quebradas (aula 27 de novembro)

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Page 1: Quebradas   (aula 27 de novembro)

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Para começar

Tomei coragem para publicar algo e escrever mais.

Cassiano, na pós-aula de Eucanaã.

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Como se organizam os textos?

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Narração

Era uma vez na beira do rio Parnaíba, caudaloso e cheiode perigos, havia Crispim, pescador, e sua mãe, quemoravam em uma tapera. Dia com muito vento epescador não conseguiu pegar nada. Voltou para casabêbado e praguejando que estava com fome, a mãecorreu a dizer que tinha um caldo de osso. O filho,louco de fúria descontrolada, agrediu a mãezinha comum pedaço de osso. A pobre mãe, ensanguentada,indignada e cheia de dor no peito, rogou-lhe praga quehaveria de vagar com a cabeça boiando no rio edevorar ou deflorar sete Marias virgens.

Clarice Azul, numa pré-aula de Linguagem e Expressão.

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Características da narração:

Refere-se a um ou mais personagens, situações, tempos e espaços

Mudança de situação do(s) personagem(ns)

Progressão temporal dos eventos

Tempo predominante: pretérito

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Descrição

Clara estava bem vestidinha. Era inteiramente de crepomo seu vestido, com guarnição de renda caseira, mas bonitae bem trabalhada; o pescoço saía-lhe nu e a golaterminava numa pala debruada de rendas. Calçavasapatos de verniz e meias. Nas orelhas tinha grandesafricanas e penteara-se de bandós, rematando o penteadopara trás, na altura do pescoço, um coque, fixado por umgrande pente de tartaruga ou coisa parecida.

Lima Barreto, no livro Clara dos Anjos

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Características da descrição:

Seres ou objetos concretos

Simultaneidade de propriedades e aspectos

Organização espacial dos elementos descritos

Tempos preferidos: presente e pretérito imperfeito

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Exposição

O líder de mudança é aquele que se encarrega de levar adiante as tarefas,enfrentando conflitos, buscando soluções, arriscando-se sempre diante donovo. O contrário dele é o líder de resistência, não podem existir um semo outro. Os dois são necessários para o equilíbrio do grupo. Esta é a visãode uma relação democrática, pois na relação autoritária e naespontaneísta os encaminhamentos poderão ser outros. Para cada maioracelerada do líder de mudança, maior freio, brecada, do líder deresistência. Isto porque, muitas vezes, o líder de mudança radicaliza suaspercepções, encaminhamentos, na direção dos ideais do grupo,descuidando do princípio de realidade. Neste momento o líder deresistência traz para o grupo uma excessiva crítica (princípio de realidadeexacerbado), provocando uma desidealização (desilusionamento),produzido assim um contrapeso às propostas do outro.

Madalena Freire

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Características da exposição:

Aborda um tema com termos abstratos

Mostra mudança de situação

Organiza-se por relações de analogia, causa, correspondência, etc.

Tempo predominante: presente

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Argumentação

Isto é o que querem "os da elite", que as classes menos favorecidas discutam a importância ou não de uma ação afirmativa reparadora para a classe C ou D... 1º Quando criaram um processo de cota que dividia as terras entre os Europeus existentes no Brasil, ninguém polemizou. 2º Quando disseram que cotas para negros é inconstitucional, "muitas pessoas" foram a favor sem levarem em conta a existência de cotas para filhos de militares e outras que favorecem a "grande elite". 3º O debate deveria ser para criarem medidas de acessibilidade para todos os povos desvaforecidos, mas nós ainda ficamos no "EUCENTRISMO” e esquecemos por segundos da desvalorização, agressão, violência física e mental, depreciação e afins feitos pelos povos brancos contra os povos negros e nativos. 4º A mestiçagem foi algo criado como lei /Lei do embranquecimento/, logo discutir mestiçagem é discutir a violência que os brancos fizeram com as mulheres negras durantes anos. Esses pontos podem ser até discutidos, mas são verídicos e históricos. Existiram no Brasil e são os pontos de partida para a discriminação, preconceito, racismo e similares.

João Griot, em 22 de novembro de 2012, no Facebook.

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Características da argumentação:

Defende (ou ataca) uma ideia, um produto, etc.

Busca persuadir o leitor/ouvinte

Usa argumentos e outras estratégias de convencimento

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Agora é sua vez!

Qual é o modo de organização destes textos?

Em 1993 fomos viajar pelo Rio São Francisco; eu, GuilhermeVasconcelos e Luiz Bolognese. O Guilherme levou GrandeSertão: Veredas, do Guimarães Rosa. Começou a ler em vozalta quando chegamos em Pirapora. Em pouco tempo virouuma disputa, havia só um livro e três leitores. Foi uma viagemde sertão profundo, o rio era o livro e o livro era o rio. No finalcada um foi pra um lado. O livro ficou comigo, quando pegueium ônibus para São Paulo em Penedo, Alagoas. Reli os últimoscapítulos já na Dutra.

Beá Meira, numa enquete da Universidade das Quebradas.

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Ninguém nasce sabendo das histórias. Um narrador é aqueleque teve a oportunidade de ouvir muito, tanto que apreendeu,isto é, pescou este peixão simbólico que serve para alimentarentre outras coisas, como compartilhar e agradecer. Coisas quedão valor à vida e garantem a sua sustentação. Esse valor éproduzido na qualidade da relação entre pessoas: adultos,crianças, mestres, discípulos, natureza, sociedade eprincipalmente o eu com o mesmo. É disso que as históriasantigas e longínquas e seus narradores estão falando: a fala dosaber viver, do gosto que a vida tem, de preservar a memóriadesse gosto e de que vale a pena.

Rute Casoy, na pré-aula de Linguagem e Expressão.

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Eu sou um sujeito…meio alto/meio baixo, meiogordo/meio magro, que se você encontrasse nomeio de uma multidão, creio que nada chamasse aatenção…mesmo sendo, apesar disso, uma pessoaextremamente peculiar…(ou não, rs).

José Carlos Oliveira Soares Junior, ao traçar o seu perfil.

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As estratégias e discussões de políticas públicas não devem estarpautadas no pensamento eurocêntrico, que (re)força o senso deuma cultura colonizada. É preciso que o Estado estude, planeje ecrie estratégias, cuja espinha dorsal tenha como ponto de partidamovimentos e ações endógenas. Sabemos que é caro manter umgrande museu, assim como sabemos que esses templos sãoimpositivos e ao mesmo tempo segregados do convívio de grandeparte da população local. Não sou contra os museus-templos,precisamos deles. Concordo que as políticas públicas culturaisdevem caminhar para a inclusão sociocultural nos ditos “grandes”museus, legitimando, no entanto, as ações sociais já existentes eresistentes, especialmente em periferias. As práticas sociais dehumanização, “de afetos”, nos museus, não podem passar a “existir”para o Estado somente através das grandes instituições.

Pablo Ramoz, em post de 16/10/2012.

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