proposta de protocolo para …repositorio.pgsskroton.com.br/bitstream/123456789/1121/1...o idoso...
TRANSCRIPT
Anhanguera Educacional Ltda. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, SP - CEP 13278-181 [email protected] [email protected] Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE
Trabalho realizado com o incentivo e fomento da Anhanguera Educacional
Adriana Atanazio Mendes
Professor Orientador: Ms. Ronald Nascimento Gonçalves
Professora Colaboradora: Esp. Marilda Carvalho Arantes
Curso: Enfermagem
FAC. ANHANGUERA DE TAUBATÉ
PROPOSTA DE PROTOCOLO PARA ORIENTAÇÃO A PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE
ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE
Vol. XII, Nº. 15, Ano 2009
RESUMO
A osteoporose é uma doença crônica multifatorial que afeta os idosos e está relacionada ao envelhecimento, atingindo na maioria das vezes as mulheres, devido às alterações hormonais advindas com a menopausa. A patologia consiste na perda de massa óssea, deixando os ossos frágeis, portanto mais propensos a fraturas. A prevenção ainda é o melhor método para se evitar a doença, e deverá estar presente ao longo da vida com início já na infância, através de orientações de educação em saúde, e estas deverão ser utilizadas permanentemente mediante a: hábitos alimentares, a introdução de cálcio na dieta e esta orientada além da prática regular de exercícios físicos. Com o aumento na expectativa de vida populacional, faz-se necessário a adoção de medidas preventivas buscando a minimização de casos diagnosticados. Mediante tais informações, suscitou o interesse na criação de um protocolo para ser utilizado no Município de Taubaté, buscando medidas profiláticas e de orientações no combate à osteoporose, buscando desta maneira a qualidade de vida, na idade adulta e na velhice.
Palavras-Chave: osteoporose; prevenção; educação; enfermagem.
47 Publicação: 3 de fevereiro de 2011
ANUIC_n15_miolo.pdf 47 13/04/2011 09:14:49
48 Proposta de protocolo para orientação a prevenção da osteoporose
1. INTRODUÇÃO
O envelhecimento da população e o aumento na expectativa de vida vem crescendo ao
longo dos anos, é um fenômeno do processo da vida, ele é marcado por alterações
biopsicossociais específicas, associadas à passagem do tempo (DELIBERATO, 2002).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2002), a população idosa
no Brasil poderá ultrapassar os trinta milhões de pessoas nos próximos vinte anos. Para
Fox (2007), uma importante alteração, relacionada ao envelhecimento do sistema
esquelético é a perda da densidade mineral óssea (DMO) que ocasiona a osteoporose. O
mais temido evento: é a fratura óssea pós-queda, contribuindo para a incapacidade
funcional ou desabilidade, conceituada pela dificuldade ou dependência do idoso em
realizar as atividades da vida diária (AVD’s) (BONARDI; SOUZA; MORAES, 2007). A
desabilidade é de grande impacto sócio-econômico já que traz prejuízos, não apenas pela
incapacitação dos pacientes, mas também pelo tratamento prolongado das fraturas
decorrentes dela (LERNER et al., 2000). Durante os anos 2005 e 2008, houve um
crescimento de oito por cento no número de internações hospitalares na rede do Sistema
Único de Saúde (SUS) em decorrência de fratura de fêmur em idosos por osteoporose
(BRASIL, 2009). A osteoporose é reconhecida como importante questão em saúde pública
mundial. Afeta o indivíduo idoso, considerada a população de maior risco, para
desenvolver a doença (RUSSO, 2001). É mais freqüente nas mulheres, e atualmente vem
crescendo cada vez mais nos homens (RIBEIRO et al., 2003).
Os pacientes identificados precocemente, com risco de desenvolver a
osteoporose, são de grande importância clínica. Diversos fatores de risco foram
identificados nos últimos anos (PAIVA et al., 2003), em particular a falta de cálcio, da
redução do estrógeno na menopausa, da inatividade física, bem como o consumo
excessivo de cafeína, bebida alcoólica e o tabagismo (CARVALHO; FONSECA;
PEDROSA, 2004).
