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1 RELATÓRIO DE GESTÃO (1º Semestre de 2005) Dando cumprimento às exigências impostas por lei às sociedades abertas, o Conselho de Administração da IMPRESA – SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SA vem apresentar o seu RELATÓRIO DE GESTÃO relativo às Contas do 1º semestre do exercício de 2005. A) CONTAS CONSOLIDADAS As contas deste período foram elaboradas de acordo com o normativo IAS/IFRS, tendo as contas consolidadas do 1º semestre de 2004 sido ajustadas, de acordo com o mesmo normativo, de modo a permitir comparações. 1. Principais Factos Indicadores do 1º semestre de 2005 – No 1º semestre de 2005, a IMPRESA atingiu: Receitas consolidadas de 136,6 M€, o que representou uma subida de 6,9%, resultante de: Crescimento das receitas publicitárias de 1,7%. Aumento de 3,4% nas vendas de publicações. Crescimento de outras receitas em 23,2%. EBITDA de 29,7 M€ (crescimento de 13,7%). Margem EBITDA de 21,7%, contra 20,4% registada no 1º semestre de 2004. Resultados operacionais positivos de 25,2 M€, o que representou um crescimento de 26,2% e uma margem EBIT de 18,5%. Passivo líquido remunerado de 221 M€, dos quais 152,5 M€ respeitantes à recente aquisição de 49% do capital da SIC. Resultados líquidos positivos de 15,2 M€, um ganho de 77,9% em relação ao 1º semestre de 2004.

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RELATÓRIO DE GESTÃO (1º Semestre de 2005)

Dando cumprimento às exigências impostas por lei às sociedades abertas, o Conselho de Administração da IMPRESA – SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SA vem apresentar o seu RELATÓRIO DE GESTÃO relativo às Contas do 1º semestre do exercício de 2005. A) CONTAS CONSOLIDADAS As contas deste período foram elaboradas de acordo com o normativo IAS/IFRS, tendo as contas consolidadas do 1º semestre de 2004 sido ajustadas, de acordo com o mesmo normativo, de modo a permitir comparações. 1. Principais Factos • Indicadores do 1º semestre de 2005 – No 1º semestre de 2005, a IMPRESA atingiu:

Receitas consolidadas de 136,6 M€, o que representou uma subida de 6,9%, resultante de:

Crescimento das receitas publicitárias de 1,7%.

Aumento de 3,4% nas vendas de publicações.

Crescimento de outras receitas em 23,2%.

EBITDA de 29,7 M€ (crescimento de 13,7%).

Margem EBITDA de 21,7%, contra 20,4% registada no 1º semestre de 2004.

Resultados operacionais positivos de 25,2 M€, o que representou um crescimento de

26,2% e uma margem EBIT de 18,5%.

Passivo líquido remunerado de 221 M€, dos quais 152,5 M€ respeitantes à recente aquisição de 49% do capital da SIC.

Resultados líquidos positivos de 15,2 M€, um ganho de 77,9% em relação ao 1º

semestre de 2004.

Tabela 1. Principais indicadores do 1º Semestre 2005

(Valores em 000 €) Jun-05 Jun-04 Var (%) 2º Trim 05 2º Trim 04 Var (%)

Receitas Consolidadas 136.623 127.798 6,9% 75.289 72.820 3,4%

Publicidade 89.840 88.344 1,7% 52.093 53.889 -3,3% Vendas de Publicações 18.044 17.459 3,4% 9.389 8.887 5,6% Outras Receitas 29.826 24.204 23,2% 14.754 11.520 28,1% Receitas Televisão 85.733 83.029 3,3% 46.741 48.471 -3,6% Receitas Jornais 30.497 27.935 9,2% 16.864 14.922 13,0% Receitas Revistas 21.480 18.555 13,9% 12.631 10.799 17,0% EBITDA Consolidado 29.697 26.127 13,7% 21.014 19.543 7,5%

Margem EBITDA 21,7% 20,04% - 27,9% 26,8% - EBITDA Televisão 22.681 19.817 14,5% 15.007 15.675 -4,3% EBITDA Jornais 7.125 6.538 9,0% 4.598 3.698 24,4% EBITDA Revistas 1.838 1.714 7,3% 1.466 1.366 7,3% EBIT Consolidado 25.268 20.021 26,2% 18.865 16.505 14,3%

Margem EBIT 18,5% 15,7% - 25,1% 22,7% - Resultado Líquido 15.223 8.558 77,9% 11.937 7.217 65,4% Dívida Líquida (M€) 221,0 110,7 99,6% 221,0 110,7 99,6%

• Aquisição dos minoritários da SIC – Ainda no 1º trimestre, a IMPRESA concluiu o processo • de aquisição de 49% do capital social da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, • S.A., após a obtenção das autorizações legalmente exigíveis.

• Na sequência desta operação, a IMPRESA passou a deter, indirectamente, 100% do capital • social, e idêntica percentagem de direitos de voto, da SIC. Esta aquisição implicou um • investimento de 152,5 M€, totalmente financiado por capitais alheios. • Lançamento de novas publicações – No 1º semestre, a IMPRESA esteve particularmente • activa no lançamento de novas publicações, nomeadamente:

A revista infantil “Brinca e Aprende”, a revista masculina “FHM” e a revista de viagens “Rotas do Mundo”, lançadas no 1º quadrimestre.

O jornal “Courrier Internacional”, lançado em Abril, fruto de um acordo com o Grupo francês “Le Monde”.

A publicação mensal “Expresso Imobiliário Classificados”, cujo primeiro número foi editado em Maio, contando cada edição com 196 páginas dedicadas à informação sobre cerca de 7.500 imóveis. Esta revista consiste na versão em papel do site expressoimobiliário.pt, domínio que corresponde ao novo nome do maior portal profissional dedicado ao imobiliário em Portugal, até aqui designado okapa.com, propriedade da sociedade Multivector, com a qual a Sojornal estabeleceu uma parceria.

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• Acordo com Mirandela – A IMPRESA, através da sua participada Controljornal, celebrou com • a Mirandela um contrato de compra e venda, pelo qual esta última adquire as acções • representativas da totalidade do capital da Imprejornal, pertencente 100% àquela participada, • que se dedica à impressão de jornais, nomeadamente o Expresso e o Jornal da Região. Por • seu lado, a Mirandela obrigou-se a concretizar um investimento em novos equipamentos • gráficos no sentido de melhorar a capacidade de produção industrial actual, designadamente • em páginas de cor, possibilitando, após a conclusão daqueles investimentos, a impressão • totalmente a cores das publicações pertencentes às empresas participadas pela Controljornal, • que, nos termos do referido acordo, passarão a ser impressas na Mirandela. • Aquisição da SOM LIVRE – A IMPRESA encetou negociações para adquirir a totalidade do • capital da editora Som Livre – Som e Imagens, Lda., que é detido, em 90%, pela Globo • Overseas Investments, BV. A Som Livre tem por objecto a concepção e composição de • produtos fonográficos, sua comercialização e distribuição, edição musical, produção e • comercialização de produtos vídeo e fonográficos. 2. Televisão Tabela 2. Indicadores da Televisão

Jun-05 Jun-04 Var % 2º Tri 05 2º Tri 04 Var %

Receitas Totais 85.732.634 83.029.049 3,3% 46.740.935 48.471.311 -3,6% Publicidade 63.195.808 62.562.846 1,0% 36.143.626 38.370.145 -5,8% Canais SIC 15.652.093 14.512.647 7,9% 8.080.971 7.464.357 8,3% Outras Receitas 6.884.732 5.161.580 33,4% 2.516.338 1.844.834 36,4% Venda de activos 0 791.975 n.a. 0 791.975 n.a.

EBITDA 22.681.420 19.817.301 14,5% 15.007.322 15.675.083 -4,3%

EBITDA (%) 26,5% 23,9% - 32,1% 32,3% - Resultado Líquido 13.076.229 9.907.776 32,0% 9.051.685 9.269.892 -2,4%

Nota: Os Canais SIC englobam a SIC Notícias, SIC Radical, SIC Mulher, SIC Comédia, SIC Internacional e os subscritores internacionais da SIC Notícias. No 1º semestre de 2005, a SIC aumentou as suas receitas totais em 3,3% comparativamente ao 1º semestre de 2004, atingindo 85,7 M€. De referir que, de acordo com as normas IAS/IFRS, a mais valia resultante da alienação do edifício da SIC é considerada uma receita operacional, enquanto que, de acordo com o POC, era contabilizada como receita extraordinária, pelo que as receitas totais de 2004 foram acrescidas no montante de 792 mil euros. Tendo este ajuste em consideração, as receitas totais no 1º semestre cresceram 4,25%, enquanto no período correspondente ao 2º trimestre desceram apenas 1,9%, em vez dos 3,6% apresentados.

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As receitas de publicidade no semestre subiram 1%, mas registaram uma descida de 5,8% no 2º trimestre. As principais razões para esta descida foram:

Um 2º trimestre de 2004 muito forte, com a realização de dois importantes eventos – Rock in Rio Lisboa e Euro 2004.

Receitas provenientes, em Junho de 2004, do “tempo de antena” referente às eleições para o Parlamento Europeu. Ajustando esta situação, a descida foi de apenas 3,1%.

A descida das audiências no 2º trimestre. No final de Junho, a SIC registava uma audiência média de 28,6% no dia, ou seja 0,8 pontos percentuais inferiores ao nível registado no 1º semestre de 2004. No entanto, no 2º trimestre a SIC apresentou uma descida de 5,8% nas audiências diárias em relação ao período homólogo, o que, conforme atrás referido, prejudicou a evolução das receitas de publicidade. Entretanto, foram já tomadas e anunciadas medidas para tentar inverter esta situação. As receitas dos outros canais da SIC cresceram 7,9% até Junho de 2005, com o 2º trimestre a crescer 8,3%, impulsionadas pelo aumento do número de subscritores dos operadores de cabo, subscritores internacionais e receitas de publicidade. O canal SIC Notícias continuou a ser o líder dos canais temáticos de cabo, com uma audiência média de 13,9%, e o canal SIC Radical manteve-se entre os 5 canais mais vistos, com uma audiência média de 5,2%. Os canais temáticos da SIC representaram, em média, 25,4% das audiências totais dos canais temáticos do cabo durante este 1º semestre de 2005. As outras receitas, que englobam principalmente a SIC Multimédia, a SIC Mobile, o merchandising, a venda de conteúdos e a SIC Serviços, continuaram a apresentar elevadas taxas de crescimento. No 1º semestre de 2005, no seu conjunto, estas receitas registaram uma facturação de 6,9 M€, ou seja, um aumento de 33,4% face ao valor obtido em Junho de 2004. No 2º trimestre assistiu-se a uma aceleração, com as receitas a aumentarem 36,4% em relação ao trimestre homólogo. De destacar os seguintes factos:

A SIC Serviços cresceu 33,6%.

As receitas geradas pelos serviços SMS, IVR e teletexto cresceram 126%.

As receitas de merchandising subiram 90%. As medidas de controlo de custos tiveram resultados positivos. Os custos operacionais desceram 0,6% no 1º semestre 2005. No que se refere ao 2º trimestre, os custos totais desceram 0,3% em termos homólogos. As principais variações foram:

Custos de programação desceram 2,1% no 1º semestre, com uma descida de 4,6% no 2º trimestre.

Custos com pessoal subiram 2% no 1º semestre, com uma subida de 3,6% no 2º trimestre.

Os restantes custos subiram apenas 2,6% no final de Junho, tendo descido 6,3% no 2º trimestre, apesar do rápido crescimento das novas actividades.

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O controle de custos permitiu uma melhoria do valor do EBITDA, com um crescimento de 14,5%, atingindo 22,7 M€. Se ajustar o EBITDA do 2º trimestre 2004 do efeito da mais valia da venda do edifício da SIC, o EBITDA do 2º trimestre 2005 subiu 3,5%, em vez da redução de 4,3% assinalada na tabela. O controle de custos permitiu obter uma margem EBITDA de 32,1% no 2º trimestre, o que representa uma margem recorde para o trimestre. Para o 1º semestre, a margem EBITDA obtida foi de 26,5%. A evolução operacional favorável permitiu que a SIC terminasse o 1º semestre de 2005 com resultados líquidos positivos de 13 M€, o que representou um aumento de 32%. 3. Jornais Tabela 3. Indicadores dos Jornais

Jun-05 Jun-04 Var % 2º Tri 05 2º Tri 04 Var %

Receitas Totais 30.497.205 27.935.160 9,2% 16.864.368 14.921.597 13,0% Publicidade 18.662.749 18.105.991 3,1% 10.920.570 10.607.386 3,0% Publicações 7.580.085 7.482.118 1,3% 3.807.884 3.560.360 7,0% Outras Receitas 4.254.371 2.347.051 81,3% 2.135.914 753.851 183,3%

EBITDA 7.125.424 6.537.983 9,0% 4.598.311 3.697.760 24,4% EBITDA (%) 23,4% 23,4% - 27,3% 24,8% -

Resultado Líquido 5.995.971 4.946.616 21,2% 4.108.276 2.500.152 64,3%

A área de jornais manteve um comportamento positivo no 1º semestre, em todas as suas vertentes, apesar de ter havido menos uma edição do Expresso (25 edições) neste 1º semestre de 2005, comparativamente ao verificado no 1º semestre de 2004 (26 edições). Assim, as receitas totais da área de jornais cresceram 9,2% no 1º semestre de 2005, com um aumento homólogo de 13% durante o 2º trimestre de 2005. As receitas publicitárias cresceram 3,1% no semestre, não obstante o menor número de edições. No 2º trimestre, apesar de comparado com um período em que se verificaram os eventos já mencionados, as receitas de publicidade cresceram 3%. O jornal Expresso continuou a ser o principal responsável por este crescimento, sendo de destacar os classificados que conseguiram subir 15,4% no 1º semestre. O 1º semestre de 2005 foi favorável para as receitas de circulação, sendo de referir:

Manutenção da circulação do Expresso em relação a Junho de 2004. Crescimento de 12% da circulação da SurfPortugal. Descida de 16,2% na circulação do Blitz. Aumento de 16% da circulação do AutoSport, após a profunda remodelação efectuada

em Janeiro 2005.

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Lançamento em Abril de um novo jornal – o Courrier Internacional, fruto de um acordo com o Grupo francês “Le Monde”.

Lançamento em Maio de uma nova publicação, de periodicidade mensal, na área dos classificados – Expresso Imobiliário Classificados, com cada edição a contar com 196 páginas, editando em papel a informação existente na Internet, ou seja, cerca de 7.500 imóveis e terrenos, no seguimento da parceria com a Multivector, detentora do maior portal profissional dedicado ao imobiliário em Portugal – “Okapa.com”.

No 2º trimestre, as vendas de jornais subiram 7%, permitindo um crescimento acumulado a Junho de 1,3%, apesar de menos uma edição do jornal Expresso. As receitas das vendas de produtos alternativos continuaram a apresentar taxas de crescimento elevadas. No 1º semestre, estas receitas subiram 81,3%, com um 2º trimestre muito forte em que cresceram 183%. No 2º trimestre continuou o sucesso de venda da colecção de CD’s “Grandes Compositores”, da colecção das “Fábulas de La Fontaine”, do DVD do Papa e do DVD sobre Álvaro Cunhal, todos distribuídos pelo Expresso. De referir ainda a colecção de banda desenhada do Michel Vaillant do AutoSport e os CD’s do Blitz. Os custos operacionais registaram um aumento de 9,2%, devido ao aumento do número de páginas, ao lançamento dos produtos alternativos e aos custos incorridos com o lançamento do jornal “Courrier Internacional”, cuja 1ª edição foi distribuída gratuitamente com o jornal Expresso a 8 Abril. Apesar do lançamento deste novo jornal e de menos uma edição do jornal Expresso, o EBITDA no final do semestre subiu 9%, tendo registado um aumento de 24,4% no 2º trimestre. A margem EBITDA no 2º trimestre situou-se nos 27,3%, o que é um recorde para esta área. No final do 1º semestre, os resultados líquidos da área dos jornais foram de 6 M€, cerca de 21,2% superiores aos registados em Junho de 2004. 4. Revistas Tabela 4. Indicadores Revistas

Jun-05 Jun-04 Var % 2º Tri 05 2º Tri 04 Var %

Receitas Totais 21.480.036 18.854.956 13,9% 12.630.665 10.799.283 17,0% Publicidade 7.981.745 7.675.375 4,0% 5.029.193 4.911.719 2,4% Publicações 10.463.964 9.976.662 4,9% 5.580.706 5.326.444 4,8% Outras Receitas 3.034.328 1.202.919 152,2% 2.020.766 561.121 260,1%

EBITDA 1.838.454 1.713.621 7,3% 1.465.502 1.365.845 7,3% EBITDA (%) 8,6% 9,1% - 11,6% 12,6% -

Resultado Líquido 877.761 666.650 31,7% 852.394 742.790 14,8%

Nota: As contas apresentadas reflectem 50% dos valores da EDIMPRESA.

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A EDIMPRESA continuou com uma boa performance, tendo as receitas totais atingido 21,5 M€, uma subida de 13,9% em relação a Junho de 2004. Este comportamento positivo abrangeu todos os tipos de receitas. No que se refere ao 2º trimestre, o aumento registado foi de 17%. As receitas de circulação cresceram 4,9%. Para além do aumento do preço de capa de algumas publicações, verificou-se um incremento de vendas entre as principais publicações. De registar os ganhos de circulação obtidos pela Exame, Cosmopolitan, Caras, Telenovelas, Turbo e Jornal de Letras. A 1ª metade do ano foi ainda marcada pelo lançamento de 3 novos títulos, nomeadamente, a revista infantil “Brinca e Aprende”, a revista masculina FHM e a revista de viagens “Rotas do Mundo”. As vendas têm excedido as previsões iniciais, principalmente da FHM. Ainda no 1º trimestre, foi encerrada a revista “Executive Digest”. No 2º trimestre, as vendas de revistas subiram 4,8%. As receitas de publicidade cresceram 4% no 1º semestre, com um 2º trimestre a subir 2,4%, prejudicados pelo comparável exigente do período homólogo. De destacar a boa performance das revistas Activa, Cosmopolitan e Exame. A aposta nos produtos alternativos continuou, com as receitas a crescerem 152% no 1º semestre. O sucesso de vendas do serviço de cristal, criado pela estilista Fátima Lopes para celebrar os 10 anos da revista Caras, foi a razão principal deste crescimento. Ainda de destacar os produtos associados às revistas, Visão, Telenovelas e Cosmopolitan, que tiveram uma excelente recepção dos leitores. Neste segmento, houve um aumento dos custos operacionais de 14,6% no 1º semestre. A evolução dos custos foi particularmente afectada pelo lançamento das 3 novas publicações, para além do aumento das acções de marketing alternativo no negócio global. Apesar dos custos com os lançamentos das novas publicações, o EBITDA cresceu 7,3% em relação a Junho de 2004, o que representa uma margem de 8,6%. A EDIMPRESA contribuiu, neste 1º semestre, com resultados líquidos positivos de 877,7 mil euros (50% dos resultados totais da EDIMPRESA), um aumento de 31,7% em relação a Junho de 2004.

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5. Análise das Contas consolidadas Tabela 5. Conta de Exploração IMPRESA Consolidada

(Valores em €) Junho 05 Junho 04 Var (%) 2º Tri 05 2º Tri 04 Var (5)

Receitas Totais 136.622.501 127.798.395 6,9% 75.288.516 72.819.661 3,4% Televisão 85.732.634 83.029.049 3,3% 46.740.935 48.471.311 -3,6% Jornais 30.497.205 27.935.160 9,2% 16.864.368 14.921.597 13,0% Revistas 21.480.036 18.854.956 13,9% 12.630.665 10.799.283 17,0%

Inter-segmentos -1.087.374 -2.020.770 -46,2% -947.452 -1.372.531 31,0% Custos Operacionais 106.925.336 101.671.829 5,2% 54.274.400 53.276.684 1,9% EBITDA Consolidado 29.697.164 26.126.567 13,7% 21.014.115 19.542.977 7,5% Margem EBITDA 21,7% 20,4% - 27,9% 26,8% - Televisão 22.681.420 19.817.301 14,5% 15.007.322 15.675.083 -4,3% Jornais 7.125.424 6.537.983 9,0% 4.598.311 3.697.760 24,4%

Revistas 1.838.454 1.713.621 7,3% 1.465.502 1.365.845 7,3%

Holding -1.948.134 -1.942.38 0,3% -57.020 -1.195.711 95,2% Amortizações (-) 4.429.190 6.105.648 -27,5% 2.149.022 3.037.660 -29,3% EBIT 25.267.974 20.020.919 26,2% 18.865.093 16.505.317 14,3% Margem EBIT 18,5% 15,7% - 25,1% 22,7% - Res. Financeiros(-) 4.343.500 3.637.431 19,4% 2.932.757 1.730.520 69,5% Resultados Antes Impostos e Minoritários 20.924.474 16.383.488 27,7% 15.932.336 14.774.797 7,8% Imposto (IRC)(-) 4.981.418 2.800.798 77.9% 3.598.043 2.874.261 25,2% Interesses Minoritários(-) 720.498 5.024.263 -85,7% 397.735 4.683.925 -91,5% Resultado Líquido 15.222.558 8.558.427 77,9% 11.936.558 7.216.611 65,4%

A IMPRESA atingiu, no 1º semestre de 2005, receitas consolidadas de 136,6 M€, o que representou uma subida de 6,9% em relação ao 1º semestre de 2004. Este aumento das receitas deveu-se, principalmente, ao forte crescimento das outras receitas, que cresceram 23,2%, seguido pelas vendas de publicações, com um aumento de 3,4%. As receitas publicitárias abrandaram no 2º trimestre, prejudicadas na comparação com o período homólogo, devido aos eventos, já referidos, que se realizaram nessa altura. No final do 1º semestre, as receitas publicitárias apresentaram um crescimento de 1,7%.

