proposta pedagÓgica curricular lÍngua … · em conta as novas necessidades desse espaço...
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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR FRANCISCO GAWLOUSKI
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
LÍNGUA PORTUGUESA
SÃO ROQUE – PAULO FONTIN
PARANÁ – 2011
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa levou muito tempo para ser introduzida nos currículos
escolares desde que chegou ao Brasil. Mais ainda demorou a formação de professores
dessa disciplina.
Inicialmente o ensino da Língua portuguesa tinha uma característica elitista,
priorizando uma ação não pedagógica com o intuito de inculcar a obediência à fé, ao rei e
à lei. Isso se estendeu até meados do século XX. A partir daí se iniciou um processo de
democratização que ampliava vagas. Consequentemente, falantes de variedades do
Português passaram a frequentar a escola, mostrando uma fala muito distante do modelo
tradicionalmente cultivado.
Por causa desse choque optou-se por propostas pedagógicas que levassem
em conta as novas necessidades desse espaço escolar. Originou assim a pedagogia
tecnicista, pautada nas teorias da comunicação que visava a qualificação para o trabalho.
Com isso a gramática deixou de ser o enfoque principal do ensino de língua, mas na
prática das salas de aula o normativismo ainda predominava em exercícios estruturais,
técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura até os primeiros anos da
década de 1980.
Esse contexto de ampliação de vagas e do acesso à educação formal
aponta problemas quanto a um maior quadro de profissionais do magistério, de acordo
com a nova demanda. Devido à sobrecarga do professor, a responsabilidade do
planejamento e da preparação de aulas acabou sendo transferida para o livro didático. Tal
quadro, além de altos índices de evasão e repetência das classes populares, do arrocho
salarial dos professores e da abertura indiscriminada de faculdades, comprometeu ainda
mais a qualidade do ensino.
Fazendo frente a teoria tecnicista, geradora de um ensino baseado na
memorização, surgiram novos paradigmas que procuravam valorizar o texto como
unidade fundamental da análise, configurando a língua como um espaço de interação
entre sujeitos que se constituem através dessa interação.
Quanto a literatura, antigamente a leitura era utilizada com a finalidade de
transmitir a norma culta da língua, constituindo base para exercícios gramaticais e
estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. Depois passou a centrar-se
numa análise simplificada a partir de questionários sobre os elementos da narrativa. Mais
tarde restringiu-se ao 2º grau com abordagens estruturalistas ou historiográficas.
Foi a partir dos anos oitenta que os estudos linguísticos mobilizaram os
professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a
reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de aula.
Na linguagem, o homem se reconhece humano, interage e troca
experiências, compreende a realidade em que está inserido e percebe o seu papel como
participante da sociedade. A partir deste caráter social da linguagem, Bakhtin e os
teóricos do Círculo de Bakhtin formulam os conceitos de dialogismo e dos gêneros
discursivos, cujo conhecimento e repercussão suscitam novos caminhos para o trabalho
pedagógico, com a linguagem verbal, demandando uma nova abordagem para o ensino
de língua.
Nessa concepção, o texto é visto como lugar onde os participantes da
interação dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é, assim, articulação de
discursos, vozes que se materializam, ato humano, é linguagem em uso efetivo.
Acrescente-se a isso que as considerações de Bakhtin sobre o lugar da fala trazem para o
âmbito da discursividade as relações sociais.
Aquilo que se diz ou que se escreve constitui, para Bakhtin, o enunciado ou
discurso, o qual se realiza em momentos interativos. Nesse processo os interlocutores
constroem sentidos e significados ao longo de suas trocas linguísticas orais ou escritas.
Tais sentidos e significados são influenciados também, pelas relações que os
interlocutores (autor e ouvinte ou leitor) mantêm com a língua, entre si, com o tema sobre
o qual se fala ou escreve, ouve ou lê; pelos seus conhecimentos prévios, atitudes e
preconceitos; e pelo contexto social em que ocorre a interlocução. Tudo isso é
potencializado no texto.
Diante do exposto, pode-se entender que as práticas da linguagem, como
fenômeno de uma interlocução viva, perpassam todas as áreas do agir humano,
potencializando, na escola, a perspectiva interdisciplinar.