Conforme o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO 2009),
educar a população, para o conhecimento dos fatores de risco, mediante campanhas de
esclarecimento sobre a osteoporose e incentivar a adoção de um estilo de vida saudável
interferindo nos fatores extrínsecos é uma contribuição na prevenção da osteoporose. A
reversão da osteoporose já instalada não é possível no momento, mas a intervenção clínica
precoce poderá prevenir a doença na maioria dos indivíduos, e a intervenção tardia
poderá minimizar a progressão do quadro osteoporótico já existente (GUARNIERO;
OLIVEIRA, 2004).
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. XII, Nº. 15, Ano 2009 • p. 47-48
ANUIC_n15_miolo.pdf 48 13/04/2011 09:14:49
Adriana Atanazio Mendes 49
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Tecido ósseo
O esqueleto adulto é formado por dois tipos de osso: o cortical (compacto) e o trabecular
(esponjoso). O osso cortical é denso, representando oitenta por cento do tecido ósseo total,
constitui as corticais dos ossos longos também encontrados na camada externa de todos os
ossos. Predomina no esqueleto apendicular (periférico), e a sua função primária é a
sustentação e a proteção do esqueleto. O osso trabecular ocupa vinte por cento do tecido
ósseo total, preenchendo uma superfície maior, está presente nos ossos do esqueleto axial
e nas epífises dos ossos longos, ocupando o espaço interno entre as corticais dos ossos. É
constituído por uma rede de barras ósseas horizontais e verticais chamada de trabéculas e
que estão dispostas como uma colméia (SZEJNFELD, 2000).
O osso é um tecido ativo onde ocorre um processo contínuo de formação e
remodelagem (BEDANI; ROSI, 2005). Esse processo se dá por células de diferentes
origens, que se organizam elaborando a substituição do osso antigo por um recém
formado. Os osteoclastos, que absorvem o osso antigo e os osteoblastos, que preenchem a
lacuna escavada com uma matriz protéica e após esse processo ocorre a mineração
(RANZ, 2008). A absorção e formação óssea estão em permanente equilíbrio garantindo
uma remodelagem óssea adequada (OLIVEIRA; JEOVANIO, 2008). Quando ocorre o
desequilíbrio da remodelagem óssea, a matriz e os minerais ósseos são perdidos devido
ao excesso da reabsorção óssea em relação à formação e a junção de multifatores, gera
como resultado a diminuição da DMO predispondo o indivíduo à osteoporose (RANZ et
al., 2008; CADORE; BRETANO; KRUEL, 2005).
A calcitonina, hormônio sintetizado pela glândula tireóide atua para impedir a
reabsorção óssea. A produção desse hormônio diminui, com o envelhecimento,
colaborando para o problema de reabsorção óssea. O hormônio paratireóideo, sintetizado
pelas glândulas paratireóides, atua elevando a reabsorção óssea. Com o envelhecimento
ocorre um aumento na produção desse hormônio (ROACH, 2009).
Nas mulheres, o estrogênio inibe a reabsorção óssea e ajuda o corpo a absorver o
cálcio um mineral essencial, para o fortalecimento ósseo. O idoso absorve o cálcio com
menos eficiência que adulto jovem. A perda óssea aumenta nos primeiros anos pós-
menopausa quando a diminuição de estrogênio tem maior impacto, resultando na
reabsorção óssea (ROACH, 2009).
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. XII, Nº. 15, Ano 2009 • p. 47-49
ANUIC_n15_miolo.pdf 49 13/04/2011 09:14:49
50 Proposta de protocolo para orientação a prevenção da osteoporose
O tabagismo influencia no aumento da atividade osteoclástica produzida pelo
cigarro, enquanto a cafeína interfere na absorção intestinal do cálcio e na sua excreção
urinária (FRAZÃO; NAVEIRA, 2007).
