relatÓrio de avaliaÇÃo institucional ano de...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
ANO DE EXERCÍCIO: 2010
CUIABÁ – MT
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REITORA
Maria Lúcia Cavalli Neder
VICE-REITOR
Francisco José Dutra Souto
PRÓ-REITORA ADMINISTRATIVA
Valéria Calmon Cerisara
PRÓ-REITORA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
Myrian Thereza de Moura Serra
PRÓ-REITORA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃ O
Leny Caselli Anzai
PRÓ-REITOR DE PESQUISA
Adnauer Tarquínio Daltro
PRÓ-REITORA DE PLANEJAMENTO
Elisabeth Aparecida Furtado de Mendonça
PRÓ-REITORA DE VIVÊNCIA ACADÊMICA E SOCIAL
Luis Fabrício Cirillo de Carvalho
CUIABÁ, 2010
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Portaria Gr 668 de 23 de julho de 2010
Presidente
Maria de Sousa Rodrigues
Representante docente
Cristiano Maciel
Gisele Mocci (Haya Del Bel)
José Roberto Temponi de Oliveira
Lindalva Maria Novaes Garske
Ricardo Lopes Tortorela de Andrade
Rosiméry Celeste Petter
Representante técnico-administrativa
Fernanda Ficagna
Geny Solange da Luz
José da Silva
Josiane de Oliveira
Representante discente
Gian Pietro Benevento
Igor Estrázulas Pires
Janiane Walkíria da Silva
Luciana dos Santos Carvalho
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Representante da Sociedade Civil
Cássia Regina Chagas Rodrigues
José Sinvaldo Ribeiro
Teobaldo Witter
Anna Maria Penalva Mancini substituiu José da Silva
Augusta Eulália Ferreira substitui José Sinvaldo Ribeiro
Colaboradores
Jivago Brilhante Maia
Kengo Fujimura
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SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................ 12
AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
MATO GROSSO – UM PERCURSO DE CONHECIMENTO. .......................... 16
Dados Institucionais ......................................................................................... 19
1. DIMENSÃO 01 – A MISSÃO E O PLANO DE DESENVOLVIMENTO
INSTITUCIONAL .............................................................................................. 23
AVALIAÇÃO PDI (2005-2010) .......................................................................... 25
Modalidade de Educação a Distância .............................................................. 25
OBJETIVO INSTITUCIONAL 01: ..................................................................... 26
AMPLIAR A OFERTA E MELHORAR A QUALIDADE DE ENSINO DE
GRADUAÇÃO E DE PÓS-GRADUAÇÃO ........................................................ 26
OBJETIVO INSTITUCIONAL 02: FORTALECER O PROCESSO DE
INCLUSÃO SOCIAL ......................................................................................... 28
OBJETIVO INSTITUCIONAL 03: AMPLIAR A ARTICULAÇÃO COM A
SOCIEDADE E CONTRIBUIR COM O DESENVOLVIMENTO REGIONAL. ... 29
OBJETIVO INSTITUCIONAL 04: FORTALECER E AMPLIAR A PRODUÇÃO
CIENTÍFICA. .................................................................................................... 30
OBJETIVO INSTITUCIONAL 05: PROMOVER A MELHORIA DA AMBIÊNCIA
UNIVERSITÁRIA .............................................................................................. 32
OBJETIVO INSTITUCIONAL 06: AMPLIAR, FORTALECER E CONSOLIDAR A
UNIVERSIDADE MULTICAMPI ....................................................................... 33
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OBJETIVO INSTITUCIONAL 07: MODERNIZAR A GESTÃO ......................... 34
2. DIMENSÃO 02 – A POLÍTICA PARA O ENSINO (GRADUAÇÃO E PÓS-
GRADUAÇÃO, A PESQUISA, A EXTENSÃO E AS RESPECTIVAS NORMAS
DE OPERACIONALIZAÇÃO, INCLÍDOS OS PROCEDIMENTOS PARA
ESTÍMULO À PRODUÇÃO ACADÊMICA, PARA BOLSAS DE PESQUISA, DE
MONITORIA E DEMAIS MODALIDADES. ....................................................... 41
Ensino de Graduação ....................................................................................... 41
PROEG em 2010 .......................................................................................... 41
Avaliação de Cursos ENADE 2009 ............................................................... 44
Análise dos questionários discentes ................................................................ 45
Avaliação do curso ....................................................................................... 46
Avaliação do curso por campus ................................................................ 47
CONTEÚDO DAS DISCIPLINAS .................................................................. 51
Articulações, apoios e incentivos. ................................................................. 56
Biblioteca ...................................................................................................... 60
PÓS-GRADUAÇÃO ......................................................................................... 64
PROPG EM 2010 ......................................................................................... 64
PESQUISA ....................................................................................................... 70
PROPeq EM 2010 ........................................................................................ 71
EXTENSÃO ...................................................................................................... 73
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EXTENSÃO EM 2010 ................................................................................... 74
EAD – Política para o ensino, pesquisa e extensão ......................................... 74
Resultados da pesquisa com os alunos de ensino a distância......................... 76
3. DIMENSÃO 03 – A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO,
CONSIDERADA ESPECIALMENTE NO QUE SE REFERE À SUA
CONTRIBUIÇÃO EM RELAÇÃO À INCLUSÃO, AO SOCIAL, AO
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL, À DEFESA DO MEIO
AMBIENTE, DA MEMÓRIA CULTURAL, DA PRODUÇÃO ARTÍSTICA E DO
PATRIMÔNIO CULTURAL ............................................................................... 82
BOLSAS ........................................................................................................... 82
Cultura: ............................................................................................................. 83
Pesquisa........................................................................................................... 85
Programas de Inclusão Social: ......................................................................... 86
Alimentação e Moradia ..................................................................................... 86
Acesso para portadores de necessidades especiais ........................................ 86
Egressos .......................................................................................................... 87
Aprofundamento de algumas análises ...................................................... 87
4. DIMENSÃO 04 – COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE ........................... 89
EAD – Comunicação com a sociedade ............................................................ 97
Forças e potencialidades ................................................................................. 99
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Fragilidades e pontos que requerem melhoria ............................................... 100
Recomendações ............................................................................................ 100
5. DIMENSÃO 05 – AS POLÍTICAS DE PESSOAL, DE CARREIRAS DO
CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO, SEU
APERFEIÇOAMENTO, SEU DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E SUAS
CONDIÇÕES DE TRABALHO ....................................................................... 102
6. DIMENSÃO 06 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA INSTITUIÇÃO,
ESPECIALMENTE O FUNCIONAMENTO E REPRESENTATIVIDADE DOS
COLEGIADOS, SUA INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA NA RELAÇÃO COM A
MANTENEDORA E A PARTICIPAÇÃO DOS SEGMENTOS DA COMUNIDADE
UNIVERSITÁRIA NOS PROCESSOS DECISÓRIOS .................................... 114
Organização e gestão da instituição .............................................................. 114
Organização administrativa ............................................................................ 114
Gestão institucional (especificidades da gestão de cursos a distância) - EAD
....................................................................................................................... 132
7. DIMENSÃO 07 – INFRAESTRUTURA FÍSICA, ESPECIALMENTE A DE
ENSINO E DE PESQUISA, BIBLIOTECA, RECURSOS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO. ........................................................................................... 133
Avaliação da infraestrutura física da UFMT pelos discentes. ......................... 134
Avaliação da infraestrutura física da UFMT pelos Docentes .......................... 136
Avaliação da infraestrutura física da UFMT pelos técnicos ............................ 138
Avaliação da infraestrutura física da UFMT pelos coordenadores de curso .. 139
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EAD – Infraestrutura física/ laboratórios/ biblioteca/ recursos de informação e
comunicação .................................................................................................. 143
FORÇAS E POTENCIALIDADES .................................................................. 146
FRAGILIDADES E PONTOS QUE REQUEREM MELHORIAS ..................... 147
RECOMENDAÇÕES ...................................................................................... 150
8. DIMENSÃO 08 – PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO .................................. 151
9. DIMENSÃO 09 – POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL ................. 154
Coerências das políticas de atendimento aos discentes com o estabelecido em
documentos oficiais ........................................................................................ 154
Programas de apoio ao desenvolvimento acadêmico dos discentes referentes à
realização de eventos .................................................................................... 156
9.3 Condições institucionais de atendimento ao discente .............................. 157
EAD: Política de atendimento aos discentes .................................................. 159
10. DIMENSÃO 10 – SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, TENDO EM VISTA
O SIGNIFICADO SOCIAL DA CONTINUIDADE DOS COMPROMISSOS NA
OFERTA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR .......................................................... 160
Considerações Finais ..................................................................................... 163
Referências Bibliográficas .............................................................................. 165
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Indicadores de desempenho – UFMT (2005-2010) .................................................... 21
Tabela 2: Evolução do número de docentes efetivos segundo titulação - UFMT (2005-2010) .. 21
Tabela 3: Participação segundo o curso na modalidade EAD .................................................... 22
Tabela 4: Número de estudantes atendidos pelos programas ................................................... 42
Tabela 5: Número de inscritos nas atividades de Formação Docente ....................................... 43
Tabela 6: Avaliação de Cursos ENADE 2009 ............................................................................. 44
Tabela 7: Alunos sobre a participação em algum tipo de atividade complementar ofertada pelo
curso ............................................................................................................................................ 52
Tabela 8: Avaliação da qualidade dos recursos da Instituição – Cuiabá e Rondonópolis ......... 52
Tabela 9: Avaliação da qualidade dos Recursos da Instituição - Araguaia e Sinop. .................. 53
Tabela 10: Número de alunos matriculados e concluintes nos cursos de pós-graduação lato
sensu ........................................................................................................................................... 65
Tabela 11: Número de Vagas, de alunos matriculados e bolsas de mestrado/doutorados
(CAPES, CNPQ, FAP, e outras) no período de 2008-2010. ....................................................... 65
Tabela 12: Programas de Pós-graduação em andamento na UFMT – 2010 ............................. 69
Tabela 13: qual a razão da sua ida a UFMT ............................................................................... 90
Tabela 14: Titulação do corpo docente ..................................................................................... 103
Tabela 15: Tem período reservado a estudos, planejamento e avaliação incluído na carga
horária de trabalho .................................................................................................................... 103
Tabela 16: progressão funcional baseada na titulação e na avaliação do desempenho ......... 107
Tabela 17: reunião com o sindicato de professores ................................................................. 107
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Tabela 18: Estrutura Administrativa e Acadêmica da UFMT de acordo com a Resolução CD N.º
03, de 14 de janeiro de 2009 ..................................................................................................... 115
Tabela 19: PIC - programa de iniciação científica em 2009-2010. ........................................... 156
Tabela 20: PIBIC em 2009-2010. .............................................................................................. 156
Tabela 21: Número de alunos VIC em 2009-2010.................................................................... 157
Tabela 22: Número de alunos beneficiados com assistência estudantil (moradia + alimentação
+ permanência) no ano de 2010 por campus ........................................................................... 157
Tabela 23: Total de Bolsas (extensão, permanência, moradia, alimentação) concedidas pela
Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência –2010. ............................................................... 157
Tabela 24: Demonstrativo da Execução Orçamentária no Período: 2008-2010. ..................... 162
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional – Alunos ....... 37
Figura 2: A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional – Alunos EAD 38
Figura 3: A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional – Professores 39
Figura 4: A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional – Técnicos .... 40
Figura 5: Avaliação de curso do campus de Cuiabá ........................................ 47
Figura 6: Avaliação de curso do campus de Rondonópolis .............................. 48
Figura 7: Avaliação de curso do campus de Araguaia ..................................... 48
Figura 8: Avaliação de curso do campus de Sinop .......................................... 49
Figura 9: Articulações, apoios e incentivos – Cuiabá ....................................... 56
Figura 10: Articulações, apoios e incentivos - Rondonópolis ........................... 57
Figura 11: Articulações, apoios e incentivos - Araguaia ................................... 58
Figura 12: Articulações, apoios e incentivos - Sinop ........................................ 59
Figura 13: Opinião dos alunos do campus de Cuiabá sobre a biblioteca ......... 60
Figura 14: Opinião dos alunos do campus de Rondonópolis sobre a biblioteca
......................................................................................................................... 61
Figura 15: Opinião dos alunos do campus do Araguaia sobre a biblioteca ...... 62
Figura 16: Opinião dos alunos do campus de Sinop sobre a biblioteca ........... 63
Figura 17: Alunos da UFMT que pretendem continuar estudando após o
término da graduação ...................................................................................... 66
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Figura 18: Alunos da UFMT, por campus, que pretendem continuar estudando
após o término da graduação. .......................................................................... 67
Figura 19: Modalidade de curso que pretende fazer após o término da
graduação. ....................................................................................................... 68
Figura 20: Avaliação do projeto do curso que realizam .................................... 77
Figura 21: Atividades práticas oferecidas pelo curso ....................................... 79
Figura 22: Serviço de orientação acadêmica ................................................... 80
Figura 23: Avaliação do curso pelos discentes ................................................ 81
Figura 24: Avaliação da UFMT pela sociedade I .............................................. 91
Figura 25: Avaliação da UFMT pela sociedade II ............................................. 91
Figura 26: Avaliação da UFMT pela sociedade III ............................................ 92
Figura 27: Avaliação da UFMT pela sociedade IV ........................................... 92
Figura 28: Avaliação da UFMT pela sociedade V ............................................ 93
Figura 29: Avaliação da UFMT pela sociedade VI ........................................... 93
Figura 30: Avaliação da UFMT pela sociedade VII .......................................... 94
Figura 31: Avaliação da UFMT pela sociedade VIII ......................................... 94
Figura 32: Avaliação da UFMT pela sociedade IX ........................................... 95
Figura 33: Avaliação da UFMT pela sociedade X ............................................ 95
Figura 34: Avaliação da UFMT pela sociedade XI ........................................... 96
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Figura 35: Comunicação/atendimento por parte da coordenação do curso ..... 99
Figura 36: Estímulo às atividades de ensino, pesquisa e extensão ............... 104
Figura 37: Conhecimento dos serviços existentes na UFMT – Docentes I .... 108
Figura 38: Conhecimento dos serviços existentes na UFMT – Docentes II ... 108
Figura 39: Condições de trabalho – Técnicos ................................................ 109
Figura 40: Condições de trabalho – Técnicos ................................................ 110
Figura 41: Condições de trabalho – Técnicos ................................................ 111
Figura 42: Participação dos docentes na gestão da instituição ...................... 129
Figura 43: Conhecimento dos docentes sobre os órgãos superiores ............. 130
Figura 44: Participação dos discentes junto aos órgãos superiores ............... 130
Figura 45: Participação dos técnicos na gestão da instituição ....................... 131
Figura 46: Conhecimento dos técnicos de órgãos superiores ........................ 131
Figura 47: Avaliação dos discentes da infraestrutura física da UFMT ............ 134
Figura 48: Avaliação da infraestrutura física da UFMT - Docentes ................ 136
Figura 49: Avaliação da infraestrutura da UFMT pelos técnicos .................... 138
Figura 50: Avaliação das salas de aula – coordenadores .............................. 139
Figura 51: Avaliação dos laboratórios - coordenadores ................................. 140
Figura 52: Avaliação da acessibilidade e biblioteca - coordenadores ............ 141
Figura 53: Avaliação dos espaços para professores - coordenadores ........... 142
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Figura 54: Avaliação dos espaços para técnicos - coordenadores ................ 143
Figura 55: Acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA .................. 144
Figura 56: Estrutura física do polo .................................................................. 146
Figura 57: Acesso para portadores de necessidades especiais ..................... 147
Figura 58: As instalações para leitura, pesquisa ou estudo oferecido pela
biblioteca do seu campus ............................................................................... 148
Figura 59: Instalações das salas de aula ....................................................... 148
Figura 60: Instalações dos laboratórios específicos do seu curso ................. 149
Figura 61: Conhecimento pelos docentes da casa do estudante universitário154
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AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UM PERCURSO DE CONHECIMENTO.
A orientação teórica sobre a autoavaliação institucional da UFMT está
calcada nos fundamentos emanados de marco legal da avaliação e regulação
da Educação Superior, dos conceitos, princípios e critérios definidos no
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES.
Atualmente, o ordenamento jurídico da Avaliação da Educação Superior
no Brasil tem sua origem na própria Constituição de 1988 que ao tratar do
padrão de qualidade da educação ofertada à sociedade articula a avaliação
dessa qualidade pelo poder público. Deste ordenamento, pode destacar-se o
papel especial que a avaliação assumiu dentre as políticas educacionais, seja
nas orientações de suas diretrizes mais amplas, seja nas ações concretas dos
órgãos competentes do Ministério da Educação.
Dando ênfase aos processos de avaliação, a nova Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDB (1996) evidencia a busca necessária da
melhoria da qualidade de ensino. Este processo de definição normativa
evidencia atribuições de avaliação ao Conselho Nacional de Educação, e em
particular, a Câmara de Educação Superior.
Outras definições orientadoras da Avaliação da Educação Superior
também embasam os procedimentos avaliativos desta Instituição,
principalmente aquelas previstas no Plano Nacional de Educação e nos
documentos emanados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais “Anísio Teixeira” – INEP – e da Comissão Especial de Avaliação.
A concepção adotada é a de avaliação como processo “que
efetivamente vincule a dimensão formativa a um projeto de sociedade
comprometida com a igualdade e justiça social.” (SINAES, 2004 p. 83). A
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integração, participação, colaboração e articulação vão se constituir em
conceitos fundamentais da construção deste sistema de avaliação que
orientarão o cumprimento dos compromissos e responsabilidades sociais,
assumidos por esta instituição educativa, e a promoção dos valores
democráticos como “o respeito à diversidade, à busca da autonomia e à
afirmação da sua identidade” (SINAES, 2004 p. 83).
A autoavaliação institucional investe-se de caráter pedagógico na busca
de melhoria e de autorregulação; de compreensão da cultura e da vida da
instituição em sua pluralidade acadêmica e administrativa, sustentada na
participação dos agentes universitários (alunos, professores, funcionários e
comunidade externa); de desenvolvimento de um processo social e coletivo de
reflexão; de produção e socialização de conhecimentos sobre a instituição e os
cursos; de compreensão e interpretação do conjunto institucional; e de
incentivo para a ação transformadora.
A ênfase no processo de autoavaliação fundamenta-se na busca de
articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão, definida em seu PDI e
voltada para a formação, responsabilidade social e transformação institucional.
Esta pesquisa tem como objetivo geral avaliar a UFMT, dentro das 10
dimensões do SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior)
instituído pela Lei 10.861 de 14 abril de 2004, e específicos:
1. Produzir conhecimentos sobre todas as ações acadêmicas
desenvolvidas pela instituição;
2. Pôr em questão os sentidos do conjunto de atividades e finalidades
cumpridas pela instituição;
3. Identificar as causas dos problemas e deficiências apresentadas
pelas Unidades Acadêmicas e Administrativas;
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4. Aumentar a consciência pedagógica e capacidade profissional do
corpo docente e técnico-administrativo da Instituição;
5. Fortalecer as relações de cooperação e de trabalho profissional entre
os diversos atores institucionais;
6. Tornar mais efetiva a vinculação da UFMT com a comunidade mato-
grossense e regional;
7. Julgar a relevância científica e social das atividades e produtos no
PDI;
8. Prestar contas à sociedade mato-grossense sobre as ações e
políticas propostas pela UFMT.
A pesquisa foi de tipo exploratório, de campo e apoiou-se também na
pesquisa bibliográfica e documental.
Tanto os dados coletados quanto o tratamento dos mesmos teve caráter
quantitativo e qualitativo. Os instrumentos de coleta de dados que foram
utilizados basearam-se em entrevistas, questionários com perguntas fechadas
e abertas, amostragens e outros instrumentos necessários ao trabalho. A
realização de apresentações para a sensibilização da comunidade interna e
externa permitiu uma abordagem interativa entre os sujeitos do processo
avaliativo, além da inclusão na página eletrônica da UFMT de link para a CPA,
permitindo responder o questionário e expressar opinião sobre a UFMT.
A autoavaliação institucional é um fator fundamental para a garantia da
qualidade das atividades do ensino superior, pois somente por meio deste
rigoroso e contínuo processo, a universidade poderá responder às demandas
que lhe são impostas e exercer a função antecipatória da qual depende a sua
sobrevivência no futuro.
Em decorrência da amplitude de dados considerados na reflexão sobre o
próprio desempenho institucional e da responsabilidade de traduzir, em
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palavras, gráficos e outros símbolos, o pensamento da comunidade interna e
externa, a Comissão Própria de Avaliação (CPA) apresenta o relatório anual,
resultante da Pesquisa de Autoavaliação, realizada no período de 06 de julho a
31 de outubro de 2010, na Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT.
Os resultados obtidos não estão deslocados do que se passa bem perto
dos olhos de toda a comunidade acadêmica e servirão como parâmetros de
autorregulação da melhoria da qualidade do ensino, pesquisa e extensão; do
aumento da eficácia institucional e da efetividade acadêmica e social; do
aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais, o que envolve o
desafio de assegurar os valores democráticos; e do respeito à diferença e à
diversidade, à afirmação da autonomia e da identidade institucional, à conquista
e promoção de direitos num mundo globalizado.
Dados Institucionais
A UFMT tem sede em Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, o qual
ocupa estratégica posição geopolítica, em relação às Américas, e é
considerado o centro da América do Sul e o Portal da Amazônia. Com uma
população de aproximadamente 2,9 milhões de habitantes e 141 municípios,
Mato Grosso é o terceiro estado brasileiro em dimensão territorial, com área de
901,4 mil km2, representando 10,55% do território nacional.
É uma das poucas universidades brasileiras situada em contexto
geográfico que envolve três biomas distintos – Pantanal, Cerrado e Amazônia –
e as mais importantes bacias hidrográficas do país: a do Paraguai, a do
Amazonas e a do Araguaia-Tocantins.
A importância da UFMT na formação de professores e outros
profissionais têm sido ampliados com a interiorização da universidade através
dos campi de Rondonópolis, Araguaia e Sinop. Esses campi foram instalados
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em regiões distantes da capital de modo a contribuir para o desenvolvimento
efetivo das regiões mato-grossense por meio da difusão do conhecimento.
Como qualquer outra instituição, ela desempenha funções sociais
relevantes e, como tal, compromete-se, através de uma inserção ativa na
região, com a construção do devir da sociedade mato-grossense, ofertando 94
(noventa e seis) cursos na modalidade presencial e 06 (seis) na modalidade à
distância em diferentes áreas do saber (PEI, 2011).
Nesse sentido, projeta-se como uma instituição que contribui com o
desenvolvimento econômico regional, preocupada com a preservação do
ecossistema, com a cultura e com a formação profissional.
Diversos fatores vêm afetando positivamente a vida acadêmica e o
processo de planejamento estratégico da UFMT, dentre os quais, merecem
destaque o contínuo e sistemático processo de desenvolvimento da excelência
em projetos específicos, como o de expansão e o Reuni, que culminaram com
a ampliação da oferta de vagas no ensino de graduação e pós-graduação, bem
como o crescente aporte de recursos financeiros para a modernização de sua
estrutura.
Os indicadores de desempenho da instituição, no período de 2005 a
2010, demonstram o cumprimento do compromisso assumido quanto ao
desenvolvimento regional e à responsabilidade social.
