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REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA DO CURSO DE
GRADUAÇÃO EM DIREITO DA FACULDADE DE PERUIBE – UNISEPE.
TÍTULO I.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.
CAPÍTULO I.
DOS FUNDAMENTOS DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA.
Art. 1º - Este Regulamento rege as Atividades de Estágio Supervisionado
do Curso de Graduação em Direito da Faculdade de Peruíbe, mantidas pela União das
Instituições de Serviços, Ensino e Pesquisa Ltda – Unisepe.
Art. 2º - O Estágio Supervisionado, a ser realizado a partir do 7º até o 10º
período do curso, leva em consideração as competências referentes ao domínio dos
conteúdos a serem discutidos. O Estágio Supervisionado é realizado na própria
Instituição de Ensino, por meio do Núcleo de Prática Jurídica (NPJ), podendo
contemplar convênios com outras entidades ou instituições e escritórios de advocacia,
em serviços de assistência judiciária implantados na Instituição, nos órgãos do Poder
Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria pública ou ainda, em departamentos
jurídicos oficiais.
Art. 3º - As atividades de Estágio Supervisionado são essencialmente
práticas e devem proporcionar ao estudante a participação em situações simuladas e
reais de trabalho, vinculadas à sua área de formação, bem como a análise crítica destas.
Parágrafo único - As atividades de Estágio Supervisionado devem
buscar, em todas as suas variáveis, e na medida de suas possibilidades, a articulação
entre ensino e experiências profissionais.
Art. 4º - As atividades práticas desenvolvidas no Núcleo de Prática
Jurídica (NPJ) visam preparar o estudante ao exercício das profissões jurídicas,
mediante as seguintes diretrizes:
I – ética profissional;
II – emprego da técnica jurídica;
III – visão global e específica das carreiras jurídicas;
IV – contato com a realidade das partes envolvidas nos conflitos
jurídicos;
V – prestação de utilidade pública;
VI – aproveitamento acadêmico;
VII – participação efetiva do aluno e assiduidade;
VIII – orientação ao estudante em fase de formação.
Art. 5º- O Estágio Supervisionado é componente curricular obrigatório,
indispensável à consolidação dos desempenhos profissionais desejados, inerentes ao
perfil do formando. Reserva-se, exclusivamente, para alunos matriculados no Curso de
Direito da Faculdade de Peruíbe - Unisepe. Ele não se confunde com o estágio
profissional. Dessa forma, ainda que nem todos os discentes possam realizar estágio
profissional, todos eles são obrigados a cumprir o estágio curricular.
A finalidade do Estágio Supervisionado é proporcionar ao discente
formação prática, com desenvolvimento das competências e habilidades necessárias à
atuação profissional. O Estágio Supervisionado deve proporcionar ao aluno a
participação em situações simuladas e reais de vida e trabalho, vinculadas à sua área de
formação.
Parágrafo Único: As atividades de Estágio Supervisionado podem ser
reprogramadas e reorientadas de acordo com os resultados teórico-práticos
gradualmente revelados pelo aluno, até que se possa considerá-lo concluído,
resguardando, como padrão de qualidade, os domínios indispensáveis ao exercício das
diversas carreiras contempladas pela formação jurídica.
CAPÍTULO II.
DAS DEFINIÇÕES.
Art. 6º - Considera-se Núcleo de Prática Jurídica do Curso de Direito da
Faculdade de Peruíbe - Unisepe o setor responsável pelo conjunto das atividades de
Estágio Supervisionado (NPJ).
§ 1º - O Estágio Supervisionado é realizado do 7º ao 10º semestre do
Curso de Direito da Faculdade de Peruíbe - Unisepe, através das atividades simuladas
das práticas profissionais das diversas carreiras jurídicas, abrangendo as várias áreas do
Direito, desenvolvidas nas disciplinas de Estágio e Prática Jurídica I, II, III e IV. Sendo
160 (cento e sessenta) horas através da disciplina de Prática Jurídica I, II, III e IV e 200
(duzentas ) horas orientadas e desenvolvidas através do NPJ. O aluno deve desenvolver
uma programação obrigatória que totalize a carga horária mínima de 360 horas a ser
cumprida, conforme determinado na matriz curricular do Curso de Direito.
