relatório de estágio-perillo
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Relatório de estágio do Prof. Perillo José Sabino Nunes, referente a atividades de estágio desenvolvidos pelos alunos do Curso Normal Superior da FASFA-Faculdade São Francisco de Assis, em Nova Xavantina-MT, no segundo semestre do ano de 2006.TRANSCRIPT
FASFA – Faculdade São Francisco de AssisCURSO: Normal Superior
Licenciatura em Ensino Fundamental – I FaseNova Xavantina – Mato Grosso
Relatório – Estágio
Prática de Ensino III – Metodologia para o Ensino Fundamental – I Fase
Coordenador Prof. MSc. Perillo José Sabino Nunes
Nova Xavantina - MT
Dezembro/2006
FASFA – Faculdade São Francisco de AssisCURSO: Normal Superior
Licenciatura em Ensino Fundamental – I FaseNova Xavantina – Mato Grosso
Relatório – Estágio
Prática de Ensino III – Metodologia para o Ensino Fundamental – I Fase
Relatório do Estágio da disciplina de
Prática de Ensino II, apresentado à
Coordenação do Curso Normal
Superior – Licenciatura Plena em
Ensino Fundamental – I Fase, relativo
às atividades dos alunos do quarto
semestre/2006.
Nova Xavantina - MT
Dezembro/2006
SUMARIO
Nº CONTEÚDO PÁG.
01 Sumário 03
02 Lista de abreviaturas 04
03 Lista de símbolos 04
04 Cronograma 05
05 Introdução 17
06 Referencial teórico 20
07 Relatório – Estágio 33
a) Dados e informações 33
b) Análise das informações coletadas 34
c) Exposição das idéias principais do trabalho 37
d) Conclusões/Considerações Finais 37
08 Anexos 39
Anexo 01 (Ofício) 40
Anexo 02 (Plano de Aula) 41
Anexo 03 (Declaração) 42
Anexo 04 (Resultado Final) 43
09 Referências Bibliográficas 44
Bibliografia Consultada 45
LISTA DE ABREVIATURAS
N° ABREVIATURA/SIGNIFICADO
01 FASFA – Faculdade São Francisco de Assis
02 UNEMAT - Universidade do Estado de Mato Grosso
03 UFMT –Universidade Federal de Mato Grosso
04 MEC – Ministério da Educação
05 CNE – Conselho Nacional de Educação
06 CP – Conselho Pleno
07 LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
08 CLT - Consolidação das Leis do Trabalho
CRONOGRAMA
Nº PROFESSOR(A) REGENTE/ESCOLA ESTAGIÁRIO(A) DATA CONTEÚDO C. H.
01 Cádia Gisela Hochberger Diehl – Esc. Mun. “Deus é Amor”.
Ana Paula da Silva 05/09/06
06/09/06
11/09/06
17/11/06
Leitura e interpretação da letra do Hino da Independência do Brasil.Pesquisa em dicionário e com- posição de um acróstico por meio da palavra independência.Produção de texto e ilustração; confecção de brinquedo (heli- cóptero maluco); ditado; confeccção de uma bandeira (Brasil) com cartela de ovos. Exibição do filme: “O mágico de Oz”; reprodução do filme por meio de desenho e escrita. Jogos e brincadeiras; Pular corda; futebol. Divisão, multiplicação e expressões numéricas.
4
4
4
402 Ieda de Sousa Batista Marca – 4ª Série –
Esc. Mun. “Deus é Amor”.Ana Paula da Silva 20/09
21/09/06
Leitura e interpretação de texto; Pintura em massa, representando as regiões brasileiras.
4
22/09/06Confecção de painel (tema: Primavera); Produção textual.Ditado; Trabalho com as 4 operações.
4
4
03 Rosangela do Carmo Duque – 2ª Série – Esc. Mun. Prof. J. R.
Ana Paula da Silva 09/10/06
10/10/06
11/10/06
Interpretação textual; produção textual com ilustração. Adição.Adição e subtração; Reprodução de história por meio de desenho e escrita; confecção de uma centopéia de papel.Comemoração do dia da criança com jogos de estafetas com premiação para equipe vencedora.
4
4
4
04 Irmã Nair Ana Paula da Silva 06/12/06 Lixo e Educação Ambiental. 15
05 Ivania Diva Matos Pinheiro – 2ª Série – Esc. Mun. Prof. J. R.
Cristiane Paula Marciniak 06/09/06
13/09/06
15/09/06
Sinais de pontuação; jogo da memória; leitura de texto; sal- saltos; corrida.Ortografia: m antes de p e b; Atividades com revistas – re- corte e colagem; ditado; brin- cadeiras: estátua, bola, queima- da e corda.Verbos – tempos verbais; produção livre - artes
4
4
406 Cleide Mª de Oliveira Konzen – 3ª Série A
– Esc. Mun. Prof. J. R.Cristiane Paula Marciniak 22/09/06
27/09/06
Substantivos simples e com- postos; ditado; atividades no ca derno; higiene e saúde; debate e desenho.Multiplicação com 2 números;
4
29/09/06
exercícios e problemas; meios de transportes; recorte e cola- gem.Divisão; exercícios de fixação; verbos – tempos verbais.
4
407 Noeli Militz – 4ª Série “A” – Esc. Mun.
Monteiro LobatoCristiane Paula Marciniak 06/10/06
11/10/06
18/10/06
Região Centro-Oeste; leitura e exercícios de fixação; adjetivos e locuções adjetivas; leitura e música; sistema monetário.Região Centro-Oeste – conti- nuação; atividades do Dia da Criança.Revisão de adjetivos e locuções adjetivas; história natural da Terra.
4
4
408 Maria Mercê A. de Sousa – 1ª Série “A” –
Esc. Mun. “Deus é Amor”Cristiane Paula Marciniak 25/10/06
27/10/06
01/11/06
Ortografia: ce, ci; atividades de fixação; multiplicação por 2.Como prevenir acidentes; deba te; produção livre – artes.A rua: conhecimentos da rua; debate sobre a mesma; o dobro; resolução com cálculo de dobro.
4
4
409 Elzimar Cardoso Lima – Coordenadora
Pedagógica – Esc. Mun. “Deus é Amor”.Cristiane Paula Marciniak 03/11/06 Atividades complementares na
Secretaria da Escola, sob a su- pervisão da Coordenação Esco- lar. 4
10 Cristiane Paula Marciniak Motivação estudantil – minis- trado aos alunos do Projeto Irmão Sol-Irmã Lua. 15
11 Rosangela do Carmo Duque – 2ª Série – Domingas Francisca de Moraes 04/09/06 Os diversos tipos de leitura 2:20
Esc. Mun. Prof. J. R. 11/09/06
18/09/06
25/09/06
Continhas de adição, subtração e multiplicação.Verbos (presente, passado e fu turo).Adição
2:20
2:202:20
12 Cádia Gisela Hochberger Diehl – 3ª Série “B” – Esc. Mun. “Deus é Amor”
Domingas Francisca de Moraes 02/10/0609/10/06
16/10/06
23/10/06
Texto: Maria-vai-com-as-outras.Atividades extras em comemo- ração ao Dia da Criança. Explorando os diversos tipos de leitura.Redação; seqüência de cenas.
3
3
33
13 José Gilberto Rota – 4ª Série “D” – Esc. Mun. Monteiro Lobato
Domingas Francisca de Moraes 30/10/06
13/11/06
29/11/06
Rações: própria, imprópria, e- quivalente e oponente.Mínimo Múltiplo Comum (M.M.C.).Leitura e interpretação. Proble- mas envolvendo as quatro ope- rações. Conhecimentos Gerais.
3
3
314 Arcilene Rosa Coelho – Coordenação Pe-
dagógica – Esc. Mun. Monteiro Lobado.Domingas Francisca de Moraes 01/12/06 Confecção de convites e cartões
para os formandos da escola. 315 Domingas Francisca de Moraes Motivação estudantil – minis-
trado aos alunos do Projeto Irmão Sol-Irmã Lua. 15
16 Ieda Batista de Souza Marca – 4ª Série - Esc. Mun. “Deus é Amor”
Evakeila Pereira de Sousa 11/09/06
12/09/06
Exibição do Filme “O homem aranha”; Fixação da multi- plicação – “Bingo da multipli- cação”.Substantivos terminados em ão, que no plural fica ões, aos ou ões; fixação da história do Rio
4
13/09/06
de Janeiro do II Império; Di- nâmica “eu e o outro”; Construções com tangran chi- nês, representando as formas geométricas.Plural dos substantivos com- postos.
4
417 Ivania Diva Matos Pinheiro – 2ª Série –
Esc. Mun. Prof. J. R.Evakeila Pereira de Sousa 20/09/06
21/09/06
22/09/06
De forma interdisciplinar, mi- nistrou-se o tema “a árvore”, identificando as diferentes par- tes da planta; história da se- mentinha e produção de texto; ditado na horta.Bingo envolvendo a adição, subtração e multiplicação; escrever uma carta; construção de mensagens com o tema “a árvore”.Elaboração do painel com o tema “a árvore”;Dinâmica de concentração; pro blemas envolvendo a adição.
