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MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA
REABILITAÇÃO NA ARTROPLASTIA TOTAL DA ANCA
Cristina Rodrigues Barros
M 2019
Junho de 2019
Tipo de trabalho Artigo de Revisão Bibliográfica
Título Reabilitação na Artroplastia Total da Anca
Autor Cristina Rodrigues Barros
Endereço Eletrónico
Orientador
Professor Doutor António Pedro Pinto Cantista
(Médico Especialista em Medicina Física e
Reabilitação; Assistente Graduado Sénior
Hospitalar de Medicina Física e de
Reabilitação; Professor Auxiliar Convidado do
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar)
Endereço Eletrónico [email protected]
Instituição
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar,
Universidade do Porto, Rua de Jorge Viterbo
Ferreira nº 228, 4050-313, Porto
A aluna
(Cristina Rodrigues Barros)
O Orientador
(António Pedro Pinto Cantista)
Porto, Junho de 2019
i
AGRADECIMENTOS
Uma palavra especial ao meu orientador, Professor Doutor António Pedro Pinto Cantista, por aceitar a partilha deste desafio, pela amizade, disponibilidade, dedicação e colaboração na elaboração desta dissertação. Aos meus pais e à minha irmã. Ao Bonifácio. Ao Rui. Aos meus amigos.
ii
RESUMO
Introdução
A artroplastia total da anca (ATA) é um dos procedimentos cirúrgicos mais reconhecidos
mundialmente.
O seu principal objetivo é controlar a dor e melhorar a função, promovendo a qualidade de
vida.
Desta cirurgia podem resultar complicações precoces, como a dor, o edema e a hipotrofia
muscular. Os procedimentos que integram os protocolos de reabilitação baseiam-se no
conhecimento do processo patológico, evolução das técnicas cirúrgicas, experiência clínica do
cirurgião e equipa de reabilitação. São pontos fundamentais da reabilitação: o aconselhamento dos
pacientes, o controlo da dor e do edema, a recuperação da mobilidade, da força muscular e da
proprioceção. Estes desideratos vão determinar uma efetiva restituição da biomecânica da anca,
melhorando a funcionalidade do indivíduo.
Objetivos
1. Conhecer os ensaios clínicos na reabilitação da ATA e respetiva eficácia terapêutica,
considerando: controlo da dor, recuperação da amplitude de movimento (AM), da força muscular,
marcha e funcionalidade global;
2. Referenciar guidelines sobre reabilitação na ATA e evidências em que se baseiam.
Material e Métodos
Revisão sistemática da literatura publicada entre 2000-2019, em língua inglesa, nas bases de
dados eletrónicas PubMEd e Cochrane Library, considerando as MeSH words: hip, arthroplasty,
rehabilitation e physical therapy. Consideraram-se ensaios clínicos controlados e randomizados e
guidelines. Expandiu-se a procura de guidelines ao motor de pesquisa Google Search. Foram ainda
consultados artigos de diversas fontes, capítulos de livros e páginas de internet, considerados
relevantes para o conhecimento histórico e concetual da ATA.
Resultados
Incluíram-se 43 artigos e 6 guidelines.
Observou-se melhoria da dor em apenas 14 estudos. Demonstrou-se recuperação da AM na
maioria das intervenções (6/11). Registou-se uma melhoria global da força muscular nos grupos com
iii
intervenção, com significância estatística em 11 estudos. De uma forma geral a marcha melhorou
embora, o padrão e capacidade de equilíbrio no membro inferior permanecessem inalterados.
Relativamente à funcionalidade, houve melhoria significativa em 14 estudos.
As intervenções mais comuns incluíram: treino funcional, (41/43); educação, (13/43); uso de
dispositivos auxiliares de marcha (DAM), (7/43) e exercícios aquáticos, (10/43).
Apenas 1 guideline considerou exclusivamente a reabilitação na ATA e estas carecem de
recomendações específicas para a recuperação do paciente.
Conclusões
A participação em programas de reabilitação demonstrou benefícios ao nível da AM; força
muscular; marcha e funcionalidade global, com melhorias menos evidentes no âmbito da dor.
O reduzido número de protocolos de reabilitação adequadamente refereciados e com
recomendações específicas nesta área médica evidenciam a necessidade da elaboração de consensos
entre peritos, com uma adequada padronização dos estudos futuros, para otimização da reabilitação
na ATA.
iv
ABSTRACT
Background
Total hip arthroplasty (THA) is one of the most recognized surgical procedures worldwide.
Its main objective is to control pain and improve function, thus promoting quality of life.
Early complications may follow this surgery, such as pain, edema and muscular hypotrophy.
The procedures that integrate rehabilitation protocols are paved on the knowledge of the
pathological process, the evolution of surgical techniques, the clinical experience of the surgeon and
the rehabilitation team. The key points in rehabilitation are: patient counseling, pain and edema
control, recovery of mobility, muscle strength and proprioception. These desiderates will determine
an effective restitution of the biomechanics of the hip, improving the individual’s function.
Objectives
1. To know the protocols established in the rehabilitation of THA and its therapeutic effect,
considering: pain control, recovery of range of motion, muscle strength, gait and overall
functionality;
2. To mention existing guidelines in this area and their evidence base.
Materials and Methods
A systematic review of the literature published between 2000-2019, in English, in PubMEd
and Cochrane Library electronic databases was performed, considering the MeSH words: hip,
arthroplasty, rehabilitation and physical therapy. Controlled and randomized clinical trials and
guidelines were considered. The search for guidelines has been expanded to Google Search. Articles
from various sources, book chapters and web pages considered relevant for the historical and
conceptual knowledge of THA were also consulted.
Results
43 articles and 6 guidelines were included.
Pain improvement was observed in only 14 studies. Recovery of range of motion was
demonstrated in most of the interventions (6/11). There was an overall improvement in muscle
strength in the intervention groups, with statistical significance in 11 studies. In general, has the gait
improved although the pattern and ability to balance the lower limb remain unchanged. Regarding
functionality, there was a significant improvement in 14 studies.
v
The most common interventions included: functional training, (41/43); education, (13/43);
use of walking assistive devices, (7/43); and aquatic exercises, (10/43).
Only 1 guideline exclusively considered ATA rehabilitation and these lacks specific
recommendations for patient recovery.
Conclusions
Participation in rehabilitation programs has shown benefits in range of motion; muscle
strength; gait and overall functionality, with less obvious improvements in pain.
The low number of adequately referenced rehabilitation protocols with specific
recommendations in this medical area shows the need to elaborate consensus among experts, with
an adequate standardization of future studies, to optimize THA rehabilitation.
vi
LISTA DE ABREVIATURAS*
AM- Amplitude de Movimento ATA- Artroplastia Total da Anca ATJ- Artroplastia Total do Joelho Bep IIIa- Medida de avaliação da força isométrica máxima CRT- Chair Rise Time DAM- Dispositivos Auxiliares de Marcha EVA- Escala Visual Analógica ENV- Escala Numérica Visual EN- Escala Numérica EQ-5D- EuroQol-5 Dimensions EQ-5D VAS- EuroQol-5 Dimensions, Visual Analogue Scale FSST- Four Step Square Test HHS- Harris Hip Score HOOS- Hip disability and Osteoarthritis Outcome Score HOOS-PS- Hip disability and Osteoarthritis Outcome Score Physical Function Shortform Score HQ-12- 12-Item Hip Questionnaire IB- Índice de Barthel IMF- Index of Muscle Function ILA- Iowa Level of Assistance JOAHS- Japanese Orthopaedic Association Hip Score LAPAQ- LASA Physical Activity Questionnaire MRC- Medical Research Council OA- Osteoartrose OHS- Oxford Hip Score PSC- Patient Specific Complaints RFD- Rate of Force Development SCP- Stair Climbing Performance SDTW- Single- and Dual-Task Walking SF-12- Short Form-12 Health Survey SF-36- Short-Form-36 Health Survey STS- Sit To Stand THA- Total Hip Arthroplasty TUG- Timed Up and Go UCLA-University of California, Los Angeles WOMAC- Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis 1 RM- 1-Repetition Maximum 6MWT- 6-min Walk Test 3MWT- 3-min Walk Test 20 MWT- 20-min Walking Speed
*Dado que algumas destas referências, nestes casos testes diagnósticos, ainda não se encontram validados em língua Portuguesa, optou-se pelos seus acrónimos na língua Inglesa.
vii
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1 2. OBJETIVOS ................................................................................................................................. 2 3. METODOLOGIA .......................................................................................................................... 2
3.1. Pesquisa ................................................................................................................................................. 2 3.2. Seleção .................................................................................................................................................. 2 3.3.Extração de dados ................................................................................................................................... 3 3.4.Síntese de dados ..................................................................................................................................... 3
4. RESULTADOS ............................................................................................................................. 3 4.1. Seleção de estudos ................................................................................................................................ 3 4.2. Características e eficácia terapêutica dos protocolos de intervenção ..................................................... 3
4.2.1. Dor (1269 participantes de um total de 27 estudos) ............................................................................. 5 4.2.2.Amplitude de movimento (562 participantes de um total de 11 estudos) ............................................ 5 4.2.3. Força muscular (656 participantes de um total de 16 estudos) ............................................................ 6 4.2.4. Marcha (1361 participantes de um total de 31 estudos) ...................................................................... 6 4.2.5. Funcionalidade Global (1445 participantes de um total de 29 estudos) ............................................... 8
4.3. Análise de guidelines e recomendações clínicas ..................................................................................... 8 5. DISCUSSÃO ................................................................................................................................ 9 6. CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 11 APÊNDICE .................................................................................................................................... 12 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 37
ix
LISTA DE TABELAS
Tabela I. Características dos ensaios clínicos randomizados incluídos no estudo ................................................. 13
Tabela II. Recomendações das guidelines, relativas a indicações na dor, AM, força muscular, marcha e função 34
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Fluxograma dos artigos incluídos na revisão sistemática ........................................................................ 12
1
1. INTRODUÇÃO
A Artroplastia Total da Anca (ATA) é considerada um dos procedimentos cirúrgicos em grande
escala, mais realizados e com amplo sucesso em Ortopedia.1,2 Esta técnica consiste na substituição
dos componentes que constituem a articulação da anca, cabeça femoral e estrutura acetabular, por
uma prótese articular artificial, constituída por elementos de metal, plástico, cerâmica ou pelo
resultado das suas combinações.3
Considerando o aumento na esperança média de vida e o volume crescente da população
obesa, estimou-se que o recurso à ATA venha a aumentar, quer na população idosa, quer mesmo na
população jovem.4–6 Em Portugal, a prática da ATA registou, em 2013, um total aproximado de 88
cirurgias por 100.000 habitantes (cerca 9 230 anuais).7 Dados recolhidos internacionalmente atingem
valores consideravelmente superiores: cerca de 65 800 cirurgias anuais em Inglaterra (no período de
2003-2015) e aproximadamente 193.000 cirurgias anuais nos EUA, para o qual se espera um
incremento estimado de 170 % até ao ano de 2030.8,9
O primeiro relato formal de um caso de ATA, por Phillip Wiles, data de 1938, em Londres.