Assim, de acordo com estudiosos como Bakhtin e Geraldi, podemos dizer
que a Língua Portuguesa é a disciplina que tem como objeto de estudo a língua e a
literatura e tem como conteúdo estruturante o discurso, concebido como prática social e
desdobrado em quatro eixos metodológicos a saber: oralidade, leitura, escrita e análise
linguística. O trabalho com estas habilidades deve considerar conhecimento prévio do
aluno e sua variação linguística, porém, deve ser um trabalho progressivo com o objetivo
de levar o aluno a dominar sua língua, adequando sua linguagem ao objetivo
comunicativo e ao meio em que está inserido. Entende-se o domínio da língua como meio
e suporte de outros conhecimentos. A disciplina pode ser ainda, um meio de confrontar a
realidade com os textos, fazendo com que o aluno reflita, desenvolva o senso crítico e
seja o agente transformador de sua realidade a partir dos conhecimentos adquiridos e
habilidades desenvolvidas, visto que tem como objeto de estudo a língua e a literatura.
Neste sentido, deverá levar o aluno a dominar a língua materna, sendo apto a fazer as
adequações necessárias às diferentes situações de uso numa construção gradativa de
um saber linguístico mais elaborado, bem como desenvolver a oralidade levando o
mesmo a saber ouvir e falar, sendo capaz de compreender os discursos e organizar o
seus próprios, de maneira clara, coesa e coerente. Deve também oportunizar o contato
com os mais variados gêneros discursivos, de modo com que observe o uso da língua de
acordo com o objetivo que está sendo empregado, desenvolvendo o senso crítico e a
argumentação a fim de atuar de forma reflexiva na sociedade sendo capaz de , através de
novas estratégias de leitura, comparar textos, percebendo o diálogo que há entre eles.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS POR SÉRIE
3.
6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
• CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
• CONTEÚDOS BÁSICOS:
− GÊNEROS DISCURSIVOS: história em quadrinho, piadas, adivinhas, lendas, fábulas,
contos de fadas, poemas, narrativa de enigma, narrativa de aventura, dramatização,
exposição oral, comercial para TV, causos, carta pessoal, carta de solicitação, e-mail,
receita, convite, autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados, verbete,
quadrinhas, cantigas de roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de jogo,
anedotas, entre outros.
LEITURA
Identificação do tema
Interpretação textual, observando:
Conteúdo temático
Interlocutores
Fonte
Intertextualidade
Informatividade
Intencionalidade
Marcas linguísticas
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
Inferências
ORALIDADE
Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Variedades linguísticas
Intencionalidade do texto
Papel do locutor e do interlocutor:
Participação e cooperação
Particularidades de pronúncia de algumas palavras
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
ESCRITA
Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Argumentação
Paragrafação
Clareza de ideias
Refação textual
- ANÁLISE LINGUÍSTICA ( perpassando as práticas de leitura,
escrita e oralidade ):
Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno
Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico,
Acentuação gráfica
Processo de formação de palavras
Gírias
Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia ...)
Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal
Particularidades de grafia de algumas palavras.
7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
• CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
• CONTEÚDOS BÁSICOS:
− GÊNEROS DISCURSIVOS: entrevista (oral e escrita), crônica de ficção, música,
notícia, estatutos, narrativa mítica, tiras, propaganda, exposição oral, mapas, paródia,
chat, provérbios, torpedos, álbum de família, literatura de cordel, carta de reclamação,
diário, carta ao leitor, instruções de uso, cartum, história em quadrinhos, placas,
pinturas, provérbios, entre outros.
− ORALIDADE
Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,
repetições, pausas...)
Variedades linguísticas
Intencionalidade do texto
Papel do locutor e do interlocutor:
Participação e cooperação
Particularidades de pronúncia de algumas palavras
- ESCRITA
Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Linguagem formal/informal
Argumentação
Coerência e coesão textual
Organização das ideias/parágrafos
Finalidade do texto
Refação
- LEITURA
Interpretação textual, observando:
Conteúdo temático
Interlocutores
Fonte
Ideologia
Papéis sociais representados
Intertextualidade
Intencionalidade
Informatividade
Marcas linguísticas
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e
informal.