4
4
4
18 Neli Rodrigues Leal – 1ª Série – Esc. Mun. Monteiro Lobato.
Evakeila Pereira de Sousa 27/09/06
28/09/06
Dinâmica de apresentação; his- tória contada da fada pirada; di tado das figuras com baralho das famílias silábicas.História contada; pique-esconde – interpretação oral; ordem crescente e decrescente; cores em inglês.
4
4
29/09/06 História da Primavera; cons- trução de animais a partir do tangran chinês; elaboração do painel “Viva a Primavera!” 4
19 Irmã Nair Evakeila Pereira de Sousa Lixo e Educação Ambiental. 15
20 Maria das Graças Prado – 2ª Fase – Esc. Mun. “Deus é Amor”.
Gilberto Freitas Correa Filho 13/09/0614/09/06
Relação Música – Matemática.Relacionamento, respeito e artes visuais.
4
421 Leisa Mara Baronas Mismahl – Turma
Especial de Reforço Escolar – Esc. Mun. “Deus é Amor” - (matutino).
Gilberto Freitas Correa Filho 25/09/06
26/09/06
Relacionamento, respeito e artes visuais.Relacionamento, respiração, voz; Explorando o espaço físico; Noções de música; Criatividade.
4
422 Edna Selma da Silva – 4ª Série – Esc. Mun.
“Deus é Amor” – (vespertino).Gilberto Freitas Correa Filho 25/09/06
26/09/06
Relacionamento, respeito e artes visuais.Relacionamento, respiração, voz; Explorando o espaço físico; Noções de música; Criatividade.
4
423 Cleide Mª de Oliveira Konzen – 3ª Série A
– Esc. Mun. Prof. J. R.Gilberto Freitas Correa Filho 04/10/06
05/10/06
06/10/06
Relacionamento, respiração e voz.Explorando o espaço físico – Matemática/Lógica.Noções de música, criatividade e Matemática.
4
4
424 Sebastiana Aparecida N. Souza – 2ª Série –
Esc. Mun. Monteiro LobatoJoana Sales Soares 11/09/06
12/09/0613/09/06
Divisão com um número na chave; Leitura e produção de textos.Jogos cooperativos.O homem produz para viver.
444
25 Ana Aparecida Seraphin – Esc. Mun. Joana Sales Soares 29/09/06 Adição, subtração, multiplica-
Monteiro Lobato02/10/0603/10/06
ção e divisão.Educação FísicaLeitura e produção de texto
444
26 Maria da Conceição Bezerra Leal – Esc. Mun. “Deus é Amor”
Joana Sales Soares 16/10/06
17/10/06
NumeraisFamília silábicaFamília silábicaNumerais
4
44
27 Vandira Martins da Cruz eRaylla Tyller Samaniego Paes – PAJA-Projeto de Alfabetização e Escolarização de Jovens e Adultos – Esc. Mun. Prof. J. R.
Joana Sales Soares 08/11/06 Oficina: reaproveitamento do abacaxi. 15
28 Maria Mercê Alves de Souza – 2ª Fase – Esc. Mun. “Deus é Amor”.
Jovita Rosa da Silva 11/09/06
12/09/06
13/09/06
Família silábica: va, vê, vi, vo, vu, vão.Atividades relacionadas à família silábica: va, vê, vi, vo, vu, vão.Animais selvagens e domés- ticos. Confecção: helicóptero maluco. Brincadeira: a galinha bota o ovo.
4
4
429 Arabela Andressa Causi Jung – 1ª Fase –
Esc. Mun. “Deus é Amor”.Jovita Rosa da Silva 19/09/06
26/09/06
28/09/06
Família silábica: ma, me, mi, mo, um e mão.Família silábica: na, ne, ni, no nu e não. Matemática: revisão de numerais de 1 a 9.Família: pa, pe, pi, pó, pu e pão.
4
44
30 Mariza Bela da Silva Reis – 4ª Série – Esc. Mun. “Deus é Amor”.
Jovita Rosa da Silva 17/10/06
23/10/0624/10/06
Verbos; Os índios de nossa região.Frações; Primeiros socorros.Sujeito e predicado; História do
44
Brasil. 431 Matilde de Souza Nascimento Rezende
– Coordenadora Peda- gógica - Esc. Mun. J. R.
Jovita Rosa da Silva 14/11/06 Confecção de jogos pedagó- gicos. 4
32 Edna Raimunda da S. Franco – 3ª Série A – Esc. Mun. Monteiro Lobato.
Luana Antunes Marca Oliveira 11/09/06
12/09/06
13/09/06
Expressões numéricas; inter- pretação e produção de texto.Interpretação e produção de texto.Expressões numéricas
4
44
33 Ana Aparecida Seraphin – 4ª Série – Esc. Mun. Monteiro Lobato.
Luana Antunes Marca Oliveira 20/09/06
21/09/06
22/09/06
Voltar: um direito? Democracia e eleições; leitura e interpretação de texto.Português e Artes – Produção e interpretação de texto – Dia da Árvore e Primavera.Brasil eleitoral – número de eleitores; o eleitor e o político brasileiro.
4
4
434 Rosangela do Carmo Duque – 2ª Série B –
Esc. Mun. Prof. J. R.Luana Antunes Marca Oliveira 16/10/06
17/10/06
18/10/06
Matemática – Tabuada.Português – Produção e inter- pretação de texto.Exibição do filme: “A era do gelo”. Educação Física.
4
4
435 Arabela Andressa Causi Jung – 1ª Fase –
Esc. Mun. “Deus é Amor”.Luana Antunes Marca Oliveira 27/10/06
30/10/06
31/10/06
Fixação da letrinha “R” através de texto.Introdução da letrinha “S” através do texto “O sapo e a honestidade”.Exibição de filme: “O Mickey e o pé de feijão”- fixação de nu
4
4
merais; recreação e Educação Física. 4
36 Elzimar Cardoso Lima – Coordenadora Pedagógica – Esc. Mun. “Deus é Amor”.
Luana Antunes Marca Oliveira 01/11/06 Preparação de material para peça de teatro da escola. 4
37 Tiago Jocélio Moreira Sales – 2ª Fase – Esc. Mun. “Deus é Amor”.
Márcia da Silva 11/09/06
12/09/06
13/09/06
Fixação das famílias “na, em, in, on, um”. Entender a importância da sílaba “na, em in, on, um” para a formação das palavras.Introdução da família “al, el, il, ol, ul”. Resolução de exercícios contendo as sílabas “al, el, il, ol, ul”.Fixação de adição e subtração até o número 20.
4
4
438 Ana Aparecida Seraphin – 4ª Série C – Esc.
Mun. “Deus é Amor”.Márcia da Silva 25/09/06
26/09/06
27/09/06
Compreender a importância da produção de texto dentro da ar- te; compreender o significado da pontuação; desenvolver exercicios e produção de texto.Introdução dos números racio- nais e representação fracionária; doenças causadas por vermes.História: Expansão do café e a queda do Império; introdução do numeral.
4
4
439 Rosani Prestes S. Silqueira – 2ª Fase – Esc.
Mun. Monteiro Lobato.Márcia da Silva 04/10/06
05/10/06
Fixação de exercícios com as letras “d” e “lh”; compreensão da produção textual; fixação de exercícios de adição e subtração.Introdução de palavras com m, p
4
16/10/06
e m, b. Produção de textos através de cartazes com colagem de ilustrações e escrita.Fixação de leitura e inter- pretação.
4
440 Vandira Martins da Cruz e
Raylla Tyller Samaniego Paes – PAJA-Projeto de Alfabetização e Escolarização de Jovens e Adultos – Esc. Mun. Prof. J. R.
Márcia da Silva 08/11/06 Oficina: reaproveitamento do abacaxi. 15
41 Kátia Gontijo – 1ª Série “A” – Esc. Mun. Prof. J. R.
Maria Aparecida Dantas 11/09/06
12/09/06
13/09/06
Ortografia: “qua, que, qui, quo”; Educação Física.Números pares e ímpares, multiplicação por 2 e 3.Ortografia: “qua, que, qui, quo”. Trabalhos manuais (helicóptero maluco).
4
4
442 Rosangela do Carmo Duque – 2ª Série “B”
– Esc. Mun. J. R.Maria Aparecida Dantas 20/09/06
21/09/06
22/09/06
Leitura silenciosa, oral, coletiva. Resolução de atividades relacionadas ao texto. Adição e subtração.Dobro, triplo, quádruplo e quín tuplo. Confecção de um cata-vento.Leitura silenciosa, oral e cole- tiva. Continhas envolvendo as quatro operações.
4
4
443 Ieda Batista de Souza Marca – 4ª Série -
Esc. Mun. “Deus é Amor”Maria Aparecida Dantas 16/10/06
17/10/06
Texto: Asa Branca. Produção de texto. As quatro operações. Estudo do texto. Conta a mu- sica. Uso do dicionário. Adição
4
e subtração. 444 Elzimar Cardoso Lima – Coordenadora
Pedagógica – Esc. Mun. “Deus é Amor”.Maria Aparecida Dantas 19/10/06 À disposição da Coordenação
Pedagógica para reforço escolar a alunos com dificuldades de aprendizagem. 4
45 Irmã Nair Maria Aparecida Dantas Palestra: Socialização 15
46 Cleide Mª de Oliveira Konzen – 3ª Série A – Esc. Mun. Prof. J. R.
Maria da Guia Tavares Santana da Paixão
11/09/06
12/09/06
13/09/06
A classificação dos animais; trabalho de forma interdiscipli- nar: leitura de texto individual sobre animais; interpretação oral do texto; reprodução do texto lido.Diálogo informal sobre a im- portância da preservação dos animais e sua relação com o meio ambiente; trabalho: dificuldades ortográficas na reprodução do texto.Dobraduras, pinturas. Produção de painéis com os alunos.