As atividades de Estágio Supervisionado envolvem visitas orientadas,
prática simulada e prática real.
§ 2º - Para os fins do presente Regulamento, são atividades de estágio
simulado, as aulas ministradas como Prática Jurídica, de freqüência obrigatória aos
alunos matriculados no quarto e quinto ano, ou semestres equivalentes, nas áreas cível,
penal, trabalhista, constitucional, processual, previdenciária e tributária, bem como o
exercício das atividades simuladas previstas no presente regulamento.
§ 3º - A Faculdade de Peruíbe – Unisepe pode, a seu critério e
conveniência, instituir um Setor de Conciliação e uma Câmara de Negociação,
Mediação e Arbitragem, cujos serviços serão em sua essência prestados em forma de
serviço de assistência judiciária gratuita, consistente no atendimento à pessoa carente,
para o fim de orientá-la e tomar providências cabíveis dentro da competência atribuída.
TÍTULO II.
DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA.
CAPÍTULO I.
DAS ATIVIDADES DO NÚCLEO.
Art. 7º - As atividades do Núcleo de Prática Jurídica do Curso de
Graduação em Direito da Faculdade de Peruíbe – Unisepe obedece ao estipulado na
legislação em vigor sobre estágios, e ao previsto neste Regulamento, incluindo a prática
de estágio supervisionado.
§ 1º - A prática de Estágio Supervisionado consiste em:
I - Visitas Orientadas: As visitas orientadas abrangem os diversos
órgãos jurisdicionais, assim como a assistência de audiências reais e julgamentos, nos
diversos fóruns e tribunais, com apresentação de relatórios das audiências, conforme
cronograma estipulado pela Coordenação semestralmente. Das visitas devem ser
redigidos relatórios circunstanciados a serem apresentados pelo aluno para avaliação,
nos moldes do modelo fornecido.
Nas visitas orientadas e na prática simulada, a avaliação do estagiário é
procedida pelo professor orientador tendo por base os relatórios apresentados, as peças
elaboradas durante o semestre, da participação dos atos processuais simulados
(audiências, sessões, etc.).
II - Prática Simulada: A prática simulada abrange o exercício prático
das atividades forenses e não forenses, a elaboração de peças processuais e profissionais
simuladas, atuação em processos simulados. A pauta de atividades simuladas inclui
ainda o estudo de peças, rotinas e fases do processo, nos diversos procedimentos, pelo
exame de autos findos, e o treinamento simulado de técnicas de negociação, conciliação
e arbitragem, conforme cronograma estipulado pela Coordenação semestralmente. Na
prática simulada a avaliação do estagiário é realizada pelo professor orientador a partir
das peças processuais elaboradas e participações em audiências.
III - Prática Real: O Estágio Profissional de Advocacia, previsto na Lei
nº 8.906/1994, é oferecido pela Faculdade de Direito de Peruíbe - Unisepe, por meio do
Núcleo de Prática Jurídica, mediante a celebração de convênio com o Conselho
Seccional da OAB. Nesse caso, o Estágio Profissional de Advocacia é revestido das
seguintes características:
a) – é extracurricular e destina-se, exclusivamente, a qualificar para a
profissão de advogado e habilitar para inscrição no quadro de estagiários
da OAB;
b) – tem a duração mínima de 02 (dois) anos e carga horária igual ou
superior a 300 horas;
c) – deve incluir necessariamente o estudo e análise do Estatuto da
Advocacia e da OAB e do Código de Ética e Disciplina.
§ 2º- O Estágio Profissional de Advocacia pode computar a carga horária
do Estágio Supervisionado, devendo o aluno complementá-la com:
I – 70 (setenta) horas dedicadas a treinamento em atividades práticas e
típicas da advocacia, em escritórios de advocacia, sociedade de advogados,
departamentos ou serviços jurídicos dos órgãos públicos, entidades ou associações,
todos credenciados junto à Comissão de Estágio e Exame de Ordem do Conselho
Seccional da OAB respectivo;
II – 30 (trinta) horas para estudo e análise do Estatuto da Advocacia e da
OAB e do Código de Ética e Disciplina, salvo se já estiverem integradas ao Estágio
Supervisionado.