Texto verbal e não-verbal
- ANÁLISE LINGUÍSTICA (perpassando as práticas de leitura, escrita e
oralidade):
Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no
texto
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen
Acentuação gráfica
Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais
A representação do sujeito no texto (expressivo/elíptico;
determinado/indeterminado; ativo/passivo)
Neologismo
Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese).
Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal
Linguagem digital
Semântica
Particularidades de grafia de algumas palavras
8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
• CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
• CONTEÚDOS BÁSICOS:
− GÊNEROS DISCURSIVOS: regimento, slogan, telejornal, telenovela, reportagem (oral
e escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de terror, charge, narrativa de humor,
crônica jornalística, paródia, resumo, anúncio publicitário, sinopse de filme, poema,
biografia, narrativa de ficção científica, relato pessoal, outdoor, blog, haicai, júri
simulado, discurso de defesa e acusação, mesa redonda, dissertação escolar,
regulamentos, caricatura, escultura, entre outros.
- LEITURA
Interpretação textual, observando:
Conteúdo temático
Interlocutores
Fonte
Ideologia
Intencionalidade
Informatividade
Marcas linguísticas
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
As diferentes vozes sociais representadas no texto
Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos, etc.
Relações dialógicas entre textos
- ORALIDADE
Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Coerência global do discurso oral
Variedades linguísticas
Papel do locutor e do interlocutor:
Participação e cooperação
Turnos de fala
Particularidades dos textos orais
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
Finalidade do texto oral
ESCRITA
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Marcas linguísticas
• Argumentação
• Coerência e coesão textual
• Paráfrase de textos
• Paragrafação
Refacção textual
- ANÁLISE LINGUÍSTICA ( perpassando as práticas de leitura, escrita e
oralidade):
Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral
Conotação e denotação
A função das conjunções na conexão de sentido do texto
Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos...)
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
Acentuação gráfica
Figuras de linguagem
Procedimentos de concordância verbal e nominal
A elipse na sequência do texto
Estrangeirismos
As irregularidades e regularidades da conjugação verbal
A função do advérbio: modificador e circunstanciador
Complementação do verbo e de outras palavras
9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
• CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
• CONTEÚDOS BÁSICOS:
− GÊNEROS DISCURSIVOS: artigo de opinião, debate, reportagem oral e escrita,
manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica, narrativa fantástica, romance,
histórias de humor, contos, música, charges, editorial, curriculum vitae, entrevista oral
e escrita, assembleia, agenda cultural, reality show, novela fantástica, conferência,
palestra, fotoblog, depoimento, imagens, instruções, entre outros.
− LEITURA
Interpretação textual, observando:
Conteúdo temático
Interlocutores
Fonte
Intencionalidade
Intertextualidade
Ideologia
Informatividade
Marcas linguísticas
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.
Informações implícitas em textos.
As vozes sociais presentes no texto.
Estética do texto literário.
- ESCRITA
Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Argumentação
Resumo de textos
Paragrafação
Paráfrase
Intertextualidade
Refacção textual
- ORALIDADE
Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Variedades linguísticas
Intencionalidade do texto oral
Argumentação
Papel do locutor e do interlocutor.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
− ANÁLISE LINGUÍSTICA (perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade):
Conotação e denotação
Coesão e coerência textual
Vícios de linguagem
Operadores argumentativos e os efeitos de sentido
Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que
diz, como: felizmente, comovedoramente...)
Semântica
Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
Acentuação gráfica
Estrangeirismos, neologismos, gírias
Procedimentos de concordância verbal e nominal
Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais
A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto
Coordenação e subordinação nas orações do texto.
ENSINO MÉDIO
• CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
• CONTEÚDOS BÁSICOS:
− GÊNEROS DISCURSIVOS: textos dramáticos, romance, novela fantástica, crônica,
conto, poema, contos de fada contemporâneo, fábulas, diários, testemunhos, biografia,
debate regrado, artigos de opinião, editorial, classificados, notícia, reportagem,
entrevista, anúncio, carta de leitor, carta ao leitor, carta de reclamação, tomada de
notas, resumo, resenha, relatório científico, dissertação escolar, seminário,
conferência, palestra, pesquisa e defesa de trabalho acadêmico, mesa redonda,
instruções, regras em geral, leis, estatutos, lendas, mitos, piadas, histórias de humor,
tiras, cartum, charge, caricaturas, paródia, propagandas, placas, outdoor, e-mail,
folder, fotos, pinturas, esculturas, debate, depoimento, folhetos, mapas, croqui,
explicação, horóscopo, provérbios, e outros...