Contudo, foi no final da década de 60 com os estudos do cirurgião ortopédico Sir John Charnley, que o
procedimento adquiriu expressão ao nível internacional.10,11
As principais indicações para a realização da ATA incluem a osteoartrose, a osteonecrose da
cabeça femoral, a fratura do colo do fémur, as displasias congénitas, os distúrbios da anca na infância
(doença de Legg-Perthes e epifisiólise femoral), as doenças inflamatórias (artrite reumatóide, artrite
psoriática e espondiloartropatias), o trauma e as neoplasias.12,13 A osteoartrose constitui o
diagnóstico mais comummente associado à realização da ATA, constituindo cerca de 83 a 93% dos
casos descritos de ATA primárias, para o qual este procedimento é eficaz no seu último estadio.3,14
Apesar do sucesso clínico, da satisfação global do médico e do paciente nesta cirurgia de
substituição articular, paralelamente às complicações sistémicas e osteoarticulares decorrentes da
técnica e da agressão cirúrgica resultam outras consequências como a dor, o edema, a limitação nas
amplitudes articulares, a redução da força muscular, instabilidade postural e diminuição da
velocidade da marcha.4,15,16
Por este motivo, a otimização funcional é conseguida com a implementação de um plano de
reabilitação cabal, que pode incluir intervenções educativas, orientações relativas a posicionamentos
e transferências, mudanças estruturais no domicílio, uso de dispositivos auxiliares de marcha (DAM) e
programas de exercícios específicos.17–20 A reabilitação na ATA pode ocorrer quer em internamento
quer em ambulatório.21
2
O exercício da medicina é orientado por normas clínicas fundamentadas em medicina
baseada na evidência, que não somente legitimam os atos médicos como podem contribuir para um
tratamento mais adequado ao paciente. Perante a carência de normas específicas na ATA,
relativamente ao tipo de reabilitação, duração e frequência da mesma, surge a necessidade de
apreciação e análise criteriosa dos estudos publicados.
2. OBJETIVOS
São objetivos desta revisão sistemática:
1. Conhecer os protocolos estabelecidos na reabilitação da ATA e respetiva eficácia
terapêutica, considerando o controlo da dor, a recuperação da AM, da força muscular, marcha e
funcionalidade global;
2. Referenciar guidelines existentes nesta área e quais as evidências em que se baseiam.
3. METODOLOGIA
3.1. Pesquisa
Revisão sistemática da literatura publicada entre 2000-2019, em língua inglesa, constantes
das bases de dados eletrónicas PubMEd e Cochrane Library, considerando as MeSH words: hip,
arthroplasty, rehabilitation e physical therapy. Consideraram-se somente ensaios clínicos
randomizados e guidelines. Não tendo sido encontrada nesta pesquisa guidelines adequadas aos
objetivos, alargámos a nossa procura ao motor de pesquisa Google Search somente para esta
informação específica. Numa perpetiva narrativa, foram ainda consultados outros artigos de diversas
fontes, capítulos de livros e páginas de internet, considerados relevantes para o conhecimento
histórico e concetual da ATA.
3.2. Seleção
A revisão incluiu ensaios clínicos controlados e randomizados que compararam programas de
reabilitação com distintas modalidades de intervenção e guidelines clínicas que incluíssem dados
relativos à atuação fisiátrica na ATA, devidamente referenciados.
Foram considerados os seguintes critérios de elegibilidade para os ensaios clínicos
randomizados: (1) estudo com pacientes submetidos exclusivamente à ATA; (2) estudos comparativos
com um ou mais grupos de intervenção; (3) reabilitação prévia ou posterior à cirurgia; (4) intervenção
realizada em contexto de internamento, ambulatório ou domicílio e (5) reabilitação com terapêutica
3
educacional, estimulação elétrica, prática desportiva térrea ou aquática.
Foram excluídos artigos que apresentaram: (1) estudos em pacientes submetidos a
artroplastia parcial, de resurfacing ou de revisão da articulação da anca, (2) análise simultânea da
reabilitação na ATA e artroplastia total do joelho (ATJ), (3) ausência de grupo controlo e (4) sem
referência de resultados.
3.3.Extração de dados
De acordo com os dados fornecidos em cada publicação, foram analisados, sempre que
possível, os seguintes dados: autor e ano de publicação, dimensão da amostra, motivo da
intervenção, vias de acesso cirúrgico e especificidades do programa de reabilitação: abordagem
terapêutica; local; duração; frequência e resultados para as variantes em estudo.
3.4.Síntese de dados
Pela heterogeneidade de variáveis e unidades de medidas utilizadas na avaliação de
resultados, não foi realizada uma meta-análise de dados, procedendo-se a uma síntese narrativa dos
dados obtidos.
4. RESULTADOS
4.1. Seleção de estudos
Foram identificados 879 artigos potencialmente relevantes, estando 29 duplicados. Dos 850
resultados únicos, 223 foram excluídos com base na data da publicação, idioma e tipo de artigo.
Quarenta e três dos 627 artigos potencialmente relevantes preencheram os critérios de inclusão da
revisão e, como tal, foram considerados no estudo final.
A pesquisa manual permitiu a seleção final de 6 guidelines, uma vez que, de acordo com o
método de pesquisa inicial, foram excluídas 5 por não considerarem programas de reabilitação
centrados na ATA. O fluxograma dos artigos incluídos nesta revisão encontra-se representado na
figura 1.
4.2. Características e eficácia terapêutica dos protocolos de intervenção
A grande maioria dos estudos incluiu um grupo controlo e um grupo de intervenção. Apenas 6
incluíram mais do que um grupo de intervenção.22–27
Os dados relativos aos protocolos de intervenção incluídos nesta revisão encontram-se
4
sumariados na tabela I.
A análise criteriosa dos mesmos registou variações nos seguintes domínios: motivo da
intervenção, vias de acesso cirúrgico, timing e local da intervenção, técnicas de reabilitação utilizadas,
duração e frequência da reabilitação.
O motivo de intervenção contemplou sete categorias: osteoartrose,19,22–58 sendo este o
motivo mais frequente; alterações degenerativas não especificadas;59 dor ≤ 2 anos;60
osteonecrose;35,38,42,51,52 fratura do fémur;51–53 displasias51,52 e artrite pós-traumática38. Em três61–63
estudos não foram especificadas as patologias de base.
Relativamente à abordagem cirúrgica, as vias de acesso no procedimento diferiram entre si.
Vinte e três23–27,31,35–39,41,43,44,47,48,50,52–55,59,62 estudos não identificaram a via de acesso. Dos restantes, a
realização da ATA foi realizada, preferencialmente, pelas vias anterolateral22,28,33,49,51,63 e
posterolateral19,32,34,46,57,60 e com menor frequência pelas vias lateral42,45,58,61 e posterior29,30,40,56.
No que diz respeito ao timing da intervenção, os estudos distribuíram-se em três categorias
distintas: apenas num41 deles a intervenção incluiu a instituição isolada de um plano prévio ao ato
cirúrgico, sete26,38,42,43,46,48,52 envolveram uma estratégia terapêutica pré e pós-ATA e a grande maioria
(trinta e cinco19,22–25,27–37,39,40,44,45,47,49–51,53–63 estudos) incluíram intervenções realizadas após a cirurgia.
Quanto à seleção do local, vinte e quatro estudos incluíram intervenções num único
estabelecimento, catorze em locais combinados. Considerando os protocolos isolados, incluíram-se:
nove de reabilitação no domicílio;22,29,35,38,41,42,51,63 seis em regime de internamento
hospitalar;19,23,33,46,55,62 sete em clínicas de fisioterapia, centros de reabilitação ou ginásios
convencionais31,37,44,50,54,56,60 e dois em regime de ambulatório53,57. Seis24,26,48,49,52,59 estudos não
fizeram referência relativamente a este domínio da avaliação. Em relação aos protocolos com
reabilitação simultânea em diferentes locais, consideraram-se: seis em regime hospitalar e no
domicílio;25,27,30,39,58,61 três em regime hospitalar e ambulatorial;34,42,61 dois em regime hospitalar,
domiciliário e em centro de reabilitação;32,47 um em ambiente hospitalar, domicílio e clínica de
fisioterapia;43 um no domicílio e centro de reabilitação45 e um no domicílio e ginásio36.
O plano terapêutico instituído incluiu diferentes abordagens que compreenderam a aplicação
de planos educacionais23,26,28,31,38,39,41–43,45,46,48,52 ou vídeo-documentários58, terapia ocupacional,34,53
manipulação fascial,60 treino funcional com foco na reabilitação da AM (força muscular, flexibilidade,
resistência, marcha, equilíbrio postural e transferências),19,22–33,35–59,61–63 treino com DAM38,43,46,48,55,61,62
ou outros dispositivos de auxílio34 (como almofadas de abdução, pinças de alcance de objetos caídos
e assentos sanitários), cinesiterapia ou exercícios respiratórios,32,39,59 Tai-Chi38 e exercícios em
5
ambiente aquático (incluindo natação e hidroterapia)23,37,44,45,49,50,53,54,56,61.
A duração das intervenções variou por períodos de seis dias a seis meses e a sua frequência
variou num total de duas a sete sessões/semana.
Pela multiplicidade de variáveis em estudo nos artigos considerados, apenas foi realizada uma
análise para as variáveis correspondentes à dor, AM, força muscular, marcha e funcionalidade global,
que se encontra descrita seguidamente. Optou-se pela não omissão dos resultados das restantes
variáveis, que, por sua vez, se encontram enumeradas na tabela I.
4.2.1. Dor (1269 participantes de um total de 27 estudos)
A análise do impacto da terapêutica na perceção da dor foi avaliada em vinte e
sete19,22,26,28,30,31,33–38,40,41,43,44,46–48,50,52,53,55–57,60,61 estudos. Para este fim, foram considerados
questionários genéricos como WOMAC (Western Ontario and McMaster Universities
Osteoarthritis),26,31,34,38,40,44,46,54,61 HHS (Harris Hip Score),19,22,26,46,48,52,53,56 OHS (Oxford Hip Score),48
HOOS (Hip disability and Osteoarthritis Outcome Score),19,30,36,41 e PSC (Patient Specific
Complaints),41,43 questionários não especificados,28 avaliação qualitativa da perceção da dor,37 escalas
de avaliação como a escala de dor da Associação Japonesa de Ortopedia;33 EQ-5D (EuroQol-5
Dimensions);40 EQ-5D VAS (EuroQol-5 Dimensions, Visual Analogue Scale);40 JOAHS (Japanese
Orthopaedic Association Hip Score);48 escala numérica;56 ENV (Escala Numérica Visual) e EVA (Escala
Visual Analógica)31,34,35,43,46,48,52,55,57.
Considerando os estudos que envolviam apenas um grupo de intervenção,
nove19,22,34,41,46,50,53,60 demonstraram melhoria significativa desse grupo na maioria das avaliações. No
estudo de Heiberg et al.,19 o HHS foi superior no grupo de intervenção apenas aos cinco meses de
seguimento. Noutro ensaio, Oosting et al.,41 o PSC, no período prévio à cirurgia, apenas apresentou
resultado positivo no grupo de intervenção. A avaliação da dor em Ferrara et al.46 apenas demonstrou
resultados superiores na análise da EVA, e não nos restantes parâmetros. Nos protocolos descritos
em Grange et al.,37 Zeng et al.38 e Morishima et al.,35 a intervenção não demonstrou benefício na
perceção da dor.
Curiosamente, relativamente aos estudos que incluíram diferentes grupos de intervenção,
observaram-se resultados mistos, com melhoria no controlo da dor em cinco33,36,41,55,61 deles, não se
observando diferenças significativas num grupo ainda numeroso de estudos31,33,35,44,49,52,54,57,61.
4.2.2.Amplitude de movimento (562 participantes de um total de 11 estudos)
A AM foi utilizada como medida de avaliação em onze19,28,30,33,38,39,46,48,52,55,60 ensaios.
6
A sua medição incluiu a análise de manobras ativas19,30,55,60 e passivas28,33,38; movimentos de
flexão,19,28,30,33,38,39,55,60 extensão,19,28,30,39,60 abdução,19,28,30,33,38,39,46,48,52,55,60 adução,39 rotação interna39
e externa39,46,60 da anca; com recurso ao uso de instrumentos específicos para o efeito:
goniómetro19,28,33,38,39,55 ou inclinómetro60.
Considerando a análise conjunta dos participantes do grupo controlo e do grupo de
intervenção, observou-se melhoria da AM em quatro19,30,33,55 estudos. Em seis19,28,38,39,46,60 estudos, os
resultados da maioria dos parâmetros avaliados foi superior nos grupos de intervenção vs grupo
controlo, excetuando dois deles38,46, em que apenas se observaram melhorias na abdução e rotação
externa da anca.
Apenas três48,52,55 estudos não demonstraram diferenças entre os grupos.