Neste período, a UFMT aumentou em 58% o número de alunos
matriculados na graduação e ampliou a oferta de cursos de pós-graduação;
promoveu inclusão social com o aumento de mais de 33% na oferta de cursos
noturnos; expandiu em três vezes a oferta de vagas em cursos de pós-
graduação; promoveu a qualidade de ensino ao possibilitar a qualificação do
seu corpo de docentes, técnicos e administrativos – cerca de 91% do corpo
docente da UFMT têm mestrado e doutorado, com dedicação exclusiva,
conforme mostram as Tabelas 1 e 2.
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Tabela 1: Indicadores de desempenho – UFMT (2005-2010)
Fonte: UFMT/PROPLAN
Tabela 2: Evolução do número de docentes efetivos por titulação - UFMT (2005-2010)
Fonte: UFMT/PROPLAN
Em 2010, a Comissão Própria da Avaliação da UFMT contemplou em
suas atividades a avaliação dos discentes dos cursos na modalidade EaD.
Para tal, foi elaborado um questionário específico que atende aos aspectos
inerentes a esta modalidade. Acredita-se que, por ser a primeira vez, o número
de participações não tenha abrangido um número significativo de alunos
matriculados nos cursos. Os discentes participantes da autoavaliação foram, no
total, de 80 sendo que 27,5% são do curso de Licenciatura em Pedagogia,
21,3% do curso de Administração – Modalidade a distância, 18,8%
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Administração Bacharelado, 15% da Licenciatura em Ciências Naturais e
Matemática, 10% Administração Pública, 6,3% Licenciatura em Pedagogia
(acordo Brasil/Japão) e 1,3% da Licenciatura em Pedagogia para Educação
Infantil, conforme tabela 3. Destes, 62,5% são do sexo feminino e 37,5% do
sexo masculino. Em relação a faixa etária, 12,5% de 19 a 25 anos 36,3%
possui de 26 a 32 anos, 26,3% de 33 a 39 anos, 7,5% de 40 a 46 anos, 17,5%
de 47 a 58 anos, e. 61,3% dos respondentes são casados, 28,8% solteiros e
6,3% com outro estado civil. Destes, 55% possuem vínculo empregatício,
portanto possuem remuneração, 21,3% responderam outras fontes e 12,5%
não possuem remuneração.
Tabela 3: Participação segundo o curso na modalidad e EAD
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1. DIMENSÃO 01 – A MISSÃO E O PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
Missão: “Produzir e socializar conhecimentos,
contribuindo com a formação de cidadãos e
profissionais altamente qualificados, atuando como
vetor para o desenvolvimento regional socialmente
referenciado."
O Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI – é um instrumental de
gestão imprescindível para que ações integradas de planejamento sejam
incorporadas ao orçamento, construído com a ampla participação dos seus
atores sociais - servidores, alunos e integrantes de todas as unidades da
UFMT.
A Universidade Federal de Mato Grosso entende o PDI como a base do
planejamento integrado de suas diferentes unidades acadêmicas e dos setores
que lhes dão sustentação administrativa e/ou complementar, de modo que o
cumprimento de suas funções fundamentais seja plenamente efetivado.
O PDI, respeitando o princípio da liberdade acadêmica, visa à criação de
condições para que a UFMT seja uma universidade socialmente referenciada e
reconhecida como instituição multicampi de qualidade acadêmica e como vetor
do desenvolvimento sustentável da região central da América do Sul, na
confluência da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal.
A Universidade Federal de Mato Grosso, criada em 10 de dezembro de
1970, hoje, com 40 anos de serviços prestados à sociedade, estabelece como
princípios: compromisso social, democracia, inclusão, interação, formação e
autonomia. Cada um destes princípios tem embasado a gestão, destacando-se
um ou outro nas ações. De natureza eminentemente pública, exerce o seu
papel social, político e cultural, expressando seu compromisso de produzir, de
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socializar conhecimento e de contribuir para formação de profissionais não só
qualificados para o exercício da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão, como também comprometidos com as mudanças sociais que levem
à construção de uma sociedade mais humana, mais justa, mais equânime,
mais solidária e mais democrática.
O crescente desenvolvimento tecnológico e econômico no estado de
Mato Grosso, os consequentes impactos ambientais e sociais desse progresso
e a abertura de novas fronteiras agrícolas, tudo isso impôs à UFMT a busca por
excelência na produção de novos conhecimentos e na formação de recursos
humanos de alto nível para vencer estes desafios. Criada com o objetivo de
“fomentar a produção de conhecimento, em todas as áreas do saber, mediante
articulações interna e externa com os grupos de pesquisa e agências de
fomento”, respectivamente; buscou, desde a sua origem, servir a sociedade
mato-grossense em consonância com a evolução socioeconômica do estado.
Estando a par dos programas implementados pelo governo federal para
a educação superior no país e da realidade regional, a UFMT compromete-se
com a execução das ações delineadas nestes documentos, a exemplo da
adoção de programas, como o Brasil Universitário, que tem por princípio
respeitar a diversidade das instituições e promover o desenvolvimento integral
do ensino, da pesquisa e da extensão; e o Programa de Apoio ao Plano de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, de que se beneficiou
para ampliar não só o número de vagas como também a estruturação física de
todos os campi.
No que tange à Educação, a Constituição de 1988, no artigo 205,
dispõe que esta é um dever do Estado e da família, baseando-se no princípio
da igualdade de condições de acesso e permanência na escola (artigo 206,
inciso I).
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25
Em decorrência do seu engajamento político-social, o Plano de
Desenvolvimento Institucional da UFMT prevê a aplicação deste princípio
básico estabelecido por lei, ao priorizar a assistência estudantil por meio de
políticas que promovam o acesso e a permanência de todo estudante na
universidade, independentemente de sua condição física ou socioeconômica; a
igualdade de condições para o exercício da atividade acadêmica; a formação
integral, a participação em atividades científicas, culturais, artísticas, esportivas
e de lazer; a inclusão digital; o acesso ao aprendizado de línguas estrangeiras;
o acesso à saúde, moradia, alimentação, transporte e creche.
AVALIAÇÃO PDI (2005-2010)
O PDI é um instrumental de gestão imprescindível para que as ações
integradas de planejamento sejam incorporadas ao orçamento, construído com
a ampla participação dos seus atores sociais – servidores, alunos e integrantes
de todas as unidades da UFMT. Dessa forma dialogada e participativa,
consubstancia-se o PDI 2005-2010, como uma peça de construção flexível,
reelaborada, e, sobretudo, promovedora de co-responsabilidades no processo
de tomada de decisões de objetivos institucionais de curto, médio e longo
prazo; de metas, meios e ações para alcançá-los, respeitando as
peculiaridades de cada unidade.
Nessa perspectiva, prevê a quebra das estruturas centralizadas e
verticalizadas de decisão e gestão, incorporando uma combinação técnica-
política que permite a elaboração de um planejamento coletivo reconhecido
pela comunidade universitária.
Modalidade de Educação a Distância
No Plano de Desenvolvimento Institucional 2005-2010, a modalidade de
educação a distância integra a categoria das Principais Ações da Política de
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26
Ensino de Graduação, mais especificamente na questão da democratização do
acesso, propondo “o desenvolvimento de uma política de incentivo aos
programas de interiorização da graduação, de formação de professores em
exercício na modalidade presencial e a distância e a oferta de cursos no
período noturno”. (UFMT/PDI, 2005, p. 66). Anteriormente ao referido
documento, a Resolução Consepe nº 42, de 03 de maio de 1999, estabeleceu
as normas gerais para criação, autorização e funcionamento de cursos de
graduação em EaD.
OBJETIVO INSTITUCIONAL 01:
AMPLIAR A OFERTA E MELHORAR A QUALIDADE DE ENSINO
DE GRADUAÇÃO E DE PÓS-GRADUAÇÃO
A meta de duplicar o número de vagas no ensino de graduação e de
pós-graduação foi cumprida.
Em 2005, eram 52 cursos de graduação, 2.493 vagas ofertadas; e
13.551 alunos matriculados; já, em 2010, este panorama evoluiu para 88
cursos; 5.028 vagas ofertadas; e 22.118 alunos matriculados, sendo 16.477 no
ensino presencial e 5.641 no ensino à distância. Os alunos matriculados no
ensino presencial foram distribuídos da seguinte forma: 9.288 em Cuiabá,
2.989 em Rondonópolis, 2.123 no Araguaia e 2.080 em Sinop.
Na pós-graduação lato sensu, em 2005, eram ofertadas 1.143 vagas,
aumentando a oferta, em 2010, para 5.825.
Já no stricto sensu, de 2005 a 2007, havia, na instituição, 21 cursos,
sendo 02 relativos ao doutorado. Neste período, o número de vagas ofertado
foi 890. No triênio 2008-2010, foram aprovados mais 14 cursos, perfazendo o
total de 35 (29 programas). Das 1.353 vagas ofertadas, 48 foram reservadas
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27
para o doutorado. Observou-se um crescimento no número de vagas em
relação ao triênio anterior da ordem de 52%.
Quanto ao objetivo de melhorar a qualidade do ensino de graduação e
de pós-graduação, a meta foi superada, com o preenchimento de 300 vagas do
quadro de docentes. Em 2010, a UFMT contava com 1.462 professores
contratados, incluindo as 39 autorizações de provimento. Entre 2005 e 2010,
houve o acréscimo de 501 professores.
Algumas metas foram atingidas parcialmente, a saber: atualização de
todos os Projetos Pedagógicos de Curso; revisão anual do Projeto Pedagógico
Institucional; renovação e ampliação de todo o acervo bibliográfico; e
ampliação e modernização de 50% dos laboratórios de ensino de graduação e
de pós-graduação. Apesar das reformas e construção de novos espaços nos
diversos institutos, muitos alunos apontaram insatisfações neste item.
Objetivo Específico 3: Qualificar continuamente o quadro de servidores
docentes e técnicos-administrativos;
Meta: consolidar as políticas de capacitação, implementando-as com a
realização de cursos para servidores e, posteriormente, com os programas de
capacitação para professores.
Objetivo Específico 4: Apoiar a implantação de cursos de mestrado e
doutorado interinstitucionais
Meta: implantar três mestrados e três doutorados interinstitucionais.
Pode-se considerá-la como superada, exceto pelos programas
interinstitucionais que não foram efetivados, como os MINTERs – mestrados
interinstitucionais, pelo fato de a Capes não os ter liberado. Em 2010, foram
efetivados três dos cinco DINTERs – doutorados interinstitucionais, aprovados
pela Capes. De 2008 a 2010 foram aprovados pelo CTC da Capes treze novos
cursos stricto sensu, sendo cinco doutorados e oito mestrados.
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OBJETIVO INSTITUCIONAL 02:
FORTALECER O PROCESSO DE INCLUSÃO SOCIAL
Objetivo Específico 1: Garantir a participação de estudantes em ações
acadêmicas e socioculturais.
Meta: ampliar em 100% o número de bolsas de extensão (alimentação,
moradia e permanência). Condidera-se atingida integralmente.
Objetivo Específico 2: Favorecer a participação de estudantes em
eventos de natureza científica, sociocultural e política.
Meta: ampliar o valor destinado à bolsa-evento em 50%. A oferta deste
auxílio cresce anualmente e sua concessão é analisada caso a caso.
Objetivo Específico 3: Adotar políticas afirmativas de inclusão social.
Metas implementadas para o alcance dos objetivos fixados:
a) Implantação do ENEM e do vestibular indígena como forma de rever
as modalidades de acesso ao ensino de graduação na UFMT;
b) Eliminação progressiva de vagas ociosas da graduação, por meio de
processo seletivo anual, em atendimento ao prazo de atualização
das normas de transferência, fixado para 2006;
c) Convênios firmados com o Governo do Estado, garantindo o estágio
das licenciaturas, por meio da ampliação dos programas de
articulação das licenciaturas com a escola pública.
d) Processo em andamento para adequação do espaço da
universidade, até 2010, para os portadores de necessidades
especiais: inserção de rampas, elevadores, barra de segurança nas
escadas e sinalização adequada em todas as novas edificações e a
inserção da disciplina de Libras.
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OBJETIVO INSTITUCIONAL 03:
AMPLIAR A ARTICULAÇÃO COM A SOCIEDADE E
CONTRIBUIR COM O DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Objetivo Específico 1: Ampliar a carteira de projetos de pesquisa feitos
em parceria com outras entidades
Meta: ampliar em 100% o número de projetos de pesquisa em parceria
com as organizações da sociedade civil, os órgãos públicos e os privados
regionais, nacionais e internacionais, direcionados principalmente às questões
socioambientais. Este propósito foi atingido e superado em muitas unidades,
em relação ao número de projetos registrados, porém há divergências entre as
diversas unidades acadêmicas, em relação às parcerias oficializadas e à
infraestrutura de apoio. Em 2005, foram registrados 326 projetos e, em 2009,
987. Em termos de convênios firmados, no período de 2000 a 2005, foram
identificados 11 registros de projetos de pesquisa feitos em parceria. Já no
período 2006 a 2010, foram assinalados 36;
Objetivo Específico 2: Ampliar e consolidar as relações com a sociedade
e com os estudantes.
Meta: ampliar em 50% as parcerias com a sociedade e esta foi
parcialmente atingida, havendo discordância entre as várias unidades
acadêmicas, em termos de participação. Foram implementados ainda os
programas de mobilidade acadêmica interna e externa (nacional e
internacional) e normatizada a atividade de estágio.
Objetivo Específico 3: Consolidar a Política de Comunicação da UFMT
Meta: ampliar a política de comunicação da universidade. Considera-se
atingida com a criação da secretaria de comunicação, ligada diretamente à
reitoria, mesmo assim, as unidades acadêmicas ainda apontam para a
necessidade de melhoria no sistema de comunicação.
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OBJETIVO INSTITUCIONAL 04:
FORTALECER E AMPLIAR A PRODUÇÃO CIENTÍFICA.
O PDI da UFMT previa o aumento, de até 100%, do número de projetos
de pesquisa até o ano de 2010. O número de projetos de pesquisa registrados
na PROPeq, mais do que quadruplicou, passando de 402, em 2006, para
1.712, em 2010, superando mais uma vez o previsto para este ano, se
comparado aos dados de 2005 a 2008. Porém, ainda persiste uma distribuição
irregular de registros de projetos, nas diversas unidades acadêmicas da
instituição, havendo um número maior de projetos registrados naquelas
unidades que normalmente possuem cursos de pós-graduação. De maneira
geral, a captação de recursos, pela UFMT, aumentou substancialmente de
2008 para 2010, partindo de valores, em torno de 6 milhões (2008), para 34
milhões de reais (2010). As unidades que mais captaram recursos para
pesquisa, no período entre 2008 e 2010, foram o ICET, seguido da FCM,
FAMEV e IB. O PDI da instituição prevê, até 2010, o aumento de 50% do
número de grupos de pesquisa da UFMT com registro junto ao CNPq. Este
número, em 2005, era de 148 grupos, saltou para 185, em 2007, e para 282,
em 2010, cumprindo-se, dessa forma, o previsto no referido documento.
Com relação à divulgação dos resultados da pesquisa na UFMT, o PDI
previa, até o ano de 2010, um aumento de 50%. Foram previstas ações para o
cumprimento desta meta, tais como a publicação em periódicos, revistas, anais
do PIBIC, livros e capítulos de livros etc., além do apoio à participação em
eventos. Em 2010, concedeu-se um maior número de auxílio aos professores,
que selecionados pela análise do Currículo Lattes, puderam apresentar e
discutir suas pesquisas em eventos científicos, aumentando os contatos
desses com seus pares, nas respectivas áreas. Existe, todavia, um desafio
para o cumprimento desta meta, que é a aferição das publicações geradas
pelas pesquisas. Pretende-se que, a partir do próximo período, haja o efetivo
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31
controle das publicações dos pesquisadores da UFMT, a fim de garantir a
propriedade da produção intelectual, proposta no PDI.
No que tange à concessão de recursos, o Escritório de Inovação
Tecnológica avançou em suas atividades, obtendo dos órgãos financiadores,
SECITEC, FINEP e CNPq, o aumento da oferta de bolsas para profissionais
atuarem junto ao escritório. Recentemente duas bolsas de pós-doutorado
foram implementadas, elevando também o número de pessoal de apoio. Para
“fortalecer as unidades de pesquisa”, a PROPeq tem atuado fortemente junto a
diversas agências de fomento de modo a garantir recursos para a
modernização e a ampliação das instalações para a pesquisa na instituição.
Apesar da série de resultados positivos expostos, há alguns gargalos a
serem superados como a informatização dos cadastros de projetos de
pesquisa junto à PROPeq e todo o processo seletivo do PIBIC. Ressalta-se
que para os voluntários (VIC) isso já está implantado e funcionou nas duas
últimas seleções, bem como o envio de relatórios parciais do PIBIC. A
expansão da estrutura da PROPeq em termos de pessoal dos seus quadros,
também deve ser uma constante busca, pois várias ações a serem
implementadas na unidade, requerem maior contingente humano qualificado.
Alguns ajustes, na base avançada de pesquisas no Pantanal, também se
incluem nessa linha, para melhor atender as demandas dos pesquisadores que
utilizam o local, em decorrência do aumento substancial de novos projetos.
Todos os aspectos aventados, no entanto, ocorreram com o trabalho de uma
reduzida equipe, que aos poucos vai sendo recuperada, após solicitações
enviadas ao setor competente da UFMT (PROAD/CRH).
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32
OBJETIVO INSTITUCIONAL 05:
PROMOVER A MELHORIA DA AMBIÊNCIA UNIVERSITÁRIA
Objetivo Específico 1: Ampliar a realização de eventos culturais
científicos
Meta: ampliar em 40% a realização de eventos científicos na UFMT.
Meta atingida.
Meta: realizar um evento científico a cada ano para cada programa de
pós-graduação stricto sensu. Meta atingida.
Objetivo Específico 2: Promover eventos culturais e educativos em
parceria com os cursos
Meta: ampliar em 40% a realização de eventos culturais. Devido ao fato
de algumas unidades alegarem falta de espaço adequado e de apoio para os
eventos, considera-se como atingida parcialmente.
Objetivo Específico 3: Ampliar e consolidar programas de qualidade de
vida
Meta: estimular a participação dos cursos de graduação nos programas
de melhoria da qualidade de vida. Tem-se em conta que foi parcialmente
atingida, dado que as unidades acadêmicas ainda alegam falta de estrutura e
apoio financeiro para as atividades, apesar de a secretaria de gestão de
pessoas ter implantado vários programas de melhoria de qualidade de vida e
ambiência universitária, tais como: biodança, caminhadas, “Semana de Nossos
Talentos”, “Semana do Servidor”, massagens, acupuntura, ginástica laboral,
entre outros, disponíveis para toda a comunidade acadêmica (servidores
técnicos e docentes).
Objetivo Específico 4: Aprimorar o atendimento ao público
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Meta: capacitar a equipe técnico-administrativa. Percebe-se que foi
atingida parcialmente, pois as unidades acadêmicas apontam a carência de
cursos de capacitação para os servidores. No plano administrativo, constatou-
se que a Gerência de Capacitação e Desenvolvimento Humano tem promovido
cursos para a qualificação e capacitação de servidores constantemente. Em
2010 foram disponibilizados R$ 700.000,00 para capacitação de servidores
técnicos e docentes. Além da contratação de estagiários e da remoção de
pessoal, foram confeccionados cartões de identificação funcional em 2010.
OBJETIVO INSTITUCIONAL 06:
AMPLIAR, FORTALECER E CONSOLIDAR A UNIVERSIDADE
MULTICAMPI
Objetivo Específico 1: Fortalecer a política de interiorização
Meta: criar o campus de Sinop, fortalecer e consolidar os campi de
Rondonópolis e Araguaia. Meta atingida com o programa de expansão e o
reforço do REUNI, além da ampliação do número de cursos de graduação em
todos os campi;
Objetivo Específico 2: Fortalecer as unidades de pesquisa
Meta: consolidar as unidades de pesquisa experimental como centros
acadêmicos de referência. Meta parcialmente cumprida.
Objetivo Específico 3: Consolidar o hospital Julio Müller
Meta: ampliar e melhorar a infraestrutura para garantir qualidade no
atendimento. Meta atingida, uma vez que houve a reforma da estrutura física e
ampliação do quadro de pessoal.
Objetivo Específico 4: Consolidar a fazenda experimental
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34
Meta: ampliar e melhorar a infraestrutura. Meta atingida dentro das
previsões. Foram feitos tanques de piscicultura, aviários e unidades de
pesquisa animal.
Objetivo Específico 5: Consolidar a relação entre as atividades de
ensino, pesquisa e extensão entre os campi.
Meta: criar programas de mobilidade acadêmica de estudantes e
professores entre os campi; e ampliar em 100% a integração das atividades
acadêmicas. A meta atingida parcialmente com a implantação do programa de
mobilidade estudantil.
OBJETIVO INSTITUCIONAL 07: MODERNIZAR A GESTÃO
Objetivo Específico 1: Ampliar o quadro de servidores docentes e
técnicos-administrativos.
Meta: repor e ampliar em 100% o quadro de servidores docentes e
técnicos administrativos. Meta parcialmente cumprida.
Objetivo Específico 2: Capacitar os servidores técnicos-administrativos.
Meta: ampliar em 200% a oferta de cursos de capacitação para os
servidores técnicos-administrativos.. A UFMT atingiu a meta, garantindo, em
seu orçamento, o quantitativo necessário para execução de todos os cursos de
capacitação aprovados pelo Conselho Universitário, em 2010. Por sua vez, a
Secretaria de Gestão de Pessoas vem trabalhando para atender todas as
demandas oriundas das unidades acadêmicas.
Objetivo Específico 3: Melhorar a qualidade dos espaços físicos das
unidades acadêmicas e administrativas.
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35
Meta: construir o prédio da administração superior. Meta cumprida
parcialmente, pois as instalações da Administração superior foram, em grande
parte, reformadas (Pró-reitorias).
Meta: redimensionar o espaço físico das unidades em 100%. Meta
atingida parcialmente, porém quase todas as unidades tiveram melhorias em
suas instalações físicas;
Meta: revitalizar em 100% a área do campus da UFMT. Meta atingida
parcialmente, apesar de reformas executadas em muitas áreas do campus.
Meta: atualizar os equipamentos e mobiliários em 100%. Meta atingida
parcialmente.
Meta: implantar sistema de vigilância eletrônica em 100%. Meta atingida
parcialmente.
Meta: implementar em 100% o projeto de eficiência energética. Meta
atingida parcialmente.
Objetivo Específico 4: Agilizar os procedimentos acadêmicos e
administrativos
Meta: ampliar os sistemas de registro acadêmicos e administrativos em
100%. Meta parcialmente alcançada, pois o processo está em andamento.
Estão ocorrendo mudanças no registro acadêmico, nos fluxos administrativos,
além de alteração nos processos de compras, adoção dos termos de
referências e registro de preços, entre outros.
Meta: implementar a política geral de arquivos. O processo está em
andamento.
Meta: executar em 100% as ações de interligação dos sistemas por meio
da rede de fibra ótica. O projeto está em andamento.
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Objetivo Específico 5: Contribuir para a modernização da estrutura
organizacional dos campi
Meta: rever em 100% a estrutura organizacional das unidades
acadêmicas e administrativas. Meta não atingida.
Objetivo Específico 6: Contribuir para a melhoria da qualidade de vida
dos servidores
Meta: apoiar 100% dos projetos de melhoria de qualidade de vida. Meta
parcialmente atingida.
