regulação neuroendócrina integração de sinais periféricos ... · neuropeptideo y ingestão de...
TRANSCRIPT
Ingestão de alimento
Regulação neuroendócrina
Integração de sinais periféricos e
centros cerebrais
Fisiologia Endócrina e Metabólica PG em Zootecnia (Produção
Animal) / FCAV / UNESP / Jaboticabal
Teoria lipostática – 1953 / Descoberta da leptina – 1994
Conhecimento trazido com a descoberta da leptina:
• Leptina – fator de saciedade; papel importante no apetite e balanço
energético, regulação neuroendócrina e ação no sistema imune
• Metabolismo dos esteroides sexuais e glicocorticoides no tecido
adiposo - considerado um determinante na distribuição da gordura
corporal e riscos cardiovasculares associados.
• Produtos dos adipócitos (citocinas pro-inflamatórias, fatores
complemento e componentes da cascata coagulação/fibrinolítica)
podem mediar as complicações fisiopatológicas de síndromes
metabólicas.
Tecido adiposo como órgão endócrino
Tecido adiposo
Tecido adiposo – tecido conjuntivo frouxo composto por
adipócitos (células cheias de lipídeos) envolvidos por matriz
de fibras de colágeno, vasos sanguíneos, tecido neural, pré-
adipócitos, fibroblastos, células musculares lisas, células
endoteliais e células imunes (macrófagos, células T,
mastócitos).
Estoque ilimitado de triglicerídeos.
Metabolismo de lipídeos – regulado por sinais nutricionais,
neurais e hormonais.
Regulação do peso corporal baseado no tecido adiposo
Modelo lipostático – células de gordura secretam sinais chave
para o cérebro regular a ingestão de alimento e a deposição de
gordura corporal (Kennedy, G.C., 1953. The role of depot fat in the hypothalamic control of
food intake in the rat. Proc. R. Soc. 140, 578–592)
Leptina foi identificada como produto de um gene ausente em
camundongos obesos (ob/ob) - 1994
Proteína de 167 AA (16kDa) – homem
Expressa em adipócitos (sangue), mas também, em pequenas
quantidades na placenta, músculo esquelético, epitélio gástrico e
mamário e cérebro)
Cell Metabolism 6, July 2007
Adiponectina
(ACRP30/adipoQ)
Proteína expressa em
adipócitos – 30 kDa
1995/1996
Níveis se correlacionam
negativamente com a
adiposidade.
Melhora a sensibilidade
a insulina.
Resistina – proteína de 10 kDa secretada exclusivamente por
adipócitos de roedores e macrófagos de humanos.
Angiopoietin-like protein 4 (ANGPTL4; FIAF/PGAR) – proteína de 50
kDa bastante expressa no tecido adiposo.
Visfatina - proteína de 52 kDa – gordura visceral. Efeitos semelhantes
a insulina. Regulada na inflamação.
Mediadores inflamatórios (TNFα, IL-1β, IL-6, IL-8, IL-10, receptor
antagonista de IL-1, MCP-1 proteina-1 quimiostática de macrófagos,
fator inibidor de migração de macrófagos, proteínas 1α e 2
inflamatórias de macrófagos;
Reagentes de fase aguda (amiloide A3 sérico, haptoglobina)
Fatores derivados do sistema complemento.
Fator pro-trombótico (inibidor da ativação do plasminogênio PAI-1).
Sistema glicocorticoide e renina-angiotensina.
Retinol binding protein-4 (RBP4)
Tecido adiposo – não é um tecido inerte que estoca gordura.
• Capacidade de expandir por diferenciação de préadipócitos (hipertrofia).
• Responsável pela síntese e secreção de inúmeros hormônios, ativos no
controle de: 1) Ingestão nutricional (leptina, angiotensina); 2) Controle
da sensibilidade à insulina e processos inflamatórios (TNF-α, IL-6,
resistina, visfatina, adiponectina, entre outros); 3) Outros.
• Tecido adiposo não é uniforme; varia dependente do local do corpo e
diferem na capacidade de secretar adipocinas, bem como na quantidade
de adipócitos, vasos sanguíneos e células imunes.
Acylation stimulating protein
Adipose vascular endothelial growth factor
Citocinas do tecido adiposo
Adipocitocinas ou adipocinas
Tecido adiposo é capaz de produzir moléculas ativas – alto poder
biológico.
Conhecimento de suas ações – entendimento de doenças de alta
prevalência (DM, obesidade, hipertensão arterial e síndromes
relacionadas)
Proteínas/outros produtos secretados pelo tecido adiposo –
envolvidas na homeostase energética, regulação neuroendócrina e
resposta imune.
Produção dos adipócitos é basicamente de leptina e adiponectina
Outras adipocinas - praticamente todas produzidas pelos
macrófagos
leptina via receptores hipotalâmicos inibe a ingestão, reduzindo o peso
corporal e aumentando a atividade locomotora e a termogênese
leptina e seus receptores por feedback negativo indicam a quantidade de
reserva energética para os centros hipotalâmicos no cérebro
ciclo regulado por feedback negativo
Receptores da família das citocinas - ativam as tirosinas Janus kinase
1994 – leptina identificada
1995 – RECEPTORES LEP – gene com 6 mRNA (isoformas)
Vários núcleos hipotalâmicos (ingestão de alimentos / balanço
energético)
4 isoformas – áreas do cérebro (ingestão de alimentos)
Uma delas abundante no plexo coroide – transporte da LEP na barreira
hemato-encefálica
Isoformas identificadas
i) em vários tecidos periféricos (fígado, intestino delgado, gônadas, baço,
medula óssea, pulmões, músculo esquelético, rim, coração);
ii) em células isoladas (hipófise, medula da adrenal, sistema imune)
Número expressivo de isoformas nas células gonadotróficas da hipófise –
ação nas funções reprodutivas
Efeitos da LEP - centrais – mediados por uma rede de:
Neuropeptídeos orexigênicos (neuropeptídeo Y, galanina, galanina-
like peptídeo, hormônio concentrador de melanina MCH, orexinas, agouti-
related peptide AGRP)
Neuropeptídeos anorexigênicos (CRH, POMC, αMSH, cocaine-and
amphetamine-regulated transcript CART)
Centro hipotalâmico
alimentação
Depósitos de gordura
Neuropeptideo Y
Ingestão de alimentos
Secreção Leptina
Nega
tive f
eedback
Frango de corte – IICV leptina (8Ug/kg/g)
Redução da ingestão, diminuiu expressão NPY, orexina, receptor de orexina, MCR4.
This review will summarize recent achievements in farm animal adipose
tissue proteomics, mainly in cattle and pigs, but also in poultry, i.e. chicken
and in farmed fish. Proteomics advancement in adipocyte cell lines, have
also been included.
Keywords: Adipokines, adipose tissue, cow, fish, pig, poultry, proteomics.