4.2.3. Força muscular (656 participantes de um total de 16 estudos)
Dezasseis22,24,25,28,31,33–36,45,49,51,53,56,61,63 estudos incluíram a análise da força muscular. Alguns
artigos referem a força muscular global ou não especificada,34,36,49,51,53,56,61,63 ou específica por grupos
musculares: glúteos;28 abdutor;22,25,33,34,36,45,49,53,61,63 flexor;22,34,36,61,63 extensor;22,33,35,61,63 rotador
externo33,61 e interno da anca61; extensores24 e flexores35 do joelho. Outros parâmetros de avaliação
da força como o 1 RM (1-Repetition Maximum) e RFD (Rate of Force Development) também foram
considerados.
A apreciação dos resultados relativos a este parâmetro incluiu a utilização de
dinamómetros,22,24,25,31,33–36,49,61,63 leg press ergometer,45,56 aparelhos de musculação,56 escalas como a
MRC (Medical Research Council)53, testes específicos como o teste de Bep IIIa (Medida de avaliação
da força isométrica máxima)51 e testes musculares manuais28,45.
De uma forma geral, observou-se melhoria global da força muscular nos participantes. No
entanto, somente em onze22,24,25,33–35,45,51,56,61,63 estudos, a avaliação comparativa demonstrou
benefícios com significado estatístico em favor do grupo da intervenção. Nos restantes estudos28,31,49,
esta diferença não teve significado estatístico.
4.2.4. Marcha (1361 participantes de um total de 31 estudos)
A avaliação da eficácia dos protocolos na marcha foi efetuada em trinta e um19,22,24–26,28–33,35–
39,41,43,45–47,50,53,54,56–61,63 ensaios.
Para este efeito a análise incluiu o estudo de: padrão da marcha,45 distância percorrida,57
velocidade,22,25,47,53,63 cadência,25,47,57 simetria,53,59 equilíbrio no MI submetido a ATA,28 uso de DAM,57
mobilidade - Pontuação de Merle dÁubigné e Postel,39 testes/escalas como:
7
HHS;19,22,26,32,46,48,52,53,56,60,63 teste da figura de 8;19 SCP (Stair Climbing Performance);19,22,29,30,36 STS (Sit
To Stand);22,29,36 CRT (Chair Rise Time);41,43 TUG (Timed Up and Go);22,29,33,38,41,47,58,60 FSST (Four Step
Square Test);58 SDTW (Single- and Dual-Task Walking);58 3MWT (3-min Walk Test);22 6MWT (6-min
Walk Test)19,28,30,31,37,38,41,43,47,50,54,61 e 20MWT (20-min Walking Speed)36 e classificações subjetivas:
satisfação na marcha35. Considerando a multiplicidade de medidas consideradas em cada estudo,
efetuou-se a avaliação individual de cada parâmetro.
Os parâmetros mais comumente avaliados no estudo da marcha foram o TUG e o 6MWT. O
TUG apresentou resultados superiores em todos os grupos, sendo que em apenas seis22,33,38,43,47,58
estudos se observou uma diferença estatisticamente significativa entre grupos, dos quais um43 deles
correspondeu a um grupo de reabilitação pré-ATA. No que diz respeito aos parâmetros que avaliaram
a distância percorrida/ percorrida em função do tempo- 3MWT, 6MWT e 20MWT- verificou-se que
em dez19,22,28,31,36–38,41,54,57 dos dezasseis estudos contemplados, a intervenção contribuiu para
resultados superiores relativamente aos grupos de intervenção secundária/controlo.
A participação num plano de intervenção beneficiou os pacientes, considerando a satisfação
global relativamente à marcha,35 a capacidade de simetria na mesma53,59 e o tempo associado ao uso
de DAM57. Contudo, não se verificaram alterações no padrão da marcha45 e capacidade de equilíbrio
no MI28. A velocidade e a cadência apresentaram resultados variáveis: em três22,25,63 dos casos que
avaliaram a velocidade, observaram-se melhorias significativas no grupo de intervenção e, em apenas
um25 dos casos que avaliaram a cadência, se verificou melhoria a favor do grupo de intervenção.
Os resultados do HHS foram superiores no grupo de intervenção em cinco19,22,32,53,63 estudos,
sendo que em Heiberg et al.,19 este benefício só se verificou aos cinco meses de follow-up. O teste da
figura de 8 no grupo de intervenção19 foi superior apenas aos cinco meses do follow-up. A mobilidade
-Merle dÁubigné e Postel- melhorou apenas no grupo de intervenção39 e a performance motora
apresentou resultados superiores também neste grupo.
A avaliação de outros parâmetros funcionais associados à marcha – SCP, STS e CRT – revelou
que, no que diz respeito ao SCP, a participação independente em qualquer um dos grupos foi
potenciadora deste processo em todos os pacientes. Contudo, em dois19,24 dos estudos, verificou-se
que foi mais vantajosa a participação num plano de intervenção. O STS melhorou nos dois grupos em
estudo, embora com resultados superiores no grupo de intervenção num22 dos protocolos. O CRT
melhorou com a instituição de reabilitação pré ATA nos dois casos que o analisaram.
O FSST e o SDTW apresentaram melhores resultados na intervenção58.
8
4.2.5. Funcionalidade Global (1445 participantes de um total de 29 estudos)
A funcionalidade global foi avaliada através de medidas qualitativas e quantitativas em vinte
e nove19,22,26,27,30–32,34–36,39,40,42–48,50–53,55,56,60,61,63,64 estudos. A sua análise incluiu a utilização de
diferentes escalas de avaliação, como a WOMAC;26,31,40,42,44,46,50,61 HHS;19,22,26,32,46,48,52,53,56,60,63 OHS;48
HOOS;19,30,36,43 HOOS-PS (Hip disability and Osteoarthritis Outcome Score Physical Function Shortform
Score);56 escala de UCLA (University of California, Los Angeles);30 LAPAQ (LASA Physical Activity
Questionnaire);43 IB (Índice de Barthel);34,46 ILA (Iowa Level of Assistance);45,55,64 IMF (Index of Muscle
Function); 19 HQ-12 (12-Item Hip Questionnaire);51 SF-12 (Short Form-12 Health Survey)31,64 e SF-36
(Short-Form-36 Health Survey)26,32,35,39,42,45,46 e medidas de autorrelato (autoeficácia, queixas
específicas do paciente, eficácia no trabalho, desempenho muscular funcional e qualidade de
vida)19,27,43,45,47. Subescalas de avaliação da função mental não foram consideradas nesta análise.
Catorze22,27,31,32,34,35,39,42,44,45,50,51,60,63 estudos demonstraram diferenças significativas entre
grupos, com benefício superior no grupo de intervenção, dois dos quais apresentaram resultados
superiores somente numa das escalas em estudo: HHS32 e medidas de autorrelato45 (nomeadamente
perceção de eficácia no trabalho).
Em quinze estudos19,26,30,36,40,43,47,48,52,53,55,56,61,64 as diferenças não foram estatisticamente
significativas entre os grupos de intervenção vs. grupo controlo, considerando a avaliação da
funcionalidade global.
4.3. Análise de guidelines e recomendações clínicas
Do resultado da pesquisa alargada ao motor de busca Google Search, verificou-se que são
insuficientes os protocolos de reabilitação adequadamente refereciados nesta área médica.
Ainda assim alguns foram identificados. Apenas um65 contemplou uma abordagem de
tratamento específica na ATA. Das restantes guidelines selecionadas, duas66,67 abrangiam a
reabilitação conjunta na ATA e na ATJ, uma68 incluiu o tratamento em pacientes submetidos a
colocação de prótese da anca por técnica cirúrgica não especificada e outra69 cuja abordagem
abarcou, simultaneamente, o tratamento na ATA, hemiartroplastia e artroplastia de resurfacing.
Um70 dos protocolos considerados, embora não correspondendo estritamente a normas de
orientação para a ATA, foi também incluído no estudo por descrever dados relativos ao tratamento
de fisioterapia após ATA.
Recomendações relativas a indicações para a recuperação do domínio da dor, AM, força
muscular, marcha e função foram descritas em cinco66–70 protocolos e encontram-se enumeradas na
9
tabela II.
5. DISCUSSÃO Perante a escassez de normas orientadoras específicas na ATA, baseadas na evidência, foi
objetivo do nosso trabalho analisar os diferentes protocolos de intervenção na reabilitação da ATA e a
sua eficácia terapêutica, bem como eventuais guidelines que considerassem esta intervenção,
permitindo sistematizar e, eventualmente, proporcionar uma base científica para a execução de
normas clínicas.
Foram considerados quarenta e três ensaios clínicos randomizados e seis guidelines que
incluíram a reabilitação na ATA.
Devido à grande variabilidade de fatores analisados e a uma não uniformização nos critérios
utilizados para análise dos mesmos, (nomeadamente a dimensão amostral, a indicação que motivou a
realização da cirurgia e respetivas vias de acesso cirúrgico, o esclarecimento das diferentes
terapêuticas instituídas, os timings de atuação, o tempo dedicado à terapêutica e a sua frequência, os
intervalos de follow-up e as escalas de classificação de avaliação das variáveis), a análise transversal
dos dados não é possível sem risco de viés na interpretação dos estudos contemplados.
Da análise dos resultados não é possível estabelecer com segurança a modalidade terapêutica
mais eficaz na melhoria das variáveis consideradas (dor, AM, força muscular, marcha e funcionalidade
global), nem definir com precisão a sua eficácia na reabilitação, embora se tenha observado uma
tendência para a melhoria nos grupos de intervenção. Dos 43 ensaios contemplados, 14
apresentaram melhoria da dor, 6 na AM, 11 na força muscular, 14 na funcionalidade global. No
âmbito da marcha também se verificou uma melhoria geral nos estudos contemplados.
No que diz respeito à escolha das modalidades terapêuticas, as opções foram muito variáveis.
Mereceu destaque, a adoção de planos educacionais (13 em 43 estudos); treinos funcionais (41 em
43 estudos); adaptabilidade a ajudas técnicas, nomeadamente, DAM (7 em 43 estudos) e exercícios
aquáticos (10 em 43 estudos).
No âmbito do treino funcional, a escolha preferencial de parâmetros a tratar e a melhorar
foram a AM; marcha e força muscular, num total de 37 em 43 estudos.
O potencial terapêutico observado no(s) grupos de intervenção demonstrou que os exercícios
com maior potencial abrangiam exercícios realizados em ambiente aquático e terrestre, incluindo
exercícios de reforço muscular isométrico e excêntrico; fortalecimento muscular dos músculos
glúteos, flexores, extensores e abdutores; prensa; bicicleta estática; agachamentos; elevações
10
pélvicas; extensão da anca em postura de marcha; abdução da anca com resistência; extensão e
flexão parcial do joelho; elevações alternadas dos membros superiores e elevação unilateral do
calcanhar.
O efeito terapêutico nos domínios da perceção da funcionalidade global, AM e marcha, não
pareceram tão consensuais. Estes resultados podem advir do facto de as terapêuticas instituídas não
serem de facto eficazes, se não estarem otimizadas (em termos de frequência, intensidade) ou pelo
facto da análise dos resultados ser enviesada considerando que em múltiplos casos de comparação
com o grupo controlo, este último não corresponder à ausência absoluta de tratamento.
Em relação à dor, cujo impacto na qualidade de vida é significativo,71 não parece ter-se
verificado mudanças expressivas. Isto pode dever-se ao facto dos protocolos escolhidos se
centralizarem essencialmente na reabilitação motora e funcional, com treinos pouco efetivos na
recuperação/melhoria da dor.
As guidelines surgem no contexto da sua utilidade e aplicabilidade mundial, na adequação e
uniformização da conduta médica, fundamentadas em estudos clínicos, por forma a promover os
melhores cuidados ao paciente. Não sendo a principal fonte de informação nesta revisão, a sua
análise não foi ignorada.
As guidelines clínicas da OARSI preconizam que, para a inclusão válida de estudos em
protocolos, estes devem incluir a descrição completa das intervenções com a inclusão de programas
de tratamento, algoritmos de seleção ou de progressão do mesmo e dados relativos a intensidade,
frequência, duração e estratégias de adesão.72
Baseados nestas recomendações, o resultado final da pesquisa de normas de orientação
clínica fundamentadas na reabilitação da ATA e com recomendações relativas à recuperação da dor,
AM, força muscular, marcha e função, revelou que as existentes se baseiam em avaliações pouco
uniformizadas e que nem sempre se revestem de robustez científica.