1ª série
Literatura
• Literatura: A arte da palavra
• O texto literário
• O Trovadorismo
• O humanismo
• O renascimento
• O Quinhentismo brasileiro
• O Barroco português
• O Barroco brasileiro
• O Neoclassicismo português
• O Neoclassicismo brasileiro
- ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
• Noções de variações linguísticas
• Figuras de linguagem
• Fonologia
• Acentuação gráfica
• estrutura e formação de palavras
• Classes gramaticais
Redação Leitura e Oralidade
• Linguagens
• Liberação da linguagem e do pensamento
• Exercícios de imaginação
• Experiências de enumeração
• As modalidades clássicas
• introdução ao descrever
• introdução ao narrar
• introdução ao dissertar
• descrição
• Interpretação textual, observando:
• Conteúdo temático
• Interlocutores
• Fonte
• Intencionalidade
• Ideologia
• Informatividade
• Situacionalidade
• Marcas linguísticas
• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.
• Inferências
• As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro
formal e informal
• As vozes sociais presentes no texto
• Relações dialógicas entre textos
• Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.
• Estética do texto literário
• Contexto de produção da obra literária
• Diálogo da literatura com outras áreas.
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Marcas linguísticas
• Variedades linguísticas
• Intencionalidade do texto
• Papel do locutor e do interlocutor:
• Participação e cooperação
• Turnos de fala
• Particularidades de pronúncia de algumas palavras
• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,
repetições, pausas...)
• Finalidade do texto oral
• Materialidade fônica dos textos poéticos.
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Marcas linguísticas
• Argumentação
• Coesão e coerência textual
• Finalidade do texto
• Paragrafação
• Paráfrase de textos
• Resumos
• Diálogos textuais
• Refação textual.
2º Ano
Literatura:
• O Romantismo em Portugal
• A poesia romântica brasileira
• A prosa romântica brasileira
• O Realismo e o naturalismo em Portugal
• O Realismo e o Naturalismo no Brasil
• O Realismo psicológico de Machado de Assis
• O Parnasianismo no Brasil
• O Simbolismo.
-ANÁLISE LINGUÍSTICA ( perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade ):
• Funções sintáticas e relações morfossintáticas
• Palavras invariáveis
• Introdução ao estudo da sintaxe
• Sujeito e predicado
Redação Leitura e Oralidade
• O mundo narrado
• Começando a história
• Caracterização da personagem
• As personagens falam (discurso direto e indireto)
• A construção do enredo
• Enredo linear e não linear
• Narrador: a voz que conta a história
• Narrar e dissertar
• Interpretação textual, observando:
• Conteúdo temático
• Interlocutores
• Fonte
• Intencionalidade
• Ideologia
• Informatividade
• Situacionalidade
• Marcas linguísticas
• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.
• Inferências
• As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro
formal e informal
• As vozes sociais presentes no texto
• Relações dialógicas entre textos
• Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.
• Estética do texto literário
• Contexto de produção da obra literária
• Diálogo da literatura com outras áreas.
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Marcas linguísticas
• Variedades linguísticas
• Intencionalidade do texto
• Papel do locutor e do interlocutor:
• Participação e cooperação
• Turnos de fala
• Particularidades de pronúncia de algumas palavras
• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,
repetições, pausas...)
• Finalidade do texto oral
• Materialidade fônica dos textos poéticos
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Marcas linguísticas
• Argumentação
• Coesão e coerência textual
• Finalidade do texto
• Paragrafação
• Paráfrase de textos
• Resumos
• Diálogos textuais
• Refação textual.