Objetivo Específico 7: Renovar a frota da UFMT
Meta: Renovar a frota da UFMT em 200%. Meta totalmente atingida.
Objetivo Específico 8: Melhorar o sistema de informação e comunicação
institucional
Meta: modernizar em 100% o fluxo da informação e comunicação
institucional. Meta parcialmente atingida.
Além da avaliação do PDI exposta acima, a Comissão Própria de
Avaliação também realizou uma pesquisa junto à comunidade universitária, em
que apresentou a alunos, professores e técnicos, questões organizadas por
dimensões. Na sequência, encontra-se a análise dos resultados obtidos.
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37
Figura 1: A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional – Alunos
De acordo com a Figura 1, percebe-se que o conhecimento dos alunos
sobre o PDI e sobre a missão da instituição ainda é baixo. Logo, faz-se
necessário melhorar a divulgação de ambos. Embora o PDI e a missão da
instituição estejam disponíveis no portal UFMT, poucos são os alunos que os
conhecem. Considerando que a construção do PDI deve ter a participação dos
alunos, esse resultado é preocupante.
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Figura 2: A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional – Alunos EAD
Os discentes dos cursos da modalidade EaD, quando perguntados se
tinham conhecimento sobre o PDI, 52,5% responderam ‘não’ e 36,3%
responderam ‘sim’. Ao serem indagados como tomaram conhecimento do PDI,
42,5% responderam ‘não se aplica’, ou seja, demonstram não ter conhecimento
do referido documento, ratificando a resposta anterior; 21,3% indicaram
conhecê-lo através da internet, possivelmente através do portal da UFMT;
13,8% informaram que o conheceram através da coordenação do curso; e 15%
responderam ‘outros’. Já em relação à adequação do PDI ao contexto
socioeconômico, 51,3% responderam ‘não sei’ e 36,3% responderam ‘sim’. Em
resposta à questão sobre a missão da UFMT, 68,8% afirmaram conhecê-la e
62,5% apontaram que ela corresponde às necessidades da realidade local.
Quanto à existência de articulação entre o projeto político pedagógico do curso
e o PDI, 48,8% afirmaram não saber e 45% confirmaram tal articulação.
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39
Na análise do gráfico da Figura 2, observa-se que a falta de
conhecimento sobre o PDI é grande entre os alunos do ensino a distância. Em
contrapartida, demonstram ter um conhecimento maior sobre a missão da
Instituição.
De uma maneira geral, os alunos que declararam ter conhecimento do
PDI, obtiveram-no através da internet.
Figura 3: A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional – Professores
Na Figura 3, constata-se que os professores têm conhecimento tanto do
PDI quanto da missão institucional. A maioria afirmou ter tido conhecimento
sobre o PDI através de sua coordenação de curso.
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Figura 4: A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional – Técnicos
Percebe-se, na Figura 4, que os técnicos-administrativos da UFMT têm
um baixo conhecimento sobre o PDI e a missão da instituição. Logo, é
recomendável melhorar a divulgação dessas questões, para obter-se maior
participação e empenho do corpo técnico no exercício de suas funções.
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2. DIMENSÃO 02 – A POLÍTICA PARA O ENSINO (GRADUAÇÃ O E PÓS-GRADUAÇÃO, A PESQUISA, A EXTENSÃO E AS RESPECTIVAS NORMAS DE OPERACIONALIZAÇÃO, INCLÍDOS OS PROCEDIMENTOS PARA ESTÍMULO À PRODUÇÃO ACADÊMICA, PARA BOLSAS DE PESQUISA, DE MONITORIA E DEMAIS MODALIDADES.
Ensino de Graduação
A Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROEG) é uma instância da
Universidade Federal de Mato Grosso responsável pela gestão acadêmica dos
cursos de graduação dos quatro campi (Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e
Araguaia). Ela lida com as políticas de ensino de graduação desde o acesso do
estudante até a sua diplomação, que tem como objetivo oportunizar uma
melhor formação do estudante no universo acadêmico.
PROEG em 2010 Em 2010, a UFMT ofereceu 5.816 vagas iniciais para os cursos de
graduação, sendo 5.008 ofertadas pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU-
Enem); 388 para transferência facultativa, 20 vagas destinadas a estudantes
indígenas das etnias de Mato Grosso, ingressantes por meio de processo
seletivo específico diferenciado e 400 vagas para professores da rede pública
em curso de segunda licenciatura pelo Programa de Formação Emergencial
de Professores (Parfor-Capes).
Neste mesmo ano foram matriculados 21.826 alunos na graduação,
sendo que deste total, 17.889 são da modalidade presencial (num dos 94
cursos, distribuídos pelos quatro campi); 3537 alunos na modalidade à
Distância (06 cursos, distribuídos nos Pólos de Alto Araguaia, Barra do Bugres,
Barra do Garças, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Diamantino, Guarantã do
Norte, Jauru, Juara, Lucas do Rio Verde, Nova Xavantina, Pedra Preta, Pontes
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42
e Lacerda, Primavera do Leste, Ribeirão Cascalheira, Rondonópolis, São Félix
do Araguaia, Sinop, Sorriso e Várzea Grande) e 400 alunos na 2º Licenciatura
Parfor – Capes (08 cursos, nas cidades de Chapada dos Guimarães, Cuiabá,
Pontal do Araguaia, Rondonópolis e Várzea Grande).
Foram criados mais dois programas estudantis, Tutoria, que trata da
equiparação de estudo da educação básica, especialmente nas áreas de
Linguagens e de Ciências Naturais e Matemática e o Programa de Apoio à
Inclusão, com vistas a atender pontualmente às necessidades acadêmicas
específicas e diferenciadas dos estudantes nos cursos de graduação da UFMT.
Nesta modalidade, foi atendido, especialmente aos estudantes indígenas e aos
estudantes portadores de deficiências. Tais programas visam reduzir a evasão
e a retenção dos estudantes de graduação, em especial, nos primeiros anos do
curso. Também foram expandidos e consolidados os programas já existentes,
como Monitoria, PEC–G (Programa Estudante Convênio Graduação-Bolsa
Promisaes), PET (Programa de Educação Tutorial), Mobilidade, Pibid
(Programa Institucional de Iniciação à Docência - Bolsa Capes) e Proind,
Outras medidas, como a realização de oficinas e seminários, também foram
tomadas para discutir a evasão e avaliar esses programas. Conforme pode ser
visualizado na Tabela 4, em 2010, foram 1.011 estudantes atendidos pelos
Programas da UFMT.
Tabela 4: Número de estudantes atendidos pelos programas Programas Número de Estudantes
Monitoria 651
Tutoria 37
Apoio à Inclusão 20
PEC-G 15
PET 60
Pibid 138
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
43
Mobilidade Acadêmica 36
Proind 54
Total 1011
Em relação à formação inicial e continuada de professores, a UFMT
consolidou os Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) de Licenciatura, com
vistas à valorização da formação de professores da educação básica.
Nesse sentido, a Proeg apoiou mais de dez eventos que propiciaram a
reflexão sobre a formação e a produção de conhecimentos na área de ensino.
Ademais, esta Pró-Reitoria apoiou mais de 50 professores a participarem de
eventos nacionais e internacionais de interesse dos colegiados de cursos de
graduação. No tocante à formação continuada, foram oportunizadas 1.190
vagas em atividades de Formação Docente em 2010, conforme Tabela 5.
Tabela 5: Número de inscritos nas atividades de Formação Docente Atividade de Formação Docente Nº de Inscritos
Curso Docência no Ensino Superior/Estágio Probatório 172
Semana da Diversidade 760
Avaliação da Aprendizagem: o papel do educador nesse
processo - Formação Continuada
65
Oficina de Trabalho Pedagógico - Formação Continuada 52
Moodle como ambiente virtual de aprendizagem -
Formação Continuada
20
Formação em Gestão Acadêmica 121
Total 1190
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44
As práticas educativas e espaços distintos da sala de aula também
foram estimulados e consolidados. Todas as aulas de campo, previstas no PPC
e aprovadas pelos colegiados de cursos de graduação foram atendidas. Uma
nova iniciativa, organizada pela Proeg em conjunto com todas as pró-reitorias e
secretarias, foi a realização da 1ª Semana Acadêmica, tendo sido aprovados
150 trabalhos em formato de pôster oriundo da produção acadêmica vinculada
ao ensino. A Proeg atua intensivamente na adequação dos projetos
pedagógicos dos cursos de graduação, tendo sido reestruturados 66 projetos
pedagógicos. Outros 21 cursos estão em fase de reconhecimento e destes,
sete já foram avaliados e cinco deles receberam conceito quatro pela comissão
do Inep.
Cabe ressaltar que, na UFMT, a PROEG garante que os cursos de
graduação ofertados atendem às Diretrizes Curriculares Nacionais e demais
normas vigentes para a educação.
Avaliação de Cursos ENADE 2009
Conforme pode ser observado na Tabela 6, três cursos de graduação –
Biblioteconomia no campus de Rondonópolis, Comunicação Social/Radialismo
e Música no campus Cuiabá, receberam nota 2, no ENADE 2009. Já em 2011,
entraram em processo de readequação e estão sendo monitorados pela
PROEG e CPA.
Tabela 6: Avaliação de Cursos ENADE 2009
CURSO 2009
ENADE IDD CPC
Campus de Cuiabá
Administração 5 4 4
Ciências Contábeis 4 4 4
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45
Ciências Econômicas 3 3 3
Comunicação Social Publicidade e
Propaganda
4 4 4
Comunicação Social Jornalismo 4 4 4
Comunicação Social Radialismo 2 1 2
Direito 5 4 4
Música 2 2 2
Psicologia S/C S/C S/C
Administração EAD 5 4 4
Campus de Rondonópolis
Ciências Contábeis 3 3 3
Biblioteconomia 2 4 2
Psicologia 3 2 3
Campus do Araguaia
Comunicação Social – Jornalismo S/C S/C S/C
Análise dos questionários discentes
Em relação às expectativas iniciais sobre o curso, observa-se que
aproximadamente 57% das respostas dos discentes da graduação afirmaram
que as expectativas foram ‘parcialmente atendidas’, 12% ‘superadas’, 13%
‘atendidas totalmente’. Entretanto, aproximadamente 5% dos graduandos,
afirmaram que suas expectativas não foram atendidas. O somatório das
respostas obtidas, relativo à ‘atendidas’ e ‘parcialmente atendidas’, perfaz o
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46
total de 62%. Considerando a expressividade deste dado, sugere-se uma
investigação mais profunda quanto à condução das adequações necessárias
ao atendimento da oferta e demanda de cursos de graduação.
Avaliação do curso
Neste quesito, a CPA se prendeu aos aspectos gerais, por entender que
a autoavaliação do curso deve ser realizada no interior de cada coordenação,
cabendo a esta equipe, verificar se os cursos sob sua direção estão alinhados
às dimensões abordadas na avaliação institucional.
Em relação à avaliação do projeto do curso, aproximadamente 72% do
total das respostas dos discentes de todos os campi, o consideram-no bom ou
excelente, 22% consideram regular e apenas 3% afirmaram ser ruim. Vejamos
agora esses dados desmembrados por campus.
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47
Avaliação do curso por campus
Figura 5: Avaliação de curso do campus de Cuiabá
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
48
Figura 6: Avaliação de curso do campus de Rondonópolis
Figura 7: Avaliação de curso do campus de Araguaia
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
49
Figura 8: Avaliação de curso do campus de Sinop
Ao observarmos os gráficos das Figuras 5, 6, 7, e 8 relativos à avaliação
de curso por discentes, verifica-se que, nos campi de Cuiabá, Rondonópolis,
Araguaia e Sinop, em relação ao projeto de curso que realiza e ao próprio
curso, o resultado foi satisfatório (soma dos conceitos ‘bom’ e ‘excelente’). Em
Cuiabá percebe-se, como satisfatória, a articulação entre projeto e atividades
realizadas no percurso, entretanto, este fato não se repete nos outros campi.
No que diz respeito à diversificação dos espaços do curso, os discentes
dos campi de Cuiabá, Rondonópolis, Araguaia e Sinop demonstraram
insatisfação não só com este item, mas também com a realização das
atividades de extensão. Chamou atenção o percentual elevado (> 70%) de
discentes insatisfeitos com este quesito, no campus do Araguaia. Acredita-se
que essa insatisfação esteja relacionada com a falta de estratégia na
distribuição e localização dos cursos no espaço físico do campus, pois, quando
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
50
da realização da pesquisa, ainda não estavam prontos os laboratórios na
mesma unidade em que funcionava o curso.
Um exemplo da má distribuição dos cursos, apontada no parágrafo
anterior, é o caso dos alunos do curso de Engenharia de Alimentos que
frequentam as aulas teóricas em uma unidade do campus e as de laboratório
em outra. Some-se a isso a falta de ônibus para o translado entre as unidades,
gerando uma diária exposição dos acadêmicos a riscos desnecessários que
influem de forma definitiva no índice de evasão. Em visita ao campus do
Araguaia, os membros da CPA reuniram-se com o Pró-Reitor do campus para
sugerir que o ônibus da universidade fosse utilizado para o translado dos
alunos entre os campi. Sabe-se que esse procedimento já foi iniciado.
Em Sinop, aproximadamente 45% dos discentes encontram-se
insatisfeitos com a pesquisa (iniciação científica ou prática de investigação).
Sugere-se incentivo ao docente para o desenvolvimento de novos
projetos/bolsas para atender a essa demanda.
Em relação à participação dos alunos em atividade de pesquisa, cerca
de 40% responderam ‘sempre’ ou ‘quase sempre’, 37% ‘ocasionalmente’ e
20% ‘nunca’. Para melhorar esses índices, a universidade, através da Pró-
Reitoria de Pesquisa, poderia intensificar a participação dos alunos, criando
grupos de pesquisa. Ao serem questionados sobre esse tipo de participação, o
percentual praticamente dobrou, pois cerca de 40% dos alunos afirmaram
nunca terem participado de grupo de pesquisa. Apenas 15% dos alunos
responderam ‘sempre’ e 35% ‘às vezes’.
Considerando esse contexto, sugere-se que, nos quatro campi, as
atividades de extensão e pesquisa sejam ampliadas e melhor divulgadas; que
as metodologias de ensino sejam atualizadas entre a equipe docente de forma
a diversificar a utilização dos espaços do curso e que haja monitoramento das
ações nos campi nos quais há insatisfação por motivos específicos.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
51
De uma forma geral, observa-se que, nos quatro campi, os dados
apresentados apontam uma realidade de satisfação em relação ao projeto do
curso. Por outro lado, é contraditória a opinião discente, quando o quesito é a
satisfação das expectativas em relação ao curso. Os dados revelam que mais
de 70% dos alunos da UFMT nunca participaram de debates ou discussões
sobre o projeto pedagógico do seu curso, nem de discussões sobre as
diretrizes curriculares nacionais referentes a seu curso; e que pouco mais de
15% tiveram alguma participação. Nesse contexto sugere-se um
aprofundamento da investigação para averiguar o motivo dessa discrepância a
fim de propor imediata condução de ações para resolução do problema.
CONTEÚDO DAS DISCIPLINAS
Segundo a análise dos três quesitos inspecionados: questões sobre o
conteúdo das disciplinas de formação geral, das disciplinas profissionalizantes
e da formação profissional voltada ao mercado de trabalho, verificou-se que os
dois primeiros foram considerados bons ou excelentes por 64% dos alunos.
Quanto aos conteúdos profissionalizantes, faz-se necessário o aprofundamento
da análise, pois reside aí a insegurança discente. Registros aproximados
revelam que os discentes julgaram insatisfatórias (regular ou ruim), tanto a
formação profissional voltada para o mercado de trabalho (35%) quanto as
atividades práticas proporcionadas pelo curso (54%), alegando que as práticas
estão aquém das necessidades do mercado de trabalho.
Dada a insatisfação generalizada a respeito das atividades
complementares, conforme demonstrado na Tabela 7, é imperativo reforçar, de
imediato, a política para o ensino, pesquisa e extensão nos campi. Registra-se
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52
uma média acima de 70% de respostas negativas à pergunta sobre a
participação em algum tipo de atividade complementar ofertada pelo curso.
Essa informação é reiterada em outras questões analisadas pelas próximas
dimensões. Diante de tal fato, sugere-se o aprofundamento da investigação
para saber se há ou não interesse dos discentes em participar de alguma
destas atividades. Confirmando-se o interesse, é indicado imediata
implementação de ações no sentido de satifazer esta demanda, resolvendo-se
de modo indireto, o problema de adequação do papel desta Instituição de
Ensino Superior que é zelar pela indissociabilidade do tripé ensino, pesquisa e
extensão.
Tabela 7: Alunos informam sobre a participação em algum tipo de atividade complementar ofertada pelo curso
Campus Monitoria
Acadêmica (%)
Projetos de
Pesquisa (%) Estágios (%)
Programas e
Projetos de
Extensão(%)
NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM
Cuiabá 77,60 22,40 67,70 32,30 69,20 30,80 74,10 25,90
Rondonópolis 81,70 18,30 72,20 27,80 79,00 21,00 73,40 26,60
Araguaia 84,60 15,40 72,70 27,30 83,10 16,90 73,50 26,50
Sinop 72,70 27,30 75,50 24,50 76,90 23,10 77,60 22,40
Tabela 8: Avaliação da qualidade dos recursos da Instituição – Cuiabá e Rondonópolis
Itens Avaliados
Cuiabá Rondonópolis
Satisfeito
(%)
Insatisfeito
(%)
Satisfeito
(%)
Insatisfeito
(%)
Recursos didáticos utilizados
nas aulas 56,10 41,70 57,90 40,20
Instalações das salas de
aula 46,20 51,10 46,30 52,00
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53
Serviço de organização e
limpeza 61,20 36,10 73,80 24,20
Preservação da estrutura
física (iluminação,
ventilação, acústica) das
salas de aula do seu curso
43,00 54,60 48,10 50,40
Segurança interna do
campus 37,00 59,80 56,60 41,60
Material audiovisual 50,50 46,70 51,10 47,00
Instalações dos laboratórios
de informática do seu
campus
44,40 49,50 58,50 38,90
Instalações dos laboratórios
específicos do seu curso 32,70 50,30 47,30 44,10
Controle do ruído dos
corredores e espaços
internos do campus
30,70 64,30 30,40 63,90
Tabela 9: Avaliação da qualidade dos recursos da Instituição - Araguaia e Sinop.
Itens Avaliados
ARAGUAIA SINOP
Satisfeito
(%)
Insatisfeito
(%)
Satisfeito
(%)
Insatisfeito
(%)
Recursos didáticos utilizados
nas aulas
59,20 37,30 73,20 25,30
Instalações das salas de
aula
33,80 61,10 78,20 20,40
Serviço de organização e
limpeza
53,40 41,10 83,80 14,70
Preservação da estrutura
física (iluminação, ventilação,
acústica) das salas de aula
39,60 55,00 67,10 31,40
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54
do seu curso
Segurança interna do
campus
55,40 38,80 62,90 35,10
Material audiovisual 29,60 64,70 69,90 28,30
Instalações dos laboratórios
de informática do seu
campus
40,40 54,20 51,60 41,90
Instalações dos laboratórios
específicos do seu curso
16,10 71,90 51,10 44,90
Controle do ruído dos
corredores e espaços
internos do campus
37,70 52,70 54,40 39,80
Os dados apresentados nas Tabelas 8 e 9 indicam que o grau de
satisfação discente em relação à qualidade dos recursos da instituição é
peculiar a cada campus. Nota-se que, no geral, os discentes do campus
Cuiabá não estão satisfeitos, pois, 6 dos 9 itens analisados obtiveram
respostas pouco animadoras. O maior grau de insatisfação (aproximadamente
65% de respostas) está relacionado ao controle do ruído dos corredores e
espaços internos do campus; e o de satisfação (aproximadamente 62% das
respostas) relaciona-se ao serviço de organização e limpeza.
No campus de Rondonópolis a proporção se inverte e passamos a ter a
maioria dos quesitos avaliados como satisfatório pela maioria dos alunos.
Destaca-se novamente o serviço de organização e limpeza com quase 74% de
aprovação e a insatisfação (aproximadamente 64% das respostas) recai sobre
o controle do ruído dos corredores e espaços internos do campus.
No campus do Araguaia voltamos a ter a insatisfação discente como
traço de percepção. Novamente 6 itens foram avaliados como abaixo da
expectativa. Aproximadamente 72% dos alunos estão insatisfeitos com as
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
55
instalações dos laboratórios específicos do seu curso e aproximadamente 65%
reprovou o material audiovisual. Os recursos didáticos, utilizados nas aulas e a
segurança interna do campus, tiveram destaque positivo, com índice de
satisfação de aproximadamente 60% e 56% respectivamente.
Em Sinop observa-se que 100% das respostas concentram um grau de
satisfação superior ao de insatisfação. A maior delas, com aproximadamente
84% de aprovação, volta a ser o serviço de organização e limpeza; a menor,
mas com alta taxa de satisfação(50%), recai sobre as instalações dos
laboratórios específicos do curso.
De uma forma geral, sugere-se aprofundamento das investigações
quanto aos detalhes da insatisfação discente. Os ruídos nos corredores foram
reprovados em 50% dos campi e o serviço de organização e limpeza,
percebido como satisfatório em 100% dos campi, portanto, este deve ser
mantido e elogiado.
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56
Articulações, apoios e incentivos.
Figura 9: Articulações, apoios e incentivos – Cuiabá
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57
Figura 10: Articulações, apoios e incentivos - Rondonópolis
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
58
Figura 11: Articulações, apoios e incentivos - Araguaia
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
59
Figura 12: Articulações, apoios e incentivos - Sinop
Observa-se nas Figuras 9, 10, 11 e 12, que de uma forma geral, os
extremos se repetem. A articulação entre ensino e pesquisa foi o ponto de
maior destaque positivo tanto em Cuiabá quanto em Sinop e Rondonópolis. Já
a articulação entre o ensino e a extensão, como será aprofundado no decorrer
deste relatório, deixa a desejar na leitura dos discentes dos campi de Cuiabá e
Rondonópolis. No campus do Araguaia a maior insatisfação refere-se ao
incentivo à pesquisa e, no campus de Sinop, recai sobre o auxílio alimentação,
que, ao contrário, é do agrado dos discentes do Araguaia.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
60
Nesse contexto sugere-se o reforço imediato das políticas universitárias
que prezem pelo auxílio alimentação em Sinop, a melhoria na articulação entre
o ensino e a pesquisa e o incentivo à pesquisa nos demais campi.
Biblioteca
Figura 13: Opinião dos alunos do campus de Cuiabá sobre a biblioteca
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
61
Figura 14: Opinião dos alunos do campus de Rondonópolis sobre a biblioteca
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62
Figura 15: Opinião dos alunos do campus do Araguaia sobre a biblioteca
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
63
Figura 16: Opinião dos alunos do campus de Sinop sobre a biblioteca
Os gráficos das Figuras 13, 14, 15 e 16 ressaltam como pontos
negativos, comuns aos quatro campi, o acervo da biblioteca e a atualidade de
materiais (livros, periódicos, vídeos etc.). Tanto no campus de Cuiabá quanto
no de Rondonópolis, os demais itens foram considerados bons ou excelentes.
