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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA
CURSO DE COMÉRCIO EXTERIOR
REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK: Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração
de ouro
Eduardo Batista da Silva Frederico Morgan
Izadora Brito Ferreira Jorge Luis de Oliveira Rodrigues
Pedro Felipe de Candida Renato Cerski Lavratti
Período Noturno Administração - Comércio Exterior
SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP 2009
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Eduardo Batista da Silva
Frederico Morgan Izadora Brito Ferreira
Jorge Luis de Oliveira Rodrigues Pedro Felipe de Candida
Renato Cerski Lavratti
REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK: Estudo exploratório dos impactos
para uma empresa do ramo de extração de ouro
Projeto de trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade de Administração e Economia da Universidade Metodista de São Paulo como requisito final para a obtenção do grau de bacharel em Administração com ênfase em Comércio Exterior.
Orientador: Prof. Luiz Carlos Marquesi
SÃO BERNARDO DO CAMPO 2009
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Eduardo Batista da Silva Frederico Morgan
Izadora Brito Ferreira Jorge Luis de Oliveira Rodrigues
Pedro Felipe de Candida Renato Cerski Lavratti
REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK: Estudo exploratório dos impactos
para uma empresa do ramo de extração de ouro
Projeto de trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade de Administração e Economia da Universidade Metodista de São Paulo como requisito final para a obtenção do grau de bacharel em Administração com ênfase em Comércio Exterior.
Orientador: Prof. Luiz Carlos Marquesi
Área de concentração
Data da defesa: XX de XXXX de 2009
Resultado: _____________________
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr. ______________________________
Universidade Metodista de São Paulo
Prof. Dr. ______________________________
Universidade Metodista de São Paulo
Prof. Dr. ______________________________
Universidade Metodista de São Paulo
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FICHA CATALOGRÁFICA
R263
Regime aduaneiro especial drawback: estudo exploratório
dos
impactos para uma empresa do ramo de extração de
ouro /
Eduardo Batista da Silva et al.. 2009.
80 f.
Monografia (graduação em Comércio Exterior) --
Faculdade de Administração e Economia da Universidade
Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2009.
Orientação: Luiz Carlos Marquesi
1. Regime aduaneiro - Drawback 2. Comercio exterior
I. Silva, Eduardo Batista da
CDD
382.1
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus, pela sua benção.
À família pelo apóio e por sempre nos apoiar.
Aos nossos orientadores Professor Luiz Carlos Marquesi e Professora Edilene de
Oliveira Pereira Garcia pela parceria, experiência, inteligência, preparo,
profissionalismo, advertência, diretrizes, determinação, coragem, tudo para nosso
crescimento em todas as áreas, nos impulsionando para a conclusão desse
trabalho.
À Universidade Metodista de São Paulo por toda a infra-estrutura e presteza.
Aos professores que passaram seus conhecimentos com alta qualificação e
diferenciada competência.
À empresa Yamana Gold por viabilizar a coleta de dados, concedendo-nos
informações valiosas.
Aos integrantes do grupo por disponibilizar de grande parte de seu tempo e
compartilhar de seus conhecimentos e habilidades para a conclusão do trabalho.
E por fim a todos aqueles amigos, conhecidos e colegas que compartilharam em
momentos importantes para conclusão deste trabalho.
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RESUMO
Nesta investigação serão expostas as diversas características do regime
aduaneiro especial drawback e de que forma as empresas exportadoras podem
utilizá-lo como ferramenta de redução de custo e maior competitividade de seus
produtos no mercado externo. Para uma melhor compreensão do tema foi
realizada uma investigação como objetivo de identificar o impacto deste regime
especial aduaneiro nos custos de importação da empresa Yamana Gold, que
utiliza esse beneficio para importação de um material utilizado na extração do ouro
que posteriormente é exportado.
Como base de compreensão deste tema, foi descrito de uma forma breve, a
história recente do comércio exterior brasileiro bem como a influência da
globalização no comportamento mercadológico em âmbito mundial e como ela tem
acirrado a concorrência e aumentado a necessidade das empresas em encontrar
incentivos que as tornem mais competitivas, sendo o drawback um dos principais
utilizados atualmente no Brasil. Abordou- se as diferenças entre as três
modalidades principais do regime que são a de suspensão, isenção e restituição e
como cada uma delas vem sendo utilizadas pelas empresas para redução de
seus custos de importação. Os benefícios desse regime aduaneiro especial são
verificados diretamente nos tributos, que podem ser suspensos, isentos ou
restituídos dependendo da modalidade requerida pelo beneficiário desde de que a
mercadoria importada para beneficiamento no país, geralmente insumos
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matérias primas, sejam destinadas à exportação. Os impostos em questão são o
II (Imposto de Importação), IPI (Imposto sobre produtos Industrializados), PIS
(Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social), ICMS (Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e Sobre Prestação de Serviço de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação) e AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação
da Marinha Mercante). A concessão do drawback cuja competência cabe ao
DECEX compreendido os procedimentos exigidos, que é basicamente o
compromisso de exportar. Uma abordagem que merece destaque, é o fato do
produto a ser exportado e que foi produzido com insumos ou materiais importados
sob o beneficio do drawback terão um custo menor, já que os impostos incidentes
na importação não serão repassados ao produto final, traduzindo em maior
competitividade deste produto no mercado externo.
Palavras-chave - Drawback, comércio exterior, exportação, regime aduaneiro
especial, isenção de tributos.
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ABSTRACT
In this investigation will be exposed to various characteristics of the special
customs drawback and how exporting companies can use it as a tool for cost
reduction and increased competitiveness of their products in foreign markets. For a
better understanding of the subject was carried out research aimed to identify the
impact of the special customs duty on import costs of the company Yamana Gold,
which uses that benefit for the import of a material used in the extraction of gold
which is subsequently exported.
As a basis for understanding this issue was described in a brief, recent history of
foreign trade and the influence of globalization on market behavior around the
world and how it has stirred increased competition and the need for companies to
find incentives that make them more competitive, and is the main drawback of
currently used in Brazil. Discussed the differences between the three main
modalities of the scheme, which is the suspension, exemption and refund and how
each is being used by companies to reduce their import costs. The benefits of this
special customs are scanned directly into tax, which may be suspended, free or
returned depending on the type requested by the beneficiary provided that the
goods imported for processing in Brazil, usually inputs and raw materials are
intended for export. The taxes in question are the II (Import Tax), IPI (Tax on
Industrialized Products), PIS (Social Integration Program), COFINS (Contribution
for Financing Social Security), ICMS (Tax Operations Relating to Movement of
Goods and service provision of Interstate and Intermunicipal Transportation and
Communication) and AFRMM (Freight Surcharge for the Renewal of the Merchant
Navy). The grant of drawback which are the responsibility of DECEX understood
the required procedures, which is basically a commitment to export. One approach
that deserves mention is the fact the product to be exported and that has been
produced with inputs and materials imported under the benefit of drawback will
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cost less because the taxes on importation will not be passed to the final product,
resulting in higher competitiveness of this product in foreign markets.
Key words - drawback, foreign trade, exportation, special customs regime, tax
exemption.
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RESUMEN
Se están expuestos en esta investigación las diversas características del sistema
de aduana especial drawback y como las empresas lo pueden utilizarlo como
instrumento de reducción de costos y aumento de competitividad de sus productos
en el mercado externo.
Para comprender mejor este tema fue realizada una investigación con el objetivo
de identificar los impactos del drawback en los costos de importación de la
empresa Yamana Gold Inc, que se lo utiliza de este beneficio con la importación
de un artículo utilizado en el proceso de extracción de oro que posteriormente es
exportado.
Como apoyo para la comprensión al respecto del tema, se fue descrita de forma
breve, la historia reciente del comercio exterior brasileño y también la influencia de
la globalización en el comportamiento del mercado mundial y como se la ha
intensificado la competencia y aumentado la necesidad que tienen las empresas
en buscar incentivos que las tornen mas competitivas siendo el drawback un de
los más importantes utilizados en Brasil.
Se ha acercado a las diferencias entre las tres modalidades del drawback, que son
suspensión, exención y restitución y, se los han utilizado para reducción de los
cargos de importación por las empresas.
Los beneficios del sistema de aduanal especial drawback se ha demostrado
directamente el los encargos que pueden ser suspensos, exentos y restituidos
dependiendo de la modalidad que se solicita el beneficiario siempre que la
mercadería importada para utilización en el país, en general insumos e materias
primas, sean destinadas a la exportación.
Los impuestos en cuestión son: II (Impuesto de Importación), IPI (Impuesto sobre
productos Industrializados), PIS (Programa de integración Social), COFINS
(Contribución para o Financiamiento da Seguridad Social), ICMS (Impuesto Sobre
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operación Relativas à Circulación de Mercaderías e Sobre Prestación de Servicio
de Transporte Ínter estadual e Intermunicipal e de Comunicación) e AFRMM
(Adicional a el Frete para Renovación da Marinea Mercante).
La concesión del drawback es de competencia del DECEX. Una abordaje que
merece destaque es el facto del producto a ser exportado y que fueron producidos
con los insumos importados con el beneficio del drawback van a tener un costo
mas pequeño, pues los impuestos incidentes no van a ser repasados para el
producto final traduciendo más competitividad del producto en el mercado externo.
Palabras clave - drawback, comercio exterior, régimen especial de aduana, exención de tributos.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 Análise da Importação sem a utilização do Drawback.............................52
Figura 2 Análise da Importação com a utilização do Drawback.............................53
Gráfico 1 Participação do Drawback nos Regimes de
Tributação...............................................................................................................38
Gráfico 2 Importação sob o Regime Drawback......................................................39
Gráfico 3 Evolução do Crescimento Drawback frente ao Comércio Exterior.........40
Gráfico 4 Participação do Drawback sobre a Importação e a Exportação.............41
Gráfico 5 Índice de Agregação Importação e Exportação......................................42
Gráfico 6 Participação da Exportação sob o Regime de Drawback sobre a
Exportação Total.....................................................................................................43
Gráfico 7 Empresas Exportadoras..........................................................................44
Gráfico 8 Drawback utilizado por Segmento...........................................................45
Gráfico 9 Total dos Impostos..................................................................................57
Gráfico 10 Custo Total da Importação....................................................................58
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Importação sob o Regime Drawback.......................................................38
Tabela 2 Participação do Drawback sobre a Importação e a Exportação..............40
Tabela 3 Índice de Agregação................................................................................42
Tabela 4 Participação da Exportação sob o Regime Drawback.............................42
Tabela 5 Empresas Exportadoras versus Empresas que utilizam o Drawback.....44
Tabela 6 Exportação por Segmentos.....................................................................45
Tabela 7 Análise dos Impostos Incidentes sobre a Importação sem a utilização do
Drawback................................................................................................................55
Tabela 8 Análise da importação com a utilização do Drawback.............................56
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LISTA DE ABREVIAUTURAS
AFRMM – ADICIONAL AO FRETE PARA RENOVAÇÃO DA MARINHA
MERCANTE.
I.I – IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO.
ICMS – IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE
MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE
INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO.
I.P.I – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS.
COFINS – CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE
SOCIAL.
PIS – PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL.
FUNCEX - FUNDAÇÃO CENTRO DE ESTUDOS DE COMÉRCIO EXTERIOR.
PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO.
SECEX - SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR.
RECOF - REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DE ENTREPOSTO INDUSTRIAL
SOB CONTROLE INFORMATIZADO.
CAMEX - CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR.
DECEX – DEPARTAMENTO DE COMÉRCIO EXTERIOR.
SECEX – SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR.
SISCOMEX – SISTEMA INTEGRADO DE COMÉRCIO EXTERIOR
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MDIC – MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO.
CFOP – CÓDIGOS FISCAIS DE OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES
RE – REGISTRO DE EXPORTAÇÃO.
RUD – RELATÓRIO UNIFICADO DE DRAWBACK.
CNPJ – CADASTRO NACIONAL DE PESSOA JURÍDICA.
NCM – NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL.
AC – ATO CONCESSÓRIO DE DRAWBACK.
NF – NOTA FISCAL DE VENDA.
BNDES - BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E
SOCIAL.
DI – DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO.
CIF – CUST INSURACE AND FREIGHT (CUSTO, SEGURO E FRETE).
FOB – FREE ON BOARD (LIVRE A BORDO).
RFB – RECEITA FEDERAL DO BRASIL.
DAC – DEPOSITO ADIANTADO CERTIFICADO.