3º ano
Literatura:
• O Pré-modernismo no Brasil
• As vanguardas artísticas europeias e o Modernismo no Brasil
• Semana de arte Moderna
• A primeira geração modernista brasileira
• O Modernismo em Portugal e a poesia de Fernando Pessoa
• A segunda modernista brasileira: poesia
• A segunda geração modernista brasileira: prosa
• A terceira geração modernista brasileira
• Tendências contemporâneas da literatura portuguesa
• Tendências da literatura brasileira
ANÁLISE LINGUÍSTICA ( perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade ):
• Período composto por subordinação
• Período composto por coordenação
• Concordância nominal e verbal
• Regência
• Colocação dos pronomes oblíquos
Redação leitura e Oralidade
• O mundo dissertativo
• A delimitação do tema
• Assumindo um ponto de vista
• A argumentação
• A importância do exemplo
• A estrutura do texto dissertativo
• Jogos lógicoexpositivos
• A linguagem dissertativa
• Interpretação textual, observando:
• Conteúdo temático
• Interlocutores
• Fonte
• Intencionalidade
• Ideologia
• Informatividade
• Situacionalidade
• Marcas linguísticas
• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.
• Inferências
• As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro
formal e informal
• As vozes sociais presentes no texto
• Relações dialógicas entre textos
• Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.
• Estética do texto literário
• Contexto de produção da obra literária
• Diálogo da literatura com outras áreas.
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Marcas linguísticas
• Variedades linguísticas
• Intencionalidade do texto
• Papel do locutor e do interlocutor:
• Participação e cooperação
• Turnos de fala
• Particularidades de pronúncia de algumas palavras
• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,
repetições, pausas...)
• Finalidade do texto oral
• Materialidade fônica dos textos poéticos.
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais
• Marcas linguísticas
• Argumentação
• Coesão e coerência textual
• Finalidade do texto
• Paragrafação
• Paráfrase de textos
• Resumos
• Diálogos textuais
• Refação textual.
• Conotação e denotação
• Figuras de pensamento e linguagem
• Vícios de linguagem
• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido
• Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que
diz, como: felizmente, comovedoramente...)
• Semântica
• Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no
texto
• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
• Progressão referencial no texto
• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
• Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto
• Coordenação e subordinação nas orações do texto
• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
• Acentuação gráfica
• Gírias, neologismos, estrangeirismos
• Procedimentos de concordância verbal e nominal
• Particularidades de grafia de algumas palavras.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A prática da oralidade reconhece as variantes linguísticas como legítimas,
no entanto concebe que a língua padrão é um fator de agregação social e cultural,
portanto é direito de todo cidadão e é função da escola possibilitar aos alunos o acesso a
essa norma.
Por isso o trabalho com a oralidade em sala de aula gradativamente
permitirá ao aluno usar também a variedade linguística padrão e a adequação da
linguagem de acordo com os diferentes contextos sociais.
As atividades com a oralidade tanto no ensino fundamental quanto no ensino
médio contemplarão os gêneros orais da seguinte forma: apresentação de temas variados
(histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre situações
significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização; debates,
seminários; júri simulado e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da
argumentação; troca de opiniões; recado; elogio; explicação; contação de histórias;
declamação de poemas; etc.
O exercício da escrita levará em conta a relação entre o uso e o aprendizado
da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros
discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de
atuar, de agir no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar, instruir,
etc., devendo sempre prezar a contextualização da escrita.
O trabalho com os textos escritos deverá desenvolver no educando a
compreensão do seu funcionamento a partir de elementos organizacionais, unidade
temática, coerência, coesão, intenções, interlocutores, dentre outros. Utilizando-se de
textos verbais e não-verbais, mediáticos, iconográficos, infográficos, trabalhar elementos
significativos próprios do texto escrito.
É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo
interlocutivo, de modo que o aluno tenha o que dizer, razão para dizer, como dizer e para
quem dizer. Para isso o professor deverá fornecer subsídios para a produção dos textos e
que estes, posteriormente, serão avaliados pelo professor e alunos e serão utilizados para
a revisão, re-estruturação ou refacção onde serão feitas as adequações de acordo com as
exigências do gênero e circunstâncias de produção em análises coletivas e individuais de
um texto selecionado ou vários textos.
As práticas de leitura sob a concepção de ser um ato dialógico e
interlocutivo, contemplarão o aluno /leitor como sujeito ativo na construção de
significados do texto. Nessas práticas serão realizadas atividades de interpretação de
textos com questões que levem o aluno a refletir e discutir sobre: o tema; o conteúdo; a
finalidade; possíveis interlocutores; vozes presentes no discurso e o papel social que elas
representam; ideologias; argumentos; intertextualidade; e os recursos linguísticos e
estilísticos que constroem o texto. Considerando sempre a pluralidade de leituras de
alguns textos e os vários significados que podem ser construídos, levando em conta os
contextos de produção, o gênero e a sua finalidade.