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Neste 1º semestre, a IMPRESA registou uma subida de 5,2% nos custos operacionais consolidados, influenciada principalmente por custos não recorrentes como foram os relacionados com o lançamento de novas publicações, com maior impacto no 1º trimestre, e o rápido crescimento dos produtos alternativos. No 2º trimestre, os custos operacionais subiram apenas 1,9%. No 1º semestre de 2005, o EBITDA consolidado registou um valor de 29,7 M€, superior em 13,7% ao valor registado no 1º semestre de 2004. Conforme já referido anteriormente, o EBITDA do 1º semestre de 2004 está ajustado pela reclassificação da mais valia da alienação do edifício da SIC como receita operacional, no montante de 792 mil Euros. Não considerando esse ajustamento, o EBITDA aumentou 17,2%. Os resultados operacionais (EBIT) tiveram um crescimento de 27,5%, registando um valor positivo de 25,2 M€ contra 20,0 M€ obtidos no final do 1º semestre de 2004. A margem operacional foi de 18,5%. Os resultados financeiros negativos aumentaram 19,4%, em relação ao 1º semestre de 2004, atingindo 4,3 M€, consequência do aumento dos encargos financeiros relacionados com o endividamento para a aquisição dos minoritários da SIC e da redução dos ganhos cambiais. Por outro lado, é de referir o contributo positivo das empresas associadas, nomeadamente VASP e Lusa, com níveis de resultados semelhantes aos obtidos no 1º semestre de 2004. Após obtenção das aprovações necessárias, concluiu-se a aquisição dos 49% do capital da SIC, o que representou um investimento de 152,5 M€, totalmente financiado por uma linha de crédito de médio e longo prazo. A SIC passou a ser consolidada a 100% desde o início deste ano. A aquisição dos minoritários da SIC implicou o aumento do passivo líquido remunerado de 92,2 M€, que se registava no final de 2004, para 244,7 M€ no início de 2005. No final do 1º semestre de 2005, o passivo líquido situou-se nos 221 M€, o que significou uma redução 9,2 M€ durante o 2º trimestre de 2005, reflectindo o elevado nível de cash-flow livre gerado pelas participadas do Grupo IMPRESA. As melhorias registadas operacionalmente permitiram terminar o 1º semestre de 2005 com resultados líquidos positivos de 15,2 M€, o que representou um aumento de 77,9% relativamente ao 1º semestre de 2004. No 2º trimestre, os resultados líquidos cresceram 65,4%, atingindo 11,9 M€. B) CONTAS INDIVIDUAIS As contas individuais foram elaboradas com base nos princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal (POC) à semelhança das contas comparáveis do ano transacto. O resultado líquido apurado neste período foi de 5.881.050 €, o que significou um aumento de 94% face a igual período de 2004.

10

Este aumento foi consequência, principalmente, da melhoria dos resultados financeiros, tanto na vertente de custos, com redução de 19,4% dos encargos financeiros, como na vertente de proveitos, com um aumento de 32%, por efeito da melhoria dos resultados das participações da IMPRESA. Lisboa, 22 de Julho de 2005

O Conselho de Administração

Francisco José Pereira Pinto de Balsemão

Luiz Fernando Teuscher de Almeida e Vasconcellos

Alexandre de Azeredo Vaz Pinto

Francisco Maria Supico Pinto Balsemão

Miguel Luís Kolback da Veiga

ANEXO A QUE SE REFERE A ALÍNEA B) DO Nº 1 DO ARTº 9º DO REGULAMENTO

Nº 04/2004 DA C.M.V.M. (Acções detidas pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização da sociedade)

Acções

Membros do Conselho de Administração Detidas em 31.12.04

Adquiridas Transmitidas Detidas em 30.06.05

Francisco José Pereira Pinto de Balsemão 1.137.920 0 0 1.137.920

Luiz Fernando Teuscher de Almeida e Vasconcellos 56.889 0 0 56.889

Alexandre de Azeredo Vaz Pinto 70 0 0 70

Francisco Maria Supico Pinto Balsemão 4.123 0 0 4.123

Miguel Luís Kolback da Veiga 0 0 0 0 Francisco José Pereira Pinto de Balsemão – Não fez nenhuma aquisição/alienação no 1º semestre de 2005. Na IMPREGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA, sociedade que se encontra em relação de domínio com a IMPRESA, detinha, em 31.12.04, 11.808.501 acções, posição que, por não ter tido qualquer aquisição ou alienação no 1º semestre de 2005, se mantinha igual em 30.06.05. Na SIC – Sociedade Independente de Comunicação, SA, sociedade com a qual a IMPRESA se encontra em relação de domínio, detinha, em 31.12.04, 59.281 acções; vendeu, em 11.03.05, 59.281 acções ao preço de 51,828 € cada uma pelo que em 30.06.05 não detinha qualquer acção nesta sociedade. Luiz Fernando Teuscher de Almeida e Vasconcellos – Não fez nenhuma aquisição/alienação no 1º semestre de 2005. Na IMPREGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA, sociedade que se encontra em relação de domínio com a IMPRESA, detinha, em 31.12.04, 17.290 acções, posição que, por não ter tido qualquer aquisição ou alienação no 1º semestre de 2005, se mantinha igual em 30.06.05. Alexandre de Azeredo Vaz Pinto – Não fez nenhuma aquisição/alienação no 1º semestre de 2005. Francisco Maria Supico Pinto Balsemão – Não fez nenhuma aquisição/alienação no 1º semestre de 2005. Miguel Luís Kolback da Veiga – Não fez nenhuma aquisição/alienação no 1º semestre de 2005. Acções

Fiscal Único e Suplente Detidas em 31.12.04

Adquiridas Transmitidas Detidas em 30.06.05

Deloitte & Associados, SROC, SA 0 0 0 0

Luís Augusto Gonçalves Magalhães (ROC) 0 0 0 0

LISTA DE TITULARES COM PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS A QUE SE REFERE A ALÍNEA D) DO Nº1 DO ARTº 9º

DO REGULAMENTO Nº 04/2004 DA C.M.V.M. (Com referência a 30 de Junho de 2005)

Titular c/participação qualificada Quantidade de Acções Detidas

Percentagem de direitos de voto

IMPREGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA

* Directamente * Através do Presidente do Conselho de Administração, Dr. * Francisco José Pereira Pinto de Balsemão * Através do Vice-Presidente do Conselho de Administração, * Engº Luiz Fernando Teuscher de Almeida e Vasconcellos * Através do Administrador, Engº Francisco Maria Supico * Pinto Balsemão * Através da Presidente do Conselho Fiscal, Maria do * Carmo Pinto de Ruella Ramos

Total imputável

42.257.294

1.137.920

56.889

4.123 423

43.456.649

50,306%

1,355%

0,068%

0,005%

0,000%

51,734%

BANCO BPI, SA

* Directamente * Através do Banco Português de Investimento, SA * Através do BPI Fundos – Gestão de Fundos de Investimento * Mobiliário, SA * Através de clientes institucionais cuja carteira é gerida ao * abrigo de gestão discricionária

Total imputável

7.077.062 145.121

662.361

24.354

7.908.898

8,425% 0,173%

0,789%

0,028%

9,415%

Banco Santander de Negócios Portugal, SA

* Directamente * Através de fundos de pensões e de fundos de investimento * mobiliário geridos por sociedades gestoras dominadas pelo * Banco Santander de Negócios, SA: - Fundo de Investimento Mobiliário Santander Acções Portu-* - gal * - Fundo de Investimento Mobiliário Santander PPA * - Fundo de Investimento Multinvest * - Fundo de Investimento Poupança Investimento FPR/E * - Fundo de Pensões Aberto Reforma Empresa

Total imputável

242.713

850.718 555.168

40.500 123.300

1.200

1.813.599

0,289%

1,013% 0,661% 0,048% 0,147% 0,001%

2,159%

Caixagest – Técnicas de Gestão de Fundos, SA

* Através do conjunto de carteiras por si geridas

Total imputável

1.690.421

1.690.421

2,012%

2,012%

2

Titular c/participação qualificada Quantidade de Acções Detidas

Percentagem de direitos de voto

Grupo Fidelity

* Através do conjunto de Fundos e outras contas de investi-* mento por si geridos De referir que entre esses Fundos se encontram o “Fidelity Sicav – FID Europe” e o“FID Intl Discovery Fund”, os quais detêm, respectivamente, 1.856.634 acções (a que correspon-dem 2,21% dos direitos de voto) e 2.083.100 acções (a que correspondem 2,48% dos direitos de voto).

Total imputável

8.400.000

8.400.000

10,000%

10,000%

30.06.2005 31.12.2004 30.06.2004Activo Activo Activo Activo

Activo Notas bruto Amortizações líquido líquido líquido Capital próprio e passivo Notas 30.06.2005 31.12.2004 30.06.2004

IMOBILIZADO: CAPITAL PRÓPRIO:Imobilizações incorpóreas: Capital 36 e 40 84.000.000 84.000.000 84.000.000

Despesas de instalação 10 2.225.635 (2.211.826) 13.809 14.159 198.626 Prémios de emissão de acções 36 e 40 97.902.257 97.902.257 97.902.257 Trespasses 10 76.766.957 (25.927.435) 50.839.522 52.758.703 54.678.134 Ajustamentos de partes de capital

78.992.592 (28.139.261) 50.853.331 52.772.862 54.876.760 em filiais e associadas 40 (2.154.467) (2.154.467) 4.924.132 Imobilizações corpóreas: Reserva legal 40 591.589 281.051 281.051

Equipamento administrativo 10 292 (292) - - 37 Resultados transitados 40 (78.475.858) (84.375.899) (91.454.498)Resultado líquido do exercício 40 5.881.050 6.210.579 3.027.860

Investimentos financeiros: Total do capital próprio 107.744.571 101.863.521 98.680.802Partes de capital em empresas do grupo 10 e 16 75.005.954 75.005.954 71.031.935 64.619.315 Partes de capital em empresas associadas 10 e 16 2.111.180 2.111.180 1.935.200 - PASSIVO:Empréstimos de financiamento 10 e 16 210.000 210.000 210.000 - PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOS 34 - 155.177 29.011

77.327.134 - 77.327.134 73.177.135 64.619.315DÍVIDAS A TERCEIROS - Médio e longo prazo:

CIRCULANTE: Dívidas a instituições de crédito 50 31.000.000 38.185.503 50.178.699 Dívidas de terceiros - Médio e longo prazo: Empresas do grupo 16 26.500.000 30.400.000 15.375.000

Empresas do grupo 16 44.095.007 - 44.095.007 51.631.713 51.631.713 57.500.000 68.585.503 65.553.699DÍVIDAS A TERCEIROS - Curto prazo:

Dívidas a instituições de crédito 50 3.834.395 3.689.922 5.771.873 Dívidas de terceiros - Curto prazo: Fornecedores, conta corrente 20.668 47.912 103.370

Estado e outros entes públicos 48 12.300 - 12.300 10.243 9.599 Empresas do Grupo 16 - 1.750.000 - Outros devedores 2.851 - 2.851 2.848 2.497 Estado e outros entes públicos 48 58.066 52.711 55.431

15.151 - 15.151 13.091 12.096 3.913.129 5.540.545 5.930.674ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:

Depósitos bancários e caixa: Acréscimos de custos 49 1.413.500 935.010 1.050.053Depósitos bancários 33.562 33.562 1.338.129 102.692 Proveitos diferidos 49 1.755.104 1.854.045 -Caixa 2.119 2.119 871 1.069 3.168.604 2.789.055 1.050.053

51 35.681 35.681 1.339.000 103.761

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:Custos diferidos - - - 557

Total de amortizações (28.139.553) Total do passivo 64.581.733 77.070.280 72.563.437 Total do activo 200.465.857 (28.139.553) 172.326.304 178.933.801 171.244.239 Total do capital próprio e do passivo 172.326.304 178.933.801 171.244.239

O anexo faz parte integrante do balanço em 30 de Junho de 2005.

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

BALANÇOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 E 2004 E 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em Euros)

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 E 2004

(Montantes expressos em Euros)

CUSTOS E PERDAS Notas 2005 2004 PROVEITOS E GANHOS Notas 2005 2004

Fornecimentos e serviços externos 235.981 358.293 Outros proveitos operacionais (B) 98.942 - Custos com o pessoal:Remunerações 1.581.727 1.234.593 Proveitos e ganhos financeiros (D) 45 10.595.434 8.017.177 Encargos sociais: 152.893 Outros 1.593 159.483

1.736.213 1.394.076

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 10 1.919.529 2.103.420 3.891.723 3.855.789

Impostos 162 125 Outros custos e perdas operacionais 8.529 3.105

8.691 3.230 (A) 3.900.414 3.859.019

Custos e perdas financeiros 45 907.735 1.126.693 (C) 4.808.149 4.985.712

Custos e perdas extraordinários 46 107 1.605 (E) 4.808.256 4.987.317

Imposto sobre o rendimento 6 5.070 2.000 (G) 4.813.326 4.989.317

Resultado líquido do semestre 5.881.050 3.027.860 10.694.376 8.017.177 (F) 10.694.376 8.017.177

Resultados operacionais: (B)-(A) (3.801.472) (3.859.019)Resultados financeiros: (D) - (C-A) 9.687.699 6.890.484 Resultados correntes: (F) - (C) 5.886.227 3.031.465 Resultados antes de impostos: (F) - (E) 5.886.120 3.029.860 Resultado líquido do semestre: (F) - (G) 5.881.050 3.027.860

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas para o semestre findo em 30 de Junho de 2005.

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

(Montantes expressos em Euros)

Nota 52 2005 2004

Outros proveitos e ganhos operacionais 98.942 - Custos administrativos (a) (1.972.805) (1.936.998)Outros custos e perdas operacionais (b) (8.799) (4.709)

Resultados operacionais (1.882.662) (1.941.707)Custo líquido de financiamento (907.476) (1.100.795)Ganhos/ (Perdas) em filiais e associadas 10.595.175 7.991.279 Perdas em outros investimentos (1.918.917) (1.918.917)

Resultados correntes 5.886.120 3.029.860 Impostos sobre os resultados correntes (5.070) (2.000)

Resultado líquido do semestre 5.881.050 3.027.860

PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 E 2004

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por funções para o semestre findo em 30 de Junho de 2005.

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS SEMESTRES

FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 E 2004

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2005 2004

ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Pagamentos a fornecedores (292.435) (407.246)Pagamentos ao pessoal (1.228.509) (2.194.559)

Fluxos gerados pelas operações (1.520.944) (2.601.805)

(Pagamento)/recebimento do imposto sobre o rendimento (7.127) (7.174)Pagamentos relativos à actividade operacional (3.447) (3.672)

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias (1.531.518) (2.612.651)

Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias - (75)Fluxos das actividades operacionais (1) (1.531.518) (2.612.726)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Recebimentos provenientes de:

Dividendos 1 6.740.000 2.783.354Empréstimos concedidos - 178.605

6.740.000 2.961.959Pagamentos respeitantes a:

Aumento de capital (450.000) -Suprimentos concedidos 2 (1.045.000) -

(1.495.000) -Fluxos das actividades de investimento (2) 5.245.000 2.961.959

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos:De empresas do grupo 2 8.681.706 1.400.000

8.681.706 1.400.000Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos de instituições de crédito 2 (7.875.425) (1.291.585)Juros e custos similares (907.477) (1.517.095)Empréstimos obtidos de empresas do grupo 2 (5.750.000) (375.000)

(14.532.902) (3.183.680)Fluxos das actividades de financiamento (3) (5.851.196) (1.783.680)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (2.137.714) (1.434.447)Caixa e seus equivalentes no início do período 3 1.339.000 320.025Caixa e seus equivalentes no fim do período 3 (798.714) (1.114.422)

O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa para o semestre findo em 30 de Junho de 2005.

IMPRESA – SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O SEMESTRE

FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2005

(Montantes expressos em Euros) 1. Dividendos e Reservas distribuídas

A rubrica “Recebimentos provenientes de dividendos”, no semestre findo em 30 de Junho de 2005 refere-se a dividendos recebidos da empresa participada Controljornal – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A..

2. Empréstimos obtidos Os recebimentos e pagamentos relativos a empréstimos obtidos durante o exercício findo em 30 de Junho de

2005 têm a seguinte composição: Pagamentos relativos a suprimentos concedidos a empresa do grupo: Suprimentos concedidos à Media Zoom – Serviços Técnicos e Produção

Multimédia, Lda. 1.045.000 ======= Recebimentos relativos a empréstimos obtidos de empresas do grupo:

Empréstimo concedido pela Soincom – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 8.581.706

Empréstimo concedido pela Controljornal – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 100.000 -------------- 8.681.706

========

Pagamentos relativos a empréstimos obtidos de instituições financeiras: Banco BPI, S.A. e Caixa Geral de Depósitos, S.A. 6.875.425 Caixa Geral de Depósitos, S.A. 750.000 Caixa Banco de Investimento, S.A. 250.000 -------------- 7.875.425 ========

Pagamentos relativos a empréstimos obtidos de empresas do grupo: Empréstimo concedido pela Imprejornal – Sociedade de Impressão, S.A. 5.750.000 ======== 3. Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes A discriminação de caixa e seus equivalentes em 30 de Junho de 2005 e 2004 e 31 de Dezembro de 2004 é

como segue:

30 de Junho 30 de Dezembro 30 de Junhode 2005 de 2004 de 2004

Numerário 2.119 871 1.069Depósitos Bancários 33.562 1.338.129 102.692Descobertos Bancários (834.395) - (1.218.183)Caixa e seus equivalentes (798.714) 1.339.000 (1.114.422)

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2005 (Montantes expressos em Euros)

1

NOTA INTRODUTÓRIA A Impresa - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (”Empresa” ou “Impresa”) tem sede em Lisboa, foi constituída em 18 de Outubro de 1990 e tem como actividade principal a gestão de participações sociais noutras sociedades. O Grupo Impresa (“Grupo”) é constituído pela Impresa e empresas subsidiárias. O Grupo actua na área de media, nomeadamente através da difusão de programas de televisão e da edição de publicações (jornais e revistas) e de outros meios audiovisuais. As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade. As notas cuja numeração é omitida neste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. 3. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a

partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Estas demonstrações financeiras reflectem apenas as contas individuais da Empresa. Embora os

investimentos financeiros tenham sido registados pelo método da equivalência patrimonial, o que está de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal, estas demonstrações financeiras não incluem o efeito da consolidação integral ao nível dos activos, passivos, proveitos e custos. A Empresa apresenta separadamente demonstrações financeiras consolidadas, preparadas segundo os Internacional Financial Reporting Standards (“IFRS”) emitidos pelo Internacional Accounting Standards Board (“IASB”), as quais evidenciam capitais próprios e um resultado líquido consolidado atribuíveis aos accionistas maioritários de 102.895.459 Euros e 15.222.558 Euros, respectivamente.

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os

seguintes: a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas, que compreendem despesas de instalação, estudos de reorganização e

trespasses decorrentes de aquisição de partes de capital, encontram-se registadas ao custo e são amortizadas pelo método das quotas constantes. As despesas de instalação são amortizadas num período de três anos, os estudos de reorganização são amortizados num período de seis anos e os trespasses são amortizados no período estimado de recuperação dos investimentos financeiros, actualmente fixado em 20 anos (Nota 10). As perdas por imparidade, quando existem, são imediatamente reconhecidas no momento da sua ocorrência.

b) Investimentos financeiros Os investimentos financeiros em empresas do grupo são registados pelo método de equivalência

patrimonial, sendo as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual foi acrescido ou reduzido da diferença entre aquele valor e o valor proporcional à participação nos capitais próprios dessas empresas, reportado à data da primeira aplicação do referido método, ou à data de aquisição, para os investimentos financeiros adquiridos posteriormente. Em consequência:

- a diferença entre o custo de aquisição dos investimentos financeiros e a proporção dos capitais

próprios das empresas participadas reportados a 1 de Janeiro de 1992 (data da primeira aplicação do método de equivalência patrimonial) foi registada em capitais próprios na rubrica “Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas”;

- a diferença entre o custo de aquisição dos investimentos financeiros e a proporção dos capitais

próprios das empresas participadas à data de aquisição, em datas posteriores a 1 de Janeiro de 1992, é registada na rubrica “Trespasses” (Nota 3.a)).

De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos, ou outras variações nos capitais próprios das empresas do grupo, por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício, ou de ajustamentos de partes de capital, respectivamente.

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Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros.

c) Especialização de exercícios

As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo

qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos (Nota 49).

d) Pensões

Conforme mencionado na Nota 31, determinadas empresas do Grupo (Impresa, Sojornal, Medipress e

Imprejornal) assumiram o compromisso de conceder aos seus empregados e administradores remunerados admitidos até 5 de Julho de 1993 prestações pecuniárias a título de complementos de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência. Estas prestações são calculadas com base numa percentagem crescente com o número de anos de serviço, aplicada à tabela salarial, ou numa percentagem fixa aplicada ao salário base, à data de aniversário definida como sendo os valores em 2002.

Nos termos da Directriz Contabilística nº 19, os custos com a atribuição destes benefícios são

reconhecidos à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários. Deste modo, no final de cada período contabilístico a Empresa obtém um estudo actuarial elaborado por uma entidade independente, no sentido de conhecer o valor das suas responsabilidades a essa data e o custo com pensões a registar nesse exercício. As responsabilidades assim estimadas são comparadas com os valores de mercado do fundo de pensões, de forma a determinar o montante das contribuições a efectuar ou a registar no passivo. Os custos com pensões são registados na rubrica “Custos com o pessoal – Encargos sociais”, conforme previsto pela referida Directriz, com base nos valores determinados pelo estudo actuarial (Nota 31).

e) Imposto sobre o rendimento

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos

para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas

de tributação que se esperam estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante de impostos diferidos activos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura.

6. IMPOSTOS A Empresa encontra-se sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Colectivas – IRC, à taxa de 25%, acrescida de Derrama à taxa de 10%, resultando numa taxa de imposto agregada de 27,5%. Adicionalmente e face à sua forma jurídica, a Empresa está abrangida pela legislação fiscal que rege as sociedades gestoras de participações sociais. De acordo com esta legislação, os ganhos e perdas em empresas do grupo resultantes da aplicação do método de equivalência patrimonial, os dividendos recebidos das empresas participadas, a amortização dos trespasses decorrentes da aquisição de partes de capital e os encargos financeiros relacionados com a aquisição de partes sociais não são considerados para efeitos fiscais.

A Empresa é tributada em sede de IRC pelo resultado fiscal consolidado, com as subsidiárias,

Soincom – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“Soincom”), Media Zoom – Serviços Técnicos e Produção Multimédia, Lda. (“Media Zoom”) (anteriormente denominada Cinforma) e Controljornal – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“Controljornal”) e as empresas por esta participadas, Sojornal – Sociedade Jornalística e Editorial, S.A. e sua participada Sojornal.com – Consultoria Internet, Lda., Medipress – Sociedade Jornalística e Editorial, Lda., Imprejornal – Sociedade de Impressão, S.A. e Publisurf – Edições e Publicidade, Lda.. As restantes empresas subsidiárias da Impresa são tributadas individualmente.

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De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança Social até 2000, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são prolongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2001 a 2005 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração entende que eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 30 de Junho de 2005.