4
4
447 Tiago Jocélio Moreira Sales – 2ª Fase –
Esc. Mun. “Deus é Amor”.Maria da Guia Tavares Santana da Paixão
22/09/06
26/09/06
Estudo de dezenas e unidades; Usar quadro de valor na sala de aula; Associar números a objetos e figuras; associar a dezena ao grupo de 10 unidades; identificar unidades e dezenas em agrupamentos.Desenvolvimento de atividades interdisciplinares – texto: “O macaco e o burro”. Identificar
4
palavras com “rr”. 4
48 Jeanete da Silva Souza – 4ª Série – Esc. Mun. “Deus é Amor”.
Maria da Guia Tavares Santana da Paixão
05/10/06
06/10/06
09/10/06
Estudo do texto: leitura, inter- pretação oral e escrita. Repro- dução e ilustração do texto, for- mação de frases e separação de sílabas. Classificação dos ani- mais em vertebrados e inver- tebrados.Classificação dos animais em vertebrados e invertebrados com dobraduras.Palestra: os direitos e deveres das crianças e adolescentes; respeito aos pais e pessoas mais velhas, com Conselheiros Tute- lares e Padre da Paróquia N. Sª das Graças.
4
4
449 Vandira Martins da Cruz e
Raylla Tyller Samaniego Paes – PAJA-Projeto de Alfabetização e Escolarização de Jovens e Adultos – Esc. Mun. Prof. J. R.
Maria da Guia Tavares Santana da Paixão
08/11/06 Oficina: reaproveitamento do abacaxi.
INTRODUÇÃO
O estágio, como atividade prática na formação inicial de professores do Curso
Normal Superior da FASFA – Faculdade São Francisco de Assis, na cidade Nova
Xavantina, Mato Grosso, teve sua realização na Rede Municipal de Ensino.
Compreendeu escolas com Educação Infantil e Educação Básica de Primeira Fase – I a
IV Série.
Nova Xavantina é uma cidade localizada no Leste mato-grossense, às margens
do Rio das Mortes, na microrregião de Canarana, em área da Amazônia Legal.
A cidade viveu momentos de entusiasmo econômico, quando o governo
empreendeu nas décadas de 70 e 80, a grande Marcha Para o Oeste. Neste período,
grandes levas humanas dos diversos Estados nordestinos, bem como do sudeste e Sul
afluíram para o Estado de Mato Grosso. Numerosos deles instalaram-se em nova
Xavantina e municípios vizinhos, surgindo daí, cidades como Campinápolis, Água Boa,
Canarana e outras. O município conheceu neste período, o entusiasmo pela agricultura e
pecuária. Grandes extensões de Cerrado foram transformadas em pastagens ou lavouras
de soja, arroz, milho e outros produtos de menor importância econômica.
Nos anos 80, introduziram-se atividades de extração mineral, através do
Garimpo do Araés. As atividades eram rudimentares, não havendo mecanização
adequada para melhor aproveitamento do ouro a ser extraído. Na década de 90, as
atividades de mineração deixaram de ser executadas devido à exaustão provocada pela
exploração intensiva e inadequada, alem de ações na justiça por parte de uma empresa
mineradora com títulos de propriedade da área de mineração.
Sobrou no lugar grandes e perigosos buracos cheios de água poluída por
produtos químicos típicos de atividades mineradoras. Disso tudo restou também graves
problemas de saúde, de natureza respiratória, em trabalhadores daquele garimpo (além
de uma vila fantasma).
Após isto, Nova Xavantina sofreu com crises econômicas que fizeram com que
seu contingente populacional se reduzisse consideravelmente. Os prejuízos na
agricultura tiraram o entusiasmo das famílias agricultoras. A pecuária, em função do
preço da carne também sofreu queda de produção.
Espera-se que comece a sentir novos ares a partir de investimentos que foram
feitos nas áreas de transporte, com a melhoria das estradas; comunicação, com a
instalação de emissoras de rádio, televisão e jornais escritos, além da viabilização, na
Educação, de novos cursos universitários que venham suprir as necessidades do
mercado local e regional. Nesta mesma linha, urge que sejam atualizadas as bibliotecas
existentes, sua ampliação, bem como a construção de novos espaços de leitura, pesquisa
e outros.
O município tem feito opções saudáveis em relação a Educação. Na década de
90, criou-se na cidade um Campus Universitário da Universidade do Estado de Mato
Grosso – UNEMAT, sendo instalado, inicialmente, o Curso de Licenciatura Plena em
Ciências Biológicas. Posteriormente, instalou-se o Curso de Pedagogia à Distância, num
convênio que envolvia a UNEMAT, a UFMT e o Governo do Estado de Mato Grosso e
a Prefeitura Municipal de Nova Xavantina. Em mais um passo importante, instalou-se o
Curso de Bacharelado em Turismo, também na UNEMAT, culminando com a
instalação do Curso de Agronomia, também naquela Universidade. Paralelo a isto,
aconteceu também a Especialização em Ecologia do cerrado, patrocinado pela mesma
Universidade.
Neste contexto, para atender uma faixa da população que se achava sem opção
quanto ao processo de continuidade de seus estudos, surgiu a FASFA – Faculdade São
Francisco de Assis.
A FASFA tem uma história anterior à sua existência física, por causa do sonho
que a alimentou ao longo do tempo.
As Irmãs Franciscanas da Mãe Dolorosa – Ordem Terceira de São Francisco de
Assis, representadas pelas Irmãs Francisca – Giovana Marra – e Leila Francisca Gabriel,
na época ainda noviça, estabeleceram-se na cidade de Nova Xavantina, no ano de 1985.
Em parceria com os padres da Paróquia Nossa Senhora das Graças, também localizada
na cidade, começaram suas atividades educacionais, inicialmente com a população
indígena de etnia Xavante, dos municípios limítrofes a Nova Xavantina, como
Campinápolis e Água Boa. Mas não era bastante. A comunidade chamava para uma
educação que fosse cristã e formasse cidadãos preparados para a realidade, que se
avizinhava – novas tecnologias, globalização, informática, internet – e os habilitasse a
lidar com competência com estas novas ferramentas.
No ano de 1986 surge num esforço hercúleo daquelas religiosas agora associadas
à comunidade, o Núcleo Comunitário Dom Bosco – Escolinha Billy Gancho. Desse
momento em diante, a idéia da faculdade também foi se colocando em solo fértil. Os
pais reclamavam que os filhos, a cada período, tinham que deixar família, amigos, suas
raízes, enfim, e ir para grandes centros para dar continuidade aos seus estudos.
No ano de 2004, finalmente, o MEC emite Portarias dando pareceres favoráveis
à criação da FASFA – Faculdade São Francisco de Assis, e dois cursos iniciais –
(Normal Superior, com Habilitação em Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino
Fundamental – I a IV Séries) e o Bacharelado em Ciências Contábeis. Cada curso
autorizado a funcionar com turmas de 70 alunos.
No ano de 2006, entram em tramitação os processos de criação dos Cursos de
Direito e Administração de Empresas. Espera-se que possa ser rápido, de modo a
atender as demandas regionais. Isto, no ponto de vista daqueles que compreendem a
importância da formação profissional sem o distanciamento ou perda dos laços
familiares e afetivos, fará com que os jovens não tenham que procurar outros Estados,
outras cidades para dar continuidade aos seus estudos.
A expectativa maior em relação a tudo isto, prendeu-se, primordialmente, ao
desempenho das atividades dos estagiários. Isto porque vão nessas atividades, o perfil
da Faculdade. Isto começará a colocar a instituição junto à comunidade. Daí, espera-se
que cada aluno, cada professor tenha em si a vontade de se entregar para que o trabalho
seja realmente produtivo.
REFERENCIAL TEÓRICO
Há nos meios educacionais, uma grande preocupação com a formação
inicial de professores. Preocupação justa e amparada nas leis educacionais e na teoria da
educação. Para melhor compreensão disto, é preciso fazer um estudo à luz da
Legislação Educacional em vigor no país.
Os cursos de graduação, etapa inicial da formação em nível superior a ser
necessariamente complementada ao longo da vida, terão que cumprir, conforme o Art.
da Lei 9.394/96, no ano letivo regular, no mínimo, 200 (duzentos) dias de trabalho
acadêmico efetivo em cada um dos anos necessários para a completude da qualificação
exigida.
A obrigatoriedade das 300 (trezentas) horas de prática de ensino são exigidas
como patamar mínimo no Art. 65 da LDB e estão contempladas no Parecer CNE/CP
009/2001 e respectiva Resolução.