Observa-se, no entanto, que nos campi Araguaia e Sinop as instalações para
leitura, pesquisa ou estudo, oferecidas pela biblioteca, foram indicadas como
insatisfatória. Somando-se os percentuais dos que as consideram regular ou
ruim, verifica-se que no campus Sinop isso corresponde a aproximadamente
52% dos alunos e a 81% no de Araguaia. Este campus apresentou outro item
com destaque negativo: a preservação da estrutura física da biblioteca
(iluminação e acústica), apontada, por mais de 61% dos alunos, como regular
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
64
ou ruim. Os demais itens foram conceituados pela maioria dos alunos como
bons ou excelentes. Merece atenção o atendimento oferecido pela biblioteca do
campus de Sinop, julgado regular ou ruim, por aproximadamente 55% dos
alunos. Todos os outros itens foram considerados bons ou excelentes pelos
estudantes. A partir dos dados coletados, sugere-se que os gestores de
biblioteca sirvam-se destes indicadores para proceder ao planejamento de
estratégias de melhoria da biblioteca de seus respectivos campus.
PÓS-GRADUAÇÃO
Na UFMT, o órgão responsável pelo planejamento e execução das
atividades relativas ao ensino de pós-graduação lato (especialização) e stricto
sensu (mestrado e doutorado); pela coordenação de todos os procedimentos
de capacitação de servidores docentes e técnico-administrativos, no país e no
exterior; e pela emissão de certificados de especialista e diplomas de mestre e
doutor é a Pró-Reitoria de Ensino de Pós Graduação –PROPG.
Em relação à pesquisa junto à comunidade acadêmica, a participação da
pós-graduação não foi representativa, desta forma, os dados são
inconsistentes, não podendo ser utilizados para fins de análise. Isso posto, a
CPA espera um maior empenho da PROPG junto aos alunos para uma
participação mais efetiva em pesquisas futuras.
PROPG EM 2010
No período de 2008 a 2010, houve um crescimento significativo no
número de vagas ofertadas e também no número de alunos matriculados na
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
65
pós-graduação, tanto na lato sensu quanto na stricto sensu, conforme
apresentado nas tabelas 10 e 11. Presume-se que esse fato se deve a alguns
fatores, tais como o aumento no número de programas implantados na UFMT; o
apoio institucional ao processo de consolidação dos cursos já existentes; o
incentivo à elaboração de novos projetos; o aumento no número de doutores na
instituição e seu credenciamento nos diferentes Programas da UFMT; o
acompanhamento da PROPG aos grupos interessados na apresentação de
novos APCNs; a avaliação interna constante dos programas; o aumento da
demanda por candidatos do interior do estado de Mato Grosso, de outros
estados, e mesmo de outros países; e a ampliação da divulgação dos
programas.
Tabela 10: Número de alunos matriculados e concluintes nos cursos de pós-graduação lato sensu Período Nº de vagas ofertadas Alunos Matriculados Alunos
Concluintes 2008 5.596 5.045 413
2009
2010
5.446
5.825
4.908
5.304
523
683
Fonte: Pró-Reitoria de Pós-Graduação
Tabela 11: Número de vagas, de alunos matriculados e de bolsas de mestrado e doutorado (CAPES, CNPQ, FAP e outras) no período de 2008 a 2010. Período Nº de vagas
ofertadas Mestrado/Doutorado
Total de Alunos Matriculados
Total de bolsas de mestrado (CAPES,CNPq, FAP e outras)
Total de bolsas de Doutorado (CAPES, CNPq, FAP e outras)
2008 347 826 312 12
2009
2010
422
577
900
1.097
447
409
18
31
Fonte: Pró-Reitoria de Pós-Graduação
Outro dado observado nas respostas dos discentes dos cursos de
graduação da UFMT, que vem aumentando a cada ano, refere-se à continuidade
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66
dos estudos, resultado do aumento da oferta de bolsas de Iniciação Científica,
que os prepara para a pesquisa científica.
Esse fato pode ser confirmado na pesquisa, realizada pela Comissão
Própria de Avaliação, que apurou o interesse dos alunos de continuar
estudando após o término do curso. Segundo os dados obtidos, a maioria dos
alunos(97,5%) respondeu ‘sim’ para essa questão, conforme indicado na
Figura 17.
Figura 17: Alunos da UFMT que pretendem continuar estudando após o término da graduação
O dado é relevante e positivo, pois demonstra que a instituição goza de
credibilidade entre seus alunos a ponto de os sensibilizar para o
aprofundamento nos estudos após o término da graduação. Apesar do
resultado promissor, vale lembrar que, na comparação com a pesquisa
aplicada em 2008, este item apresentou queda de 0,5%. Acredita-se que o
motivo seja a ausência de programa de pós-graduação no mais novo campus,
o de Sinop, cujos discentes, aproximadamente 5%, afirmaram não ter interesse
em continuar estudando, como pode ser visualizado na Figura 18.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
67
Figura 18: Alunos da UFMT, por campus, que pretendem continuar estudando após o término da graduação.
Do total de discentes que pretendem continuar seus estudos após a
graduação, segundo os dados demonstrados na Figura 19, percebe-se a
seguinte ordem de preferência: em primeiro lugar está a opção por mestrado
e/ou doutorado (60%), em segundo lugar por especialização, em terceiro lugar
por outro curso de graduação e, por último, por curso de aperfeiçoamento. A
exceção ficou por conta dos alunos do campus Sinop cuja terceira opção foi o
curso de aperfeiçoamento e a quarta, outro curso de graduação.
A análise concluiu que a maioria dos alunos respondentes quer seguir
na vida acadêmica, logo, cabe a UFMT atender a essa demanda através da
ampliação de vagas nos cursos já existentes; da abertura de novos cursos,
tanto de mestrado quanto de doutorado; e do incentivo à pesquisa. De acordo
com a PROPG, essas medidas já foram tomadas, uma vez que se encontram
na Capes, em fase de análise, 4 solicitações de cursos novos – APCNs para os
seus campi: 1 de Rondonópolis, 1 do Araguaia e 2 de Sinop.
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68
Figura 19: Modalidade de curso que pretende fazer após o término da graduação.
Em 2008 a UFMT possuía 22 mestrados e 3 doutorados (Educação,
Agricultura Tropical e Física Ambiental). No ano seguinte, houve a aprovação de
mais 1 doutorado (Ciências da Saúde) e quatro mestrados (Educação, Direito
Agroambiental, Ciência de Materiai e Ensino de Ciências Naturais), ampliando
para 26 mestrados e 04 doutorados. Em 2010, foram aprovados 3 mestrados
(Química, Engenharia Agrícola e Matemática-PROFMAT), 3 doutorados
(Ecologia e Conservação da Biodiversidade, História e REAMEC) e 5 doutorados
interinstitucionais (Arquitetura e Urbanismo - UFRJ, Comunicação - UFMG,
Economia - UFPE, Controladoria e Finanças - USP e Pediatria - USP).
A avaliação trienal da Capes (2007-2009) apresenta Mato Grosso como
o estado que mais cresceu em número de cursos na região Centro-Oeste,
sendo a maior parte deles oferecidos pela UFMT.
Em 2010 estavam em andamento 29 programas de pós-graduação, dos
quais 21 foram avaliados, e 6 destes obtiveram boa avaliação: nota 5
(Agricultura Tropical e Física Ambiental) e nota 4 (Ecologia e Conservação da
Biodiversidade, História, Ciências Veterinárias e Ciência Animal). Já detinham
a nota 4 os programas de Educação (2008) e o de Ciências da Saúde (2009),
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69
ambos com mestrado e doutorado. Até o momento (outubro de 2010), há, na
UFMT, dois programas nota 5 e sete programas nota 4, como pode ser
observado na Tabela 12.
Tabela 12 : Programas de pós-graduação em andamento na UFMT – 2010 PROGRAMA CAMPUS NÍVEL NOTA RECOMENDAÇÃ
O CTC
Nº DE
ALUNOS
MATRICU
LADOS
01 Educação Cuiabá Msc./Dr. 4 1988/ 2008 176
02 Ecologia e Conservação da
Biodiversidade
Cuiabá Msc./Dr. 4 1993/2010 53
03 Agricultura Tropical Cuiabá Msc./Dr. 5 1993/2005 63
04 História Cuiabá Msc./Dr. 4 1998/2010 32
05 Saúde Coletiva Cuiabá Msc. 3 2003 45
06 Geografia Cuiabá Msc. 3 2003 77
07 Ciências da Saúde Cuiabá Msc./Dr. 4 2004/2009 64
08 Física Cuiabá Msc. 3 2005 39
09 Física Ambiental Cuiabá Msc./Dr. 5 2001/2007 60
10 Geociências Cuiabá Msc. 3 2005 35
11 Agronegócios e
Desenvolvimento Regional
Cuiabá Msc. 3 2005 43
12 Ciências Florestais e Ambientais Cuiabá Msc. 3 2006 34
13 Ciência Animal Cuiabá Msc. 4 2006 52
14 Enfermagem Cuiabá Msc. 3 2006 42
15 Estudos de Linguagem Cuiabá Msc. 3 2003 63
16 Ciências Veterinárias Cuiabá Msc. 4 2006 43
17 Recursos Hídricos Cuiabá Msc. 3 2007 46
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70
18 Biociências Cuiabá Msc. 3 2007 36
19 Estudos de Cultura
Contemporânea
Cuiabá Msc. 3 2007 70
20 Engenharia de Edificações e
Ambiental
Cuiabá Msc. 3 2008 30
21 Política Social Cuiabá Msc. 3 2008 27
22 Educação Rondonóp
olis
Msc. 3 2009 10
23 Direito Agroambiental Cuiabá Msc. 3 2009 20
24 Ciência de Materiais Médio
Araguaia
Msc. 3 2009 10
25 Ensino de Ciências Naturais Cuiabá Msc. Prof. 3 2009 15
26 Química Cuiabá Msc. 3 2010 19
27 Ensino de Ciências e
Matemática REAMEC
Rede** Dr. 4 2010 30
28 Engenharia Agrícola Rondonóp
olis
Msc. 3 2010 12
29 Matemática PROFMAT Rede*** Msc. Prof. 3 2010 20
TOTAL 1266
Fonte: PROPG/UFMT **REAMEC – Rede Amazônica de Ensino de Ciências e Matemática – 9 estados da Região Norte *** Mestrado Profissional em Rede – Sociedade Brasileira de Matemática – 49 IES públicas
PESQUISA
A Pró-Reitoria de Pesquisa foi criada em março de 2001, através da
Resolução CD Nº 09, de 23 de março de 2001, cuja missão é fomentar a
produção de conhecimento em todas as áreas do saber, através da articulação
interna com os grupos de pesquisa e da externa com as agências de fomento.
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PROPeq EM 2010 No ano de 2010, a Pró-Reitoria de Pesquisa envidou esforços de modo a
garantir alguns avanços significativos como o aumento de 33% no número de
bolsas de iniciação científica em relação ao ano anterior; o registro de 467
projetos de pesquisa no período, com captação de recursos da ordem de 35
milhões de reais; o aumento de 29% no número de projetos em relação ao
período anterior. Atualmente são 1.712 projetos em andamento, com
participação de doutores, mestres, discentes e técnicos-administrativos, em
todas as áreas do conhecimento.
Estão certificados 288 grupos de pesquisas, no Diretório de Grupos de
Pesquisa do CNPq, com número de grupos expressivo na área de Ciências
Humanas e, de certa forma equilibrada, nas áreas de Ciências Agrárias,
Ciências Biológicas e Ciências Exatas e da Terra, demonstrando a vocação da
instituição, em termos de áreas de pesquisa voltadas para as grandes questões
do estado e da região. Vale ressaltar também o aumento do número de grupos
de pesquisa nas áreas de Ciências da Saúde e de Ciências Sociais Aplicadas.
A instituição também teve, neste ano, o aumento do número de pesquisadores
bolsistas de Produtividade em Pesquisa e Tecnologia - PQ/CNPq. Atualmente
a UFMT conta com 38 bolsistas, atuando em programas de pós-graduação da
instituição junto aos demais pesquisadores em prol de uma produção científica
de qualidade.
Com os líderes de grupos e coordenadores de programas de pós-
graduação foi possível articular a participação institucional em redes de
pesquisa patrocinadas pelo MCT e Fundações de Amparo a Pesquisa - FAP´s,
tais como a Rede Bionorte e a Rede Pró-Centro-Oeste, além de construir
propostas de projetos que foram submetidos aos órgãos de fomento para
melhoria de infraestrutura de pesquisa nas diversas áreas na UFMT.
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72
Neste ano, foram submetidas 5 propostas, com possibilidade de
captação de recursos na ordem de R$ 20.686.980,80. Desse montante já estão
assegurados R$ 5.566.947,00. No momento a Pró-reitoria coordena e
acompanha a execução de 8 propostas aprovadas, em anos anteriores, no
valor de R$ 17.406.547,00.
Como órgãos suplementares, ligados à PROPeq, o Biotério, o Escritório
de Inovação Tecnológica - EIT e o Herbário, vêm cumprindo a função de serem
espaços multidisciplinar de apoio à pesquisa e à pós-graduação na instituição,
possibilitando o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação.
Destacam-se nesses espaços não só o desenvolvimento do programa de
incubação e de empreendedorismo que vem sendo realizado pelo EIT, como
as ações decisivas para a estruturação e definição de procedimentos que
garantam a gestão e a proteção da propriedade intelectual na instituição e que
promovam maior articulação e interação com o setor produtivo.
Apesar de terem sido atingidas as metas estabelecidas para o ano de
2010, muitos são ainda os desafios para a pesquisa na UFMT, tornando-se
alvo de perseguição para os próximos anos os seguintes pontos:
a. Rediscussão dos procedimentos de acompanhamento e avaliação
dos projetos de pesquisa, grupos de pesquisa e produção, considerando a
participação das unidades acadêmicas e a interação com os projetos
curriculares dos cursos de graduação e dos programas de pós-graduação;
b. Definição das diretrizes para construção de projetos e propostas
de pesquisa institucionais;
c. Organização das supervisões de pesquisa e pós-graduação nos
campi da UFMT;
d. Reorganização do espaço e melhoria da infraestrutura de
pesquisa na instituição – ambiência multifuncional e multiusuária;
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73
e. Recomposição de recursos humanos para pesquisa.
EXTENSÃO
A Extensão Universitária é a forma de articulação entre universidade e
sociedade por meio de diversas ações. Como o próprio nome diz, é estender a
universidade para além dos seus muros, interagindo com a comunidade,
visando à troca de saberes e construindo assim uma universidade pública de
qualidade.
A Universidade Federal de Mato Grosso tem sua política de extensão
claramente sintonizada com o que preceitua o Plano Nacional de Extensão.
Este documento representa a expressão maior daquilo que as universidades
públicas conseguiram construir sob o ponto de vista da concepção de extensão
e das principais diretrizes que lhe dão sustentação, como a formulada pelo
Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas
Brasileiras.
A extensão deve ser compreendida como “processo educativo, cultural e
científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a
relação transformadora entre universidade e sociedade”. (PLANO NACIONAL
DE EXTENSÃO).
A CODEX (Coordenação de Extensão) é a responsável por articular e
coordenar as atividades de extensão de diversos setores da Universidade por
meio de diversas modalidades e em todas as suas áreas de atuação.
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74
EXTENSÃO EM 2010
Em 2010 foram 1.575 docentes, 2.671 alunos e 369 técnicos
administrativos que participaram como executores das ações de extensão em
todos os campi da UFMT, totalizando 712 ações de Extensão neste ano.
Apesar de ainda não ser suficiente para o atendimento de toda a
demanda, houve um aumento considerável no número de bolsas de extensão
para os alunos de graduação e pós-graduação da UFMT. Em 2008 foram
concedidas 250 bolsas de extensão, em 2009 esse total foi ampliado, no
primeiro semestre, para 300 bolsas e, no segundo semestre, para 359. Ainda
neste período,, foram concedidas mais 12 pelo Programa Reuni ao campus do
Araguaia, totalizando 371 bolsas. No ano seguinte, o número de concessões
de bolsas saltou para 450, percebendo-se um aumento de 200 bolsas de
extensão para os alunos de graduação e pós-graduação desta universidade no
período de 2008 a 2010.
EAD – Política para o ensino, pesquisa e extensão
A Universidade Federal de Mato Grosso, por intermédio de programas e
projetos de formação na modalidade de Educação a Distância, possibilitou, nos
últimos anos, o acesso à educação de forma democrática e igualitária, quando
estendeu a oferta de cursos a distantes regiões do estado de Mato Grosso, a
outros estados brasileiros e também quando firmou diversos consórcios e
parcerias internacionais, realizado de forma pioneira pelo Núcleo de Educação
Aberta e a Distância do Instituto de Educação. Atualmente, o maior número de
cursos de graduação e pós-graduação lato sensu na modalidade EaD é
oferecido pela Universidade Aberta do Brasil/ UFMT nos seus 20 pólos de
apoio presencial no estado. A UAB/UFMT oferece os seguintes cursos de
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75
graduação: Administração; Administração – Modalidade a Distância – curso
este que obteve nota 5,0 no Enade de 2010; Administração – Bacharelado;
Administração Pública; Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática;
Licenciatura em Pedagogia – Modalidade a Distância. Os cursos de pós-
graduação lato sensu oferecidos são: Direito Ambiental; Informática na
Educação; Gestão Pública e Gestão em Saúde. A UAB/UFMT também oferece
cursos de aperfeiçoamento: Relações Raciais e Educação na Sociedade
Brasileira; Processo Formativo em Educação Ambiental; Gênero e Diversidade
na Escola. Além dos cursos da UAB, a UFMT, em parceria com a Universidade
Tokai no Japão, oferece o curso de Pedagogia Acordo Brasil/Japão -
Modalidade a Distância, para o qual foram ofertadas 300 vagas. O curso surgiu
para que as 72 escolas brasileiras tivessem seu trabalho reconhecido,
conforme constatado para Embaixada Brasileira em Tókio, bem como pelo
Ministério da Educação do Brasil.
Já há algum tempo vem sendo desenvolvidas ações institucionais no
sentido de consolidar, na UFMT, uma política de ensino na modalidade a
distância. Uma dessas ações foi implementada na Secretaria de Tecnologia da
Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação/Coordenação de
Administração Escolar (STICAE). Para esta secretaria foi criada a
Coordenação de Programas e Projetos em Educação Aberta e a Distância
(CPPEAD) com as seguintes responsabilidades: institucionalizar, regulamentar,
supervisionar, avaliar e apoiar os processos de gestão de educação a distância
e os programas e projetos mediados por Tecnologias da Informação e da
Comunicação – TICs.
As macrofunções da CPPEAD, anteriormente mencionadas, desdobram-
se em: a) estabelecer e acompanhar os referenciais de qualidade para a EaD
na UFMT; b) verificar os aspectos físicos, técnicos, de pessoal e pedagógicos
dos cursos de graduação, pós-graduação e extensão na modalidade a
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76
distância, com vistas ao cumprimento dos referenciais de qualidade nacionais e
da UFMT na EaD; c) gerir as informações pertinentes a essa modalidade na
IES, no âmbito dos programas e projetos educacionais d) realizar pesquisas
acerca da modalidade EaD e viabilizar fomento para sua realização; por fim, e)
apoiar todos os processos inerentes à gestão da Ead na UFMT.
Dando continuidade às ações institucionais para consolidar a EAD na
UFMT, em 2010, foram criadas a Comissão Interna de Avaliação de Cursos na
Modalidade EaD (Portaria STI nº 005 de 12-08-2010) e a Comissão dos
Referenciais de Qualidade para Cursos na Modalidade EaD da UFMT (Portaria
GR nº1056 de 08-11-2010). Para ajudar na elaboração e/ou viabilização dos
projetos pedagógicos dos cursos foram redigidos pela Coordenação Adjunta da
UAB, em parceria com a CPPEaD, dois documentos orientadores para os
coordenadores de curso e equipes pedagógicas dos cursos de graduação e
pós-graduação: “O sistema de orientação acadêmica na modalidade a distância
– UFMT” e “O sistema de avaliação da aprendizagem na modalidade a
distância – UFMT”.
Pela primeira vez, foram inseridas, no calendário acadêmico da UFMT,
as atividades dos cursos da EaD da UFMT, tais como a elaboração de normas
para o registro acadêmico (formulário de pré-matrícula, formulário de matrícula,
questionário socioeconômico, relação de equivalência professor-aluno, tempo
de lançamento e homologação no sistema das notas dos alunos), e
readequação do sistema acadêmico de modo a contemplar o que foi
estabelecido pelas novas resoluções.
Resultados da pesquisa com os alunos de ensino a di stância.
1. Projeto Pedagógico do Curso - Foi indagado aos discentes se já haviam
participado de discussões sobre as diretrizes curriculares nacionais referentes
a seu curso. Em relação ao projeto do curso que realizam, 50% dos discentes
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afirmaram ser muito bom, 33,8% consideram-no excelente e 12,5% indicam ser
bom. No diz respeito à articulação entre o projeto do curso e o que é realizado
no seu percurso, 40% responderam ‘muito bom’, 33,8% ‘bom’ e 16,3%
‘excelente’. Do total de alunos que avaliou as aulas/atividades ministradas
pelos professores, 32,5% informaram ser ‘muito bom’, 27,5% ‘bom’ e 18,8%
‘excelente’. Sobre o contato professor-aluno, 36,3% dos discentes afirmam ser
‘bom’, 25% ‘excelente’ e 18,8% ‘muito bom’.
Figura 20: Avaliação do projeto do curso que realizam
2. Elementos curriculares do curso (conteúdo, material didático, material
multimídia, AVA, práticas, oficinas/palestras, estágio, serviço de orientação
acadêmica):
• Conteúdo das disciplinas - 58,8% dos alunos julgam como ‘muito bom’
os conteúdos das disciplinas do curso de formação geral/fundamentos,
26,3% ‘excelente’ e 12,5% ‘bom’. Já, para as disciplinas
profissionalizantes, 45% avaliam como ‘muito bom’, 23,8% ‘excelente’ e
20% ‘bom’.
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• Conteúdo do material didático impresso – Segundo 37,5% dos discentes
o material didático é ‘excelente’, 35% considera ‘muito bom’ e 21,3%
‘bom’. Para 46,3% dos alunos o projeto gráfico do material é ‘excelente’,
27,5% avaliou ser ‘muito bom’ e 17,5% ‘bom’. Também em relação ao
seu layaut, 40% afirmam ser ‘muito bom’, 35% ‘excelente’ e 15% ‘bom’.
No quesito pontualidade de entrega do material didático, para 32,5% é
‘excelente’, para 25% ‘bom’ e 20% ‘muito bom’.
• Guia de estudos das disciplinas do curso no AVA – Para 35% dos alunos
os guias de estudo das disciplinas é ‘muito bom’, 31,3% afirmam ser
‘bom’ e 25% indicam ser ‘excelente’. Sobre as atividades propostas nos
guias de estudo 36,3% dos alunos avaliam como ‘bom’, 33,8% ‘muito
bom’ e 20% ‘excelente’.
• Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) – Em relação à compreensão
do conteúdo informativo (calendários, links) do AVA do curso, 40%
apontou como ‘muito bom’, 27,5% ‘bom’ e 22,5% ‘excelente’. Já no que
se refere à compreensão do vocabulário dos conteúdos e informações
presentes no AVA, 32,5% diz ser ‘muito bom’, 30% ‘bom’ e 25%
‘excelente’.
• Material multimídia – Para 32,5% dos alunos o material multimídia é
‘bom’, para 27,5% é ‘muito bom’, para 15% ‘excelente’ e 13,8% achou
‘regular’.