As alterações do esqueleto humano e a sua relação com a perda exagerada de sua
massa óssea são conhecidas desde a época hipocrática da medicina conduzindo aos
encurvamentos e fraturas do esqueleto axial e apendicular. O grande impulso científico no
estudo da perda da massa óssea aconteceu, quando Fuller Albright, “o pai da
osteoporose”, relacionou a perda da massa óssea com insuficiência ovariana em mulheres
na pós menopausa, caracterizando a osteoporose (osteo = osso, porose = poroso) como osso
emagrecido pela perda de seu conteúdo mineral e protéico (CONSSERMELLI et al., 2002).
2.2. Osteoporose
É a redução da massa óssea com distorções na micro arquitetura óssea causando
fragilidade óssea e aumentando o risco para a ocorrência de fraturas (CAMPOS et al.,
2003).
No século XIX, o termo osteoporose foi utilizado pela primeira vez na França e
na Alemanha para descrever os achados histológicos de um osso de pertencente a um ser
humano idoso, caracterizando sua porosidade (SZEJNFELD, 2000). Em 1994 foi
conceituada como doença pela Organização Mundial de Saúde, pelo fato, de ocasionar
alterações metabólicas afetando os ossos (CUNHA et al., 2007).
É uma doença multifatorial, que apresenta fatores intrínsecos sobre os quais não
podemos intervir e os extrínsecos os quais, podemos fazer intervenções (INTO, 2009). A
perda da DMO aumenta com a idade. A causa dessa diminuição da massa óssea é o
declínio de formação óssea nas células, resultado da deficiência dos osteoblastos. A
mulher é mais suscetível à osteoporose, e perde mais rapidamente a DMO do que o
homem (PAIVA, 2003). A mulher que apresenta menstruação irregular, sem a ocorrência
de gravidez, pode estar desenvolvendo insuficiência ovariana prematura. Esta
insuficiência acontece, quando os ovários deixam de secretar os hormônios, as mulheres
deixam de menstruar e apresentam maior perda óssea ao longo do tempo (INTO, 2009).
Fatores genéticos atuam nas variações da massa óssea dos grupos éticos e raciais. Os
indivíduos de raça branca e asiática possuem maior predisposição para o
desenvolvimento da osteoporose, devido ao menor pico de massa óssea em relação à raça
negra (PAIVA, 2003). Concentrações farmacológicas elevadas de glicocorticóides
conduzem á inibição da formação óssea, com a diferenciação e ativação dos osteoblastos, e
podendo conduzir a estimulação dos osteoclastos (RANZ, 2008).
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. XII, Nº. 15, Ano 2009 • p. 47-50
ANUIC_n15_miolo.pdf 50 13/04/2011 09:14:49
Adriana Atanazio Mendes 51
Os sintomas da osteoporose podem variar de indivíduo para indivíduo. Quando
os sinais e sintomas aparecem, a doença já está instalada e num grau avançado,
ampliando com isso a possibilidade de fraturas. Os sinais e sintomas da osteoporose são:
dor aguda na região lombar, perda de peso, tolerância diminuída para a execução de
exercício simples, diminuição da altura, dores sem localização definida, tanto nas pernas
quanto nos braços, fraturas do quadril, punho e vértebras e a globosidade da região
cervical torácica (CUNHA et al., 2007). Dentre os sintomas expostos os mais referidos
pelos idosos foram: “dor no corpo, cansaço e fraqueza” (CARVALHO; FONSECA;
PEDROSA, 2004).
A classificação etiológica da osteoporose é: osteoporose primária, sendo o
acometimento do tecido conjuntivo, marcado por ossos frágeis, que fraturam com
facilidade; pós-menopausa, ocasionada pela ausência de estrogênio, hormônio feminino
que auxilia na absorção do cálcio; senil, ocorre devido à deficiência da vitamina D,
afetando os idosos com mais de setenta anos; idiopática, que acomete principalmente o
sexo masculino e se apresenta no início da puberdade. Sua causa é desconhecida, sendo
identificada pela deficiência de cálcio; a osteoporose secundária, desenvolvida por
patologias, distúrbios hormonais envolvendo as glândulas tireóide e paratireóide, mas
também pela administração excessiva de drogas (CAMPOS et al., 2003; KISHI; BASTOS,
2007).