A leitura de fruição também se mantém presente em todas as séries,
inclusive de forma interdisciplinar, por meio de projeto de leitura desenvolvido pela escola
e que prevê trinta minutos de leitura simultânea em dias e horários alternados, uma vez
por semana. O que ajuda a adoção do hábito de e tomada do gosto pela leitura.
Quanto a abordagem literária em sala de aula, se dará através do método
receptivo, essa comunicação objetiva evidencia a importância da leitura literária na escola
e enfatiza como o Método Recepcional, proposto por Bordini e Aguiar (1988), podem
contribuir para a ampliação do horizonte de expectativas do leitor, ele é o
responsável pela atualização dos textos, garantindo a historicidade das obras literárias.
Aqui, é pertinente ressaltar que, nesse contexto, historicidade não se refere a data de
publicação da obra, mas sim ao momento em que o leitor lê e aprecia a obra, como se
pode notar nas próprias palavras do autor, ainda segundo este, define seu leitor através
de dois pontos bastante pertinentes: o horizonte de expectativas e a emancipação, que
seria, justamente, uma nova perspectiva da realidade a qual ampliaria seu campo de
percepção, isto é, haveria a ampliação do horizonte de expectativas do leitor. A obra
literária não é um objeto que exista por si só, oferecendo a cada observador em cada
época um mesmo aspecto. Não se trata de um monumento a revelar monologicamente
seu Ser atemporal. Ela é, antes, como uma partitura voltada para a ressonância sempre
renovada da leitura, libertando o texto da matéria das palavras e conferindo-lhe existência
atual.
De acordo com as diretrizes que norteiam essa proposta, ou seja,
buscando promover a interação entre leitor, obra e autor, de forma a aliar a experiência
estética proveniente da leitura da obra com as expectativas e experiências do educando
enquanto um ser social, consciente e atuante na sociedade.
Cabe ressaltar ainda que a escolha dos gêneros literários a serem
abordados em cada série será feita sempre levando em conta o nível de leitura e o
conhecimento prévio dos educandos, buscando sempre a ampliação do seu repertório
linguístico, bem como o aprendizado, de forma gradativa, acerca das estruturas e demais
especificidades dos gêneros em questão.
A análise linguística estará presente nas práticas de oralidade, escrita e
leitura. Na prática de análise linguística reflete-se sobre os recursos linguísticos e
elementos gramaticais e seus efeitos de sentido no texto.
O estudo dos conhecimentos linguísticos partirá dos gêneros selecionados
para leitura ou audição, de textos produzidos pelos alunos e de acordo com as
necessidades e interesses da turma.
Cabe destacar ainda a importância de se contemplar, no interior da
disciplina, a legislação vigente, que prevê o ensino de: História e cultura afro-brasileira e
africana (Lei 10639/03), História e cultura dos povos indígenas (Lei 11645/08), Educação
Ambiental (Lei 9795/99); bem como, que levem em conta diversos desafios pelos quais
passa a Educação e que se fazem pertinentes a nossa realidade escolar, como:
Cidadania e Educação Fiscal, Sexualidade, Prevenção ao uso indevido de Drogas e
Educação em/para os Direitos Humanos. Todos estes temas serão trabalhados no interior
das práticas discursivas e textos veiculados na sala de aula, sempre de forma
contextualizada com os conteúdos da disciplina e objetivos bem definidos.
Visto ainda que o colégio em questão não só está situado em área rural,
mas também possui quase a totalidade de sua comunidade escolar proveniente do
campo, configura-se como uma Escola do Campo, portanto, as atividades curriculares,
projetos, atividades culturais e eventos desenvolvidos, bem como os encaminhamentos
metodológicos deverão obedecer às diretrizes específicas de tal categoria. Existem
diversos procedimentos e posturas que podem ser adotadas para que isso aconteça,
como por exemplo: selecionar gêneros textuais variados que tratam de temáticas
relacionadas ao homem do campo, sua importância para a sociedade, a biodiversidade,
ao modo de viver, a cultura local, o modo de se expressar, etc. Tais textos também
servirão de suporte para a abordagem dos demais conteúdos da disciplina.