• Atividades práticas - No que se refere às atividades práticas oferecidas
pelo curso, como oficinas, seminários e laboratório, 31,3% julgam ‘muito
bom’, 27,5% ‘bom’, 20% ‘regular’ e 11,3% ‘excelente’. Quanto ao curso
oferecer/proporcionar a participação em palestras, congressos e
oficinas, 30% julga ser ‘bom’, 22,5% ‘muito bom’, 17,5% ‘regular’ e 15%
‘excelente’. Em relação ao estágio curricular, 41,3% não soube
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
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responder - até porque boa parte dos cursos ainda não realizou o
estágio -, 22,5% ‘muito bom’ e 22,5% ‘bom’ e 11,3% ‘excelente’ – o
curso de Pedagogia já realizou um dos estágios. Sobre a diversificação
dos espaços do curso (visitas técnicas, aulas de campo), 28,8% apontou
como ‘regular’, 27,5% ‘não soube responder’, 22,5% indicou como ‘bom’
e 12,5% ‘muito bom’.
Figura 21: Atividades práticas oferecidas pelo curso
• Serviço de orientação acadêmica – Para 31,3% dos alunos, o serviço de
orientação acadêmica presencial é ‘excelente’, para 30% é ‘bom’, 26,3% ‘muito
bom’ e para 11,3% ‘regular’. Já no que se refere ao serviço de orientação no
AVA, para um grupo de 25% de alunos o serviço é ‘muito bom’ e para 15% é
‘regular’.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
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Figura 22: Serviço de orientação acadêmica
3. Pesquisa e extensão - No que se refere à pesquisa (iniciação científica
e/ou seminários temáticos), 32,5% dos respondentes avaliaram como ‘muito
bom’, 23,8% como ‘bom’, 20% ‘excelente’ e 12,5% ‘regular’. Nas atividades de
extensão, com a participação de programas e cursos, 35% dos discentes ‘não
souberam responder’, 31,3% acha ‘bom’ e 20% ‘muito bom’.
4. Avaliação geral do curso - Um dos quesitos perguntava se a formação
profissional do curso está voltada para o mercado de trabalho, ao que 42,5%
respondeu ‘excelente’, 33,8% ‘muito bom’ e 15% ‘bom’. Em relação às
expectativas iniciais dos discentes quanto ao curso, 33,8% afirmam que foram
‘atendidas totalmente’, 23,8% que foram ‘atendidas parcialmente’ e 21,3%
informou que foram ‘ampliadas as expectativas’. Por fim, procurou-se saber
como os discentes avaliam seu curso, 40% julgam-no ‘muito bom’, 37,5% como
‘excelente’ e 18,8% como ‘bom’.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
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Figura 23: Avaliação do curso pelos discentes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
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3. DIMENSÃO 03 – A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO, CONSIDERADA ESPECIALMENTE NO QUE SE REFERE À SUA CONTRIBUIÇÃO EM RELAÇÃO À INCLUSÃO, AO SOCIAL, AO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL, À DEFESA DO MEIO AMBIENTE, DA MEMÓRIA CULTURAL, DA PRODUÇÃO ARTÍSTICA E DO PATRIMÔNIO CULTURAL
BOLSAS
A UFMT possuía em 2010, 21.826 acadêmicos matriculados, sendo
17.889 na modalidade presencial e 3.537 na modalidade a distância. Entre os
alunos da modalidade presencial, 58,6% declararam não exercer nenhum tipo
de atividade remunerada e os que declararam exercer tal atividade, 49,5%
referiram-se às bolsas do tipo Extensão, Monitoria, Permanência, Estágio
Curricular Complementar ou Pesquisa. Em outras palavras, pode-se dizer que
79,1% dos acadêmicos dedicam-se exclusivamente às atividades acadêmicas
e passam a ser, em potencial, discentes que podem pleitear uma entre as
diversas modalidades de bolsa que visam à formação básica do profissional,
seja ela de ensino, pesquisa, extensão ou àquelas sociais, visando o suporte
financeiro para a permanência dos acadêmicos de menor renda.
Ações no sentido de aumentar o número de bolsas estudantis
contribuem para a inclusão social e, neste contexto, destacamos que 58,6%
dos acadêmicos que responderam ao questionário dependem exclusivamente
da família para manterem as despesas decorrentes de seu estudo, tais como
transporte, fotocópias, livros etc. Esse dado revela que a política de inclusão
social desta instituição necessita de permanente revisão e fortalecimento para
adequação do número de bolsas à demanda.
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Cultura:
Os projetos do Cine Club Coxiponés tiveram adesão da comunidade
acadêmica e externa durante o ano todo, nos 47 eventos oferecidos, atingindo
um total de 6.194 expectadores. O auge se fez com a mostra nacional de vídeo
universitário e a virada cultural, nas quais somamos 6.830 espectadores, sendo
455 na primeira e 6.375 na segunda.
A Escola de Artes, com seus cursos de dança, teatro, artes visuais,
música e canto, atingiu 4.824 pessoas da comunidade. A semana de arte
recebeu um público de 800 pessoas e a apresentação, na SEDUC, foi vista por
2.000 discentes estaduais. Além disso, a Escola de Artes propiciou 18 cursos e
teve adesão de 4.824 participantes para os cursos de pintura e artes visuais. O
MACP (Museu de Artes e Cultura Popular) totalizou 15 eventos, com um
público de 4.313 visitantes.
A orquestra realizou 20 concertos e teve um público de 13.476 pessoas.
O Quinteto de Metais contribuiu com 15 eventos para um público de 6.880
pessoas. Já o coral fez 30 apresentações externas com público de 7.490
pessoas.
Entre as atividades esportivas, tivemos os Jogos Universitários Mato-
grossenses que mobilizaram 1.800 discentes/atletas. Durante o ano, a CVEL
(Cultura Esporte e Lazer) proporcionou 14 eventos com um público envolvido
de 77.200.
Segundo a Pró-Reitoria de cultura, extensão e vivência – PROCEV, os
dados sobre a extensão apontam para um total de 2.671 discentes
colaboradores. Somam-se a eles 1.575 docentes, 369 técnicos, 450 bolsistas e
no desenvolvimento de 712 ações, entre elas 336 projetos, 115 cursos, 129
eventos e 60 publicações. O resultado dessa mobilização foi o número de 122
mil pessoas atingidas positivamente pelos projetos de extensão.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
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Esses números justificam as respostas aos questionários, segundo as
quais aproximadamente:
- 55% dos discentes consideraram ter adquirido cultura geral, em 2010;
- 66% dos discentes informaram que a aquisição de conhecimentos lhes
permitiu uma melhor compreensão do mundo em que vivemos;
- 76% dos discentes consideraram que a vivência universitária propiciou
convívio com diferentes grupos sociais, intelectuais e étnico-raciais;
- 75% dos discentes tiveram contato com atividades culturais propostas pela
universidade, e deste total, 35% vivenciaram essas experiências
constantemente;
- 70% dos coordenadores julgam satisfatória a obtenção de conhecimentos
humanísticos, ambientais e éticos para influenciar as necessidades de
transformações sociais, em busca de um país mais justo;
- 60% dos discentes consideraram entre excelente e boa as atividades de
extensão com participação em programas, projetos, cursos, seminários,
palestras, semanas de estudo, congressos e oficina e 67% dos discentes já
participaram de atividades com a comunidade externa;
- 76% dos coordenadores estão satisfeitos quanto à adequação das atividades
de extensão para a formação do perfil acadêmico-profissional do aluno;
- 55% dos coordenadores consideraram ‘muito bom’ ou ‘bom’ os estímulos
oferecidos pela instituição para a realização de atividades extraclasse, voltadas
ao desenvolvimento intelectual e cultural, para efeito de formação dos alunos;
Neste sentido manifesta-se a contribuição desta instituição na formação
de cidadãos que passam a se inserir no mercado de trabalho de forma
diferenciada, com maior criticidade social e maior repertório cultural. Reitera-se
também que as diretrizes institucionais estão implantadas, visando à proteção
cultural e à produção artística.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
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O desafio recai sobre a necessidade de inclusão de 25% dos discentes
que não participam de nenhuma atividade extraclasse e de 45% dos
coordenadores que não percebem, como satisfatória, a adequação das
atividades dos programas sociais para a formação do perfil acadêmico-
profissional do aluno - a relevância deste dado aponta para a necessidade de
uma investigação aprofundada. Contrariando as expectativas, 66% dos
discentes não estão satisfeitos com a qualidade das atividades esportivas
oferecidas. Esse dado contrapõe-se ao fato de 1.800 discentes/atletas terem
participado de atividades esportivas e a CVEL ter mobilizado um público de
77.200 espectadores/ano. Logo, sugere-se aprofundamento do questionário.
Pesquisa
Informações gerais sobre a Pró-Reitoria de Pesquisa – PROPEQ
apontam que no ano de 2010 foram captados aproximadamente 34 milhões de
reais para 151 projetos, entre eles, os 467 desenvolvidos. Destacamos o
desenvolvimento do Programa de Iniciação Científica e Tecnológica, na UFMT,
por meio do PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica),
com 287 das 305 bolsas do CNPQ. A realização do XVIII Seminário Anual de
Iniciação Científica mobilizou discentes para a apresentação de 521 trabalhos
divididos em grandes áreas. De uma forma geral, relacionamos estes
investimentos às percepções dos entrevistados, segundo as quais
aproximadamente:
- 67% dos coordenadores estão satisfeitos com a realização de eventos e
atividades, durante o curso, que promovam o desenvolvimento acadêmico do
aluno. Esse número cresce para aproximadamente 88% quando o quesito
avaliado é a qualidade dos programas de promoção do desenvolvimento
acadêmico (monitoria, iniciação científica, cursos de extensão, projetos sociais
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
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e outros) que orientam e motivam os alunos sobre a necessidade de
valorização da ética para as necessárias transformações sociais.
Programas de Inclusão Social:
Contamos com 1 Programa de Inclusão Indígena – PROIND. Estão
incluídos neste programa 54 discentes indígenas que estudam na UFMT, com
auxílio financeiro da FUNAI e de outras 18 bolsas de apoio à inclusão, tendo a
UFMT como fonte pagadora.
Alimentação e Moradia
Em relação à questão sobre serviços de alimentação disponíveis nos
campi – Restaurantes Universitários - aproximadamente 67% dos discentes os
julgaram ruins ou inexistentes. Este número coincide com a porcentagem de
participação dos discentes dos campi das cidades do interior nas quais esse
serviço não foi oferecido até o ano 2010. Aproximadamente 71% dos discentes
julgaram ‘inexistente’ ou ‘ruim’ a qualidade da moradia em seu campus.
Novamente nota-se uma relação entre as porcentagens de discentes que
participaram da pesquisa: os das cidades do interior (67%) para os quais não
existe auxílio moradia, em forma de casas de estudante, e os 71% que
recebem o auxílio, mas estão insatisfeitos com a qualidade do serviço.
Acesso para portadores de necessidades especiais
Apesar das adequações que a Universidade vem fazendo para facilitar o
acesso de pessoas com necessidades especiais, aproximadamente 68% dos
discentes o consideram inadequado. Esses números apontam para a
necessidade de maiores investimentos na adequação da infraestrutura dos
blocos e da sinalização adequada das obras já realizadas.
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Egressos
Observa-se que aproximadamente:
- 30% dos egressos utilizam-se da estrutura da UFMT para o desenvolvimento
profissional. Este dado aponta que o egresso mantém vínculo com a instituição
após sua formação, como referência de conhecimento;
- 20% realizaram atividades de monitoria acadêmica. Esse número indica que o
programa de monitoria funciona dentro das condições esperadas, uma vez que,
para participarem do programa, os discentes precisam possuir nota superior a
7,5 na disciplina, ou seja, acredita-se que a exigência de nota é que limita a
participação;
- 37% dos egressos já haviam participado de atividades de pesquisa, 20% de
atividades de extensão e 7% em projetos de ensino. Os dados indicam que
cerca de 40% dos egressos nunca participaram de projetos relacionados a
ensino, pesquisa ou extensão. Estes dados podem indicar que, na formação
acadêmica, as atividades de pesquisa são mais valorizadas pelos acadêmicos,
enquanto que as de ensino foram muito pouco exploradas;
Após análise, percebe-se que a universidade tem comprometimento com
o tripé ensino, pesquisa e extensão, e que o equilíbrio entre tais atividades é
desejado. Neste contexto, sugere-se que os projetos voltados ao ensino e
extensão sejam mais bem divulgados pelos seus executores e que estes
busquem motivar a participação dos acadêmicos nestas importantes áreas
para a formação profissional;
Aprofundamento de algumas análises
As atividades de cultura e extensão, notadamente ponto de destaque no
cenário desta universidade, têm como espaço de realização maciça o campus
Cuiabá, ou seja, as atividades estão centralizadas, gerando uma discrepância
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entre o campus central e os campi do interior. Neste sentido, é fundamental
que haja a expansão da área de abrangência, a descentralização e o
fortalecimento de ações, hoje pontuais, nos campi do interior nas cidades de
Sinop, Barra do Garças e Rondonópolis, com o objetivo de contribuir com a
formação integral dos discentes destes polos.
Partindo do princípio de que 67,2% dos questionários discentes foram
respondidos por acadêmicos dos campi das cidades do interior, necessita-se
uma revisão da inclusão dos discentes de Cuiabá para responder aos próximos
questionários.
Um dado que chama atenção, e para o qual se sugere aprofundamento
de reflexão, é que aproximadamente 40% dos discentes não têm clareza de
como será sua inserção no mercado de trabalho.
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4. DIMENSÃO 04 – COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE
É por meio da comunicação que as pessoas interagem entre si e se
tornam integrantes de uma sociedade. Portanto, a comunicação é condição
para a democracia, e esta é meio e fim. É essencial para a vida de qualquer ser
humano, instituição, estado e nação. A comunicação autêntica é aquela que se
assenta sobre um esquema de relações simétricas - numa paridade de
condições entre emissor e receptor, na possibilidade de ouvir o outro e ser
ouvido, como possibilidade mútua de entender-se.
Nesta perspectiva foi realizada pesquisa de campo com a comunidade
externa e foram demandadas questões relativas ao grau de conhecimento dos
pesquisados para com a UFMT. Responderam os formulários de pesquisa de
campo 140 pessoas, na faixa etária de 17 a 60 anos, com prevalência para as
idades de 17 a 25 (33,6%) e 26 a 34 (32,9%). Somados os percentuais,
contabilizam-se 66,5%, constatando-se a proximidade entre a Comunidade e a
UFMT, uma vez que 22,1% dos entrevistados já haviam sido alunos e que
58,6% têm parentes ou amigos estudando ou que já estudaram na UFMT, ou
seja, foram à instituição. Os dados apurados revelam que a maioria (71,4%)
costuma ir à UFMT para visitar o Zoológico1, o local mais conhecido na opinião
de 41,4% dos entrevistados, seguido de outros eventos. Apesar do
estreitamento de laços entre a universidade e a comunidade, 34,3% dos
serviços de comunicação da UFMT são considerados ‘regular’, 10% ‘ruim’ e
29,3% não soube responder. O somatório destes percentuais indica a
necessidade de investimento neste campo, uma vez que os resultados da
1 A UFMT é a única universidade federal do Brasil a ter um zoológico em um de seus campi
(Cuiabá). Disso decorre que este é o local mais conhecido e visitado da universidade.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
90
pesquisa apontam para uma deficiência na comunicação entre a UFMT e a
sociedade, principalmente na divulgação dos serviços.
No que diz respeito às questões relacionadas acima, foram obtidas as seguintes opiniões:
Sociedade Civil
Tabela 13: Qual a razão da sua ida a UFMT?
Respostas %
Participar de eventos científicos 13,6
Freqüentar o teatro 12,1
Ir ao zoológico 41,4
Participar de eventos artísticos e culturais 1,4
Fazer caminhada 2,9
Visitar a biblioteca 5,7
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
91
0
10
20
30
40
50
60
excelente bom regular ruim não sei
estrutura fisica da UFMT Percent
o processo seletivo da UFMT Percent
horários de funcionamento dos cursos Percent
Figura 24: Avaliação da UFMT pela sociedade I
0
10
20
30
40
50
60
70
excelente bom regular ruim não sei
qualidade dos cursos Percent
formação dos profissionais Percent
quantidade de cursos que oferece Percent
Figura 25: Avaliação da UFMT pela sociedade II
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
92
Figura 26: Avaliação da UFMT pela sociedade III
0
10
20
30
40
50
60
excelente bom regular ruim não sei
os projetos de pesquisa %
o corpo docente da UFMT %
o corpo técnico-administrativo da UFMT %
o atendimento do hospital universitário %
Figura 27: Avaliação da UFMT pela sociedade IV
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
93
0
10
20
30
40
50
60
excelente bom regular ruim não sei
os eventos culturais e artisticos %
os eventos científicos %
os serviços de comunicação e divulgação da UFMT %
a TV universitária %
Figura 28: Avaliação da UFMT pela sociedade V
0
10
20
30
40
50
excelente bom regular ruim não sei
a participação da UFMT na sociedade %
a atuação da UFMT nos problemas ambientais %
a participação da UFMT nos problemas econômicos %
a participação da UFMT nos problemas de educação básica %
Figura 29: Avaliação da UFMT pela sociedade VI
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
94
0
1020
30
4050
60
excelente bom regular ruim não sei
a participação da UFMT na divulgação do patrimônio cultural %
coral universitário %
orquestra universitária %
núcleo de prática jurídica %
Figura 30: Avaliação da UFMT pela sociedade VII
010203040506070
excelente bom regular ruim não sei
hospital veterinário %
editora universitária %
nucleo de documentação e informação histórica regional –NDHIR %cine universitário %
Figura 31: Avaliação da UFMT pela sociedade VIII
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
95
Figura 32: Avaliação da UFMT pela sociedade IX
0
10
20
30
40
50
60
excelente bom regular ruim não sei
nucleo de ensino a distancia %
condições de acesso e sinalização na UFMT %
condições de acesso aos portadores de necessidadesespeciais %
Figura 33: Avaliação da UFMT pela sociedade X
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
96
Figura 34: Avaliação da UFMT pela sociedade XI
Importante salientar ainda que, em razão da pouca divulgação,
principalmente a respeito das atividades e dos serviços que são prestados à
comunidade pela UFMT, a sociedade acaba por não participar das atividades
por ela oferecidas e, consequentemente, não a valorizando como deveria ser.
Logo, faz-se necessário que a Instituição seja mais bem difundida e divulgada,
tanto pelos meios de comunicação interna quanto pelos meios de comunicação
externa, jornais e televisão existentes na capital e no interior.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
97
Além da divulgação dos serviços pagos e gratuitos, é mister que sejam
feitos mais investimentos nesses setores, em benefício da comunidade e da
própria universidade, resultando em serviços de boa qualidade para ambas.
Quanto aos cursos de graduação que a UFMT oferece à comunidade,
estes, de um modo geral, são considerados bons, mas ainda há os que
precisam ser melhorados por várias razões: não há professores suficientes, os
laboratórios não são devidamente equipados para a preparação dos alunos etc.
Com relação aos cursos de pós-graduação, constatou-se a necessidade de
ampliação da oferta para várias áreas. A área do Direito, por exemplo, possui
somente um curso de pós-graduação. Na UFMT a oferta está menor do que a,
levando a comunidade a procurar as instituições particulares ou a se deslocar
para instituições de outro estado..
A Ouvidoria é um serviço de atendimento à comunidade interna e
externa com atribuições de ouvir, informar, encaminhar e acompanhar
reclamações, denúncias, elogios críticas e sugestões. É um órgão de natureza
mediadora, sem caráter administrativo, deliberativo, executivo ou judicativo,
exercendo suas funções diretamente junto a unidades e órgãos para atingir
seus fins. Existem duas ouvidorias na UFMT, a da sede e a do Hospital
Universitário Júlio Müller. O ouvidor geral é o técnico Auremárcio Tenório de
Carvalho, lotado na ouvidoria da sede, que está em funcionamento, desde
2001, na Secretaria da Faculdade de Direito. Não dispõe de pessoal e
infraestrutura adequados para o fim a que se propõe.
EAD – Comunicação com a sociedade
Uma das formas de estar permanentemente em contato com os alunos
dos cursos na modalidade a distância, para coletar reclamações e sugestões
acerca dos aspectos que envolvem a referida modalidade de ensino, é a
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
98
ouvidoria, implantada em 2010. Este canal de comunicação está na página da
UFMT, na parte de Educação a Distância, mas também presta informações
acerca dos cursos de EaD na IES, via telefone e e-mail.
A intensidade de acesso dos discentes dos cursos na modalidade a
distância ao portal da UFMT também foi alvo de interesse desta avaliação. Em
resposta a essa questão, um grupo de 50% dos alunos respondeu ‘médio’,
31,3% ‘alto’ e 10% ‘nenhum’. Sobre a possibilidade de expressar-se com
liberdade, 65% responderam ‘sempre’, 18,8% ‘ocasionalmente’ e 11,3% ‘quase
sempre’. Quando perguntados sobre a maneira para manterem-se informados
sobre as decisões das instâncias superiores, as possibilidades de respostas
foram duas: ‘não’ e ‘sim’ que correspondem, respectivamente, a ‘não têm sido
informados’ e ‘foram informados pela coordenação do curso’. Isso posto, as
respostas, agrupadas por órgão, foram as seguintes: Consepe - 61,3% ‘não’ e
20% ‘sim’; Consuni - 61,3% ‘não’ e 18,8% ‘sim’; Conselho Diretor - 51,3% ‘não’
e 26,3% ‘sim’; Congregação – 56,3% ‘não’ e 26,3% ‘sim’; Colegiado de Curso -
48,8% ‘não’ e 32,5% ‘sim’. Já em relação à comunicação/atendimento, por
parte do coordenador de polo, 32,5% apontaram como ‘boa’, 26,3% como
‘excelente’, 23,8% como ‘muito boa’ e 16,3% ‘regular’.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
99
Figura 35: Comunicação/atendimento por parte da coordenação do curso
Forças e potencialidades
• A comunicação da IES é efetiva e comprometida com a sua missão;
• O portal/site da UFMT é meio e canal de comunicação utilizada para
publicizar as atividades da IES na comunidade externa;
• A qualidade da comunicação interna e externa;
• Os meios e canais de comunicação utilizados para publicizar as
atividades da IES na comunidade externa;
• O relatório anual (impresso) só chega para as chefias e coordenações;
• Mecanismos de comunicação e sistemas de informação eficazes para a
coordenação dos diferentes cursos/unidades;
• Meios e canais de comunicação que publicizam as atividades da IES na
comunidade externa (outdoors), TVU, site, editora;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
100
• Falta espaço físico e demais recursos de infraestrutura para ouvidoria.
Fragilidades e pontos que requerem melhoria
• Problemas na efetividade da comunicação e da circulação das
informações;
• Grande parte da população não tem acesso à internet (exclusão digital),
principalmente nos locais mais distantes e bairros onde a população
economicamente empobrecida reside;
• A sinalização é precária;
• Grosseria e deselegância por parte de alguns docentes, técnicos,
discentes ao atender ou dar algum tipo de informação;
• Desconhecimento da ouvidoria pela comunidade;
• Pouco conhecimento e fragilidade do programa PROIND, tanto pela
parte interna da universidade quanto pela sociedade, considerando-se o
número alto de indígenas que moram em área de abrangência dos
quatro campi da universidade.