BM&F - BOLSA DE MERCADOS E FUTUROS.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................1
1.1 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA, JUSTIFICATIVA, RELEVÂNCIA E
QUESTOES DA PESQUISA...............................................................................4
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO..............................................................................5
1.2.1 Objetivo Geral.......................................................................................5
1.2.2 Objetivo Específico................................................................................5
1.3 JUSTIFICATIVA DO TEMA...........................................................................6
2. REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................8
2.1 ASPECTOS GERAIS DO DRAWBACK........................................................8
2.1.1 Drawback Eletrônico...........................................................................11
2.1.2 Procedimento para Obtenção do Drawback.......................................12
2.1.3 Roteiro para Preenchimento do Pedido de Drawback........................14
2.1.4 Documentos Comprobatórios..............................................................15
2.1.5 Exportação Vinculada ao Regime de Drawback.................................17
2.2 MODALIDADE DE DRAWBACK.................................................................19
2.2.1 Modalidade Suspensão.......................................................................19
2.2.1.1 Operações Especiais na Modalidade Suspensão.................22
2.2.1.2 Drawback Genérico...............................................................22
2.2.1.3 Drawback Sem Cobertura Cambial.......................................22
2.2.1.4 Drawback Solidário................................................................23
2.2.1.5 Drawback para Produtos Agrícolas.......................................23
2.2.1.6 Drawback Interno ou Verde-Amarelo....................................23
2.2.1.7 Drawback para Fornecimento no Mercado Interno...............24
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2.2.1.8 Procedimentos para Obtenção do Drawback
Suspensão.........................................................................................25
2.2.2 Modalidade Isenção............................................................................27
2.2.2.1 Operações Especiais na Modalidade Isenção.......................29
2.2.2.2 Drawback Intermediário.........................................................30
2.2.2.3 Drawback para Embarcação.................................................30
2.2.2.4 Drawback Isenção.................................................................30
2.2.2.5 Importação Vinculada ao Regime de Drawback Modalidade
Isenção..............................................................................................33
2.2.3 Modalidade Restituição.......................................................................35
2.2.3.1 Drawback Restituição............................................................36
2.3 DESVANTAGENS DO REGIME ESPECIAL ADUANEIRO DRAWBACK........36
2.4 VANTAGENS DO REGIME ESPECIAL ADUANEIRO DRAWBACK...............37
2.5 DRAWBACK E A ECONOMIA BRASILEIRA....................................................37
2.6 FERRAMENTAS DE PROTEÇÃO CAMBIAL...................................................46
2.6.1 Hedge..................................................................................................46
2.6.2 Hedge de Venda.................................................................................47
2.6.3 Hedge de Compra...............................................................................47
2.6.4 Hedge Feitos em Corretoras de Câmbio.............................................48
3. METODOLOGIA.................................................................................................49
3.1 TIPO DE PESQUISA........................................................................................49
3.2 TECNICA DE COLETA DE DADOS.................................................................50
3.3 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA................................................................50
4. RESULTADOS....................................................................................................52
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4.1 ANÁLISE DE RESULTADOS...........................................................................52
4.2 ANÁLISE DE CUSTOS DA EMPRESA YAMANA GOLD.................................54
4.2.1 Análise de Rentabilidade.....................................................................54
5. DISCUSSÃO.......................................................................................................59
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................60
LIMITAÇÕES DA PESQUISA.................................................................................61
INDICAÇÕES PARA PESQUISAS FUTURAS.......................................................62
REFERÊNCIAS......................................................................................................63
ANEXO 1 Minas de Extração no Brasil..................................................................65
ANEXO 2 Documentos...........................................................................................67
APÊNDICE A Modelo de Entrevista.......................................................................80
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1
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata do regime aduaneiro especial denominado
drawback, criado com intuito de incentivar as exportações através de suspensão,
isenção ou restituição de tributos incidentes sobre insumos importados utilizados
na industrialização de produtos destinados à exportação. Para um melhor
entendimento sobre o assunto é importante apresentarmos um contexto geral à
história recente do comércio exterior no Brasil que vem apresentando,
especialmente nos últimos oito anos, dados estatísticos que podem ser
considerados como uma evolução.
Segundo Averbug (1999), durante a segunda metade do século passado o
país assumiu políticas de comércio exterior ora protecionistas ora mais liberais, de
maneira a administrar questões internas como déficits na balança comercial,
vulnerabilidade de segmentos industriais, controle de preços, flutuações no
câmbio, questões políticas e diplomáticas. No primeiro período, entre 1957 e 1988,
a estrutura tarifária no Brasil caracterizou-se principalmente pela proliferação de
regimes especiais de importações e de barreiras não-tarifárias e por uma
expressiva estabilidade das alíquotas. O autor avalia que a década de 90 foi palco
de mudanças significativas na política de comércio exterior brasileira, o período se
caracterizou por um processo de abertura comercial abrangente, que se iniciou no
governo Collor e se estendeu até o governo Fernando Henrique, marcado pela
criação do Mercosul e início do Plano Real no ano de 1995.
Com uma só penada o Plano Collor derrubou vários mitos e obstáculos
que há anos entrevavam o comércio exterior brasileiro. A própria CACEX
(Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil), que era o símbolo do
sistema restritivo – em particular quanto às importações – foi sacrificada e
absorvida pelo novo Departamento Nacional de Comércio Exterior
(DECEX). Evidentemente que a competente equipe técnica da CACEX
formará a estrutura básica do órgão. Como por encanto, de um dia para o
outro, foram eliminados os odiosos programas de importação e a lista de
produtos que não podiam ser importados. (Oliveira, 1992, p. 35)
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2
Durante esse período de abertura do mercado interno para os produtos
importados, que teve como base a redução gradativa das alíquotas de importação
e políticas cambiais, a indústria nacional se viu obrigada a investir alto na
modernização do processo produtivo, na qualidade e no lançamento de novos
produtos no mercado. As empresas que queriam permanecer no mercado tiveram
que rever seus métodos administrativos e organizacionais, reduzir os custos de
gerenciamento, terceirizar setores e investir pesado na automação para maior
capacidade produtiva. Toda essa modernização era necessária para que as
empresas se tornassem mais competitivas, tanto no mercado interno quanto no
mercado externo.
O impacto das reformas estruturais promovidas ao longo da década de
1990 (liberalização comercial, privatização), teria introduzido fortes
elementos de pressão competitiva no ambiente produtivo doméstico, com
resultados expressivos em termos de aumento de produtividade das
firmas brasileiras. (RIBEIRO e MARKWALD, 2005).
Apesar da política liberal promovida com o Plano Collor ter incentivado as
importações, as exportações brasileiras por sua vez não atingiram todo o seu
potencial, fato este que resultou em um buraco na balança comercial brasileira,
com as importações superando consideravelmente as exportações principalmente
durante a segunda metade da década de 90, arrochando a economia.
Segundo dados da FUNCEX (Fundação Centro de Estudos de Comércio
Exterior), mesmo com a expansão significativa das exportações brasileiras nos
últimos anos que acumulou superávits entre 2003 e 2008, a sua
representatividade no PIB ainda atinge baixos percentuais se compararmos com
países desenvolvidos, o que demonstra a possibilidade do Brasil de expandir
ainda mais as suas exportações elevando a sua participação no comércio
internacional. Hoje o país tem como meta representar 1,25% deste comércio até o
ano de 2010.
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3
Atualmente pode-se afirmar que o mundo vive um cenário de constante
transformação influenciada pela globalização, por fatores ambientais e surgimento
de novas tecnologias. Esse processo de integração econômica, social, cultural e
política de escala global podem ser definido também como um fenômeno de
expansão capitalista que tem sua viabilização baseada nas melhorias dos meios
de comunicação entre os paises e barateamento dos meios de transportes
traduzidos em um aumento acirrado da concorrência no mercado internacional.
Essa nova ordem econômica vem evoluindo de forma rápida levando o mundo a
estreitar cada vez mais os espaços reservados à concorrência, gerando uma
crescente necessidade das empresas em repensarem alguns tradicionais
conceitos de comércio buscando aprimorar a qualidade de seus produtos e
serviços, reduzir custos, captar novas tecnologias, desenvolver novos parceiros
comerciais e usar as ferramentas de incentivos as exportações disponibilizadas
pelo governo, tudo isso objetivando maior competitividade nos principais mercados
externos. É nesse contexto que os regimes aduaneiros especiais de estímulo às
exportações cumprem os seus papeis, são ferramentas importantes para
consolidação dos produtos brasileiros no mercado internacional, sendo o
drawback o mais utilizado atualmente.
Diante do cenário apresentado o drawback tem sido importante como um
regime aduaneiro especial que permite às empresas se tornarem mais
competitivas através da importação de peças, componentes, matérias-primas e
outros insumos, com suspensão ou isenção de tributos alfandegários, para
fabricar produtos destinados à exportação. Mais adiante, no capítulo de revisão de
literatura, os conceitos envolvidos neste regime serão abordados de forma mais
ampla.
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4
1.1 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA, JUSTIFICATIVA, RELEVÂNCIA E
QUESTÕES DA PESQUISA
A questão principal desta pesquisa é estudar o impacto causado pelo regime
aduaneiro especial drawback no custo final dos produtos em comparação com
aqueles que não utilizam este benefício.
O estudo deste assunto justifica-se e encontra relevância no atual momento
caracterizado pela globalização e pela busca de eficiência por meio de inovações
tecnológicas, em que as empresas sentem-se pressionadas em tornar os seus
produtos mais competitivos e em algumas situações até obrigadas a adquirirem
insumos que ainda não são produzidos no país. Outro fator é a falta de
competitividade no que diz respeito à qualidade, preço e incapacidade de
produção em larga escala de alguns produtos nacionais com relação a produtos
estrangeiros. Segundo Fensterseifer (2000), o novo ambiente competitivo
caracteriza-se por uma forte intensificação da concorrência em função da abertura
dos mercados, formação de blocos econômicos, constantes mudanças
tecnológicas, redução do ciclo de vida dos produtos, altos níveis de incerteza,
fracionamento do mercado e novas exigências dos mercados em termos de
qualidade, variedade, inovação e customização. Segundo Coutinho Ferraz (1995,
p.72), “desta perspectiva atual, surge à importância da competitividade, a qual
deve ser entendida como a capacidade da empresa de formular e implementar
estratégias concorrências que lhe permitam conservar, de forma duradoura, uma
posição sustentável no mercado”.
A importação beneficiada pelo regime de drawback tem estimulado o
aumento da competitividade das empresas exportadoras no Brasil e é visto
atualmente como o mecanismo mais utilizado e o mais importante no estímulo às
exportações.
O objetivo precípuo do drawback é promover o incremento das exportações, pela possibilidade de maior colocação da produção nacional no mercado externo, o que, evidentemente, irá traduzir-se no
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desenvolvimento de determinados setores produtivos do país. (RATTI, 2002, p.374).
Segundo dados da SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), o drawback
responde por 30% dos regimes suspensivos de desoneração tributária superando
o Recof (Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle
Informatizado) e a Zona Franca de Manaus sendo que a participação das
exportações amparadas por esse regime, quando comparadas às exportações
totais, situa-se na faixa de 25% a 30% atingindo todos os segmentos industriais,
desde a agroindústria até os bens de capital e de consumo.
Nesse contexto em que a atividade exportadora é vital para o organismo
brasileiro, a existência e o uso de um regime especial de comércio exterior que
incentive essas ações são de extrema importância. Dessa forma, são necessários
estudos que analisem o comportamento das empresas com relação ao impacto
em seus produtos pela utilização do regime aduaneiro especial drawback, tal
como se propõe por meio desta pesquisa.
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO
1.2.1 Objetivo Geral
O objeto geral da investigação é analisar o comportamento de uma
organização com relação ao impacto em seus produtos pela utilização do regime
aduaneiro especial drawback.
1.2.2 Objetivo Específico
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Identificar os benefícios diretos e indiretos que a utilização do regime
aduaneiro especial drawback tem trazido para a empresa estudada.
O estudo será realizado a uma empresa multinacional canadense atuante na
indústria da extração de ouro que utiliza o regime aduaneiro especial drawback na
importação de xantato, um produto utilizado no processo de extração deste
minério.
1.3 JUSTIFICATIVA DO TEMA
O estudo deste assunto é uma área de investigação de grande importância,
pois no atual momento caracterizado pela globalização e pela busca de eficiência
por meio de inovações tecnológicas, as empresas sentem-se pressionadas em
tornar os seus produtos mais competitivos e em algumas situações até obrigadas
a adquirirem insumos que ainda não são produzidos no país. Outro fator é a falta
de competitividade internacional no que diz respeito à qualidade, preço e
incapacidade de produção em larga escala de alguns produtos nacionais com
relação a produtos estrangeiros.
Segundo Fensterseifer (2000), o novo ambiente competitivo caracteriza-se
por uma forte intensificação da concorrência em função da abertura dos
mercados, formação de blocos econômicos, constantes mudanças tecnológicas,
redução do ciclo de vida dos produtos, altos níveis de incerteza, fracionamento do
mercado e novas exigências dos mercados em termos de qualidade, variedade,
inovação e customização.
Desta perspectiva atual, surge à importância de competitividade, a qual deve ser entendida como a capacidade da empresa de formular e implementar estratégias concorrências que lhe permitam conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado. (COUTINHO FERRAZ, 1995)
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7
O objetivo precípuo do drawback é promover o incremento das
exportações, pela possibilidade de maior colocação da produção nacional
no mercado externo, o que, evidentemente, irá traduzir-se no
desenvolvimento de determinados setores produtivos do país. (RATTI,
2002, p. 374)
A importação beneficiada pelo regime de drawback tem estimulado o
aumento da competitividade das empresas exportadoras no Brasil e é visto
atualmente como o mecanismo mais utilizado e o mais importante no estímulo às
exportações. Segundo dados da SECEX (Secretária de Comércio Exterior), o
drawback corresponde por 30% dos regimes suspensivos de desoneração
tributária superando o Recof (Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial
sob Controle Informatizado) e a Zona Franca de Manaus sendo que a participação
das exportações amparadas por esse regime, quando comparadas às exportações
totais, situa-se na faixa de 25% a 30% atingindo todos os segmentos industriais,
desde a agroindústria até os bens de capital e de consumo.
