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N.» 1928 — JULHO DE 1946 PREÇO CR$ 2,50 - ANO XLI

PRINCESA ISABEL A REDENTORA, CUJO CENTENÁRIO SE COMEMORA A 29 DESTE MÊSTexto no interior da revisto

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Abíim paraNOIVAS

suo» 44 páginasnalissímos,5o dft des-

noiva.íetalhe deis, colchas,

esquecido. Todo.-. para a

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ROUPINHAS DO

NÊN.ÊÁLBUM N." 2-

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V f-fcOM este Álbum, podem¦ ser feitos "cinco completos

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MONOGRAMASARTÍSTICOS

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colorido, apresen-tando trabalhos sim-pies, com que asmeninas proveitosa-mente, podem desen-volver os seus conhe-cimentos de trabalhosmanuais.Desenhos bonitos defacll execução.

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O TICO-TICO

LIÇÕESDEVOVÔ

Meus netinhos:

TODO o Brasil vai comemorar, este mês, a

passagem do centenário de nascimento daPrinceisia Isabel.

Esta edição do d'O Tico-Tico dedica à "Re-dentora" muitas páginas, além de oferecer nacapa a sua efígie, como homenagem àquelafigura ímpar da História Pátria.

Como estudantes, todos vocês estão bem aopar dos feitos históricos da emancipadora dosescravos em nossa terra. Mas o Vovô lhes reco-menda ainda uma vez a leitura das páginas queO Tico-Tico lhe dedica nesta edição, como ho-menagem às suas virtudes e qualidades que fize-ram dela um exemplo digno para os brasileiros.

Vovô

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A^L

D Isabel nasceu no dia 29 dc Julho de1846, no Paço dc São Cristovam, que

era o Palácio Imperial, hoje Museu Nacio-nal. E, apezar da grandeza de seus car-gos, por certo não houve naquele dia paismais felizes do que D. Pedro II e D. TerezaCristina, Imperadores do Brasil.

Tal como qualquer criança de sua ida-de, ela foi levada à pia batismal, onde osecerdote ministrou-lhe o Espírito Santo,passando a chamar-se daquele dia em di-ante, Isabel Cristina Leopoldina, sendoseus padrinhos, por procuração, o Rei dePortugal e a Rainha de Nápoles.

Nos quatro anos seguintes ao .seu nas-cimento .faleceram seus irmãos, os princi-pes Afonso e Pedro .E enquanto os cora-ções de seus pais se enlutavam com o du-pio golpe, uma nova estrada se abria di-ante da jovem princesa, estrada essa quepoderia cobri-la de glórias, mas que, emcompensação, era repleta de rèsponsábili-dades. É que, com a morte de seus irmãos,D. Isabel tornou-se herdeira do, trono, eviu recair sobre seus frágeis ombros a tare-fa de dirigir os destinos de um grande Im-pério e de um povo numeroso. Mas o des-tino ainda lhe reservava outras surpresas.Muitas surpresas ...

Como não podia deixar de ser ,D. Isa-bel teve uma educação própria de rainha,que lhe era ministrada, pelos melhoresmestres, muitos dos quais mandados virexpressamente do estrangeiro. E como fos-se grande o seu amor aos estudos, tornou-se ela muita culta, o que fazia a felicidade

iira^3W_P!_SSfc____^_^'s~^ ^—~^=AkO TICO-TICO JULHO-1946

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de seus pais, — principalmente de D. Pe-dro II, que, apesar de Imperador, aindaencontrava tempo para ser um sábio — econstituía o orgulho de seus professores.

Aos quatorze anos, perante as Cama-ras reunidas, ela pronunciou, com uma fir-meza de admirar em sua idade, as pala-vras do juramento: 'Juro manter a reli-gião católica apostólica romana, obser-var a Constituição política da nação bra-sileira, e ser obediente às leis e ao impera-dor.". Esse foi o primeiro contacto que tevecom os negócios públicos aquela que deve-ria um dia ser Imperatriz. É que, paramandar, era preciso primeiro aprender aobedecer.

Como os corações dos Reis não se go-vernam por si mesmos, e as suas pulsaçõesobedecem mais às necessidades do Estadodo que aos seus próprios sentimentos, ospolíticos trataram de arranjar um maridopara a então Princesa, e futura Impera-triz. Chegou-!"* a falar nos nomes do Du-que do Porto, filho do Rei de Portugal, eno Arquiduque Luiz José e seu irmão oConde de Flandres, príncipes austríacos.Foi então por essa época que dois princi-pes franceses, netos de Luiz Filipe, vieramao Brasil. Eram eles Augusto e Gastãoambos bem parecidos e muitos cultos, queembora não estivesscin desfrutando dagrande prestigio em - 1 país nem por is-so deixavam de ter valor, uma vez gue os-tentavam cm nome ilustre: o nome fa-moso dos Crleans!

(Concluo em outro local)

iü ____.

4^

JULHO—1946 O TICO-TICO

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TtécoBéco,bolao e Azeitona Mlu!_S_

â\

BOLAO, VAMOS }/NAO POSSO, ANDO MUITOI BRINCAR NO jiç ocupado com as m.nhas-TJQUINTAL

/^/\_^'ê^£!^J^

ESTAS EXPERIÊNCIAS DO BOLAO,NUNCA OÃO CERTAS.

-j/7 / /1ÍEM~Í_T^PRIo\-_á_«L_/ \GANHA EXPERIÊNCIA^

[ EIS A MINHA OBRA-PP/MA. ) / / / /L/MA BOMBA ATÔMICA ^ 11IGUALZINHA X QUE J^____^ / / /¦OS C/ENTISTAS jy SjAMERICANOS <7 )WDESCOBRI RAivy A '#.</ . '—-___

VOCÊS QUEREM VER A EXPERIEN VC/A DA M/NHA BOMBA ATÔMICA ?, *"

VOCÊS TEM RAZÃO, EUSOU UM DESASTRADO, POREM

ESTA EXPERIÊNCIA ME DEÜEXPERIÊNCIA-

rUMA COUSA VOCEQUASI CO-VSEGU.U

desagregar: a sua y <^ j.ROUPA.

O

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O TICO-TICO JULHO -1940

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Genae t>a lDta = 5acra

QUADRON.° 4

JULHO-7949

Jesus encontra suaMaria Sanlíssim

Mãe, Desenhodc

El-ManoO TICO-TICO

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UmMENIM"""^

, luiz§a(^f^~'^ '¦.¦¦¦.'¦¦•'mIlustrações de

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8

ODA vez que Cadinhos passava pela

praça, olhava para o relógio da.

torre. /Certa manhã, quando passou

por ali, como dc costume, viu que a

porta por onde se chegava ao alto

da torre, estava meio aberta.

Foi uma surpreza e uma verdadeira

tentação para êle. Olhou pela abertura.

Viu que o caminho que levava ao alto da

torre era feito por uma estreita escada em

caracol mas logo que transpôs o umbrali

se sentiu" invadido por grande sensação de

vergonSha. Parecia-se naquele i nstante,

com um ladrão, e era apenas um menino

muito curiso. Aquela porta meio aberta

parecia dizer-lhe: "entrai" e aquela esca-

da parecia dizer-lhe '*sóbe".

Carlinhos vacilou um instante. Es-

cutou atentamente: silêncio profundo. En-

tão, lentamente, começou a subir os pri-meiros degraus.

A escuridão do interior era suãvizâaa,

de momento a momento pelos reflexos do

sol que atravessava os vidros das janelaAo chegar ao primeiro patamar da escau,.

parou. Um rítimo surdo e compassado che-

gava até êle: "um-dois, um-dois..."E sem poder resistir ao desejo de ver o

que havia no alto da tor-

re, saiu a correr escada

acima.

Chegando ao fim da

I

\L- VTA

J$M8&- Já

vescada, Carlinhos ficou

assombrado. Diante dê-

le levantava-se enorme

máquina, composta de

eixos, engrenagens e

espirais de todos os ta-

inanhos. O monstro me-

Tradução dc M. M. EME.

O TICO-TICO

tálico movia-se com uma respiração

seca e compassada: tic-tac... tic-

tac..Jamais supusera Carlinhos ver

aquela maravilha. Nunca pensaraem ver coisa igual. Olhava e escuta-

va sem compreender. O que mais

lhe causou espanto foi ouvir uma

voz humana confundindo-sc com o

tic-tac do imenso relógio, /quilo

lhe fazia mêao.

Depois, em certo momento, pa-recru-lhe ouvir:

— Que procuras, menino?

O menino tremeu cor. , ,ras

verdes. De quem era aquela. u_. Dc

onde vinha?i

E sem poder afastar o medo quese Unha apoderado dele, Carlinhos

deu meia-volta e já ia correr pelas. escadas abaixo quando viu um velhi-

nho que, por traz do maquinismo,

JULHO—ms

curçiosobondoso e sorridente perguntou:

Por que foges? Acaso pareço-me

com um dragão? Vamos, não tenhas re-

ceio: sou o zelador da torre. E tu, quem és?

Que vieste fazer aqui?...

Carlinhos tinha a impressão de que

sua lingua se tinha paralizado. Queria fa-

lar e não podia.Erftão o homem insistiu, sem deixar

de sorrir:Não respondes? Ah! compreendo!

És dos muitos meninos que, encontrando a

porta da torre aberta, não resistem e en-

tram. És um menino curioso. Quiseste ver

e saber como era feito o relógio. Não é ver-

dade?

Carlinhos fez um gesto afirmativo

com a cabeça. Depois; mais animado falou:.