Recomendações
• Aumentar o horário e alcance da TV Universitária;
• Horário de comunicação com informações e notícias da UFMT, em rádio
de grande alcance (AM e FM);
• Regimentos e manuais de circulação interna devem informar sobre
procedimentos e sobre os cursos;
• Melhorar a sinalização e indicação dos setores em todos os campi da
UFMT;
• Todos os servidores da UFMT precisam conhecer a instituição, ser
cortezes e não se valer da legislação do servidor para cercear o direito à
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
101
informação, acobertando dessa maneira a falta de compromisso,
desrespeito e preguiça;
• Encontrar outros meios e canais de comunicação, utilizados na
comunidade externa, para publicizar as atividades da IES;
• Divulgar os relatórios da CPA, de gestão e prestação de contas, em
todos os campi, por meio de evento para a sociedade externa e em cada
instituto da UFMT;
• A equipe de engenharia precisa disponibilizar maquete, plantas e
cronograma para conhecimento, acompanhamento e controle das obras
que estão sendo realizadas em cada campus.
• A ouvidoria precisa de um espaço próprio, serviço de telefonia eletrônico
para recebimento e encaminhamentos dos serviços dispensados à
comunidade interna e externa. O serviço de ouvidoria é desconhecido na
UFMT;
• Ampliação e investimentos em projetos para estudantes indígenas.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
102
5. DIMENSÃO 05 – AS POLÍTICAS DE PESSOAL, DE CARREIRAS DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO, SEU APERFEIÇOAMENTO, SEU DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E SUAS CONDIÇÕES DE TRABALHO
A lei 7.596 de 10 de abril de 1987 estabelece que “as universidades e as
demais instituições federais de ensino superior, autárquicas e fundacionais,
terão um Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos
para o pessoal docente e para os servidores técnico-administrativos”.
Esta lei criou duas carreiras para os docentes, uma para o ensino
superior e outra para o então 1º e 2º graus, e determinou a isonomia entre as
carreiras, estabelecendo dois regimes de trabalho: Dedicação Exclusiva (DE) e
Regime Parcial de 20 horas de trabalho.
Deixou também a possibilidade de, em caráter excepcional, estabelecer
“o regime de 40 horas, mediante a aprovação do colegiado superior da IFE”.
Nesse contexto, sabe-se que a UFMT possui em seu quadro de pessoal
1.446 docentes e 1.565 técnicos. Participaram da pesquisa 319 docentes,
perfazendo o total de aproximadamente 22% do corpo docente e 150 técnicos
administrativos, isto é, 9,6%.
Todos os itens da dimensão 5, requerem muito cuidado, atenção e
diálogo, uma vez que o conceito referencial mínimo está relacionado à política
de pessoal, de carreira do corpo docente e de técnico-administrativo, ao plano
de aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional e à inspeção das condições
de trabalho praticadas pela UFMT para saber se estão de acordo com o PDI e
documentos oficiais.
Em relação ao último quesito, alinhamento das condições de trabalho
com o PDI, a resposta é afirmativa, ou seja, de uma forma geral ocorre esse
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
103
alinhamento. Entretanto, há necessidade de se transformar o PDI, em seu
conceito mais genuíno – DESENVOLVIMENTO – e não deixá-lo como um
instrumento de desmonte da universidade que se baseia na indissociabilidade
entre ensino, pesquisa e extensão.
Infere-se que existe coerência com o PDI, todavia, no que tange às
condições de trabalho, os resultados da pesquisa de autoavaliação apontam
para uma sobrecarga, especialmente para o corpo docente.
No que diz respeito à formação do corpo docente, como demonstrado na
Tabela 14, observa-se que, entre os participantes da pesquisa de
autoavaliação, 55,2% possui o título de doutor e 32,3% de mestre. Esses
dados são significativos, pois vem ao encontro dos dados apresentados pela
PROPG, segundo a qual houve aumento da capacitação docente.
Tabela 14: Titulação do corpo docente Titulação Freqüência % Doutor 176 55,2 Especialista 9 2,8
Graduado 5 1,6 Mestre 103 32,3 Não informado 1 0,3
Pós-doutor 25 7,8
Total 319 100
Em relação às condições institucionais para docentes, os dados revelam
que na UFMT há valorização e estímulo às atividades de ensino, pesquisa e
extensão, conforme demonstrado na Tabela 15 e Figura 36 a seguir:
Tabela 15: Tem período reservado a estudos, planejamento e avaliação incluído na carga horária de trabalho? Respostas Freqüência % Em Parte 92 28,8 Não 36 11,3 Não informado 31 9,7
Sim 160 50,2 Total 319 100
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
104
0
10
20
30
40
50
60
70
Em Parte Nao Não Informado Nao se Aplica Sim
valorização e estímulo às atividades de pesquisa %
valorização e estímulo às atividades de extensão %
valorização e estímulo às atividades de ensino %
apoio financeiro para participação em eventos científicos e/ou culturais %
Figura 36: Estímulo às atividades de ensino, pesquisa e extensão
As condições de trabalho não foram tão bem avaliadas quanto às
condições institucionais para docentes. As de trabalho foram classificadas
entre ‘bom’ e ‘regular’, ou seja, está insatisfatória. Os motivos dessa
insatisfação é consequência do elevado número de alunos, por professor, após
a expansão. As bibliotecas não possuem acervo atualizado e com número de
exemplares insuficientes. Em alguns casos faltam até mesmo os clássicos na
biblioteca. A infraestrutura requer revisão constante nas instalações para
adequação às novas necessidades.
Esse contexto somado à sobrecarga de atividades contribui para a
precariedade do trabalho docente na UFMT. Entende-se por sobrecarga a
soma das horas que excedam as 40h de trabalho semanais docente, que
comumente se traduzem em compromissos de ensino de graduação, pós-
graduação, pesquisa e extensão: bancas examinadora; comissões; orientações
de estágios curriculares obrigatórios; monografias de graduação; orientação de
mestrandos, doutorandos e bolsistas PIBIC; permanência; monitoria; PET;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
105
tutoria; residência; elaboração de artigos; participação em congressos, em
órgãos colegiados; publicação de artigos para revistas; produção de livros;
relatórios de pesquisa; representações; palestras; responsabilização pelo
patrimônio (abrir e fechar porta, carregar datashow e demais equipamentos
para as salas de aula, buscar material de expediente, copos para água, fazer
cotações de preços), entre outros.
A partir desse olhar, o docente hoje, na UFMT, é um “handyman”, ou
seja, um faz-tudo, quebra-galho, e por isso perde o foco de seu trabalho.
Temos, como exemplificação do contexto acima, o texto da Profª. Drª.
Marta Gislene Pignatti, diretora do Instituto de Saúde Coletiva, sobre o trabalho
docente na UFMT.
“[...] Esta semana – uma colega nossa – Maria Clara - teve
um enfarte (no meio de turbilhões de compromissos docentes, de
ensino, pesquisa e orientação ) e suscitou, além da nossa
solidariedade com a professora, esta reflexão sobre o processo de
trabalho docente. [...] Os serviços públicos são bens comuns – e a
Universidade deve atender à formação acadêmica
indiscriminadamente (apesar do processo de seleção para ingresso
ser discriminatório). O mérito – na graduação foi transformado em
competição nacional e reflexos de processos anteriores de acesso à
educação pública e privada – sendo pré-selecionados os que
tiverem condições de pagar um ensino pré-vestibular. Na pós – mais
selecionado ainda.
A expansão dos cursos de graduação nestes últimos 2 anos
(inclusive no período noturno) e o congelamento dos salários
docentes, com perspectiva de mudança na LDE, carreira e
aposentadoria, traz para a reflexão que estamos mantendo os
cursos de graduação e pós-graduação com sobre-trabalho (ao
nivelar todos os docentes com diferentes inserções e produções na
carreira – penalizamos os que se mantiveram na mesma)
(PIGNATTI,2011).
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
106
As responsabilidades para galgar a carreira são de ordem
crescente: titulo, busca de financiamento para projetos (captar
recursos, gerenciar, orientar e publicar) e entrar no ‘produtivismo’
que avilta a produção do conhecimento e torna a pesquisa em mera
reprodução de temáticas que estão na ‘onda’ e pontuadas pela
CAPES, para a manutenção dos cursos de pós-graduação.
Assim, se em determinado período da vida acadêmica não
publicamos o ‘suficiente’ – somos alijados do quadro de professores
permanentes dos cursos (embora com projetos de pesquisa,
orientandos e disciplinas ministradas na graduação e pós-
graduação, coordenações administrativas etc.). Para visualizar
quem produz ou não – não utilizamos a pontuação no acesso aos
níveis da carreira – que para muitos – trata-se apenas de fazer a
pontuação mínima para remuneração.
Ao tornar os artigos ‘publicados’ em algo inatingível – pelo
limite físico e mental – toma-se isso como “incompetência” sem
fazermos uma reflexão sobre o processo de trabalho (afinal a
mercadoria publicação leva a competição entre pares e grupos
nacionais e internacionais). A produção do conhecimento requer
tempo. Colegas nossos estão adoecendo[...]”
Este texto traz à tona o sentimento de impotência docente diante de
tantos “afazeres” e compromissos. Sabe-se esta preocupação é partilhada por
docentes de todos os campi da UFMT; por outro lado, há que se destacar que,
em consonância com a normativa legal, a Universidade Federal tem buscado
superar os descalabros e viceja alternativas em alguns setores, todavia,
sugere-se maior atenção em relação às condições de trabalho docente.
Os dados relativos à progressão funcional, baseada na titulação e na
avaliação do desempenho, apontam que 74,3% dos pesquisados (ver Tabela
16) tiveram a progressão funcional após ter concluído o mestrado ou
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
107
doutorado. Esse fato revela o compromisso da IES com a capacitação de seu
quadro de pessoal o que é visto como positivo pelos docentes e técnicos.
Tabela 16: progressão funcional baseada na titulação e na avaliação do desempenho
Freqüência % Em parte 39 12,2
Não 8 2,5
Não informado 32 10
Não se aplica 3 0,9
Sim 237 74,3
Total 319 100
Quando a questão diz respeito à presença dos docentes no sindicato, os
dados revelam a fragilidade de participação nesta entidade de classe que luta
pelos direitos e plano de carreira, conforme observado na Tabela 17:
Tabela 17: reunião com o sindicato de professores
Freqüência % Às vezes 133 41,7
Não informado 2 0,6
Não se aplica 19 6
Nunca 130 40,8
Sempre 35 11
Total 319 100
Quando questionados acerca das informações sobre alguns serviços da
Universidade, o corpo docente revelou, de uma forma geral, desconhecê-los. A
maioria tem informações superficiais do próprio local de trabalho. Esta
afirmação pode ser visualizada nas Figuras 37 e 38 que seguem.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
108
Figura 37: Conhecimento dos serviços existentes na UFMT – Docentes I
Figura 38: Conhecimento dos serviços existentes na UFMT – Docentes II
A pesquisa revelou, conforme se observa nas Figuras 39, 40 e 41 a
seguir, que as condições de trabalho do corpo técnico-administrativo são
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
109
satisfatórias, à medida que as respostas obtidas variavam entre “concordo em
parte” e “concordo plenamente”.
.
Figura 39: Condições de trabalho – Técnicos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
110
Figura 40: Condições de trabalho – Técnicos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
111
Figura 41: Condições de trabalho – Técnicos
EAD – Política de Pessoal
No que se refere à informatização do registro dos encargos didáticos dos
docentes, foi desenvolvido o Sistema de Gerenciamento de Encargos – SGE,
que recebe manutenção e suporte da equipe da Coordenação de Engenharia
de Software de Gestão Educacional e Administrativa – CESGEA da STICAE.
Outra ação da STICAE que merece destaque é o Projeto de Educação
Mediada por Tecnologias da Informação e da Comunicação - PEMTIC. O
objetivo deste projeto consiste em capacitar docentes da instituição de modo a
habilitá-los para o uso de ambientes virtuais de aprendizagem, na oferta parcial
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
112
de disciplinas em modalidade não presencial e apoio na melhoria das
estratégias de ensino aprendizagem. Outro aspecto a ser destacado é a
aprovação da Resolução CONSEPE Nº 158 de 29-11-2010 que aprova as
normas para distribuição de encargos didáticos, segundo o regime de trabalho
dos docentes. No referido documento são considerados os encargos didáticos
dos docentes que atuam na modalidade presencial e na modalidade a
distância, sem distinção. Tal aspecto revela avanço e pioneirismo da UFMT
acerca da modalidade EaD. Além do provimento de vagas de concurso público
para docentes, na vaga para a EaD, também houve para técnicos em
audiovisual para trabalhar em projetos de educação mediados por Tecnologia
da Informação e da Comunicação. Em relação à formação de quadros para
atuar na modalidade EaD, na IES, a UAB/UFMT tem o Programa de Formação
em EaD. Neste programa são oferecidos para professores, técnicos e tutores
os seguintes cursos: Formação de Tutores; Formação de Autores; e Formação
de Gestores.
Apontamentos finais:
Esta dimensão é bastante ampla e merece especial atenção, uma vez
que a base que garante a existência da educação é o docente. Outro ponto
importante acerca da educação brasileira e demais políticas públicas, é a falta
de financiamento público adequado. Nota-se que temos vivenciado uma
contradição, de um lado precisamos expandir a oferta do ensino universitário
para atender o direito social à educação, anseio de toda comunidade interna e
externa; e de outro temos a tendência ao rebaixamento da qualidade da
formação profissional e do trabalho acadêmico.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
113
Potencialidades:
A universidade Pública, gratuita e de qualidade tem passado por
momentos de expansão e construção, cuja luta é da maioria dos docentes,
técnicos-administrativos, discentes, gestores e comunidade externa.
Fragilidades:
Excesso de atividades de parte do corpo docente.
Recomendações:
• Que a Reitoria, a partir do relatório da CPA, juntamente com as Pró-
reitorias, PROEG, PROPG, PROPEQ, PROAD e órgãos colegiados,
retomem urgente a discussão referente a atribuição de encargos
docente e façam uma pesquisa de avaliação da Resolução CONSEPE
158 de 29 de dezembro de 2010, e se for o caso, a sua reformulação;
• Aumentar os programas de qualidade de vida docente, tanto em número
de projetos quanto em número de docentes atendidos. Uma novidade a
ser avaliada é o caso de uma excursão voluntária para técnicos e
docentes para os campi da própria universidade, com frequência anual,
com o objetivo conhecer a realidade de outros campi como forma de
interação;
• Unificar o horário de trabalho dos técnicos-administrativos, salvo as
exceções, quando um instituto ou faculdade funcionar nos três períodos:
matutino, vespertino e noturno.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
114
6. DIMENSÃO 06 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA INSTITUIÇÃO, ESPECIALMENTE O FUNCIONAMENTO E REPRESENTATIVIDADE DOS COLEGIADOS, SUA INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA NA RELAÇÃO COM A MANTENEDORA E A PARTICIPAÇÃO DOS SEGMENTOS DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA NOS PROCESSOS DECISÓRIOS
Organização e gestão da instituição
A Universidade Federal de Mato Grosso, com sede e foro em Cuiabá,
instituição pública de ensino superior, mantida pela Fundação Universidade
Federal de Mato Grosso - FUFMT, criada pela Lei 5.647, de 10 de dezembro
de 1970, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) sob o nº
3300454/0001-00, situada à Av. Fernando Correa da Costa s/nº - Coxipó -
Cuiabá-MT, tem por objetivo promover o ensino, a pesquisa e a extensão nos
diferentes ramos do conhecimento, bem como a divulgação científica, técnica e
cultural.
A UFMT, de natureza eminentemente pública, volta-se à
necessidade da região mato-grossense, por meio de sua sede central e de
seus campi situados em Rondonópolis, Pontal do Araguaia e Sinop, priorizando
como eixo das suas ações, a articulação com a sociedade, o desenvolvimento
regional, o compromisso com a qualidade acadêmica, o aprimoramento da
gestão e o desenvolvimento de uma ambiência universitária.
Organização administrativa
No momento a UFMT conta com a seguinte estrutura administrativa:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
115
Tabela 18: Estrutura Administrativa e Acadêmica da UFMT de acordo com a Resolução CD Nº 03, de 14 de janeiro de 2009
Organização e Denominação dos Cargos
1) Conselho Diretor
Secretaria dos Órgãos Colegiados
Auditoria Interna
2) Colegiados Superiores
Conselho Universitário - Consuni
Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – Consepe
3) Reitoria
Chefia de Gabinete
Assistente de Gabinete
Assistente da Reitoria
Secretaria da Reitoria
Secretaria da CCPD e CPPTA
Assessoria Especial da Reitoria
Assessoria da Reitoria
Assessoria da Reitoria
Assessoria da Reitoria
Assessoria da Reitoria
Assessoria da Reitoria
Assessoria da Reitoria
Assessoria da Reitoria
Supervisão da Reitoria
Supervisão da Reitoria
Supervisão da Reitoria
Supervisão da Reitoria
3.1) Secretaria de Comunicação e Multimeios – Órgão Su plementar
Assistência da Secretaria
Supervisão de Projetos
Supervisão de Operações Técnicas
Supervisão de Relações com a Comunidade
Supervisão de Audiovisual
Supervisão de Design, Propaganda, Marcas e Pesquisa
3.1.1) Coordenação de Jornalismo e Imprensa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
116
Supervisão de TV
Supervisão de Rádio
Supervisão de Cerimônias e Eventos
3.2) Secretaria de Tecnologia da Informação e da Comuni cação
Assistência da Secretaria
Supervisão de Manutenção, Suporte e Telecomunicação
Gerência de Produção, Multimídia e Audiovisual
3.2.1) Coordenação de Redes e Servidores
Gerência de Operações e Rede
Gerência de Suporte Técnico
Gerência de Serviços de Processamento de Dados
Seção de Serviços Administrativos
3.2.2) Coordenação de Administração Escolar
Secretaria da Coordenação
Supervisão do Registro Escolar da Graduação
Gerência de Documentação e Intercâmbio
3.2.3) Coordenação de Engenharia de Software para Gestão E ducacional e
Administrativa
3.2.4) Coordenação de Projetos e Programas de Educação Abe rta e a Distância
3.3) Coordenação de Concursos e Exames Vestibulares
3.4) Procuradoria Geral Federal
Secretaria da Procuradoria
4) Vice – Reitoria
Secretaria da Vice-Reitoria
4.1) Biblioteca Central
4.1.1) Coordenação da Biblioteca
Gerência de Documentação e Programas Especiais
Gerência de Serviço aos Leitores
Gerência de Processos Técnicos
4.2) Editora Universitária
4.2.1) Coordenação da Editora
Supervisão Técnica de Editoração e Normatização Gráfica
4.3) Hospital Universitário Júlio Muller - HUJM
4.3.1) Superintendência
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
117
Secretaria da Superintendência
4.3.1) Diretoria Administrativa
Gerência Financeira
Seção de Faturamento
Seção de Orçamento e Custos
Seção de Tesouraria
Gerência de Material
Seção de Compras
Seção de Almoxarifado
Seção de Patrimônio
Gerência de Serviços Gerais
Seção de Pessoal
Seção de Transportes e Zeladoria
Seção de Limpeza e Zeladoria
4.3.2) Diretoria Clínica
Gerência de Enfermagem
Serviço de Enfermagem médico-cirúrgico
Serviço de Enfermagem materno-infantil
Serviço de Educação continuada
Gerência de Nutrição e Dietética
Serviço de Nutrição Clínica
Serviço de Nutrição e Produção
Serviço de Anestesiologia
Serviço de Centro Cirúrgico
Serviço de Radiologia
Serviço de Patologia Clínica
Serviço de Anatomia Patológica
Serviço de Hemoterapia
Serviço de Farmácia
Gerência de Serviço Social
Seção de Registro e Documentos Estatísticos
Serviço de Fisioterapia
Serviço de apoio Acadêmico
4.3.3) Diretoria de Informática e Instrumentação
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
118
Seção de Manutenção e Instrumentação
Seção de Informática
4.3.4) Hospital Veterinário
Diretor Geral
Secretaria
4.3.4.1) Diretoria Clínica
Chefia do Serviço de Clínica Cirúrgica Veterinária
Chefia do Serviço de Clínica Médica Veterinária
Chefia do Serviço de Obstetrícia e Reprodução Animal
Chefia do Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico
5) Pró-Reitoria de Ensino de Graduação – PROEG
Secretaria da Pró-Reitoria
5.1) Coordenação de Políticas Acadêmicas
Supervisão de Políticas de Inclusão
Gerência de Programas Estudantis
5.2) Coordenação do Programa Formação Docente
5.3) Coordenação de Ensino de Graduação
Supervisão de Avaliação
Supervisão de Ensino de Graduação
6) Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência - PROCEV
Secretaria da Pró-Reitoria
6.1) Coordenação de Extensão e Cultura
Gerência de Programas de Extensão
Supervisão de Cultura
Supervisão de Arte e Cultura Popular
Supervisão do Teatro Universitário
Supervisão do Cine Clube
Regência da Orquestra Sinfônica
Regência do Coral Universitário
6.2) Coordenação de Articulação com Estudantes
6.3) Coordenação de Vivência, Esporte e Lazer
Supervisão de Vivência
7) Pró-Reitoria de Pesquisa – PROPEQ
Secretaria da Pró-Reitoria
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
119
7.1) Coordenação de Pesquisa
Biotério Central
Escritório de Inovação Tecnológica
Herbário Central
8) Pró-Reitoria de Ensino de Pós -Graduação - PROPG
Secretaria da Pró-Reitoria
8.1) Coordenação de Ensino de Pós-Graduação
Supervisão de Pós-Graduação Lato sensu
9) Pró-Reitoria de Planejamento – PROPLAN
Assistência de Gabinete
Secretaria da Pró-Reitoria
Presidência da Comissão de Licitação de Obras
9.1) Coordenação de Planejamento Físico
Supervisão de Fiscalização de Obras e Projetos
9.2) Coordenação de Políticas e Desenvolvimento Institu cional
Gerência de Informações e Custos
Gerência de Planejamento
Supervisão de Orçamento
Supervisão de Contratos e Convênios
9.3) Coordenação de Reestruturação e Expansão de Gradua ção
10) Pró-Reitoria Administrativa – PROAD
Assessoria da PROAD
Assistência de Gabinete
Secretaria da Pró-Reitoria
Setor de Protocolo Central
10.1) Secretaria de Gestão de Pessoas
Assistência da Secretaria
Gerência de Capacitação e Desenvolvimento Humano
Seção de Avaliação do Desempenho
10.1.2) Coordenação de Administração de Pessoal
Secretaria da Coordenação
Gerência de Pessoal
Gerência de Admissão, Desligamento e Concessões
Seção de Pagamento de Pessoal
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
120
Seção de Aposentados e Pensionistas
Seção de Cadastro de Pessoal
10.1.3) Coordenação de Assistência e Benefícios aos Servid ores
Gerência de Desenvolvimento Pessoal e Saúde
Gerência de Higiene, Medicina e Segurança do Trabalho
10.2.) Coordenação de Compras
Secretaria da Coordenação
Gerência de Suprimento de Material
Gerência de Almoxarifado
Seção de Análise Técnica
Secretaria da Comissão de Licitação
10.3) Coordenação de Patrimônio e Manutenção de Equipame ntos
Seção de Patrimônio
10.4) Coordenação de Segurança
Seção de Segurança
Serviço de Segurança
10.5) Coordenação Financeira
Secretaria da Coordenação
Supervisão de Contabilidade
Seção de Registro e Apuração de Contas
Gerência de Controle de Pagamento
Seção de Controle Orçamentário
Seção de Controle Financeiro
10.6) Prefeitura do Campus Universitário
Secretaria da Prefeitura
Supervisão de Transportes
Gerência de Manutenção
Serviço de Manutenção
Seção de Edificação
Seção de Equipamentos Mobiliários
Seção de Urbanização e Paisagismo
10.7) Supervisão do Restaurante Universitário
Setor de Operação e Armazenagem
10.8 Gráfica Universitária
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
121
Gerência da Gráfica
Seção de Artes Gráficas
11) Instituto de Ciências Hu manas e Sociais – ICHS
Diretoria
Secretaria do ICHS
Departamento de Filosofia
Departamento de História
Departamento de Geografia
Departamento de Sociologia e Ciências Políticas
Departamento de Antropologia
Departamento de Serviço Social
Coordenação de Ensino de Graduação em Geografia
Coordenação de Ensino de Graduação em História
Coordenação de Ensino de Graduação em Serviço Social
Coordenação de Ensino de Graduação em Filosofia
Coordenação de Ensino de Graduação em Ciências Sociais
Coordenação de Ensino de Pós-Graduação em Geografia
Coordenação de Ensino de Pós-Graduação em História
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais
Supervisão do NDHIR
Supervisão do Museu Rondon
Núcleo de Estudos da Amazônia, Pantanal e Cerrado
Núcleo de Estudos Rurais e Urbanos
Núcleo de Pesquisas Geográficas
Núcleo Interinstitucional de Estudos da Violência e da Cidadania
12) Instituto de Linguagens – IL
Diretoria
Secretaria do Instituto
Departamento de Letras
Departamento de Artes
Departamento de Comunicação Social
Coordenação do Ensino de Graduação em Letras
Coordenação do Ensino de Graduação em Artes
Coordenação do Ensino de Graduação em Comunicação Social
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
122
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea.