A escassez de normas de orientação específicas na reabilitação na ATA, ilustrada pela
existência de apenas um protocolo específico na reabilitação da ATA, protocolos que envolvam
simultaneamente a reabilitação na artroplastia da anca e joelho e protocolos com centralização em
apenas uma das indicações cirúrgicas (osteoartrose), reforçam esta noção.
No contexto crescente da necessidade de realização de ATA, associada a alterações
epidemiológicas importantes, como envelhecimento e a obesidade, a existência destas lacunas deve
ser colmatada o quanto antes.
Refletindo o panorama internacional, em Portugal, também as normas de orientação clínica,
11
atualmente publicadas referentes à ATA, carecem de informação, nomeadamente em relação à
reabilitação.12
Seria pertinente, a realização de um consenso entre peritos (nacional ou mesmo
internacional), que estabelecesse os critérios a avaliar na ATA e as metodologias de avaliação dos
mesmos, por forma a uniformizar a realização de futuros ensaios clínicos, permitindo inclusivamente
estudos multicêntricos e a realização de meta-análises. Desta forma, abrir-se-iam caminhos para a
realização de protocolos de intervenção específicos e otimizados à situação clínica, maximizando o
potencial funcional e de qualidade de vida destes pacientes.
6. CONCLUSÃO
Apesar das limitações na avaliação da eficácia terapêutica das intervenções incluídas nesta
revisão, os resultados sugeriram que:
A participação em programas de reabilitação foi eficaz nos pacientes que dela beneficiaram,
nomeadamente, nos domínios da recuperação da AM, marcha e, no restabelecimento da força
muscular;
As intervenções mais comummente selecionadas consistiram em treino funcional, planos
educacionais, adequabilidade a DAM e exercícios aquáticos;
A eficácia das técnicas de reabilitação na recuperação da dor carece de melhoria, sobretudo
porque esta tem grande impacto na qualidade de vida.
A apreciação das guidelines compreendidas nesta revisão revelou que:
É reduzido o número de protocolos de reabilitação adequadamente refereciados nesta área
médica, assim como as recomendações específicas para os diferentes domínios de reabilitação do
paciente pelo que, se torna necessária uma elaboração de consensos entre peritos, com uma
adequada padronização dos estudos futuros, para otimização da reabilitação na ATA permitindo o
estabelecimento de guidelines bem fundamentadas e respetivas recomendações delas emanadas.
12
APÊNDICE
Figura 1. Fluxograma dos artigos incluídos na revisão sistemática
49 artigos
(43 ensaios clínicos
randomizados e 6
guidelines)
879 artigos identificados
no PubMed e Cochrane
Library
850 artigos
627artigos
43 artigos
29 artigos excluídos como duplicados.
223 artigos excluídos por não cumprirem critérios de:
• Publicação entre 2000-2019; • Artigo em língua Inglesa; • Ensaio clínico randomizado ou guideline.
579 artigos excluídos de acordo com os critérios de
exclusão:
• Artroplastia parcial, de resurfacing ou de revisão da articulação da anca;
• Análise simultânea da reabilitação na ATA e na ATJ;
• Ausência de grupo controlo; • Ausência de referência a resultados.
5 guidelines excluídas por não considerarem
programas de reabilitação na ATA.
43 artigos cumpriram os critérios de inclusão:
• Estudo com pacientes submetidos exclusivamente à ATA;
• Estudos comparativos com um ou mais grupos de intervenção;
• Reabilitação prévia ou posterior à cirurgia; • Intervenção realizada em contexto de
internamento, ambulatório ou domicílio; • Reabilitação com terapêutica educacional,
estimulação elétrica, prática desportiva térrea ou aquática.
6 guidelines incluídas através da pesquisa no Google
Search.
13
Tabela I. Características dos ensaios clínicos randomizados incluídos no estudo
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
Winther
et al.
(2018)56
N=60
G1: 31
G2: 29
PC: ATA na OA –
Abordagem
Posterior.
G1: Reabilitação em Clínica de
Fisioterapia: (((Aquecimento) +
((Treino de força- prensa e
exercícios de abdução do MI),
(4x5 repetições)), (3
sessões/sem., 3-6 meses))).
G2: (((Aquecimento - bicicleta,
step e tapete) + ((Reabilitação em
Clínica de Fisioterapia baseada
nos exercícios do protocolo
hospitalar convencional, com
carga externa reduzida/ausente),
(10-20 repetições)) + (Exercícios
aquáticos, de equilíbrio, de AM,
massagem e sling exercises))), (3-
6 meses).
1.Força muscular
2.Dor (EN)
3.6MWT
4.HHS
5.HOOS-PS
G1 apresentou melhor resultado
na força muscular em treino de
prensa e na abdução aos 3 e 6
meses após ATA, (p ≤0,002).
Sem diferenças estatisticamente
significativas entre os grupos na
avaliação da dor, (p >0,1);
6MWT, (p > 0,7); HHS, (p >0,3) e
HOOS-PS, (p > 0,6).
Raaben
et al.
(2018)57
N= 24
G1: 12
G2: 12
PC: ATA na OA
primária –
Abordagem Lateral
e Posterolateral.
G1: Reabilitação em Ambulatório:
(Apoio de carga com biofeedback
visual em tempo real), (30 min, 12
sem.).
G2: Reabilitação em Ambulatório:
(Apoio de carga sem biofeedback
visual), (30 min, 12 sem.).
1.Carga média
máxima
2.Média de carga
3.Cadência média
4.EVA
5.Distância da marcha
6.Duração da
utilização de DAM
7.Medicação
G1 com aumento significativo na
carga média máxima, (p
=0,047). A distância da marcha
foi superior no G1. Duração da
utilização dos DAM inferior no
G1.
Sem diferenças significativas
nos restantes parâmetros.
Marusic
et al.
(2018)58
N= 21
G1: 10
G2: 11
PC: ATA na OA –
Abordagem Lateral
Direta.
G1: (Reabilitação convencional
com fisioterapeuta) +
((Intervenção com observação de
ação e imagem motora das
tarefas de locomoção), (30 min/D;
4-6 D, Hospital + 3 sessões/sem, 2
meses, Domicílio)).
G2: (Visualização de vídeo-
documentários na televisão), (4-6
D, Hospital + 2 meses, Domicílio).
1.TUG
2.FSST
3.SDTW
4.SDTPC
G1 demonstrou melhores
resultados no TUG, (p =0,442);
no FSST, (p =0,004); na
velocidade de marcha em tarefa
dupla, (p = 0,022); na
variabilidade do tempo de
equilíbrio, (p =0,005) e no
desempenho cognitivo em
tarefa dupla, (p <0,05).
Sem diferenças significativas no
SDTPC, (p ≥ 0,229).
14
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
Matheis
et al.
(2017)28
N= 39
G1: 20
G2: 19
PC: ATA na OA –
Abordagem
Anterolateral
Modificada.
G1: (((Reabilitação Hospitalar) +
(Reabilitação intensiva - Exercícios
em elítica, tapete e superfície
instável; exercícios com pesos e
treino de extensão e abdução da
anca)), (40 min/dia; 6 D, Hospital
+ período posterior, Clínica de
Fisioterapia))).
G2: (((Reabilitação Hospitalar) +
(Drenagem linfática)), (40
min/dia; 6 D, Hospital + período
posterior, Clínica de
Fisioterapia))).
Reabilitação Hospitalar:
(Exercícios de mobilização ativa e
passiva- Flexão, abdução e
extensão do MI afetado em
posição de supina, pronação,
lateral e ereta) + (Treino de
ortostatismo e marcha com
muletas) + (Educação-
movimentos a evitar, exercícios a
realizar individualmente).
1.AM
2.6MWT
3.Circunferência da
Coxa
4. Força dos músculos
glúteos
5. Teste de suporte no
MI
6.Questionário (dor,
segurança nas AVDs e
saúde geral).
No G1 observou-se uma redução
da flexão da anca menos
pronunciada. Restantes
parâmetros de AM com
melhores resultados no G1:
extensão, (p <0,001) e abdução,
(p <0,001) assim como o 6MWT,
(p <0,001).
Sem diferenças entre os grupos
relativas à circunferência da
coxa, força dos músculos
glúteos, suporte no MI e
resultados do questionário.
Pethe-Kania
et al.
(2017)59
N= 60
G1: 30
G2: 30
PC: ATA em
pacientes com
alterações
degenerativas da
anca.
G1: (((Reabilitação convencional) +
((Treino de simetria de carga do
MI com posturografia associada a
biofeedback), (2 sessões/D)), (21
D))).
G2: (Reabilitação convencional),
(21 D).
Reabilitação convencional:
Cinesiterapia, (6 sessões/sem.) +
(Fisioterapia), (5 sessões/sem.).
1. Simetria de carga
no MI
Na posturografia estática com
olhos abertos verificou-se
melhoria significativa na
simetria de carga do MI nos dois
grupos embora esta melhoria
tenha sido significativamente
superior G1.
Na posturografia estática com
olhos fechados, também se
observou melhoria da simetria.
Okoro
et al.
(2016)29
N=49
G1:25
G2: 24
G1: Reabilitação em Domicílio:
((Treino de resistência progressiva
com supervisão-sentar e levantar,
exercícios em step, marcha,
1.MVCOLQ
2.STS
3.TUG
4.SCP
Melhorias em ambos os grupos
na avaliação de MVCOLQ, (p
=0,001); STS, (p =0,0001); TUG,
(p =0,0001); SCP, (p =0,0001);
15
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
PC: ATA na OA –
Abordagem
Posterior.
extensão do joelho contra
resistência e transferência lateral
de peso), (5 sessões/sem., 6
sem.)).
G2: Reabilitação convencional em
Domicílio: (Exercícios com carga,
treino postural, funcional, no leito
e ponte), (6 sem.).
5.6MWT
6.LM do MI submetido
a cirurgia (DEXA)
6MWT, (p =0,0001) e LM, (p
=0.326).
Maior número de treinos
associados ao aumento do ST e
do MVCOLQ.
Sem diferenças significativas
entre os grupos.
Heiberg
et al.
(2016)30
N= 60
G1: 30
G2: 30
PC: ATA primária na
OA – Abordagem
Posterior.
A: ((Reabilitação Hospitalar), (30
min/D)) + ((Marcha) + (Exercícios
no Domicílio), (Entre a alta
hospitalar e os 3 meses)).
G1: (Reabilitação em Domicílio-
sentar e levantar, subir escadas,
caminhar, contorno de
obstáculos, lunges,
agachamentos, equilíbrio, subida
e descida de step e treino com
bola em movimento), (2
sessões/sem, 2 meses).
G2: (Manutenção da atividade
geral e física), (2 meses).
1.6MWT
2.SCP
3.AM
4.HOOS
5.UCLA
Resultados semelhantes na
avaliação da função física, dor e
autoeficácia, (p >0,05).
Melhoria da AM, (p <0,001) e do
SCP, (p =0,004) em todos os
pacientes em estudo.
UCLA sem diferenças
estatisticamente significativas
entre os grupos no final do
follow-up.
Busato
et al.
(2016)60
N= 46
G1: 23
G2: 23
PC: ATA primária
em indivíduos com
dor ≤ 2 anos –
Abordagem
Posterolateral.
G1: Reabilitação convencional em
Centro de Reabilitação (2 sessões
substituídas por treino de
manipulação fascial)
G2: Reabilitação convencional em
Centro de Reabilitação.
Reabilitação convencional:
(Exercícios ativos), (2 sessões/D,
10 D).
1.HHS
2.TUG
3.AM
4.VNS
Diferenças estatisticamente
significativas entre G1 e G2 na
avaliação de: HHS, (p = 0,002);
abdução, (p = 0,005); flexão, (p
= 0,04); extensão, (p = 0,001) e
rotação bilateral externa com
calcanhares unidos, (p = 0,04).