Nos termos do artigo 81º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, a Empresa

encontra-se sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

Nos termos da legislação em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos

após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. Em 30 de Junho de 2005 os prejuízos fiscais reportáveis da Impresa e suas empresas subsidiárias tributadas pelo resultado fiscal consolidado ascendiam a, aproximadamente, 21.378.941 Euros.

Os impostos diferidos a registar em conformidade com a Directriz Contabilística nº 28 respeitam

essencialmente aos prejuízos fiscais reportáveis existentes nesta data. Uma vez que no entendimento do Conselho de Administração da Empresa não são esperados resultados fiscais futuros suficientes que compensem esses prejuízos fiscais, a Empresa não registou os correspondentes impostos diferidos activos.

7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL Durante os períodos findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, a Empresa teve ao seu serviço 5

empregados. 10. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2005 o movimento ocorrido no valor das imobilizações

incorpóreas e corpóreas e dos investimentos financeiros foi o seguinte:

Saldo Transferências Equivalência Saldoinicial Aumentos Diminuições (Nota 34) patrimonial final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 2.225.635 - - - 2.225.635 Trespasses 76.766.957 - - - 76.766.957

78.992.592 - - - - 78.992.592

Imobilizações corpóreas:Equipamento administrativo 292 - - - - 292

Investimentos financeiros:Partes de capital em empresas do grupo 71.031.935 450.000 (6.740.000) (155.177) 10.419.196 75.005.954 Partes de capital em empresas associadas 1.935.200 - - - 175.980 2.111.180 Empréstimos de financiamento 210.000 - - - - 210.000

73.177.135 450.000 (6.740.000) (155.177) 10.595.176 77.327.134

Activo bruto

A diminuição verificada na rubrica “Partes de capital em empresas do grupo” refere-se a dividendos recebidos da empresa participada Controljornal. O aumento da rubrica “Partes de capital em empresas do grupo” deve-se a um aumento do capital social na Media Zoom.

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Em 30 de Junho de 2005, a rubrica “Trespasses” tem a seguinte composição:

Proporção doscapitais próprios

Custo de à data de Trespasse Abate Trespasse Amortização Valoraquisição aquisição original extraordinário corrigido acumulada líquido

Soincom 137.506.080 23.897.912 113.608.168 (67.924.008) 45.684.160 (14.387.644) 31.296.516Controljornal 34.011.372 5.253.736 28.757.636 - 28.757.636 (10.784.113) 17.973.523Gesco 2.566.389 241.228 2.325.161 - 2.325.161 (755.678) 1.569.483

174.083.841 29.392.876 144.690.965 (67.924.008) 76.766.957 (25.927.435) 50.839.522

Em 31 de Dezembro de 2000, a Impresa solicitou a uma entidade independente um estudo de avaliação da SIC para proceder à análise da imparidade dos trespasses decorrentes das aquisições de acções da Soincom (directamente pela Impresa) e da SIC (pela Soincom), reportada àquela data. Em resultado desta análise não foram identificadas situações de imparidade no que se refere ao trespasse apurado pela Soincom decorrente de aquisições de acções da SIC. No entanto, no que se refere ao trespasse apurado pela Impresa nas compras de acções da Soincom foi identificada uma diferença, face ao justo valor dessa participação financeira, no montante de 67.924.008 Euros, a qual originou uma perda de imparidade do trespasse de igual montante registada em custos, no final daquele exercício. No exercício de 2003, a Empresa voltou a solicitar a uma entidade independente um estudo de avaliação da SIC, para os mesmos efeitos, e concluiu que, naquela data, o seu valor contabilístico (incluindo o valor de trespasses, líquido de amortizações acumuladas) é inferior ao seu valor estimado de realização. No exercício de 2004, a Empresa efectuou análises de imparidade dos trespasses, concluindo que o seu valor é inferior ao valor estimado de realização. No entendimento do Conselho de Administração da Impresa, com base em análises efectuadas internamente e nas perspectivas dos resultados futuros da SIC, esta situação continua a verificar-se em 30 de Junho de 2005.

Da aplicação do método de equivalência patrimonial aos investimentos financeiros nas empresas do grupo e outras empresas em 30 de Junho de 2005 resultaram os seguintes movimentos:

Ganhos em Perdas emempresas empresasdo grupo do grupo Investimentos(Nota 45) (Nota 45) financeiros

Controljornal 5.838.191 - 5.838.191Edimpresa 720.553 - 720.553Office Share - (258) (258)Soincom 3.614.741 - 3.614.741Vasp 175.980 - 175.980Media Zoom 245.969 245.969

10.595.434 (258) 10.595.176

Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2005, o movimento ocorrido nas amortizações acumuladas foi o seguinte:

Saldo Abates e Regula- Saldoinicial Reforços alienações rizações final

Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação 2.211.477 349 - - 2.211.826 Trespasses (Nota 45) 24.008.255 1.919.180 - - 25.927.435

26.219.732 1.919.529 - - 28.139.261

Imobilizações corpóreas: Equipamento administrativo 292 - - - 292

Amortizações acumuladas

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16. EMPRESAS DO GRUPO Partes de capital em empresas do grupo e associadas:

Em 30 de Junho de 2005, a informação financeira relativa às partes de capital em empresas do grupo e associadas era como segue:

Percentagem InvestimentosCapital Proveitos Resultado de participação financeiros

Entidade Sede Activo próprio totais líquido directa (Nota 10)

Controljornal Lisboa 38.715.100 17.936.248 6.706.281 5.838.191 100% 17.936.248 Edimpresa Oeiras 51.969.194 7.977.876 44.497.721 1.441.106 50% 3.988.938 Office Share Lisboa 10.311.361 3.394 1.289.768 (258) 50% 3.394 Soincom Lisboa 102.486.586 52.536.579 6.492.460 3.614.741 100% 52.536.579 Vasp Massamá 42.096.754 6.334.181 140.438.377 553.672 33,33% 2.111.183 Media Zoom Lisboa 196.325.196 540.792 4.316.431 245.969 100% 540.792

77.117.134

As informações supra referidas relativas às empresas do grupo foram extraídas das respectivas demonstrações financeiras não auditadas em 30 de Junho de 2005. Empréstimos e prestações suplementares concedidos a empresas do grupo:

Em 30 de Junho de 2005, os empréstimos concedidos a empresas do grupo são os seguintes: Médio e longo prazo:

Soincom 43.050.007 Media Zoom 1.045.000 --------------- 44.095.007 ========

Empréstimos obtidos de empresas do grupo a médio e longo prazo:

Controljornal 19.000.000 Sojornal 7.500.000 --------------- 26.500.000 =========

Estes empréstimos não têm prazo de reembolso definido e não vencem juros.

19. VALORES DE MERCADO DO ACTIVO CIRCULANTE

Em 30 de Junho de 2005, não havia diferenças, que não estivessem cobertas por provisões, entre os valores das rubricas do activo circulante, calculadas de acordo com os critérios valorimétricos adoptados pela Empresa, e o respectivo valor de mercado ou de realização.

31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO

Determinadas empresas do Grupo (Impresa, Sojornal, Medipress e Imprejornal) assumiram o compromisso de conceder aos empregados e administradores remunerados admitidos até 5 de Julho de 1993 prestações pecuniárias a título de complemento de pensões de reforma por velhice e invalidez. Estas prestações são calculadas com base numa percentagem crescente com o número de anos de serviço, aplicada à tabela salarial, ou numa percentagem fixa aplicada ao salário base, à data de aniversário definida como sendo os valores em 2002.

Em 1987 as empresas supra referidas criaram um fundo de pensões autónomo para cobrir as suas

responsabilidades e as de outras empresas do grupo pelo pagamento das prestações pecuniárias acima referidas, sendo da responsabilidade da Empresa a gestão conjunta das responsabilidades decorrentes desta situação, bem como do respectivo fundo de pensões.

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De acordo com um estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do fundo, o valor actual das

responsabilidades do conjunto das empresas supra referidas por serviços passados dos seus empregados activos e reformados em 30 de Junho de 2005 foi estimado em 5.585.388 Euros, sendo que o valor do fundo a essa data ascendia a 6.235.853 Euros.

O estudo foi efectuado utilizando o método denominado por “Unit Credit Projected” para o cálculo das

pensões por velhice e o método denominado por “Prémios Únicos Sucessivos” para o cálculo das pensões por invalidez e considerou, naquela data, os seguintes principais pressupostos e bases técnicas e actuariais:

Taxa anual de rendimento do Fundo 6% Taxa de crescimento salarial 0% Taxa de crescimento do salário mínimo nacional 4,5% Taxa técnica actuarial 4%

Taxa de crescimento salarial para efeitos da determinação da pensão da Segurança Social 2%

Tábuas actuariais: Mortalidade: TV 73/77 Invalidez: EVK 80 Rotação de empregados: Nula 32. GARANTIAS PRESTADAS

Em 30 de Junho de 2005, a Impresa mantém o penhor de acções representativas de 100% do capital da Soincom para garantir o empréstimo contraído inicialmente por esta empresa participada junto da Caixa Geral de Depósitos, S.A., o qual foi transferido para a Impresa em 2001 e para garantir o empréstimo contraído junto da Caixa Banco de Investimento; adicionalmente, como garantia dos referidos empréstimos a Soincom tem empenhadas acções representativas de 51% do capital da sua participada SIC (Nota 50 (a)). Em 30 de Junho de 2005, a Impresa mantém o penhor das quotas representativas de 25,5% do capital da Edimpresa para garantir um empréstimo contraído pela Edimpresa junto do Banco Espírito Santo e do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A..

34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES

Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2005, o movimento ocorrido nas provisões foi o seguinte:

Saldo Transferências Saldoinicial (Nota 10) final

Provisões para perdas em investimentos financeiros 155.177 (155.177) -

36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL Em 30 de Junho de 2005, o capital da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e ascendia

a 84.000.000 Euros, estando representado por 84.000.000 de acções com o valor nominal de um Euro cada.

37. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL

A seguinte pessoa colectiva detém mais de 20% do capital subscrito em 30 de Junho de 2005: Impreger – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 50,31%

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40. MOVIMENTO OCORRIDO NAS RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO O movimento ocorrido nos saldos das rubricas do capital próprio, durante o semestre findo em 30 de Junho

de 2005, foi o seguinte: Saldo Aplicação do Saldoinicial Aumentos resultado final

Capital 84.000.000 - - 84.000.000Prémios de emissão de acções 97.902.257 - - 97.902.257Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas (2.154.467) - - (2.154.467)Reserva legal 281.051 - 310.538 591.589Resultados transitados (84.375.899) - 5.900.041 (78.475.858)Resultado líquido do exercício 6.210.579 5.881.050 (6.210.579) 5.881.050

101.863.521 5.881.050 - 107.744.571

Prémios de emissão de acções: O valor registado nesta rubrica resulta dos ágios obtidos nos aumentos de

capital ocorridos em exercícios anteriores. Segundo a legislação em vigor, a utilização do valor incluído nesta rubrica segue o regime aplicável à reserva legal, ou seja, não pode ser distribuído aos accionistas, podendo, contudo, ser utilizado para absorver prejuízos depois de esgotadas todas as outras reservas, ou incorporado no capital.

Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de

ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Aplicação de resultados: Conforme deliberado na Assembleia Geral realizada em 20 de Abril de 2005, o

resultado liquido do exercício findo em 30 de Junho de 2005 foi aplicado como segue: Reserva legal 310.538 Resultados transitados 5.900.041 -------------- 6.210.579 ======== 43. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS Com referência ao semestre findo em 30 de Junho de 2005, foram atribuídas remunerações aos membros

do Conselho de Administração da Impresa de 478.800 Euros e ao Fiscal Único de 13.500 Euros. 45. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros dos semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004 têm a seguinte

composição: 2005 2004 Custos e perdas: Juros suportados 867.253 1.096.567 Perdas em empresas do grupo (Nota 10) 258 25.898 Outros custos e perdas financeiros 40.224 4.228 ------------- ------------- 907.735 1.126.693 Resultados financeiros 9.687.699 6.890.484 -------------- -------------- 10.595.434 8.017.177 ======== ======== Proveitos e ganhos: Ganhos em empresas do grupo (Nota 10) 10.595.434 8.017.177 -------------- -------------- 10.595.434 8.017.177 ======== ========

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46. DEMOSTRAÇÕES DOS CUSTOS EXTRAORDINÁRIOS Os custos extraordinários dos semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004 têm a seguinte

composição: 2005 2004 Custos e perdas: Outros 107 1.605 ---- ------- 107 1.605 === ==== 48. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 30 de Junho de 2005, os saldos com estas entidades tinham a seguinte composição: Saldos devedores: Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (a) 12.300 ===== Saldos credores: Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 26.106 Imposto sobre o valor acrescentado – IVA 499 Contribuições para a Segurança Social 31.461 --------- 58.066 =====

(a) Este saldo inclui os pagamentos por conta realizados em 2005 e as retenções na fonte deduzidos da estimativa de imposto, como segue:

Pagamentos por conta 17.370 Estimativa de imposto ( 5.070 ) ---------

12.300 ===== 49. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Em 30 de Junho de 2005, estas rubricas têm a seguinte composição: Acréscimos de custos: Remunerações e bónus a liquidar 1.413.500 ======= Proveitos diferidos: Trespasse - Vasp 1.755.104

======= 50. DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Em 30 de Junho de 2005, o saldo de dívidas a instituições de crédito dizia respeito a:

Curto Médio e prazo longo prazo Total

Caixa Geral de Depósitos,S.A. (a) 2.000.000 27.250.000 29.250.000 Caixa Banco de Investimento, S.A. (b) 1.000.000 3.750.000 4.750.000 Descobertos bancários (c) 834.395 834.395

3.834.395 31.000.000 34.834.395

(a) Em Novembro de 1999, foi celebrado pelo Grupo um contrato de financiamento com a Caixa Geral de

Depósitos, S.A. no montante inicial de 54.867.769 Euros.

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O contrato de financiamento referente a este empréstimo tinha originalmente considerados

determinados covenants, os quais foram suspensos em 2001 por acordo com a Caixa Geral de Depósitos, S.A..

No segundo semestre de 2004 o Grupo procedeu à reestruturação da dívida através de aditamento ao

contrato inicial com a Caixa Geral de Depósitos, S.A., do qual resultou o seguinte plano de reembolso:

2005 - Segundo semestre 750.0002006 - Primeiro semestre 1.250.000

2.000.000

2006 - Segundo semestre 1.250.0002007 3.000.0002008 4.000.0002009 4.000.0002010 5.000.0002011 5.000.0002012 5.000.000

27.250.00029.250.000

Este empréstimo vence juros a uma taxa correspondente à EURIBOR a seis meses adicionada de

1,75% e o seu pagamento é efectuado semestral e postecipadamente.

Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo, em 31 de Dezembro de 2004, a Soincom mantém empenhadas acções representativas de 51% do capital da SIC e a Impresa acções representativas de 100% do capital da Soincom (Nota 33).

(b) O saldo desta rubrica refere-se a um empréstimo bancário contraído pela Impresa em 22 de Dezembro

de 2004 junto da Caixa Banco de Investimento, S.A., no montante de 5.000.000 Euros.

Este empréstimo vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a seis meses adicionada de 1,75% e o seu pagamento é efectuado semestral e postecipadamente, tendo-se vencido a primeira prestação em 22 de Junho de 2005. O saldo em dívida será amortizado conforme segue: 2005 - Segundo semestre 250.0002006 - Primeiro semestre 750.000

1.000.000

2006 - Segundo semestre 750.0002007 1.000.0002008 1.000.0002009 1.000.000

3.750.0004.750.000

Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo, em 30 de Junho de 2005, a Soincom mantém empenhadas acções representativas de 51% do capital da SIC e a Impresa acções representativas de 100% do capital da Soincom (Nota 33).

(c) Os descobertos bancários vencem juros a taxas de mercado para operações similares.

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51. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES A discriminação de caixa e seus equivalentes em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004 é como segue: 2005 2004 Numerário 2.119 871 Depósitos bancários 33.562 1.338.129 --------- ------------- 35.681 1.339.000 ------------ ------------- Descobertos bancários (Nota 50) ( 834.395 ) - ------------ ------------- Caixa e seus equivalentes ( 798.714 ) 1.339.000 ======= =======

52. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES A demonstração dos resultados por funções foi elaborada tendo em consideração o disposto na Directriz

Contabilística n.º 20, havendo os seguintes aspectos a salientar:

(a) A rubrica de “Custos administrativos” da demonstração dos resultados por funções (“DRF”) inclui diversas rubricas da demonstração dos resultados por naturezas (“DRN”), nomeadamente: “Fornecimentos e serviços externos”, “Custos com o pessoal” e “Amortizações do exercício”.

(b) A rubrica “Outros custos e perdas operacionais” da DRF inclui os valores registados nas rubricas

“Impostos” e “Outros custos e perdas operacionais” da DRN. 53. CONTINGÊNCIAS

Em 30 de Junho de 2005, encontram-se a decorrer contra algumas empresas do Grupo diversas acções interpostas por terceiros, cujos montantes e desfechos não são conhecidos à data de preparação destas demonstrações financeiras. Na opinião do Conselho de Administração/Gerência e dos advogados dessas empresas do Grupo, não se prevê que dessas acções venham a resultar responsabilidades de valores significativos, que não se encontrem cobertas por provisões registadas nas demonstrações financeiras em 30 de Junho de 2005 da Empresa ou dessas empresas do Grupo.

30 de Junho 31 de DezembroNotas de 2005 de 2004

ACTIVOS NÃO CORRENTES:Diferenças de consolidação 18 287.583.101 153.825.122Outros activos intangíveis 18 719.505 733.493Activos fixos tangíveis 19 34.782.338 35.047.098Investimentos financeiros 20 3.629.625 3.034.293Propriedades de investimento 21 10.790.914 11.447.236Direitos de transmissão de programas 22 14.007.481 19.042.218Existências 22 1.261.901 1.328.007Impostos diferidos 16 7.806.322 11.908.393

360.581.187 236.365.860

ACTIVOS CORRENTES:Direitos de transmissão de programas 22 23.005.151 18.746.829Existências 22 3.696.500 3.119.437Clientes e contas a receber 23 48.228.144 42.344.947Outros activos correntes 24 6.245.556 5.572.272Caixa e equivalentes de caixa 25 27.382.165 20.895.753

108.557.516 90.679.238469.138.703 327.045.098

CAPITAL PRÓPRIO:Capital 26 84.000.000 84.000.000Prémio de emissão de acções 26 97.902.257 97.902.257Reserva legal 26 591.590 281.051Resultados transitados e outras reservas 26 (70.827.151) (87.846.276)Resultado consolidado líquido do período 15.222.558 17.329.663

126.889.254 111.666.695Capital próprio atribuível aos accionistas minoritários 27 4.925.646 23.928.032

131.814.900 135.594.727

PASSIVO:PASSIVOS NÃO CORRENTES:

Empréstimos obtidos 28 210.852.507 95.095.495Fornecedores e contas a pagar 29 7.878.463 8.347.700Provisões 31 3.788.175 3.618.035

222.519.145 107.061.230

PASSIVOS CORRENTES:Empréstimos obtidos 28 37.591.044 17.417.248Fornecedores e contas a pagar 29 33.894.162 28.605.698Outros passivos correntes 30 43.319.452 38.366.195

114.804.658 84.389.141469.138.703 327.045.098

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BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 E 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em Euros)

CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO

ACTIVO

Total de activos não correntes

Total de activos correntesTOTAL DO ACTIVO

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO

O anexo faz parte integrante do balanço consolidado em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004.

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO

Capital próprio atribuível aos accionistas maioritários

Total de passivos não correntes

Total de passivos correntes

30 de Junho 30 de JunhoNotas de 2005 de 2004

PROVEITOS OPERACIONAIS:Vendas 9 e 10 23.781.752 19.123.983Prestações de serviços 9 e 10 111.760.497 107.039.048Outros proveitos operacionais 9 e 11 1.080.252 1.635.364

Total de proveitos operacionais 136.622.501 127.798.395

CUSTOS OPERACIONAIS:Custo dos programas emitidos e das mercadorias vendidas 14 (43.339.205) (42.885.500)Fornecimentos e serviços externos (32.232.147) (27.840.247)Custos com pessoal 13 (30.038.575) (29.096.803)Amortizações e depreciações 18 e 19 (4.429.190) (6.105.648)Provisões 31 (172.491) (421.346)Outros custos operacionais 11 (1.142.919) (1.427.932)

Total de custos operacionais (111.354.527) (107.777.476)

Resultados operacionais 25.267.974 20.020.919

RESULTADOS FINANCEIROS:Ganhos e perdas em empresas do grupo e associadas 15 595.332 897.127Outros custos financeiros 15 (5.341.566) (4.679.435)Outros proveitos financeiros 15 402.734 144.878

(4.343.500) (3.637.430)Resultados antes de impostos 20.924.474 16.383.489

Imposto sobre o rendimento do período 16 (4.981.418) (2.800.798)

Resultado consolidado líquido do período 15.943.056 13.582.691Atribuível a: Accionistas da empresa-mãe 15.222.558 8.558.427 Interesses minoritários 27 720.498 5.024.264

Resultado por acção Básico 17 0,1812 0,1019 Diluído 17 0,1796 0,1019

para os semestres findo em 30 de Junho de 2005 e 2004.O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos resultados por naturezas

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DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS POR NATUREZASPARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 E 2004

(Montantes expressos em Euros)

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DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS SEMESTRESFINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 E 2004

(Montantes expressos em Euros)

30 de Junho 30 de JunhoNotas de 2005 de 2004

ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de clientes 136.016.684 126.053.393Pagamentos a fornecedores (67.465.410) (66.871.677)Pagamentos ao pessoal (32.000.102) (32.142.211)

Fluxos gerados pelas operações 36.551.172 27.039.505Pagamento do imposto sobre o rendimento (778.200) (725.075)Outros recebimentos/(pagamentos) relativos à actividade operacional (2.441.615) 199.976

Fluxos das actividades operacionais (1) 33.331.357 26.514.406

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Recebimentos provenientes de:

Activos fixos tangíveis 1.005.410 11.634.852Juros e proveitos similares 218.059 118.048

1.223.469 11.752.900Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 8 (95.390.517) (481.813)Activos fixos tangíveis (4.791.327) (3.913.289)Compra de suprimentos 8 (57.109.483) -Outros activos intangíveis - (20.112)

(157.291.327) (4.415.214)Fluxos das actividades de investimento (2) (156.067.858) 7.337.686

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos de instituições de crédito 168.274.892 350.000Aumentos de prestações suplementares - 28.000

168.274.892 378.000Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos de instituições de crédito (35.288.145) (22.559.928)Juros e custos similares (5.807.457) (4.466.241)Dividendos (906.859) -

(42.002.461) (27.026.169)Fluxos das actividades de financiamento (3) 126.272.431 (26.648.169)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 3.535.930 7.203.923Alteração do perimetro de consolidação 6.418 (1.582.824)Caixa e seus equivalentes no início do período 20.893.382 9.886.550Caixa e seus equivalentes no fim do período 24.435.730 15.507.649

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos fluxos de caixa para os períodos findos em 30 de Junho de 2005 e 2004.