Mas percebe-se que, dada sua importância na formação profissional de docentes,
consideradas as mudanças face ao paradigma vigente até a entrada em vigor da nova
LDB, percebe-se que este mínimo estabelecido em lei não será suficiente para dar conta
de todas estas exigências em especial a associação entre teoria e prática tal como posto
no Art. 61 da LDB.
Só que uma ampliação da carga horária da prática de ensino deve ser justificada.
A prática não é uma cópia da teoria e nem esta é um reflexo daquela. A prática é o
próprio modo como as coisas vão sendo feitas cujo conteúdo é atravessado por uma
teoria. Assim, entende-se que a realidade é um movimento constituído pela prática e
pela teoria como momentos de um devir mais amplo, consistindo a prática no momento
pelo qual se busca fazer algo, produzir alguma coisa e que a teoria procura conceituar,
significar e com isto administrar o campo e o sentido desta atuação.
Neste sentido, segundo o Parecer n.º: CNE/CP 009/2001, (MEC/CNE, 2001),
que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da
Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena, durante
os anos 80 e 90, o Brasil deu passos significativos no sentido de universalizar o acesso
ao ensino fundamental obrigatório, melhorando o fluxo de matrículas e investindo na
qualidade da aprendizagem nesse nível escolar. Mais recentemente, agregam-se a esse
esforço o aumento da oferta de ensino médio e de educação infantil nos sistemas
públicos, bem como o estabelecimento de diretrizes nacionais para os diferentes níveis
da Educação Básica, considerando as características do debate nacional e internacional a
respeito da educação. Este documento, incorporando elementos presentes na discussão
mais ampla a respeito do papel dos professores no processo educativo, apresenta a base
comum de formação docente expressa em diretrizes, que possibilitem a revisão criativa
dos modelos hoje em vigor, a fim de:
Fomentar e fortalecer processos de mudança no interior das instituições
formadoras; ER CNE/CP 9/2001 - HOMOLOGADO.
Fortalecer e aprimorar a capacidade acadêmica e profissional dos docentes
formadores;
Atualizar e aperfeiçoar os formatos de preparação e os currículos vivenciados,
considerando as mudanças em curso na organização pedagógica e curricular da
educação básica;
Dar relevo à docência como base da formação, relacionando teoria e prática;
Promover a atualização de recursos bibliográficos e tecnológicos em todas as
instituições ou cursos de formação.
Importa destacar que, além das mudanças necessárias nos cursos de formação
docente, a melhoria da qualificação profissional dos professores vai depender também
de políticas que objetivem:
Fortalecer as características acadêmicas e profissionais do corpo docente
formador;
Estabelecer um sistema nacional de desenvolvimento profissional contínuo para
todos os professores do sistema educacional;
Fortalecer os vínculos entre as instituições formadoras e o sistema educacional,
suas escolas e seus professores;
Melhorar a infra-estrutura institucional especialmente no que concerne a
recursos bibliográficos e tecnológicos;
Formular, discutir e implementar um sistema de avaliação periódica e
certificação de cursos, diplomas e competências de professores.
Estabelecer níveis de remuneração condigna com a importância social do
trabalho docente;
Definir jornada de trabalho e planos de carreiras compatíveis com o exercício
profissional.
Entre as mudanças importantes promovidas pela nova LDBEN, vale destacar: (a)
integração da educação infantil e do ensino médio como etapas da educação básica, a
ser universalizada; (b) foco nas competências a serem constituídas na educação básica,
introduzindo um paradigma curricular novo, no qual os conteúdos constituem
fundamentos para que os alunos possam desenvolver capacidades e constituir
competências; (c) importância do papel do professor no processo de aprendizagem do
aluno; (d) fortalecimento da escola como espaço de ensino e de aprendizagem do aluno
e de enriquecimento cultural; (e) flexibilidade, descentralização e autonomia da escola
associados à avaliação de resultados; (f) exigência de formação em nível superior para
os professores de todas as etapas de ensino; (g) inclusão da Educação de Jovens e
Adultos como modalidade no Ensino Fundamental e Médio.
Quanto à duração dos Cursos Superiores de Formação de Professores, o Parecer
n.º: CNE/CP 21/2001, (MEC/CNE, 2001), que trata da duração e carga horária dos
cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de
licenciatura, de graduação plena, afirma que o curso superior é necessário à efetivação
das suas diretrizes traduzidas no conjunto de seus componentes curriculares. A duração
dos cursos de licenciatura pode ser contada por anos letivos, por dias de trabalho
escolar efetivados ou por combinação desses fatores. Se a duração de um tempo
obrigatório é o mínimo para um teor de excelência, obviamente isto não quer dizer
impossibilidade de adequação às variações de aproveitamento dos estudantes.
A Resolução CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002, (MEC/CNE/CP, 2002), que
institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de
formação de professores da Educação Básica em nível superior, no Art. 1., e seguintes,
diz que Art. 1º A carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação
Básica, em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, será efetivada
mediante a integralização de, no mínimo, 2800 (duas mil e oitocentas) horas, nas quais a
articulação teoria-prática garanta, nos termos dos seus projetos pedagógicos, as
seguintes dimensões dos componentes comuns:
I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciadas
ao longo do curso;
II - 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do
início da segunda metade do curso;
III - 1800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos curriculares de
natureza científico-cultural;
IV - 200 (duzentas) horas para outras formas de atividades acadêmico-científico-
culturais.
Parágrafo único. Os alunos que exerçam atividade docente regular na educação
básica poderão ter redução da carga horária do estágio curricular supervisionado até o
máximo de 200 (duzentas) horas.
Art. 2° A duração da carga horária prevista no Art. 1º desta Resolução,
obedecidos os 200 (duzentos) dias letivos/ano dispostos na LDB, será integralizada em,
no mínimo, 3 (três) anos letivos.
Já a carga horária é número de horas de atividade científico - acadêmica,
número este expresso em legislação ou normatização, para ser cumprido por uma
instituição de ensino superior, a fim de preencher um dos requisitos para a validação de
um diploma que, como título nacional de valor legal idêntico, deve possuir uma
referência nacional comum. A noção de carga horária pressupõe uma unidade de tempo
útil relativa ao conjunto da duração do curso em relação à exigência de efetivo trabalho
acadêmico.
A licenciatura é uma licença, ou seja, trata-se de uma autorização, permissão ou
concessão dada por uma autoridade pública competente para o exercício de uma
atividade profissional, em conformidade com a legislação. A rigor, no âmbito do ensino
público, esta licença só se completa após o resultado bem sucedido do estágio
probatório exigido por lei.
O diploma de licenciado pelo ensino superior é o documento oficial que atesta a
concessão de uma licença. No caso em questão, trata-se de um título acadêmico obtido
em curso superior que faculta ao seu portador o exercício do magistério na educação
básica dos sistemas de ensino, respeitadas as formas de ingresso, o regime jurídico do
serviço público ou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Os dias letivos, independentemente do ano civil, são de 200 dias de trabalho
acadêmico efetivo.
No caso de prática de ensino, deve-se respeitar o Art. 65 da LDB, verbis:
A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática de
ensino de, no mínimo, trezentas horas.
Logo, um mínimo de 300 horas de prática de ensino é um componente
obrigatório na duração do tempo necessário para a integralização das atividades
acadêmicas próprias da formação docente.
Além disso, há a obrigatoriedade dos estágios. À luz do Art. 24 da Constituição
Federal, eles devem ser normatizados pelos sistemas de ensino.
O Art. 82 da LDB diz:
Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização dos estágios dos
alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição.
§ único. O estágio realizado nas condições deste artigo não estabelecem vínculo
empregatício, podendo o estagiário receber bolsa de estágio, estar segurado contra
acidentes e ter cobertura previdenciária prevista na legislação específica.
Quanto aos estágios supervisionados, a Lei nos diz o seguinte:
Ora, os estágios fazem parte destas qualificações, reconhecidas pela CLT, e se inserem
dentro das normas gerais conferidas por lei à União. Os estágios supervisionados de
ensino também partilham destas qualificações.
A delimitação de seqüências temporais de formação, o estabelecimento de
tempos específicos para a sua realização em nível superior, consideradas as
características de áreas de conhecimento e de atuação profissional, integram a tradição
nacional e internacional.
Assim é que a formação de profissionais cujo título permite o exercício de
determinada atividade profissional requer um tempo de duração variável de país a país,
de profissão a profissão. Esta variabilidade recobre também as etapas a seguir como o
formato adotado para a sua inserção no debate teórico da área, de suas especialidades
bem como na discussão sobre a prática profissional propriamente dita, e as
correspondentes formas de avaliação, titulação, credenciamento utilizadas.
A prática de ensino é, pois, o que o próprio nome diz: uma prática que produz
algo no âmbito do ensino. Sendo a prática de ensino um trabalho consciente cujas
diretrizes se nutrem do Parecer 09/01 ela terá que ser uma atividade tão flexível quanto
outros pontos de apoio do processo formativo, a fim de dar conta dos múltiplos modos
de ser da atividade acadêmico-científica. Assim, ela deve ser planejada quando da
elaboração do projeto pedagógico e seu acontecer deve se dar desde o início da duração
do processo formativo e se estender ao longo de todo o seu processo. Em articulação
intrínseca com o estágio supervisionado e com as atividades de trabalho acadêmico, ela
concorre conjuntamente para a formação da identidade do professor como educador.