É, sim, senhor...E agora que já o viste, dize-me com

sinceridade: gostaste?Não sei, não sei... Esse circulo bran-

co, esses números negros, as esferas, o rui-

do seco... Finalmente, eu tinha a irnpres-

são de que o relógio falava, e .êntretando...

—.. .êntretando é uma máquina e tu

perdeste a ilusão — continuou o ancião in-

terrompendo-o" -«-Acontece sempre assim quando que-

remos ver de perto aquilo que nos desperta

interesse.

Mas é bom esse hábito, porque dessa

maneira muita coisa boa e útil se aprende.

Olha, aqui tens um exemplo: a máquina

que te decepcionou é obra do homem e sem-

pre precisa dele para regulá-la e fazê-la«andar. Também não sabes que há horas

« felizes e horas tristes? Sabes qual é a hora

que eu nrefiro? As doze.JULHO—194ff

É a hora mais bela! Quando r. relógio dá as

doze badaladas, toda a cidade se movimenta, as

ruas ficam reDletas de pessoas que riem e falam. Olha!Observa os ponteiros em pé. Não te parecem dois braços* le-

vantados para o céu, dando graças a Deus? Este é o momen! o

mais expressivo do dia! Agora, olha a cidade por aqui, através Acxn.

vidraça .

Das casas de comércio, das grandes empresas, das oficinas, (_

toda parte surgem mulheres e homens, meninos, velhos e jovens

que deixam suas ocupações para o almoço.

Estas vendo? — disse o velhinho — todas essas pessoas

que caminham tão apressadas pensam na esposa, nos filhos, na

mae ou nos irmãos

que os esperam em ca-

sa com impaciência.Carlinhos deixou, a

torre do relógio, con-

tente e intimamente

satisfeito. Tinha dei-

xado lá em cima, no

alto da torre, sua in-

gênua ilusão de mági-

cas e feiticeiros e ago-

ra tinha uma -noção

real da vida.

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LEGENDAS

- Rã pequena (pereréca)- Sapo comum- Tritão mármore- Larva do Tritão

- Caecilia (cecilie ir.) Espécie de minho-ca consideravelmente desenvolvida.

- Proteu7 a 15 - Evolução e transformação da rã.

16 a 18 - Fosseis.

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No MUNDO dos CONHECIMENTOSbb mb U Wj n.° i]j BB Km wéÊ ¦¦¦ i£8

IP OS BATRÁQUIOS H^

fe

O1ks batráquios são animais cuja principal caracterisca consiste em

que durante sua primeira fase de vida são aquáticos, pois vivemna água, e depois se convertem em animais terrestres.

Outra característica dos batráquios é a de sofrerem metamorfo-ses, isto é, mudarem de forma. Ao nascer, parecem peixes. Uma vez

tornados adultos, tomam aparência de répteis.

T""intre os batráquios, os principais são os sapos, as rãs, as pererécas, as

salamandras, os proteus etc.O aspecto do sapo é desagradável, mas esse batráquio é muito

útil nos jardins porque se alimenta de insetos. Convém, pois, não per-segui-lo, pois além de tudo é inonfensivo às pessoas. É grande devora-dor de moscas, e só isso basta para que lhe queiramos bem.

TVja página ao lado vocês vêem uma rã, um sapo, um tritão, e dos nú-meros 7 a 15 .as fases de evolução da rã, desde o ovo até o animal

adulto, onde vocês verificarão o que foi dito antes, isto é, que ao nascera rã parece um peixinho.

t ogo abaixo- estão desenhados fósseis de batráquios de outras eras, pe-los quais se podem ver as transformações sofridas pelos esqueletos.

de tal espécie. Hoje os sapos não têm cauda, mas provovelmente emépocas remotas já tiveram, conforme se pôde ver pelo esqueleto (17)

O s outros fosseis são de batráquios urodelos, entre os quais figuraa salamandra, e que têm patas e cauda.Os que não têm cauda, com os sapos e rãs, são chamados anuros.

JaVM

mmJULHO 194á O TICO-TICO

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As cordas de umpiano, postas umasno prolongamento dasoutras, alcançariamum comprimento decerca de 2 quilôme-tros.

•O canal de Cons-

tantinopla, na Tur-quia, era antigamentechamado Bósforo.

E' a fêmea do mos-cardo, ou "mutuca-';

que chupa o sanguedos cavalos.

O macho, que se dis-tingue por ter os o-lhos mais próximosentre si, não atacamos animais e vivemsobre as flores.

9Os Estados de Mi-

nas GeraLs, Goiás,Amazonas e MatoGrosso não têm por-tos de mar.

•O uso do fumo

prejudica a inteli-gência dos rapazes.

Perguntaram certa vezao filósofo Aristótelesqual era o castigo dosmentirosos.

—O pior de todos— respondeu êle. —

Quando dizem a ver-dade, ninguém acre-dita.

TOJames Cock, almi-

rante inglês, foi quemcolheu, no seu tempo,maiores conhectmen-tos a respeito da Oce-ania, em três viagensque realiAou a essaparte do mundo, a ul-tima das quais termi-nou com a sua morte,nas mãos dos selva-gens do arquipélagodo Havaí.

Há uma cousa quetodos admiram nohomem: a retidão desua conduta.

•O ano se compõe de

52 semanas.•

A eletricidade émedida em kilowats.

•Sonetos são poesias

que só têm quatorzeversos. , |

A igreja de São Pedro, em Roma, é amaior do mundo. Temcapacidade para 45mil pessoas. A de S.Paulo, também na Ci-dade Eterna, pôdeconter 31.000 pessoas.

•Chamam-se sinôni-

mos, duas palavrasque têm a mesma si-gnificação, como cas-tigo e punição.

•Antes de tomar

qualquer deliberação,devemos meditar emsuas conseqüências.Agir impensadamente'i sempre condenável

•Não importa o que

os outros pensem denós, si estamos bemcom a nossa própriaconciência.

_____________________-_-__—¦—¦»—^^

A chamada "letravertical", que substi-tutu a "inclinada" namaioria das escolas, émuito mais antiga queesta, e foi usada depreferencia, em do-cumertfos,.' copias delivros, etc.

mO minuano é um

vento frio que soprano Rio Grande do* Suldurante o inverno.

•Gênova foi funda-

da pelos Ligurios noVIII século antes deCristo. ._ ,

Para os antigos aave rara por excelen-cia (não falando na[enix mitológica) erao cisne preto, quehoje é relativamentevulgar nos estabele--imentos zoológicos daEuropa.

•O moderno italiano

literário é oriundo dodialeto florentino deque se serviu DanteAlighieri para escrever a "Divina Come-dia".

•Algumas espécies de

aranhas podem pas-sar dez meses semalimento.

§Este desenho pôde

ser executado com umsó traço. Tente fazê-lo, começando da asaindo terminar no papo

mUm homem não é

grande pelo que em-preende, mas peloque executa. —i Cha-teaubriand.

•A poda de quase tô-

das as arvores deveser feita no mês deJulho. \Mi>

Segundo os astro-nomos, as estrelas seconhecem pelo brilho.As de brilho amarela-do são as mais anti-gas, e aquelas cujobrilho é avermelhadodu alaranjado são asmais novas.

No Nordeste há ho-mens que sobem emcoqueiros, como estescalunguinhas estãotrepando, e conse-guem chegar ao altocomo se fosse a proe-za mais simples domando. Alguns usampeias feitas de corda,para colher os cocos.

A estátua da Liber-dade, que se encon-»ra na ilha de Be-dloe, à entrada doporto de Nova York,foi oferecida aos Es-tados Unidos daAmerica do Nortepela França, comosinal de fraternida-de. Esse colossal mo-niumento foi erigidoem 1886, é de cobree tem a altura dequarenta e seis me-tros, dos quais cercade vinte e cinco sãodo pedestal.

Um desarranjo queocorreu no tear deuma fábrica inglesade tecidos, deu lugara uma importante des-coberta: a da toalhafelpuda. Por acaso odono da fábrica Um-pou as mãos no tecidodefeituoso, e viu queera ótimo para tal fm,passando a fabricartoalhas.

Foi Luiz XI o pri-metro dos reis fran-ceses que recebeu otitulo de rei cr:stia-nissimo e tambem demajestade.

Santiago Watt eraum engenheiro inglês.Foi êle quem aperfei-çou a maquina a va-por, inventada porStephenson.

Se o homem tives-se a mesma forçaque a pulga, em re-lação ao seu tama-nho, poderia carre-gar quinze toneladas.

11 O TICO-TICO JULHO 194Ú

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I BRASILEIROS NOTÁVEIS IDesenhos de GOULART (XXIII)

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J^V * m/s \. m\ mmJ lil fJíWm '¦aaÜhMlllmlí' Nsaam Lf^ZS II

Cândido de Oliveira Carlos Gomes 0

Alcindo Guanabara Frunklin Dória

BIOGRAFIAS NO VERSO DA PAGINA

JULHO 194& O TICO-TICO IS

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_

Carlos GomesAntônio Carlos Gomes, o genial maestro

e compositor brasileiro, nasceu a 11 de Julhode 1836 em Campinas, então provincia deSão Paulo.

De origem modesta, estudava com diíicul-dade a arte musical, até que o Imperador D.Pedro II o tomou sob sua proteção, facilitan-do os meios para que desenvolvesse o seu ta-lento musical..

Carlos Gomes escreveu grandes peçasentre a.s quais as óperas "O Guarani", "O Es-cravo", "Fosca", "Salvador Rosa".

Seu gênio de musicista varou- as nossasfronteiras e seu nome se fez aplaudido aténos grandes centros culturais europeus.

Carlos Gomes morreu pobre, mas legouà Pátria todo um tesouro de Arte e Belezamusical.