A identificação precoce do grupo de risco para osteoporose é de grande
importância clínica (PAIVA et al., 2003). Em razão dos seus efeitos, causarem invalidez
em decorrência das deformidades e incapacidade geradas nos indivíduos afetados e, pelo
tempo investido no tratamento de fraturas, gerando com isso, demandas financeiras
elevadas (CARVALHO; FONSECA; PEDROSA, 2004). Em 2008, o Ministério da saúde
(MS) gastou trinta e nove milhões em medicamentos a para osteoporose (BRASIL, 2009).
Para o diagnóstico da osteoporose estão incluídos: a anamnese, o exame físico e a
medida da DMO por meio de diversos métodos radiológicos e os marcadores bioquímicos
(JUNQUEIRA; FONSECA; ALDRIGHI, 2001).
A densitometria é considerada a técnica mais indicada para a medida da massa
óssea, em função da sua precisão, duração, e segurança. Avaliando a densidade dos ossos
de acordo com o equipamento utilizado (INTO, 2009). Quando o resultado da
densitometria apresenta valores de DMO acima de 2,5 desvios- padrão (T-score) abaixo do
pico de massa óssea e a presença de fratura por fragilidade óssea confirmam a presença
da osteoporose (RUSSO, 2001). O grau de formação e reabsorção óssea pode ser dosado na
urina, no sangue, e também a perda de cálcio pela urina (INTO, 2009).
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. XII, Nº. 15, Ano 2009 • p. 47-51
ANUIC_n15_miolo.pdf 51 13/04/2011 09:14:49
52 Proposta de protocolo para orientação a prevenção da osteoporose
O tratamento inicial da osteoporose deve ser realizado, por meio da ingestão de
cálcio e vitamina D e da utilização de drogas que estimulem a formação óssea ou
diminuam a reabsorção óssea (CAMPOS et al., 2003). Pesquisas realizadas na França, com
mulheres idosas, e que ingeriam uma dieta rica em cálcio e vitamina D num período de
dezoito meses, comprovaram uma redução de trinta por cento na incidência de fraturas
não vertebrais e, em particular as de colo do fêmur. Numa outra pesquisa mulheres e
homens em idade avançada receberam diferentes aportes de cálcio. O resultado foi um
decréscimo significativo no número de fraturas de colo do fêmur para aquele grupo em
que o fornecimento diário de cálcio foi maior (INTO, 2009).
A osteoporose relacionada ao envelhecimento, apresenta-se intimamente ligada a
expectativa de vida populacional (CAMPOS et al., 2003) tornando assim de grande
importância, a adoção de medidas preventivas já que os tratamentos disponíveis podem
conservar a massa óssea, mas não conseguem restaurar o osso osteoporótico até a
normalidade (HASHIMOTO; NUNES, 2005). Figurando a doença como um problema de
saúde mundial. Estima-se que a partir dos cinqüenta anos, trinta por cento das mulheres e
treze por cento dos homens passam vir a sofrer algum tipo de fratura. Esta incidência irá
quadruplicar nos próximos cinqüenta anos em decorrência do aumento na população de
idosos (CAMPOS et al., 2003).
Um programa de educação em osteoporose, sem dúvida aumenta o nível de
conhecimento, atenção e cuidados com a saúde óssea sendo, portanto um dos meios para
vencer os desafios impostos aos idosos, devido ao processo de envelhecimento,
proporcionando-lhes o aprendizado de novos conhecimentos e oportunidades
(CARVALHO; FONSECA; PEDROSA, 2004).
3. OBJETIVO
Geral: Prevenção da osteoporose mediante educação em saúde.