Nesse contexto em que a atividade exportadora é vital para o organismo
brasileiro, a existência e o uso de um regime especial de comércio exterior que
incentive essas ações são de extrema importância. Dessa forma, o presente
estudo tem como objetivo geral analisar o comportamento de uma determinada
empresa com relação ao impacto em seus produtos pela utilização do regime
aduaneiro especial drawback.
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2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 ASPECTOS GERAIS DO DRAWBACK
Este capítulo apresenta uma revisão da literatura existente sobre o regime
aduaneiro especial drawback para que se compreenda a diferença entre os
conceitos técnicos envolvidos nas diferentes modalidades do regime de drawback.
Será utilizado como referência principal o Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de
2009, a portaria nº 36, de 22 de novembro de 2007 e a portaria nº 25 de 27 de
novembro de 2008 que regulamentam a administração das atividades aduaneiras
e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior.
Serão utilizados também como fonte de pesquisa, alguns artigos científicos e
citações de autores especializados neste tema.
O drawback em seu sentido tradicional significa reembolso dos direitos
alfandegários e vem a ser o retorno, no todo ou em parte, dos direitos
cobrados sobre a entrada de produtos estrangeiros no país, os quais
serão objeto de reexportação no seu estado original, ou sobre importação
de matéria-prima ou produtos semimanufaturados que serão utilizados na
produção de artigos manufaturados nacionais a serem exportados.
Considera-se também, drawback o retorno de taxas e impostos internos
cobrados sobre produtos nacionais que serão objetos de exportação ou
sobre determinadas matérias-primas que entram em sua
composição.(RATTI, 2002, p.374)
De acordo com o Capítulo V do novo regulamento aduaneiro instituido pelo
decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, o regime de drawback é considerado
um incentivo à exportação e pode ser aplicado nas modalidades de suspensão,
isenção ou restituição dos impostos devidos na importação, sendo eles o II
(Imposto de Importação), IPI (Imposto sobre produtos Industrializados), PIS
(Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para o Financiamento da
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Seguridade Social), ICMS (Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e Sobre Prestação de Serviço de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação) e AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação
da Marinha Mercante). O regime aduaneiro especial de drawback foi criado pelo
Decreto-Lei n° 37 do ano de 1966 e está instituído pelo Decreto nº 6.759 , de
05.02.2009, e suas normas vinculadas às operações reproduzidas na Portaria
Secex nº 25, de 27.11.2008 (D.O.U. de 28.11.2008).
Segundo Marcio Luiz Marieto, 23/03/2004
(http://www.administradores.com.br) o regime aduaneiro especial de drawback é
um instrumento de estímulo às exportações que permite, às empresas brasileiras,
o aperfeiçoamento e a modernização de seus produtos, permite aos fabricantes /
exportadores, importar insumos (matérias-primas, matérias secundárias,
embalagens, partes e peças) destinados à fabricação, beneficiamento ou
composição de um outro produto a exportar, ou que já foram exportados, sem
impostos e taxas. O objetivo precípuo do drawback é promover o incremento das
exportações, pela possibilidade de maior colocação da produção nacional no
mercado externo, o que, evidentemente, irá traduzir-se no desenvolvimento de
determinados setores produtivos do país. Outro objetivo desse incentivo é dar
maior competitividade ao produto exportado.
O Art. 384 do decreto 6.759 institui que o regime de drawback poderá ser
concedido à mercadoria importada para beneficiamento no País e posterior
exportação, matéria-prima, produto semi-elaborado ou acabado, utilizados na
fabricação de mercadoria exportada, ou a exportar, peças, partes, aparelho e
máquina complementar de aparelho, de máquina, de veículo ou de equipamento
exportado ou a exportar, mercadoria destinada à embalagem, acondicionamento
ou apresentação de produto exportado ou a exportar, desde que propicie
comprovadamente uma agregação de valor ao produto final ou animais destinados
ao abate e posterior exportação. O regime poderá ainda ser concedido para
matéria-prima e outros produtos que, embora não integrando o produto exportado,
sejam utilizados na sua fabricação em condições que justifiquem a concessão ou
para matéria-prima e outros produtos utilizados no cultivo de produtos agrícolas ou
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na criação de animais a serem exportados, definidos pela Câmara de Comércio
Exterior.
O benefício do regime de drawback não será concedido, segundo o Art. 54
da portaria n° 25, na importação de mercadoria utilizada na industrialização de
produto destinado ao consumo na Zona Franca de Manaus e em áreas de livre
comércio localizadas em território nacional, exportação ou importação de
mercadoria suspensa ou proibida, exportações conduzidas em moedas não
conversíveis, inclusive moeda-convênio, contra importações cursadas em moeda
de livre conversibilidade e importação de petróleo e seus derivados, exceto coque
calcinado de petróleo.
Compete ao DECEX à concessão do regime de drawback, compreendidos
os procedimentos que tenham por finalidade sua formalização, bem como o
acompanhamento e a verificação do adimplemento do compromisso de exportar.
Segundo Francavilla (2002), a concessão do benefício drawback é realizada
através de um Ato Concessório que estabelece as condições a serem cumpridas
pelo contribuinte que o solicita. O contribuinte se exime destas obrigações
tributárias quando da importação de insumos que serão utilizados na fabricação
de produtos destinados à exportação. Cabe aos órgãos responsáveis regularizar o
regime de drawback, sendo o DECEX (Departamento de Operações de Comércio
Exterior), e os artigos 51 a 54 da Portaria SECEX 36/2007 que estabelecem se o
beneficio será ou não concedido.
A utilização do regime drawback será registrada no documento
comprobatório da exportação. Na concessão do regime serão desprezados os
subprodutos e os resíduos não exportados, quando seu montante não exceder de
cinco por cento do valor do produto importado. Na hipótese de mercadoria isenta
do imposto de importação ou cuja alíquota seja zero, poderá ser concedido o
regime relativamente aos demais tributos devidos na importação.
As controvérsias relativas aos atos concessórios do regime de drawback
serão dirimidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e pela Secretaria de
Comércio Exterior, no âmbito de suas competências.
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2.1.1 Drawback Eletrônico
O drawback eletrônico é uma sistemática informatizada concebida pela
SECEX com o objetivo de ter um maior controle das operações de drawback. Esse
sistema permite o controle ágil e simplificado dessas operações, pois opera de
módulo próprio integrado ao SISCOMEX.
Antes de ser implantado o sistema passou por um período de teste de 7
(sete) meses, por mais de 2,8 mil empresas. De acordo com a SECEX o sistema
foi bem aceito, pois, foram mais 300 consultas por e-mail e uma média de 60
ligações por mês de interessados em trabalhar com o drawback eletrônico.
(Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – Brasília, DF,
2001. Disponível no site do Ministério de Desenvolvimento: Implantado em
01.11.2001 com o objetivo de maximizar a operacionalização do regime, o sistema
possui como vantagens a segurança das informações, maior controle na
operação, redução dos custos, agilidade e automaticidade, tendo como principais
funções:
O registro de todas as etapas do processo de concessão do drawback
em documento eletrônico (solicitação, autorização, consultas, alterações,
baixa); tratamento administrativo automático nas operações
parametrizadas; e acompanhamento das importações e exportações
vinculadas ao sistema. (Disponível no Website da Receita Federal)
Para os interessados em utilizar o sistema será necessário uma habilitação
que será concedida aos representantes legais das empresas, com autorização de
operar na exportação. Para os atuais usuários habilitados no Perfil Exportados do
Siscomex, não será necessário nenhuma providência.
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2.1.2 Procedimentos para obtenção de Drawback
De acordo com os Artigos. 60 e 61 da portaria nº 25 de 27 de novembro de
2008, as empresas interessadas em operar no Regime de Drawback, nas
modalidades de suspensão e isenção, deverão estar habilitadas em operar em
comércio exterior nos termos, limites e condições estabelecidos na legislação
pertinente. O Regime de Drawback poderá ser concedido à empresa industrial ou
comercial. No caso de empresa comercial, o Ato Concessório de Drawback será
emitido em seu nome, que, após realizar a importação, enviará a respectiva
mercadoria, por sua conta e ordem, a estabelecimento industrial para
industrialização, sob encomenda, devendo a exportação do produto ser realizada
pela própria detentora do Ato Concessório de Drawback. Industrialização sob
encomenda é a operação em que o encomendante remete matéria-prima, produto
intermediário e material de embalagem para processo de industrialização,
devendo o produto industrializado ser devolvido ao estabelecimento remetente dos
insumos.
O Art. 62 desta mesma portaria diz que a concessão do Regime poderá ser
condicionada à prestação de garantia, limitada ao valor dos tributos suspensos de
pagamento, a qual será reduzida à medida que forem comprovadas as
exportações. A habilitação ao Regime de Drawback far-se-á mediante
requerimento da empresa interessada, será abordado adiante de forma detalhada
os procedimentos para requerimento do drawback para cada modalidade.
Segundo a Portaria SECEX nº 36, de 22/11/2007, Art. 63, a habilitação ao
Regime de Drawback far-se-á mediante requerimento da empresa interessada,
sendo que na modalidade suspensão ele é feito por intermédio de módulo
específico Drawback do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) e
na modalidade isenção por meio de formulário próprio. Na modalidade isenção,
deverá ser utilizada os seguintes formulários, disponíveis nas dependências
bancárias habilitadas ou confeccionados pelos interessados, observados os
padrões especificados:
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I - Pedido de Drawback; ( anexo 1)
II - Aditivo ao Pedido de Drawback; ( anexo 2)
III - Anexo ao Ato Concessório ou Aditivo; ( anexo 3)
IV - Relatório Unificado de Drawback. (anexo 4)
Art. 60. As empresas interessadas em operar no regime de drawback,
nas modalidades de suspensão e isenção, deverão estar habilitadas em
operar em comércio exterior nos termos, limites e condições
estabelecidos na legislação pertinente. (Disponível na Web do Ministério
do Desenvolvimento)
Segundo o Art. 62, para a empresa obter a habilitação ao regime de
drawback deverá ocorrer mediante requerimento da empresa interessada, sendo
na modalidade suspensão, por intermédio de módulo específico drawback do
SISCOMEX, disponível na WEB, na página eletrônica do Ministério do
Desenvolvimento, ou na modalidade isenção, isto é feito por meio de formulário
próprio que estão disponíveis em bancos habilitados ou pode ser confeccionado
pelos próprios interessados observando os padrões especificados:
a. apresentação gráfica;
b. gramatura;
c. seqüenciamento;
d. cores;
e. número e destinação das vias;
f. gabaritos totais dos formulários;
g. gabaritos parciais dos campos.
Segundo o Art. 62, na avaliação do pedido de drawback, serão levados em
conta a agregação de valor e o resultado da operação.
O resultado da operação é estabelecido pela comparação do valor total das
importações, incluídos o preço da mercadoria no local de embarque no exterior e
as parcelas de seguro e frete, com o valor líquido das exportações no local de
embarque deduzido das parcelas de comissão de agente e eventuais descontos.
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Quando feito o pedido de drawback, a indústria ou a comercial exportadora
deverá fornecer os valores estimados para seguro, frete, comissão de agente,
eventuais descontos e outras despesas.
A validade do ato concessório de drawback será comparado com o ciclo do
bem a exportar, o pagamento dos tributos poderá ser suspenso por prazo de até 1
(um) ano, prorrogável por mais um ano.
No caso da mercadoria ser destinada a produção de longo prazo de
fabricação, a suspensão poderá ser concedida por prazo compatível com o de
fabricação e exportação do bem, até o limite de 5 (cinco) anos.
Todos os prazos de suspensão de que trata este artigo terão como termo
final a data limite estabelecida no ato concessório de drawback para a efetivação
das exportações vinculadas ao regime.
Não é permitido a alteração do titular do ato concessório salvo casos
resguardados por lei.
Art. 79. Somente será admitida a alteração de titular de ato concessório
de drawback no caso de sucessão legal, nos termos da legislação
pertinente, mediante apresentação de documentação comprobatória do
ato jurídico. (Disponível no Website do Ministério do Desenvolvimento)
2.1.3 Roteiro para preenchimento do pedido de Drawback
De acordo com o ministério do desenvolvimento, os formulários de pedido do
drawback devem seguir o formato a seguir.
No formulário pedido de drawback, na modalidade isenção, fica dispensado o
preenchimento dos campos a seguir indicados:
I - pedido de drawback: campo 11 e 23 - preço unitário;
II - anexo ao ato concessório ou aditivo: campo 9 - preço unitário.
![Page 33: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/33.jpg)
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No caso de importação ou exportação feita em moeda conversível diferente
do dólar norte-americano, também terão que informar nos campos 15 e 27 do
formulário pedido de drawback, o valor em dólar norte-americano da importação e
da exportação.