Melhoria do TUG nos 2 grupos,
sem diferenças significativas
entre eles.
A avaliação da VNS no G1 e no
G2 foi, respetivamente, de 1,1 (±
2,1) e 0,5 (± 1,1).
16
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
Monaghan
et al.
(2016)31
N=63
G1: 32
G2: 31
PC: ATA primária na
OA.
G1: Reabilitação em Clínica de
Fisioterapia: (Exercícios funcionais
associados a supervisão), (2
sessões/sem.,6 sem.).
G2: Reabilitação em Clínica de
Fisioterapia: (Educação relativa a
exercícios de- pé e tornozelo,
estimulação estática do
quadríceps e contrações estáticas
do glúteo, abdução e flexão ativa
da anca e marcha diária com
aumento progressivo da distância
associada ao uso de muletas), (6
sem.).
1.WOMAC
2.6MWT
3.SF-12
4.EVA
5.Força do músculo
abdutor
A função- WOMAC foi
significativamente superior no
G1, (p <0,01). Sem diferenças
significativas na dor e rigidez.
O 6MWT foi significativamente
superior no G1, (p <0,04), assim
como o componente da função
física- SF-12, (p <0,05).
Sem diferenças na avaliação
pela EVA, na força do músculo
abdutor e no componente
mental- SF-12.
Mitrovic
et al.
(2016)32
N= 70
G1: 35
G2: 35
PC: ATA primária
unilateral na OA –
Abordagem
Posterolateral.
G1: ((Exercícios para MS e tronco -
treino de postura, flexibilidade do
MS, AM e força; com ou sem
resistência) + (Treino de
respiração profunda) +
(Reabilitação convencional)), (45
min, 5 sessões/sem., 12 sem. -
distribuídas da seguinte forma - 2
sem.: Hospital, 4 sem.: Centro de
Reabilitação, 6 sem.: Domicílio.).
G2: (Reabilitação convencional), (5
sessões/sem., 12 sem. - 2 sem.:
Hospital, 4 sem.: Centro de
Reabilitação, 6 sem.: Domicílio.).
Reabilitação convencional:
(Exercícios de AM, força, função,
equilíbrio, coordenação e marcha
com peso), (30 min).
1.HHS
2.HGS
3.SF-36
O HHS melhorou em ambos os
grupos, (p =0,004), com
resultados superiores no G1, às
2 e às 12 sem., (diferença média
= 4,7 e 5,85, respetivamente).
A HGS melhorou em ambos os
grupos com resultados
superiores no G1 após 12 sem.
(diferença média para a mão
dominante = 4,16 e mão não
dominante = 2,8).
Melhoria de todos os domínios
do SF-36, (p =0,08), entre a sem.
2 e 12 nos dois grupos com a
exceção do domínio físico,
(diferença média = 6,42).
Nankaku
et al.
(2016)33
N= 28
G1: 14
G2: 14
PC: ATA primária
unilateral na OA –
G1: (Reabilitação convencional em
Hospital) + (Exercícios de rotação
externa da anca em supina e
decúbito lateral com supervisão),
(5 sessões/sem., 4 sem.).
1.Dor (Associação
Japonesa de
Ortopedia)
2.AM
3.Força do músculo
abdutor
A dor e a AM melhoraram
significativamente nos dois
grupos, (p <0,05).
Melhoria significativa da força
do músculo abdutor melhorou
17
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
Abordagem
Anterolateral.
G2: ((Reabilitação Convencional
em Hospital) + (Exercícios de
transição de suporte bilateral
para unilateral)), (4 sem.).
Reabilitação convencional:
(Exercícios dos músculos glúteos,
ponte, slide com calcanhar,
abdução da anca em supina e sem
resistência, extensão do joelho
sentado e com baixa resistência,
sustentação de peso com
elevação bilateral do calcanhar e
agachamento).
4.TUG no G1, (tamanho do efeito =
0,60), (p <0,05). Sem alterações
no G2.
Melhoria significativa do TUG
no G1 (tamanho do efeito = -
0,53), (p <0,05). Sem alterações
no G2.
Jame Bozorgi
et al.
(2015)34
N= 40
G1: 20
G2: 20
PC: ATA primária
unilateral na OA-
Abordagem
Posterolateral
G1: Reabilitação Hospitalar e em
Ambulatório: (Terapia
Ocupacional) + (Uso de ajudas
técnicas- almofada de abdução,
pinça de alcance de objetos
caídos, assento sanitário e
assento em almofada; com
supervisão), (6 sessões/sem., 6
sem.).
G2: Reabilitação Hospitalar e em
Ambulatório: ((Terapia
Ocupacional) + (Uso de
dispositivos de auxílio sem
supervisão)), (6 sessões/sem., 6
sem.).
1.EVA
2.WOMAC
3.IB
4.Força muscular
Melhoria de todas as variáveis
em estudo nos dois grupos, (p
<0,001). G1 com resultados
significativamente superiores.
Beaupre
et al.
(2014)61
N= 21
G1: 11
G2: 10
PC: ATA primária
unilateral -
Abordagem Lateral.
A: (Reabilitação convencional
Hospitalar), (3-4 D).
G1: ((Reabilitação em Domicílio
após alta), (4,5 meses)) +
(Reabilitação em Ambulatório -
exercícios aquáticos e terrestes
para reabilitação da força e
reeducação da marcha), (6 sem.
após ATA, 2 sessões/sem.)), (3
meses)).
1.Força
2.6MWT
3. WOMAC
4.RAND-36
G1 com valores superiores na
avaliação da força
comparativamente ao G2, após 4
meses.
Sem diferenças significativas
entre os grupos na avaliação da
marcha, (p >0,05).
Melhoria do WOMAC em ambos
os grupos. Sem diferenças
18
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
G2: (Reabilitação em Domicílio ou
na Comunidade-não
especificada), (4-6 sessões; 4,5
meses).
Reabilitação em Domicílio:
(Exercícios de AM, fortalecimento
isométrico e marcha com DAM).
significativas, (p >0,05).
RAND-36 com melhorias em
ambos os grupos. Resultados
superiores na avaliação da
função social, função física e
saúde geral, no G1, aos 12
meses.
Morishima
et al.
(2014)35
N= 27
G1: 13
G2: 14
PC: ATA na OA e
necrose avascular
da cabeça do
fémur.
G1: Reabilitação em Domicílio:
(Marcha rápida com 70% da
capacidade aeróbica máxima), (60
min/sem, 12 sem.).
G2: (Atividade diária habitual),
(12sem.).
1. Força muscular da
coxa
2.VO2
3.VO2AT
4. Gasto energético
5. EVA
6. Satisfação na
marcha
7. SF-36
Aumento da força muscular nos
dois MIs, no G1, (p =0,003, no
membro submetido ATA e p
=0,006 no membro não afetado)
e apenas no MI submetido a
ATA, no G2, (p =0,03).
Aumento do VO2 e VO2AT em
ambos os grupos. Resultados
significativamente superiores
no G1, (p <0,05).
Gasto energético superior no G1
no período de treino, (p
=0,018).
Sem alteração na dor- EVA nos
dois grupos, (p >0,06).
Satisfação na marcha, (p
=0,047) e vitalidade- SF-36, (p
=0,005) com resultados
significativos no G1.
Mikkelsen
et al.
(2014)36
N= 73
G1: 37
G2: 36
PC: ATA primária
unilateral na OA.
G1: (((Reabilitação em domicílio
sem supervisão), (5
sessões/sem.)) + ((Reabilitação
em Ginásio público, com
supervisão - bicicleta estática e
treino de resistência progressiva
unilateral do MI submetido a
ATA), (2 sessões/sem.)), (10
sem.))).
1. Extensão do MI
2. 20MWT
3. STS
4. SCP
5. Força muscular
isométrica
6. HOOS
Aumento significativo da
extensão do MI no G1 e G2. Sem
diferenças significativas entre os
grupos, (p =0,79).
Efeitos significativos no G1 na
avaliação da velocidade máxima
da marcha, (p = 0,008) e no SCP,
(p =0,04).
19
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
G2: Reabilitação em Domicílio:
(Exercícios de descarga nas
direções de movimento, sem
supervisão- flexão, extensão e
abdução da anca, flexão e
extensão do joelho), (2 sessões/D,
7 sessões/sem., 10 sem.).
Ausência de diferenças
significativas entre os grupos
nas subescalas de sintomas,
dor, AVDs, função e AQoL do
HOOS.
Melhoria de todos os
parâmetros avaliados até ao
final do follow-up, exceto a
força de flexão da anca no G2.
Tsukagoshi
et al.
(2014)22
N= 65
G1: 22
G2: 22
G3: 21
PC: ATA primária
unilateral ou
bilateral na OA –
Abordagem
Anterolateral.
G1: Reabilitação em Domicílio:
(((Semi-agachamento) + (Sentar e
levantar) + (Elevação pélvica do
lado contralateral à cirurgia) +
(Extensão da anca em postura de
marcha), (3x15 repetições)) +
((Rotação pélvica) + (Marcha
tandem), (3x2min)), (8 sem.))).
G2: Atividade diária habitual.
G3: Reabilitação em Domicílio:
((Exercícios de elevação do MI
retilinizado em supina) + (Ponte) +
(Abdução da anca em decúbito
lateral) + (Extensão da anca em
pronação) + (Extensão e flexão do
joelho com banda elástica, em
posição sentada), (3x15
repetições, 8 sem.)).
1.STS
2.TUG
3.SCP
4.MWS
5.3MWT
6.HHS
7. Força muscular
isométrica
8. Espessura muscular
G1 e G3 com melhorias
significativas no STS, TUG, SCP e
MWS. relativamente ao G2. G1
com resultados
significativamente superiores
no STS, (p <0,05) e 3MWT, (p
<0,05) relativamente a G3.
Melhoria significativa do HHS no
G1 em comparação com G2, (p
=0,02).
Melhorias de todas as medidas
de força isométrica em G1 e G3,
comparativamente ao G2.
Espessura muscular com
melhoria significativa no G1,
comparativamente ao G2, (p
=0,01).
Grange
et al.
(2014)37
N= 14
G1: 7
G2: 7
PC: ATA na OA.
G1: Reabilitação em Centro de
Reabilitação: (((Reabilitação
convencional) + ((Reabilitação
com ergómetro de MS), (3
sessões/sem.)), (6sem.))).
G2: Reabilitação em Centro de
Reabilitação: (Reabilitação
convencional), (6 sem.).
1.VO2
2.PE
3.PP
4.FC
5.6MWT
VO2 superior no G1 no final do
follow-up.
G1 com diminuição significativa
no PE, (p <0,05) e na FC de base,
(p <0,05) após treino no
ergómetro. Sem diferenças
significativas no PP neste grupo
no final do treino.
20
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
Reabilitação Convencional:
(Treino de força muscular,
exercícios aquáticos e de AM).
A distância percorrida, (p
<0,01); o comprimento do
passo, (p <0,05); a velocidade
da marcha, (p <0,01) e a
cadência, (p <0,05) foram
significativamente superiores
no G1.
Zeng
et al.
(2014)38
N=59
G1: 32
G2: 27
PC: ATA primária na
OA em estadio
terminal, na artrite
pós-traumática ou
na osteonecrose.
Reabilitação pré-cirúrgica:
G1: (Educação) + ((Reabilitação
em Domicílio com supervisão de
um familiar- Tai-Chi, (45-60 min.);
fortalecimento muscular da anca,
(20-30 min.) e treino de AM), (5
sessões/sem., 12 sem.)).
G2: (Educação).
Educação: (Cirurgia, anestesia,
precauções posturais e de
luxação, DAM e reabilitação).
Reabilitação pós-cirúrgica:
A: (Reabilitação em Domicílio:
Exercícios no leito- sets de anca,
joelho e tornozelo, slide com
calcanhar, abdução e rotação
interna da anca em supina, (6
sem.); exercícios com carga-
sentar e levantar, flexão parcial
do joelho, marcha, elevação
alternada do calcanhar unilateral,
equilíbrio num MI, elevação
lateral e posterior do MI em
ortostatismo e elevação e descida
pélvica unilateral em
ortostatismo, (após a 6ª sem.);
marcha com peso parcial em
muleta ou outro DAM, (após a 2ª
sem.) e suporte total de peso com
assistência, (6 sem. pós-ATA)).