§ 3º A prática real poderá ser desenvolvida na Faculdade de Peruíbe -
Unisepe, por meio do Serviço de Atendimento Jurídico - SAJU, se implantado, bem
como, em departamentos jurídicos credenciados, escritórios de advocacia e órgãos
públicos conveniados. Para fins de supervisão e avaliação, o estagiário deve apresentar
relatório das atividades desempenhadas, cópia do controle de freqüência, assim como
cópia das peças processuais elaboradas no período. Os relatórios apresentados e as
cópias das peças elaboradas são objetos de avaliação, visando à atribuição de horas. Ao
término do semestre, o aluno deve apresentar ao Núcleo de Prática Jurídica certidão ou
declaração consignando o período do estágio, bem como sua carga horária.
I - As atividades conveniadas não devem ultrapassar 40% do tempo
exigido para conclusão do estágio, ou seja, 80 horas, e são realizadas sob supervisão da
Faculdade de Direito Unisepe, através do NPJ com elaboração de relatórios.
II - Os alunos que desejam cumprir apenas as atividades curriculares do
Estágio Supervisionado não são compelidos a participar das atividades do Estágio
Profissional de Advocacia, caso em que, deverão cumprir integralmente a carga horária
curricular prevista à prática supervisionada junto ao NPJ, ou seja, lograr êxito nas
disciplinas de Estágio I, II, III e IV e Prática Jurídica I, II, III e IV.
III - Os alunos que, ao contrário, optarem pelo exercício das atividades
da prática real, realizada por meio do SAJU, se implantado pela Faculdade de Direito -
Unisepe, ou por departamentos jurídicos credenciados ou, ainda, de órgãos públicos
conveniados, poderão totalizar, nessas atividades, a carga máxima de 80 horas,
correspondentes a 40% da carga total do estágio, caso em que deverão cumprir, no NPJ,
a carga de 120 horas, a fim de totalizarem às 200 horas exigidas.
§ 4º Na prática real conveniada os relatórios apresentados pelo estagiário
e as cópias das peças elaboradas são objeto de avaliação pelo órgão supervisor NPJ. O
total de horas cumpridas é aferido pela folha de freqüência ou declaração/certidão do
órgão ou escritório conveniente.
I- A frequência do aluno é controlada pelo órgão ou escritório
conveniado, com a supervisão do Núcleo de Prática Jurídica.
Art. 8º - Em observância ao Projeto Pedagógico do Curso de Direito da
Faculdade de Peruíbe - Unisepe, as atividades exigidas serão divididas nas seguintes
categorias, com a correspondente carga horária: Estágio I, II, III e IV = 200 horas,
divididas em Visitas orientadas, Prática Real e Simulada desenvolvida aos sábados.
I - Considerando-se que os alunos a partir do 7º semestre, e seguintes, já
cursaram as disciplinas de direito material e processual que lhes possibilitam o
desenvolvimento de peças processuais mais complexas, desenvolverão as atividades de
estágio, na forma exclusivamente prática, e que serão cumpridas na Prática Simulada e
na Prática Real.
II - Considerando-se, ainda, a necessária integração entre os
departamentos que compõe o Núcleo de Estágio Supervisionado e a sua finalidade
prática, as peças serão desenvolvidas pelos professores nos mesmos moldes em que são
elaboradas nas lides forenses, com o objetivo de que seja utilizada a mesma sistemática
entre os departamentos, de forma a possibilitar ao aluno maior segurança e
discernimento no desenvolvimento das peças práticas quando do exercício efetivo na
vida profissional.
III - Considerando-se, por fim, a finalidade do estágio, nos moldes
estabelecidos pelo Projeto Pedagógico da Faculdade de Peruíbe - Unisepe e objetivando
que o aproveitamento das atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Prática Jurídica
confira aos alunos níveis cada vez mais próximos da excelência, a distribuição das
atividades observará a seguinte estrutura.
PERÍODOS ATIVIDADES HORAS
7º 2 (duas) visitas orientadas (2h/cada): Delegacia de Polícia
Civil, Cartórios Extra-Judiciais (Notas, Registro de
Imóveis ou Registro Civil), Polícia Militar (setor
administrativo) ou Polícia Federal (setor administrativo)
04
7 (sete) peças (elaboradas nas aulas de práticas simulada
aos sábados) (4h/cada), sobre temas previamente
definidos pela coordenação do estágio, sendo uma delas
obrigatoriamente através de Audiências Simuladas.