13) Instituto de Educação – IE
Diretoria
Secretaria do IE
Departamento de Teoria e Fundamentos da Educação
Departamento de Ensino e Organização Escola
Departamento de Psicologia
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Educação
Coordenação de Ensino de Graduação em Pedagogia
Coordenação de Ensino de Graduação em Psicologia
Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Sociais e Educação
14) Faculdade de Administração e Ciênci as Contábeis – FAC
Diretoria
Secretaria da FAC
Departamento de Administração
Departamento de Ciências Contábeis
Coordenação de Ensino de Graduação em Administração
Coordenação de Ensino de Graduação em Ciências Contábeis
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Administração e Ciências Contábeis
15) Faculdade de Economia – FE
Diretoria
Diretoria Adjunta
Coordenação de Ensino de Graduação em Economia
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Agronegócios e Desenvolvimento
Regional
Núcleo de Pesquisa Econômica – NPE
16) Faculdade de Direito – FD
Diretoria
Diretoria Adjunta
Secretaria
Coordenação de Ensino de Graduação em Direito
Núcleo de Assistência Jurídica – NAJ
Núcleo de Direito e Política Agroambiental
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
123
17) Faculdade de Agronomia e Medicina Vet erinária – FAMEV
Diretoria
Secretaria da FAMEV
Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade
Departamento de Zootecnia e Extensão Rural
Departamento de Solos e Engenharia Rural
Departamento de Produção Animal
Departamento de Clínica Médica Veterinária
Coordenação de Ensino de Graduação em Agronomia
Coordenação de Ensino de Graduação em Medicina Veterinária
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical
Coordenação do Programa de Mestrado em Ciências Veterinárias
Coordenação do Programa de Mestrado em Ciência Animal
Supervisão da Fazenda Experimental
Núcleo de Tecnologia em Armazenagem – NTA
18) Faculdade de Engenharia Florestal – FENF
Diretoria
Secretaria da FENF
Departamento de Engenharia Florestal
Coordenação de Ensino de Graduação em Engenharia Florestal
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais
19) Instituto de Ciências Exatas e da Terra – ICET
Diretoria
Secretaria do ICET
Departamento de Matemática
Departamento de Estatística
Departamento de Química
Departamento de Recursos Minerais
Departamento de Geologia Geral
Coordenação de Ensino de Graduação em Matemática
Coordenação de Ensino de Graduação em Química
Coordenação de Ensino de Graduação em Geologia
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Ciências Exatas e da Terra
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Geociências
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
124
Coordenação de Programa de Mestrado em Recursos Hídricos
Núcleo de Pesquisas em Ciências Geofísicas
Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ciências Aplicadas e Tecnologia
20) Faculdad e de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia –FAET
Diretoria
Secretaria da FAET
Departamento de Engenharia Civil
Departamento de Engenharia Sanitária
Departamento de Engenharia Elétrica
Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Coordenação de Ensino de Graduação em Engenharia Civil
Coordenação de Ensino de Graduação em Engenharia Sanitária
Coordenação de Ensino de Graduação em Engenharia Elétrica
Coordenação de Ensino de Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Tecnologia e Urbanismo
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia de Edificações Ambientais
Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Planejamento Energético- NIEPE
Núcleo de Pesquisas Tecnológicas – NPT
21) Instituto de Computação – IC
Diretoria
Diretoria Adjunta
Coordenação de Ensino de Graduação em Computação
Coordenação de Ensino de Graduação em Sistemas de Informação
22) Instituto de Física – IF
Diretoria
Diretoria Adjunta
Coordenação de Ensino de Graduação em Física
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Física
Coordenação de programas de Pós-Graduação em Física Ambiental
23) Instituto de Biociências – IB
Diretoria
Secretaria do IB
Departamento de Biologia e Zoologia
Departamento de Botânica e Ecologia
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
125
Coordenação do Ensino de Graduação em Biologia
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da
Biodiversidade
Gerência do Zoológico
Núcleo de Estudos Ecológicos do Pantanal
Núcleo Interdisciplinar de Estudos da Fauna
24) Instituto de Saúde Coletiva – ISC
Diretoria
Secretaria do ISC
Departamento de Saúde Coletiva
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Núcleo de Desenvolvimento em Saúde – NDS
25) Faculdade de Ciências Médicas – FCM
Diretoria
Secretaria da FCM
Departamento de Ciências Básicas em Saúde
Departamento de Pediatria
Departamento de Clínica Médica
Departamento de Clínica Cirúrgica
Departamento de Ginecologia e Obstetrícia
Coordenação de Ensino de Graduação em Medicina
Coordenação de Ensino de Graduação em Odontologia
Coordenação de Ensino de Graduação em Farmácia
Coordenação de Ensino de Graduação em Terapia Ocupacional
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
26) Faculdade de Enfermagem –FAEN
Diretoria
Secretaria da FAEN
Departamento de Enfermagem
Coordenação de Ensino de Graduação em Enfermagem
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Enfermagem
27) Faculdade de Nutrição – FANUT
Diretoria
Secretaria da FANUT
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
126
Departamento de Alimentos e Nutrição
Coordenação de Ensino de Graduação em Nutrição
Coordenação de Ensino de Graduação em Tecnologia de Alimentos
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Biociências
28) Faculdade de Educação Física – FEF
Diretoria
Secretaria da FEF
Departamento de Teoria e Fundamentos em Educação Física
Departamento de Educação Física
Coordenação de Ensino de Graduação em Educação Física
Supervisão de Esporte e Recreação
Chefia de Seção de Esportes
Chefia da Seção de Recreação
29) Campus Universitário de Rondonópolis –CUR
29.1) Pró-Reitoria
Supervisão de Administração e Planejamento
Gerência da Biblioteca
Chefia da Seção de Registro Escolar
Supervisão de Cultura
Prefeitura do Campus
Chefia da Seção Financeiro-Contábil
Supervisão de Ensino de Graduação e Extensão
Supervisão de Pós-Graduação e Pesquisa
29.2) Instituto de Ciências Exatas e Naturais ICEN-CUR
Diretoria
Secretaria do ICEN-CUR
Departamento de Matemática
Departamento de Biologia
Coordenação de Ensino de Graduação em Matemática
Coordenação de Ensino de Graduação em Biologia
Coordenação de Ensino de graduação em Enfermagem
Coordenação de Ensino de Graduação em Informática
29.3) Instituto de Ciências Humanas e Sociais ICHS-CUR
Diretoria
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
127
Secretaria do ICHS-CUR
Departamento de Educação
Departamento de Letras
Departamento de História
Departamento de Ciências Contábeis
Departamento de Geografia
Coordenação de Ensino de Graduação em Pedagogia
Coordenação de Ensino de Graduação em Letras
Coordenação de Ensino de Graduação em História
Coordenação de Ensino de Graduação em Geografia
Coordenação de Ensino de Graduação em Ciências Contábeis
Coordenação de Ensino de Graduação em Biblioteconomia
Coordenação de Ensino de Graduação em Psicologia
Núcleo de Estudos e Atividades da 3ª Idade
29.4) Instituto de Ciências Agrárias e Tecnológicas ICAT -CUR
Diretoria
Coordenação de Ensino de Graduação em Engenharia Mecânica
Coordenação de Ensino de Graduação em Engenharia Agrícola Ambiental
Coordenação de Ensino de Graduação em Zootecnia
30) Campus Universitário do Araguaia - CUA
30.1) Pró-Reitoria
Secretaria da Pró-Reitoria
Supervisão de Administração e Planejamento
Gerência de Recursos Humanos
Seção de Administração
Seção Financeiro-Contábil
Gerência da Biblioteca
Seção de Registro Escolar
Supervisão de Ensino de Graduação e Extensão
Supervisão de Pós-Graduação e Pesquisa
30.2) Instituto de Ciências Exatas e da Terra ICET- CUA
Diretoria
Coordenação de Ensino de Graduação em Matemática
Coordenação de Ensino de Graduação em Engenharia de Alimentos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
128
Coordenação do Curso de Licenciatura em Química
Coordenação do Curso de Licenciatura em Física
Coordenação do Curso de Bacharelado em Ciências da Computação
Coordenação do Curso de Graduação em Agronomia
30.3) Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde I CBS-CUA
Diretoria
Coordenação de Ensino de Graduação em Biologia
Coordenação de Ensino de Graduação em Farmácia
Coordenação de Ensino de Graduação em Enfermagem
Coordenação do Curso de Licenciatura em Educação Física
Coordenação do Curso de Graduação em Biomedicina
30.4) Instituto de Ciências Humanas e Sociais ICHS- CUA
Diretoria
Coordenação de Ensino de Graduação Letras
Coordenação do Curso de Graduação em Geografia
Coordenação do Curso de Graduação em Comunicação Social
31) Campus Universitário de Sinop -CUS
31.1) Pró-Reitoria
Secretaria da Pró-Reitoria
Supervisão de Administração e Planejamento
Gerência da Biblioteca
Seção de Administração
Seção de Registro Escolar
Supervisão de Ensino de Graduação e Extensão
Supervisão de Pós-Graduação e Pesquisa
31.2) Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais I CAA-CUS
Diretoria
Coordenação de Ensino em Agronomia
Coordenação de Ensino em Engenharia Florestal
Coordenação de Ensino em Zootecnia
Coordenação de Ensino em Engenharia Agrícola Ambiental
31.3) Instituto de Ciências da Saúde ICS-CUS
Diretoria
Coordenação de Ensino em Enfermagem
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
129
Coordenação de Ensino em Medicina Veterinária
Coordenação de Ensino em Farmácia
Diretoria do Hospital Veterinário
31.4) Instituto de Ciências Naturais, Humanas e Soc iais ICNHS-CUS
Diretoria
Coordenação de Ensino em Ciências Naturais e Matemática
A gestão da UFMT é pautada em princípios de qualidade, advindos de
documentos, tais como o relatório de Gestão, Relatório Anual de atividades,
Relatório de Avaliação Institucional, entre outros.
As diretrizes de ações fazem parte dos processos institucionais da
UFMT.
O funcionamento, a representação, a autonomia dos Conselhos
Superiores e dos Colegiados de Curso cumprem os dispositivos regimentais e
estatutários, sendo constituídos por todos os seguimentos da instituição.
Docentes
Figura 42: Participação dos docentes na gestão da instituição
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
130
Figura 43: Conhecimento dos docentes sobre os órgãos superiores
Discentes
Figura 44: Participação dos discentes junto aos órgãos superiores
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
131
Técnicos
Figura 45: Participação dos técnicos na gestão da instituição
Figura 46: Conhecimento dos técnicos de órgãos superiores
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
132
Gestão institucional (especificidades da gestão de cursos a
distância) - EAD
Especificamente, no que tange à EAD, quanto à participação na
organização e gestão da instituição, temos a seguinte estrutura:
Em relação à participação dos discentes dos cursos na modalidade a
distância, nas instâncias institucionais, as possibilidades de respostas
encontradas foram três: ‘participaram às vezes’, ‘nunca participaram’ e ‘não se
aplica’. A título de esclarecimento, as duas primeiras aparecem nos dados
estatísticos como ‘nunca’ e ‘às vezes’. Isso posto, os dados, agrupados por
órgão, são os seguintes: Na Congregação – 48,8% ‘nunca’ e 17,5% ‘às vezes’;
no Colegiado de curso – 35% ‘nunca’ e 28,8% ‘às vezes’; no Conselho de Polo
– 50% dos ‘nunca’ e 26,3% ‘não se aplica’; nas Assembleias polo e curso –
46,3% ‘nunca’, 23,8% ‘não se aplica’ e 20%, ‘às vezes’.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
133
7. DIMENSÃO 07 – INFRAESTRUTURA FÍSICA, ESPECIALMENTE A DE ENSINO E DE PESQUISA, BIBLIOTECA , RECURSOS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO.
A UFMT dispunha de uma área física total de 4,3 milhões m², tendo sua
área construída, até 2004, totalizada em 159 mil m² (3,7% da área total),
distribuídos nos campi de Cuiabá, Cuiabá-Fazenda, Rondonópolis, Pontal do
Araguaia e Sinop, segundo o PDI 2005-2010. Do total da área construída,
apenas 18% eram destinadas à salas de aula e laboratórios, revelando a
necessidade de ampliação dos espaços acadêmicos para atender a uma
demanda de mais de 15 mil alunos para aquele período.
No ano de 2010, houve um incremento significativo na ampliação e
adequação da área física da UFMT, contabilizando-se 40 obras iniciadas e/ou
concluídas em Cuiabá, 12 no campus do Araguaia, 10 em Rondonópolis e 6
em Sinop, totalizando 68 obras/reformas para o período. Em relação ao total de
área construída/reformada, contou-se 35.090,69 m2 para o campus de Cuiabá
e 16.423,76 m2 para os campi do interior, totalizando 51.514,45 m2 em toda a
UFMT.
No que diz respeito ao objetivo de melhorar a qualidade dos espaços
físicos das unidades acadêmicas e administrativas, constante no Plano de
Desenvolvimento Institucional – PDI - 2005 a 2010, as metas estabelecidas
foram atingidas parcialmente, num total de aproximadamente 70%.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
134
Avaliação da infraestrutura física da UFMT pelos di scentes.
Figura 47: Avaliação dos discentes da infraestrutura física da UFMT
Os alunos dos quatro campi da UFMT foram questionados em relação à
infraestrutura. O total de alunos que respondeu à avaliação foi de 2.109.
No que se refere às instalações das salas de aula, de acordo com os
discentes que responderam aos questionários, 53,3% consideraram ‘bom’ e
‘excelente’ e 27,3% dos alunos assinalaram o item ‘regular’. Outro item
questionado diz respeito à preservação da estrutura física (iluminação,
ventilação e acústica) das salas de aula do seu curso. Para 50,5% dos alunos,
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
135
esse aspecto foi considerado ‘bom’ e ‘excelente’, 28,4% classificaram-no como
‘regular’ e 18,8% como ‘ruim’. Quanto às instalações do laboratório de
informática do seu campus, 49,8% dos alunos afirmaram que são ‘boas’ e
‘excelentes’, 28,6% que são ‘regulares’ e 16,5% que são ‘ruins’. No que tange
às instalações dos laboratórios específicos do seu curso, 40% avaliaram como
‘boas’ e ‘excelentes’, aproximadamente 28% como ‘regulares’ e 23% como
‘ruins’. Em resposta à questão relativa ao acesso dos portadores de
necessidade especiais, 21% dos alunos avaliaram como ‘bom’ e ‘excelente’,
32,6% como ‘regular’ e 34,9% como ‘ruim’. Em relação à instalação para
leitura, pesquisa ou estudo oferecido pela biblioteca do seu campus,
aproximadamente 63% avaliaram como ‘boas’ e ‘excelentes’ e, quanto à
preservação da estrutura física (iluminação e acústica) da biblioteca de seu
campus, 50% dos alunos conceituaram como ‘boas’ e ‘excelentes’. A partir
desses dados, sugere-se que haja uma maior atenção aos pontos que foram
avaliados como regulares e ruins, para que o processo de ensino-
aprendizagem não seja comprometido.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
136
Avaliação da infraestrutura física da UFMT pelos Do centes
Figura 48: Avaliação da infraestrutura física da UFMT - Docentes
De acordo com a Figura 48, observa-se que aproximadamente 30%
dos professores avaliaram as instalações das salas de aula como sendo boas,
entretanto, 36,5% como regulares e cerca de 20% como insuficientes.
Em relação à preservação da estrutura física (iluminação, ventilação e
acústica das salas de aula de seu curso), aproximadamente 41% consideram
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
137
que estão boas, 29,5% assinalaram ser regular e apenas 10% que são
insuficientes.
No que diz respeito às instalações dos laboratórios de informática do seu
curso, 25,1% dos professores conceituaram-nas como ‘boas’, 31% como
‘regulares’ e 20,1% ‘insuficiente’. Ao avaliarem as instalações dos laboratórios
específicos do seu curso, 36,4% dos professores afirmaram que são ‘boas’,
24,1% como ‘regulares’, enquanto que aproximadamente 10% conceituaram
como ‘insuficientes’. Ao serem questionados sobre o acesso de portadores de
necessidades especiais, apenas 13,5% dos professores avaliaram como ‘bom’,
44,5% assinalaram como ‘insuficiente’ e 28,2% como ‘regular’. No item,
instalações para leitura, pesquisa ou estudo oferecidos pela biblioteca do seu
campus, os docentes que as consideraram ‘boas’ foram aproximadamente
35%, no entanto, 38,2% consideram-nas ‘regulares’ e cerca de 19% como
‘insuficientes’. Já em relação à preservação da estrutura física (iluminação e
acústica da biblioteca do seu campus, aproximadamente 52% dos professores
consideram-na ‘boa’, 21,3% como ‘regular’ e em torno de 5% como sendo
‘ruins’. Sugere-se uma avaliação mais aprofundada nos itens em que os
conceitos foram ‘regulares’ e ‘ruins’.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
138
Avaliação da infraestrutura física da UFMT pelos té cnicos
Figura 49: Avaliação da infraestrutura da UFMT pelos técnicos
Do total de técnicos que respondeu ao questionário, 57,3% concordam,
em parte, que as condições de infraestrutura são adequadas para
desenvolvimento das atividades específicas que o cargo requer.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
139
Avaliação da infraestrutura física da UFMT pelos
coordenadores de curso
Figura 50: Avaliação das salas de aula – coordenadores
De acordo com a Figura 50, os coordenadores que responderam ao
questionário, no que se refere às instalações das salas de aula,
aproximadamente 27% avaliaram como ‘boas’, 24% como ‘regulares’ e
aproximadamente 27% como ‘ruins’ e ‘péssimas’. Dessa maneira, sugere-se
uma avaliação mais aprofundada nos itens em que os conceitos foram
‘regulares’, ‘ruins’ e ‘péssimos’.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
140
Figura 51: Avaliação dos laboratórios - coordenadores
Na Figura 51 é possível visualizar que, para 30% dos coordenadores,
as instalações dos laboratórios do seu curso são consideradas ‘boas’,
enquanto para 33% são ‘regulares’ e para aproximadamente 22% são ‘ruins’ e
‘péssimas’. Logo, sugere-se uma avaliação mais aprofundada nos itens em que
os conceitos foram ‘regulares’, ‘ruins’ e ‘péssimos’.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
141
Figura 52: Avaliação da acessibilidade e biblioteca - coordenadores
De acordo com a Figura 52, percebe-se que para 24% dos
coordenadores, o acesso de portadores de necessidades especiais é
considerado ‘bom’, aproximadamente 40% assinalaram como ‘regular’ e mais
de 30% como ‘ruins’ e ‘péssimo’. Entretanto, todos os novos edifícios
construídos, na UFMT, buscam atender aos princípios e diretrizes da
acessibilidade universal. Além disso, estão sendo realizados investimentos
para eliminação de barreiras arquitetônicas e para adaptação e melhorias das
condições de mobilidade. Também vêm sendo feitas adaptações em sanitários,
ampliação da largura de portas e corredores, assim como alterações na forma
de abertura e tipologia das maçanetas de portas. Investimentos estão sendo
feitos também na instalação de plataformas elevatórias e elevadores em
edifícios diversos. Mesmo com toda a mobilização para atender os portadores
de necessidades especiais, sugere-se uma avaliação mais aprofundada, tendo
em vista que a soma dos percentuais de ‘regular’, ‘ruim’ e ‘péssimo’ totalizam
cerca de 70%.
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142
E para as condições de leitura, pesquisa e estudo oferecidos pela
biblioteca do seu campus, aproximadamente 60% dos coordenadores
mostraram-se insatisfeitos.
Figura 53: Avaliação dos espaços para professores - coordenadores
De acordo com a Figura 53, observa-se que, na avaliação da adequação
dos espaços reservados para os docentes e para a coordenação do curso para
o desenvolvimento e a gestão dos assuntos relacionados à suas atividades
acadêmicas e administrativas e espaços destinados as atividades acadêmicas,
18,2% consideraram este quesito como ‘bom’, 33,3% como ‘regular’ e 30,3%
‘ruim’.
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143
Figura 54: Avaliação dos espaços para técnicos - coordenadores
Espaços reservados para o pessoal técnico e administrativo são
adequados para o desenvolvimento e a gestão de assuntos relacionados às
suas atividades acadêmicas e administrativas, na Figura 54, percebe-se que
27% consideraram-no como ‘bom’, 39,4% como ‘regula’r e aproximadamente
20% como ‘ruim’ e ‘péssimo’.
Dessa maneira, sugere-se uma atenção especial por parte dos gestores,
tendo em vista a importância do local de um trabalho adequado para o
desempenho das atividades tanto para docentes como para técnicos.
EAD – Infraestrutura física/ laboratórios/ bibliote ca/ recursos de
informação e comunicação
1. Ambiente Virtual de Aprendizagem - Na STICAE, cabe à Gerência de
Produção Multimídia e Audiovisual - GPMA a responsabilidade pela concepção
técnica e produção do Ambiente Virtual de Aprendizagem para os cursos na
modalidade a distância da UFMT. Na etapa de concepção, estão envolvidas as
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144
equipes de administração da Plataforma Moodle, desenvolvimento, arte e
audiovisual, ficando a produção a cargo da equipe do Design Instrucional.
Também na STICAE foi feito um alinhamento estratégico das equipes de
Tecnologia da Informação (CESGEA e GPMA) para o atendimentos dos
objetivos e metas institucionais da EaD, com vistas a dar suporte às ações dos
cursos na modalidade EaD. Os dados coletados junto aos discentes, em
relação ao acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA dos cursos,
revelam que o trabalho desenvolvido tem surtido efeitos positivos, pois 31,3%
dos discentes indicam ser ‘bom’, 28,8% avaliam como ‘excelente’ e 27,5%
‘muito bom’.