AFIAI

Cândido de OliveiraCândido Luiz Maria de Oliveira nasceu

a~6 de Julho de 1845, em Ouro Preto.Bacharel em direito, foi jornalista com-

batente, defendendo seus princípios de mo-narquista até mesmo depois de proclamadaa República.

Foi professor de Direito ,e trabalhou no-tavelmente na organização do nosso CódigoCivil.

Dirigiu a Pasta da Fazenda, foi Senadordo Império aos 40 anos, e esteve sempre li-gado à imprensa, redigindo o "Liberal de Mi-nas" o "Diário do Rio de Janeiro" "A Liber-dade" etc.

Foi, tambem, Ministro da Guerra.Deixou muitos livros de Direito.Faleceu em Agosto de 1919.

Franklin Dória .Franklin Américo de Menezes Dória,

Barão de Loreto, nasceu na ilha dos Frades,

provincia da Baía, a 12 de Julho de 1836.Formou-se em Direito pela Faculdade de

Recife, em 1859.

Foi poeta, magistrado, professor, parla-mentar e -político.

Governou os Estados — então provin-cias — de Piaui, Maranhão e Pernambuco.

Foi um dos fundadores da Academia Brasi-

leiras de Letras e deixou vários livros, de poe-sias, biografias, direito, etc. Franklin Dória

foi um dos amigos do Imperador D. Pedro II

que o acompanharam ao exílio. Faleceu em

1906.

Alcindo GuanabaraAlcindo Guanabara, um dos maiores

jornalistas que o Brasil já teve, nasceu a 19de Julho de 1865 na cidade dc Magé, no Es-

tado do Rio.

Na política, foi deputado e Senador Fe-

deral pela Capital da Repubüca. Era grandeescritor, conferencista primoroso, e seu reno-

me, como homem de cultura, perdura até

hoje.

Dirigiu mais de seis jornais.Foi um dos fundadores da Academia

Brasileira de Letras.

Alcindo Guanabara faleceu no Rio de

Janeiro, a 20 de Agosto de 1918.

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O TICO-TICO JULHO 1946

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mli y, m\11—Já vi muitas guerras; já va-:

guei pelas serras dos Aimorés; já as-sisti a inúmeras ciestruições de tribusfeitas pelos bravos do povo a que per-tenço". "A última guerra-em que to-mei parte foi a primeira derrota d.eminha tribu. Nesse combate, vi caira meus pés o meu último amigo. Ameu' lado, estava também meu pai,que é um velho cego. Tomei-o pelamão e fugi com ele para não morrer-mos". ____

¦DOmpífee¦N'o dia

li eu morresse, meu pai ficaria ao abandono, semJuem o guiasse. Por isso preferi fugir a morrer no cam-

de batalha. Andei muito e consegui achar um abrigo,"cego e precisa de mim. Enquanto êle viver, não me mateis.

, em que êle morrer, eu voltarei aqui para morrer também".

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13 — As lagrimas cor- _*\,j»4- \lliV »\l // \iil 1/ J1//J _ fflr flriam no rosto do guer >jf*Sq{__ \\| \ \\ \ \ j \ J j§/J///// /g p_Sg Ireiro tupi. E êle disse,* ^ B_\\\ 1_I*T " *'>*!*!//Jr A J/1 k ífí Wjustificando o seu pran- >x**^ ^^_5 _í*Prt*V<__^r^_-^T D> w__%'to: "Não me envergonho-4^ _B__^JL!?¦""__»^*?_-»S\^_l_l_t "* ._•€ _\

_^^ 14 — Houve espanto ge- H/_{ P| ral entre os timbiras. Kun- B

_ (_^^ ca um chefe dera ordem de wJ^s^_|5f—. . \/_íy soltar um prisioneiro. ~B^ ^v V^_^_ ° guerreiro é desamar-^Brth^R^ _****">i___H^~~\ radaAover"Se Uvre'dizaoj

U Jy v^/ *. \ cnefe Q1*15 ° inandou sol- <BI//í^'í_W__ 'T 1 A tar: "És um S1161'1*110 ilus" j•^ly ^TrtyRf^_ __tfl»A \tre> um Srande chefe!"

^7f _^\V »\ ° chefe timkira VKsifm^y yJ0Qy / V [ VA encara o guerreiro

-^''C_^ "WV V* y- J T \ e diz: "Podes Par" >«**«-JL ^B

15 —- E o chefe mostra-se maispiedoso ainda: "Não voltes. Teu paié um cego que precisa de ti'.

O tupi sentiu que êle o conside-rava um covarde. E disse-lhe: "Siqueres, posso ficar. Tenho coragembastante para,provar-te que um tu-pi sabe morrer com honra".

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16 — O chefe timbira o encaroucom escárneo: "Estás mentindo.Não és tupi: um tupi não chora! Echoraste. Podes ir. A tua carne nãonos interessa. És fraco., E nós só"^nos ¦alimentamos com a carne do»fortes".

O tupi vacilou. Ficou parado, pen.-sando no que deveria fazer. E pa-recia ouvir a voz do pai a dizer-lhe:"Ingrato!" Era preciso voltar, por-tanto. O cego precisava dc suacompanhia. Enquanto o moço pen-sava, toda a tribu timbira ia-se dis-persando. Não haveria mais a ce-rimônia da morte do prisioneiro...

(Continua)

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AVES E PÁSSAROSDO BRASIL

Por J. SILVEIRA THOMAZ

DO BRASIL ,_

í~\ surucuá é uma ave conhecida em todo oBrasil, desde o sul até ao Amazonas, abran-

gendo os estados de S. Paulo, Rio de Janeiro, Es-pírito Santo, Baía, Maranhão e Pará.

Duas são as principais espécies que se conhe-cem: o surucuá de barriga vermelha e o surucuáde barriga amarela. Há, entretanto, outras espé-cies mais raras e menos conhecidas, como o su-rucuá de barriga alaranjada e até mesmo de barri-

ga branca, conforme tivemos ocasião de observarum casal em Rio Bonito, no Estado do Rio.

Dos hábitos e costumes desse pássaro poucose conhece; a não ser que são preguiçosos, para-dos, só se movimentando quando estão com fome,para se alimentarem. Seu sustento primordial sãogrãos, sementes e insetos. A" maneira como caçamé a mais desajeitada e desengonçada possivel, daía má fama de qué gozam, de pouco sagazes, pamo-nhas, autênticos bobalhões. Por serem tambémmuito medrosos preferem as florestas virgens, sen-do encontrados, quase sempre, empoleirados nosúltimos, galhos das árvores e aos pares, acompa-nhados pelas excelentíssimas esposas.

Poucos lhes conhecem o ninho, assim comoos ovos e os pintinhos, ou melhor, os surucuazi-nhos, (se é que é assim que eles se chamam), istoporque eles constróem sua morada no mais copa-do das árvores, nos pontos mais altos do arvore-1o, onde vivem.

JULHO -1(146 O

Vestem-se os surucuás com elegância: umacasaca de plumas pretas, macias, reluzentes, comreflexos metálicos verdes, azues e purpúreos, queao sol esplendem e brilham com grande fulgor

Ao peito, á altura do papo e à guiza de gra-vata, usam uni atapetado de arminho rubro ouamarelo-ovo, conforme a espécie, que lhes dá muitaLnponência. Sem falar na cauda longa, negra, emuito elegante que ostentam..

Esse é o macho; porque a fêmea, coitada, talcomo acontece a todas as aves, veste-se à borra-lheira, maltrapilha, sempre de cinzento peito ru-

ço, formando um todo de côr incerta.

Caprichos da Natureza!k

É o surucuá uma ave rabilonga que custa a ,se equilibrar nos galhos onde pousa, justamentepor causa do peso, relativamente grande, da cau-da, tal como acontece com o anú, o alma-de-gatoe outos tantos pássaros de rabo comprido.

Os ornitologistas dão-lhes os nomes compli-cadissimos de trogon siirrucura para os de barri-

ga vermelha, trogon virides para os de barrigaamarei a e os classificam como pertencentes á or-dem dos trogoniformes. São, não resta a menordúvida, nomes bem exquesitos, que não mereciamtão simples e mimosas aves.

TICO-TICO 17

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AVENTURAS DE CIPIAO

rtC°* -~ sr*f 3B9JHí*r' -^^y*~^.

-—--—¦—i————^—¦¦ ¦ l—-¦——«»"——-—- I r——^——— ____-__¦_! L______—__» ,i _____-*¦__¦___¦___¦__¦___-—_¦___

•jíKtyyv.jíjl'-* •> -,, •*_ '**&:£ *- ~ • • -*" /

Perto da casa da CIpISo foi armado um circo. CIplSo, que possue o grave defeito de sereujos anúncios falavam em animais ferozes e curioso, resolveu espiar p?ra dentro do circooutras grandes atrações e viu uma coisa muito interessante.

Os empregados do circo estavam "preparando" Na hora da estreia Cipiao foi ao circo, com aas feras que seriam exhibidas no espetáculo Marocas e o Piãozinho, pois estava disposto ada noite, como vocês estão vendo. desmascarar o truque.

Quando o domador ofereceu mil cruzeiros a Infelizmente, porém, o tigre de Bengala eraquem tivesse coragem de entrar na Jaula do a única fera verdadeira do circo... e comtigre ile se apresentou... essa êle não contava I!18 O TICO-TICO JULHO—me

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Gramática Infantil pela Imagem(Continuação) Prof* LEONOR POSADA

MALsão ligadas por hífenou traço de união.