28
01 (uma) atividade de prática real - NPJ Itinerante
(Orientações Jurídicas, Palestras de interesse comunitário
em entidades sociais a definir pela Coordenação)
04
OABZÃO 1ª e 2ª Fase 04
2 (duas) Oficinas de Prática Jurídica 08
1 (uma) Oficina de resoluções de questões 02
8º 2 (duas) visitas orientadas (2h/cada): Audiência Cível,
Audiência Criminal ou Audiência Trabalhista, sendo uma
delas de Instrução e Julgamento de qualquer área.
04
7 (sete) peças (elaboradas nas aulas de práticas simulada
aos sábados) (4h/cada), sobre temas previamente
definidos pela coordenação do estágio
28
01 (uma) atividade de prática real - NPJ Itinerante
(Orientações Jurídicas, Palestras de interesse comunitário
em entidades sociais a definir pela Coordenação)
04
2 (duas) Oficinas de Prática Jurídica 08
1 (uma) Oficina de resoluções de questões 02
OABZÃO 1ª e 2ª Fase 04
9º 2 (duas) visitas orientadas(2h/cada): Audiência no
Juizado Especial Civil, Juizado Especial Criminal,
Juizado Especial Federal.
04
7 (sete) peças (elaboradas nas aulas de práticas simulada
aos sábados) (4h/cada), sobre temas previamente
definidos pela coordenação do estágio
28
01 (uma) atividade de prática real - NPJ Itinerante
(Orientações Jurídicas, Palestras de interesse comunitário
em entidades sociais, outra similar, a definir pela
Coordenação)
04
2 (duas) Oficinas de Prática Jurídica 08
1 (uma) oficina de resoluções de questões 02
OABZÃO 1ª e 2ª Fase 04
10º 1 (uma) visita orientada(3h): Audiência no Tribunal do
Júri e Análise de Autos Findos com sentença de 1ºgrau,
acórdão de 2º Grau (1h)
04
7 (sete) peças (elaboradas nas aulas de práticas simulada
aos sábados) (4h/cada), sobre temas previamente
definidos pela coordenação do estágio
28
01 (uma) atividade de prática real - NPJ
Itinerante(Orientações Jurídicas, Palestras de interesse
comunitário em entidades sociais, outra similar, a definir
pela Coordenação)
04
2 (duas) Oficinas de Prática Jurídica 08
1 (uma) oficina de resoluções de questões 02
OABZÃO 1ª e 2ª Fase 04
200
Art. 9º - Quanto as orientações e procedimentos os discentes deverão
observar os seguintes itens:
I - Das visitas realizadas, apresentação de relatório detalhado e
circunstanciado, com carimbo e devidamente assinado pela autoridade competente que
houver recebido o aluno de acordo com modelo fornecido pelo NPJ.
II - As peças serão confeccionadas nas aulas de sábado, juntamente com
o Professor Orientador ministrante da mesma, o qual orientará, supervisionará, vistará e
datará a atividade, e após o aluno entregará a peça rubricada juntamente com a peça
finalizada, na forma manuscrita, para arquivo em pasta próprio do alunos.
III - As peças serão entregues pelos alunos participante da aula,
diretamente à Secretaria do NPJ, até sete dias após a respectiva aula de Prática Jurídica.
IV - No ato da entrega, o aluno receberá o respectivo protocolo, que será
a única prova de que entregou a peça no prazo previsto neste artigo, bem como assinará
a planilha de controle interno.
V - A não entrega da atividade ou na forma intempestiva, anulará as
horas referente ao comparecimento da aula que foi ministrada a atividade.
VI - a secretaria observará, antes de fornecer o protocolo de entrega da
peça, se a entrega é tempestiva, recusando o recebimento caso não seja preenchido esse
requisito.
VII - Para os fins deste artigo, os prazos são contados na forma do artigo
184 do Código de Processo Civil.
VIII - Os alunos deverão cumprir as atividades da prática simulada, a
partir do 7º semestre, nas diversas áreas propostas. Esse contato com as diferentes áreas
se faz necessário para que o aluno possa identificar as especificidades processuais
relativas a cada uma delas, possibilitando-se, dessa forma, uma visão interdisciplinar
acerca da matéria processual.