Específicos: a elaboração de um manual prático para a prevenção e orientação a respeito
da osteoporose, para ser utilizado pela população em geral.
Instituição de um dia no calendário Municipal para combate e prevenção da
osteoporose.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. XII, Nº. 15, Ano 2009 • p. 47-52
ANUIC_n15_miolo.pdf 52 13/04/2011 09:14:49
Adriana Atanazio Mendes 53
4. METODOLOGIA
A presente pesquisa, de caráter descritivo e explorativo com uma abordagem qualitativa,
com intervenções de promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos. Sendo de
caráter qualitativo porque aborda assuntos referentes à mudanças de hábitos e de
comportamento, mirando a melhoria na qualidade de vida (CARVALHO; FONSECA;
PEDROSA, 2004) da população com maiores fatores de risco em adquirir a osteoporose.
Sendo intervencionista, devido ao manual conter orientações sobre a alimentação
adequada, a ingesta do cálcio e da vitamina D, recomendações sobre atividade física e a
reposição de estrógeno e de progesterona para mulheres pós-menopausa, para tentar
combater a doença e minimizar os agravos decorrentes da mesma. Sendo de caráter
descritivo por oportunizar o histórico da doença. Enquanto exploratória a pesquisa
fornece conhecimento sobre a evolução da doença, onde o conhecimento científico está
assentado no resultado da pesquisa.
A pesquisa foi realizada a partir de revisão de literatura através de levantamento
de artigos científicos nas bases de dados SciELO; com 17 artigos científicos, jornal online;
com reportagem, dados do IBGE, com 1 dado; INTO, com artigo científico. O
embasamento científico foi mediante livros, com 07 assuntos voltados à pesquisa.
Para a criação do manual, foram obtidas orientações sobre a Sistematização da
Assistência da Enfermagem (SAE), e informações mediante revisão literária, que
contemplam o conceito, as causas, os fatores de risco, a incidência, a prevenção e a adoção
de medidas profiláticas. De posse dos dados obtidos com a revisão literária, em artigos
científicos no período de 2000 a 2009, o manual foi elaborado numa linguagem clara e
objetiva abordando, o que é a doença, conseqüências e maneiras de se prevenir. Ao
termino da elaboração do manual será apresentado, por meio da coordenação de
enfermagem da Faculdade Anhanguera de Taubaté ao Departamento de Saúde do
Município, visando à adoção do mesmo pela rede pública de saúde, além da busca pela
instituição do dia Municipal de Orientação e prevenção da Osteoporose (Anexo I).
A atuação no dia de orientação e prevenção da osteoporose será realizada em
lugares de grande fluxo de pessoas tais como: praças, shopping, núcleos de Programa de
Saúde da Família e nas unidades básicas de saúde do Município. Ainda propomos um
espaço na Semana de Iniciação Científica e nos eventos comunitários promovidos pela
Faculdade Anhanguera de Taubaté, para que ocorra a continuidade do trabalho.
No manual deverão estar contidas orientações básicas sobre a prevenção da
doença, tais como: alimentação, atividade física e acompanhamento médico.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. XII, Nº. 15, Ano 2009 • p. 47-53
ANUIC_n15_miolo.pdf 53 13/04/2011 09:14:49
54 Proposta de protocolo para orientação a prevenção da osteoporose
5. DESENVOLVIMENTO
Para a realização desta pesquisa foram utilizou-se os seguintes passos:
• 1° passo: definição do objeto da pesquisa.
• 2° passo: a escolha de um tema que pudesse colaborar para a minimização da incidência da doença nos indivíduos, através de um trabalho de prevenção primária, mediante a orientação e a educação em saúde.
• 3° passo: Coleta de dados para a elaboração do manual, por meio de consulta bibliográfica, revistas, artigos, livros e internet, anexo I.
• 4° passo: desenvolvimento e apresentação do protocolo.
6. RESULTADOS
Após a realização da pesquisa, considera-se um aumento na incidência e prevalência da
osteoporose juntamente com os custos relativos ao tratamento e a hospitalização.