Da mesma forma, se escrevermos a palavra CORAÇÃO]££

linha, e ela não couber com todas as letras,você deve usar o

assim que a palavra está partida e continuana outra linha. Veja como deve fazer:

WL

no fim da

indicando

CORA^

Também serve o hífen para ligar certos monossílabos átonos àpalavras de ação:

V/raO MANDEI =*LHE O LÁPIS<tTX <&? Q?3XÍF- 0I é um sinal que

Ue umsmal que ch vi\se coloca sobre o >jr depois de yy OU

Q

e ãnies das vogai $

?¦?•para indicarq^i . ,que esse cV«eve ser pronunciado

Ele é, pois, usado em :

AGÜENTAR! TRANQÜILOI

JULHO—1946 O TICO-TICO 19

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XV- O \ 1 emPreSado nas palavrascompostas e ligadas por

^TDEmindicando que um som ou letra foi

suprimido, foi tirado.

Em COPO D1 ÁGUA há v?óstrofo por- E OE«&£ ^ gb ^ a Vog X * ^>Assim, em, \m7± D' ARMASr x JOSÉ PALMEIDAr/t* SAté pouco tempo escrevia-se D'este e D'aquêle, porque havia afalta do e - e por isso, erradamente, muita gente escrevia N'este eN'aquele, sem haver falta de letra ou som.

Mas tudo tende, busca, procura a simplificação.0

está quase desaparecendo.x^L.Assim, já se escreve:

Copo dágua; José d Almeida; Caldo dunto; Estrela dalva, semesse sinalzinho bonito.Mas não pense você que só se usa o apóstrofo quando falta al-guma letra final de uma palavra que se junta a outra.Não'. O apóstrofo é também empregado no meio e no princípiode palavras, sempre indicando supressão, falta de letra ou letrasAssim, em

'Té, por Até; Croa, por coroa; esp'rança, por esperança.Você encontra-o ainda nas expressões: Co'as mãos... Hom'essa !Hoje, muita gente até escreve—: U'a por um. Já leu isso enalgum livro? Não fique admirado, pois está ben cerfo.Chamo, porém, sua atenção para que, embora tenha o apóstrofoestes empregos vai por muitos escritores lo posto de ladoSó mesmo os poetas, e os antigos diziam, ou __*elhor, escrevia*** :Croa, esp'rança, e 'stava e 'stou por coroa, esperança estavaestou.Mas, se você usar o apóstrofo assim, você estará muito certo.

(Continua)

20 O TICO-TICO JUHIÕ -19/.fí

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AVENTURAS DE ZÉ MACACO E FAUSTINA £exlodN

Faustlna não perde ocasiãoque se lhe ofereça, para brilharna sociedade.

A sua última proeza foi esta: de-cidiu entrar para um clube hípico,e não perdeu tempo!

Comprou logo um cavalo, mas obucéfalo era tão velho .que tinhaque usar óculos escuros.

—*s p -

Na primeira reunião do clube, lá estava ela com o seu pingo! Mas quando ... e não pulou mesmo! Faustinachegou a hora do cavalinho pular, êle disse que não estava para levar fez força, gritou "upa-upa-upatombos atoa... cavalinho alazão" mas...

\ A A' /

MlU-V-l^VAf^

...o resultado foi pavoroso! Opobre animal não queria pular!

Afinal, acabaram os dois no chão,todos machucados, e Zé Macaco...

...teve que carregar a sua Faus-tina ao colo, para levar para casal

JULHO -1946 0 TICO-TICO 21

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Por[SEBASTIÃO FERNANDES.

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22

Quando

chegava a tarde, a mãe da cambaxirra ficava aflita.Sabia a flbia peralta que tinha. Desde que começou o V^eram aquelas fugas que só terminavam à hora do sol se

eonáer.E quando vinha, chegava cansada! Tinha voado muito e <^[

tava coisas pensando que eram novidades, que ninguém vira 4 \então. Passara por caminhos cheios de flores. Vira árvores cameí!'das de frutos, aves de todas as côre.s. Ouviu um pássaro pcqU^!cantar com tal encanto que até se esqueceu de que estava com si4

A mãe aconselhava-a: — Pode ver tudo isso que é m-eSmuito bonito, mas não repare jsó nas flores, frutos, cantos. Re\que tambem existem cobras perigosas. Bichos que disfarçam as &res para melhor dar o bote.

E acabava pedindo:— E venha sempre antes do sino da igreja bater.Então, paciente, explicava:

Porque depois que bate o sino, o sol .se esconde, vêm as ttrêlas e nem sempre a lua aparece, e com a escuridão não se perce*'nada e o perigo é maior.

A cambaxirra arregalou o.s olhos e ficou muito assustada, tí&sempre curiosa,indagou:

Mas, de noite não há aves?Há a coruja, o bacurau, o morcego...

Mas eles não andam de dia?Não. São aves noturnas, não enxergam com

claridade do dia.A cambaxirra foi dormir, porei*

ficou intrigada com aquelas espéc»**

lha

de aves que só podiam voar naescuridão da noite.

Na manhã seguinte ao pas-sear e procurar alimento, es-

tava num bambual muito extenso quando encontrou, lá den-tro, um bacurau.

Lembrou-se de que sua mãe tinha falado que o bacurauso enxerga de noite, e, na verdade, notou que a ave estava co-chilando quando todos os pássaros pulavam, voavam e canta-vam.

Procurou puxar conversa com o bacurau, porém estequase não dava atenção, de olhas semi-cerrados, cochilando.

Como fossem grandes ç espessas as moitas de bambu,1Una certa escuridão permitia ao bacurau, quando abria osolhos, notar com quem estava falando.

A cambaxirra tanto provocou que êle bocejou c acordou.A cambaxirra queria saber uma porção dc coisas. Esta-

y* na idade em que as crianças perguntam muito. Se de noitehavia comida, se sem o sol as outras aves cantavam, se os caça-dores c as cobras andam na penumbra para fazer mal aos pás-furinhos, se .sem luz solar eram as árvores, o céu e o rio maiswnitos.

Bem ou mal o bacurau foi respondendo, mas quando a^nibaxirrra disse que tambem queria ficar ali para passear denoite, houve no bambual uma gargalhada. Uma gargalhadaRíande, de som diferente, gargalhada tão exquisita que a cam-baxirra ficou espantada e quis fugir. Olhou para um galho•ttais no alto e viu, pendurado de cabeça para baixo, um mor-««go.

A cambaxirra disse que não sabia andar de noite porqueftunca experimentara, porém achava que o morcego, que estava'indo, tambem não saberia andar de dia.

A conversa foi ficando animada, o morcego sempre decabeça para baixo e dando umas risadinhas e provocando acambaxirra.

A tarde foi perdendo a claridade c dentro do bambualrapidamente ficou bastante escuro.Em casa a mãe da cambaxirra ouviu o sino da igreja

tocar anunciando a Avc-Maria,e a filhinha não chegava.

(Conclue em outro local)7k

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ESTA' DEMORANDO MUITOESTE OANTZffi..

EKTAO,QUITERIA.CAD E'Q JAWíAS?

QUE JANTA? Nftò HApiQ .H^l^EUAO ,NEW

C&2NE.

VOU PLANTÃO LE<_ UMES K&a COMPREI UMA BÔA PORCAO oi f CUSTA A CRESCER; SETER O Q-J^jtt^Ov- MILHO PARA» PLANTA.B. ,r*_$Q DEMOI?Ú EU PUXA£6B^^f -COMEI-, #^í t/M ETEREI UHA<ã BQAS ESPIGAS UM POUGOjfc g) y;

nH/ ___i__J^^k mcf/UrJ ' ftmmmmW-* ^&#\ ÁW ' *~

0 V1SINHO ESTA PLANTANDO MILHO. 1 |~ ^f^HDA°Ul &UM I I QUASE MÃO DURMOVOU BOTAR^S GALINHAS NA HOGft -lf| çIAmÊS ELAS A ESPERA». QUE. O' Í/J °ÈyUiíÍ&âL-*—-' ^^f^l^^^0 MILHO CGESÇA

^e(6?u_: suepeesa! planteimilho enasceu galinha.HELHOtZ-ESn^S- -SAO CANJA.

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TOME LA',QUITERIA,FACA UMACANJ-a

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1 MORTAS -,

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24 0 TICO-TICO JULHO —1946

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MODELO TERMINADO

MODO DE ARMARCola-se esta página em cartolina e

deixa-se secar completamente.Recortam-se, a seguir, todas as pe-

ças dobrando á peça 1 e a peça 2 pelaslinhas pontiihadas.

Colam-se as aletas B. Depois cota-seo tampo assim obtido na peca 1,aleta A.

Estará pronto o Radio - Vitrola. E'sõ ligar.

.

JUUIO-V)46 O TICO-TICO 25

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PRINCESA ISABEL ^«"yO Imperador D. Pedro II chegando ao Rio

de Janeiro na manhã de 30 de Março de 1872 abra-

çoua Princesa Regente dizendo: "Volto contenteminha filha. Ninguém mais nascerá escravo noBrasil".

Seis meses antes, a 28 de Setembro de1871, ultimára-se a votação da Lei do Ven-tre Livre, declarando emancipados os filhosda mulher escrava. Foi a "Sessão das Flores".

O ministro americano, que estava pre- \ rx &»MmTsente colheu do chão um punhado de flores \ "Ç^*~

jWP^ je disse ao primeiro Rio Branco:* \ *** &^—"Vou mandar estas flores para o meu \ .país, para mostrar como aqui se faz uma lei ^•fe" _^*^^que lá custou tanto sangue". V

Filha de D. Pedro II, D. Isabel Cris-tina Leopoldina Augusta Micaela GabrielaRafaela Gonzaga, nasceu no Brasil em 29 deJulho de 1846. Aos 18 anos casou-se com Gus-ton de Orleans, conde d Eu, neto de Luiz Fe-lipc, rei de França.