Quanto aos recursos didáticos e tecnológicos a serem utilizados em sala de
aula, podemos destacar o uso do laboratório de informática, seja pesquisa do professor
ou alunos (quando pertinente), ou produção de slides, conversão de vídeos, imagens que
servirão de suporte para estudos em sala de aula com auxílio da TV-pendrive. Ainda
serão utilizados livros didáticos, jornais, revistas e outros materiais impressos de diversas
naturezas, veiculados no contexto social (folders, cartazes, textos publicitários, etc.).
Também será importante o uso do quadro e giz durante as explicações e disponibilizados
momentos de visita à biblioteca da escola, tanto para pesquisa referente a conteúdos
específicos, quanto para conhecimento acerca do acervo e incentivo à leitura.
4. CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem da Língua Portuguesa se configura como processual
com caráter formativo, ou seja, subsidia discussões acerca das dificuldades e avanços
dos alunos possibilitando a intervenção pedagógica e a revisão dos meios metodológicos
a todo momento. Estará presente ainda os critérios da avaliação somativa.
O aluno será avaliado a todo momento considerando seu engajamento discursivo
na sala de aula, pela interação verbal, a partir dos textos, da interação entre o aluno e o
professor, entre o aluno e a turma, na interação com o material didático e nas conversas.
Nas atividades de leitura será avaliada a capacidade do aluno de produzir sentido
servindo-se da inferência, levantamento de hipóteses, conhecimento de mundo e
conhecimentos linguísticos discursivos, tendo em vista que vários significados são
possíveis e válidos, desde que apropriadamente justificados.
Nas produções textuais serão considerados a adequação do texto ao contexto de
produção e aos objetivos de interação comunicativa, bem como os aspectos textuais e
gramaticais que o compõe.
Nas práticas de análise linguística será avaliado sob uma prática reflexiva e
contextualizada que possibilite compreender sua função no texto. Considerando o uso
adequado da linguagem formal e informal, percepção dos efeitos de sentidos gerados
pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de
operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas entre as
partes do texto.
Como instrumentos de avaliação serão utilizados trabalhos escritos individual e em
duplas ou grupos, feitos em sala de aula e em casa; apresentações e discussões orais,
testes escritos e orais. Sendo que cada atividade será corrigida individual (pelo professor)
e coletivamente, retomando os tópicos que apresentaram mais dúvidas e dificuldades.
Sendo realizada, concomitantemente, atividades e testes de recuperação do conteúdo e
da nota sempre que necessário e/ou exigido pelo aluno.
Serão feitas no mínimo três avaliações bimestrais, de acordo com a necessidade e
os conteúdos trabalhados, a saber: avaliações de leitura, oralidade, escrita e análise
linguística, bem como a participação e aproveitamento do aluno em sala de aula e sempre
levando em consideração a evolução do mesmo. A nota será sempre de 0 à 10, sendo
somada e dividida de acordo com o número de avaliações feitas.
Quanto a recuperação, será concomitante aos conteúdos trabalhados e de acordo
com a necessidade. A recuperação da nota, será realizada ao final do bimestre que será
somada à média anterior e dividida por dois, obtendo-se a média bimestral, em caso
desta ser menor que a primeira média, esta será mantida. A recuperação é direito de
todos os alunos, independente da nota atingida.
5- REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS
AMARAL, E. et al. Novas palavras: língua portuguesa: ensino médio. (coleção) São
Paulo: FTD, 2005.
BRASIL. Leis e decretos. Lei 10639/03- História e cultura afro-brasileira e africana.
BRASIL. Leis e decretos. Lei 11645/08- história e cultura dos povos indígenas.
BRASIL. Leis e decretos. Lei 9795/99- Política nacional de educação ambiental.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR FRANCISCO GAWLOUSKI. Projeto Político
Pedagógico. São Roque, Paulo Frontin, 2011.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os anos finais do
Ensino Fundamental e Ensino Médio da Rede de Educação Básica do Estado do
Paraná: Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba, 2006.
SOARES, M. Português: uma proposta para o letramento: ensino fundamental.
(coleção) São Paulo: Moderna, 2002.