“Art. 5º No drawback Intermediário deverá ser consignado, no campo 22 do pedido
de drawback, além da discriminação do produto intermediário, a indicação do
produto final em que foi utilizado.” (Disponível na Web do Ministério do
Desenvolvimento)
2.1.4 Documentos comprobatórios
De acordo com o ministério do desenvolvimento, os documentos
comprobatórios que deverão ser apresentados para comprovar que a mercadoria
importada pelo regime especial aduaneiro são os seguintes.
Os documentos que comprovam as operações vinculadas ao Regime de
Drawback são os seguintes:
I - declaração de importação (DI); ( anexo 5)
II - registro de exportação (RE) averbado; (anexo 6)
III - nota fiscal de venda no mercado interno, contendo o correspondente
código fiscal de operações e prestações – CFOP.
a) nas vendas internas, com fim específico de exportação pode haver 4 situações
sendo a 1 de empresa industrial beneficiária do Regime para empresa comercial
exportadora constituída na forma do Decreto -Lei n° 1.248, de 1972, a empresa
deverá manter em seu poder cópia da 1ª via da nota fiscal junto com a declaração
de recebimento do produto sem avarias, a segunda é de empresa industrial
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beneficiária do Regime para empresa de fins comerciais habilitada a operar em
comércio exterior. Já no terceiro modo de empresa industrial beneficiária do
regime para fornecimento no mercado interno, a empresa deverá manter em seu
poder cópia da 1ª via da nota fiscal e por ultimo nas vendas internas de empresa
industrial beneficiária do regime para fornecimento no mercado interno, a empresa
deverá manter em seu poder cópia da 1ª via da nota fiscal - via do destinatário -
contendo declaração original do recebimento em boa ordem do produto,
observado o disposto nos anexos “C” e “D” desta Portaria;
b) nas vendas internas, nos casos de drawback intermediário, a empresa
beneficiária do regime deverá manter em seu poder:
1. segunda via - via do emitente - da nota fiscal de venda do fabricante -
intermediário;
2. cópia da primeira via - via do destinatário - de nota fiscal de venda da
empresa industrial à empresa comercial exportadora, nos termos do Decreto-Lei
no 1.248, de 1972;
3. cópia da primeira via -via do destinatário- de nota fiscal de venda da
empresa industrial à empresa de fins comerciais habilitada a operar em comércio
exterior, observado o disposto no Anexo “I” desta Portaria.
IV – nota fiscal de venda emitida pelo fornecedor da mercadoria a ser
incorporada em produto a ser exportado, com a observância dos requisitos formais
pertinentes e aqueles dispostos no Anexo “T” desta Portaria.
(Fls. 29 da Consolidação das Portarias SECEX, até 14/09/2009).
Já nos casos de venda para empresa de fins comerciais habilitada a operar
em comércio exterior, para empresa industrial ou para industrial-exportadora,
deverão manter os RE’s averbados em seu poder. Esses RE’s deverão estar
indicados no módulo específico drawback do SISCOMEX ou no RUD da
beneficiária do ato concessório, conforme a modalidade.
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2.1.5 Exportação vinculada ao Regime Drawback
Segundo o ministério do desenvolvimento as exportações vinculadas ao
regime de drawback estão sujeitas ao tratamento administrativo das normas gerais
em vigor.
Um mesmo RE não pode ser utilizado para comprovar dois ou mais atos
concessórios de uma mesma empresa e é obrigatório vincula-lo ao ato
concessório quando efetivado.
Quando o ato concessório envolver importação sem cobertura cambial, a
parcela relativa ao insumo importado deverá ser consignada no campo 09 –L
(esquema de pagamento total/valor sem cobertura cambial) e o valor do
pagamento da exportação (valor total menos a parcela sem cobertura cambial)
deverá ser preenchido no campo 09 -C ou 09-D.
O valor total do campo 24 (dados do fabricante) deve ser igual ao campo 18 -
b (preço total no local de embarque) do RE.
Quando houver a participação de produto - intermediário, a industrial-
exportadora deverá consignar no campo 24 do RE o CNPJ do fabricante, o NCM
do produto intermediário, A unidade federativa onde foi fabricado, o numero do AC
do fabricante intermediário, a quantidade utilizada no produto final e o valor do
produto intermediário utilizado convertido em dólares pela taxa de cambio para
compra ptax do dia útil anterior a emissão da NF.
A industrial-exportadora deverá atrelar no campo 24, além dos dados
relativos ao fabricante-intermediário seu próprio CNPJ, NCM do produto final,
Unidade federativa onde está localizada, número do AC de drawback e o valor
correspondente entre a diferença no preço no local de embarque e a parcela ao
produto intermediário.
Quando a detentora do RE for empresa de fins comerciais que atue na
exportação devera informar no campo 24 os dados relativos ao fabricante-
intermediário e a empresa industrial a empresa deverá ainda informar seu próprio
CNPJ, NCM do produto final, Unidade federativa onde está localizada, valor entre
![Page 36: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/36.jpg)
18
a diferença do preço total no local de embarque e a venda no mercado interno da
empresa industrial convertido em dólares pela taxa de cambio para compra ptax
do dia útil anterior a emissão da NF.
Se a beneficiaria do Ato concessório for empresa de fins comerciais atuante
na exportação, devera informar no campo 24 do RE seu próprio CNPJ, NCM do
produto exportado, unidade federativa onde está situada, número do Ato
concessório, quantidade do produto e o preço do produto no local de embarque
(campo 18B) do produto exportado.
No caso de venda no mercado interno com fim específico de exportação, a
empresa de fins comerciais que atue na exportação deverá obrigatoriamente
consignar, no campo 25 (observações/exportador) do RE, o número da nota fiscal
da empresa industrial.
Quando se tratar de produto que for exportado em vários embarques para
montagem no destino final, deve ser informar no RE, a NCM do produto objeto do
ato concessório de drawback e ainda consigna no campo 25 o seguinte
“Embarque parcial de mercadoria destinada, exclusivamente, à montagem no
exterior de - quantidade e identificação do produto -, objeto do ato concessório de
drawback, modalidade suspensão, nº______________, de __________ .”
No caso de devolução ao exterior da mercadoria importada no amparo do
regime, sem cobertura cambial, no RE deverá ser consignado:
I - campo 2: 99.199
II - campo 25:
“Devolução ao exterior, sem cobertura cambial, de mercadoria importada ao
amparo da Declaração de Importação nº _________, de ________, vinculada ao
ato concessório de drawback nº __________, de__________, conforme disposto
no art. 144 da Portaria SECEX nº_____ -indicar nº e data desta Portaria -”.
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19
No caso da devolução ao exterior de mercadoria importada no amparo do
regime, com cobertura cambial, no RE deverá ser consignado:
I - campo 2: 80.000
II - campo 25:
“Devolução ao exterior, com cobertura cambial, de mercadoria importada ao
amparo da Declaração de Importação nº _________, de ________, vinculada ao
ato concessório de drawback nº __________, de __________, conforme disposto
no art. 143 da Portaria SECEX nº _____ -indicar o nº e data desta Portaria-”.
2.2 MODALIDADES DE DRAWBACK
De acordo com o decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, a portaria nº
36, de 22 de novembro de 2007 e a portaria nº 25 de 27 de novembro de 2008 o
regime especial aduaneiro drawback pode ser apresentado em três modalidades
básicas que serão descritas a seguir.
2.2.1 Modalidade Suspensão
A modalidade suspensão é o benefício concedido ao importador que permite
importar uma mercadoria com a desoneração de todos os impostos incidentes
nesta operação, desde que essa mercadoria faça parte do processo produtivo ou
componha parte do produto final destinado à exportação havendo a necessidade
de comprovação da exportação.
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20
A modalidade Suspensão está caracterizada por se vincular a compromisso futuro de exportação, desta forma, tem que ser solicitada anteriormente à ocorrência da importação, da produção e da exportação do produto que será aplicado o insumo importado. De forma que, o produto importado que sofreu a suspensão deverá participar da produção do produto a ser exportado. (Disponível no Website Spiner)
De acordo com a PORTARIA Nº 25, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2008, o
regime aduaneiro especial drawback, na modalidade suspensão, permite a
importação de peças, componentes, matérias-primas e/ou outros insumos com
suspensão dos tributos de II, IPI, PIS, COFINS, ICMS e AFRMM.
A modalidade suspensão está vinculada ao compromisso de futura
exportação, deve ser pleiteada antes da importação dos insumos. O
prazo de cumprimento do compromisso de exportar é de um ano,
podendo ser prorrogado por igual período. Em caso de bens de longo
período de fabricação, o prazo máximo é de cinco anos. Para habilitar-se
ao benefício, a empresa deve apresentar formulário específico
denominado "Pedido de Drawback", que dará origem ao Ato Concessório
no qual é fixado o prazo de cumprimento. Na chegada da importação, a
empresa firma um Termo de Responsabilidade junto à Receita Federal
para a suspensão dos impostos. (Disponivel no Website Jus Navigandi)
Segundo o Art 384 do regulamento aduaneiro, o regime de drawback, nesta
modalidade de suspensão, também poderá ser concedido à importação de
matérias-primas, produtos intermediários e componentes destinados à fabricação,
no País, de máquinas e equipamentos a serem fornecidos no mercado interno, em
decorrência de licitação internacional contra pagamento em moeda conversível
proveniente de financiamento concedido por instituição financeira internacional, da
qual o Brasil participe, ou por entidade governamental estrangeira ou, ainda, pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com recursos captados
no exterior. (Lei no 8.032, de 1990, art. 5o, com a redação dada pela Lei no
10.184, de 12 de fevereiro de 2001, art. 5o).
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Para uma abordagem mais técnica, o Art. 386 do regulamento aduaneiro
institui que a concessão do regime, na modalidade de suspensão, é de
competência da SECEX, devendo ser efetivada, em cada caso, por meio do
SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior) que é um sistema
informatizado responsável por integrar as atividades de registro, acompanhamento
e controle das operações de comércio exterior. A concessão do regime terá como
base os registros e as informações prestadas no SISCOMEX pelo solicitante que
por sua vez equivale ao Ato Concessório de drawback. Quando constar no ato
concessório do regime a exigência de prestação de garantia, esta só alcançará o
valor dos tributos suspensos e será reduzida à medida que forem comprovadas as
exportações. Para a concessão do regime serão analisados os fluxos financeiros
de importação e exportação, bem como, a compatibilidade entre a mercadoria
importada e aquelas a exportar.
Segundo o Art. 389 do regulamento aduaneiro, as mercadorias admitidas no
regime, na modalidade de suspensão, deverão ser integralmente utilizadas no
processo produtivo ou na embalagem, acondicionamento ou apresentação das
mercadorias a serem exportadas. O excedente de mercadorias produzidas ao
amparo do regime, em relação ao compromisso de exportação estabelecido no
respectivo ato concessório, poderá ser consumido no mercado interno somente
após o pagamento dos tributos suspensos dos correspondentes insumos ou
produtos importados, com os acréscimos legais devidos.
A PORTARIA Nº 25, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2008 institui que o regime
de drawback, na modalidade de suspensão, poderá ser concedido à importação
de matérias-primas, produtos intermediários e componentes destinados à
fabricação, no País, de máquinas e equipamentos a serem fornecidos no mercado
interno, em decorrência de licitação internacional, contra pagamento em moeda
conversível proveniente de financiamento concedido por instituição financeira
internacional, da qual o Brasil participe, ou por entidade governamental
estrangeira ou, ainda, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social, com recursos captados no exterior.
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22
2.2.1.1 Operações especiais na Modalidade Suspensão
O Comunicado DECEX nº 21/97, alterado pelo Comunicado DECEX nº 2 da
SECEX, estende o benefício a algumas operações especiais, sendo assim, a
modalidade suspensão é aplicada às operações de Drawback Genérico,
Drawback Sem Cobertura Cambial, Drawback Solidário, Drawback para Produtos
Agrícolas ou Criação de Animais, Drawback verde-amarelo e Drawback para
Fornecimento no Mercado Interno.
Em ambas as modalidades, isenção e suspensão, temos ainda duas
operações especiais o Drawback Intermediário e o Drawback para Embarcação.
2.2.1.2 Drawback Genérico
O Drawback Genérico admite a discriminação genérica da mercadoria a
importar e seu respectivo valor, dispensadas a classificação na Nomenclatura
Comum do Mercosul (NCM) e a quantidade, contudo, a importação da mercadoria
fica limitada ao valor aprovado no Ato Concessório de Drawback.
2.2.1.3 Drawback sem cobertura Cambial
O drawback sem cobertura cambial é determinado pelo não pagamento,
parcial ou total da importação, de forma que, o pagamento de divisas, referente à
exportação, corresponderá à diferença entre o valor total da exportação e o valor
da parcela sem cobertura cambial da importação.
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2.2.1.4 Drawback Solidário
O drawback solidário ocorre na existência da participação solidária de duas
ou mais empresas industriais vinculadas a um único contrato de exportação.
