenciamento às novas infra-estruturas pecuárias que prevejam instalação de filtros e ventilação nos alojamentos dos animais
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Medida 21 – Varrimento e lavagem das ruas
O custo anual da Medida 21 ascende a €764mil. Apresenta-se, no Quadro D.16, o custo desta medida para cada uma das entidades proponentes.
Quadro D.16. Custo total e por entidade, global e anual (Medida 21)
Entidade Custo Global, € Custo Anual, €
ANTRAM - -
ANTROP - -
CM Famalicão 266 000 51 000
CM Felgueiras 566 280 566 280
CM Gondomar - -
CM O. Azeméis - -
CM P. Ferreira 246 000 49 000
CM Porto - -
CM S.M. Feira - -
CM S. Tirso 246 000 49 000
CM S.J. Madeira - -
CM Trofa 245 505 48 671
CM Valongo - -
CM Vieira do Minho - -
CM V. Conde - -
CCDR-N - -
Portucel - -
STCP - -
Total 1 569 785 763 951
Esta medida consiste essencialmente em acções relativas a reforço no varrimento de ruas e inserção de obrigações em cadernos de encargos. No caso de o custo não ser fornecido, considerou-se como custo mínimo o equivalente à aquisição/manutenção e operação de pelo menos uma varredora e uma lavadora, segundo valores fornecidos por uma das entidades.
Para efeitos de custeio anual da medida, considerou-se um período de vida útil dos veículos pesados e equipamentos de 10 anos, e para ligeiros de 5 anos. Foi atribuído custo nulo à inserção de cláusulas nos cadernos de encargos de prestação de serviços de varrimento/ lavagem de ruas.
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 22 – Diminuição das emissões de poeiras das
obras de construção civil
O custo anual da Medida 22 ascende a €43 500 anuais. Apresenta-se, no Quadro D.17, o custo desta medida para cada uma das entidades proponentes.
Quadro D.17: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 22)
Entidade Custo Global, € Custo Anual, €
ANTRAM - -
ANTROP - -
CM Famalicão - -
CM Felgueiras - -
CM Gondomar - -
CM O Azeméis - -
CM P Ferreira - -
CM Porto - -
CM SM Feira - -
CM S Tirso - -
CM SJ Madeira - -
CM Trofa - -
CM Valongo - -
CM Vieira do Minho - -
CM V Conde - -
CCDR-N 43 500 43 500
Portucel - -
STCP - -
Total 43 500 43 500
Esta medida consiste essencialmente na elaboração de um manual de boas práticas em obra e divulgação do mesmo. O manual está a ser desenvolvido pela CCDR-N, juntamente com a LIPOR e a AICCOPN. Para o efeito considerou-se o custo de um mês de trabalho de um funcionário a tempo integral, acrescido do custo de divulgação (5 000 exemplares a €8.5/cada). Não são contabilizados custos de divulgação.
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Medida 24 – Medidas ao nível da sensibilização/
recomendações
O custo da medida 24 ascende a €360mil anuais. Apresenta-se, no Quadro D.18, o custo desta medida para cada uma das entidades proponentes.
Quadro D.18: Custo total e por entidade, global e anual (Medida 24)
Entidade Custo Global, € Custo Anual, €
ANTRAM 4 000 4 000
ANTROP - -
CM Famalicão 10 500 10 500
CM Felgueiras 48 750 48 750
CM Gondomar - -
CM O. Azeméis - -
CM P. Ferreira 5 850 5 850
CM Porto 11 460 11 460
CM S.M. Feira - -
CM S. Tirso 1 500 1 500
CM S.J. Madeira 6 000 6 000
CM Trofa 37 315 37 315
CM Valongo 1 500 1 500
CM Vieira do Minho 3 000 3 000
CM V. Conde 225 000 225 000
CCDR-N - -
Portucel 1 500 1 500
STCP - -
Total 356 375 356 375
Quando não fornecido o custo, foram feitas assumpções, por semelhança com o proposto por outras entidades:
� Para seminários envolvendo vários oradores, atribuiu-se um custo de €2 500;
� Folhetos e desdobráveis: considerou-se um número de 5 000 unidades, a um custo de €0.15 para folhetos, €6 para brochuras e €8.5 para guias;
� Às Exposições temáticas organizadas internamente atribuiu-se por semelhança um custo de €750.
� À criação de um site específico sobre o assunto, atribuiu-se um custo de €1 500.
� Considerou-se um custo mínimo de €1 500 com acções de sensibilização, quando conduzidas por internos às organizações.
� Às notícias em jornais e programas em rádios locais atribuiu-se um custo nulo, excepto indicação de valor por parte da entidade proponente.
Não foi incluída no custo da medida 24 a acção descrita no Quadro D.19.
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
Quadro D.19: Acções não incluídas no custeio da Medida 24 por falta de informação
Entidade Meios específicos
CM Trofa Spots publicitários; Escola de condução de bicicletas
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Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar na Região Norte Uma visão para o período 2001-2006
RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS DDOOSS AANNEEXXOOSS
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