Capital próprioPrémio de Resultados atribuível a Total do

emissão Reserva transitados e Interesses capitalCapital de acções legal do periodo Total miniritários próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 84.000.000 97.902.257 281.051 (86.530.366) 95.652.942 15.699.543 111.352.485Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS - - - (1.315.702) (1.315.702) (1.075.455) (2.391.157)

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 reexpresso 84.000.000 97.902.257 281.051 (87.846.068) 94.337.240 14.624.088 108.961.328

Resultado consolidado líquido do semestre findo em 30 de Junho de 2004 - - - 8.558.427 8.558.427 5.024.264 13.582.691

Alteração do perímetro de consolidação - - - (208) (208) (1.879.523) (1.879.731)Saldo em 30 de Junho de 2004 84.000.000 97.902.257 281.051 (79.287.849) 102.895.459 17.768.829 120.664.288

Resultado consolidado líquido do segundosemestre do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 - - - 8.771.236 8.771.236 6.019.205 14.790.441

Alteração do perímetro de consolidação - - - - - 139.998 139.998Saldo em 31 de Dezembro de 2004 84.000.000 97.902.257 281.051 (70.516.613) 111.666.695 23.928.032 135.594.727

Aplicação do resultado consolidado do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 - - 310.539 (310.539) - - -

Resultado consolidado líquido do Semestre findo em 30 de Junho de 2005 - - - 15.222.558 15.222.558 720.498 15.943.056

Alteração do perímetro de consolidação - - - - - (19.722.884) (19.722.884)Saldo em 30 de Junho de 2005 84.000.000 97.902.257 591.590 (55.604.593) 126.889.254 4.925.646 131.814.900

e para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004.

Capital próprio atribuível aos accionistas maioritários

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada de alterações no capital próprio para os semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004

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DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE ALTERAÇÃO NO CAPITAL PRÓPRIOPARA OS PERÍODOS FINDOS EM 30 DE JUNHO 2005 E 2004

(Montantes expressos em Euros)

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NOTA INTRODUTÓRIA A Impresa – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“Impresa”) tem sede em Lisboa, na Rua Ribeiro Sanches nº 65, foi constituída em 18 de Outubro de 1990 e tem como actividade principal a gestão de participações sociais noutras sociedades. O Grupo Impresa (“Grupo”) é constituído pela Impresa e empresas subsidiárias (Nota 4). O Grupo actua na área de media, nomeadamente através da difusão de programas de televisão e da edição de publicações (jornais e revistas) e de outros meios audiovisuais. Estas demonstrações financeiras foram autorizadas para publicação em 22 de Julho de 2005 pelo Conselho de Administração da Impresa. 2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 4 e 5), organizados e elaborados segundo as disposições do normativo contabilístico vigente em Portugal (Plano Oficial de Contabilidade e Directrizes Contabilísticas da Comissão de Normalização Contabilística), ajustados para dar cumprimento às Normas Internacionais de Relato Financeiro efectivas para os exercícios iniciados em 1 de Janeiro de 2005. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, quer as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), quer as Normas Internacionais de contabilidade (“IAS”) emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respectivas interpretações – SIC e IFRIC, emitidas pelos “Internacional Financial Reporting Interpretation Comitee” (“IFRIC”) e Standing Interpretation Committee. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações será designado genericamente por “IFRS”. A Impresa adoptou os IFRS na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas pela primeira vez no exercício de 2005, pelo que nos termos do disposto no IFRS 1 – Primeira Adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS 1”), se considera que a transição dos princípios contabilísticos portugueses para o normativo internacional se reporta a 1 de Janeiro de 2004. As demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2004 e 30 de Junho de 2004, apresentadas para efeitos comparativos, foram igualmente preparadas de acordo com aqueles princípios, considerando adicionalmente as disposições do IFRS 1 na determinação dos ajustamentos efectuados à data de 1 de Janeiro de 2004 (data de transição). As divulgações requeridas pelo IFRS 1, relativas à transição do normativo contabilístico em vigor em Portugal para os IFRS, são apresentadas na Nota 37. O efeito dos ajustamentos relacionados com a adopção dos IFRS, reportados a 1 de Janeiro de 2004, foi registado em resultados transitados, conforme estabelecido pelo IFRS 1. As demonstrações financeiras consolidadas intercalares são apresentadas atendendo às disposições do IAS 34 – “Relato Financeiro Intercalar”. Porém, por se tratar das primeiras demonstrações financeiras preparadas de acordo com os IFRS, procedeu-se a uma apresentação mais alargada das notas explicativas.

2.2. Princípios de consolidação

a) Empresas controladas

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente a maioria dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais, foram incluídas nestas demonstrações financeiras consolidadas, pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, é apresentado separadamente no balanço consolidado e na demonstração consolidada dos resultados, na rubrica “Interesses minoritários”. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas na Nota 4. Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da subsidiária, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os accionistas minoritários tenham a obrigação de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiária

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subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada. Os activos, passivos e passivos contingentes de uma subsidiária são mensurados pelo respectivo justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos activos líquidos identificáveis é registado como Diferença de consolidação. Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dos activos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho na demonstração dos resultados do período em que ocorre a aquisição. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados. Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua alienação. As transacções e saldos significativos entre as empresas incluídas na consolidação foram eliminados no processo de consolidação. As mais-valias decorrentes da alienação de empresas participadas, efectuadas dentro do Grupo, são igualmente anuladas. Sempre que necessário são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas subsidiárias tendo em vista a uniformização das respectivas políticas contabilísticas com as do Grupo.

b) Empresas controladas conjuntamente As participações financeiras em empresas, nas quais o Grupo detém um controlo partilhado das suas políticas financeiras e operacionais, foram incluídas nestas demonstrações financeiras consolidadas, pelo método de consolidação proporcional. De acordo com este método os activos, passivos, proveitos e custos destas empresas foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, rubrica a rubrica na proporção do controlo atribuível ao Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas são eliminados, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. A classificação dos investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente é determinada com base no controlo efectivo exercido sobre a empresa participada, avaliado nomeadamente pelo número de administradores nomeados e na influência na gestão da empresa participada. As empresas conjuntamente controladas encontram-se detalhadas na Nota 5.

c) Investimentos em associadas

Uma empresa associada é uma entidade na qual o Grupo exerce influência significativa, mas não detém controlo ou controlo conjunto, através da participação nas decisões relativas às suas políticas financeiras e operacionais. Os investimentos financeiros nas empresas associadas (Nota 6) encontram-se registados pelo método da equivalência patrimonial, excepto quando são classificados como detidos para venda, sendo as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido da diferença entre esse custo e o valor proporcional à participação nos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do referido método. De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas periodicamente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas associadas por contrapartida de ganhos ou perdas financeiros (Nota 15), e por outras variações ocorridas nos seus capitais próprios por contrapartida da rubrica “Resultados transitados e outras reservas”, bem como pelo reconhecimento de perdas de imparidade. O Grupo suspende a aplicação do método de equivalência patrimonial quando o investimento na associada for reduzido a zero, e apenas é reconhecido um passivo, se existirem obrigações legais ou construtivas perante associadas ou os seus credores ou se tiverem sido efectuados pagamentos a favor da associada. Se posteriormente a associada apresentar lucros o método de equivalência patrimonial é retomado após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas. É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrarem existir. Quando as perdas de imparidade reconhecidas em períodos anteriores deixam de existir são objecto de reversão.

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Qualquer excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos activos líquidos identificáveis é registado como Diferença de consolidação e incluído na quantia escriturada do investimento. Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dos activos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho na demonstração dos resultados do período em que ocorre a aquisição. Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros. Os ganhos não realizados em transacções com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade.

d) Investimentos em outras empresas

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas participadas em menos de 20% para os quais não existem referências de mercado foram valorizados ao custo de aquisição, ou pelo seu valor estimado de realização, quando este é mais baixo.

2.3. Activos intangíveis a) Diferenças de consolidação (“Goodwill”)

O goodwill representa o excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos activos e passivos identificáveis de uma subsidiária, associada ou entidade conjuntamente controlada, na respectiva data de aquisição. Nos casos em que o custo de aquisição é inferior ao justo valor dos activos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho na demonstração dos resultados do período em que ocorre a aquisição. Decorrente da excepção prevista no IFRS 1, o Grupo não aplicou retrospectivamente as disposições do IFRS 3 às aquisições ocorridas anteriormente a 1 de Janeiro de 2004, pelo que as diferenças de consolidação originadas em aquisições anteriores à data de transição para os IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram mantidas pelos valores líquidos apresentados de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, ajustados pelos activos incorpóreos não aceites pelos IFRS, e objecto de testes de imparidade, sendo os impactos desses ajustamentos registados em “Resultados transitados”, conforme disposto no IFRS 1. O goodwill é registado como activo e não é sujeito a depreciação, sendo apresentado autonomamente no balanço. Anualmente, ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor, os valores de goodwill são sujeitos a testes de imparidade. Qualquer perda de imparidade é registada de imediato como custo na demonstração dos resultados do período e não pode ser susceptível de reversão posterior. Na alienação de uma subsidiária, associada ou entidade conjuntamente controlada, o correspondente goodwill é incluído na determinação da mais ou menos valia.

b) Activos intangíveis, excepto diferenças de consolidação

Os activos intangíveis, que compreendem software (excluindo aquele que se encontra associado a activos fixos tangíveis), despesas com registo de marcas e títulos, licenças e outros direitos de uso, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade acumuladas. Os activos intangíveis apenas são reconhecidos quando for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis e sejam fiavelmente mensuráveis. Os activos intangíveis gerados internamente, nomeadamente, as despesas com investigação e desenvolvimento corrente são registadas como custo quando incorridas. Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como custos na demonstração dos resultados quando incorridos, excepto quando os custos de desenvolvimento estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos intangíveis.

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As amortizações são calculadas, a partir do momento em que os activos se encontram disponíveis para utilização, pelo método das quotas constantes em conformidade, com o período de vida útil estimado, o qual varia entre três a seis anos.

2.4. Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis adquiridos até 31 de Dezembro de 2003, encontram-se registados ao custo considerado, que corresponde ao seu custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado com base em índices de preços nos termos da legislação fiscal em vigor, deduzidos das correspondentes depreciações acumuladas. A partir dessa data, os activos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou de produção, deduzidos de depreciações acumuladas e perdas de imparidade acumuladas. Considera-se como custo de aquisição o preço de compra adicionado das despesas imputáveis à compra, estimativa dos custos de desmantelamento, remoção dos activos e requalificação do local. Decorrente da excepção prevista no IFRS 1, as reavaliações efectuadas antes da data de transição foram mantidas, designando-se esse valor como custo considerado para efeitos de IFRS. As perdas estimadas decorrentes da substituição de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por motivos de obsolescência tecnológica, são reconhecidas como uma dedução ao activo respectivo por contrapartida de resultados do período. Os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são registados como custo quando incorridos. As benfeitorias e beneficiações apenas são registadas como activos nos casos em que correspondem à substituição de bens, os quais são abatidos, e conduzem a um acréscimo dos benefícios económicos futuros. Os activos tangíveis em curso são registados ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas de imparidade acumuladas, e começam a ser depreciados a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou disponíveis para utilização. Os activos fixos tangíveis são depreciados a partir do momento em que se encontram disponíveis para o uso pretendido. A sua depreciação é calculada sobre o custo de aquisição, deduzido do valor residual (quando relevante), de acordo com o método das quotas constantes, a partir do mês que se encontram disponíveis para utilização, em conformidade com a vida útil dos activos definida em função da utilidade esperada:

Anos Edifícios e outras construções 10 - 50 Equipamento básico 4 - 24 Equipamento de transporte 3 - 6 Ferramentas e utensílios 3 - 8 Equipamento administrativo 3 – 10 Outras imobilizações corpóreas 4 – 8

2.5. Locação financeira e operacional

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

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Os activos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado como um activo tangível, ao mais baixo do valor presente das rendas futuras ou do justo valor do activo na data do contrato, por contrapartida da responsabilidade correspondente. Os activos são depreciados de acordo com a sua vida útil estimada, as rendas são registadas como uma redução das responsabilidades (passivo) e os juros e a depreciação do activo são reconhecidos como custos na demonstração consolidada dos resultados do período a que dizem respeito. Nas locações operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração consolidada dos resultados durante o período do contrato de locação.

2.6. Propriedades de investimento As propriedades de investimento compreendem essencialmente terrenos e edifícios detidos para

arrendamento, valorização do capital investido, ou ambos, e não para uso na produção ou fornecimento de bens e serviços para fins administrativos.

As propriedades de investimento são registadas inicialmente ao custo de aquisição acrescido dos custos de transacção, tendo o Grupo optado pela sua mensuração ao custo histórico. Os custos incorridos com manutenção, reparação, seguros e impostos suportados, assim como os possíveis rendimentos auferidos das propriedades de investimento, são reconhecidos na demonstração consolidada dos resultados do período a que respeitam.

2.7. Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes detidos para venda (ou operações descontinuadas e conjunto de activos e passivos relacionados) são mensurados ao menor do valor contabilístico ou do respectivo valor de venda, deduzido dos custos para vender e são classificados como detidos para venda se o respectivo valor for realizável através de uma transacção de venda ao invés de ser através do seu uso continuado. Considera-se que esta situação se verifica apenas quando: (i) a venda é muito provável e o activo está disponível para venda imediata nas suas actuais condições; (ii) a gestão está comprometida com um plano de venda; e, (iii) é expectável que a venda se concretize num período de 12 meses.

2.8. Instrumentos financeiros

2.8.1. Clientes e dívidas de terceiros

As dívidas de clientes e as outras dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade, para que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.

2.8.2. Caixa e equivalentes a caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e seus equivalentes correspondem aos valores em caixa, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de 3 meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e seus equivalentes compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica “Empréstimos”, no balanço.

2.8.3. Títulos negociáveis e outras aplicações de tesouraria

Os títulos negociáveis e as outras aplicações de tesouraria com vencimento a mais de três meses encontram-se registados ao mais baixo do custo de aquisição ou do valor de mercado, e registam-se na rubrica de “Outros activos correntes” (Nota 24).

2.8.4. Contas a pagar

As contas a pagar não vencem juros e são registadas pelo seu valor nominal.

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2.8.5. Empréstimos bancários

Os empréstimos são reconhecidos inicialmente ao seu justo valor, líquido de despesas com a emissão desses empréstimos e de custos de transacção incorridos. Em períodos subsequentes, os empréstimos são registados ao custo amortizado; qualquer diferença entre os montantes recebidos (líquidos dos custos de transacção) e o valor a pagar são reconhecidos na demonstração dos resultados durante o período dos empréstimos usando o método da taxa de juro efectiva. Os empréstimos com vencimento inferior a doze meses são classificados como passivos correntes, a não ser que o grupo tenha o direito incondicional para diferir a liquidação do passivo por mais de 12 meses após a data do balanço.

2.8.6. Outros instrumentos financeiros

O Grupo recorre a instrumentos financeiros derivados com o objectivo de efectuar cobertura dos riscos financeiros a que se encontra exposto, decorrentes de variações nas taxas de juro e taxas de câmbio. Neste sentido, o Grupo não recorre à contratação de instrumentos financeiros derivados com objectivos especulativos. O recurso a instrumentos financeiros obedece às políticas internas definidas pelo Conselho de Administração. Os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O método de reconhecimento depende da natureza e objectivo da sua contratação. Contabilidade de cobertura A possibilidade de designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições do IAS 39, nomeadamente, quanto à respectiva documentação e efectividade. As variações no justo valor dos instrumentos derivados designados como cobertura de “justo valor” são reconhecidas como resultado financeiro do período, bem como as alterações no justo valor do activo ou passivo sujeito àquele risco. As variações no justo valor dos instrumentos derivados designados como cobertura de “cash-flow” são registadas em “Outras reservas” na sua componente efectiva e em resultados financeiros na sua componente não efectiva. Os valores registados em “Outras reservas” são transferidos para resultados financeiros no período em que o item coberto tem igualmente efeito em resultados. A contabilização de cobertura é descontinuada quando o instrumento de cobertura atinge a maturidade, o mesmo é vendido ou exercido, ou quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos exigidos no IAS 39.

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Instrumentos de negociação Relativamente aos instrumentos financeiros derivados que, embora contratados com o objectivo de efectuar cobertura económica de acordo com as políticas de gestão de risco do Grupo, não cumpram todas as disposições do IAS 39 no que respeita à possibilidade de qualificação como contabilidade de cobertura, as respectivas variações no justo valor são registadas na demonstração de resultados do período em que ocorrem.

2.9. Existências e direitos de transmissão de programas

As existências encontram-se valorizadas ao custo de produção (ou de aquisição, conforme aplicável) ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. A SIC tem como política registar na rubrica “Direitos de transmissão de programas” os direitos adquiridos a terceiros para transmissão de programas, por contrapartida da rubrica “Fornecedores e contas a pagar”, a partir da data de entrada em vigor desses direitos e sempre que, simultaneamente, se verifiquem as seguintes condições:

- Os custos relativos aos direitos de transmissão de programas são conhecidos e podem ser razoavelmente determinados;

- O conteúdo dos programas foi aceite pela SIC de acordo com as condições estabelecidas

contratualmente; e - Os programas estão disponíveis para exibição sem restrição.

Os direitos de transmissão de programas correspondem essencialmente a contratos ou acordos celebrados com terceiros para exibição de filmes, séries e outros programas de televisão, sendo valorizados ao custo específico de aquisição. O custo dos programas é registado na demonstração dos resultados no momento em que os mesmos são exibidos, tendo em consideração o número de exibições estimados e os benefícios estimados de cada exibição. Na Nota 34.2 é apresentada informação sobre os compromissos financeiros futuros assumidos pela SIC para aquisição de programas. São registadas perdas por imparidade (Notas 22 e 31) nos casos em que o custo é superior ao valor estimado de recuperação.

2.10. Provisões, passivos e activos contingentes

As provisões são reconhecidas pelo Grupo quando, e somente quando, existe uma obrigação presente (legal ou implícita) para o Grupo resultante de um evento passado, para cuja resolução é provável ser necessário um dispêndio de recursos internos, e cujo montante possa ser razoavelmente estimado. As provisões para custos de reestruturação apenas são reconhecidas quando existe um plano formal e detalhado, identificando as principais características do projecto e após terem sido comunicados esses factos às entidades envolvidas. O valor das provisões é revisto e ajustado à data do balanço, de modo a reflectir a melhor estimativa nesse momento. Quando uma das condições acima descritas não é preenchida, o passivo contingente correspondente não é reconhecido, sendo apenas divulgado (Nota 33), a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação. Os activos contingentes decorrentes de eventos passados, cuja existência dependa da ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos que não estão completamente sob o controlo do Grupo, não são registados, sendo contudo objecto de divulgação no anexo às demonstrações financeiras.

2.11. Responsabilidades com pensões

Determinadas empresas do Grupo assumiram o compromisso de conceder aos seus empregados e administradores remunerados admitidos até 5 de Julho de 1993 prestações pecuniárias a título de complementos de reforma por velhice e invalidez. Estas prestações consistem numa percentagem,

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crescente com o número de anos de serviço, aplicada à tabela salarial, ou uma percentagem fixa aplicada ao salário base, à data de aniversário definida como sendo os valores em 2002. As responsabilidades pelo pagamento de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência são registadas de acordo com os critérios consagrados no IAS 19. Esta norma estabelece a obrigatoriedade das empresas com planos de pensões reconhecerem os custos com a atribuição destes benefícios à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários. Deste modo, no final de cada período contabilístico o Grupo obtém um estudo actuarial elaborado por uma entidade independente, no sentido de determinar o valor das suas responsabilidades a essa data e o custo com pensões a registar nesse período. As responsabilidades assim estimadas são comparadas com o valor de mercado dos activos do fundo de pensões, de forma a determinar o montante das contribuições a efectuar ou registar no passivo. Os custos com pensões são registados na rubrica “Custos com o pessoal – Encargos sociais”, com base nos valores determinados pelo estudo actuarial.

O Grupo não adoptou a excepção preconizada no IFRS 1, pelo que as normas internacionais de contabilidade foram aplicadas retrospectivamente desde o início do plano. O reconhecimento em resultados dos ganhos e perdas actuariais não segue a regra do “corredor”, sendo utilizado um método de reconhecimento mais rápido, que consiste no reconhecimento imediato de todas as perdas e ganhos actuariais.

2.12. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento é registado de acordo com o preconizado pelo IAS 12 – “Imposto sobre o rendimento”. Na mensuração do custo relativo ao imposto sobre o rendimento do exercício, para além do imposto corrente, calculado com base nos resultados antes de impostos, ajustados pelas legislações fiscais aplicáveis, são também considerados os efeitos resultantes das diferenças temporárias entre os resultados antes de impostos e o lucro tributável, originadas no período ou decorrentes de exercícios anteriores, bem como o efeito dos prejuízos fiscais reportáveis existentes à data do balanço. Tal como estabelecido na referida norma, são reconhecidos activos por impostos diferidos apenas quando exista razoável segurança de que estes poderão vir a ser utilizados na redução do resultado tributável futuro, ou quando existam impostos diferidos passivos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os impostos diferidos activos sejam revertidos. No final de cada exercício é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

2.13. Subsídios atribuídos para financiamento de imobilizações corpóreas

Os subsídios estatais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão. Os subsídios atribuídos às empresas do Grupo, a fundo perdido, para financiamento de imobilizações corpóreas são registados, como proveitos diferidos e reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às depreciações dos activos fixos tangíveis subsidiados.