Esta correlação teoria e prática é um movimento contínuo entre saber e fazer na
busca de significados na gestão, administração e resolução de situações próprias do
ambiente da educação escolar.
A prática de ensino que terá necessariamente a marca dos projetos pedagógicos
das instituições formadoras, ao transcender a sala de aula para o conjunto do ambiente
escolar e da própria educação escolar, pode envolver uma articulação com os órgãos
normativos e com os órgãos executivos dos sistemas. Com is to se pode ver nas
políticas educacionais e na normatização das leis uma concepção de governo ou de
Estado em ação. Pode-se assinalar também uma presença junto a agências educacionais
não escolares tal como está definida no Art. 1º da LDB. Professores são ligados a
entidades de representação profissional cuja existência e legislação eles devem conhecer
previamente. Importante também é o conhecimento de famílias de estudantes sob vários
pontos de vista, pois eles propiciam um melhor conhecimento do ethos dos alunos.
É fundamental que haja tempo e espaço para trabalhar a prática de ensino desde
o início do curso e que haja uma supervisão direta da instituição formadora para a
coordenação do curso como um todo. Esta presença institucional é necessária como
forma de apoio até mesmo à vista de uma avaliação de qualidade Ao se considerar o
conjunto deste Parecer em articulação com o novo paradigma das diretrizes, com as
exigências legais e com o padrão de qualidade que deve existir nos cursos de
licenciaturas, ao mínimo legal de 300 horas deve-se acrescer mais 100 horas que, além
de ampliar o leque de possibilidades, aumente o tempo disponível para cada forma de
prática escolhida no projeto pedagógico do curso. As trezentas horas são apenas o
mínimo abaixo do qual não se consegue dar conta das exigências de qualidade. Assim
torna-se procedente acrescentar ao tempo mínimo já estabelecido em lei (300 horas)
mais um terço (1/3) desta carga, perfazendo um total de 400 horas.
Por outro lado, é preciso considerar um outro componente curricular obrigatório
integrado à proposta pedagógica: estágio supervisionado de ensino.
Estágio é o tempo de aprendizagem que, através de um período de permanência,
alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender a prática do mesmo e depois
poder exercer uma profissão ou ofício. Assim o estágio supõe uma relação pedagógica
entre alguém que já é um profissional reconhecido em um ambiente institucional de
trabalho e um aluno estagiário. Por isso é que este momento se chama estágio
supervisionado.
O estágio curricular supervisionado é um momento de formação profissional do
formando seja pelo exercício direto in loco, seja pela presença participativa em
ambientes próprios de atividades daquela área profissional, sob a responsabilidade de
um profissional já habilitado.
O estágio não é uma atividade facultativa sendo uma das condições para a
obtenção da respectiva licença. Não se trata de uma atividade avulsa que angarie
recursos para a sobrevivência do estudante ou que se aproveite dele como mão-de-obra
barata e disfarçada.
Ele é necessário como momento de preparação próxima em uma unidade de
ensino.
Tendo como objetivo, junto com a prática de ensino, a relação teoria e prática
social tal como expressa o Art. 1º, § 2º da LDB, bem como o Art. 3º , XI e tal como
expressa sob o conceito de prática no Parecer CNE/CP 09/01, o estágio é o momento de
efetivar, sob a supervisão de um profissional experiente, um processo de
ensino/aprendizagem que, tornar-se-á concreto e autônomo quando da
profissionalização deste estagiário.
Entre outros objetivos, pode-se dizer que o estágio pretende oferecer ao futuro
licenciado um conhecimento do real em situação de trabalho, isto é diretamente em
unidades escolares dos sistemas de ensino. É também um momento para se verificar e
provar (em si e no outro) a realização das competências exigidas na prática profissional
e exigíveis dos formandos, especialmente quanto à regência. Mas é também um
momento para se acompanhar alguns aspectos da vida escolar que não acontecem de
forma igualmente distribuída pelo semestre, concentrando-se mais em alguns aspectos
que importa vivenciar. É o caso, por exemplo, da elaboração do projeto pedagógico, da
matrícula, da organização das turmas e do tempo e espaço escolar.
O estágio é, pois um modo especial de atividade de capacitação em serviço e que
só pode ocorrer em unidades escolares onde o estagiário assuma efetivamente o papel
de professor, de outras exigências do projeto pedagógico e das necessidades próprias do
ambiente institucional escolar testando suas competências por um determinado período.
Por outro lado, a preservação da integridade do projeto pedagógico da unidade escolar
que recepciona o estagiário exige que este tempo supervisionado não seja prolongado,
mas seja denso e contínuo. Esta integridade permite uma adequação às peculiaridades
das diferentes instituições escolares do ensino básico em termos de tamanho,
localização, turno e clientela. Neste sentido, é indispensável que o estágio, de modo
similar ao que ocorre no internato da área da saúde, seja, ao final do curso, um momento
de coroamento formativo em que a relação teoria/prática já seja um ato educativo em
ação.
Assim o estágio supervisionado deverá ser um componente obrigatório da
organização curricular das licenciaturas, sendo uma atividade intrinsecamente articulada
com a prática de ensino e com as atividades de trabalho acadêmico.
Ao mesmo tempo, os sistemas de ensino devem propiciar às instituições
formadoras a abertura de suas escolas de educação básica para o estágio. Esta abertura,
considerado o regime de colaboração prescrito no Art. 211 da Constituição Federal,
pode se dar por meio de um acordo entre instituição formadora, órgão executivo do
sistema e unidade escolar acolhedora da presença de estagiários. Em contrapartida, os
docentes em atuação nesta escola poderão receber alguma modalidade de formação
continuada a partir da instituição formadora. Assim, nada impede que, no seu projeto
pedagógico, em elaboração ou em revisão, a própria unidade escolar possa combinar
com uma instituição formadora uma participação de caráter recíproco no campo do
estágio.
Esta conceituação de estágio é vinculante com um tempo definido em lei como
já se viu e cujo teor de excelência não admite nem um aligeiramento e nem uma
precarização.
Ela pressupõe um tempo mínimo inclusive para fazer valer o que está disposto
no artigos 11, 12 e 13 da Resolução que acompanha o Parecer 009/2001 CNE/CP.
Assim, as instituições devem garantir um teor de excelência inclusive como
referência para a avaliação institucional exigida por Lei. Sendo uma atividade
obrigatória, por sua característica já explicitada, ela deve ocorrer dentro de um tempo
mais concentrado, mas não necessariamente em dias subseqüentes. Com esta pletora de
exigências, o estágio supervisionado da licenciatura não poderá ter uma duração
inferior a 400 horas nos 100 dias que a lei estipula.
Cabem aos sistemas de ensino, à luz do Art. 24 da Constituição Federal, do Art.
8º e 9º da LDB e do próprio Art. 82 da mesma, exercer sua competência suplementar
na normatização desta matéria.
Desse modo, estes componentes curriculares próprios do momento do fazer
(estágio em articulação com a prática de ensino) implicam um voltar-se às atividades de
trabalho acadêmico sob o princípio ação-reflexão-ação incentivado no Parecer CNE/CP
009/2001.
Isto posto cabe analisar um outro componente curricular da duração da formação
docente: trata-se do trabalho acadêmico. O Parecer CNE/CP 009/2001 orienta as
unidades escolares de formação no sentido de propiciar ao licenciando o aprender a ser
professor.
Este parecer, ao interpretar a formação de docentes tal como posta na LDB,
representa uma profunda mudança na concepção desta formação, sempre respeitado o
princípio de uma formação de qualidade.
Esta concepção pode ser exemplificada em alguns pontos que, a serem
conseqüentes, não podem ficar sem parâmetros criteriosos de duração e de carga
horária. O ser professor não se realiza espontaneamente. Na formação do ser professor,
é imprescindível um saber profissional, crítico e competente e que se vale de
conhecimentos e de experiências. Uma oferta desta natureza deve ser analisada à luz do
Art. 37, § 6º da Constituição e do padrão de qualidade do ensino conforme o Art. 206,
VII da Lei Maior.
A graduação de licenciatura ao visar o exercício profissional tem como primeiro
foco as suas exigências intrínsecas, o que se espera de um profissional do ensino face
aos objetivos da educação básica e uma base material e temporal que assegure um alto
teor de excelência formativa.
O trabalho acadêmico efetivo a ser desenvolvido durante os diferentes cursos de
graduação é um conceito abrangente, introduzido pelo Art. 47, a fim de que a
flexibilidade da lei permitisse ultrapassar uma concepção de atividade acadêmica
delimitada apenas pelas 4 paredes de uma sala de aula. O ensino que se desenvolve na
sala de aula é necessário, importante e a exigência de um segmento de tal natureza no
interior deste componente acadêmico-científico não poderá ter uma duração abaixo de
1.800 horas.