O TICO-TICO JULHO-ms

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Era uma moça de 25 anos incom-pletos quando assumiu pelai.3 vez a Re-gência do Império. Sancionou leis, deter-minou o prolongamento da E. F. D. PedroII, hoje Central do Brasil; reformou a or-ganização Judiciaria do Império; mandouproceder ao recenseamento geral do país;firmou a paz com o Paraguai, estabelecen-do relações de amizade, etc

Em . 1876, D. Isabel volta a ser Regen-

te. Providencia sobre a instrução pública,criando escolas primarias e normais, e sobre

a reconstituição do Colégio Naval.

" 3 — Na terceira regência, iniciada em ____s|_â____teB^_ \' \__ \

1887, a princesa decretou medidas sobre _^Z_ft R_k X__^k-^?---construção de casas para operários; criou kfl Ak ^^2llv^k\'refundiu repartições importantes como atWjÊ m% T__B__*%»?Iri /________Museu Nacional, o Asilo de Menores Desva- ****F y^&m fjk 7^5^*'"^L»

qualificativo de " ** Redentora" veio-lhe com ¥. jgg»*. W$È*

' y^V»^v';

Continua na página seguinte W5*^^ c-^^ ^^f^R^lJ-B 1

27JULHO -1946 O TICO-TICO

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— ü dia 13 de Maio de 1383 caiu num do-mingo, o que não impediu que O Senado se reu-nisse. Isabel assina a "Lei Áurea" profunda-meftte emocionada, libertando os últimos escra-vos que ainda existem no Brnsil.

— Era a realização dos esforços dos in-cansáveis João Alfredo, Nabuco, José do Patro-cínio, da Princesa t do próprio Imperador.

— Mas a política mudou. Com a procla- / ^%kJ[j*y; *^*\ k í

mação da República — 15 de Novembro de r^^Ji^^^^^-^^X 11889 — a familia imperial foi banida do Brasil, íVS1*^ ^^^

llla princeza acompanhou seus progenitores. ^'J/' ^5rV^ H

M MiPf".D. Isabel faleceu no estrangeiro trinta edois anos mais tarde, em 1921, com 75 anos de idade.

Por suas acertadas medidas' políticas, pelas suasnobres 'virtudes de espirito e de coração o nome deIsabel ainda hoje se impõe ao respeito e admiraçãodos nossos, porque ela Íoi rialmente uma grande bra-sileira.

78 O TICO-TICO

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§ L* Hjj,M PRÊMIO SJ

CONCURSO ESCOLARd'0 TICO-TICO

ÇT-yUBLICAMOS abaixo a composição premiada no Concurso* Escolar d'0 Tico-Tico, versando sobre a Princesa Isabel. E'

sua autora a nossa leitora Iracema M. de Azambuja, aluna do4.» ano primário do "Colégio Stella Matutina", de Juiz de Fora,cuja professora é D. Vera Carmen Monteiro Junqueira.

Em outro local divulgamos os nomes dos demais premiados.

Os portugueses queriam escravizar os indios,

mas foram impedidos pelo padre Anchieta.

Não podendo realisar seus desejos, eles

voltaram as vistas para os africançs e foram bus-

car-los de navios.

Antes de embarcarem os negros africanos

eram marcados com ferros em braza, alguns nessa

marcação morriam, e outros eram jogados dentro

dos porões aos navios, sendo que aiguns morriam

de sede, fome e tambem porque não tinha quasi ar

nos porões.

Chegando em Portugal, eram vendidos como

animais de carga, e seguiam para as fazenda? do

Brasil como trabalhadores braçais. Eram aprovei-

tadòs na lavoura e em muitos outros serviços.

As vezes os senhores eram bons, mas geral-

mente eram maus e os escravos apanhavam muito.

Nos terrenos havia troncos onde eles eram amarra-

dos e espancados severamente

A casa dos escravos chamava-se "senzala", e

a de seus senhores tinha o nome de "Casa Gran-

de".

Depdis de muito tempo veio outra lei denond-

nada "Lei sexagenária", que quer dizer: livres os

escravos de 60 e mais anos.

Finalmente, no dia 13 de Maio de 1888, íoi as-

sinada a "Lei Áurea" pela Princesa Isabel. Essa lei

declarava livres todos os escravos do Brasil.

Nesse tempo a princesa Isabel, que era casada

com o Conde d'Eu, havia ficado como princesa re-

gente do Brasil em lugar de pai, D. Pedro II, que

tinha seguido para a Europa por estar doente.

Seu pai, que não era contrario à idéia de liber-

dade, ficou muito contente com esse belo gesto de

sua filha.

Os escravos receberam a noticia de sua. liber-

dade com muita alegria e grandes festas. Os escra-

vos daí por diante tiveram uma vida livre com os

mesmos direitos dos brancos.

Por este seu grande feito foi denominada a

princesa "Redentora".

A princesa Isabel nasceu em 29 de Julho dc

1846, e morreu em 1921. Este ano comemora-se

seu centenário de nascimento.

Até hoje é lembrada a data de 13 de Maio eEm 1871 veio a primeira lei em favor dos es- ,rendem-se grandes homenagens a libertadora dos

escravos do Brasilcravos, chamada "Lei do Ventre Livre". Essa lei

tornava livres os filhos dos escravos que nascessem

daquela data em diante.IRACEMA M. DE AZAMBUJA

(Aluna do 4. ano primário do " Colcjjio Stella Matutina")

JULHO—191,6 O TICO-TICO 29

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Jogos, Recreações, CuriosidadesPela prof. IRENE ALBUQUERQUE

(Oa Escola Normal do Instituto de EdúcaçSo)Recreação Matemática

ZK-ZAG(PÁGINA DO PROFESSOR)

NÚMEROS FUJÕES

7 ^£3>rfúm 10

i o><a9 5

8 o]jr>

9Bírn09 j^S-

ll^SfJ^5r2 c>7_

Some e escreva o resultadono espaço em branco ao la-do de cada fileira.Confira as suas respostas: 7,10, 1, 14, 13, 11, 12, 13, 19,14, 24, 15, 20, 14.

FôyT

^>^ ^i^

/w/m'1$M§;aNjEifV^-/

Veja quais os números que fugiram das fileiras , escreva os nume~_ ros nas blusas dos "fujões" com lápis preto.Verifiquem se acertou: os "fujões" são:4 e 6; 6, 12 c 16; 60, 80, 90 e 100; 35, 40 e 45.

AO PROFESSOR — Fssas recreações podem ser feitas no quadro-negro, chamando-se uma criança decada vez para colocar a resposta, ou reproduzidas em cópias individuais a carbono para cada aluno. Oszig-rags podem ser aproveitados para qualquer operação e os "números íujões" para complemento deséries numéricas quaisquer. '

30 0 TICO-TICO JULHO-194S

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Resultado doCONCURSO ESCOLAR

çiUBIRAM a centenas as composições concorrentes a

O este certame tendo sido o seguinte o resultado da elas-sificação.da Comissão Julgadora.

1.° PREMIO — (100 cruzeiros e 1 assinatura anuald'0 TICO-TICO).

IRACEMA M. DE AZAMBUJA —• Aluna do 4.° anoprimário do Colégio Stella Matutina, de Juiz de Fora —Minas.

2.° ao 10.° PRÊMIOS (assinaturas anuais d'0TICO-TICO).

MARIA CECÍLIA CARRÊRO — do Grupo EscolarOswaldo Cruz — Liberdade — Minas.

ADOLFO AZEVEDO COSTA — do Grupo EscolarErnesto Paiva, Cambucí — Estado do Rio.

NILZA LIMA — Grupo Escolar Ernesto Alves — RioPardo — Rio Grande do Sul.

JOSÉ BONAMI DE MENEZES BRANDÃO — do Gru-po Escolar Almirante Tamandaré — Tramandaí — RioGrande do Sul.

GILDA CARRILO DA HORA — da Escola Clovis Be-vilacqua — Rio — Distrito Federai.

f :• VIRGÍNIA MARIA TOSTES PEREIRA — do Grupo

Escolar Dr. Ferreira da Luz — Miracema — Estado doRio.

MARILENA BISTENE — do Grupo Escolar CesárioAlvim, Belo Horizonte — Minas Gerais.

TITO SAURET CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE —do Instituto Carlos A. Wemeck — Petropolis — Estadodo Rio.

O primeiro premio, assim como as assinaturas, serãoenviados pelo Correio.

MENSARIO INFANTILDiretor: Antônio A. de Souza e SilvaPropriedade da S. A. "O MALHO"Rua Senador Dantas, 15 — (5.° andar)

Caixa Postal, 880 — Telefone, 22-0745RIO DE JANEIRO

Preço das assinaturas, remessa sob registro postalPara o Brasil e toda a AméricaPortugal e Espanha:13 números Cr $ 30,00

• " " t 1M0Nomero avulso .... Cr $ àjM

Publlca-ae so dia l.° dc cada a__l_

Para que seu filho corra ebriaque como os outros!

v _&_ o_ ^^.

V- A^ Qt — si.PT"\ - a Jf- *5#

IUuttu criança- eitâo eempre triste*, .em animo, por teremo sangue Impuro.It necessário purificá-la Dd a sen mho LACTARGYL,firmula especial para eplaoçaá. en» que o tddrairglrio,combinado ao lodo e ba rftamlnaa, estimula o apetite efacilita a digestão, contribuindo, aasim. para que a cri-anca engorde e fique torta.1 ijé - i

àfmm%. fiíillf^^*'-1 --««_«.» IJIm -H \ lIIÍÁP ¦ ¦" * . - -m. _<_-. P*®nll^TlL^ ^jj^P*" PfrODU.O RAUL teiTC \_5P*^ (UMA INDÚSTRIA NACIONAL DE CONCEITO UNIVERSAL

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JULHO 1946 O TICO-TICO 31

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o*\D*noffOf

concursosfS &J7 r^fc..