2.2.1.5 Drawback para Produtos Agrícolas
O drawback para produtos agrícolas ou criação de animais é concedido para
importações de matéria-prima e demais produtos utilizados no cultivo dos produtos
agrícolas, tais como, frutas, sucos, polpa de frutas e algodão não cardado nem
penteado, ou criação de animais (frutas, algodão não cardado, camarões, carnes
e miudezas de frangos ou suínos), cuja destinação é a exportação.
2.2.1.6 Drawback Interno ou Verde-Amarelo
O drawback interno, também conhecido como verde-amarelo caracteriza-se
pelo regime especial que conjuga importações, com o tratamento conferido pelo
Decreto-Lei nº 37, de 1966 e Decreto nº 4543, de 2002, e aquisições no mercado
interno para incorporação em produto a ser exportado, de que trata o § 1º do art.
59 da Lei nº 10.833, de 2003. Permite que as empresas adquiram no mercado
interno, com suspensão do IPI, matérias-primas, componentes, bens
intermediários, matérias de embalagens, entre outros, para serem utilizados na
fabricação do produto final a ser obrigatoriamente exportado.
Os fornecimentos dos insumos deverão conter, nas respectivas Notas Fiscais, a correta identificação e a citação do número do processo atribuído ao “Plano de Exportação”, bem como que a suspensão do IPI
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está sendo feita de acordo com o artigo primeiro do Decreto nº 541/92. (GARCIA, 1994, p. 168)
O exportador brasileiro terá mais um benefício fiscal à sua disposição: o chamado “Drawback Verde-Amarelo”, que consiste na a suspensão do IPI, PIS e COFINS, nas aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem, no mercado interno, por beneficiário do regime aduaneiro especial de drawback. O ato concessório do Drawback Verde-Amarelo será específico, ficando vedada a transferência para outros atos concessórios e para outros regimes aduaneiros especiais, bem como a conversão de atos concessórios concedidos em qualquer tempo para o verde-amarelo. (Disponível no Website Portal Tributário)
2.2.1.7 Drawback para fornecimento no Mercado Interno
O drawback para fornecimento no mercado interno caracteriza-se pela
importação de matérias-primas, produtos intermediários e componentes
destinados à industrialização de máquinas e equipamentos no país, a serem
fornecidos no mercado interno, em decorrência de licitação internacional, contra
pagamento em moeda conversível proveniente de financiamento concedido por
instituição financeira internacional, da qual o Brasil participe, ou por entidade
governamental estrangeira, ou ainda, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico (BNDES), com recursos captados no exterior, de acordo com as
disposições constantes do art. 5º da Lei nº 8.032, de 12 de abril de 1990, com a
redação dada pelo art. 5º da Lei nº 10.184, de 12 de fevereiro de 2001.
O drawback intermediário é concedido a empresas denominadas fabricantes-
intermediários, que importam mercadoria para industrialização de produto
intermediário a ser fornecido a empresas industriais-exportadoras e utilizado na
industrialização de produto final destinado à exportação, nesta operação poderá
ser utilizada uma mesma exportação para comprovar o Ato Concessório de
drawback do fabricante-intermediário e da industrial-exportadora,
proporcionalmente à participação de cada um no produto final exportado e, o
Conforme disposto no § 2º do art. 1º da Lei nº 8.402, de janeiro de 1992,
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O drawback para embarcação refere-se à importação de mercadoria para
industrialização de embarcação e venda no mercado interno.
2.2.1.8 Procedimentos para obtenção do Drawback Suspenção
De acordo com o regulamento aduaneiro, a empresa deverá preencher o
respectivo pedido no módulo específico drawback do SISCOMEX e poderá ser
exigido a apresentação de documentos adicionais, caso a organização que esteja
solicitando o pedido não apresentar os documentos exigidos no prazo máximo de
30 dias corridos, esse pedido pode ser negado.
Art. 386. A concessão do regime, na modalidade de suspensão, é de competência da Secretaria de Comércio Exterior, devendo ser efetivada, em cada caso, por meio do SISCOMEX. (Regulamento Aduaneiro de Fevereiro de 2009)
Ainda de acordo com o regulamento aduaneiro, a concessão do regime é
feita com base nos registros e nas informações prestadas, no SISCOMEX,
conforme estabelecido pela Secretaria de Comércio Exterior. Esse registro
informatizado da concessão tem validade para todos os efeitos legais no âmbito
do ato concessório.
Para o desembaraço aduaneiro da mercadoria será exigido o termo de
responsabilidade em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil
para ser aceita no regime de drawback.
O pedido na modalidade de suspensão do regime drawback é concedido pela
Secretaria de Comercio Exterior com base na analise financeira dos fluxos das
importações e exportações e da compatibilidade das mercadorias importadas e
aquelas a serem exportadas.
Art. 389. As mercadorias admitidas no regime, na modalidade de suspensão, deverão ser integralmente utilizadas no processo produtivo ou na embalagem, acondicionamento ou apresentação das mercadorias a serem exportadas.
(Regulamento Aduaneiro de Fevereiro de 2009)
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Segundo o art. 389 do regulamento aduaneiro, caso haja excedente de
mercadorias produzidas ao amparo do regime, poderá ser consumida no mercado
interno, mas somente após o pagamento dos tributos suspensos dos insumos ou
produtos importados, com os acréscimos legais devidos. Ou ficam sujeitas aos
seguintes procedimentos.
a) devolução ao exterior ou reexportação;
b) destruição, sob controle aduaneiro;
c) destinação para consumo das mercadorias remanescentes, com o
pagamento dos tributos suspensos e dos acréscimos legais devidos;
Para controle e analise de fraudes a Secretaria de Comércio Exterior poderá
estabelecer condições ou requisitos específicos para a concessão do regime,
inclusive a apresentação dos cronogramas de exportação.
Parágrafo único. Na hipótese de descumprimento das condições e dos requisitos estabelecidos, o regime poderá deixar de ser concedido nas importações subseqüentes, até o atendimento das exigências. (Regulamento Aduaneiro de Fevereiro de 2009)
A Secretaria da Receita Federal do Brasil e a Secretaria de Comércio Exterior
poderão, em suas competências editar os atos normativos para a inclusão ou
desabilitação de implementações nesta Seção.
A empresa devera solicitar a comprovação das importações e exportações
vinculadas ao regime, através do módulo específico de drawback do SISCOMEX,
na opção “enviar para baixa”, no prazo de até 60 (sessenta) dias contados a partir
da data limite para exportação.
O Sistema fará a transferência automática dos RE averbados e devidamente
vinculados ao ato concessório no momento da efetivação dos REs, e das DIs
vinculadas ao regime, para a comprovação do Ato Concessório, caso a empresa
seja de fins comerciais e de drawback intermediário devera acessar a opção
correspondente para associar o registro de exportação à NF.
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27
Art. 4º Somente será aceito para comprovação do regime, modalidade
suspensão, RE contendo, no campo 2-a, o código de enquadramento
constante da tabela de enquadramento da operação do SISCOMEX-
Exportação, quando de sua efetivação, bem como as informações
exigidas no campo 24 - dados do fabricante. (Disponível no Website do
Ministério do Desenvolvimento)
Sistema irá realizar a comprovação automática se os valores e quantidades
forem idênticos ao realizado pela empresa no compromisso assumido. Não é
permitida a inclusão AC no campo 24, bem como no campo 2 -a de código de
enquadramento de drawback, após a averbação do registro de exportação, salvo
os casos de transferência de titularidade aprovados pelo DECEX (alterado pela
Portaria SECEX n° 06, de 31 de março de 2009).
Pode caso necessário fazer alterações através do SISCOMEX por meio de
processo administrativo para alterar dados no campo 24 desde que seja mantido o
código de enquadramento do drawback.
Para a comprovação serão utilizadas as datas de desembaraço da DI, a de
averbação do RE e da emissão da NF, dentro da data de validade do Ato
Concessório. Não serão aceitos para comprovação, RE que possua um único
CNPJ vinculado a mais de um Ato Concessório de Drawback.
2.2.2 Modalidade Isenção
O drawback isenção é uma modalidade diferenciada, pois ela se caracteriza
pela isenção de impostos desde que a empresa já tenha importado insumos e/ou
matérias primas para a produção de um produto que foi exportado, desta forma a
empresa poderá solicitar o ato concessório de drawback isenção. Nesta
modalidade, a empresa poderá importar insumos com isenção de tributos, em
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28
quantidade e qualidade equivalentes, destinados à reposição de insumos
anteriormente importados utilizados na industrialização do produto exportado.
A isenção é utilizada para reposição dos estoques dos insumos utilizados
na fabricação dos produtos, em quantidade e qualidade equivalente, aos
já exportados. A modalidade isenção ocorre em momento oposto ao da
suspensão, pois sua solicitação se dá após a importação, fabricação e
exportação do bem final. O pedido de drawback é feito mediante a
comprovação da exportação. Após a reposição do estoque os insumos
importados poderão ser utilizados livremente pela empresa.” (Disponível
no Website Spiner)
A princípio, o limite máximo para a importação de insumos para reposição de
estoque, com isenção de tributos, será de até 2 (dois) anos a contar da data de
registro da primeira Declaração de Importação (DI) utilizada para a comprovação
da aquisição no exterior dos insumos a importar.
O drawback isenção, diferente das outras modalidades, não há a intenção de
exportar a mercadoria, e sim de consumi-la no mercado interno.
Isso se verifica porque, nessa modalidade a empresa beneficiária
inicialmente importa as mercadorias para seu próprio consumo no
mercado interno, sem qualquer intenção de exportar, logo pagando todos
os impostos. (CASTRO, 1998, p. 151)
A modalidade isenção é aplicada à operação do drawback para Reposição
de Matéria-Prima Nacional, que consiste na importação de mercadoria para
reposição de matéria-prima nacional utilizada em processo de industrialização do
produto exportado, visando beneficiar a indústria exportadora ou o fornecedor
nacional, e para atender a situações conjunturais de mercado
A partir da segunda importação é possível importar o produto para que seja
reposto o estoque sem a incidência dos impostos, pois os mesmos já foram pagos
na primeira importação, porém se a quantidade do produto importado pela
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segunda vez ultrapassar a quantidade do produto importado pela primeira vez, os
impostos irão incidir sobre a quantidade que foi excedida na segunda importação.
Como se verifica, o direito ao drawback na modalidade isenção ocorre a
partir da realização da exportação do produto final e desde que tenha
sido utilizada a mercadoria importada anteriormente, com pagamento de
impostos.(CASTRO, 1998, p. 152)
O drawback isenção somente isentará o II (Imposto de Importação), o IPI
(Imposto sobre produtos Industrializados), o PIS (Programa de Integração Social),
o COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e o AFRMM
(Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante), na primeira
importação os impostos incidente ao produto importado deverão ser pagos,
somente não será isentado o ICMS (Imposto Sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Sobre Prestação de Serviço de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação).
Para fim de caracterização do drawback, a nova importação será
realizada com a isenção de pagamento de II, IPI, ICMS e AFRMM, por se
constituir na reposição de estoques de mercadorias importadas
anteriormente, com pagamento de impostos, e que foram utilizadas no
produto exportado. CASTRO, 1998, p. 152)
2.2.2.1 Operações especiais na Modalidade Isenção
Conforme mencionado na modalidade suspensão, em ambas as
modalidades, isenção e suspensão, temos duas operações especiais o drawback
intermediário e o drawback para embarcação.
![Page 48: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/48.jpg)
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2.2.2.2 Drawback Intermediário
O drawback intermediário é concedido a empresas denominadas fabricantes-
intermediários, que importam mercadoria para industrialização de produto
intermediário a ser fornecido a empresas industriais-exportadoras e utilizado na
industrialização de produto final destinado à exportação, nesta operação poderá
ser utilizada uma mesma exportação para comprovar o Ato Concessório de
drawback do fabricante-intermediário e da industrial-exportadora,
proporcionalmente à participação de cada um no produto final exportado e, o
drawback para embarcação refere-se à importação de mercadoria para
industrialização de embarcação e venda no mercado interno, conforme disposto
no § 2º do art. 1º da Lei nº 8.402, de janeiro de 1992.
2.2.2.3 Drawback para embarcação
O drawback para embarcação refere-se à importação de mercadoria para
industrialização de embarcação e venda no mercado interno, conforme disposto
no § 2º do art. 1º da Lei nº 8.402, de janeiro de 1992.
2.2.2.4 Drawback Isenção
Segundo Castro (1998), a concessão do drawback na modalidade isenção,
está sujeita a algumas regras. A primeira delas é que o valor CIF da mercadoria
não poderá ultrapassar 40% do valor FOB da mercadoria.
A Secex é o órgão competente para a concessão do regime de Drawback
Isenção. O beneficiário deverá comprovar a exportação de bens em cuja
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31
produção tenha utilizado mercadorias importadas em quantidade e valor
iguais aos que se pleiteia a isenção. O total da importação das
mercadorias deve ser, comparativamente, de 40% em relação ao valor
líquido das exportações, sempre se considerando os preços CIF no local
de embarque no exterior e o valor FOB líquido (sem comissão de agente
e outras deduções) local de exportação. (Disponível no Website do
Banco do Brasil)
Estará sujeito também à análise de idoneidade da empresa interessada em
fazer o drawback, criando assim uma ferramenta para evitar possíveis fraudes e
controlar os benefícios oferecidos. A empresa também não poderá ter nenhum
pedido de drawback pendente das comprovações necessárias para o beneficio.