IX - As aulas de prática simulada, em cada uma das áreas propostas,
obedecerão a uma sequência processual crescente em complexidade, iniciando-se com a
elaboração de uma petição inicial e evoluindo, cronologicamente, para as demais peças
processuais seqüenciais, até os recursos, incluindo-se o especial e o extraordinário.
X - As aulas simuladas das diversas áreas do direito propostas,
respectivamente, no 7º; 8º e 9º e 10º semestres, observarão os níveis 1; 2, 3 e 4,
correspondentes ao grau de complexidade do conteúdo desenvolvido nas disciplinas de
direito material e processual, conforme grade curricular, e que para esse fim será
considerado como pré-requisito.
XI - Pelas mesmas razões do item anterior, NÃO serão aceitos para
cômputo de horas de estágio, sejam relativos às visitas orientadas ou às atividades da
Prática Simulada, quaisquer outros documentos ainda que comprovem a participação de
alunos em cursos correlatos à disciplina jurídica ou em outras atividades de prática
jurídica que não forem as estabelecidas no presente.
CAPÍTULO II.
DA COMPOSIÇÃO E DA COMPETÊNCIA DO NÚCLEO DE PRÁTICA
JURÍDICA.
Art. 10º - O Núcleo de Prática Jurídica do Curso de Direito da Faculdade
de Peruíbe – Unisepe será composto obrigatoriamente de:
I – Um Coordenador, com a possibilidade de contar com Coordenador
Adjunto;
II – Professores Orientadores de Prática Jurídica;
§ 1º - O Coordenador do NPJ será responsável pela Coordenação
administrativa e pedagógica do Núcleo de Prática Jurídica, indicado pela Coordenação
do Curso e aprovado e nomeado pela Direção da Instituição, tudo na forma do
Regimento Interno da Faculdade de Peruíbe – Unisepe.
§ 2º - Secretaria será o órgão auxiliar do Núcleo de Prática Jurídica.
§ 3º - Os Professores Orientadores serão designados pela Coordenação
do Curso de Direito com o propósito de orientar as equipes de estagiários vinculados
que poderão compor o SAJU- Serviço de Atendimento Jurídico, Setor de Conciliação e
a Câmara de Negociação, Mediação e Arbitragem, e os demais que atuarem nas
entidades conveniadas com a Faculdade de Peruíbe - Unisepe, no caso de implantação.
SEÇÃO I.
DO COORDENADOR DO NPJ.
Art. 11º - O Coordenador do Núcleo de Prática Jurídica será indicado
pelo Coordenador do Curso de Graduação em Direito, ouvido e aprovado pela Direção
da Faculdade de Peruíbe.
Art. 12º - Compete ao Coordenador do NPJ:
I – coordenar o Núcleo de Prática Jurídica;
II – implementar as decisões dos órgãos colegiados;
III – assinar as correspondências, certidões e declarações referentes aos
estágios;
IV – aprovar os modelos de formulários necessários para o bom
funcionamento do Núcleo;
V – elaborar o plano de trabalho do Núcleo;
VI – propor à Coordenação do Curso de Graduação em Direito, projetos
de trabalho interdisciplinar a serem desenvolvidos conjuntamente com outros órgãos da
Faculdade de Peruíbe – Unisepe;
VII – dar parecer sobre a viabilidade didática e prática dos projetos
alternativos de estágio apresentados à Coordenação do Curso de Graduação em Direito
pelos professores;
VIII – encaminhar à Coordenação do Curso de Graduação em Direito,
propostas de modificações na pauta de visitas e atividades simuladas constantes dos
Planos de Ensino das horas/aula de Estágio de Prática Jurídica;
IX – encaminhar aos órgãos competentes da Faculdade de Peruíbe –
Unisepe, na forma da legislação vigente, as propostas de convênios de estágio;
X – autorizar atividade externa de estágio em escritórios de advocacia,
pessoas jurídicas de direito privado e órgãos de Administração Pública conveniadas
com a Faculdade de Peruíbe - Unisepe, nos termos da Lei n.º 11.788/2008 (Lei de
Estágio – Dispõe sobre o estágio de estudante).