Recebem-se as soluções até o dia lft <Useguinte. Cada concurso correspondente a Imios. Os leitores podem concorrer a todos • idar juntas todas as soluções, mas só pôde oleitor ser premiado em um concurso de -

CONCURSO N.° 225

Y^r <wJ

T0SSE7

GODEINOlNUNCA FALHA

PREFERIDO PELAS CRIANÇASPOR SER DE GOSTO AGRADA-

VEL.

PREFERIDO PELOS MÉDICOSPOR SER DE EFEITO SEGURO.

PREFERIDO POR TODOS PORSER O REMÉDIO QUE ALIVIA

ACALMA E CURA.

Infalível contra resfriados. asmae bronqultea.

CONCURSO N.° 226

MINERAIS OCULTOS

Quais são os minerais que aquiestão escondidos ?

— TARPA— COZNI— HALHU— CAIM— BEROC— SOTENHÀ

Se já sabe, veja as instruçõespara concorrer, no alto da pá-gina.

CONCURSO N.° 228

Remia os recortes acima e cole'os emfolha dc bloco, na qual colará também ocoupon, prcenchcndo-o. Mandt-nos depois,de acordo com as bases, do alto da págwa.

__\ ttfWwi^V'' v\ / "i

¦ \ sVé:_' ¦ -**^ _ú_\_f E_M

Aqui estão dois heróis da últimaguerra, dois grandes chefes militaresdas Nações Unidas.

Quem são

\ soai?*5 ?^x^£***>j-- /

CONCURSO N.° 227

Aqui tem você njn provérbio /i-gurado.

Qual será êle? Saberá você res-

pondcrtSe sabe, escreva-o em folha de Ho-

co e siga as instruções do alo da

página.

CÓDIGO INTERNACIONALDE SINAIS

(EXPLICAÇÃO DA PAGINA DUPLACENTRAL DA EDIÇÃO PASSADA)

|

FM nossa edição passada, deixou

de aparecer o texto correspon-dente à página dupla central, quehoje aqui incluímos.

O código internacional de Sinais éusado pela navegação mercante ou de

guerra e as mensagens podem ser fei-tas por meio de flâmulas hasteadas,de luzes convencionais e de manejosde braço. Os transmissores vão for-mando as palavras e com estas asfrases e com estas as frases, e a prá-tica com que o fazem permite atransmissão rápida de textos. Hojeos navios se comunicam pelo rádio,mas o uso do código ainda é observa-do e em muitos casos é preferível. «

. S soluções quef\ não trazemo coupon, nãoentram em sor-

teio, assim como

as que não vêmcoladas em folha

de papel, e simem recortes sol-

tos dentro do en-envelope.

ÊÔTE COUPON DEVE 5EB COLADO A PÁGINAEM QUE COLAR OU ESCREVER AS SOLUÇÕES.

NOME

ENDEREÇO _ In?LOCALIDADE»EST. ou TERRIT..

32 O TICO-TICO IULHO 1946

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f__===

___F_A___nCãia(

noffosconcurso*

A publicação dos nomes do* premiados é feitaduas edições após. Os prêmios são livros e são ro-metidos pelo Correio, sendo preeiso vir os nomese endereços completos.

CONCORRENTES SORTEADOS NOS CONCURSOS DO MÊS DE MAIO

NO CONCURSO N.° 217

ALMIRO R. RODRIGUES — RuaBarão de Itapagipe, 30 — casa XI —Rio Comprido — Rio — Distrito Fe-deral.

JORGE ALVES DA MOTTA ~- RuaCampo Grande, 182 — Campo Gran-de— Distrito Federal.

. MARLENE BARBOSA — Asilo SS.CC; Jesus e Maria — Barbacena —Minas.

ZOÉ MENDONÇA — Avenida Leitede Castro, 66 — S. João d'El-Rei —Minas.

1*DARIO ALBUQUERQUE PASSARE-

LA — Rua D. Ana Pimentel, 124 —¦S. Paulo — São Paulo.

NO CONCURSO N.° 218PAULINA MARCONDES GAMA —

Rua Caruaru, 464 —¦ c. 1 ap. 202 —Grajahú — Rio — Distrito Federal.

JOÃO MAURÍCIO G. DE QUEIROZ— Rua Conceição, 63 — ap. 61 —São Paulo — S. Paulo.

LUCÍ P. DE LUCENA — Rua La-menha Lins, 522 — Curitiba — Pa-raná.

JOAQUIM ABREU TEIXEIRA —'C. Postal, 18 — Goiânia — Goiás.

JOSÉ MARTINSque, 578 — Castro

Rua Albuquer-Paraná.

NO CONCURSO N.° 219

ELINA MARIA M. FERREIRA —Rua Campos Sales, 70 —¦ Rio •—¦ Dis-trito Federal.

PEDRO CARLOS DA SILVA — R.Benedito Valadares —¦ Pará de Mi-nas — Minas Gerais.

MARTA NUNES PEREIRA — RuaAraxá, 25 — Grajahú — Rio — Dis-tritc Federal.

MARIA TEREZA LEONI — RuaBarão do Rio Branco, 1352 — Lapa

Paraná.

JOEL DOS SANTOS TAVARES —¦Rua Marechal Floriano, .76 — Cam-pos — Estado do Rio.

I

NO CONCURSO N.° 220

DEACLÉRIO M. LÜBE — Rua Ge-neral Osório, 92 — Vitória —¦ EspiritoSanto.

ALINE BERTELI RICKLY — Bicas(E. F. L.) — Minas Gerais.

JOÃO BATISTA MAGRO -- RuaBaía, 411 — Sertanópolis — Parahá.

JOSÉ CARLOS DE MOURA — Ruadas Florentinas, 256 — Recife —Pernambuco,

!MARIA LÜCIA PRADO — Rua Ca-

ruarú, 464 — c. I — ap. 202 — Gra-jahú — Rio — Distrito Federal.

I-JUCA P1RAMANOSSOS

leitores encontrarão reproduzidas nesta edição as 2 pá-ginas de "I — Juca Pirama" que foram publicadas na edição

passada e que saíram, conforme deverão ter notado, com defeituosacolocação, não podendo ser incluídas na coleção para formar ovolume.

Damos, além dessas, mais as duas páginas seguintes, que deve-riam aparecer na edição presente. Nessas condições, nenhum prejuízo terão os nossos leitores que estão colecionando aquelas páginas.

(òíajuclÍjí'/ynnelAcft hjdooúr?&a>âj2ZkkUo'

V. C VMA

SOLUÇÕES DOS CONCURSOS DOMES DE MAIO

go TTj31 33 29J7 18 22£_6_!'60160160

DO N.° 217

/_í_***__i_kr

DO N.° 218 '

DO N.° 219Santos Dumont — Minas GeraisCarlos Gomes — São PauloGeneral Osório — Rio G. do SulPedro Américo — ParaíbaRui Barbosa — BahiaNilo Peçanha — Rio de JaneiroOswaldo Cruz — São Paulo.

DO N.° 220"Saco vasio não se põe em pé".

NAO FALHAFAZ DOS FRACOS FORTESINFAUVEL NOS CASOS DEESGOTAMENTO

ANEMIADEBILIDADE NERVOSADÍSONIA

FALTA DE APETITEE OUTROS SINTOMAS DEFRAQUEZA ORGÂNICA DECRIANÇAS E DE ADULTOS.

JULHO 1946 O TICO-TICO 3J

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ISABELA REDENTORA

(Conclusão da página 5)

ENTÃO ficou decidido que Gastão

se casaria com a Princesa maisnova. e seu primo Augusto com

Isabel. Mas os corações resolveramalterar a ordem das coisas. Isabel .Gastão de Orleans, enamoraram-see uniram seus destinos pelos laços domatrimônio, no dia 15 de Outubrode 1864.

Durante muitos anos D. Isabel co-nheceu- apenas a felicidade de umcasamento por amor.

No ano de 1888, estando D. PedroII na Europa, em viagem de repouso,D. Isabel foi nomeada Regente doImpério. Estava sendo muito deba-tida por aquela época a questão daescravatura, que era desejada poruns e combatida por outras, estes emgrande maioria.

Tendo o poder nas mãos, emborapor pouco tempo, D. Isabel não he-sitou em utilisá-lo para acabar deuma vez com a escravatura no Brasil.Então mandou que o senador JoãoAlfredo apresentasse ao Congressouma lei que ela desejava que fosse'aprovada.

A Princesa Regente foi obedecida,e no dia 13 de Maio de 1888 assinavaa mais simples e ao mesmo tempo amais humanitária de todas as leis,que havia sido redigida do seguintemodo: "Artigo primeiro: Fica aboli-da a escravidão no Brasil".

Essa lei, pelo significado grandio-so que tinha, ficou sendo sendo cha-mada de Lei Áurea, que quer dizerLei de Ouro, do mais puro ouro, deque era feito o coração da PrincesaIsabel.