A população idosa é a mais susceptível para adquirir a doença, porém as
mulheres pós-menopausa apresentam alta incidência da patologia, a osteoporose está
relacionada ao crescimento da expectativa de vida.
A identificação precoce dos indivíduos com fatores de risco para desenvolver a
osteoporose, e a promoção de medidas preventivas, contribui para a diminuição da sua
incidência, evitando que, o individuo, apresente alteração na qualidade de vida.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa focou a necessidade da prevenção da patologia em questão buscando
minimizar alguns transtornos no individuo idoso, tendo como objetivo num outro
momento, a sua continuidade buscando desta maneira o desenvolvimento do manual
para orientação, além da instituição do dia municipal de combate e prevenção da
osteoporose.
REFERÊNCIAS
BRASIL, A. População envelhece e aumenta número de internações no sus por fraturas no fêmur. Folha On-line, São Paulo, 4 abr. Disponível em: <http://www.folha.uol.com.br>. Acesso em: 16 abr. 2009.
BEDANI, R.; ROSSI, E.A. O consumo de cálcio e a osteoporose. Semina: Ciências Biologicas e da Saúde, Londrina, n. 1, jan./jun. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 12 set. 2009.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. XII, Nº. 15, Ano 2009 • p. 47-54
ANUIC_n15_miolo.pdf 54 13/04/2011 09:14:49
Adriana Atanazio Mendes 55
BORNADI, G.; SOUZA, V.B.A.; MORAES, J.F.D. Incapacidade funcional e idosa: um desafio para os profissionais de saúde. Scientia Medica, Porto Alegre, n. 3, jul./set. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 12 set. 2009.
CADORE, E.L.; BRENTANO, M.A.; KRUEL, L.F.M. Efeitos da atividade física na densidade mineral óssea e na remodelação do tecido ósseo. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, n.6, nov./dez. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 28 set. 2009.
CAMPOS, L.M.A. et al. Osteoporose na infância e na adolescência. Jornal da Pediatria, Rio de Janeiro, n.6, nov./dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 12 set 2008.
CARVALHO, C.M.R.G.; FONSECA, C.C.C.; PEDROSA. J.I.I. Educação para a saúde em osteoporose com idosos de um programa universitário; repercussões. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, n. 3, maio/jun. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 12 set. 2008.
CARNEIRO, R.A. Osteoporose primária. In: COSSERMELLI, W. Terapêutica em reumatologia. São Paulo: Lemos, 2000. cap. 116.
CUNHA, C.E.W. et al. Os exercícios resistidos e a osteoporose em idosos. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, n. 1, jan./fev. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 19 set. 2009.
DELIBERATO, P.C.P. Fisioterapia preventiva: Fundamentos e aplicações. São Paulo: Manole, 2002. 362p.
DOMINGUES, M.R.; ARAÚJO, C.L.P.; GIGANTE, D.P. Conhecimento e percepção sobre exercício físico em uma população adulta urbana do sul do Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, n. 1, jan./fev. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 19 set. 2009.
FRAZÃO, P.; NAVEIRA, M. Fatores relacionados à baixa densidade óssea em mulheres brancas. Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro, n. 05, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 19 set. 2009.
FOX, S.I. Fisiologia humana. 7.ed. São Paulo: Manole, 2007. 726p.
GARNIERO, R.; OLIVEIRA, L.G. Osteoporose: atualização no diagnóstico e princípios básicos para o tratamento. Revista Brasileira de Ortopedia, São Paulo, n. 9, set. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 19 set. 2009.
HASHIMOTO, L.A.; NUNES, E.F.P. A. Osteoporose nas unidades básicas de saúde: Conhecimento e práticas preventivas na visão das coordenadoras no município de Cianorte. Paraná. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, n. 1. dez. 2005. Disponível em: < http://www.scielo.br>. Acesso em: 2 maio 2008.