XI – avaliar, após parecer do Professor Supervisor da área, o estágio
externo desenvolvido em escritórios de advocacia, pessoas jurídicas de direito privado e
órgãos de Administração Pública conveniadas com a Faculdade de Peruíbe, observada a
Lei n.º 11.788/2008 (Lei de Estágio);
XII – apresentar, à Coordenação do Curso de Graduação em Direito, os
trabalhos desenvolvidos no exercício do Núcleo;
XIII – tomar, em primeira instância, todas as decisões e medidas
necessárias ao efetivo cumprimento deste Regulamento;
XIV – supervisionar a secretaria de estágio;
XV – emitir certificados relacionados à área de competência do Núcleo;
XVI – emitir o Certificado Final de Conclusão de Estágio
Supervisionado;
SEÇÃO II.
DOS ORIENTADORES.
Art. 13º - Os Professores Orientadores ficarão com o encargo de:
I – ministrar suas aulas dando ênfase aos aspectos práticos da disciplina,
tais como à elaboração de cada peça forense, a postura ética do profissional perante o
caso concreto, metodologia de elaboração de cada peça, requisitos legais da peça,
documentos que poderão instruir a petição, procedimento prático para a distribuição de
iniciais e síntese dos processos aplicados e resolução de questões dissertativas, sob a
forma de situações problema;
II – utilizar, sempre que possível, o período da primeira aula para o
atendimento do inciso anterior, destinando a segunda aula para orientação da elaboração
das peças, por parte dos alunos, ainda em sala de aula;
III – entregar, ao final de cada aula, a listagem de freqüência que deverá
ser assinada pelo discente e entregue na secretaria do NPJ;
IV – orientar, supervisionar e avaliar as atividades simuladas e reais das
equipes de estagiários que forem confiadas à sua responsabilidade;
V – apresentar ao Coordenador do Núcleo, para análise, propostas de
alterações da pauta de visitas e atividades simuladas;
VI – corrigir, pessoalmente, as peças forenses que lhes forem entregues
pelos alunos estagiários, preferencialmente na própria aula na qual for ministrada a peça
ou quando da sua entrega efetiva na secretaria;
§ 1º - Os professores de Prática Jurídica poderão ter monitores,
selecionados preferencialmente, entre os alunos que já tenham cursado pelo menos 50%
das disciplinas do Estágio Supervisionado, ou seja, que estejam no último ano do curso,
ou semestres equivalentes.
§ 2º - Compete aos monitores da Prática Jurídica, quando existentes no
Curso, a tarefa de assessorar os Professores de Prática Jurídica, bem como orientar os
estagiários no desempenho de suas atividades.
SEÇÃO III.
DOS ESTAGIÁRIOS.
Art. 14º - Os alunos de quarto ou quinto ano, ou semestres equivalentes,
poderão se inscrever para atuarem nos estágios oferecidos pelo Curso de Direito da
Faculdade de Peruíbe - Unisepe, no que diz respeito ao SAJU- Serviço de Atendimento
Jurídico, Setor de Conciliação e a Câmara de Negociação, Mediação e Arbitragem, e os
demais que atuarem nas entidades conveniadas com a Faculdade de Peruíbe - Unisepe,
no caso de implantação, de acordo com o número de vagas disponíveis.
Parágrafo único. As entidades públicas ou privadas que firmarem
convênio com a Faculdade de Peruíbe - Unisepe para o fim de admitir estagiários
deverão observar a legislação vigente relacionada ao estágio, sendo condição para a
celebração do convênio a comprovação de seguro em favor do estagiário vinculado,
bem como a sujeição à inspeção das condições por um representante da Faculdade de
Peruíbe, além das diretivas apontadas no presente regulamento.
Art. 15º - Os estágios a que se refere o artigo anterior, quando oferecidos
pela Faculdade de Peruíbe - Unisepe, serão voluntários e supervisionados por um
Professor, possuindo os estagiários vinculados direito ao seguro previsto na lei
11.788/2008 (Lei de Estágio).
Art. 16º - Cabe aos estagiários vinculados observar as diretrizes gerais
do Núcleo de Prática Jurídica estabelecidas no presente Regulamento e, especialmente,
as seguintes:
I – cumprir todas as determinações que lhes forem dadas pelos
Professores;
II – atuar com zelo, empenho e atenção nos processos sob sua
responsabilidade;
III – demonstrar interesse no atendimento aos assistidos, lembrando-se
de que está contribuindo com a Faculdade de Peruíbe no alcance de seu papel social de
promoção da dignidade da pessoa humana;
§ 1º - O estagiário que deixar de observar quaisquer das diretrizes deste
artigo, poderá ser desvinculado do Núcleo, mediante solicitação escrita do Professor,
dirigida ao professor Responsável pelo Núcleo.