Assim, o componente curricular formativo do trabalho acadêmico inclui o ensino
presencial exigido pelas diretrizes curriculares. Mas, um planejamento próprio para a
execução de um projeto pedagógico há de incluir outras atividades de caráter científico,
cultural e acadêmico articulando-se com e enriquecendo o processo formativo do
professor como um todo. Seminários, apresentações, exposições, participação em
eventos científicos, estudos de caso, visitas, ações de caráter científico, técnico, cultural
e comunitário, produções coletivas, monitorias, resolução de situações-problema,
projetos de ensino, ensino dirigido, aprendizado de novas tecnologias de comunicação e
ensino, relatórios de pesquisas são modalidades, entre outras atividades, deste processo
formativo. Importante salientar que tais atividades devem contar com a orientação
docente e ser integradas ao projeto pedagógico do curso.
Deve-se acrescentar que a diversificação dos espaços educacionais, a ampliação
do universo cultural, o trabalho integrado entre diferentes profissionais de áreas e
disciplinas, a produção coletiva de projetos de estudos, elaboração de pesquisas, as
oficinas, os seminários, monitorias, tutorias, eventos, atividades de extensão, o estudo
das novas diretrizes do ensino fundamental, do ensino médio, da educação infantil, da
educação de jovens e adultos, dos portadores de necessidades especiais, das
comunidades indígenas, da educação rural e de outras propostas de apoio curricular
proporcionadas pelos governos dos entes federativos são exigências de um curso que
almeja formar os profissionais do ensino.
Este enriquecimento exigido e justificado por si só e pelas diretrizes do Parecer
009/01 não poderá contar com menos de 200 horas. Cabe às instituições, consideradas
suas peculiaridades, enriquecer a carga horária por meio da ampliação das dimensões
dos componentes curriculares constantes da formação docente.
Além disso, há a possibilidade do aproveitamento criterioso de estudos e que
pode ser exemplificado no proposto na Resolução CNE/CP 01/99.
A diversidade curricular associada a uma pluralidade temporal na duração
deixadas a si, mais do que dificultar o trânsito de estudantes transferidos, gerará um
verdadeiro mosaico institucional fragmentado oposto à organização de uma educação
nacional. Esta postula uma base material para a integração mínima de estudos exigíveis
inclusive para corresponder ao princípio da formação básica comum do Art. 210 da
Constituição Federal.
A duração específica da formação é geralmente definida em termos de anos, sob
avaliação institucional direta ou indireta, interna e externa, comportando as mais
variadas formas de iniciação acadêmica e profissional e de completude de estudos. De
modo geral, esta duração exigida legalmente como completa jamais situa a conclusão da
maioria dos cursos de graduação de ensino superior abaixo de 3 anos e o número de
quatro anos tem sido uma constante para a delimitação da duração dos cursos de
graduação no Brasil, respeitadas a experiência acumulada nas diferentes áreas de
conhecimento e de atuação profissional e a autonomia universitária das instituições que
gozam desta prerrogativa, observadas as normas gerais pertinentes.
Neste sentido, os cursos de licenciatura, no que se refere ao componente aqui
denominado trabalho acadêmico, deverão ter uma duração que atenda uma completude
efetiva para os duzentos dias letivos exigidos em cada um dos anos de formação. Assim,
considerando-se a experiência sob o esquema formativo da Lei 5.540/68 e a necessidade
de se avançar em relação ao que ela previa dado o novo paradigma formativo debaixo
da Lei 9.394/96 e suas exigências, dadas as diretrizes curriculares nacionais da
formação docente postas no Parecer CNE/CP 009/01, cumpre estabelecer um patamar
mínimo de horas para estas atividades de modo a compô-las integrada e articuladamente
com os outros componentes.
Para fazer jus à efetivação destes considerandos e à luz das diretrizes
curriculares nacionais da formação docente, o tempo mínimo para todos os cursos
superiores de graduação de formação de docentes para a atuação na educação básica não
poderá ficar abaixo de 2.000 horas para a execução das atividades científico-
acadêmicas, sendo que, respeitadas as condições peculiares das instituições, estimula-se
a inclusão de mais horas para estas atividades. Do total deste componente, 1.800 horas
serão dedicadas às atividades clássicas de ensino/aprendizagem em sala de aula e as
demais 200 horas para outras formas de atividades de enriquecimento didático,
curricular, científico e cultural. Estas 2.000 horas de trabalho para execução de
atividades científico-acadêmicas somadas às 400 horas de prática de ensino e às 400
horas de estágio supervisionado são o campo da duração formativa em cujo terreno se
plantará a organização do projeto pedagógico planejado para um total mínimo de 2.800
horas. Este total não poderá ser realizado em tempo inferior a 3 anos de formação
tanto para os cursos de licenciatura quanto o curso normal superior.
A unidade formadora, à vista das condições gerais de oferta, de articulação com
os sistemas, saberá dispor criativamente deste período formativo em vista do
preenchimento dos objetivos das diretrizes do Parecer CNE/CP 009/2001.
A faculdade de ampliar o número de horas destes componentes faz parte da
autonomia dos sistemas de ensino e dos estabelecimentos de ensino superior.
Isto posto, cabe a cada curso de licenciatura, dentro das diretrizes gerais e
específicas pertinentes, dar a forma e a estrutura da duração, da carga horária, das horas,
das demais atividades selecionadas, além da organização da prática de ensino e do
estágio.
Cabe ao projeto pedagógico, em sua proposta curricular, explicitar a respectiva
composição dos componentes curriculares das atividades práticas e científico-
acadêmicas.
Ao efetivá-los, o curso de licenciatura estará materializando e pondo em ação a
identidade de sua dinâmica formativa dos futuros licenciados.
É evidente que a dinâmica de formação pode ser revista, de preferência por
ocasião do processo de reconhecimento de cada curso ou da renovação do seu
reconhecimento. A qualidade do projeto será avaliada e permitirá à Instituição seu
contínuo aprimoramento, porque a avaliação é um rico momento de revisão do processo
formativo adotado.
Este parecer aqui formulado, à vista de suas condições reais de adequação, será
objeto de avaliação periódica, tendo em vista seu aperfeiçoamento.
O Parecer n.º: CNE/CP 27/2001, (MEC/CNE, 2001), Dá nova redação ao item
3.6, alínea c, do Parecer CNE/CP 9/2001, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso
de licenciatura, de graduação plena, por sua vez, afirma que O Conselho Pleno, em sua
reunião de 2 de outubro de 2001, decidiu alterar a redação do item 3.6, alínea c, do
Parecer CNE/CP 9/2001, aprovado em 8 de maio de 2001, nos seguintes termos:
“c) No estágio curricular supervisionado a ser feito nas escolas de educação
básica. O estágio obrigatório definido por lei deve ser vivenciado durante o curso de
formação e com tempo suficiente para abordar as diferentes dimensões da atuação
profissional. Deve, de acordo com o projeto pedagógico próprio, se desenvolver a
partir do início da segunda metade do curso, reservando-se um período final para a
docência compartilhada, sob a supervisão da escola de formação, preferencialmente na
condição de assistente de professores experientes. Para tanto, é preciso que exista um
projeto de estágio planejado e avaliado conjuntamente pela escola de formação inicial
e as escolas campos de estágio, com objetivos e tarefas claras e que as duas instituições
assumam responsabilidades e se auxiliem mutuamente, o que pressupõe relações
formais entre instituições de ensino e unidades dos sistemas de ensino. Esses “tempos
na escola” devem ser diferentes segundo os objetivos de cada momento da formação.
Sendo assim, o estágio não pode ficar sob a responsabilidade de um único professor da
escola de formação, mas envolve necessariamente uma atuação coletiva dos
formadores.”.
O Parecer n.º: CNE/CES 109/2002, (MEC/CNE/CES, 2002), confirma desta
forma, acima exposto: Convém destacar que é a LDB que define o estágio (Art.82)
como elemento obrigatório na composição curricular dos cursos de graduação e, no caso
da formação docente, prática de ensino de, no mínimo, 300 horas (Art. 65). Cada
Instituição de Ensino Superior, portanto, deverá incluir no seu projeto pedagógico como
componente curricular obrigatório, o estágio curricular supervisionado de ensino como
um momento de capacitação em serviço de 400 horas, que deverá ocorrer em unidades
escolares onde o estagiário, ao final do curso, assuma efetivamente, sob supervisão, o
papel de professor. Acrescente-se que em articulação com o estágio supervisionado e
com as atividades de natureza acadêmica, importa à Instituição prever 400 horas de
prática como componente curricular a se realizar desde o inicio do curso, o que
pressupõe relacionamento próximo com o sistema de educação escolar.
Relatório – Estágio
Prática de Ensino III – Metodologia para o Ensino Fundamental – I Fase
a) Dados e informações
O Estágio Supervisionado dos alunos do quarto semestre do Curso Normal
Superior, com habilitação para professores do Ensino Fundamental de Primeira Fase, ou
1ª a 4ª série, deu-se nas escolas da Rede Municipal de Ensino. São Elas:
- Escola Municipal “Monteiro Lobato”;
- Escola Municipal “Deus é Amor”;
- Escola Municipal “Professor José Rodrigues Silqueira”.
Todas as escolas situam-se no perímetro urbano de Nova Xavantina.