CAMOMILLINA

\ ^"r m\m\w

PARA A

GRANDECONCURSO

1.° Prêmio2.° Prêmio3.° Prêmio4.° Prêmio5.° Prêmio6.° Prêmio7.° Prêmio8.° Prêmio9.° Prêmio

10.° Prêmio11.° Prêmio12.° PrêmioL3.° Prêmio14.° Prêmio15.° Prêmio16.° Prêmio

CREME DEN TALATLASdo ALMANAQUEd*0 TICO-TICO

RESULTADO:

Hélio de Freitas — S. PauloDorací Nogueira Santos — S. PauloOimites Calenzo — RioManoel Rangel Guedes — RioNoemia Cardoso da Silva — RioVicente Madéra — Araguarí — MinasLavinia de Oliveira Ribeiro — S. PauloAdauto Coelho de Figueiredo — RecifeEdgard de Brito Chaves Júnior — RioWilliam Santos — Teresina — PiauíMaria Eliza dos Santos Ranzeiro — NiteróiJosé Torres Neto — Botucatú — S. Paulo

• José Baptista Pessoa — RioLevy Mattos Silva — NiteróiBernardina Lopes — Ilha do Governador — RioElda Detimermane — Rio.

•~\ S prêmios acima serão enviados pelo Correio. «^""' A todos os concorrentes não premiados será enviado um PRÊMIODE CONSOLAÇÃO, desde que remetam 60 centavos em seios do Cor-reio, para o porte, ao Laboratório ATLAS, rua Joaquim Silva n.° 110— Rio de Janeiro.

IÇAOdasCRI ANCAS

CA(Conclusão da página 23)

COM o cair da noite a cambaxi--

ra ficou muito aflita. Sentiumuito medo quando ouviu o

canto da coruja.Ouviu, tambem, o cri-cri do grilo

e viu que as aves noturnas riam ecantavam contentes dentro da noiteescura como os outros pássaros eaves com a claridade do dia.

E ficou chorando ali durante todaa noite, lastimando-se de ter deso-bedecido aos conselhos maternos.

O dia, afinal, despontou . A cam-baxirra animada creando alma novajá ia tentar o vôo de regresso, quan-do o bacurau perguntou ao morcego:

Você não riu da cambaxilranão enxergar à noite, e não disse quevôa de dia e de noite ? Agora vá con-tar à mãe dela onde passou a noite.

O morcego respondeu:Pois vou mesmo!

. A cambaxirra ficava admirada do

A X I R Avôo desencontrado, ora rasteiro, domorcego numa viagem sem direçãocerta.

— Só falta o bacuráu aqui para mever fazer de dia o que faço de noite:atravessar a torre da igreja, passan-do pela janelinha do campanário semtocar nos sinos — disse o morcego.

E a cambaxirra voando a toda ve-locidade, ao se aproximar da igrejaviu o morcego dar um mergulho ver-tiginoso para cortar o espaço peque-no da janelinha do campanário. Masou porque estivesse cansado de tan-ta exibição, ou porque o sol era ago-ra mais forte, foi bater de encontroao sino e se esborrachou no adro daigreja!

A cambaxirra ainda deu uma voltano pateo e viu que o morcego tinhamorrido, pela vaidade de mostrar quepodia exibir a faculdade de voar dedia e de noite. Depois se foi emborapara casa, levando a dupla liçãoaprendida.

31 O TICO-TICO JULHO 1946

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9 — Dando começo à cerimonia, o guerreiro timbira aproxima-se domoço tupi e diz-lhe, com orgulho, procurando humilhá-lo: "Eis-mc aquipara matar-te. Já que tiveste a ousadia de andar, só e sem familia, emnossas florestas, irás morrer agora com um golpe da mão de um bravo".

tM*ama*A*m*a***»a»**a**A***mmm****aam***a*A**m^mh__--______m__--1^_——-¦—_«¦¦¦— m i i—-"Tv,T_______r_n_

10 — Ergue a ivera-peme para ferir comela a cabeça do pri-sioneiro. Mas obser-vou que h a v iano rosto do outrouma expressão es-tranha. Imediata-.mente susteve o gol-pe da arma e disse:"Dize-nos quem és,conta-nos os teusatos de bravura e,si quiseres, defende-te da morte humi-lhante que vais ter".O guerreiro tupi nãoesperou segundo pe-dido. No mesmo ins-tante, numa voz querevelava a sua tris-teza, começou a con-tar: "Sou filho dasselvas. Descendo datribu tupi, que ago-ra anda errante. Soubravo e sou forte !"

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4 — Justamentenesse instante, omoço tupi resolveuir em procura dealimento para opai. ^

Armou-se esaiu em busca dealguma caça quelhe pudesse satis-fazer a fome. A ca-ça não estava fácil.E o guerreiro ia an-dando. Às vezes, es-cutava um outrorumor nos arredo-res. Preparava a fie-xa, mas não conse-guife abater ne-nhum animal.

5 — Enquanto ia caminhando, alguns t_nbira.s deram por sua presençana mata. Disfarçados pela folhagem, iam-se aproximando do caçador.E, subitamente, quando êle menos esperava, aprisionaram o moço tupi.

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-6 — Os timbira.s conduziram o tupi para asua aldeia. Então amarraram-lhe os pés c asmã_ks e o prenderam a um tronco. O tupinão podia mover-se. E seu pensamento sevoltava para o pobre velho que o esperavasem saber ter sido êle aprisionado.

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7 — Imediatamente^ mm*-/vA^^^ÊmW 0 Ii/TmmJ^^mtmW^AW Ia IMtoda a tribu se prepa- S W/^k \\ W W\ /if [ymmmm^tWmW-^Amrou para devorar o pri- ^K\ A\ _JB B^^ ^| ^r _)/_¦sioneiro. O cacique deu \5\\V K. m^ ^\Êkordens para que fosse \v\ A_ ____.-_. V _r '

_¦__festivo o sacrifício. Y \ mV^ ' ___* ^___ sm,Èm

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7 — Imediatamentetoda a tribu se preparou para devorar o pri-sioneiro. O cacique deuordens para que fo.ssefestivo o sacrifício. Omoço tupi assistia a to-dos os preparativos,amarrado ao tronco.Não tinha medo de mor-rer. Sentia apenas terabandonado o pobre ve-lho, que não teria ago-ra quem o guiasse e lhefosse buscar alimento.Afim de preparar oguerreiro para a mor-te, as mulheres datribu se aproximam ecortam-lhe a ca-beleira.

8 — Dentro de poucosmementos, o Tupi vaiser morto. Em vasos deargila, o cauím, que éa bebida dos índios,está sendo preparada.O guerreiro é desamar-rado. Vai começar osuplício. De vez emquando passa-lhe emfrente o guerreiro tim-bira que irá matá-lo.Traz nas mãos a ivera-peme — e pa.sseia or-.gulhòso de ser o esco-lhido para a cerimônia.

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oms €om&EiHq&^A^\ A- <& p\

/fw \íaYÊL aaSB ^—XTJa\ ^SSm ^á\\\^. /< \\tJr~^^ "/w ^*""**T?vr\' vHi

Sê econômico tementretanto, ser mes-qulnho e miserável.

Cuida do teu vestuário ede teus objetos, de formaa evitar gastos supérfluosa teus pais.

Aproveita todo o teu tempoem trabalhos úteis, sejaem benefício teu ou dacoletividade.

Aprende a viver com osteus próprios recursos,nunca contraindo dívidas

Dispensa tudo o que fordesnecessário, só com-prando o que for simples-mente agradável depois

de haver adquiridoo necessário.

JULHO—1946 0 TICO-TICO

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aHavia

em Bagdad, nos tempos do glorioso Sultão Haroun AlRaschid, um rico negociante chamado Mustafá.

Mustaíá esbanjava a sua fortuna, que lhe coubera porherança, em festas magnificentes, banquetes deslumbrantes e emaparatosas viagens. Seus inúmeros palácios estavam constante-mente cheios de hóspedes.

Como era de esperar, aos poucos foi-se esgotando a riquezamal adminstrada. E quando a morte cerrou os olhos de Mustafá,

para o sono eterno, e levou-o a prestar contas a Allah todo pode-roso, já bem parcas eram as suas posses.

Na hora da adversidade, os antigos amigos do negociante, aoinvés de lhe honrarem a memória com piedosas preces foram teràs autoridades, exhibindo documi-tntos por êle assinados, trans-formados em implacáveis' credores, e exigiram o resgate imediatodas dividas.

/r^\

38 O TICO-

A muito custo, depois de liquidados em leilão, por preços ínü-

mos, os bens do falecido, conseguiram os gananciosos rehaver oaseus capitais. Acontece, porém que um deles não recebeu uma

quantoia igual ao montante da dívida. Então, como era de uso

naqueles tempos, os magistrados decidiram que Ibraim, o Jovemfilho de Mustafá, se empregasse em casa de Ismar, que assimse chamava o credor, até que, com os seus serviços, resgastasse orestante 'da dívida paterna.

A principio o rapaz sofreu bastr-r.te com a condição de servilis-mo que lhe foi imposta, êle que estava acostumado a ser atendidoimediatamente nos seus míninos desejos.. Depressa, no entanto,tratou de se convencer da inutilidade de suas lamentações e cui-dou de se adaptar às circunstâncias, convencido de que, segundodiz o provérbio, tudo quanto vem de Allah é bom

Um, dois, três, vários anos se passaram, até que o rapaz atin-

giu a maioridade, e a dívida foi integralmente paga, juntamentecom os juros estipulados. Então Ismar chamou o moço e fome-ceu-lhe um documento de quitação, que o deixava livre^ e senhorde seu destino. E ainda, a título de prêmio, pela sua dedicação aoserviço, ofereceu-lhe o antigo amo dez moedas de ouro.

Assim que Ibraim se viu de posse da pequena fortuna, cogitouum meio de aumenta-la rapidamente, e, para tal fim, decidiuconsultar um famoso advinho que residia num oásis próximo, e de

quem se dizia que era capaz de operar maravilhas, afim de seaconselhar quanto ao seu futuro.