2.14. Rédito e especialização de exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas (que respeitam essencialmente à venda de jornais, revistas, CD’s, livros e outras publicações) são reconhecidos na demonstração dos resultados consolidada quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização pelo justo valor do montante recebido ou a receber. Os proveitos resultantes da subscrição e assinaturas de revistas são diferidos ao longo do período de subscrição. Os proveitos decorrentes da prestação de serviços (essencialmente, cedência de espaço publicitário em jornais, revistas e televisão, e proveitos com a impressão de jornais) são reconhecidos na demonstração dos resultados consolidada no momento da sua inserção/exibição ou impressão. As prestações de serviços são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

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Origem do rédito Classificação Momento do reconhecimento

Venda de jornais Vendas No período em que os jornais estão em bancaVenda de revistas Vendas No período em que as revistas estão em bancaVenda de CD'S, livros e outras publicações Vendas No período em que os bens estão em bancaExibição de anúncios Prestações de serviços No momento em que a publicidade é exibidaPublicação de anúncios Prestações de serviços No momento em que a publicidade é publicadaImpressão de jornais Prestações de serviços No momento da impressão do jornal Os juros e proveitos financeiros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e de acordo com a taxa de juro efectiva aplicável. Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

2.15. Imparidade de activos (excepto diferenças de consolidação)

É efectuada uma avaliação de imparidade anual e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado. Em caso de existência de indícios de imparidade, o Grupo procede à determinação do valor recuperável do activo, de modo a determinar a extensão da perda de imparidade, se alguma. Nas situações em que o activo individualmente não gera cash-flows de forma independente de outros activos, a estimativa do valor recuperável é efectuada para a unidade geradora de caixa a que o activo pertence. Activos intangíveis de vida útil indefinida são sujeitos a testes de imparidades anuais ou sempre que se verifica existirem indícios de que a mesma exista. Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Outros custos operacionais”. A quantia recuperável é a mais alta de entre o preço de venda líquido (valor de venda, deduzido dos custos para vender) e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como “Outros proveitos operacionais”. Esta reversão da perda de imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda de imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores. No que se refere às diferenças de consolidação, as perdas de imparidade não são revertidas.

2.16. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes à data do balanço, publicadas pelo Banco de Portugal, excepto nas situações em que existem contratos de fixação de taxas de câmbio, em que é utilizada a taxa definida naqueles contratos (Nota 2.8). As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração dos resultados do período.

2.17. Classificação de balanço

São classificados, respectivamente, no activo e no passivo como correntes, os activos realizáveis e os passivos exigíveis a menos de um ano da data do balanço, ou que são expectáveis que se realizem no decurso normal das operações da empresa, ou que são detidos com a intenção de transacção em prazo inferior a um ano.

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2.18. Eventos subsequentes

Os eventos após a data de balanço que proporcionem informação adicional sobre as condições que existiam à data de balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data de balanço que proporcionem informação adicional sobre as condições que ocorrem após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS, ESTIMATIVAS E ERROS FUNDAMENTAIS

Em resultado de incertezas inerentes à actividade, a base dos valores estimados é a última informação disponível fiável. A revisão de uma estimativa de um período anterior não é considerada como um erro. As alterações de estimativas apenas são reconhecidas prospectivamente em resultados e são alvo de divulgação quando o impacto é materialmente relevante. Quando são identificados erros materiais relativos a períodos anteriores, de acordo com os IFRS, procede-se à correcção retrospectiva da informação comparativa apresentada nas demonstrações financeiras do período em que são identificados.

4. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As empresas incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 30 de Junho

de 2005, são as seguintes:

Percentagemefectiva em

Percentagemefectiva em

Denominação social Sede Actividade principal 30-06-2005 31-12-2004

Impresa - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (empresa - mãe) Lisboa Gestão de participações sociais Mãe MãeControljornal - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. ("Controljornal") Lisboa Gestão de participações sociais 100,00% 100,00%Imprejornal - Sociedade de Impressão, S.A. ("Imprejornal") Lisboa Impressão gráfica 100,00% 100,00%Interjornal - Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. ("Interjornal") Lisboa Edição de publicações 100,00% 100,00%Media Zoom - Serviços Técnicos e Produção

Multimédia, Lda. ("Media Zoom", anteriormente designada por Cinforma) Lisboa Produção multimédia 100,00% 100,00%Medipress - Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. ("Medipress") Lisboa Edição de publicações 100,00% 100,00%SIC - Sociedade Independente de Comunicação, S.A. ("SIC") Carnaxide Televisão generalista 100,00% 51,00%SIC - Novos Projectos e Serviços Técnicos em Telecomunicações e

Multimédia, Sociedade Unipessoal, Lda. ("SIC Serviços") Carnaxide Prestação de serviços 100,00% 51,00%SIC Online - Comunicação e Internet, Sociedade Unipessoal, Lda. ("SIC Online") Carnaxide Prestação de serviços 100,00% 51,00%Soincom - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. ("Soincom") Lisboa Gestão de participações sociais 100,00% 100,00%Sojornal - Sociedade Jornalística e Editorial, S.A. ("Sojornal") Lisboa Edição de publicações 100,00% 100,00%Solo - Investimentos em Comunicação, SGPS, S.A. ("Solo") Lisboa Gestão de participações sociais 100,00% -Publisurf - Edições e Publicidade, Lda. ("Publisurf") Lisboa Edição de publicações 99,00% 99,00%Gesco - Gestão de Conteúdos e Meios de Comunicação Social, S.A. ("Gesco") Lisboa Gestão de conteúdos 75,00% 75,00%SIC INDOOR – Gestão de Suportes Publicitários, S.A. (“SIC Indoor”) Carnaxide Televisão: circuito fechado 65,00% 65,00%Lisboa TV - Informação e Multimédia, S.A. ("SIC Notícias") Lisboa Televisão por cabo 60,00% 30,60%Publiregiões - Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. ("Publiregiões") Lisboa Edição de publicações 60,00% 60,00%SIC Filmes, Lda. ("SIC Filmes") Carnaxide Produção de filmes 51,00% 25,50%

Estas empresas subsidiárias foram incluídas na consolidação pelo método de integração global.

5. EMPRESAS CONSOLIDADAS PROPORCIONALMENTE As empresas incluídas na consolidação pelo método proporcional, suas sedes sociais e proporção do

capital detido em 30 de Junho de 2005, são as seguintes:

Percentagemefectiva em

Percentagemefectiva em

Denominação social Sede Actividade principal 30-06-2005 31-12-2004

Edimpresa - Editora, Lda. ("Edimpresa") e subsidiárias: Oeiras Edição de publicações 50,00% 50,00%Edimpresa.com - Internet e Multimédia, Unipessoal, Lda. ("Edimpresa.com") Oeiras Conteúdos de internet 50,00% 50,00%Hearst Edimpresa - Editora de Publicações, S.A. ("Hearst Edimpresa") Oeiras Edição de publicações 25,00% 25,00%Comfutebol - Edições Desportivas, Lda. ("Comfutebol") Lisboa Edição de publicações 25,00% 25,00%

Office Share - Gestão de Imóveis e Serviços, Lda. ("Office Share") Oeiras Gestão de imoveis e serviços 50,00% 50,00%

Estas empresas participadas foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método

proporcional uma vez que o seu controlo e gestão são equitativamente partilhados com outro sócio ou accionista. Os valores dos activos, passivos, proveitos e custos encontram-se evidenciados na Nota 9.

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6. EMPRESAS ASSOCIADAS Os investimentos financeiros em empresas associadas são registados pelo método da equivalência

patrimonial. A proporção do capital detido em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004 pelo Grupo é como segue:

Percentagem efectiva Percentagem efectivado capital detido em do capital detido em

Denominação social 30-06-2005 31-12-2004

Global S 24 – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (a) 50,00% 25,50%Vasp – Sociedade Transportes e Distribuições, Lda. (“Vasp”) (b) 33,33% 33,33%Lusa – Agência de Notícias de Portugal, S.A. (“Lusa”) (c) 22,35% 22,35%

(a) Participação detida pela SIC Online. (b) Participação detida pela Impresa.

(c) Participação detida pela Controljornal.

7. OUTRAS EMPRESAS Os investimentos financeiros em empresas participadas, e a proporção do capital detido em 30 de Junho

de 2005 e 31 de Dezembro de 2004 pelo Grupo, são como segue:

Percentagem efectiva Percentagem efectivado capital detido em do capital detido em

Denominação social 30-06-2005 31-12-2004

PTDP – Plataforma de Televisão Digital Portuguesa, S.A. (“PTDP”) (a) 10,00% 5,10%NP - Notícias de Portugal, C.R.L. (“NP”) (b) 8,93% 6,70%Morena Films, Lda. (“Morena Films”) (a) 4,73% 2,41%Sociedade Gestora de Televisión, Net TV, S.A. (“Net TV”) (a) 5,10% 2,61% Estas participações financeiras encontram-se registadas ao custo de aquisição ou ao valor estimado de realização, quando mais baixo.

(a) Participações detidas pela SIC.

(b) Participação detida pela Sojornal, SIC e Edimpresa.

8. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERIMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

As alterações ocorridas no perímetro de consolidação no semestre findo em 30 de Junho de 2005 resultaram essencialmente da aquisição, reportada a 1 de Janeiro de 2005, de uma parcela de 49% da SIC, passando o Grupo a deter a totalidade do seu capital. Esta aquisição foi como segue: Aquisição directa a accionistas minoritários (30,65%) 95.389.517Aquisição da Solo SGPS, S.A., que detém 18,35% da SIC 1.000Aquisição de suprimentos concedidos à Solo SGPS, S.A. 57.109.483Preço de aquisição 152.500.000

No âmbito da aquisição da Solo, SGPS, S.A. foram adquiridos, por 57.109.483 Euros, suprimentos com o valor nominal de 123.590.583 Euros. Uma vez que o único activo da Solo é a participação de 18,35% da SIC, e que esta empresa foi adquirida apenas com o objectivo de aquisição daquela participação, o qual não pode ser dissociado da aquisição de 30,65% da SIC directamente aos anteriores accionistas da Solo, o diferencial entre o valor pago pelo suprimentos e o seu valor nominal de 66.481.100 Euros foi imputado à diferença de compra originada na aquisição directa de 30,65% da SIC.

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Os impactos no balanço em 30 de Junho de 2005 foram os seguintes:

Justovalor

Activos líquidos adquiridos:Goodwill registado no balanço da Solo (Nota 18.a)) 92.986.242Diferenças de consolidação (Nota 18.a)) 40.771.737Capital próprio atribuível aos accionistas minoritários adquirido (Nota 27) 18.752.612Outros (10.591)Preço de aquisição 152.500.000

A Empresa encontra-se a proceder a uma avaliação do justo valor dos activos adquiridos, a concluir até 31 de Dezembro de 2005, por forma a proceder até àquela data à correspondente imputação da diferença de compra. Os impactos das aquisições na demonstração consolidada dos resultados foram os seguintes: Proveitos operacionais 1.682Custos operacionais (270)Custos de reestruturação -Resultado financeiro (95)Resultado antes de imposto 1.317

Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2005 ocorreu a fusão da Mediger – Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. na Medipress – Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. e a empresa Sojornal.com – Consultoria Internet, Lda. foi dissolvida.

Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2004 verificaram-se as seguintes alterações no perímetro de consolidação do Grupo: - Aquisição da restante participação financeira no capital da Mediger, passando esta participada a ser

registada pelo método de integração global. - A Office Share e a Edimpresa que haviam sido incluídas no consolidado pelo método de integração

global até 31 de Dezembro de 2003, passaram a ser incluídas pelo método proporcional em virtude de a partir de 2004 o seu controlo e gestão ser equitativamente partilhado com outro sócio.

- Dissolução da Litechoice e da Impresa.com – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.,

conforme deliberado em respectivas Assembleias Gerais. Até 31 de Dezembro de 2003 estas empresas haviam sido incluídas no consolidado pelo método integral.

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9. RELATO POR SEGMENTOS

A identificação dos segmentos reportáveis pelo Grupo assenta na combinação das diferenças nos produtos e serviços e diferenças nos quadros legais. Estes segmentos são consistentes com a forma como o Grupo analisa o seu negócio. Assim, tendo em consideração os factores acima mencionados, o Grupo identificou os seguintes segmentos reportáveis: Televisão – O Grupo detém uma participação de 100% na SIC (51% até 31 de Dezembro de 2004, tendo adquirido o remanescente do seu capital em 2005), que transmite em sinal aberto e por cabo os canais de televisão “SIC”, “SIC Notícias”, “SIC Radical”, “SIC Comédia”, “SIC Internacional”, “SIC Mulher” e ainda em circuito fechado a “SIC INDOOR”. Revistas – O Grupo publica, através da Edimpresa, um vasto leque de revistas sobre diversos temas, incluindo negócios, política, automóveis e sociedade. Adicionalmente, o Grupo inclui neste segmento a Comfutebol (que se encontra em processo de descontinuação) e metade da actividade da Gesco. Jornais – O Grupo publica o semanário “Expresso”, o jornal de música semanal “Blitz”, o jornal semanal de automóveis “Autosport”, a edição mensal “Surf Portugal”, o jornal semanal “Courrier Internacional” e a edição gratuita “Jornal da Região”. Adicionalmente, o Grupo inclui neste segmento a Imprejornal (empresa que se encontra em processo de alienação) e metade da actividade da Gesco. Outros – Incluem as “holdings” do Grupo e a Office-Share. Não existe nenhum cliente que contribua com 10% ou mais para as receitas do Grupo em qualquer dos períodos apresentados nas demonstrações dos resultados. As transacções entre segmentos são registadas segundo os mesmos princípios das transacções com terceiros. As políticas contabilísticas de cada segmento são as mesmas do Grupo. A maioria das receitas do Grupo são geradas em território nacional e a maioria dos activos estão também localizados em território nacional. a) Relato por segmento principal – Segmento de negócio:

Em 30 de Junho de 2005:

Total dos TotalTelevisão Jornais Revistas Outros segmentos Eliminações consolidado

Vendas - clientes externos - 10.783.237 12.998.515 - 23.781.752 - 23.781.752Vendas - inter-segmentos - 382 7.178 - 7.560 (7.560) -Prestações de serviços - clientes externos 84.441.895 19.489.074 7.829.528 - 111.760.497 - 111.760.497Prestações de serviços - inter-segmentos 735.363 186.253 161.963 - 1.083.579 (1.083.579) -Outros proveitos operacionais - clientes externos 466.052 23.260 172.588 418.352 1.080.252 - 1.080.252Outros proveitos operacionais - inter-segmentos 89.324 15.000 310.264 1.287.023 1.701.611 (1.701.611) -

Total de proveitos operacionais 85.732.634 30.497.206 21.480.036 1.705.375 139.415.251 (2.792.750) 136.622.501

Custo dos programas exibidos e das mercadorias vendidas (36.087.451) (4.690.059) (2.562.500) - (43.340.010) 805 (43.339.205)Fornecimentos e serviços externos (12.075.791) (9.647.550) (12.214.396) (1.086.355) (35.024.092) 2.791.945 (32.232.147)Custos com o pessoal (14.347.769) (8.409.878) (4.818.386) (2.462.542) (30.038.575) - (30.038.575)Amortizações e depreciações dos

activos fixos tangíveis e intangíveis (3.323.567) (768.066) (219.307) (118.250) (4.429.190) - (4.429.190)Provisões (124.991) (30.000) (17.500) - (172.491) - (172.491)Outros custos operacionais (415.212) (594.294) (28.800) (104.613) (1.142.919) - (1.142.919)

Total de custos operacionais (66.374.781) (24.139.847) (19.860.889) (3.771.760) (114.147.277) 2.792.750 (111.354.527)

Resultados operacionais 19.357.853 6.357.359 1.619.147 (2.066.385) 25.267.974 - 25.267.974

Ganhos e perdas em empresas do grupo e associadas - - - 595.332 595.332 - 595.332Outros resultados financeiros (994.280) (338.386) (313.439) (3.292.727) (4.938.832) - (4.938.832)

Resultados antes de impostos e interesses minoritários 18.363.573 6.018.973 1.305.708 (4.763.780) 20.924.474 - 20.924.474

Impostos sobre o rendimento (4.546.157) (23.001) (406.328) (5.932) (4.981.418) - (4.981.418)Interesses minoritários (741.187) - (21.619) 42.308 (720.498) - (720.498)

Resultado do segmento 13.076.229 5.995.972 877.761 (4.727.404) 15.222.558 - 15.222.558

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2005 (Montantes expressos em Euros)

14

Em 30 de Junho de 2004:

Total dos TotalTelevisão Jornais Revistas Outros segmentos Eliminações consolidado

Vendas - clientes externos - 8.971.761 10.152.222 - 19.123.983 - 19.123.983Vendas - inter-segmentos - - 91.865 - 91.865 (91.865) -Prestações de serviços - clientes externos 80.921.269 18.243.631 7.874.148 - 107.039.048 - 107.039.048Prestações de serviços - inter-segmentos 595.347 577.709 160.701 - 1.333.757 (1.333.757) -Outros proveitos operacionais - clientes externos 1.437.433 142.059 55.872 - 1.635.364 1.635.364Outros proveitos operacionais - inter-segmentos 75.000 - 520.148 833.492 1.428.640 (1.428.640) -

Total de proveitos operacionais 83.029.049 27.935.160 18.854.956 833.492 130.652.657 (2.854.262) 127.798.395

Custo dos programas exibidos e das mercadorias vendidas (36.889.592) (3.601.079) (2.490.486) - (42.981.157) 95.657 (42.885.500)Fornecimentos e serviços externos (11.060.549) (8.939.899) (9.822.526) (693.921) (30.516.895) 2.676.648 (27.840.247)Custos com o pessoal (14.064.577) (8.381.603) (4.568.714) (2.081.909) (29.096.803) (29.096.803)Amortizações e depreciações dos

activos fixos tangíveis e intangíveis (4.527.460) (1.205.209) (328.503) (44.476) (6.105.648) - (6.105.648)Provisões (391.346) - (30.000) - (421.346) - (421.346)Outros custos operacionais (805.684) (474.596) (229.609) - (1.509.889) 81.957 (1.427.932)

Total de custos operacionais (67.739.208) (22.602.386) (17.469.838) (2.820.306) (110.631.738) 2.854.262 (107.777.476)

Resultados operacionais 15.289.841 5.332.774 1.385.118 (1.986.814) 20.020.919 - 20.020.919

Ganhos e perdas em empresas do grupo e associadas (1.437) - - 898.564 897.127 - 897.127Outros resultados financeiros (2.565.546) (347.185) (521.764) (1.100.062) (4.534.557) - (4.534.557)

Resultados antes de impostos e interesses minoritários 12.722.858 4.985.589 863.354 (2.188.312) 16.383.489 - 16.383.489

Impostos sobre o rendimento (2.521.274) (38.973) (238.198) (2.353) (2.800.798) - (2.800.798)Interesses minoritários (293.808) - 41.494 (4.771.950) (5.024.264) - (5.024.264)

Resultado do segmento 9.907.776 4.946.616 666.650 (6.962.615) 8.558.427 - 8.558.427

Os resultados das operações em descontinuação ou de activos detidos para venda incluídos nas demonstrações financeiras consolidadas em 30 de Junho de 2005 e 2004 encontram-se evidenciados na Nota 12.

Os activos, passivos e outra informação adicional relevante por segmentos e a respectiva reconciliação para o total consolidado são como segue: Em 30 de Junho de 2005:

TotalTelevisão Jornais Revistas Outros Eliminações consolidado

Investimentos financeiros 317.197 - - 5.310.428 (1.998.000) 3.629.625Outros activos 132.607.372 38.498.182 26.551.639 432.691.195 (146.557.007) 483.791.381

Total do activo 132.924.569 38.498.182 26.551.639 438.001.623 (148.555.007) 487.421.006

Dívidas a instituições de crédito 28.554.536 9.985.037 8.481.483 201.422.495 - 248.443.551Outros passivos 51.539.743 13.985.154 13.530.386 72.175.605 (44.068.333) 107.162.555

Total do passivo 80.094.279 23.970.191 22.011.869 273.598.100 (44.068.333) 355.606.106

Outras informações:Adições ao activo fixo 5.319.460 1.086.855 223.092 90.747 - 6.720.154Depreciações e amortizações 3.323.567 778.079 219.307 108.237 - 4.429.190Perdas por imparidade e reduções do valor de

realização de existências reconhecidas em resultados 359.978 394.335 993.684 - - 1.747.997Reversão de perdas de imparidade (43.254) (78.799) (601.477) - - (723.530)Número médio de pessoal 629 297 462 66 - 1.454

Em 31 de Dezembro de 2004:

TotalTelevisão Jornais Revistas Outros Eliminações consolidado

Investimentos financeiros 317.197 - - 4.775.096 (2.058.000) 3.034.293Outros activos 116.959.142 45.566.938 24.788.857 240.740.436 (104.044.568) 324.010.805

Total do activo 117.276.339 45.566.938 24.788.857 245.515.532 (106.102.568) 327.045.098

Dívidas a instituições de crédito 33.068.067 14.050.000 8.518.916 56.875.760 112.512.743Outros passivos 46.689.456 31.752.152 21.521.410 76.271.553 (97.296.943) 78.937.628

Total do passivo 79.757.523 45.802.152 30.040.326 133.147.313 (97.296.943) 191.450.371

Outras informações:Adições ao activo fixo 2.273.358 928.760 560.323 9.678.819 (9.440.942) 4.000.318Depreciações e amortizações 8.457.502 2.081.891 615.567 33.149 - 11.188.109Perdas por imparidade e reduções do valor de

realização de existências reconhecidas em resultados 1.247.195 901.779 2.178.169 - - 4.327.143Reversão de perdas de imparidade (37.500) (100.850) (1.507.566) - - (1.645.916)Número médio de pessoal 620 290 480 68 - 1.458

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2005 (Montantes expressos em Euros)

15

b) Relato por segmento secundário – Mercados geográficos:

Os proveitos operacionais por mercado geográfico em 30 de Junho de 2005 e 2004 são como segue:

30-06-2005 30-06-2004 30-06-2005 30-06-2004 30-06-2005 30-06-2004

Vendas - clientes externos 23.776.818 19.122.118 4.934 1.865 23.781.752 19.123.983Prestações de serviços - clientes externos 110.083.023 105.594.503 1.677.474 1.444.545 111.760.497 107.039.048Outros proveitos operacionais - clientes externos 1.080.252 1.635.364 - - 1.080.252 1.635.364

Total de proveitos operacionais 134.940.093 126.351.985 1.682.408 1.446.410 136.622.501 127.798.395

Portugal Outros mercados Total consolidado

10. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR ACTIVIDADE

Nos semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, as vendas e prestações de serviços são como seguem:

30-06-2005 30-06-2004

Venda de jornais 9.666.271 9.089.407Venda de revistas 11.245.996 9.324.418Venda de outros produtos 5.814.888 3.023.049Devolução de vendas (2.945.403) (2.312.891)

23.781.752 19.123.983

Publicidade 111.771.913 108.493.039Assinantes 13.721.587 12.788.509Merchandising 708.799 325.709Softsponsorship 1.048.254 -Impressão 748.850 760.670Descontos e abatimentos (23.283.016) (20.221.762)Outras prestações de serviços 7.044.110 4.892.883

111.760.497 107.039.048135.542.249 126.163.031

11. OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERACIONAIS

Nos semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, os outros proveitos operacionais são como segue:

30-06-2005 30-06-2004

Proveitos suplementares 982.167 748.977Ganhos obtidos na alienação de activos fixos 68.705 769.771Outros proveitos e ganhos operacionais 29.380 116.616

1.080.252 1.635.364

Nos semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, os outros custos operacionais são como segue:

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2005 (Montantes expressos em Euros)

16

30-06-2005 30-06-2004

Perdas obtidas na alienação/dissolução de empresas 88.020 -Perdas obtidas na alienação de activos fixos 56 34.204Perdas de imparidade (Nota 31) 723.367 833.874Reversão de perdas de imparidade (200.415) (146.574)Impostos 323.551 322.536Outros custos e perdas operacionais 208.340 383.892

1.142.919 1.427.932

12. RESULTADOS OBTIDOS EM OPERAÇÕES EM DESCONTINUAÇÃO, CUSTOS DE REESTRUTURAÇÃO E ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Os activos detidos para venda/actividades em descontinuação em 30 de Junho de 2005 e 2004 têm a seguinte composição:

Percentagem efectiva Percentagem efectivado capital detido em do capital detido em

30-06-2005 30-06-2004

Imprejornal (a) 100% 100%Net TV (b) 5,10% 5,10%Comfutebol (c) 25,00% 25,00%

(a) Em 1 de Abril de 2005, a Impresa celebrou um contrato promessa com vista à alienação da totalidade

do capital da Imprejornal, a qual se concretizará em 2006, mediante o cumprimento de um conjunto de obrigações pela entidade adquirente. Em 30 de Junho de 2005, o valor de venda definido não difere significativamente do seu valor contabilístico.