1. 6MWT
2.AM
3.WOMAC
4.TUG
Aumento significativo do 6MWT
e da AM em abdução no G1, (p
<0,05).
Melhoria significativa do TUG
no G1, (p <0,01).
Melhoria significativa na
avaliação da função- WOMAC
no G1, (p <0,01).
Sem alterações significativas na
dor- WOMAC e na AM em
flexão no G1, (p >0,05).
21
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
Umpierres
et al.
(2014)39
N= 106
G1: 54
G2: 52
PC: ATA na OA.
G1: (Reabilitação Hospitalar:
((Instruções verbais) +
(Demonstração e prática de
exercícios de fisioterapia com
fisioterapeuta)) + Reabilitação no
Domicílio após alta: (Exercícios de
fisioterapia)), (1 sessão/D).
G2: (Reabilitação Hospitalar:
((Instruções verbais) +
(Demonstração e prática de
exercícios de fisioterapia sem
fisioterapeuta)) + Reabilitação no
Domicílio após alta: (Exercícios de
fisioterapia)), (1 sessão/D).
Exercícios de Fisioterapia:
Cinesiterapia no leito; sentar no
bordo da cama; treino de
levantamento, de marcha e de
força.
1. Critérios de Kendall
2. AM
3. Pontuação de Merle
d'Aubigné e Postel
4.SF-36
Melhoria da capacidade
funcional-SF-36, (p >0,99);
qualidade de vida-SF-36, (p
=0,086); mobilidade, (p =0,01);
força muscular, (p <0,05,
exceto, na flexão e extensão do
joelho); AM, (p <0,05 na
abdução e extensão); e dor, (p
=0,02) no G1 comparativamente
ao G2, no final do follow-up.
Melhoria na pontuação Merle
d'Aubigné e Postel em ambos os
grupos, com valores superiores
no G1.
Mikkelsen
et al.
(2012)40
N= 44
G1: 23
G2: 21
PC: ATA na OA –
Abordagem
Posterior
G1: Reabilitação em Domicílio:
((Exercícios com resistência e
progressão -Thera-band e
exercícios em step) + (Bicicleta
estática) + (Marcha)), (2 sessões
/D, 12 sem.)).
G2: Reabilitação em Domicílio
semelhante ao G1: ((Exercícios
sem resistência e progressão) +
(Bicicleta estática) + (Marcha)), (2
sessões /D, 12 sem.)).
1. PAS
2.WOMAC
2.EQ-5D
3. EQ-5D VAS
Melhoria significativa da PAS
em ambos os grupos: força de
abdução isométrica, (p <0,01);
equilíbrio em MI e velocidade
máxima da marcha, (G1: p =0,02,
G2: p <0,001).
Melhoria significativa da função,
dor e força - WOMAC, 4 sem.
após ATA, (p <0,001). Sem
diferenças entre os grupos.
EQ-5D (p <0,001) e EQ-5S VAS,
(p <0,05) com melhorias
significativas nos dois grupos,
sem diferenças entre ambos.
Heiberg
et al.
(2012)19
N=68
G1: 35
G2: 33
G1: (((Reabilitação Hospitalar),
(30min/D)) + ((Treino da função
neuromuscular com supervisão -
aquecimento, sentar e levantar,
1.6MWT
2.SCP
3.Teste da figura de 8
4.IMF
5 meses: G1 com resultados
significativamente superiores
relativamente ao G2 nas
seguintes avaliações: 6MWT, (p
22
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
PC: ATA primária na
OA- Abordagem
posterolateral
lunges, equilíbrio em MI e em
almofada, subida de escadas,
obstáculos, treino com bola,
marcha e alongamento)), (2
sessões/sem.)), (2 meses))).
G2: (Exercícios da Reabilitação
Hospitalar sem supervisão), (30
min/D, 2 meses).
Reabilitação Hospitalar: ((Auto-
cuidado) + (Mobilização articular
e treino de força muscular no
leito ou em cadeira) + (Re-
aprendizagem de marcha com
DAM)).
5.HHS
6.AM
7.Auto-eficácia
8.HOOS
<0,001); SCP, (p =0,01); teste da
figura de 8, (p =0,02); IMF, (p
=0,001); AM na extensão ativa
da anca, (p=0,02); HHS, (p=0,05)
e autoeficácia, (p = 0,04).
12 meses: G1 com melhorias
mantidas superiores na
avaliação do 6MWT, (p <0,001)
e do SCP, (p =0,05).
Menor número de quedas no G1
relativamente ao G2, (n =9 vs.
15, p <0,05).
Melhoria do HOOS em todas as
avaliações.
Oosting
et al.
(2012)41
N= 30
G1: 15
G2: 15
PC: ATA na OA.
G1: (((Educação pré-ATA) +
(Reabilitação pré-ATA: ((Em
domicílio com supervisão-
marcha, subida de escadas, sentar
e levantar de uma cadeira), (2
sessões/sem.)) + ((Treino
adicional individual/auxiliado), (4
sessões/sem.)), (3-6 sem.))).
G2: (Educação pré-ATA), (1
sessão).
Educação: (Cirurgia, marcha com
muletas e plano de exercícios pós-
ATA).
1. PSC
2. CRT
3. TUG
4.6MWT
5.HOOS
6. Intensidade do
exercício – Escala de
Borg
Eficácia Pré-Operatória:
G1 com melhoria significativa no
PSC e no CRT.
G2 com piores resultados na
avaliação da dor e TUG com
deterioração tendencial.
6MWT com melhorias
significativas no G1
relativamente ao G2, (p <0,05).
Score médio da escala de Borg
durante o treino de 14.
Eficácia Pós-Operatória:
Ambos os grupos com melhorias
na avaliação da dor, no PSC e no
HOOS.
Melhoria significativa do CRT no
G1, (p <0,05); embora com
resultados semelhantes entre os
grupos no final do follow-up.
Bitterli
et al.
N=80
G1: 41
G2: 39
Reabilitação pré-cirúrgica:
G1: ((Educação), (1 sessão) +
(Reabilitação sensório-motora em
1.WOMAC
2.SF-36
3.Equilíbrio -Função
Melhoria não significativa na
avaliação da qualidade de vida-
SF-36 e da função física- SF-36,
23
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
(2011)42
PC: ATA primária
unilateral na OA ou
na
necrose avascular
da cabeça do
fémur- Abordagem
Lateral.
Domicílio- contração muscular
dos músculos da coxa e nádega,
movimentos do MI afetado,
flexão e extensão dos MIs em
supina, ponte, agachamento e
exercícios sob equilíbrio no MI
submetido a ATA), (2 sessões/D,
2-6 sem.)).
G2: (Educação).
Educação: (Cirurgia, risco de
luxação e instruções sobre o
levante e marcha com muletas).
Reabilitação pós-cirúrgica:
A: (Reabilitação Hospitalar) +
(Reabilitação em Ambulatório ou
em Clínica de Fisioterapia após a
alta).
Duração da intervenção: 2-6 sem.
sensório-motora
(p =0,47) no G1, previamente à
cirurgia.
Incapacidade-WOMAC, com
melhoria não significativa no G1
pré-ATA. Resultados superiores
aos 4 meses comparativamente
ao G2.
G1 com resultados superiores no
equilíbrio relativamente ao G2,
previamente à ATA, (p <0,05).
Resultados semelhantes após
ATA, sem diferenças
significativas.
Hoogeboom
et al.
(2010)43
N= 21
G1: 10
G2: 11
PC: ATA primária na
OA em estadio
terminal.
Reabilitação pré-cirúrgica:
G1: (((Educação), (1sessão)) +
((Treino com supervisão em
departamento de fisioterapia-
aquecimento, marcha, prensa e
bicicleta ergométrica), (2
sessões/sem, 3-6 sem.)) + (Treino
em pedómetro) +(Exercício em
domicílio))).
G2: (Educação), (1 sessão).
Educação: (Cirurgia, anestesia,
técnicas de mobilização precoce,
precauções e DAM).
Reabilitação pós-cirúrgica:
A: Reabilitação Hospitalar:
(((Exercícios no leito) + (Levante
1. HOOS
2. LAPAQ
3.PSC
4.EVA
5.CRT
6.PWC-170
7.6MWT
8.TUG
9.HGS
10.LOS
Melhorias no CRT (p =0,084) e
no TUG (p =0,073), no G1, antes
da cirurgia.
Sem diferenças significativas
nos restantes parâmetros entre
os grupos após ATA.
24
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
do leito com auxílio) + (Marcha
com DAM) + (Subida de escadas)),
(5-7D))).
Giaquinto
et al.
(2009)44
N= 70
G1: 31
G2: 33
PC: ATA primária na
OA.
G1: ((Exercícios de movimento
articular passivo em centro de
reabilitação), (20 min) +
(Hidroterapia em piscina), (40
min)), (6 sessões/sem., 3 sem.)).
G2: (Reabilitação em Ginásio
Convencional), (20 min) +
(Massagem neutra na cicatriz),
(20 min).
6 sessões/sem., 3 sem.
1.WOMAC
Melhoria de todos os
parâmetros em ambos os
grupos.
Melhores resultados relativos à
dor, (p <0,01); função, (p <0,01)
e rigidez, (p =0,01) no G1.
Husby
et al.
(2009)45
N= 24
G1: 12
G2: 12
PC: ATA na OA-
Abordagem Lateral
Direta.
G1: Reabilitação em Centro de
Reabilitação: (((Reabilitação
convencional) + (Treino de força
máxima no MI submetido a ATA-
bicicleta estática, prensa,
exercícios de abdução com banda
elástica)), (4 sem.))).
G2: Reabilitação em Domicílio:
(Reabilitação Convencional), (3-5
sessões/sem. – 3 sessões com
supervisão e 2 sem supervisão, 4
sem.).
Reabilitação convencional:
(Individualizada com: (((Sling
exercises em abdução/adução e
flexão/extensão) + (Exercícios
com resistência leve / sem
resistência) + ((Exercícios
aquáticos após remoção da
sutura), (1h/sessão, 5
sessões/sem.)) + ((Aulas
educacionais), (2 sessões/sem., 4
sem.))).
1.1RM
2.RFD
3.Eficácia no trabalho
4.Padrão de Marcha
5.Consumo máximo
de O2.
6.SF-36
Aumento superior do 1RM na
prensa, bilateralmente, (p
<0,002) e no MI submetido a
cirurgia, (p <0,002); assim como
do 1RM relativo à força de
abdução, (p <0,002); do RFD e
da eficácia no trabalho no G1
comparativamente ao G2.
Sem diferenças significativas no
padrão de marcha e no
consumo máximo de O2.
Ausência de diferenças
significativas no componente da
função física e mental do SF-36
no final do follow-up.
Stockton N= 57
G1: 30
G1: (((Reabilitação Hospitalar), (1
sessão/D)) + ((Transferências e
1.LOS
2.ILA
Objetivos funcionais atingidos
mais precocemente no G3 do
25
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
et al.
(2009)23
G2: 27
G3: 21
PC: ATA primária na
OA.
mobilização no leito), (4
sessões/D)), (6 D))).
G2: (Reabilitação Hospitalar), (1
sessão/dia, 6 D).
G3: (((Reabilitação semelhante à
hospitalar), (1 sessão/D)) +
((Hidroterapia), (1 sessão/D, 2 D)),
(6 D))).
Reabilitação Hospitalar:
(Exercícios em posição de supina -
dorsiflexão do tornozelo, flexão
plantar, contração estática do
quadríceps; do quadríceps interno
e glútea, flexão da anca e joelho e
abdução da anca) + (Exercícios em
ortostatismo- elevação dos dedos
do pé, ¼ de agachamento, flexão
da anca e abdução e extensão do
MI submetido a cirurgia) +
(Reeducação da marcha) +
(Marcha com DAM) + (Educação
do Paciente).
que o G1.