O advinho que era, por sinal, muito astuto, e vivia da boafé e ignorância dos desprevenidos, prometeu ao rapaz, não semantes se inteirar de suas posses, que lhe ensinaria um método fa-cil de transformar três moedas em trinta, mediante a comissão deapenas duas moedas.

Ibraim, na ilusão de obter fortuna rapidamente, pagou aocharlatão o preço pedido e recebeu das mãos deste uma série defórmulas mágicas, que deveria recitar, em determinada época doano, uma vez antes do sol nascer e três vezes depois de se pôr.

Já ia Ibraim se retirar, convicto de ter realisado um granue-negócio, quando o advinho lhe falou de um seu irmão, que vivianão muito distante dali, o qual realisava façanhas ainda mais in-verosimeis, e terminou por aconselhar ao moço que o fosse con-sul tar.

Chegado que foi Ibraim à presença do segundo impostor, quefora secretamente avisado de sua visita, este lhe disse coisas de

pasmar, e terminou colocar à sua disposição, a troco de trêsmoedas, uma fórmula infalível, capaz de transformar três moedasem tresentas. Ibraim pagou sem discutir e, quarulo ia sair, o ma-

go, deslntcrersadamente, segundo lhe afiançou, sugeriu que fosse

procurar o seu irmão mais velho, que dos três era o mais sábio.

Ibraim agradeceu inúmeras vezes o excelente conselho e foiter com o suposto mágico, que lhe fez revelações ainda mais sur-

TICO julho-me

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preendentes e terminou por fazer uma proposta ainda mais tem-tadora e vantajosa, qual a de transformar três moeda, em trêsmil, exigindo para si, tão sómçnte, a modesta quantia de quatromoedas. Mais uma vez Ibraim pagou o preço combinado e, comoda.s outras vezes, entrou imediatamente na posse de novas fór-mui. s, tão complicadas quanto prodigiosas.

Depois de testemunhar por escrito, a pedido do ancião, a suaadmirarão peJos mistérios revelados, e de expressar em termoscorte se* a sua satisfação uelo ótimo negócio realisado, Ibraim erç-preendeu a viagem de regresso, ansioso por experimentar os con-selbos recbidos e pôr à prova as fórmulas adquiridas

Como, no entanto, as receitas milagrosas tivessem custadonove moedas, e a décima êle houveese gasto durante a viagem, aojovem nada mais restava. Tratou então Ibraim de arranjar umempreso aue lhe permitisse ganhar as moedas necessárias ástransformações. Ibraim atirou-se ao trabalho e depressa obtevea quantia precisada. Mas o dia fixado pelos astutos ad^iniio. ain-da estava longe. Ibraim. porém, continuou a trabalhar e teve asorte de prosperar rapidamente.

Finalmente chegou a data. marcada. Ibraim nesse dia não seocupou senão em realisar as prescrições exigidas. Recitou umavez, pela manhã, as três orações, e três vezes pela tarde, tudo deconformidade com o que lhe fora aconselhado, sem omitir ne-nhum deetalhe. A noite Ibraim passou a presa da mais indescri-tivel agitação. E quando clareou o dia êle se levantou, satisfeitoconsigo mesmo, como se fora o mais feiiz dos mortais, certo queestava decerto possuidor da apreciável soma de três mil tresentasa trinta moedas.

È difícil de descrever com palavras a agitação que se apoderoude Ibraim quando, ao chegar ofegante ao local em que deviam (s-tar as moedas, verificou que tinha sido ludibriado. Sem perda detempo êle colocou os seus afazeres em ordem e se dispôs a partirimediatamente para os oásis, em busca dos advinhos, disposto alhes fazer pagar bem caro pela traição.

Quando Ibrahim foi verificar a quanto montavam os seushaveres, não foi sem surpresa que encontrou no cofre, exatamen-te, três mil tresentas e trinta moedas, resultado de quasi um anode continuo trabalho e de concienciosas economias. Então a ver-dade apareceu clara ante os seus olhos e êle deu por bem paga alição.Ibraim quando chegou à velhice estava ainda mais rico do que ofora seu pai Por essa época era comum vê-lo fazer com que osnetos se sentassem em seus joelhos para ouvir de sua boca as ma-ravilhosas narrações que são tanto dc agrado dos povos orientais.E quasi todos os seus contos terminavam assim: "Trabalhem pois.trabalhem muito, meus' queridos, e não se esqueçam de que so-mente no trabalho está a fortuna".

E se, por acaso, alguma das crianças lhe fazia qualquer ob-servação, êle respondia, no mesmo tom ponderado e grave: "Lem-

brem-se, meninos, de que o trabalho de nada vale sem a econo-mia. É fácil ganhar bastante dinheiro, porém é ainda mais fácilesbanja-lo. E a riqueza que se vai, dificilmente volta. É preciso,poig, que vocês sejam, alem de trabalhadores, econômicos e pre-videntes".

JULHO -1946

JURACY CORREIAO TICO-TICO 39

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ND fAVNDO DA BICHARADAura smi® bi m®.... iv ^ídjãltía.—¦

Chica Ratinha e Comadre Orelhuda compraram uns "maillots" almhadissimos eresolveram Ir tomar banho de mar em Capacabana. Tal como fazem as moças...

...elegantes, bezuntaram-se de gordura,puzeram óculos escuros, tomaram o seubanho de sol... e depois foram pro mar.

i

Corno a água estava "gostosa"! Eque"farol" faziam as duas nadando pra láe pra cá! De repente, porém,,

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...saíram do mar aos berros... trazendo cada uma a reboque!?um peludocarangueijo. E durante muitos dias nem pensaram em ser granf inas !...

O TICO-TICO JULHO-194P

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RIOD

GRANDEO SUL

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Kf XJ-^SantãJvitória

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COLEÇÃO COROGRÁFICA BRASILEIRA(N.o 30)

- ESTADO DO RIOGRANDE DO SUL

wo Rio Grande do Sul tem limites

com o Estado de Santa Catari-

rina, o Território de Iguaçu e

as Repúblicas Argentina e do Ura-guai.

A

superfície do Estado é de £85,000

quilômetros quadrados, e a sua

população é de 3.651.100 habi-

tantes. A população relativa é de

cerca de 11 habitantes por quilômc-

tro quadrado. £ o 4.° Estado em po-

pulação, pelo recei.scamento de 1944.

A Capital do Estado é Porto Ale-

gre, porto fluvial sobre o rio

Guaíba, ao fundo da Lagoa dos

Patos, com 300.000 habitantes. É a 5.a

cidade do país

\

L \

Outras

cidades importantes do Es-

tado: Pelotas, Santa Maria, Rio

Grande, São Leopoldo, Bagé,

Uruguaiana, São Leopoldo, São Ga-

briel, Don Pedrito, Jaguarão, Cachoel-

radoSul,Itaqui, Caxias, Caçapava, Ale-

gretc^etc.

O

Estado do Rio Grande do Sul

produz muitos cereais, carvão

mineral, erva-mate, mandioca,

couros e peles, tecidos, frutas, vinhos,

xarque, fumo, gado de todas as espé-

cies.

O

território sul-riograndense é

cortado por uma extensa rede

dc ferrovias que ligam entre si

as cidades da fronteira com as litorâ-

neas.

Seu único porto no Atlântico é o de

Kio Grande. Pelotas é porto fluvial.

(FIM DA SÉRIE)/

42 O TICO-TICO JULHO—1046

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AVENTURAS DE CHIQUINHOX ^aaV^^^ÍI 1

\aa \\jn a ^aa{ã^i/a^

Chiquinho noutro dia armsu-se de um arco A coisa, porém, não era tão fácil como è\efeito por êle mesmo, e foi para o f"undo do pensava! Atirou várias flechas sem que con-

quintal disposto a transformar-se no melhor seguisse acertar uma nos pontos desejados,arqueiro do mundo. Não tinha pontaria. Como o Benjamin, bem...

...escondido, houvesse assistido ao fracasso de Chi-quit_ho, fazendo pouco da sua pontaria, o nossoamigo, certa manhã armou um alvo perto de umaárvore e desafiou o moleque para atirarem. *

-7 II -z ii—

_____ /Vir 4H s+^-<AjA\ H/^f^íl r-r-

Benjamin aceitou o desafio e quis logo ser oprimeiro. Armou o .a rco, e, estando próximodo alvo, acertou com toda a facilidade, emcheio ! Foi a conta! Atraz...

...do alvo havia uma casa de maribondos, •¦•do Benjamin, levou algumas ferroadas, e juroua qual a flecha acabar», de varar. Os ma- des.ori_.r-se daquela má brincadeira de Chiquinho.ribondos, assim atacados, formaram também Com um pincel e pixe, pintou um letreiro na cercaem posição de ataque e... zum ! O coitado... de tábuas que guarnecia um terreno baldio.

As letras estavam dentro de um circulo, ...satisfazer a curiosidade era seguir o traço. ...chutam até pedras, num ímpeto de jogador dedeste partia um traço que se alongava hori- Assim o fez, e no fim do mesmo encontrou futebol vibrou um fortíssimo pontapé! A tábuazontalmente pela cerca. Chiquinho, quando leu outro letreiro <jue vocês estão veudo. Aquilo deu uma volta no ar e veio esbo r racha r-se naaquilo, interessou-se logo. Uma surpresa? cada vez aguçava mais sua curiosidade. ¦»<*» cabeça! Foi nesse momento que compreendeuaqiQue seria? O melhor modo de. Chiquinho, que é desses meninos quc. o castigo que recebera.

GRÁFICA PIMENTA DE MELLO-RIO