(b) Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2005, o Grupo informou os restantes accionistas da

Net TV sobre a sua decisão de alienar esta participação, aguardando apenas a sua concretização. Em 30 de Junho de 2005, o valor de venda definido não difere significativamente do seu valor contabilístico.

(c) Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2005, a actividade desta empresa relacionada com a

publicação da revista “Doze” foi descontinuada. Actualmente não tem empregados ao seu serviço. Os resultados das operações em descontinuação (ou activos detidos para venda) que foram incluídos nas demonstrações financeiras consolidadas em 30 de Junho de 2005 e 2004 foram como segue (Nota 9):

30-06-2005 30-06-2004 30-06-2005 30-06-2004Receitas Operacionais:Vendas - clientes externos 329.177 375.271 10.783.237 8.971.761Vendas - inter-segmentos 335 - 382 -Prestações de serviços - clientes externos 741.817 755.041 19.489.074 18.243.631Prestações de serviços - inter-segmentos 340 12.645 186.253 577.709Outros proveitos operacionais - clientes externos 19.768 22.294 23.260 142.059Outros proveitos operacionais - inter-segmentos 15.000 - 15.000 -

Total de proveitos operacionais 1.106.437 1.165.251 30.497.206 27.935.160Custos operacionais (847.550) (852.181) (24.139.847) (22.602.386)Resultados financeiros (117.332) (164.966) (338.386) (347.185)

Resultado antes de impostos 141.555 148.104 6.018.973 4.985.589Imposto do exercício (1.174) (408) (23.001) (38.973)Resultado total do segmento 140.381 147.696 5.995.972 4.946.616

Operações Total do em descontinuação segmento Jornais

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2005 (Montantes expressos em Euros)

17

30-06-2005 30-06-2004 30-06-2005 30-06-2004Receitas Operacionais:Vendas - clientes externos - 140.587 12.998.515 10.152.222Vendas - inter-segmentos - - 7.178 91.865Prestações de serviços - clientes externos - 161.096 7.829.528 7.874.148Prestações de serviços - inter-segmentos - - 161.963 160.701Outros proveitos operacionais - clientes externos - - 172.588 55.872Outros proveitos operacionais - inter-segmentos 3.937 4.135 310.264 520.148

Total de proveitos operacionais 3.937 305.818 21.480.036 18.854.956Custos operacionais (7.867) (381.073) (19.860.889) (17.469.838)Resultados financeiros (169) (1.715) (313.439) (521.764)

Resultado antes de impostos (4.099) (76.970) 1.305.708 863.354Imposto do exercício - - (406.328) (238.198)Interesses minoritários - - (21.619) 41.494Resultado total do segmento (4.099) (76.970) 877.761 666.650

Operações Total do em descontinuação segmento Revistas

Os activos e passivos classificados como detidos para venda em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004 podem ser detalhados como segue:

30-06-2005 31-12-2004

Investimentos financeiros:Net TV (Nota 20) 543.879 543.879Perdas de imparidade acumuladas na Net TV (Nota 20) (236.668) (236.668)

307.211 307.211Imprejornal:

Activos fixos tangíveis 4.744.350 5.156.087Existências 161.472 143.968Clientes e outros activos correntes 1.546.971 7.366.095

6.452.793 12.666.150Total de activos classificados como detidos para venda 6.760.004 12.973.361

Fornecedores e outros passivos correntes (911.795) (1.090.533)Empréstimos bancários (375.000) (6.550.000)

Total de passivos associados a activos classificadoscomo detidos para vendas (1.286.795) (7.640.533)

Activos líquidos detidos para venda 5.473.209 5.332.828

Os activos e passivos da Comfutebol (operação em descontinuação) não são relevantes para as demonstrações financeiras consolidadas da Impresa.

13. CUSTOS COM O PESSOAL

Durante os semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, os custos com pessoal foram como segue:

30-06-2005 30-06-2004

Salários e outros custos com o pessoal 25.189.219 22.435.241Encargos sobre remunerações 4.849.356 6.451.312Custos com pensões - 210.250

30.038.575 29.096.803

Durante os semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, o número médio de pessoal ao serviço das

empresas incluídas na consolidação foi de 1.454 empregados e 1.439 empregados, respectivamente.

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2005 (Montantes expressos em Euros)

18

14. CUSTOS DOS PROGRAMAS EMITIDOS E DAS MERCADORIAS VENDIDAS

Durante os semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, os custos dos programas emitidos e das mercadorias vendidas foram como segue:

30-06-2005 30-06-2004

Programas exibidos 36.083.799 36.889.592Mercadorias vendidas 2.615.064 921.756Matérias-primas consumidas 4.071.836 4.845.126(Ganhos) e perdas em existências 282.573 135.218Descontos obtidos (1.296) (78.026)Redução do valor de realização de existências (Nota 31) 837.957 591.869Reversão da redução do valor de realização de existências (540.775) (420.035)Regularização de existências (9.953) -

43.339.205 42.885.500

15. RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros dos semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004 têm a seguinte

composição:

30-06-2005 30-06-2004Ganhos e perdas em empresas do grupo e associadas:Perdas em empresas associadas - (3.931)Ganhos em empresas associadas (Nota 20) 595.332 901.058

595.332 897.127Outros custos financeiros:Juros suportados (4.290.078) (3.442.386)Diferenças de câmbio desfavoráveis (605.106) (218.613)Perdas de imparidade em investimentos financeiros - (421.341)Outros custos financeiros (446.382) (597.095)

(5.341.566) (4.679.435)Outros proveitos financeiros:Juros obtidos 189.718 100.349Diferenças de câmbio favoráveis 1.943 5.052Ganhos na valorização de instrumentos derivados (Nota 32) (a) 173.815 15.825Outros proveitos financeiros 37.258 23.652

402.734 144.878

Resultados financeiros (4.343.500) (3.637.430)

(a) Este montante inclui essencialmente o proveito registado pelo forward de taxa de câmbio de 170.983

Euros.

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19

16. DIFERENÇAS ENTRE RESULTADOS CONTABILÍSTICO E FISCAL A Impresa e as suas empresas participadas encontram-se sujeitas a tributação em sede de Imposto sobre

o Rendimento das Pessoas Colectivas – IRC, à taxa de 25%, acrescida de Derrama à taxa de 10%, resultando numa taxa de imposto agregada de 27,5%. Adicionalmente e face à sua forma jurídica, algumas das empresas do Grupo estão abrangidas pela legislação fiscal que rege as sociedades gestoras de participações sociais. De acordo com esta legislação, os ganhos e perdas em empresas do grupo resultantes da aplicação do método de equivalência patrimonial, os dividendos recebidos das empresas participadas, a amortização dos trespasses decorrentes da aquisição de partes de capital e os encargos financeiros relacionados com a aquisição de partes sociais não são considerados para efeitos fiscais.

A Impresa é tributada em sede de IRC pelo resultado fiscal consolidado, com o das suas subsidiárias,

Controljornal, Soincom, Sojornal, Medipress, Imprejornal, Publisurf, Media Zoom e Sojornal.com. A SIC é tributada em sede de IRC pelo resultado fiscal consolidado, com a SIC Online e com a SIC Serviços. As restantes empresas do Grupo são tributadas individualmente. As restantes empresas participadas, não abrangidas pelo referido regime, são tributadas individualmente, com base nas respectivas matérias colectáveis e nas taxas de imposto aplicáveis.

O Grupo contabiliza os impostos diferidos resultantes das diferenças temporárias entre as bases contabilísticas e fiscais dos seus activos e passivos. Neste sentido, foram reconhecidos, em 30 de Junho de 2005 e 2004, activos e passivos por impostos diferidos como segue:

a) Diferenças temporárias – Movimentos nos Impostos diferidos activos e passivos

ProvisãoAjustamento Ajustamento para outros Prejuízos

Acréscimos Desreconhecimento de valores de de valores de riscos e fiscais Acréscimosde custos de activos contas a receber existências encargos reportáveis Total de proveitos Total

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 655.583 461.576 113.890 418.985 126.037 10.132.322 11.908.393 - -Constituição/reversão (377.711) (123.937) 37.858 76.803 16.617 (3.731.701) (4.102.071) - -

Saldo em 30 de Junho de 2005 277.872 337.639 151.748 495.788 142.654 6.400.621 7.806.322 - -

ProvisãoAjustamento Ajustamento para outros Prejuízos

Acréscimos Desreconhecimento de valores de de valores de riscos e fiscais Acréscimosde custos de activos contas a receber existências encargos reportáveis Total de proveitos Total

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 463.702 - 166.558 682.973 107.699 16.245.466 17.666.398 - -Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS 101.000 719.361 - - - - 820.361 75.811 75.811

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 reexpresso 564.702 719.361 166.558 682.973 107.699 16.245.466 18.486.759 75.811 75.811

Alterações de perímetro de consolidação (33.094) - (48.677) (258.784) (19.474) - (360.029) (37.906) (37.906)Constituição/reversão (307.485) (65.339) 8.079 8.250 (2.065.045) (2.421.540) 6.857 6.857

Saldo em 30 de Junho de 2004 224.123 654.022 125.960 432.439 88.225 14.180.421 15.705.190 44.762 44.762

Activos por impostos diferidosPassivos por

impostos diferidos

Activos por impostos diferidosPassivos por

impostos diferidos

Para o apuramento dos activos por impostos diferidos, relativos a prejuízos fiscais reportáveis, foi considerada a totalidade das diferenças temporárias geradas até 30 de Junho de 2005 pela SIC, SIC Online e Edimpresa, por ser entendimento do Conselho de Administração/Gerência dessas empresas que são esperados resultados fiscais futuros suficientes que compensem estas situações. Relativamente às restantes empresas incluídas na consolidação em 30 de Junho de 2005, os impostos diferidos que seriam de registar em conformidade com a IAS 12 – “Impostos sobre o rendimento”, respeitam essencialmente aos prejuízos fiscais reportáveis existentes nessa data e provisões tributadas. Uma vez que no entendimento da Administração/Gerência dessas empresas não são esperados resultados fiscais futuros suficientes que compensem as situações supra referidas, o Grupo não registou os correspondentes impostos diferidos activos dessas empresas.

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Exercícios Exercícios30-06-2005 anteriores 30-06-2005 anteriores Total

SIC e subsidiárias - 23.274.986 4.410 9.289.747 32.569.143Edimpresa e subsidiárias - - 5.010 515.889 520.899Impresa (consolidado fiscal) - - - 21.378.941 21.378.941Publiregiões - - 147.698 4.562.285 4.709.983Gesco - - - 35.211 35.211Solo - - 19.756 - 19.756

- 23.274.986 176.874 35.782.073 59.233.933Taxa de imposto 27,5%

-

impostos diferidos efeito de impostos diferidos

Prejuízos fiscais considerados Prejuízos fiscais nãoreportáveis para efeito de considerados reportáveis para

Em 30 de Junho de 2005 os prejuízos fiscais reportáveis de 59.233.933 Euros vencem-se nos seguintes exercícios:

Prejuízos fiscais Prejuízos fiscais nãoconsiderados para considerados paraimpostos diferidos impostos diferidos Total

2005 - 1.281.086 1.281.0862006 - 7.384.846 7.384.8462007 639.864 260.431 900.2952008 20.212.820 5.031.508 25.244.3282009 2.422.302 21.177.758 23.600.0602010 - 646.444 646.4442011 - 176.874 176.874

23.274.986 35.958.947 59.233.933

O Grupo avaliou os impostos diferidos a reconhecer em resultado dos ajustamentos de conversão para IAS. Nos casos em que esses ajustamentos originaram impostos diferidos activos, os mesmos só foram registados na medida em que é provável que ocorram lucros tributáveis no futuro que possam ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças tributárias dedutíveis. Esta avaliação baseou-se essencialmente nos planos de negócios das empresas do Grupo, periodicamente revistos e actualizados. b) Reconciliação da taxa de imposto

Nos semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, o imposto sobre o rendimento é como segue:

30-06-2005 30-06-2004

Resultado antes de impostos 20.924.474 16.381.489Taxa nominal de imposto 27,5% 27,5%

5.754.230 4.504.909

Prejuizos fiscais reportáveis de anos anteriores - 27.481Prejuizos fiscais utilizados (2.373.132) (644.065)Prejuizos fiscais a reportar 1.596.330 -Diferenças permanentes (i) (52.933) (761.461)Ajustamentos à colecta (ii) 56.923 -Correcções à matéria tributável de exercícios anteriores - (266.349)Outros - (59.717)Imposto sobre o rendimento 4.981.418 2.800.798

Imposto corrente (Nota 30) 879.347 372.401Imposto diferido do período 4.102.071 2.428.397

4.981.418 2.800.798

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(i) Em 30 de Junho de 2005 e 2004, este montante tinha a seguinte composição:

30-06-2005 30-06-2004

Redução de provisões e ajustamentos devalores de activos tributados (231.809) (249.444)

Provisões e ajustamentos de valores de activos não aceites fiscalmente 321.160 1.006.033Efeito da aplicação do método de equivalência patrimonial (595.332) (897.127)Depreciações e amortizações não aceites 26.692 89.195Mais valias contabilísticas (9.430) (757.541)Menos valias contabilisticas - 24.702Menos valias fiscais - (2.640.672)Despesas confidenciais ou não documentadas 22.360 25.224Outras rubricas, líquidas 273.874 630.680

(192.485) (2.768.950)Taxa nominal de imposto 27,5% 27,5%

(52.933) (761.461)

(ii) Este montante representa a parcela de imposto relativa à tributação autónoma de certas despesas.

17. RESULTADO POR ACÇÃO

O cálculo efectuado no apuramento do resultado por acção básico e diluído, em 30 de Junho de 2005 e 2004, é baseado na seguinte informação:

2005 2004

Número de acçõesNúmero médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico 84.000.000 84.000.000

Efeito das acções potenciaisdecorrentes das obrigações convertíveis - -

Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção diluído 84.000.000 84.000.000

ResultadoResultado para efeito de cálculo dos resultados líquidos por acção e básico (resultado líquido do período) 15.222.558 8.558.427

Efeito das acções potenciais: Juro das obrigações convertíveis (líquido de imposto) - -

Resultados para efeito do cálculo dos resultados líquidos por acção básico 15.222.558 8.558.427

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Resultados por acção: em continuidade

2005 2004

ResultadosResultados para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico (resultado líquido do exercício) 15.222.558 8.558.427

Ajustamentos por:Resultado após impostos das operações em descontinuação (Nota 12) 136.282 -Resultado na alienação das operações em descontinuação - -

136.282 -

Resultados para efeito de cálculo dos resultado líquido por acção básico excluindo as operações em descontinuação 15.086.276 8.558.427

Efeito das acções potenciais Juro das obrigações convertíveis (líquido de imposto) - -

Resultados para efeito do cálculo dos resultados líquidos por acção diluído 15.086.276 8.558.427

Resultados por acção:2005 2004

Básico 0,1812 0,1019

Diluído 0,1796 0,1019

18. ACTIVOS INTANGÍVEIS

a) Diferenças de consolidação

Durante os semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, os movimentos ocorridos nas diferenças de consolidação e nas correspondentes perdas de imparidade foram os seguintes:

30 de Junho 2005:Saldo em 31 de Dezembro de 2004 153.825.122Alterações de perímetro de consolidação (i) 92.986.242Aquisições (ii) 40.771.737

Saldo em 30 de Junho de 2005 287.583.141

30 de Junho 2004:Saldo em 1 de Janeiro de 2004:

Valor bruto 213.753.459Amortizações acumuladas (50.352.542)

163.400.917Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS -

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 reexpresso 163.400.917

Alteração do perímetro de consolidação (iii) (10.169.561)Aquisição de 50% da Mediger 593.766

Saldo em 30 de Junho de 2004 153.825.122

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(i) Esta rubrica refere-se ao goodwill sobre a SIC registado pela Solo (empresa adquirida em 2005, Nota 8).

(ii) Diferença de compra gerada no âmbito da aquisição, ocorrida em 2005, dos 49% do capital da SIC

detidos por outros accionistas (30,65% directamente e 18,35% através da aquisição da Solo) (Nota 8). (iii) A Edimpresa deixou de ser consolidada pelo método integral, passando no exercício de 2004 a ser

consolidada pelo método proporcional.

O detalhe das diferenças de consolidação em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004 é o seguinte:

Empresa 30-06-2005 30-06-2004

Impresa:Edimpresa 10.169.561 10.169.561Soincom (SIC) 34.722.846 34.722.846Gesco (SIC) 1.743.872 1.743.872Controljornal 20.130.334 20.130.334

66.766.613 66.766.613

Controljornal:Mediger 593.766 593.766

Soincom:SIC 86.290.401 86.290.401

Media Zoom:SIC e Solo (SIC) (Nota 8) 40.771.737 -

Solo:SIC (Nota 8) 92.986.242 -

SIC:SIC Notícias 174.342 174.342

Diferenças de consolidação 287.583.101 153.825.122

No cumprimento das disposições do IFRS 3, o Grupo procedeu desde 2003 a análises de imparidade das diferenças de consolidação, com base em avaliações dos vários segmentos de negócios efectuadas por entidades externas e, internamente, com base nos planos de negócio dos diversos segmentos concluindo que o seu valor é inferior ao valor estimado de realização. No entendimento do Conselho de Administração da Impresa, com base em análises efectuadas internamente e nas perspectivas dos resultados futuros da SIC, esta situação continua a verificar-se em 30 de Junho de 2005. O método de avaliação usado é o “discounted cash-flow”, que utiliza pressupostos actualizados e razoáveis face aos respectivos sectores de actividade das empresas participadas a que dizem respeito.