ILA com diferenças
estatisticamente significativas
entre os grupos em D3, (p
=0,041).
Sem diferenças estatisticamente
significativas entre os grupos no
ILA, (p=0,129) e no LOS, (p =
0.851) em D6.
Smith
et al.
(2009)62
N=59
G1: 30
G2: 29
PC: ATA unilateral
primária.
G1: Reabilitação Hospitalar:
(((Reeducação da marcha), (1
sessão/D)) + ((Exercícios no leito -
flexão ativa da anca, dorsiflexão e
flexão plantar ativa do tornozelo e
exercícios estáticos para os
músculos quadríceps e glúteos
bilateralmente em posição de
supina), (5 sessões/D)), (6 sem.))).
G2: (Re-educação da marcha sem
exercícios no leito), (6 sem.).
Re-educação da marcha: (Sentar
no bordo da cama) + (Equilíbrio
em pé) + (Marcha com DAM e
1.ILA
2.SF-12
Ausência de diferenças
estatisticamente significativas
entre os grupos no ILA, (p
=2093) e no SF-12, (p =0,4282)
no final do follow-up.
26
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
progressão degrau a degrau).
Ferrara
et al.
(2008)46
N=23
G1: 11
G2: 12
PC: ATA na OA em
estadio terminal –
Abordagem
Posterolateral.
G1: (Educação pré-cirúrgica) +
Reabilitação Hospitalar:
((Fisioterapia pré- ATA– treino,
individualizado/grupo de força;
flexibilidade e postural), (5
sessões/sem., 1 mês)) +
((Fisioterapia pós-ATA), (1 mês)).
G2: (Educação pré-cirúrgica) +
Reabilitação Hospitalar:
(Fisioterapia pós-ATA), (1 mês).
Fisioterapia pós-ATA: (Educação)
+ (Treino de força) + (Marcha com
DAM).
1.IB
2. SF-36
3.WOMAC
4. HHS
5. EVA
6. BMRC
7. AM
G1 com resultados
significativamente superiores ao
G2 na rotação externa da anca,
(p =0,03); força do músculo
abdutor, (p =0,004);
componente da função física do
SF-36, (p =0,048) e EVA, (p
=0,04) na avaliação pré- ATA.
G1 com maior rotação externa
da anca em cada avaliação e
valores inferiores na EVA, (p
=0,03) no final do follow-up.
Sem diferenças estatisticamente
significativas entre os grupos no
IB, SF-36, WOMAC e HHS no
final do follow-up.
Melhoria de todos os
parâmetros avaliados nos dois
grupos em cada momento
avaliação.
Galea
et al.
(2008)47
N= 23
G1: 11
G2: 12
PC: ATA primária
unilateral na OA.
A: Reabilitação inicial: (Exercícios
funcionais - marcha, escadas e
transferências), (em
internamento, 5-6 D ou em centro
de reabilitação e domicílio, 2 e 3
sem., respetivamente).
G1: Reabilitação em Centro de
Reabilitação com supervisão:
(((caminhada em oito) + (sentar e
levantar de uma cadeira) + (treino
postural) + (escadas) + (exercícios
de abdução da anca) + (marcha
lateral e marcha em ante-pé)), (2
sessões/sem., 8 sem.).
1. Dor, rigidez e
função
2. AQoL
3. SCP
5. TUG
6. 6MWT
7. Velocidade e
cadência da marcha
Dor, rigidez, função e a AQol
com melhorias significativas nos
2 grupos, (p <0.05); assim como
o SCP, o TUG e o 6MWT, (p
<0.05). Apenas o TUG diferiu
significativamente entre os
grupos, (p =0,042).
Velocidade de marcha,
cadência, e comprimento do
passo com aumentos
significativos em ambos os
grupos, (p <0.05).
27
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
G2: Reabilitação em Domicílio sem
supervisão: (Guia ilustrado com o
plano de exercícios do G1, para
realizar), (5 min/exercício, 8
sem.).
Suetta
et al.
(2008)24
N= 36
G1: 13
G2: 12
G3: 11
PC: ATA unilateral
primária na OA.
G1: (Reabilitação com treino
progressivo unilateral – exercícios
de extensão do joelho e prensa),
(3 sessões/sem., 12 sem.).
G2: (Reabilitação com estimulação
elétrica neuromuscular do
quadríceps do MI submetido a
cirurgia), (1h/D, 12 sem.).
G3: (Reabilitação convencional
sem ajuda externa - exercícios
funcionais com treino de
mobilidade e força), (1h/D, 12
sem.).
1. Força máxima do
músculo quadríceps
2. Tamanho das fibras
musculares
3. Orientação das
fibras musculares
4. Capacidade de
subida de escadas.
A força máxima do quadríceps
na extensão do joelho
aumentou no G1 a 60º e a 180º,
(p <0,05).
O tamanho das fibras
musculares aumentou no G1, (p
<0,05).
A arquitetura muscular
modificou, com aumento de
22% na orientação das fibras
musculares do vasto lateral no
G1, (p <0,05).
A capacidade de subida de
escadas aumentou no G1, (p
<0,05) e no G3, (p <0,05) no final
do follow-up.
Vukomanović
et al.
(2008)48
N= 36
G1: 18
G2: 18
PC: ATA primária na
Reabilitação pré-cirúrgica:
G1: (Educação pré-cirúrgica-
cirurgia, precauções e
reabilitação) + (Atividades
simples) + (Exercícios do
1.HHS
2.OHS
3.JOAHS
4.AM
5.EVA
A utilização de escadas, (p
≤0,002); casa de banho, (p
≤0,02) e cadeira, (p ≤0,006) foi
mais precoce no G1.
28
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
OA. programa de reabilitação após
ATA).
G2: Sem intervenção.
Reabilitação pós-cirúrgica:
A: (Reabilitação após ATA)
Reabilitação após ATA:
(Mobilização no leito) + (Treino de
saída/entrada no leito) + (Treino
de levante) + (Sentar em cadeira)
+ (Marcha) + (Utilização de
escadas com DAM e da casa de
banho).
Não houve diferenças
significativas entre os grupos na
avaliação do HHS, JOAHS, AM e
dor; na alta e no OHS; 15 meses
após ATA.
Unlu
et al.
(2007)25
N= 26
G1: 8
G2: 9
G3: 9
PC: ATA na OA.
G1: Reabilitação Hospitalar: (Com
supervisão), (2 sessões/D, 6 sem.).
G2: (Reabilitação com treino de
marcha), (6 sem.).
G3: Reabilitação em Domicílio:
(Sem supervisão), (2 sessões/D, 6
sem.).
Plano de reabilitação do G1 e G3:
(Exercícios de AM e de contração
bilateral isométrica e excêntrica).
1. Força de abdução
isométrica máxima da
anca
2. Velocidade e
cadência da marcha
G1 com resultados
significativamente superiores na
força de abdução isométrica
máxima da anca, (p =0,006).
Velocidade da marcha com
diferenças estatisticamente
significativas entre G1 e G3,
conjuntamente, e o G2, (p
=0,046). Sem diferenças
estatisticamente significativas
entre G1 e G3, (p >0,05).
Cadência da marcha
significativamente superior no
G1 e G3, (p =0,006) embora sem
diferenças significativas entre
ambos, (p >0,05).
Aiidin Pour
et al.
(2007)26
N= 94
G1: 25
G3: 23
G4: 25
G5: 21
PC: ATA unilateral
na OA.
G1: (Cuidados convencionais pré e
pós-ATA).
G3: (Reabilitação convencional
pré-ATA) + (Reabilitação
convencional pós-ATA –
transferência leito-cadeira,
marcha, sentar em cadeira).
1.LASA
2. WOMAC
3. SF-36
4. HHS
5.Score funcional dos
MIs
6.LOS
Melhoria na LASA, WOMAC, SF-
36, HHS e Score funcional dos
MIs em todos os grupos.
Resultados superiores no
domínio mental do SF-36, (p
=0,03); na LASA; na distância
percorrida no momento da alta,
29
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
G4 e G5 (ambos com diferente
comprimento da incisão
cirúrgica): (Educação pré-ATA) +
(Reabilitação acelerada) +
(Esquema de controlo da dor).
(p =0,008) e na capacidade de
andar autonomamente sem
supervisão, (p =0,009) no G4 e
G5, após ATA.
LOS inferior no G4 e G5, (p
=0,001).
Strom
et al.
(2006)49
N= 36
G1: 17
G2: 19
PC: ATA na OA –
Abordagem
Anterolateral.
G1: ((Reabilitação intensiva-
flexão, extensão e abdução da
anca, exercícios aquáticos e
bicicleta ergométrica) + (Marcha
sem restrição de carga no MI
submetido a ATA e com DAM se
necessário)), (3 meses).
G2: ((Reabilitação individual de
curta duração) + (Marcha com 15
Kg de carga no MI submetido a
ATA)), (3 meses).
1. Capacidade de
suporte de carga
2. Força Muscular
Sem diferenças significativas
entre os grupos na capacidade
de suporte de carga aos 6
meses, (p =0,5018) e aos 12
meses, (p =0,7203).
Aumento da força muscular em
ambos os grupos até aos 6
meses, (p =0,015). Sem
diferenças estatisticamente
significativas.
Maire
et al.
(2006)50
N= 14
G1: 7
G2: 7
PC: ATA na OA.
G1: Reabilitação em Centro de
Reabilitação: ((Reabilitação
convencional) + (Treino em
ergómetro de MS), (3
sessões/sem.), (6 sem.)).
G2: Reabilitação em Centro de
Reabilitação: (Reabilitação
convencional), (2h/D,6 sem.).
Reabilitação convencional:
(Exercícios de força muscular, AM
e aquáticos) + (Marcha).
1.WOMAC
2.6MWT
Melhoria do índice de WOMAC
em ambos os grupos, (p <0,05).
G1 com pontuações
significativamente inferiores
relativamente ao G2, (p <0,05),
aos 2 meses e 1 ano.
Melhoria do 6MWT em ambos
os grupos no final do follow-up.
O G1 percorreu distâncias
significativamente superiores,
relativamente ao G2, (p <0,05)
aos 2 meses e 1 ano.
Suetta
et al.
(2004)27
N= 30
G1: 11
G2: 10
G3: 9
PC: ATA na OA.
G1: Reabilitação Hospitalar:
(((Reabilitação convencional) +
(Exercícios do quadríceps do MI
submetido a ATA - bicicleta
estática, extensão do joelho com
carga e prensa), (3
sessões/sem.)), (12 sem.))).
G2: Reabilitação Hospitalar:
1.LOS
2.CSA
3. Desempenho
muscular funcional
LOS inferior no G1
comparativamente ao G3, (p
<0,05).
Aumento do CSA e da força
muscular no G1, (p <0,05).
Aumento do desempenho
muscular funcional apenas no
30
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
(((Reabilitação convencional) +
(Neuroestimulação no MI
submetido a ATA), (1h/D)), (12
sem.))).
G3: (Reabilitação convencional no
Domicílio), (1h/D, 12 sem.).
Reabilitação convencional:
(Exercícios ativos sem resistência)
+ (Alongamentos) +
(Transferências) + (Deambulação).
G1, (p <0,001) e no G2, (p <0,05).
Trudelle-
Jackson
et al.
(2004)51
N= 28
G1: 14
G2: 14
PC: ATA na OA, na
necrose avascular
da cabeça do
fémur, AR, displasia
congênita e fratura
da anca
previamente fixa –
Abordagem
Anterolateral.
G1: Reabilitação em Domicílio:
(Exercícios de descarga - sentar e
levantar, elevação unilateral do
calcanhar, flexão parcial do
joelho, equilíbrio num MI,
elevação do joelho com elevação
alternada dos MSs,
deslocamentos laterais e
posteriores, elevação pélvica
unilateral e agachamento), (3-4
sessões/sem., 8sem.).
G2: Reabilitação em Domicílio:
(Exercícios isométricos simples e
de AM ativo- exercícios para os
músculos glúteos; quadríceps;
isquiotibiais e tornozelo, slide
com calcanhar e abdução, rotação
interna e externa da anca em
posição de supina), (3-4
sessões/sem., 8sem.).