A turma de estagiários compunha-se dos seguintes alunos:
1. Ana Paula da Silva;
2. Cristiane Paula Marciniak;
3. Domingas Francisca de Moraes;
4. EvaKeila Pereira Santana Sousa;
5. Gilberto Freitas Correa Filho;
6. Joana Sales Soares;
7. Joana Sales Soares;
8. Jovita Silva Rosa;
9. Luana Antunes Marca Oliveira;
10. Márcia da Silva;
11. Maria Aparecida Dantas;
12. Maria da Guia Tavares Santana.
O primeiro passo dado foi a elaboração de ofícios aos diretores, coordenadores e
professores das escolas, nos quais solicitávamos autorização para a realização do
estágio. Posteriormente, de posse do “aceite” de cada segmento escolar diretamente
envolvido nas atividades, apresentou-se os alunos aos respectivos professores para que a
partir daí, pudesse ser desenvolvido o estágio propriamente dito.
Cada aluno trouxe para a sala de aula os temas a serem desenvolvidos durante o
estágio, conforme pode-se verificar no cronograma de atividades. De posse desses
temas, o professor-coordenador do estágio passou a orientar os alunos na preparação de
suas aulas. Foi preciso que houvesse uma retomada de conteúdos já estudados em outras
disciplinas, em semestres anteriores, como Didática, Estrutura, elaboração de relatórios
e outros.
Cada aluno cumpriu 40 horas de atividades de regência em sala de aula. Além
disso, desenvolveu-se em grupos, atividades nas escolas, através de palestras, mini-
cursos, que complementavam a carga horária exigida para o curso.
Observou-se algumas dificuldades durante a condução das atividades nas escolas
municipais. Estas dificuldades relacionavam-se basicamente:
* Ao preparo didático-pedagógico do professor, em sua sala de aula;
* Ausência de motivação por parte dos alunos;
* Falta de pré-requisitos básicos para que os alunos possam acompanhar as aulas
nas suas respectivas séries;
* Desinteresse dos pais em acompanhar os filhos nas suas atividades;
* Falta de recursos didáticos necessários à condução das atividades em termos
de produtividades e qualidade;
* Ciúmes por parte da maioria dos professores em relação aos estagiários;
* Falta de ética profissional de alguns professores;
* Falta de ética e preparo em relação a alguns estagiários;
* Não cumprimento do calendário pré-estabelecido por alguns estagiários.
b) Análise das informações coletadas
Muitos professores, claramente, não têm traquejo na lida com seus alunos.
Observou-se, desse modo, em alguns casos, a ausência de preparo didático-pedagógico
por parte de alguns deles, para conduzirem suas aulas. Neste sentido, não conseguiam
também ajudar o estagiário na condução de suas atividades. Normalmente, por causa
desse despreparo, os professores atribuíam aos estagiários exatamente aqueles
conteúdos em que eles não tinham segurança ou habilidades.
Os alunos, por sua vez, deixavam transparecer a mais completa apatia. Em
outros casos, a rebeldia fazia-se presente. Isto demonstrava a ausência de motivação por
parte deles. A grande pergunta que coordenação do estágio e estagiários faziam era em
relação ao motivo de tal desinteresse por parte dos alunos. Nas reflexões promovidas,
pôde-se constatar que não há relação entre os conteúdos ministrados em sala de aula e
as necessidades dos alunos. O próprio professor deixa transparecer sua apatia, seu
desinteresse, o que afeta sobremaneira os alunos. Além disso, observou-se também que
nem sempre a metodologia adotada pelos professores satisfaz no processo de ensino-
aprendizagem.
Constatou-se que grande número desses professores são interinos. Ou seja, são
contratados por tempo determinado. Isto possivelmente tenha gerado o grau de apatia ou
desinteresse por parte deles.
Além disso tudo, os alunos não apresentam os pré-requisitos necessários para
ocuparem as séries em que estão. Isto é outro fator de distúrbio durante o
desenvolvimento das atividades docentes. São alunos que estudam a terceira ou quarta
série e que na verdade, deveria estar em outra menos avançada, pois os conhecimentos
até então apropriados nas atividades de sala de aula e no mundo em que vivem não os
credenciaram a estarem onde estavam.
Não existe uma parceria solidificada entre a escola e as famílias dos alunos.
Poucos, muito poucos pais e mães acompanham o desenvolvimento das atividades dos
filhos. Normalmente deixam isto por conta do professor na sala de aula. As reuniões em
que deveriam comparecer numerosos pais e mães comparecem poucos. Uma minoria,
na verdade. Isto, na observação do grupo de trabalho, bem como nas discussões com
outros interessados, levou-nos a acreditar que a ausência da família, aqui compreendido
como pais e mães em especial, afeta de forma radical o desenvolvimento escolar da
criança.
Com base nas observações acima, sugeriu-se promover alguns seminários que
possam envolver os familiares, visando sua motivação. O questionamento que se fez foi
o seguinte: discute-se muito a motivação do aluno, do professor e outros componentes
escolares. Por que não se discute a motivação tendo como foco principal os pais?
Observou-se um interesse grande dos diretores e coordenadores escolares no assunto e
os mesmo nos recomendaram que organizássemos estas atividades para os primeiros
dias do semestre 2007/1.
Um dos grandes problemas observados nas escolas municipais de Nova
Xavantina, é a ausência de recursos didáticos que possam auxiliar os professores nas
suas atividades. Observou a necessidade da constante criação desses recursos, por falta
de material. A criatividade deve ser exercida, no nosso ponto de vista, sempre que
necessário. Mas não se deve abusar disso para que erros não sejam cometidos. Isto
principalmente porque a maioria dos educadores e educadoras da rede municipal de
ensino não possui preparo didático-pedagógico para usarem e abusarem da criatividade,
como o fazem.
Observou-se em todas as escolas da rede municipal que os professores e
professoras são altamente ciumentos. Interrompem as atividades dos estagiários a todo
momento para que estes não tenham condições de executar seu trabalho de forma
coerente. Este ciúme é fruto da insegurança já referido neste texto. Os professores,
segundo nossas observações, achavam-se donos da sala, da turma, enfim, de tudo que se
relacionasse com aqueles alunos. Estas coisas fizeram com que algumas atitudes de
professores demonstrassem o quanto falta ética profissional em alguns deles.Isto em
determinados momentos deu origem a problemas que não foram fáceis de contornar.
Mas, enfim, consegiu-se levar tudo a bom termo. Contudo, para estimular o interesse e a
colaboração dos professores da rede municipal, a coordenação do estágio elaborou um
certificado que foi entregue a cada um dos professores regentes, com carga horária
compatível com o tempo de permanência do estagiário em cada sala.
Mas alguns estagiários, professores com muitos anos de experiência, também
faltaram, em alguns momentos, com atitudes éticas e preparo no trabalho que deveriam
exercer. Por mais que lhes fosse explicado o que deveriam fazer ou dizer educadamente,
procuravam agir de forma impensada, ferindo os regulamentos das instituições em que
deveriam estagiar. Sentimos que alguns alunos-estagiários não estão ainda em
condições de enfrentar a lida diária em salas de aulas, por falta de requisitos necessários
a bons professores de níveis básicos de ensino.
A imaturidade de alguns estagiários era tão gritante, que chegavam a não
cumprir o calendário pré-estabelecido para suas atividades. O cumprimento desses itens,
a pontualidade, as boas maneiras em relação aos demais professores, funcionários e
alunos, eram requisitos necessários para avaliação. Recomendou-se que tais alunos
passem por algum processo de ensino que os faça compreender os objetivos traçados na
educação, o seu fazer como atividade cotidiana, a pontualidade, para que todas as
tarefas escolares, que envolvam professores e alunos possam caminhar de acordo com
as necessidades.
c) Exposição das idéias principais do trabalho
Os pontos principais das atividades desenvolvidas durante o semestre 2006/2
estão diretamente relacionadas com os estagiários propriamente ditos. Pois faz-se
necessário que cada um possa ver-se como aluno neste processo. Mas é preciso que
cada estagiário venha a ver-se também como professor em formação. Compare-se a
formação do professor com a formação do médico, para ser mais concreto. Se o médico
não tiver uma formação adequada, com sólidos conhecimentos teóricos, mas também
com uma prática médica inicial compatível com as necessidades da profissão,
certamente ele matará com seu instrumental, a cada um dos pacientes em que colocar as
mãos. Nessa mesma linha, se o professor em formação não se submeter a leituras que
são necessárias à sua formação, se não buscar uma formação teórica que o habilite a
conhecer seus alunos, se não for a campo, em busca de sua prática inicial, certamente
não matará seu paciente, como o médico, mas com certeza, engrossará as fileiras dos
analfabetos úteis. Os analfabetos úteis são aqueles que foram à escola. Até aprenderam
alguma coisa, mas não conseguiram permanecer nela, porque ao contrário do slogan,
não foi “feita para todos”. Isto constitui-se numa grande irresponsabilidade de
instituições, de educadores e autoridades educacionais.