De acordo com Castro (1998) o ato concessório da modalidade isenção será
dado pela SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), no qual habilitará a empresa
a importar matérias primas para a reposição de estoques com a isenção dos
impostos. Este ato concessório tem a validade máxima de 2 anos, sendo
concedido pela primeira vez com a validade de 1 ano e prorrogável por mais 1
ano.
Outrossim, após a autorização para a importação da mercadoria sob
drawback, o prazo para o embarque no exterior dos produtos
beneficiados será de um ano, a contar da data da emissão do Ato
Concessório, passível de prorrogação por igual período, conforme as
peculiaridades de cada caso. (Castro, 1998)
O ato concessório estando vencido não acarreta a perda do benefício, desde
que a mercadoria tenha sido embarcada antes do ultimo dia do prazo de validade
do ato concessório, caso o contrário o benefício será perdido e os impostos terão
de ser pagos com juros e multa.
Segundo FRANCAVILLA (2002) ,o pedido do ato concessório do drawback
isenção deverá ser feito junto à dependência do Banco do Brasil habilitada a
conduzir o regime. Deverão ser comprovadas as importações realizadas para que
seja analisado junto ao pedido do ato concessório. A declaração de importação
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32
(DI) apresentada para a comprovação das importações, não deverá ter a data do
registro de 2 anos antes do pedido do ato concessório.
Todo e qualquer pedido de alteração do ato concessório deverá ser feito
mediante um formulário de aditivo ao pedido de drawback. O pedido será
analisado quando for feito no último dia do prazo de validade do ato concessório
ou no primeiro dia útil subseqüente, caso a validade tenha caído em um dia não
útil.
Na habilitação do regime de drawback na modalidade isenção, utiliza-se da
DI com data de registro não anterior a 2 (dois) anos da data de apresentação do
pedido de drawback.
De acordo com o decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, a portaria nº
36, de 22 de novembro de 2007 e a portaria nº 25 de 27 de novembro de 2008 a
concessão do regime é de competência da Secretaria de Comércio Exterior,
devendo a empresa comprovar a exportação do produto beneficiado, fabricado,
complementado ou acondicionado que tenha utilizado mercadorias importadas
equivalentes, em qualidade e quantidade, àquelas para as quais estão sendo
pedido a isenção.
A empresa deverá indicar a classificação na NCM, a descrição, a quantidade
e o valor da mercadoria a ser importada e do produto a ser exportado, em moeda
conversível a preços unitários.
O regime será concedido mediante ato concessório do qual constarão:
I - valor e especificação da mercadoria exportada;
II - especificação e classificação fiscal na Nomenclatura Comum do
Mercosul das mercadorias a serem importadas, com quantidades e os valores
respectivos, estabelecidos com base na mercadoria exportada;
III - valor unitário da mercadoria importada, utilizada no beneficiamento,
fabricação, complementação ou acondicionamento da mercadoria exportada.
O valor do produto exportado corresponde ao valor líquido da exportação,
assim o preço total no local de embarque (campo 18 -b do RE), deduzidas as
parcelas relativas da comissão de agente, descontos e eventuais deduções.
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33
A Secretaria de Comércio Exterior irá periodicamente verificar a atualização
das relações importação-exportação dos atos normativos ou específicos que
expedir para produto ou produtos, e poderá suspender a aplicação de atos
concessórios para atender os interesses da economia nacional a qualquer
momento. Sendo que a mesma estabelecera prazo para a habilitação ao regime.
Para Habilitação nesta modalidade, as empresas utilizaram o RUD para
identificar os documentos eletrônicos registrados no SISCOMEX, relativos as
importações e exportações vinculadas ao regime ficando dispensada de
apresentar documentos impressos.
A data do registro DI devera ser indicado no RUD para comprovação das
importações já realizadas, e o RE não pode ser utilizado em mais de um pedido de
drawback.
Caso o produto importado tenha alíquota zero no Imposto de importação, o
regime pode ser concedido para os outros tributos devidos na importação.
Art. 401. Na concessão do regime serão desprezados os subprodutos e os resíduos não exportados, quando seu montante não exceder de cinco por cento do valor do produto importado. (Regulamento Aduaneiro de Fevereiro de 2009)
Se tiver alguma divergência relativa aos Atos Concessórios do regime
drawback serão analisados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil ou pela
Secretaria de Comercio Exterior cada uma no âmbito de sua competência.
2.2.2.5 Importação vinculada ao Regime de Drawback – Modalidade Isenção
De acordo com o ministério do desenvolvimento as importações vinculadas
ao regime especial aduaneiro deve seguir o procedimento abaixo.
As importações vinculadas ao ato concessório de drawback estão sujeitas a
licenciamento automático previamente ao despacho aduaneiro se solicitado antes
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34
do embarque no exterior. O licenciamento obedecerá as normas gerais de
importação e devera ser prestado todas as informações exigidas no
preenchimento do licenciamento de importação, principalmente na parte de
negociação relativa aos campos de regime de tributação:
I - o código relativo ao regime tributário - isenção, conforme tabela do
sistema;
II - o código da fundamentação legal - drawback, conforme tabela do
sistema;
III - o número da agência do Banco do Brasil S.A. centralizadora do ato
concessório de drawback;
IV - o número do ato concessório de drawback - no formato dddd-aa-
nnnnnn-v;
a) dddd: 04 dígitos para a agência emissora;
b) aa: 02 dígitos para o ano da emissão;
c) nnnnnn: 06 dígitos para o número do ato concessório de drawback,
completando com zero os dígitos não utilizados;
d) v: 01 dígito verificador.
Quando se tratar de solicitação de licenciamento amparando a transferência
de mercadoria depositada sob regime aduaneiro de entreposto na importação,
deverá obrigatoriamente ser consignado na tela “complemento - informações
complementares” o seguinte “A mercadoria objeto deste licenciamento se encontra
depositada sob regime aduaneiro de entreposto na importação. A beneficiária está
ciente de que a transferência da mercadoria depende de autorização da Receita
Federal do Brasil - RFB”.
Caso o licenciamento amparando a transferência de mercadoria sob depósito
alfandegado certificado - DAC, deverá consignado na tela “complemento -
informações complementares” o seguinte “A mercadoria objeto deste
licenciamento se encontra em depósito alfandegado certificado -DAC-.
Transferência para o regime aduaneiro especial de drawback com base no
disposto no artigo 497, do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009.” (alterado
pela Portaria SECEX n° 02, de 18 de fevereiro de 2009)
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35
Já no caso de substituição de mercadoria importada ao amparo do regime de
drawback, deve-se obrigatoriamente consignar na tela “complemento -
informações complementares” do licenciamento de importação o seguinte:
“Substituição ao amparo da Portaria nº -indicar o nº e data desta Portaria -, do
Secretário de Comércio Exterior, de mercadoria importada por meio da declaração
de importação nº __________,vinculada ao ato concessório de drawback nº
__________, de __________.”
Caso o ato concessório de drawback seja emitido com exigência de
prestação de garantia devera ser consignado na tela “complemento - informações
complementares” do licenciamento de importação o seguinte:
“A beneficiária está ciente do disposto no § 4º do art. 386 do Decreto 6.759, de 5
de fevereiro de 2009.” (alterado pela Portaria SECEX n° 02, de 18 de fevereiro de
2009).
Quando o preenchimento da DI vinculada a modalidade de isenção, deverá
ter no campo “informações complementares” da tela “complemento”, o número da
Adição da DI que amparou a importação original e do ato concessório de
drawback correspondente.
2.2.3 Modalidade Restituição
Essa modalidade de drawback é muito pouco utilizada, pois ela difere das
outras modalidades no que se refere a redução de custos na importação da
matéria prima, pois os impostos deverão ser pagos integralmente para que se haja
a restituição dos mesmos. Esta modalidade somente restituirá o II (Imposto de
Importação) e o IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados).
Para que seja restituído esses impostos, é necessário a importação de uma
matéria prima com todos os impostos pagos integralmente, porém não poderá ser
importada novamente. Sendo assim a Secretaria da Receita Federal emitirá uma
certificação de crédito com os valores do II (Imposto de Importação) e do IPI
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36
(Imposto Sobre Produtos Industrializados) válida por 90 dias para que seja abatida
em importações futuras.
Esta modalidade é pouco utilizada devido ao prazo de validade do ato
concessório, da morosidade do processo e da burocracia que é praticada para a
concessão do benefício, tornando assim uma modalidade pouco benéfica à
importação realizada.
2.2.3.1 Drawback Restituição
A concessão desse regime é de competencia da Secretaria da Receita
Federal do Brasil e pode ser total ou parcial a restituição dos tributos pagos na
importação da mercadoria. Para usufruir do regime, o interessado devera
comprovar a exportação do produto o qual foi beneficiado, fabricado
complementado ou acondicionado e tenha utilizado insumos importados na
referida fabricação.
Essa restituição do valor correspondente aos tributos pode ser feita mediante
crédito fiscal, a ser utilizado em qualquer importação posterior (Decreto-Lei no 37,
de 1966, art. 78, § 1o).
Art. 399. Na modalidade de restituição, o regime será aplicado pela unidade aduaneira que jurisdiciona o estabelecimento produtor, atendidas as normas estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, para reconhecimento do direito creditório. (Regulamento Aduaneiro de Fevereiro de 2009)
2.3 DESVANTAGENS DO REGIME ESPECIAL ADUANEIRO DRAWBACK
Bruno Ratti aponta que para aplicação do drawback faz-se necessário um
sistema bastante rigoroso por parte das autoridades com o intuito de evitar fraudes
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37
o que demanda regulamentação de alta complexidade com inúmeras exigências a
serem preenchidas, além de sujeitar a empresa interessada a uma inspeção
periódica por parte dos agentes do governo. Essas inspeções periódicas podem
comprometer a confidencialidade dos processos de produção envolvidos nos
produtos a serem beneficiados pelo regime. Muitas vezes, propositadamente ou
acidentalmente, o drawback transforma-se em subvenção disfarçada à
exportação, em virtude de dificuldades na determinação do montante a ser
retornado. Essas dificuldades surgem especialmente quando o material importado,
que entra na composição de determinado produto, não pode ser medido
diretamente. Nesses casos índices de conversão arbitrários são estabelecidos
para determinar quais as reais quantidades utilizadas na fabricação.
2.4 VANTAGENS OBTIDAS COM O USO DO DRAWBACK
Redução dos custos de produção; Melhor qualidade do seu produto;
Aperfeiçoamento das tecnologias; Maior participação nos mercados; Conquista de
novas frentes de trabalho, através da exportação; Utilização mais eficiente da
capacidade da produção; Aproveitamento dos incentivos que o governo concede,
como financiamentos específicos e amparo em todas as etapas do processo de
produção e comercialização.
2.5 DRAWBACK E A ECONOMIA BRASILEIRA
Ao longo dos anos o Drawback teve um crescimento significativo em relação
aos demais regimes de tributação e, conforme o gráfico 1 podemos observar o
crescimento em sua utilização sendo considerado um dos mais importantes
estímulos às exportações respondendo por em média 30% dos regimes
![Page 56: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/56.jpg)
38
suspensivos na importação, superando o Regime Aduaneiro Especial de
Entreposto Industrial sob Controle Informatizado (Recof) e a Zona Franca de
Manaus.
Gráfico 1 Participação do Drawback nos Regimes de Tributação
A utilização do Drawback proporciona a redução nos custos do produto final,
pois a empresa deixa de pagar alguns impostos que são obrigatórios na
importação, dessa forma conseguem melhorar a qualidade de seus produtos e
conseqüentemente conseguem também maior participação no mercado e novas
frentes de trabalho através das exportações. Essa realidade pode ser observada
no gráfico 2 onde mostra que as importações amparadas pelo regime cresceram
na ultima década 215%, tendo alcançado em 2007 US$ 10,3 bilhões e no gráfico 3
que mostra o crescimento das exportações estimuladas pelas importações que
utilizam o Drawback.
Tabela 1
Importação sob o Regime Drawback
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39
IMPORTAÇÃO SOB O REGIME DE DRAWBACK
3.256 3.1773.840
4.367 4.2035.008
6.284
7.197
9.066
10.272
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Fonte: Siscomex RFB/SECEX US$ MILHÃO
Gráfico 2 Importação sob o regime Drawback
Fonte: Siscomex RFB/SECEX
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40
EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO DO DRAWBACK FRENTE AO
COMÉRCIO EXTERIOR
0
50
100
150
200
250
300
350
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2006 2007
Fonte: Siscomex RFB/Secex
Nº
IND
ICE
DRAWBACK
IMPORTACAO
EXPORTACAO
Gráfico 3 Evolução do Crescimento do Drawback frente ao Comercio Exterior
Fonte: Siscomex RFB/SECEX
Na figura 4 abaixo, o Gráfico mostra a participação do Drawback sobre a
importação e a exportação sendo pouco representativo, a importação variou de
5% a 10% na década, tendo alcançado em 2008 os 7% já a exportação se
manteve sem muita variação.