1.HQ-12
2.Medo de cair
3.Força muscular
(Bep-IIIa)
4.Estabilidade
Postural
Melhoria estatisticamente
significativa na função, (p
=0,01); força muscular (flexores,
extensores e abdutores da anca
e extensores do joelho), (p
=0,001) e estabilidade postural,
(p =0,001) no G1. Ausência de
alterações significativas no G2.
Sem alterações estatisticamente
significativas na avaliação do
medo de cair em G1, (p =0,062)
e G2, (p =0,50).
Jan
et al.
(2004)63
N= 53
G1: 26
G2: 27
PC: ATA unilateral-
Abordagem
Anterolateral.
G1: Reabilitação em Domicílio:
(Com alto índice de prática),
(diariamente,12 sem.).
G1.1: Reabilitação em Domicílio:
(Com baixo índice de prática),
(diariamente,12 sem.).
1.Força Muscular
2. Velocidade da
marcha
3. HHS
Aumento significativo da força
muscular em ambos os
membros da velocidade de
marcha e da função-HHS, no G1
comparativamente a G1.1 e G2,
(p <0,05).
31
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
G2: (Sem intervenção).
Reabilitação: (Exercícios bilaterais
de AM e isotónicos bilaterais com
carga para os músculos flexores;
extensores e abdutores,
exercícios de reforço adicional
dos abdutores; alternadamente e
marcha, (30 min/D)).
Gocen
et al.
(2004)52
N= 59
G1: 29
G2: 30
PC: ATA na OA
primária e
secundária a
displasia da anca,
necrose avascular
da cabeça do fémur
idiopática e fratura
da anca.
Reabilitação pré-cirúrgica:
G1: ((Reabilitação) + (Terapia
educacional)), (3 sessões/D, 8
sem.).
G2: (Sem intervenção).
Reabilitação pós-cirúrgica:
A: (Terapia educacional) +
(Reabilitação pós-ATA).
Reabilitação: (Elevação do MI,
alongamento dos músculos
isquiotibiais e flexores da anca e
exercícios de fortalecimento das
extremidades superiores).
Terapia Educacional: (Precauções,
DAM, técnicas posturais, de
levantamento, de transporte e de
higiene pessoal).
1.HHS
2.EVA
3. AM
Melhoria significativa do HHS no
G1, 2 meses previamente à ATA,
(p =0,001).
Realização mais precoce de
atividades como transferência,
marcha e subida de escadas no
G1.
HHS, EVA e abdução da anca
sem diferenças significativas
entre os grupos.
Hesse
et al.
(2003)53
N= 50
G1: 26
G2: 24
PC: ATA primária
unilateral na OA ou
na fratura do
fémur.
G1: Reabilitação em Ambulatório:
(((Exercício em tapete sob
suspensão) + (Mobilização
articular passiva da anca e do
joelho)), (45 min/D) +
(Reabilitação adicional), (10 D))).
G2: Reabilitação em Ambulatório:
(((Mobilização articular passiva da
anca e joelho) + (Fortalecimento
muscular- abdutor e extensor) +
1.HHS
2. Velocidade e
Simetria da Marcha
3. Força muscular
(MRC)
4.Ativação
eletromiográfica
média do músculo
abdutor
Melhoria de todos os
parâmetros avaliados em ambos
os grupos à exceção da AM do
glúteo médio que permaneceu
estável no G2.
Resultados significativamente
superiores no G1 no HHS, (p
<0,0001); menor défice na
extensão da anca, (p <0,0001) e
melhores resultados na simetria
32
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
(Reeducação da marcha no plano
e em escadas)), (45 min/D) +
(Reabilitação adicional), (10 D))).
Reabilitação adicional: ((Terapia
ocupacional, massagem, calor e
ultrassom), (30 min)) + ((Natação
em grupo), (25 min)).
na marcha, (p =0,001); abdução
da anca, (p <0,0001) e AM do
glúteo médio, (p =0,001).
Velocidade da marcha sem
diferenças nos dois grupos em
estudo.
Abandono mais precoce dos
DAM no G1.
Maire
et al.
(2003)54
N= 14
G1: 7
G2: 7
PC: ATA primária na
OA.
G1: Reabilitação em Centro de
Reabilitação: (Reabilitação
convencional associada a treino
em ergómetro de MS), (6 sem.).
G2: Reabilitação em Centro de
Reabilitação: (Reabilitação
convencional), (6 sem.).
Reabilitação convencional:
((Exercícios de fortalecimento
muscular e de AM) + (Exercícios
aquáticos) + (Marcha)), (2h/D).
1.VO2
2.6MWT
VO2 com aumento significativo
no G1, (p =0,0424). Sem
alterações no G2.
G1 com resultados superiores na
distância percorrida na marcha,
(p =0,0055) comparativamente
ao G2. Comprimento do passo,
(p =0,0184); cadência, (p
=0,0322) e o VO2 (p =0,0326)
superiores no G1.
Jesudason
e
Stiller
(2002)55
N= 38
G1: 19
G2: 19
PC: ATA primária na
OA.
G1: Reabilitação Hospitalar:
((Reabilitação convencional) +
(Reabilitação no leito em posição
de supina com supervisão- flexão
e extensão da anca e joelho,
abdução e adução da anca,
dorsiflexão do tornozelo, flexão
plantar e contração estática do
quadríceps com toalha enrolada),
(2-3 sessões/D)), (8 D).
G2: Reabilitação Hospitalar:
((Reabilitação convencional com
supervisão), (2 sessões/D, 4 D + 1
sessão/D no período seguinte de
internamento) + (Mobilização
para a realização dos cuidados de
higiene)), (8 D).
1. EVA
2. AM
3.ILA
Melhorias significativas em
todos os parâmetros em ambos
os grupos: EVA, (p =0,01); AM
na flexão e abdução da anca, (p
<0,001) e ILA, (p <0,001).
Sem diferenças significativas
entre os grupos nos restantes
parâmetros.
33
Participantes Intervenção Avaliação dos Resultados
Resultados
Reabilitação convencional:
(Sentar e equilibrar no bordo da
cama) + (Equilíbrio em pé e
marcha com DAM).
AQoL= Assessment of Quality of Life, AR= Artrite Reumatóide, AVD= Atividades de Vida Diária, BMRC= British Medical Research Council, CSA= Quadriceps muscle Cross-Sectional Area, D= Dia(s), DEXA= Dual Energy X-ray Absorptiometry, FC= Frequência Cardíaca, G1= Grupo de intervenção, G2= Grupo controlo, G1.1/G3/G4/G5= Grupo de intervenção alternativa, HGS= Hand Grip Strength, Kg= Quilograma, LASA= Linear Analogue Scale Assessment, LM= Lean Mass, LOS= Length of Stay, m= metros, MI= Membro Inferior, min= minutos, MRC= Medical Research Council, MS= Membro Superior, MSs= Membros Suoeriores, MVCOLQ= Maximal Voluntary Contraction of the Operated Leg Quadriceps, MWS= Maximal Walking Speed, N= Número de pacientes, O2= Oxigénio, OA= Osteoartrose, PAS= Physical Activity Scale, PC= Procedimento Cirúrgico, PE= Perceived Exertion, PP= Perceived Pain, PWC-170= Aerobic Bicycle Ergometer Test, RAND-36= Rand 36-Item Health Survey, SDTPC= Single and Dual Task Postural Control, sem= semana(s), VNS= Verbal Numeric Scale, VO2= Peak aerobic capacity for walking, VO2AT= Anaerobic threshold during the graded cycling exercise.
34
Tabela II. Recomendações das guidelines, relativas a indicações na dor, AM, força muscular, marcha e função
Dor AM Força Muscular Marcha Função
Westby
et al.
(2014)66
1) Recomenda-se
após ATA exercícios
de AM ativos.
1) Recomenda-se
após ATA terapêutica
com exercícios de
força.
1) Recomenda-se
após ATA:
▪ Treino de
reabilitação postural
e de equilíbrio
estático e dinâmico,
treino de subida de
escadas e de sentar e
levantar;
▪ Treino do padrão de
marcha, da descarga
apropriada no MI
submetido a ATA e
uso de DAM.
1) Recomenda-se
após ATA, treino de
técnica de vestir,
transferências na casa
de banho; na
banheira e no
automóvel.
Harris
et al.
(2012)67
1) O exercício físico
pré-ATA pode reduzir
a dor em pacientes
que aguardam a
cirurgia, mas o seu
efeito nos resultados
pós-ATA a curto prazo
é inconclusivo. (Nível
I C)
1) Recomenda-se que
a função seja
promovida
previamente à
cirurgia uma vez que
uma função
deteriorada se traduz
em resultados mais
desfavoráveis após a
ATA. (Nível III-2C).
2) O exercício físico
pré-ATA pode
melhorar a função em
pacientes que
aguardam a cirurgia,
mas o seu efeito nos
resultados pós-ATA a
curto prazo é
inconclusivo. (Nível I
C)
3) A mobilização
precoce peri-
35
Dor AM Força Muscular Marcha Função
operatória pode
melhorar a
independência
funcional após ATA.
Spierings
et al.
(2011)68
1) Fisioterapia pré-
ATA não é efetiva na
redução da dor.46,52
(Nível 2)
1) Fisioterapia após
ATA constitui um
procedimento efetivo
na recuperação da
força.27,47,50,51 (Nível 2)
2) Fisioterapia após
ATA está
recomendada com
programa de
reabilitação em
domicílio com
supervisão
baseado na força.
1) Fisioterapia após
ATA está
recomendada com
programa de
reabilitação em
domicílio com
supervisão
baseado na
mobilidade.
1) Fisioterapia pré
ATA não é efetiva na
recuperação da
função física.46,52
(Nível 2)
2) Fisioterapia após
ATA constitui um
procedimento efetivo
na recuperação da
função.27,47,50,51 (Nível
2)
3) Fisioterapia após
ATA está
recomendada com
programa de
reabilitação em
domicílio com
supervisão
baseado na função
física.
Carolyn
Beagan
et al.
(2010)69
1) Recomenda-se
após ATA:
▪ Exercícios em cadeia
fechada quando o
paciente demonstrar
bom controlo da dor.
1) Recomenda-se
após ATA:
▪ Flexão, extensão,
abdução - se indicado
e adução ativa / ativa
assistida/ passiva da
anca.
1) Recomenda-se
após ATA:
▪ Treino isométrico e
funcional do flexor da
anca, abdutores e
adutores da anca,
glúteos, quadríceps e
isquiotibiais;
▪ Exercícios em cadeia
fechada quando o
paciente demonstrar
bom controlo da
força muscular.
1) Recomenda-se
após ATA:
▪ Treino de marcha
em superfícies planas
e irregulares e treino
em escada -conforme
indicado;
▪ Treino com DAM;
▪ Atividades de
equilíbrio,
coordenação e
exercícios posturais;
1) Recomenda-se
após ATA:
▪ Iniciar (D1) treino de
mobilidade,
transferências e uso
de dispositivos de
assistência- se
indicado. A técnica de
transferências em
veículos também
deve ser abordada;
▪ Terapia ocupacional
para avaliar a
capacidade do
36
Dor AM Força Muscular Marcha Função
▪ Exercícios em cadeia
fechada quando o
paciente demonstrar
bom controlo do
equilíbrio.
paciente cumprir
precauções relativas a
luxação na
higienização,
vestuário e restantes
AVD’s.
J. Belo
et al.
(2010)70
1) Educação pré-ATA
não é recomendada
no alívio da dor.
(Nível 3)
1) Educação pré-ATA
não é recomendada
na melhoria da AM.
(Nível 3)
1) Exercícios de treino
de força constituem
uma opção efetiva de
tratamento.46,47 (Nível
2)
1) Exercícios de treino
de função pós-ATA
constituem uma
opção efetiva de
tratamento.46,47 (Nível
2)
AVD= Atividades de Vida Diária, D= Dia(s), MI= Membro Inferior.
37
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