§ 2º - Os alunos que desempenham profissões incompatíveis com o
exercício do estágio de advocacia, que lhes impeçam a obtenção de inscrição na OAB,
não poderão ser admitidos no SAJU - Serviço de Atendimento Jurídico, Setor de
Conciliação e na Câmara de Negociação, Mediação e Arbitragem, salvo na condição de
observadores.
§ 3º - O estagiário que não comparecer a 2 (duas) oportunidades
consecutivas ou 3 (três) alternadas sem justificativa relevante, será desligado a critério
do Professor a que estiver vinculado.
Art. 17º - É vedado exigir-se do estagiário vinculado a realização de
tarefas que não sejam acadêmicas, ou que não estejam relacionadas com a atuação dos
estágios reais.
Art. 18º - O estagiário vinculado tem direito a ser respeitado como
aspirante a uma profissão, devendo os profissionais que com ele lidar observarem suas
dificuldades, procurando orientar e elucidar eventuais dúvidas.
CAPÍTULO III.
DA AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS.
Art. 19º - A avaliação das atividades do Estágio Supervisionado
desenvolvidas de forma prática junto ao NPJ no quarto e quinto ano, ou semestres
equivalentes, será representada através de nota única (NU) semestral e será efetuada de
acordo com a legislação vigente, em especial as normas fixadas pelos órgãos colegiados
do Curso de Graduação em Direito, levando em consideração para sua composição
semestral: a freqüência às aulas obrigatórias de estágio, às avaliações aplicadas pelo
professor, aos relatórios das visitas orientadas, às oficinas e atividades de práticas reais
e/ou simuladas, bem como outros indicadores e instrumentos.
Art. 20º - Para ser considerado aprovado nas atividades do Núcleo de
Prática Jurídica, na disciplina de Estágio I, II, III e IV, o estagiário discente deverá
somar, ao final de cada semestre, o montante de horas presente a sua respectiva matriz
curricular (50 horas/semestre), com a observância das horas de atividades práticas reais
e simuladas, bem como freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) às aulas
de Prática Jurídica I, II, III, IV, quer sejam em horário regulamentar do curso ou aos
sábados, bem como a média mínima final 6,0 (seis) pontos.
§ Único - A análise dos relatórios das audiências, das visitas, das
oficinas, das atividades de prática real/simulada, dos autos findos ou de outras
atividades do Núcleo é atribuição do Coordenador do NPJ, o qual com o aval do
Coordenador do Curso poderá ser delegada aos Professores Orientadores da respectiva
área a que aludem os relatórios, ficando a critério deste atribuir ou não a(s) hora(s)
correspondente(s).
CAPÍTULO IV.
DAS PENALIDADES APLICÁVEIS AO DESCUMPRIMENTO DAS
ATIVIDADES EXIGIDAS.
Art. 22º- Os alunos que deixarem de entregar, nas datas aprazadas a
serem designadas pela coordenação do estágio supervisionado, quaisquer das atividades
que perfaçam o total de 50 horas/semestre, estarão automaticamente reprovados na
disciplina de estágio.
Parágrafo Único - Os alunos que se encontrarem com pendências de
horas, deverá reportar-se à coordenação do estágio, para regularizarem as pendências,
sob pena de não integralização das horas de estágio e a impossibilidade de colação de
grau, enquanto não cumprida a exigência.
Art. 23º - Reprovado pela não integralização da quantidade mínima de
horas, o aluno deverá repetir o Estágio Supervisionado em período letivo regular até
alcançar as horas exigidas.
TÍTULO III.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS.
Art. 25º - Este regulamento entrará em vigor depois de aprovado pelo
Colegiado do Curso de Direito, revogando todas as pretéritas regulamentações sobre a
mesma natureza.
Art. 26º - Os casos omissos serão decididos pela Coordenação do Núcleo
de Prática Jurídica em Conjunto com a Coordenação do Curso de Direito.