IBGE. Contagem da população. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 30 jul. 2009.
INTO. Osteoporose. Disponível em: <http://www.into.saude.gov.br>. Acesso em: 19 fev. 2009.
JUNQUEIRA, P.A.; FONSECA, A.M.; ALDRIGHI, J.M. Espessamento do endométrio no climatério: como investigar. Revista da Associação Médica Brasileira, Rio de Janeiro, n. 01., maio 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 2 maio 2009.
KISHI, L.M.; BASTOS, M.F. Prevalência de osteoporose e osteopenia em pacientes atendidos em um serviço de densitrometria óssea no município de Guarulhos. ConScientiae Saúde, São Paulo, n. 2, jun. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 23 maio 2009.
LERNER, B.R. et al. O cálcio consumido por adolescente de escolas públicas de Osasco, São Paulo. Revista de Nutrição, Campinas, n. 01, jan/apr. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acessado em: 22 maio 2009.
OLIVEIRA, S.A.C.; JEOVANIO, A.L. O papel do enfermeiro na orientação preventiva da osteoporose em mulheres na pós – menopausa. Augustus, Rio de Janeiro, n.25, ago. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 22 maio 2009.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. XII, Nº. 15, Ano 2009 • p. 47-55
ANUIC_n15_miolo.pdf 55 13/04/2011 09:14:49
56 Proposta de protocolo para orientação a prevenção da osteoporose
PAIVA, L.C. et al. Osteoporose em mulheres na pós-menopausa e associação com fatores clínicos e reprodutivos. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, n.7, ago. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 2 maio 2008.
RANZ, H.P. et al. Farmacologia. 6.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 829 p.
REBELATO, J.R.; MORELLI, J.G.S. Fisioterapia geriátrica: a prática da assistência ao idoso. 2.ed. São Paulo: Manole, 2007. 455p.
ROCH, S.O. Enfermagem na saúde do idoso. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 349 p.
RIBEIRO, A.F.C. et al. A osteoporose e os distúrbios endócrinos da glândula tireóide e das gônadas. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabólica, São Paulo, n. 3, jun. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 18 jun. 2009.
RUSSO, L.A. Osteoporose Pós – Menopausa: opções terapêuticas. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabólica, São Paulo, n.4, ago. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 3 maio 2009.
SZEJNFELD, V.L. Osteoporose: diagnóstico e tratamento em reumatologia. São Paulo: Savier, 2000. 1287 p.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. XII, Nº. 15, Ano 2009 • p. 47-56
ANUIC_n15_miolo.pdf 56 13/04/2011 09:14:49
Adriana Atanazio Mendes 57
ANEXO I
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
O MANUAL
Data do atendimento ___/___/___
I - Identificação
Nome__________________________________________________________
Data de nascimento ___/___/___ Idade ______ Cor da pele ____________
Escolaridade_____________________ Estado civil______________________
Profissão________________________ Ocupação atual___________________
Naturalidade______________________ Religião________________________
Cidade___________________________ Bairro_________________________
Telefone______________________ E-mail_____________________________
II - Antecedentes Pessoais
Tabagista? ( ) sim ( ) não. Etilista? ( ) sim ( ) não.
Pratica exercício físico? ( ) sim ( ) não
Qual?________________________FREQUÊNCIA_______________________
Sua menstruação é regular? ( ) sim ( ) não. Menopausa? ( ) sim ( ) não
Quanto tempo? ____________________________________
Alteração hormonal? ( ) sim ( ) não
Faz uso de hormônio? ( ) sim ( ) não. Qual?__________________________
Há quanto tempo_________________________________________________
Faz uso de corticóide? ( ) sim ( ) não. Qual?__________________________
Há quanto tempo? ________________________________________________
Faz uso de medicamento? ( ) sim ( ) não. Qual?_______________________
Há quanto tempo? ________________________________________________
Você sabe o que é osteoporose? ( ) sim ( ) não.
Você sabe quais os fatores de riscos? ( ) sim ( ) não.