Figura 55: Acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA
2. Pólos de Apoio Presencial – Foi solicitado aos discentes que
avaliassem o acesso ao pólo, 40% avaliaram-no como ‘bom’, 28,8% como
‘muito bom’ e 16,3% como ‘regular’. Sobre a organização e a limpeza, 32,5%
dos discentes avaliaram-nas como ‘bom’, 27,5% ‘excelente’ e 25% ‘muito bom’.
Indagados acerca do controle do ruído dos corredores e espaços internos,
26,3% avaliaram como ‘bom’ e outros 26,3% como ‘regular’, 23,8% afirma ser
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145
‘boa’, 23,8% ‘muito boa’ e 13,8% ‘excelente’. Quanto aos espaços de
convivência no pólo, 31,3% indicaram ser ‘regular’, 23,8% não soube responder
e 12,5% considera ‘muito bem’. Em relação aos serviços de alimentação
disponíveis no pólo, 51,3% dos discentes não soube responder e 28,8%
apontaram como ‘regular’. No que diz respeito às atividades esportivas
realizadas no pólo, 76,3% dos alunos não soube responder e 16,3%
classificaram como ‘regular’. Na identificação e orientação aos transeuntes,
40% dos alunos não soube responder, 32,5% acha ‘regular’ e 15% ‘bom’.
Sobre a estrutura física do pólo (iluminação, ventilação, acústica) 32,5% dos
discentes julgam ‘boa’, 28,8% ‘regular’ e 18,8% ‘muito boa’. Já para 31,3% dos
discentes, as instalações das salas de aula das avaliações presenciais são
‘regulares’, 27,5% apontam como ‘boas’ e 26,3% ‘muito boas’. Para 33,8% dos
alunos, os recursos didáticos utilizados nas aulas são ‘muito bons’, 27,5%
acham ‘bom’ e 21,3% ‘excelentes’. Em relação ao laboratório de informática,
35% dos discentes avaliam como ‘bom’, 21,3% ‘muito bom’, 16,3% ‘regular’ e
13,8% não souberam responder. Sobre laboratórios específicos (pedagógico,
ciências) 41,3% não souberam responder, 21,3% informaram ‘regular’ e 17,5%
acham ‘bom’. No mesmo vértice destas duas últimas categorias, foi solicitado
que avaliassem os equipamentos de informática e audiovisual. Na opinião de
31,3% dos discentes é ‘bom’, para 26,3% é ‘muito bom’, 17,5% julga ‘regular’ e
15% ‘excelente’. Em relação à biblioteca do pólo de apoio, 27,5% dos discentes
não souberam responder quando indagados sobre sua estrutura
física(iluminação e acústica), 23,8% acham ‘bom’ e 17,5% ‘muito bom’. Em se
tratando das instalações para leitura, pesquisa e estudo, 30% dos discentes
não soube responder, 25% julga ‘bom’ e 23,8% ‘regular’. No que tange à
organização e limpeza, 27,5% não soube responder, 21,3% acha ‘muito bom’ e
20% ‘bom’. No que concerne à climatização, 28,8% diz ser ‘boa’, 22,5% não
soube responder e 20% acha ‘regular’. Sobre o acervo da biblioteca 27,5% não
soube responder, 23,8% avalia como ‘bom’, 20% ‘regular’, 16,3% ‘muito bom’.
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146
Já com relação à atualização do acervo (livros, periódicos, vídeos) 28,8% dos
discentes não soube responder, 23,8% julgam como ‘regular’, 17,5% ‘bom’ e
16,3% julgam como ‘muito bom’. No que tange ao atendimento oferecido,
23,6% dos respondentes não souberam responder, 23,8% afirma ser ‘bom’,
16,3% ‘excelente’ e outro grupo, de 16,3%, julga ‘regular’. Quanto ao serviço de
empréstimo, 41,3% dos discentes não souberam responder, para 17,5% é
‘muito bom’ e para 16,3% ‘regular’. Com relação aos dias e horários de
funcionamento, 25% dos alunos não souberam responder, 22,5% julgam ‘muito
bom’, 17,5% acham ‘bom’ e 17,5% julga ‘regular’.
Figura 56: Estrutura física do polo
FORÇAS E POTENCIALIDADES
A UFMT possui quatro campi que estão funcionando e atendendo a
aproximadamente 23 mil alunos.
A infraestrutura da UFMT possui uma parte já construída e outras em
construção.
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147
A UFMT, por meio dos programas, como o Programa de expansão e o
Reuni, encontra-se em um processo de construções de novos blocos, salas de
aulas, laboratórios e salas de professores.
FRAGILIDADES E PONTOS QUE REQUEREM MELHORIAS
Considerando as metas estabelecidas no PDI (2006-2010):
1- Melhorar a qualidade dos espaços físicos das unidades
acadêmicas e administrativas e,
2- Adotar políticas afirmativas de inclusão e o resumo das
avaliações feitas por professores, alunos e coordenadores de
cursos, expressas pelos gráficos das Figuras 57, 58, 59, 60.
Figura 57: Acesso para portadores de necessidades especiais
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Figura 58: As instalações para leitura, pesquisa ou estudo oferecido pela biblioteca do seu
campus
Figura 59: Instalações das salas de aula
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149
Figura 60: Instalações dos laboratórios específicos do seu curso
Esta comissão observou pontos que requerem melhorias:
• Problemas nos laboratórios específicos dos cursos e laboratórios de
informática;
• Sinalização e orientação para os transeuntes são precárias;
• Moradia estudantil insuficiente;
• Acesso aos portadores de necessidades especiais é insuficiente ou
inexistente;
• Instalações de salas de aula precárias;
• Instalações de espaços de leitura, pesquisa ou estudo oferecidos pela
biblioteca escassos e espaços para docentes e técnicos insuficientes.
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150
RECOMENDAÇÕES
• Acelerar as novas construções;
• Implantar maior número de laboratórios de informática de uso da
comunidade acadêmica;
• Garantir a infraestrutura das salas de aula, de coordenadores e de
leitura e estudo;
• Melhorar os laboratórios específicos dos cursos;
• Viabilizar o acesso aos portadores de necessidades especiais às salas
de aula, estacionamentos e demais espaços da universidade;
• Aumentar o número de moradias estudantis ou auxilio moradia;
• Buscar meios de construir isolamento acústico para as salas de aula e
bibliotecas;
• Construir espaços para o desenvolvimento de atividades esportivas para
toda a comunidade acadêmica.
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151
8. DIMENSÃO 08 – PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO
O planejamento não pode ser entendido como atividade burocrática,
executável por comissões ou grupos de planejamento, mas é de
responsabilidade de todos os níveis hierárquicos da instituição, pois tem por
objetivo o alcance de resultados, através de um processo sistemático de
antecipação de ações futuras.
Na Universidade Federal de Mato Grosso, o período de março de 2004 a
abril de 2005 foi o momento de discussão e definição coletiva do destino da
instituição para os cinco anos subsequentes. A administração superior da
UFMT elaborou um termo de referência denominado Formulação Estratégica
2005-2010, com o objetivo de subsidiar e orientar o processo de construção do
PDI, nas unidades acadêmicas e administrativas da UFMT. Este documento
estratégico foi amplamente revisado, discutido e aperfeiçoado.
A comunidade universitária formulou propostas de uma universidade
autônoma com garantia de financiamento público, qualidade e inclusão social,
ampliação da pós-graduação e incremento da pesquisa.
Para o melhor acompanhamento das metas planejadas, inicialmente foi
elaborado um programa amplo de autoavaliação, que poderá ser aplicado
continuamente nos anos posteriores, exigindo uma articulação com diferentes
segmentos da comunidade acadêmica e da gestão universitária.
Avaliação:
Planejamento das atividades da instituição
• Existe planejamento, porém, em razão da exiguidade de tempo
para execução de muitos projetos e Programas Federais, o
planejamento elaborado pode apresentar falhas;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
152
• Há necessidade de criação e implantação de mecanismos que
permitam aos diversos segmentos universitários o
acompanhamento das novas construções e reformas, nos
diferentes campi, no que tange, sobretudo, aos seguintes itens:
prazos de execução e finalidade;
• É preciso envolver, de forma mais ampla e intensa, os campi do
interior, nos projetos de extensão da universidade, especialmente
as atividades culturais e artísticas;
• Considerar a possibilidade de ampliação do número de bolsas
para os campi do interior;
• Os PDI têm sido elaborados sem um maior envolvimento da
comunidade acadêmica, isto pode ser justificado pela falta de
cultura de planejar ações e pelo não comprometimento da maioria
que sempre deixa para o gestor resolver, pois não se sentem
responsáveis;
• Há necessidade do estabelecimento de relações mais estreitas
entre o processo de autoavaliação e o planejamento institucional;
• A CPA está implantada e funciona com participação da
comunidade interna e externa nos processos de autoavaliação
institucional, porém, para que haja um melhor gerenciamento das
atividades da comissão, são necessárias duas pessoas com
dedicação exclusiva para a CPA;
• Devem ser fortalecidas as CPAs dos campi de Rondonópolis,
Sinop e Barra do Garças, com pelo menos um representante por
instituto;
• Os dados serão divulgados nos órgãos colegiados, nos institutos
e faculdades, tanto de Cuiabá quanto do interior;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
153
• É necessário que haja um fortalecimento das Comissões de
Avaliação Institucional para que seja possível o planejamento e a
efetivação de ações acadêmico-administrativa, a partir dos
resultados das avaliações;
• Há representatividade nas instâncias superiores, porém verifica-
se que não há o compartilhamento de algumas informações que
poderiam ser interesse de todos na tomada de decisão;
• Há coerência nos processos decisórios com relação aos
documentos oficiais, entretanto, não há um
acompanhamento/monitoramento.
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154
9. DIMENSÃO 09 – POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL
Coerências das políticas de atendimento aos discent es com o
estabelecido em documentos oficiais
Buscar a redução das desigualdades socioeconômicas faz parte do
processo de democratização da universidade e da própria sociedade. A UFMT,
inserida no contexto da política de assistência estudantil, tem, em seu bojo,
princípios e diretrizes que orientam a elaboração e implantação de ações para
garantir ao estudante o acesso, a permanência e a conclusão de curso.
Figura 61: Conhecimento pelos docentes da casa do estudante universitário
A garantia ao acesso e permanência do cidadão brasileiro à Educação
está expressa na Constituição de 1988 que considera a Educação um dever do
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155
Estado e da família (art. 205) baseando-se no princípio da igualdade de
condições de acesso e permanência na escola (artigo 206, inciso I).
Para que se cumpra o princípio da igualdade de condições de acesso e
permanência para todo e qualquer estudante nas instituições de ensino
superior, é necessário priorizar a Assistência Estudantil, concebida como direito
e como política de inclusão social dos diferentes segmentos da população,
operando, pois, com o horizonte de universalidade da cidadania. Logo,
considera-se a Assistência Estudantil como o direito de todo estudante a
condições de permanecer na universidade, independentemente de sua
condição física ou financeira, e ser tratado com igualdade, respeitando-se as
diferenças, e possibilitando a todos uma formação universitária consistente e
compatível com as atuais exigências da sociedade.
Uma política de Assistência que vise promover o acesso e a
permanência de todos os estudantes nas universidades, independentemente
de sua condição física ou socioeconômica deve assegurar:
• Igualdade de condições para o exercício da atividade acadêmica;
• Formação integral, garantindo a participação em atividades científicas,
culturais, artísticas, esportivas e de lazer;
• Inclusão digital e acesso ao aprendizado de línguas estrangeiras;
• Acesso à saúde, moradia, alimentação, transporte e creche.
Além disso, deve assegurar ao estudante portador de necessidades
especiais às condições básicas para o seu pleno desenvolvimento acadêmico.
Diversas são as dificuldades encontradas por jovens que chegam à
universidade: lacunas na formação do ensino médio e fundamental,
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156
alimentação, moradia, transporte, necessidade de trabalhar para garantir as
condições mínimas de sobrevivência, entre outros, configurando-se, muitas
vezes, em motivo de retenção e mesmo evasão dos cursos de nível superior,
gerando, por consequência, vagas ociosas nas universidades federais.
É fundamental que uma universidade democrática proporcione
condições para que o estudante dê continuidade ao seu curso e que possa
concluí-lo no menor tempo possível, não permitindo que as desigualdades
socioeconômicas reproduzam-se em seu interior.
Programas de apoio ao desenvolvimento acadêmico dos
discentes referentes à realização de eventos
Tabela 19: PIC - Programa de iniciação científica em 2009-2010.
Ano
Demanda total no
PIC
Demanda atendida
no PIC
Número de
alunos no PIC
2009 809 705 705
2010 956 846 846
Fonte: CAP/PROPeq
Tabela 20: PIBIC em 2009-2010.
Ano
Demanda atendida
no PIBIC
Demanda qualificada
no PIBIC
Número de alunos
no PIBIC
2009 381 459 381
2010 504 530 504
Fonte: CAP/PROPeq
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157
Tabela 21: Número de alunos VIC em 2009-2010 Ano Número de alunos no VIC
2009 324
2010 342
Fonte: CAP/PROPeq
Tabela 22: Número de alunos beneficiados com assistência estudantil (moradia + alimentação + permanência) no ano de 2010 por campus
Campus Permanência Alimentação Moradia
Cuiabá 5.549
1.046
3.036
1.046
4.672
2.596
1.296
1.151
55
35
25
35
Araguaia
Rondonópolis
Sinop
Fonte: Arquivo da Care.
Tabela 23: Total de Bolsas (extensão, permanência, moradia, alimentação) concedidas pela Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência; 2010.
Ano Total de bolsas concedidas pela PROCEV
2010 13.650
Fonte: arquivo da Procev.
9.3 Condições institucionais de atendimento ao disc ente
A existência de residências estudantis permite que estudantes de
regiões, fora do local em que se encontra a universidade, possam ter acesso
aos cursos oferecidos. Na medida em que se propõe a democratização da
universidade, deve-se ampliar e revitalizar os espaços de residências
estudantis possibilitando local de moradia para estudantes egressos, inclusive,
do interior.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
158
O restaurante universitário é uma necessidade fundamental na medida
em que, além de oferecer campo de estágio a cursos diversos, possibilita a
permanência do estudante no campus e viabiliza o desempenho de atividades
acadêmicas e culturais em turnos diferentes do curso ao qual o estudante está
vinculado.
Um programa de bolsas de apoio estudantil consiste em ajuda financeira
a ser repassada ao estudante com o objetivo de atender às necessidades
básicas do aluno de baixa renda, possibilitando sua permanência na
universidade, bem como as condições necessárias para que conclua seu curso
no tempo previsto.
O Ministério da Educação vem estimulando a expansão da oferta de
vagas da rede pública de instituições de educação superior e vem implantado
uma política de cotas para garantir o acesso de estudantes que tenham
cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, aumentando,
consequentemente, a inclusão, nas universidades, de jovens oriundos de
famílias de baixa renda, potencialmente demandatários de assistência
estudantil. A permanência dos estudantes de baixa renda depende
prioritariamente da assistência estudantil no que se refere à moradia,
alimentação, transporte, assistência médica, compra de material didático-
pedagógico, entre outros.
Os Programas de Assistência Estudantil, de acordo com as condições
efetivas da UFMT, incluem:
a) Residências universitárias nos campi de Cuiabá e Rondonópolis;
b) Restaurante universitário no campus de Cuiabá;
c) Bolsas permanência;
d) Auxílio alimentação;
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159
e) Bolsas de apoio à participação em eventos estudantis e acadêmicos
realizados dentro e fora da instituição;
f) Apoio aos eventos realizados pelo DCE e CAs.
EAD: Política de atendimento aos discentes
Os alunos dos cursos na modalidade a distância cumprem a parte
presencial do curso nos pólos de Apoio Presencial, localizados no interior do
estado, com exceção do pólo de Cuiabá. Os dados que seguem revelam que,
em relação às ações da política de atendimento ao discente da modalidade a
distância da UFMT, é necessário não só divulgar as ações adotadas como
buscar outras alternativas de atendimento a tais alunos.
Quando indagados sobre o recebimento de apoio da PROCEV para
participar de eventos tanto científico como do movimento estudantil, o
percentual de alunos que respondeu não saber foi o mesmo: 62,5%. Com
relação ao apoio recebido por meio de bolsa de assistência estudantil e auxílio
alimentação, foram estimados os respectivos percentuais de 68,8% e 72,5%,
para alunos que não souberam responder. Quanto à participação e ao
conhecimento sobre as atividades artístico-culturais (dança, teatro e outros) da
UFMT, 46,3% dos alunos responderam desconhecer estas atividades e 27,5%
informaram ter pouca informação.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
160
10. DIMENSÃO 10 – SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, TEND O EM VISTA O SIGNIFICADO SOCIAL DA CONTINUIDADE DOS COMPROMISSOS NA OFERTA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Nos últimos anos, a Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT
assegurou o amplo desenvolvimento de suas atividades através da adesão a
programas federais, com destaque para aqueles que fortaleceram sua
infraestrutura física e a aquisição de equipamentos para a modernização e
instalação de unidades laboratoriais. Nessa perspectiva, destaca-se a adesão
da UFMT ao Programa de Expansão das Universidades Brasileiras, instituído
em 2006, que possibilitou a expansão da estrutura multi-campi, uma iniciativa
de grande repercussão social em um estado, dada as dimensões territoriais do
estado de Mato Grosso, que ainda apresenta restrições na oferta do ensino
superior público. Vale salientar também a adesão ao Programa de Apoio a
Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI,
instituído pelo Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007, o qual vem
possibilitando a criação de novos cursos, a ampliação de vagas e a expansão e
melhoria da infraestrutura física, além da aquisição de equipamentos
laboratoriais e contratação servidores. Ressalte-se que a expansão apoiada
por esses programas atendeu aos objetivos previstos no Plano de
Desenvolvimento Institucional – PDI 2005-2010.
A Universidade Federal de Mato Grosso foca suas ações, na realidade
regional, estando sempre voltada e em consonância com os programas
implementados pelo governo federal para a educação superior do país.
No campo da assistência estudantil, a universidade tem contado, desde
2007, com os recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil - PNAES,
que tem, como principal objetivo, garantir a permanência do aluno universitário,
particularmente o de baixa renda, propiciando-lhes oportunidades para a
melhoria do desempenho acadêmico na tentativa de evitar a evasão e a
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)
161
repetência. Em suma, o PNAES está voltado para ações de assistência à
moradia estudantil, alimentação, transporte, saúde, inclusão digital, cultura,
esporte e apoio pedagógico. Dentre outras finalidades, os programas referidos,
REUNI e PNAES, concedem bolsas estudantis que muito tem contribuído para
a manutenção do aluno no campus, assegurando-lhes a formação acadêmica.
Entretanto, apesar dos esforços em garantir a assistência estudantil, esse
benefício ainda é insuficiente para atender toda a demanda.
Com o objetivo de assegurar a expansão universitária, com qualidade e
compromisso social, a administração superior da UFMT tem envidado esforços
para a construção do novo hospital universitário, constituindo-se essa ação em
um marco de referência para os cursos da área de saúde e, ao mesmo tempo,
na certeza de um dever cumprido, anteriormente,assumido com a sociedade
regional.
No tocante a investimentos na capacitação dos servidores, docentes e
técnicos, em todas as áreas de atuação da universidade, a administração
superior vem ampliando e garantindo a eficácia de suas ações no campo
educacional e referência social.
A UFMT, por meio de seus órgãos deliberativos e órgãos executivos,
busca o reconhecimento dos serviços prestados à comunidade externa através
da execução de programas de governo, tais como: Formação inicial e
continuada a distância; Universidade Aberta e a Distância; e Apoio à
capacitação e formação inicial e continuada de professores e profissionais da
educação básica, assegurando a incorporação dessas ações ao orçamento da
instituição.
Nos últimos exercícios, a efetiva execução das ações de governo,
gerenciadas pela UFMT, incrementaram o orçamento em 42,43% para o
exercício de 2010, sendo que desse montante, o crescimento é mais visível
nos programas: Gestão da Política de Educação (488,72%); Desenvolvimento
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162
do Ensino da Pós-Graduação e da Pesquisa Científica (52,21%); e Brasil
Universitário (42,87%).
O orçamento da Universidade Federal de Mato Grosso, aprovado para o
ano de 2010, foi executado quase totalmente, constituindo uma exceção, os
recursos contingenciados referentes às emendas parlamentares, no valor total
de R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinqüenta mil reais). Ressalte-se que este
recurso era destinado a investimento, no entanto, por tratar-se de emendas
parlamentares, não ficou comprometido com o planejamento institucional e não
acarretou transtornos para as diretrizes do exercício financeiro da universidade.
Tabela 24: Demonstrativo da execução orçamentária no período: 2008-2010 Ano Orçamento da UFMT executado (R$)
2008 349.643.232,63
2009 448.784.787,91
2010 502.922.169,16
Fonte: PROPLAN/CPDI/SOR/SIAFI – Balanço Orçamentário 2010
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163
Considerações Finais
“A limitação é a forma mais sincera de elogiar”(Col ton)
A autoavaliação é um processo constante de reconhecimento e
autoconhecimento institucional. Fundada na liberdade, concebida,
historicamente, como possibilidade de criação e de escolhas de alternativas
concretas e alicerçadas no ensino, pesquisa e extensão, a UFMT é uma
instituição de ensino superior pública e gratuita comprometida com a sociedade
acadêmica e regional.
Com o objetivo de sedimentar na UFMT a cultura da auto–avaliação que
permite olhar sobre o que representa a instituição, além de expandir o desejo
de evidenciar as potencialidades, desvendar as fragilidades e projetar novos
caminhos, a CPA-UFMT, concluiu mais um relatório de autoavaliação, que
revela a opinião da comunidade interna e externa sobre a IES.
As atuais configurações do ensino público, na UFMT, nas modalidades
presenciais ou a distância, demonstram as mudanças ocorridas na sociedade,
no mundo do trabalho e no tripé ensino, pesquisa e extensão.
Tanto as análises favoráveis quanto as desfavoráveis demonstraram a
busca incessante da UFMT para cumprir o seu papel social na educação
superior mato-grossense.
A pesquisa exploratória de autoavaliação revela a necessidade de
melhorar diversos setores da UFMT, relacionados a planejamento,
infraestrutura, trabalho docente, tecnologia da informação, ensino de
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164
graduação, pesquisa, assistência estudantil e serviços disponibilizados para a
comunidade.
Na contramão das tendências atuais, a UFMT precisa manter a
vigilância sobre sua autonomia, promovendo uma discussão profunda sobre
critérios de avaliação, independentemente do que é prescrito pelo SINAES ou
por lei, mas para continuar a missão a que se propôs.
A conclusão final é que a autoavaliação da UFMT, em 2010, foi uma
atividade participativa e impulsionadora da reflexão coletiva, principalmente no
momento em que este relatório for publicizado para a comunidade interna e
externa.
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165
Referências Bibliográficas
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Institucional 2005-2010. Cuiabá, 2005.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. Relatório de Avaliação
Institucional 2009 . Cuiabá, 2010.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. Relatório Anual 2009/2010.
Cuiabá, 2010.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. Relatório Anual de Gestão
Exercício 2010 . Cuiabá, 2011.