Tabela 2
Participação do Drawback sob a importação e a exportação
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41
PARTICIPAÇÃO DO DRAWBACK SOBRE A IMPORTAÇÃO E A EXPORTAÇÃO
(US$)
5,34
%6,
44% 6,
88%
7,85
%8,
90%
10,3
6%
10,0
0%
9,78
%9,
92%
8,52
%
7,24
%
6,36
%6,
62%
6,97
%
6,79
%6,
95%
6,84
%
6,50
%
6,07
% 6,59
%
6,39
%
6,33
%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Fonte: Siscomex RFB/SEcex e Sistema Alice
DRAWBACK IMPORTAÇÃO DRAWBACK EXPORTAÇÃO
Gráfico 4 Participação do Drawback sobre a importação e a exportação
Fonte: Siscomex RFB/SECEX e Sistema Alice
Ao analisarmos o índice de agregação em relação aos valores importados e
exportados descriminados na Figura 5 foi encontrado um índice médio de 20% no
período de 2004 a 2007, isto é, para cada dólar importado são exportados cinco
dólares.
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42
Tabela 3
Índice de agregação
Gráfico 5 Índice de Agregação
As exportações beneficiadas pelo regime de Drawback apresentaram
crescimento superior às exportações realizadas sem o mecanismo: 77% contra
62%, de 2004 a 2007.
De acordo com a Figura 6, o Gráfico mostra a participação das exportações
amparadas pelo regime, quando comparada às exportações totais situa-se na
faixa de 25% a 30%, de fato que em 2007, mais de US$ 45 bilhões foram
exportados por drawback num universo de US$ 160 bilhões.
Tabela 4
Participação da exportação sob o regime Drawback
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43
25.72496.678
36.106118.529
41.992137.470
36.106160.649
27.309
111.096
0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 160.000 180.000
2004
2005
2006
2007
2008 ( Jul )
PARTICIPAÇÃO DA EXPORTAÇÃO SOB O REGIME DE DRAWBACK
SOBRE A EXPORTAÇÃO TOTAL
exportação sob drawback exportação total
Fonte:Siscomex RFB/Secex e Sistema Alice ,
Gráfico 6 Participação da exportação sob o regime de Drawback sobre a
exportação total
Fonte: Siscomex RFB/SECEX e Sistema Alice
O número de empresas que utilizam o Drawback vem crescendo lentamente,
na figura 7 de acordo com o Gráfico desde 2002 esse número cresceu 72% ao
atingir 2.283 empresas em 2007, porém, é pouco significativo quando comparado
ao número de empresas exportadoras em 2007 de 20.889.
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44
Tabela 5
Empresas exportadoras X Empresas que utilizam Drawback
Gráfico 7 Empresas exportadoras
Fonte: Siscomex RFB/SECEX e Sistema Alice
Drawback é utilizado por todos os seguimentos industriais, atingindo desde a
agroindústria até os bens de capital e de consumo.
A Figura 8 mostra que dentre as 25 mil operações já encerradas desde 2001,
os setores de máquinas, calçados e eletro-eletrônicos foram os maiores
beneficiários do regime.
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45
Tabela 6
Exportação por segmentos
632 906 7091.775
903
3.858
7511.534308
14.211
DRAWBACK UTILIZADO POR SEGMENTO
Siderurgia
Têxtil
Vestuário
Calçados
Plásticos
Máquinas
Automotivo
Eletrônicos
Hortícolas
Demais
Gráfico 8 Drawback utilizado por segmento Fonte: Sistema Alice e Siscomex RFB/SECEX
Fonte: Sistema Alice e Siscomex RFB/SECEX
![Page 64: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/64.jpg)
46
2.6 FERRAMENTAS DE PROTEÇÃO CAMBIAL
Para o drawback ter a rentabilidade esperada é necessário tomar cuidado
com a variação cambial da moeda negociada para que não se tome prejuízo na
importação feita pelo regime espedial aduaneiro ao invés de se obter lucro pela
suspensão, isenção ou restituição dos impostos incidentes na mercadoria
importada.
Existem algumas ferramentas que podem ser usadas para se protejer destes
riscos que estamos sujeitos numa importação, essa proteção pode ser feita
através de um Hedge.
2.6.1 Hedge
O Hedge é um instrumento de proteção cambial que visa a proteção parcial
ou total de grandes variações na taxa de cambio da moeda negociada.
[...] visa proteger operações financeiras contra o risco de grandes variações no preço de determinado ativo. Em finanças, uma estratégia de hedging consiste em realizar um determinado investimento com o objetivo específico de reduzir ou eliminar o risco de outro investimento ou transação. (Disponivel no Website Wikipedia)
Os mercados futuros tem muita participação de hedgers que visam proteger a
empresa total ou parcialmente dos riscos incorridos nas operações financeiras
utilizadas. Este risco pode estar em diversas formas como a taxa de cambio, preço
de commodity entre outros.
Seu objetivo é usar esses mercados para reduzir determinado risco que possam estar expostos. Esse risco pode se referir ao preço do petróleo, à taxa de câmbio, ao nível de preços do mercado de ações ou a qualquer outra variável. O hedge perfeito é aquele que elimina completamente o risco. (HULL, 2005, p.91 )
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47
2.6.2 Hedge de venda
Segundo HULL (2005), o hedge de venda envolve a posição vendida em
contratos futuros. É apropriado quando o hedger já possui o ativo e espera vendê-
lo em algum momento futuro.
Nesse caso o hedge funcionaria da seguinte forma. A empresa que deseja
exportar a mercadoria, para se proteger dos riscos da operação, realiza um hedge
de venda, para isso ela deverá adotar a posição vendida em contratos futuros e
realizar a operação junto à Bolsa de Mercados e Futuros (BM&F).
A empresa estudada utilizaria esta ferramenta para se proteger da variação
cambial que poderia trazer um possível prejuízo na venda do produto final. A
empresa venderia os dólares futuros a uma taxa negociada junto à BM&F e
fecharia um contrato de cambio de hedge. Se na data da liquidação a taxa de
cambio for maios que a negociada na operação de hedge a empresa estará
eliminando o risco de perder dinheiro com a variação, ja se a taxa de cambio for
baixa a empresa estara perdendo com a variação cambial de acordo com a
posição do contrato futuro negociada.
2.6.3 Hedge de compra
O hedge de compra é utilizado quando a empresa sabe que no futuro ela terá
de comprar determinado produto para atender uma possível demanda ou um
contrato estabelecido com outra empresa.
O hedge de compra funciona da seguinte forma. A empresa que irá comprar
uma mercadoria futura para dar continuidade à sua produção irá até a BM&F fazer
um hedge no preço futuro desta mercadoria, feito isso a empresa eliminará o risco
de perder dinheiro caso o preço dessa mercadoria sofra um aumento no futuro e
estara ganhando dinheiro em relação ao contrato futuro, ja se o preço da
![Page 66: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/66.jpg)
48
mercadoria cair no futuro a empresa estara perdendo dinheiro em relação à
posição futura negociada.
A empresa estudada utilizaria o hedge de compra em uma operação para
comprar o material utilizado no processo produtivo de seu produto final que é
importado sob o regime de drawback, dessa forma ela elimina o risco de pagar
mais caro, caso o preço desse material suba, e corre o risco de perder dinheiro,
caso o preço deste material caia futuramente.
2.6.4 Hedge feitos em Corretoras de Câmbio
Geralmente as empresas procuram corretoras de cambio para realizar suas
transações internacionais, fechamentos de cambio de compra e de venda,
contratos de hedge, entre outras operações.
Quando a empresa procura uma corretora para ralizar este tipo de operação
ela esta ciente de que ocorrerá um custo, porém o custo dessas operações feitas
pela corretora é um custo muito baixo, dependendo do volume de operações
realizadas por esta empresa.
O custo das operações é cobrado mediante uma taxa de corretagem
negociada entre a empresa e a corretora, assim a corretora se responsabiliza por
todas as negociações a serem feitas para a realização da operação financeira
solicitada pela empresa.
No caso do hedge, a corretora vê qual é o melhor canal para realizar a
operação, se é por meio de bancos ou se é diretamente na BM&F, e realiza a
operação. A empresa só terá o trabalho de conferir se o hedge esta feito conforme
negociado com a corretora e assinar os contratos de cambio.
![Page 67: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/67.jpg)
49
3 METODOLOGIA
O objeto de estudo será a empresa Yamana gold Inc, de origem canadense,
especializada na produção de ouro, desenvolvimento de técnicas exploratórias e
mapeamentos de terrenos para exploração de metais preciosos no Brasil, Chile,
Argentina, México e América Central. Formada em 2003, a Yamana gold teve seu
perfil de atuação dramaticamente alterado nos últimos 5 anos, seu numero de
colaboradores subiu de 12 para 8.700 e possui hoje nove minas de extração
localizados em 7 países da única existente no inicio de suas operações em 2003
no Canadá.
Nos últimos 2 anos a Yamana obteve destaque no mercado internacional
com a aquisição da Meridion Gold e Nothern Orion Resources por $4.8 bilhões
tendo hoje sua capacidade de produção total estimada em 1 milhão de onças de
ouro por ano e baixo custo de produção de aproximadamente $182,00 por onça
equivalente de ouro.
A partir de 2008 a empresa focou na política de crescimento orgânico e
sustentável de longo e curto prazo e planeja continuar investindo nas minas que já
possui e seguir sua expansão nas Américas através de constante
desenvolvimento de suas técnicas exploratórias e mapeamento de novas minas
de exploração.
Atualmente a Yamana Gold Inc concentra suas principais instalações de
extração no Brasil possuindo 6 minas localizadas no país sendo elas: Chapada
(Goiás), Jacobina (Bahia), Fazendo Brasileiro (Bahia), São Vicente (Fronteira da
Bolívia), São Francisco (50km da Bolívia), Santa Luz (Bahia).
3.1 TIPO DE PESQUISA
Opta-se pelo o tipo de pesquisa exploratória por proporcionar a melhor
compreensão do assunto discutido no trabalho.
![Page 68: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/68.jpg)
50
3.2 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS
Para a coleta de dados optou-se por uma entrevista realizada com o
responsável pela a área de drawback da empresa estudada.
A pesquisa foi aplicada pelos autores do trabalho para se analisar o processo
utilizado pela empresa, de maneira clara e objetiva com perguntas sobre o tema e
maneiras utilizadas para conseguir assim a compreensão de todos.
Também foi utilizado a pesquisa bibliográfica para a coleta de informações
referentes ao regime especial aduaneiro estudado, onde foi consultado diversos
livros e sítios de internet para a obtenção de informações sobre o drawback.
3.3 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA
A Yamana Gold é uma empresa de mineração que iniciou suas atividades de
exportação de minério concetrado de cobre em fevereiro de 2007 para a américa
do norte.
Como estratégia de negócio a empresa começou a utilizar o regime especial
aduaneiro drawback que se deu após o credenciamento da empresa a pedido do
DECEX para poder solicitar o ato concessório que daria o direito da empresa
importar insumos e matérias primas com a desoneração dos impostos incidentes
na importação. A empresa teve de contratar uma outra empresa credenciada pelo
DECEX para emitir um laudo técnico, para a Yamana Gold ser credenciada e
poder solicitar o ato concessório para realizar suas importações.
A Yamana Gold, utilizou essa estratégia de importar uma matéria prima ou
insumo com o benefício do regime especial aduaneiro, afim de aumentar os seus
lucros. Com essa estratégia a empresa aumentou seu lucro em uma taxa que gira
em torno dos 70%.
![Page 69: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/69.jpg)
51
Uma possível desvantagem seria observada pela empresa nessa estratégia,
seria se caso a empresa não comprovasse a importação, a mesma teria de pagar
todos os impostos que foram desonerados na importação com multa, juros e
correções monetárias, o que tornaria muito caro e elevaria muito o custo do
produto final.
A modalidade mais utilizada pela a empresa Yamana Gold é a modalidade
Suspensão, que desonera todos os impostos incidentes na importação.
A empresa opta por essa modalidade tendo em vista que a exportação é feita
após a utilização dos insumos e matérias primas que compõem o produto final e
tambem que não seria interessante para a empresa utilizar outra forma
modalidade de drawback.
A Yamana Gold é uma empresa que movimenta muitas toneladas utilizando o
drawback, atualmente o ato concessório da empresa permite que ela importe 272
toneladas a um custo FOB de US$ 749.000.000,00.
Para a empresa o drawback gera uma redução nos custos de produção dos
produtos, possibilitando que a empresa tenha uma manobra maior com relação ao
preço do produto final, por se tratar de extração de minério.
Dessa maneira a yamana gold ganhou reconhecimento internacional e
mercado dentro da América do Norte.
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4 RESULTADOS
4.1 ANÁLISE DE RESULTADOS
Figura 1
Análise da importação sem a utilização do Drawback
Fonte: (Elaborado pelo Autor, 2009)
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Aqui temos um exemplo dos custos de uma importação feita pela a Yamana
Gold sem a utilização do regime aduaneiro especial de drawback.
Nesse caso a empresa deverá pagar todos os impostos incidentes em uma
importação normal, são eles II, IPI, PIS, COFINS, ICMS e AFRMM.