Outro ponto importante é o que se refere aos eventos que possam discutir a
motivação por parte dos pais e outros responsáveis. Acreditamos que a FASFA poderá
contribuir em muito nesta parte, desenvolvendo projetos de extensão que possam assistir
estas pessoas no ambiente em que possa ir mais rápida, que é a escola, a associação de
bairros ou mesmo nas residências, se for o caso e se a disponibilidade se fizer presente.
d) Conclusões/Considerações Finais
O Estágio Supervisionado dos alunos do Curso Normal Superior da FASFA –
Faculdade São Francisco de Assis, desenvolveu-se nas Escolas Municipais de Nova
Xavantina. Estas escolas estão jurisdicionadas à Secretaria Municipal de Educação.
As escolas atenderam a 11 (onze) estagiários do quarto semestre do Curso
Normal Superior. Os estagiários receberam temas dos seus respectivos regentes e com o
auxilio do professor-coordenador do estágio, planejaram suas aulas para serem
ministradas aos alunos. Isto fez com que estes estagiários dessem aulas de todas as
disciplinas em todas as escolas.
O objetivo era que todos conhecessem tudo. Tivessem uma visão geral da
realidade educacional de Nova Xavantina. Isto também fazia crer que tivessem
capacidade de propor melhoria no aspecto metodológico, de modo a facilitar o trabalhar
de ensinar, do professor e de aprender, dos alunos.
Constatou-se que tanto as escolas quanto seus profissionais precisam,
urgentemente, alcançar maior preparo para atuarem junto aos alunos, mas também que
possam contar com o apoio das famílias. Para terem este apoio, sugeriu-se a formação
de seminários ou encontros não só no âmbito das escolas, mas também das associações
de bairro, que possam trazer maior motivação aos pais e mães, de modo que possam se
interessar pela educação escolar dos filhos.
Para que houvesse estímulo por parte dos regentes, foi elaborado um certificado
com carga horária compatível ao tempo de permanência de cada estagiário em sala de
aula.
Em relação aos estagiários, observou-se alguns descasos que deverão ser
estudados com carinho, não só pela coordenação de estágios, mas também pelos demais
professores. Pois verifica-se a importância da formação inicial para que o exercício da
profissão seja feito com competência por parte de professores.
ANEXOS
SOCIEDADE DAS IRMÃS DA MÃE DOLOROSA ORDEM TERC. DE SÃO FRANCISCO FASFA - Faculdade São Francisco de Assis
CNPJ – 01 642 537/0003-80
Rua Rio Negro, 386 – Cx. Postal 85 – Fone (066) 438-1582 – Cep 786090-000 – Nova Xavantina-MT
Anexo 01 (Ofício)
Ofício nº: 001/2006 Nova Xavantina-MT., 30 de Agosto de 2006
De: Prof. MSc. Perillo José Sabino Nunes Professor do Curso Normal Superior FASFA – Faculdade São Francisco de Assis Nova Xavantina – Mato Grosso
ASSUNTO: Encaminhamento (FAZ).
Senhor Diretor;
Após entendimentos verbais entre o Coordenador da disciplina de Estágio Curricular, da FASFA – Faculdade São Francisco de Assis e V. Sª., encaminhamos os nossos alunos para estágio neste Estabelecimento de Ensino, conforme relação em anexo. Segue também, modelo de Ficha de Avaliação, a qual solicitamos o preenchimento pelo professor ou professora regente de sala de aula onde o estagiário tenha trabalhado.
Solicitamos que qualquer evento não planejado, erro, atraso por parte do estagiário, comunique-se diretamente com a Coordenação do Estágio Curricular desta Faculdade. Desde já agradecemos a colaboração conosco e com nossos alunos.
Sendo o que tínhamos para o momento,
Atenciosamente,
Prof. MSc. Perillo José Sabino Nunes Estágio Curricular - FASFA
Ao Senhor:Hamilton Garcia HesporteDiretor da Escola Municipal “Monteiro Lobato”Nova Xavantina – MT
SOCIEDADE DAS IRMÃS DA MÃE DOLOROSA ORDEM TERC. DE SÃO FRANCISCO FASFA - Faculdade São Francisco de Assis
CNPJ – 01 642 537/0003-80
Rua Rio Negro, 386 – Cx. Postal 85 – Fone (066) 438-1582 – Cep 786090-000 – Nova Xavantina-MT
Anexo 02
Plano de Aula
Identificação:Escola Municipal Monteiro LobatoProfessora: Edna R. da S. FrancoDisciplina: MatemáticaSérie: 3ª Data:11-13/09/2006Tempo: 6 aulasEstagiária: Luana Antunes Marca OliveiraTema: Expressões Numéricas
Objetivos Identificar uma expressão numérica como seqüência de operações indicadas com números naturais;Interpretar e resolver expressões numéricas envolvendo adição e subtração;Calcular o valor de uma expressão numérica, efetuando as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão, obedecendo as ordens de modo correto;
Conteúdo Expressões numéricas envolvendo adição, subtração, multiplicação e divisão.
EstratégiasExposição do conteúdo através de cartazes.Atividades no quadro.Fixação do conteúdo com jogos (dominó de expressões numéricas) e dinâmicas.Atividades no caderno.
Recursos DidáticosGiz e Quadro negroCartazesDominó de expressões numéricas
Avaliação O processo avaliativo será realizado durante todo processo, sendo contínua e processual, realizada através do desenvolvimento das atividades.
FASFA – FACULDADE SÃO FRANCISCO DE ASSISCURSO: Normal Superior – Licenciatura Ensino Fundamental
DISCIPLINA: Prática de Ensino III: Metodologia para o Ensino (Estágio)
Anexo 03
DECLARAÇÃO
DECLARO, para os devidos fins, que a ______________________________________ participou, como Professora Regente do Estágio Supervisionado das discentes __________________________ e __________________________ realizado nos dias ____, ____, ____, ____, com carga horária de ___ (____) horas/aula, na Escola Municipal “________________”, na cidade de Nova Xavantina – Mato Grosso.
Nova Xavantina, 15 de dezembro de 2006.
Prof. MSc. Perillo José S. Nunes Ir. Arminda de Paula Camargo Coordenador Estágio Supervisionado Coordenadora Normal Superior FASFA – NX FASFA – NX
Anexo 04
Resultado Final
Nº NOMES1ª
NOTA2ª
NOTA MÉDIAFINAL
SIT. FINAL
01 Ana Paula da Silva 8,50 7,83 8,16 AP
02 Cristiane Paula Marciniak 8,00 7,83 8,16 AP
03 Domingas Francisca de Moraes 9,00 8,50 8,75 AP
04 EvaKeila Pereira Santana Sousa 8,00 7,83 8,16 AP
05 Gilberto Freitas Correa Filho 8,00 8,00 8,00 AP
06 Joana Sales Soares 8,50 8,16 8,33 AP
07 Jovita Silva Rosa 8,00 8,16 8,08 AP
08 Luana Antunes Marca Oliveira 9,00 8,66 8,83 AP
09 Márcia da Silva 8,00 8,00 8,00 AP
10 Maria Aparecida Dantas 9,00 8,16 8,58 AP
11 Maria da Guia Tavares Santana 9,00 8,00 8,50 AP
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRÉ, M.; SIMÕES, R. H. S.; CARVALHO, J. M.; BRZEZINSKI, I. Estado da Arte da Formação de Professores no Brasil. Educação & Sociedade, ano XX, nº 68, Dezembro/99. Pág. 301 – 309.
BRASIL. MEC/CNE/CP. Parecer nº 009/2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Aprovado em 08/05/2001.
BRASIL. MEC/CNE/CP. Parecer n.º: 21/2001 Estabelece a Duração e carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Aprovado em 06/08/2001.
BRASIL. MEC. Lei 9.394/96. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Sancionada em 20 de dezembro de 1996.
CNE. CEB. Resolução CNE/CP 01/99. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, 13 de abril de 1999. Seção 1, p. 18.
CNE. CP. Resolução nº.: 2/2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior Diário Oficial da União, Brasília, 4 de março de 2002. Seção 1, p. 9.
MEC. CNE/CP. Parecer n.º: 27/2001. Dá nova redação ao item 3.6, alínea c, do Parecer CNE/CP 9/2001, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Aprovado em 02/10/2001.
MEC. CNE/CES. Parecer n.º: 109/2002. Consulta sobre aplicação da Resolução de carga horária para os cursos de Formação de Professores. Aprovado em 13/03/2002
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CARNEIRO, M. A. LDB Fácil – Leitura crítico-compreensiva – artigo a artigo. 4.ed. Petrópolis-RJ ; Vozes, 1998. 213p.
HAIDT, R. C. C. Curso de Didática Geral. 7.ed. São Paulo : Ática, 2002. 327p.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo : Cortez, 1994. 263p. (Coleção magistério 2º grau – Série formação do professor).
MENESES, J. G. de C. et all. Estrutura e Funcionamento da Educação Básica – Leituras. 2 . ed. São Paulo : Thomson, 1999. 401p.
MOREIRA, D. A. (Org.). Didática do Ensino Superior – Técnicas e Tendências. São Paulo : Pioneira/Thomson Learning, 2003. 180p.
RABELO, E. H. Avaliação – Novos tempos, novas prática. 4.ed. Petrópolis-RJ : Vozes, 2000. 144p.
SAVIANI, D. Educação Brasileira – Estrutura e Sistema. 8.ed. Campinas-SP : Autores Associados. 2000. 161p.