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b) Outros activos intangíveis

Durante os semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, os movimentos ocorridos nos outros activos intangíveis, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade foram os seguintes:

Despesas de PropriedadeDespesas de investigação e de industrial e

instalação desenvolvimento outros direitos Software Total

Activo Bruto:Saldo em 31 de Dezembro de 2004 - - 1.081.223 2.854.976 3.936.199Aquisições - - 33.498 202.121 235.619

Saldo em 30 de Junho de 2005 - - 1.114.721 3.057.097 4.171.818

Amortizações acumuladas e perdas de imparidade:Saldo em 31 de Dezembro de 2004 - - (944.451) (2.258.255) (3.202.706)Reforços - - (34.652) (214.955) (249.607)

Saldo em 30 de Junho de 2005 - - (979.103) (2.473.210) (3.452.313)

Valor líquido em 30 de Junho de 2005 - - 135.618 583.887 719.505

Despesas de PropriedadeDespesas de investigação e de industrial e

instalação desenvolvimento outros direitos Software Total

Activo Bruto:Saldo em 1 de Janeiro de 2004 8.949.493 72.138 2.010.653 - 11.032.284Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS (8.949.493) (72.138) (1.085) 2.637.347 (6.385.369)

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 reexpresso - - 2.009.568 2.637.347 4.646.915

Alterações de perímetro de consolidação - - (583.420) - (583.420)Aquisições - - 19.110 62.994 82.104Alienações e abates - - -

Saldo em 30 de Junho de 2004 - - 1.445.258 2.700.341 4.145.599

Amortizações acumuladas e perdas de imparidade:Saldo em 1 de Janeiro de 2004 (5.986.391) (31.717) (1.806.578) - (7.824.686)Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS 5.986.391 31.717 876 (1.802.531) 4.216.453

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 reexpresso - - (1.805.702) (1.802.531) (3.608.233)

Alterações de perímetro de consolidação - - 546.254 - 546.254Reforços - - (29.589) (264.696) (294.285)Reduções por alienações e abates - - - - -

Saldo em 30 de Junho de 2004 - - (1.289.037) (2.067.227) (3.356.264)

Valor líquido em 30 de Junho de 2004 - - 156.221 633.114 789.335

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19. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante os semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, os movimentos ocorridos nos activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas depreciações acumuladas e perdas de imparidade, foram como segue:

Terrenos e Edifícios e Outrasrecursos outros Equipamento Equipamento Ferramentas Equipamento imobilizações Imobilizaçõesnaturais construções básico de transporte e utensílios administrativo corpóreas em curso Total

Activo Bruto:Saldo em 31 de Dezembro de 2004 1.055.557 9.954.020 84.200.381 1.231.330 97.571 18.028.921 645.613 548.615 115.762.008Alterações de perímetro de consolidação - - - - - - - - -Aquisições - 2.151 3.474.529 33.531 366 325.700 - 2.648.258 6.484.535Alienações e abates - - (5.041.818) - - (96.167) - (42.842) (5.180.827)Transferências - - - - - 60.323 - (189.503) (129.180)

Saldo em 30 de Junho de 2005 1.055.557 9.956.171 82.633.092 1.264.861 97.937 18.318.777 645.613 2.964.528 116.936.536

Depreciações acumuladas e perdas de imparidade:Saldo em 31 de Dezembro de 2004 - (332.377) (63.989.226) (835.283) (82.749) (14.892.916) (582.359) - (1.364.757)Reforços - (112.876) (3.291.401) (90.050) (4.398) (675.876) (4.982) - (4.179.583)Reduções por alienações e abates - - 2.645.117 - - 95.178 - - 2.740.295

Saldo em 30 de Junho de 2005 - (445.253) (64.635.510) (925.333) (87.147) (15.473.614) (587.341) - (2.804.045)

Valor líquido em 30 de Junho de 2005 1.055.557 9.510.918 17.997.582 339.528 10.790 2.845.163 58.272 2.964.528 34.782.338

Terrenos e Edifícios e Outrasrecursos outros Equipamento Equipamento Ferramentas Equipamento imobilizações Imobilizaçõesnaturais construções básico de transporte e utensílios administrativo corpóreas em curso Total

Activo Bruto:Saldo em 1 de Janeiro de 2004 6.692.920 32.145.581 87.589.767 951.162 104.965 19.257.834 647.040 7.049.591 154.438.860Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS (4.113.536) 1.915.384 (2.442.317) 510.343 - - - (6.237.029) (10.367.155)

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 reexpresso 2.579.384 34.060.965 85.147.450 1.461.505 104.965 19.257.834 647.040 812.562 144.071.705

Alterações de perímetro de consolidação (837.981) (8.346.377) (2.636.563) (193.138) - (1.931.140) 4.463 1.275 (13.939.461)Aquisições - 81.154 2.003.532 167.110 - 224.650 - 263.284 2.739.730Alienações e abates (685.846) (14.342.946) (158.337) (142.937) - (30.668) (6.964) - (15.367.698)Transferências - 15.387 214.702 - - 88.358 - (318.447) -

Saldo em 30 de Junho de 2004 1.055.557 11.468.183 84.570.784 1.292.540 104.965 17.609.034 644.539 758.674 117.504.276

Depreciações acumuladas e perdas de imparidade:Saldo em 1 de Janeiro de 2004 - (4.230.593) (61.005.017) (759.718) (79.727) (14.481.267) (397.411) - (80.953.733)Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS - (47.885) 1.753.781 (102.316) - - - - 1.603.580

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 reexpresso - (4.278.478) (59.251.236) (862.034) (79.727) (14.481.267) (397.411) - (79.350.153)

Alterações de perímetro de consolidação - 255.530 2.177.108 52.973 - 1.490.546 (1.894) - 3.974.263Reforços - (330.657) (4.396.015) (122.052) (5.297) (1.104.282) (95.500) - (6.053.803)Reduções por alienações e abates - 2.737.223 302.864 77.079 - 20.460 6.964 - 3.144.590Regularização - 686 - 38.504 - - - - 39.190

Saldo em 30 de Junho de 2004 (1.615.696) (61.167.279) (815.530) (85.024) (14.074.543) (487.841) 1.104.240

Valor líquido em 30 de Junho de 2004 1.055.557 9.852.487 23.403.505 477.010 19.941 3.534.491 156.698 758.674 39.258.363

20. INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Durante os semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, o movimento ocorrido nos investimentos financeiros foi como segue:

InvestimentosInvestimentos em outras Empréstimosem associadas empresas de financiamento Total

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 2.717.096 317.197 - 3.034.293Aplicação do método de equivalência patrimonial (Nota 15) 595.332 - - 595.332

Saldo em 30 de Junho de 2005 3.312.428 317.197 - 3.629.625

InvestimentosInvestimentos em outras Empréstimosem associadas empresas de financiamento Total

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 1.382.310 246.929 1.524.858 3.154.097Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS - (6.234) - (6.234)

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 reexpresso 1.382.310 240.695 1.524.858 3.147.863

Aquisições - 78.997 - 78.997Aplicação do método de equivalência patrimonial 901.058 - - 901.058Perdas de imparidade - (2.495) (847.860) (850.355)Transferências - - (249.142) (249.142)

Saldo em 30 de Junho de 2004 2.283.368 317.197 427.856 3.028.421

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2005 (Montantes expressos em Euros)

26

Em 30 de Junho de 2005, o detalhe dos investimentos financeiros em empresas associadas é como segue: Investimentos financeiros:

PercentagemActivo Proveitos Capital Resultado efectiva Valor de Perdas de Valor

Denominação Sede total totais próprio do semestre do Grupo participação imparidade líquido

Vasp Massamá 42.555.156 140.438.377 7.708.737 1.012.074 33,33 2.569.579 - 2.569.579Global S 24 Porto n.d n.d n.d n.d 50,00 - - -Lusa Lisboa 26.275.634 9.196.151 6.284.033 1.192.601 22,35 1.736.523 (993.674) 742.849

4.306.102 (993.674) 3.312.428

Empréstimos de financiamento:Percentagem Reversão de

efectiva Perdas de perdas de Valor Denominação Sede do Grupo Valor imparidade imparidade líquido

Global S 24 Porto 50,00 1.091.825 (1.091.825) - -

30-06-2005

Como resultado da aplicação do método de equivalência patrimonial em 30 de Junho de 2005 e 31 de

Dezembro de 2004, foram registados os seguintes movimentos nas rubricas “Investimentos em associadas”:

Ganhos em Provisão paraempresas Ganhos em Perdas em perdas em Investimentos

associadas, Investimentos empresas empresas investimentos financeirosDenominação (Nota 15) financeiros associadas associadas financeiros (Nota 20)

Lusa 266.551 266.551 476.298 - - 476.298Vasp 328.781 328.781 858.488 - - 858.488Portusat (b) - - - (1.437) (1.437) -Litechoice (b) - - 22.293 - - -

595.332 595.332 1.357.079 (1.437) (1.437) 1.334.786

30-06-2005 31-12-2004

(b) Estas empresas foram dissolvidas e liquidadas durante o exercício de 2004. Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, o detalhe dos investimentos financeiros em outras empresas é como segue:

Percentagem Reversão deefectiva Valor de Perdas de perdas de Valor

Denominação do Grupo participação imparidade imparidade líquido

Net TV (c) 5,10 543.879 (236.668) - 307.211Morena Films 4,73 268.044 (268.044) - -NP 8,93 13.717 (8.729) - 4.988PTDP 10,00 4.998 - - 4.998

830.638 (513.441) - 317.197

Percentagem Reversão deefectiva Valor de Perdas de perdas de Valor

Denominação do Grupo participação imparidade imparidade líquido

Net TV (c) 2,61 543.879 (236.668) - 307.211Morena Films 2,41 268.044 (268.044) - -NP 6,70 13.717 (8.729) - 4.988PTDP 5,10 4.998 - - 4.998

830.638 (513.441) - 317.197

30-06-2005

31-12-2004

(c) Investimento financeiro que se encontra detido para venda (Nota 12).

21. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, o detalhe das propriedades de investimento detidas pelo grupo é como segue:

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27

Propriedade de investimento 30-06-2005 31-12-2004

Lotes da "Bela Vista" 4.838.798 4.838.798Terreno "FNAC" 5.952.116 6.608.438

Saldo em 30 de Junho de 2005 10.790.914 11.447.236

O movimento ocorrido na rubrica “Propriedades de investimento” nos semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004 é como segue: 30 de Junho de 2005:Saldo em 31 de Dezembro de 2004 11.447.236Aquisições 255.424Alienações e abates (a) (847.000)Perdas de imparidade (Nota 31) (64.746)

Saldo em 30 de Junho de 2005 10.790.914

30 de Junho de 2004:Saldo em 1 de Janeiro de 2004 10.790.914Aquisições -

Saldo em 30 de Junho de 2004 10.790.914

(a) Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2005, o Grupo destacou e alienou uma fracção do terreno

“FNAC”, por 847.000 Euros. Ambas as propriedades de investimento são detidas pelo grupo para a apreciação de capital, não estando prevista a concretização da sua venda no curto prazo. Como garantia do integral cumprimento de um empréstimo contraído por uma empresa do grupo (Nota 28.g)), constituiu-se hipoteca sobre os lotes detidos na Bela Vista, aos quais foi atribuído o valor total de 9.500.000 Euros. Em 30 de Junho de 2005, o valor de realização estimado do terreno “FNAC” não é inferior ao seu valor contabilístico. Naquela data encontram-se em curso os procedimentos necessários para celebrar a escritura definitiva de aquisição daquele terreno.

22. DIREITOS DE TRANSMISSÃO DE PROGRAMAS E EXISTÊNCIAS

Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, o valor dos direitos de transmissão de programas tinha o seguinte detalhe:

Não NãoCorrente corrente Corrente corrente

Direitos de transmissão:Valor bruto:Direitos de transmissão 23.301.980 10.310.079 19.043.658 13.321.917Adiantamentos por conta de compras - 3.697.402 - 5.720.301

23.301.980 14.007.481 19.043.658 19.042.218

Ajustamentos no valor de realização:Reduções acumuladas no valor de realização (296.829) - (296.829) -Valor líquido de realização dos direitos de transmissão 23.005.151 14.007.481 18.746.829 19.042.218

30-06-2005 31-12-2004

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2005 (Montantes expressos em Euros)

28

Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, o valor das existências tinha o seguinte detalhe:

Não NãoCorrente corrente Corrente corrente

Existências:Valor bruto:Matérias primas, subsidiárias e de consumo 2.887.664 - 3.333.673 -Mercadorias 1.171 - 1.109 -Produtos acabados e intermédios 1.714.921 1.261.901 813.940 1.328.007Produtos e trabalhos em curso 633.858 - 198.354 -

5.237.614 1.261.901 4.347.076 1.328.007Ajustamentos no valor de realização:Reduções acumuladas no valor de realização (1.227.639) - (2.188.488) -Alteração do perímetro de consolidação - - 1.228.669 -Reduções no valor de realização registadas no período (837.957) - (1.655.772) -Reversão de reduções no valor de realização registadas no período 524.482 - 1.387.952 -

(1.541.114) - (1.227.639) -Valor líquido de realização das existências 3.696.500 1.261.901 3.119.437 1.328.007

30-06-2005 31-12-2004

23. CLIENTES E CONTAS A RECEBER

Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, esta rubrica tinha o seguinte detalhe:

Perdas de Perdas de Valor imparidade Valor Valor imparidade Valorbruto acumuladas realizável bruto acumuladas realizável

Clientes 49.682.707 (6.212.155) 43.470.552 46.748.395 (6.368.605) 40.379.790Facturação a emitir:

Assinaturas de televisão por cabo 2.382.667 - 2.382.667 335.827 - 335.827Publicidade 1.269.235 - 1.269.235 790.043 - 790.043SMS's 250.500 - 250.500 - - -Forward cambial (Notas 15 e 32) 170.983 - 170.983 - - -Juros a receber 11.927 - 11.927 - - -

Descontos a receber:Rappel a receber 672.280 - 672.280 839.287 - 839.287

54.440.299 (6.212.155) 48.228.144 48.713.552 (6.368.605) 42.344.947

30-06-2005 31-12-2004

24. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, esta rubrica tinha o seguinte detalhe:

Perdas de Perdas de Valor imparidade Valor Valor imparidade Valorbruto acumuladas realizável bruto acumuladas realizável

Adiantamentos a fornecedores 338.328 (49.000) 289.328 358.149 - 358.149Estado e outros entes públicos:

Imposto sobre o Valor Acrescentado - valores a reportar 625.837 - 625.837 1.054.924 - 1.054.924Outros impostos e taxas 1.737 - 1.737 21.532 - 21.532

Outros devedores:Adiantamentos ao pessoal 1.102.779 - 1.102.779 274.777 - 274.777Santander Novimovest (a) 800.000 - 800.000 800.000 - 800.000Consultores 97.444 - 97.444 - - -Permutas 49.994 - 49.994 - - -Comissões a receber 13.633 - 13.633 - - -Outros 1.259.180 (68.714) 1.190.466 1.050.224 - 1.050.224

Pagamentos antecipados:Licenças 599.117 - 599.117 637.084 - 637.084Prémios e concursos - - - 98.661 - 98.661Seguros 313.259 - 313.259 72.915 - 72.915Gastos de produção de conteúdos 254.771 - 254.771 - - -Direitos de autor 153.600 - 153.600 - -Rendas 138.674 - 138.674 63.606 - 63.606Manutenção 19.958 - 19.958 - -Outros 594.959 - 594.959 818.389 - 818.389

Outros activos correntes - - - 322.011 - 322.0116.363.270 (117.714) 6.245.556 5.572.272 - 5.572.272

30-06-2005 31-12-2004

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2005 (Montantes expressos em Euros)

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(a) Este montante respeita ao valor ainda por receber da alienação do Edifício da SIC, ocorrida no exercício de 2004.

25. CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA

Em 30 de Junho de 2005 e 2004 e 31 de Dezembro de 2004, a discriminação de caixa e seus equivalentes constantes na demonstração dos fluxos de caixa, e a reconciliação entre o seu valor e o montante de disponibilidades constantes no balanço naquelas datas, são como segue:

30-06-2005 31-12-2004 30-06-2004

Numerário 277.349 124.864 267.832Depositos bancários imediatamente mobilizáveis 27.104.816 20.728.809 19.472.159Aplicações de tesouraria imediatamente mobilizáveis - 42.080 1.266.465

27.382.165 20.895.753 21.006.456

Descobertos bancários (Nota 28) (2.946.435) (2.371) (5.498.807)

24.435.730 20.893.382 15.507.649

A rubrica de caixa e equivalentes a caixa compreende os valores de caixa, depósitos imediatamente mobilizáveis, aplicações de tesouraria e depósitos a prazo com vencimento a menos de três meses, para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

26. CAPITAL PRÓPRIO ATRIBUÍVEL A ACCIONISTAS MAIORITÁRIOS Composição do capital: Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, o capital da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e ascendia a 84.000.000 Euros, estando representado por 84.000.000 de acções com o valor nominal de um Euro cada sendo detido como segue:

Percentagem Percentagem detida Montante detida Montante

Impreger - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. ("Impreger") 50,31% 42.257.294 50,31% 42.257.294Grupo Fidelity 10,00% 8.400.000 5,47% 4.590.686Grupo BPI 9,42% 7.908.898 9,96% 8.369.173Outros 30,27% 25.433.808 34,26% 28.782.847

100,00% 84.000.000 100% 84.000.000

30-06-2005 31-12-2004

Prémios de emissão de acções: O valor registado nesta rubrica resulta dos ágios obtidos nos aumentos de capital ocorridos em exercícios anteriores. Segundo a legislação em vigor, a utilização do valor incluído nesta rubrica segue o regime aplicável à reserva legal, ou seja, não pode ser distribuído aos accionistas, podendo, contudo, ser utilizado para absorver prejuízos depois de esgotadas todas as outras reservas, ou incorporado no capital.

Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de

ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

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30

Aplicação de resultados: Conforme deliberado em Assembleia Geral de Accionistas realizada em 20 de Abril de 2005 o resultado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 apurado nas contas individuais e segundo os princípios contabilísticos portugueses, que ascendia a 6.210.579 Euros foi aplicado em reserva legal e em resultados transitados.

27. CAPITAL PRÓPRIO ATRIBUÍVEL A ACCIONISTAS MINORITÁRIOS

Os movimentos ocorridos nesta rubrica durante o período findo em 30 de Junho de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004 são como segue: 30 de Junho de 2005:Saldo em 31 de Dezembro de 2004 23.928.032Resultado líquido atribuível aos accionistas minoritários 720.498Alterações de perímetro de consolidação:

Aquisição dos minoritários da SIC (Nota 8) (18.752.612)Distribuição de dividendos na SIC Notícias (906.860)

Outros (63.412)Saldo em 30 de Junho de 2005 4.925.646

30 de Junho de 2004:Saldo em 1 de Janeiro de 2004 15.699.543Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS (1.075.455)

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 reexpresso 14.624.088

Resultado líquido atribuível aos accionistas minoritários 5.024.264Alterações do perímetro de consolidação (1.965.302)Aumento de prestações suplementares na Publiregiões 28.000Outros 57.779

Saldo em 30 de Junho de 2004 17.768.829

Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, o capital próprio atribuível aos accionistas minoritários respeita às seguintes empresas do Grupo:

30-06-2005 31-12-2004

Subsidiárias da SIC 4.790.237 4.955.913SIC - 18.755.552Outros 135.409 216.567

4.925.646 23.928.032

Os interesses minoritários registados na demonstração consolidada dos resultados dos semestres findos

em 30 de Junho de 2005 e 2004 respeitam às seguintes empresas do Grupo:

30-06-2005 30-06-2004

Subsidiárias da SIC 741.187 293.808SIC - 4.888.304Outros (20.689) (157.848)

720.498 5.024.264

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2005 (Montantes expressos em Euros)

31

28. EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, o saldo de dívidas a instituições de crédito tem a seguinte composição:

Curto Médio e Curto Médio e Curto Médio e Curto Médio eEmpresa Entidades financiadoras prazo longo prazo prazo longo prazo prazo longo prazo prazo longo prazo

Media Zoom Banco BPI, S.A. (a) 1.204.250 150.403.625 1.250.000 151.250.000 - - - -Impresa Caixa Geral de Depósitos, S.A. (b) 2.000.000 27.250.000 2.000.000 27.250.000 1.500.000 28.500.000 1.500.000 28.500.000SIC Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (c) 7.200.000 8.913.667 7.200.000 9.000.000 7.400.000 12.459.020 7.400.000 12.600.000Controljornal Banco Comercial Português, S.A. - - - - - 15.000.000 - 15.000.000Controljornal Banco Comercial Português, S.A. (d) - 9.774.150 - 10.000.000 - - - -SIC Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (e) 9.956.833 - 10.000.000 - - 9.929.510 - 10.000.000Edimpresa Banco Espírito Santo e Banco

Espírito Santo de Investimento, S.A. (f) 1.720.418 5.761.065 1.800.000 6.000.000 1.620.418 6.671.462 1.700.000 6.950.000Sojornal Caixa Geral de Depósitos, S.A. (g) 7.500.000 - 7.500.000 - - 7.500.000 - 7.500.000Impresa Banco BPI, S.A. e

Caixa Geral de Depósitos, S.A. - - - - 1.689.922 5.185.503 1.689.922 5.185.503Controljornal Banco Comercial Português, S.A. (h) - 5.000.000 - 5.000.000 - - - -Impresa Caixa Banco de Investimento, S.A. (i) 1.000.000 3.750.000 1.000.000 3.750.000 500.000 4.500.000 500.000 4.500.000SIC Banco Comercial Português, S.A. (j) 2.482.108 - 2.482.108 - 2.482.108 - 2.482.108 -Imprejornal Caixa Geral de Depósitos, S.A. (k) 375.000 - 375.000 - 750.000 4.000.000 750.000 4.000.000SIC Banco BPI, S.A. - - - - 797.429 - 797.429 -

Contas correntes caucionadas (l) 1.206.000 - 1.206.000 - 675.000 1.350.000 675.000 1.350.000Descobertos bancários (m) 2.946.435 - 2.946.435 - 2.371 - 2.371 -

37.591.044 210.852.507 37.759.543 212.250.000 17.417.248 95.095.495 17.496.830 95.585.503

30 de Junho de 2005 31 de Dezembro de 2004Valor de balanço Valor nominal Valor de balanço Valor nominal

Em resultado dos financiamentos supra referidos, o Grupo Impresa assumiu diversos covenants, que o Conselho de Administração da Impresa considera que o Grupo está a cumprir. (a) Esta rubrica respeita a um empréstimo contraído pela Media Zoom junto do Banco BPI, S.A., para

aquisição da totalidade do capital da Solo e de uma participação de 30,65% na SIC (Nota 8). Em 30 de Junho de 2005 este empréstimo vencia juros postecipados semestrais a uma taxa correspondente à EURIBOR a doze meses acrescida de 2% e será reembolsado em 38 prestações, semestrais e sucessivas, vencendo-se a primeira prestação em 30 de Junho de 2006. O plano de reembolso do saldo em dívida é o seguinte:

2006 - Primeiro semestre 1.250.000

2006 - Segundo semestre 1.250.0002007 3.000.0002008 4.000.0002009 4.000.0002010 5.000.0002011 e seguintes 134.000.000

151.250.000152.500.000

Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo, em 30 de Junho de 2005, o Grupo subscreveu uma livrança em branco e adicionalmente a Media Zoom e a Solo mantêm empenhadas acções representativas de 49% do capital da SIC (Nota 33).

Em resultado da contratação deste empréstimo a Media Zoom e a Impresa assumiram diversos covenants, relacionados essencialmente com a aquisição e alienação de activos e com distribuição de dividendos.

(b) Em Novembro de 1999, foi celebrado pelo Grupo um contrato de financiamento com a Caixa Geral de

Depósitos, S.A. no montante inicial de 54.867.769 Euros. O contrato de financiamento referente a este empréstimo tinha originalmente considerados determinados covenants, os quais foram suspensos em 2001 por acordo com a Caixa Geral de Depósitos, S.A..

No segundo semestre de 2004 o Grupo procedeu à reestruturação da dívida através de aditamento ao

contrato inicial com a Caixa Geral de Depósitos, S.A., do qual resultou o seguinte plano de reembolso:

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32

2005 - Segundo semestre 750.0002006 - Primeiro semestre 1.250.000

2.000.000

2006 - Segundo semestre 1.250.0002007 3.000.0002008 4.000.0002009 4.000.0002010 5.000.0002011 5.000.0002012 5.000.000

27.250.00029.250.000

Este empréstimo vence juros a uma taxa correspondente à EURIBOR a seis meses acrescida de

1,75% e o seu pagamento é efectuado semestral e postecipadamente.

Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo, em 30 de Junho de 2005, a Soincom mantém empenhadas acções representativas de 51% do capital da SIC e a Impresa acções representativas de 100% do capital da Soincom (Nota 33).

(c) Esta rubrica respeita a uma emissão de papel comercial no valor de 20.000.000 Euros, com data de

reembolso contratada para o segundo semestre de 2007. Em 30 de Junho de 2005, esta emissão de papel comercial vencia juros à taxa de 2,797%. Esta emissão foi efectuada ao abrigo de um programa de papel comercial com um período de duração de três anos, durante o qual estão previstas amortizações trimestrais, terminando em 18 de Outubro de 2007, através das receitas geradas através dos serviços por cabo prestado pela CATVP – TV Cabo Portugal, S.A.. O plano de reembolso do saldo em dívida é o seguinte:

2005 - Segundo semestre 3.600.0002006 - Primeiro semestre 3.600.000

7.200.000

2006 - Segundo semestre 3.000.0002007 6.000.000

9.000.00016.200.000

(d) O saldo desta rubrica refere-se a um empréstimo bancário contraído pela Controljornal em 10 de Março

de 2005 junto do Banco Comercial Português, S.A. no montante de 10.000.000 Euros.