Desta forma a importação deste produto se torna muito cara e pouco rentável
para a empresa, pois a tributação é muito alta em cima desta importação.
Figura 2
Análise da importação com a utilização do Drawback
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Fonte: (Elaborado pelo Autor, 2009)
Já neste exemplo, temos uma importação feita pela a mesma empresa com o
mesmo produto e na mesma quantidade, porém desta vez a empresa esta
utilizando o drawback.
Utilizando este benefício a empresa pode importar a mercadoria com os
impostos incidentes desonerados, desta forma torna o produto mais barato,
afetando o custo de produção do produto final destinado à exportação.
4.2 ANALISE DE CUSTOS DA EMPRESA YAMANA GOLD
Todo o processo de importação resulta em custos, a empresa estudada visa
a diminuição deles fazendo a importação utilizando do regime de drawback, desta
forma ela reduz o custo no que se refere à impostos incidentes na compra da
mercadoria utilizada no processo produtivo de seu produto final.
Veremos qual a rentabilidade da utilização deste regime pela empresa, e
teremos a idéia de qual é o impacto causado no custo final de seu produto, dessa
forma seu produto pode chegar com preços competitivos no mercado
internacional.
4.2.1 Análise de Rentabilidade
A seguir veremos todos os custos operacionais que irão ocorrer na
importação do produto utilizado pela empresa.
Temos uma importação com o regime de drawback suspensão e sem o
regime de drawback dessa forma podemos comparar se é ou não vantajoso a
utilização deste regime em uma importação e poderemos ver quanto a empresa
irá economizar utilizando ou não o regime.
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Aqui temos uma importação sem a utilização do regime de drawback, note
que os impostos incidentes acrscenta um total de R$75.727,18 no custo do
produto
Tabela 7
Analise dos impostos incidentes sobre a importação sem a utilização do Drawback
CALCULO SEM DB.
VALOR DA MERCADORIA R$ 97.988,16
FRETE R$ 4.721,51
CFR R$ 102.709,67
IMPOSTOS
II R$ 18.642,54
IPI R$ 12.221,22
PIS R$ 2.383,71
COFINS R$ 10.979,53
TX.SISCOMEX R$ 40,00
ICMS R$ 30.279,80
AFRMM R$ 1.180,38
TOTAL DOS IMPOSTOS R$ 75.727,18
VALOR TOTAL DA IMPORTAÇÃO R$ 178.436,85
Fonte: (Elaborado pelo Autor, 2009)
O custo total desta importação seria de R$178.436,85 sendo que
R$75.727,18 seria só de impostos incidentes nessa importação, representa
42,44% do custo total da importação.
Podemos ver que é pouco vantajoso utilizar desta importação, pois os
impostos incidentes são muito altos e um incide sobre o outro, tendo assim um
custo muito elevado na importação desta mercadoria.
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Aqui podemos ver a importação com a utilização do regime de drawback
suspensão, note que os impostos incidentes estão suspensos somente é cobrada
a taxa da utilização do sistema Siscomex que é da importancia de R$40,00.
Tabela 8
Analise da importação com a utilização do Drawback
CALCULO COM DB.
VALOR DA MERCADORIA R$ 97.988,16
FRETE R$ 4.721,51
CFR R$ 102.709,67
IMPOSTOS
II R$ -
IPI R$ -
PIS R$ -
COFINS R$ -
TX.SISCOMEX R$ 40,00
ICMS R$ -
AFRMM R$ -
TOTAL DOS IMPOSTOS R$ 40,00
VALOR TOTAL DA IMPORTAÇÃO R$ 102.749,67
Fonte: (Elaborado pelo Autor, 2009)
O custo total da importação utilizando o regime de drawback é de
R$102.749,67 sendo R$40,00 de impostos incidentes na importação. Nesse caso
os impostos incidentes representam apenas 0,04% do custo total da importação.
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57
75.727,18
40,00
0,00
10.000,00
20.000,00
30.000,00
40.000,00
50.000,00
60.000,00
70.000,00
80.000,00
Total dos Impostos
Impostos incidentes sem
o uso do Drawback
Impostos incidentes com
o uso do Drawback
Fonte: (Elaborado pelo Autor, 2009)
Gráfico 9 do Total de Impostos
Tendo por base esses cálculos podemos ver uma economia de R$75.727,18
na importação com a utilização do regime de drawback essa economia representa
27,49% da importação com a utilização do drawback, como veremos no grafico
abaixo.
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58
102.749,67
178.436,85
0,00
20.000,00
40.000,00
60.000,00
80.000,00
100.000,00120.000,00
140.000,00
160.000,00
180.000,00
Custo Total da Importação
Importação com uso do
Drawback
Importação sem o
Drawback
Fonte: (Elaborado pelo Autor, 2009)
Gráfico 10 Custo total da Importação
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59
5 DISCUSSÃO
O drawback é um incentivo à exportação criado pelo o governo brasileiro a
fim de extimular as exportações com a desoneração de impostos incidentes em
uma importação de matéria prima ou de insumos que participam do processo
produtivo de um produto destinado à exportação.
Desta forma empresas que utilizam deste beneficio tem a oportunidade de
colocar os seus produtos de forma competitiva no mercado externo, para
concorrer com os produtos de diversas nacionalidades e até mesmo os produtos
do país importador.
A Yamana Gold utiliza este benefício justamente por ele desonerar impostos,
deixando o seu custo de produção mais baixo e possibilitando a empresa colocar
seu produto final a preços mais competitivos no mercado externo.
A empresa conseguiu aumentar sua lucratividade de forma considerável
utilizando apenas uma modalidade do drawback, não necessitando utilizar outra
para obter uma lucratividade maior, pois a modalidade utilizada é a mais completa
no que diz respeito à desoneração de impostos.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da apresentação teórica e dos resultados obtidos através de analise
financeira de custos, concluímos que o drawback é um incentivo à exportação
lucrativo e que permite a empresa não só colocar os seus produtos de forma
competitiva no mercado externo, mas tambem reduzir os custos da produção dos
seus produtos com a desoneração dos impostos incidentes na importação de
matérias primas e insumos.
Após a analise de custos relacionados aos impostos incidentes em uma
importação, II, IPI, PIS, COFINS, ICMS e AFRMM observamos que estes
representavam um grande percentual do custo total da importação de insumos e
materias primas para a confecção de produtos destinados à exportação. Com
estes impostos desonerados a empresa consegue não só colocar os produtos
finais com um preço mais competitivo no mercado com o tambem ganhar novos
mercados, podendo obter um nivel maior de negociação com seus clientes.
A empresa Yamana Gold utiliza deste benefício pois é mais lucrativo e
interessante a ela no ambito que se refere a dimunição de custo, maior
aproveitamento do seu capital em investimentos e maquinarios e na expansão e
ganho de mercado externo de maneira competitiva.
Utilizando apenas a modalidade suspensão, a empresa aumentou o seu lucro
em uma taxa que gira em torno dos 70%, portanto para a Yamana Gold, é
extremamente rentável utilizar deste incentivo para a importação de insumos e
materias primas utilizados no processo produtivo de seus produtos destinados à
exportação, e para a balança comercial extritamente necessario para aumetar seu
superavit.
Desta forma concluimos que o regime aduaneiro drawback e um incentivo
realmente importante e necessario para o desenvolvimento e crescimento do
nosso comercio exterior, é uma otima ferramenta para abrir portas neste mundo
globalizado em que vivemos , onde preço e qualidade andam lado a lado
competindo entre si e prevalencendo o equilibrio entre fatores.
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61
LIMITAÇÕES DA PESQUISA
A empresa estudada, segundo sua representante, possui restrições na liberação
de algumas informações relativas aos processos de importação e exportação
beneficiados pelo drawback. Não foi possível a realização de uma investigação
mais aprofundada e prolongada sobre todo o processo de drawback realizado pela
Yamana Gold Inc, mas sim obter uma visão geral suficiente para alcançar o
objetivo inicial no qual a investigação foi fundada.
A entrevista de apenas uma pessoa é um fator limitante da pesquisa, apesar ser a
responsável pelo assunto investigado. Não houve a possibilidade de agendar
novas entrevistas com o objetivo de complementar eventuais informações.
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62
INDICAÇÕES PARA PESQUISAS FUTURAS
A pesquisa foi aplicada ao regime aduaneiro especial drawback, utilizando como
objeto de estudo a empresa Yamana Gold Inc, atuante na exploração e
beneficiamente de metais preciosos. Sugere-se portanto aplicar a mesma
pesquisa para outras industrias buscando maior generalidade nos resultados.
Seria interessante também a realização de uma investigação com
acompanhamento maior e presencial, de forma que o pesquisador pudesse
verificar in loco cada passo do processo.
Outra indicação que pode ser interessante para um pesquisa futura refere-se à
possibilidade de realizar essa pesquisa em um setor industrial mais diversificado
que utilize com mais intensidade o benefício do drawback na importação de
inúmeras matérias primas para composição do produto final a ser exportado
abrangido uma maior utilização do regime e suas modalidades.
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63
REFERÊNCIAS
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CASTRO, José Augusto de. Exportação: aspectos práticos e operacionais / José
Augusto de Castro. – São Paulo: Aduaneiras, 1998.
COUTINHO, L.G., FERRAZ, J. C., eds. Estudo de competitividade da indústria brasileira. Campinas: Papirus, 1995.
FENSTERSEIFER, J.E., Internacionalização e Cooperação: Dois imperativos para a empresa do terceiro milênio. Revista Eletrônica de Administração – READ, Porto Alegre Vol. 6 Nₒ 3, Out 2000.
FRANCAVILLA, Enrico. O drawback suspensão genérico e a vinculação física. As peculiaridades do benefício e os equívocos da fiscalização. Jus Navigandi, Teresina, ano 4, n. 43, jul. 2000. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=1345>. Acesso em: 16 abr. 2009.
Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior, [2003?]. Dispónivel em http://www.funcex.com.br/janela.asp?tp=1&xcd=9. Acesso em 01 Nov. 2009.
GARCIA, Luiz Martins. Exportar: rotinas e procedimentos, incentivos e formação de preços – 4. Ed. p. 168 – São Paulo: Aduaneiras, 1994)
HULL, John C. Fundamentos dos Mercados Futuros e de Opções – 4ª Ed. – São Paulo – Bolsa de Mercadorias e Futuros, 2005
Hedge. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. [S.l.]: Wikimedia Foundation, 2006. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Hedge>. Acesso em 21 out. 2009.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior Secretaria de Comércio Exterior: Portaria Nₒ 11, de 25 de Agosto de 2004. Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivo/legislacao/portarias/secex/2004/prtSECEX11_2004.pdf>. Acesso em 25 maio 2009.
Ministerio da Fazenda, Disponivel em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana/Drawback/regime.htm>. Acesso em: 18 out. 2009.
![Page 82: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/82.jpg)
64
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior Secretaria de Comércio Exterior, Dispónivel em <http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1253564487.pdf>. Acesso em 19 de set. 2009.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior Secretaria de Comércio Exterior, Dispónivel em <http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=5¬icia=3838>. Acesso em 15 de set. 2009.
NEVES, Luis Gustavo Bregalda; LEITE, Rafael de Mamede Oliveira Ramos da Costa. A prática do drawback nas relações internas e internacionais. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 712, 17 jun. 2005. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6891>. Acesso em: 16 abr. 2009.
Portal Tributário, [2001?]. Dispónivel em: <http://www.portaltributario.com.br/artigos/drawbackverdeamarelo.htm>. Acesso em 22 jul. 2009.
RATTI, Bruno – Comércio Internacional e Cambio - 9° edição - Publicado por Aduaneiras.
RIBEIRO, E MARKWALD, R. Análise das exportações brasileiras sob a ótica das empresas, dos produtos e dos mercados. Revista Brasileira de Comércio Exterior. Rio de Janeiro. N 85. p. 3-20. 2005.
Spiner .:O Mundo de Todas as Tribos Jovens:. , [2007]. Dispónivel em <http://www.spiner.com.br/modules.php?file=viewtopic&name=Forums&t=396>. Acesso em 22 jul. 2009.
![Page 83: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/83.jpg)
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ANEXO 1 – Minas de extração no Brasil
Chapada
Jacobina
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66
Fazenda Brasileiro
São Vicente
![Page 85: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/85.jpg)
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ANEXO 2 – Documentos
Pedido de Drawback
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Pedido de Anexo ou Aditivo ao Ato Concessório
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70
![Page 89: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/89.jpg)
71
Pedido de Alteração do Ato Concessório
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72
![Page 91: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/91.jpg)
73
RUD – Relatório Unificado de Drawback
![Page 92: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/92.jpg)
74
![Page 93: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/93.jpg)
75
![Page 94: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/94.jpg)
76
![Page 95: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/95.jpg)
77
Pedido de Alteração do Registro de Exportação
![Page 96: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/96.jpg)
78
![Page 97: REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DRAWBACK-Estudo exploratório dos impactos para uma empresa do ramo de extração de ouro](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051112/55720a99497959fc0b8c0dd7/html5/thumbnails/97.jpg)
79
Exemplo de Declaração de Importação
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APÊNDICE A – Modelo de Entrevista