Você faz alguma medida para prevenção da osteoporose? ( ) sim ( ) não.
Quais?__________________________________________________________
Você já teve fratura? ( ) sim ( ) não. Qual?___________________________
III - Nutricionais
Peso há um ano ___________ Peso no momento__________
Altura ____________IMC _____________
Diagnóstico nutricional: Desnutrida ( ). Eutrófica ( ). Obesa ( )
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. XII, Nº. 15, Ano 2009 • p. 47-57
ANUIC_n15_miolo.pdf 57 13/04/2011 09:14:49
58 Proposta de protocolo para orientação a prevenção da osteoporose
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. XII, Nº. 15, Ano 2009 • p. 47-58
Número de refeições / dia ( ) 3 vezes ( ) 4 a 5 vezes ( ) acima de 5 vezes
Quais os alimentos que você come normalmente nas suas refeições e quais quantidades? ___________________________________________________
Você tem alguma alergia alimentar? ( ) sim ( ) não.
Qual alimento?___________________________________________________
Consome leite? ( ) sim ( ) não Quantas vezes ao dia?__________________
Consome derivados do leite? ( ) sim ( ) não. Quantas vezes ao dia?_______
Consome café? ( ) sim ( ) não. Quantas vezes ao dia?________________
IV - Antecedente Familiares
Osteoporose? ( ) sim ( ) não. Parentesco____________________________
Osteopienia? ( ) sim ( ) não. Parentesco_____________________________
Hipertireoidismo? ( ) sim ( ) não. Parentesco_________________________
Fraturas? ( ) sim ( ) não. Parentesco________________________________
V – Sobre a osteoporose
Você sabe o que é osteoporose? ( ) sim ( ) não.
Você sabe o que causa a osteoporose? ( ) sim ( ) não.
Você sabe como prevenir a osteoporose? ( ) sim ( ) não.
Quem orientou você? médico ( ) enfermeiro( ) fisioterapeuta ( ) outros ( ).
Recomendações
Uma dieta contendo quantidades suficientes de cálcio é necessária para o tratamento e a prevenção da osteoporose. O organismo absorve trinta por cento do cálcio ingerido, portanto sua ingestão tem que ser calculada.
Alimentos ricos em cálcio: leite e seus derivados; vegetais como, brócolis, couve e outras folhas verdes; salmão, sardinha enlatada (com espinha); tofu.
Quando a dieta não suprir as necessidades diárias de cálcio, uma suplementação deve ser discutida com o médico. Para a absorção adequada do cálcio é necessária uma quantidade suficiente de vitamina D, alimentos que fornecem esta vitamina: leite e produtos lácteos enriquecidos com vitamina D; óleo de fígado de peixe diverso, sardinha, atum e salmão (REBELATO; MORELLI, 2007).
A exposição aos raios solares ultravioleta é necessária para a síntese da vitamina D a partir do seu precursor 17-deidrocolesterol, presente na gordura e na pele. A exposição solar deve ser diretamente na pele para garantir a sua eficácia (CAMPOIS et al., 2003). O tempo suficiente para a exposição solar é de vinte a trinta por dia, entre 6h e 11h. Apenas vinte cinco por cento do corpo precisa estar exposto à ação dos raios solares (INTO, 2009).
Exercício físico
É qualquer atividade planejada, estruturada e repetitiva com a finalidade da manutenção e da melhoria da aptidão física (DOMINGUES; ARAÚJO; GIGANTE, 2004). Exercício que suporta peso (mesmo o peso corporal) tais como caminhada e exercício aeróbico, são essenciais para a pessoa com osteoporose. Mulheres pós-menopausa podem tomar estrógeno e progesterona para reduzir a perda acelerada de massa óssea, seguindo sempre uma orientação médica. (REBELATO; MORELLI, 2007).
Evitar o excesso de tabaco e álcool também é recomendado (INTO, 2009).
ANUIC_n15_miolo.pdf 58 13/04/2011 09:14:49