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33

Este empréstimo vence juros semestrais a uma taxa correspondente à EURIBOR a seis meses acrescida de 1,5%, com o seguinte plano de reembolso: 2007 1.250.0002008 2.500.0002009 2.500.0002010 2.500.0002011 1.250.000

10.000.000

Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo, em 31 de Dezembro de 2004, a Controljornal mantém empenhadas acções representativas de 51% do capital da Sojornal (Nota 33).

(e) Esta rubrica respeita a uma emissão de papel comercial no valor de 10.000.000 Euros, com data de

reembolso contratada para o segundo semestre de 2005. Em 30 de Junho de 2005, esta emissão de papel comercial vencia juros à taxa de 2,26%. Esta emissão foi efectuada ao abrigo de um programa de papel comercial com um período de duração máxima de cinco anos.

(f) Esta rubrica respeita a um empréstimo contraído pela Edimpresa junto do Banco Espírito Santo e do

Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., para aquisição de uma participação. Em 30 de Junho de 2005 este empréstimo vencia juros postecipados semestrais a uma taxa correspondente à EURIBOR a seis meses acrescida de 2,5%. Relacionado com este financiamento, a Empresa celebrou um contrato de Swap de taxa de juro que fixa aquela taxa em 3,69%. Este empréstimo será reembolsado em 13 prestações semestrais tendo-se vencido a primeira em 15 de Dezembro de 2003.

No primeiro semestre de 2005, a Edimpresa procedeu à reestruturação da dívida através de aditamento ao contrato inicial com o Banco Espírito Santo e Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., passando este empréstimo a vencer juros postecipados trimestrais a uma taxa correspondente à EURIBOR a 3 meses, acrescida de 1,375%, tendo as prestações passado para trimestrais, do qual resultou o seguinte plano de reembolso: 2005 - Segundo semestre 850.0002006 - Primeiro semestre 950.000

1.800.000

2006 - Segundo semestre 950.0002007 2.200.0002008 2.400.0002009 450.000

6.000.0007.800.000

Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo, em 30 de Junho de 2005, a Impresa mantém empenhadas as quotas representativas de 25,5% do capital da Edimpresa (Nota 33).

Este empréstimo tem covenants relacionados com a contratação de dívida adicional e aquisição ou

alienação de activos.

(g) O saldo desta rubrica refere-se a um empréstimo bancário contraído pela Sojornal em 30 de Junho de 2003 junto da Caixa Geral de Depósitos, S.A., de 7.500.000 Euros.

Este empréstimo vence juros a uma taxa correspondente à EURIBOR a seis meses acrescida de 1,5%

e o seu pagamento é efectuado semestral e postecipadamente. O empréstimo será amortizado integralmente em 30 de Junho de 2006.

Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo a Sojornal constituiu hipoteca sobre dois

imóveis de sua propriedade aos quais foi atribuído o valor total de 9.500.000 Euros, sendo o respectivo valor líquido contabilístico de 4.113.536 Euros (Notas 21 e 33).

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34

(h) O saldo desta rubrica refere-se a um empréstimo obrigacionista emitido pela Controljornal em 17 de Junho de 2005, tomado firme pelo Banco Comercial Português, S.A. no montante de 5.000.000 Euros. Este empréstimo vence juros semestrais a uma taxa correspondente à EURIBOR a seis meses adicionada de 0,875%, com data de reembolso para 21 de Junho de 2013.

(i) O saldo desta rubrica refere-se a um empréstimo bancário contraído pela Impresa em 22 de Dezembro de 2004 junto da Caixa Banco de Investimento, S.A., no montante de 5.000.000 Euros.

Este empréstimo vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a seis meses adicionada de 1,75% e o seu pagamento é efectuado semestral e postecipadamente, tendo-se vencido a primeira prestação em 22 de Junho de 2005. O saldo em dívida será amortizado conforme segue: 2005 - Segundo semestre 250.0002006 - Primeiro semestre 750.000

1.000.000

2006 - Segundo semestre 750.0002007 1.000.0002008 1.000.0002009 1.000.000

3.750.0004.750.000

Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo, em 30 de Junho de 2005, a Soincom

mantém empenhadas acções representativas de 51% do capital da SIC e a Impresa acções representativas de 100% do capital da Soincom (Nota 33).

(j) O saldo desta rubrica inclui um financiamento em regime de abertura de crédito em conta corrente, com prazo de reembolso em 19 de Maio de 2006, renovável automaticamente e sucessivamente por um ano. Em 30 de Junho de 2005 este financiamento vencia juros a uma taxa correspondente à Euribor a um mês acrescida de 0,5%.

(k) O saldo desta rubrica refere-se a um empréstimo bancário contraído pela Imprejornal em 30 de Junho de 2003 junto da Caixa Geral de Depósitos, S.A., no montante de 5.750.000 Euros.

Este empréstimo vence juros a uma taxa correspondente à EURIBOR a seis meses acrescida de 2% e

o seu pagamento é efectuado semestral e postecipadamente. O saldo em dívida será amortizado no segundo semestre de 2005. Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo a Controljornal mantém o penhor de 550.000 acções representativas da totalidade do capital da Imprejornal (Nota 33).

(l) Este montante corresponde a contas correntes caucionadas obtidas pelas empresas pelo Grupo, as

quais vencem juros calculados a taxas normais de mercado. (m) Os descobertos bancários vencem juros a taxas de mercado para operações similares.

29. FORNECEDORES E CONTAS A PAGAR Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, esta rubrica tinha o seguinte detalhe:

Passivos Passivos Passivos Passivoscorrentes não correntes correntes não correntes

Fornecedores, conta corrente 31.324.498 - 26.475.014 -Fornecedores de imobilizado:

Credores por locações financeiras 1.674.039 7.878.463 1.854.920 8.347.700Outros 895.625 - 275.764 -

33.894.162 7.878.463 28.605.698 8.347.700

30-06-2005 31-12-2004

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Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, o Grupo mantém os seguintes bens em regime de

locação financeira:

Depreciação Depreciaçãoe perdas de e perdas de

Valor imparidade Valor Valor imparidade Valorbruto acumuladas líquido bruto acumuladas líquido

Terrenos 1.055.557 - 1.055.557 1.055.557 - 1.055.557Edifícios e outras construções 7.009.131 (233.902) 7.037.493 7.009.131 (135.053) 6.874.078Equipamento de transporte 863.811 (587.019) 14.528 863.811 (531.606) 332.205Meios móveis 4.874.058 (2.814.682) 2.059.376 4.874.058 (2.205.425) 2.668.633Equipamento básico 2.629.147 (736.574) 1.892.573 2.629.147 (572.253) 2.056.894

16.431.704 (4.372.177) 12.059.526 16.431.704 (3.444.337) 12.987.367

30-06-2005 31-12-2004

Conforme indicado na Nota 2.5, o Grupo regista estes bens pelo método financeiro.

Em 30 de Junho de 2005, a SIC, a Office Share e a Edimpresa mantinham responsabilidades, como locatárias, relativas a rendas vincendas em contratos de locação financeira de 2.415.985 Euros, 6.823.493 Euros e 313.024 Euros, respectivamente, as quais se vencem como segue:

Capital Juros Total

2005 e primeiro semestre de 2006 1.674.039 287.868 1.961.907

20062007 1.111.119 234.866 1.345.9842008 700.004 196.837 896.8412009 369.246 177.842 547.0882010 a 2018 2.788.006 553.568 3.341.574

2.910.090 467.748 3.377.8377.878.463 1.630.860 9.509.3239.552.502 1.918.728 11.471.230

As responsabilidades com contratos de leasing estão relacionadas essencialmente com o edifício sede da

Office Share e com o camião de exteriores da SIC, os quais não definem rendas contingentes, e incluem opções de compra com valores inferiores ao seu valor de mercado.

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36

30. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, esta rubrica tinha o seguinte detalhe:

30-06-2005 31-12-2004

Estado e outros entes públicos:Imposto sobre o Valor Acrescentado 4.917.505 6.505.217Instituto Português de Arte Cinematográfica e Audiovisual/Cinemateca Portuguesa 1.622.424 1.545.852Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares – retenções na fonte 1.344.228 1.459.414Contribuições para a Segurança Social 1.081.068 1.595.892Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas – IRC (a) 212.335 263.090Outros impostos e taxas 3.591 10.039

9.181.151 11.379.504Acréscimo de custos:

Férias e subsídio de férias a liquidar ao pessoal 10.353.478 7.884.297Rappel a conceder 5.271.731 256.085Prémios e horas extraodinárias 2.145.060 6.232.867Custos com produção de programas (b) 911.067 862.933Direitos de autor (c) 876.985 824.729Comissões a liquidar 360.216 80.183Descontos comercias a conceder 336.360 614.486Royalties a pagar 239.504 343.776Serviço regionalização publicidade e rede de inserção 218.073 -Custos de SMS 204.569 -Juros a liquidar 193.327 60.239Permutas 166.352 -Sobras 130.037 -Produção de revistas, jornais e outros produtos 109.755 584.744Custos com passatempos 100.879 -Comunicação 90.466 230.924Swap de taxa de juro (Nota 32) 87.879 90.711Consultores 60.100 -Seguros a Liquidar 44.145 -Colaboração 24.613 -Contribuição Autarquica 19.310 -Outros custos a pagar 3.939.087 2.596.303

25.882.993 20.662.277Proveitos diferidos:

Facturação antecipada (d) 3.261.332 964.997Assinaturas de jornais e revistas 654.986 686.458Subsídidos ao investimento (e) 171.933 183.535Direitos - 151.620Outros proveitos diferidos 2.424.138 2.389.112

6.512.389 4.375.722Outros passivos 1.742.919 1.948.692

43.319.452 38.366.195

(a) O montante de IRC a pagar tem a seguinte composição:

30-06-2005 31-12-2004

Estimativa de imposto do ano (Notas16.b)) 879.347 1.328.208Pagamentos por conta (362.296) (864.113)Retenção na fonte (281.765) (196.774)Outros (22.951) (4.231)

212.335 263.090

(b) Esta rubrica refere-se essencialmente a despesas incorridas pelas direcções de programas e de

informação da SIC, relativas a programas que já foram exibidos, estando-se a aguardar as respectivas facturas.

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37

(c) Esta rubrica representa os valores em dívida à Sociedade Portuguesa de Autores, C.R.L. no âmbito da

actividade normal da SIC, durante o exercício findo a 31 de Dezembro de 2004 e no semestre findo em 30 de Junho de 2005.

(d) Esta rubrica refere-se essencialmente a publicidade facturada a clientes e a emitir durante o segundo

semestre de 2005. (e) Os subsídios ao investimento foram obtidos pela Imprejornal e destinaram-se à aquisição de

equipamento gráfico e à instalação de um laboratório de qualidade. Os subsídios são reconhecidos em resultados no período correspondente à amortização dos equipamentos e do laboratório de qualidade que foram subsidiados.

31. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS

Durante os semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, realizaram-se os seguintes movimentos nos saldos das rubricas de provisões e perdas de imparidade acumuladas:

Reduçãodo valor de

Perdas de Perdas de Perdas de Perdas de realização de imparidade em imparidade em imparidade em imparidade direitos de investimentos empréstimos de propriedades de em contas transmissão e

financeiros financiamento investimento a receber de existências Investimentos(Nota 20) (Nota 20.a)) (Nota 21) (Notas 23 e 24) (Nota 22) Outras financeiros

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 1.507.115 1.091.825 - 6.368.605 1.524.468 3.618.035 -Reforços - - 64.746 658.620 837.957 172.491 14.183Utilizações - - - - (17.898) -Transferências - - - (557.128) - (46.000) 106.183Anulação/regularização - - - (140.228) (506.585) (76.717) -

Saldo em 30 de Junho de 2005 1.507.115 1.091.825 64.746 6.329.869 1.837.942 3.667.809 120.366

Reduçãodo valor de

Perdas de Perdas de Perdas de Perdas de realização de imparidade em imparidade em imparidade em imparidade direitos de investimentos empréstimos de propriedades de em contas transmissão e

financeiros financiamento investimento a receber de existências Investimentos(Nota 20) (Nota 20.a)) (Nota 21) (Notas 23 e 24) (Nota 22) Outras financeiros

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 1.498.386 - - 6.112.055 2.485.317 4.970.891 674.224Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS 6.234 - - - - (5.725) -

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 reexpresso 1.504.620 - - 6.112.055 2.485.317 4.965.166 674.224

Alterações de perímetro de consolidação - - - (916.532) (941.921) (567.482) -Equivalência patrimonial - - - - - - 1.437Reforços 2.495 421.340 - 833.874 591.869 421.346 -Utilizações - - - - (86.499) (707.949) -Transferências - 675.661 - (300.000) - - (675.661)Anulação/regularização - - - (127.723) (404.572) (37.500) -

Saldo em 30 de Junho de 2004 1.507.115 1.097.001 5.601.674 1.644.194 4.073.581 -

Provisões parariscos e encargos

Provisões parariscos e encargos

As perdas de imparidade estão deduzidas ao valor do activo.

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Em 30 de Junho de 2005, o detalhe das provisões para outros riscos e encargos é como segue:

Montante MontanteNatureza reclamado provisionado

Fiscal 1.880.501 377.186Despedimento/Laboral 4.297.739 902.553Abuso de liberdade 8.726.787 937.113Coimas de Publicidade 6.477.932 513.442Outros 3.113.308 676.768

24.496.267 3.407.062

Processos concluídos - 260.747

24.496.267 3.667.809

Em 30 de Junho de 2005, encontram-se a decorrer contra o Grupo diversas acções interpostas por terceiros, cujos montantes e desfechos não são conhecidos à data de preparação das demonstrações financeiras. Na opinião do Conselho de Administração e dos advogados do Grupo, não se prevê que dessas acções venham a resultar responsabilidades de valores significativos, que não se encontrem cobertas por provisões registadas nas demonstrações financeiras em 30 de Junho de 2005.

32. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, os instrumentos financeiros derivados eram como segue:

30-06-2005 31-12-2004

Forward de taxa de cambio (nota 23) 170.983 -Swap de taxa de juro (Nota 30) (87.879) (90.711)

83.104 (90.711)

Os instrumentos financeiros derivados utilizados pelo Grupo existentes em 30 de Junho de 2005, respeitam, fundamentalmente, a “swaps” de taxa de juro ( calculados sobre um valor nocional de 7.481.483 Euros e 8.291.880 Euros em 30 de Junho de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004, respectivamente), e “forwards” de taxas de câmbio (calculados sobre um valor nocional de 12.072.061 Euros em 30 de Junho de 2005) contraídos com o objectivo de cobertura do risco de taxa de juro do empréstimo sindicado e de variações cambiais em contas a pagar a fornecedores expressas em dólares americanos. No semestre findo em 30 de Junho de 2005, o Grupo registou na demonstração consolidada dos resultados, proveitos de 170.983 Euros (Nota 15) e 2.892 Euros (Nota 15), resultantes do registo inicial e das alterações do justo valor do forward cambial e do swap de taxa de juro, respectivamente. Estes derivados de taxa de juro e de taxa de câmbio encontram-se avaliados pelo seu justo valor, à data de balanço, determinado por avaliações efectuadas por instituições financeiras.

33. ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Em 30 de Junho de 2005, as garantias prestadas pela Impresa, SIC, Edimpresa e restantes empresas do Grupo são as seguintes: Em 30 de Junho de 2005, a Media Zoom e a Solo mantêm o penhor das acções representativas de 49% da SIC, para garantia do empréstimo de 152.500.000 Euros junto do Banco BPI, S.A. para financiar a aquisição daquela participação.

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39

Em 30 de Junho de 2005, a Impresa mantém o penhor de acções representativas de 100% do capital da Soincom para garantir o empréstimo contraído inicialmente por esta empresa participada junto da Caixa Geral de Depósitos, S.A., o qual foi transferido para a Impresa em 2001 e para garantir o empréstimo contraído junto da Caixa Banco de Investimento; adicionalmente, como garantia dos referidos empréstimos a Soincom tem empenhadas acções representativas de 51% do capital da sua participada SIC (Notas 28.b) e i)). Em 30 de Junho de 2005, a Controljornal mantém empenhadas acções representativas de 51% do capital da Sojornal para garantir um empréstimo contraído junto do Banco Comercial Português, S.A. (Notas 28.d) e h)). Em 30 de Junho de 2005, a Impresa mantém o penhor das quotas representativas de 25,5% do capital da Edimpresa para garantir um empréstimo contraído pela Edimpresa junto do Banco Espírito Santo e do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (Nota 28.f)). Em 30 de Junho de 2005, a Sojornal mantém uma hipoteca sobre dois lotes de sua propriedade para garantir um empréstimo junto da Caixa Geral de Depósitos, S.A. (Nota 28.g)). Em 30 de Junho de 2005, a Controljornal mantém o penhor de acções representativas da totalidade do capital da Imprejornal para garantir um empréstimo contraído por aquela junto da Caixa Geral de Depósitos, S.A. (Nota 28.i) e k)).

Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, as garantias bancárias prestadas pela SIC eram

como segue:

30-06-2005 31-12-2004

Alta Autoridade para a Comunicação Social 2.495.192 2.495.192Repartição de Finanças de Algés 1.715.219 1.715.219Novimovest 1.320.600 1.224.750Net TV 919.893 919.893Câmara Municipal de Oeiras 548.678 548.678IBM 283.329 283.329

7.282.911 7.187.061

As garantias prestadas à Alta Autoridade para a Comunicação Social e à Net TV decorrem de imposições

da legislação em vigor para o licenciamento de novos canais e para a emissão de concursos televisivos. As garantias prestadas à Repartição de Finanças de Algés são relativas a processos de execução fiscal, a

aguardar deferimento de reclamações oportunamente apresentadas pela SIC. A garantia prestada à Novimovest destina-se a assegurar as obrigações decorrentes do contrato de

arrendamento com esta entidade, relacionada com o edifício da sede da SIC, em particular o pagamento das rendas.

A garantia prestada à Câmara Municipal de Oeiras surge do processo de compra de um terreno contíguo

às instalações da sede da SIC. A garantia prestada à IBM é relativa à aquisição de equipamentos informáticos pela SIC em regime de

leasing.

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Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, as garantias bancárias prestadas pela Edimpresa eram como segue:

30-06-2005 31-12-2004

Repartição de Finanças de Oeiras 1.200.000 1.200.000Câmara Municipal de Oeiras 225.078 225.078Governo Civil de Lisboa 248.982 189.313Governo Civil do Porto - 67.705Outras entidades 12.356 24.050

1.686.416 1.706.146

A garantia prestada aos Serviços de Finanças de Oeiras tem em vista garantir a liquidação adicional

referente ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas do ano de 1997 cuja dívida impugnada judicialmente pela Empresa ascende actualmente a 856.765 Euros.

As garantias prestadas à Câmara Municipal de Oeiras têm em vista cobrir eventuais danos na execução

das obras relativas à sede da Edimpresa. As garantias prestadas ao Governo Civil de Lisboa decorrem de imposições da legislação em vigor para

concursos nas publicações. Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2005, as restantes empresas do Grupo, nomeadamente,

Sojornal e Medipress, tinham prestado garantias bancárias, relativas à sua actividade, que ascendiam a, aproximadamente, 799.312 Euros e 892.138 Euros, respectivamente.

34. COMPROMISSOS ASSUMIDOS E NÃO REFLECTIDOS NO BALANÇO

34.1 Pensões

Determinadas empresas do Grupo (Impresa, Sojornal, Cinforma, Medipress e Imprejornal) assumiram o compromisso de conceder aos empregados e a administradores remunerados admitidos até 5 de Julho de 1993 prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice e invalidez. Estas prestações são calculadas com base numa percentagem crescente com o número de anos de serviço, aplicada à tabela salarial, ou numa percentagem fixa aplicada ao salário base, à data de aniversário definida como sendo os valores em 2002. Em 1987 o Grupo criou um fundo de pensões autónomo para onde foram transferidas as suas responsabilidades pelo pagamento das prestações pecuniárias acima referidas.

De acordo com um estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do fundo, o valor actual das responsabilidades do conjunto das empresas supra referidas por serviços passados dos seus empregados activos e reformados em 30 de Junho de 2005 foi estimado em 5.832.493 Euros, sendo que o valor do fundo a essa data ascendia a 6.281.870 Euros. O estudo foi efectuado utilizando o método denominado por “Projected Unit Credit” para o cálculo das pensões por velhice e o método denominado por “Prémios Únicos Sucessivos” para o cálculo das pensões por invalidez e considerou, naquela data, os seguintes principais pressupostos e bases técnicas e actuariais:

Taxa anual de rendimento do Fundo 6%

Taxa de crescimento salarial 0% Taxa de crescimento das pensões 0% Taxa de crescimento do salário mínimo nacional 4,5% Taxa técnica actuarial 4% Taxa de crescimento salarial para efeitos da determinação da pensão da Segurança Social 2% Tábuas actuariais: Mortalidade TV 73/77 Invalidez EVK 80 Rotação de empregados Nula

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Nos semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, o movimento ocorrido no valor das responsabilidades por serviços passados dos seus empregados activos e reformados foi como segue:

30-06-2005 31-12-2004

Valor presente da obrigação de benefícios definidos no início do período 5.945.024 5.471.716Benefícios pagos (12.380) (11.612)Custo dos serviços correntes 159.263 147.921Custo dos juros 187.535 172.678(Ganhos) e perdas actuariais (446.949) 182.013Valor presente da obrigação de benefícios definidos no final do período 5.832.493 5.962.716

Nos semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, o movimento ocorrido no valor dos activos do plano foi como segue:

30-06-2005 31-12-2004

Activos do plano no início do período 6.097.435 5.648.511Contribuições efectuadas - -Benefícios pagos (12.380) (11.612)Retorno real dos activos do plano 196.815 115.567Activos do plano no final do período 6.281.870 5.752.466

34.2 Compromissos para a aquisição de programas

Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, o Grupo tinha contratos ou acordos celebrados com terceiros para a compra de direitos de exibição de filmes, séries e outros programas de 13.628.270 Euros e 12.539.337 Euros, respectivamente, não incluídos no balanço, de acordo com os critérios valorimétricos utilizados (Nota 2.9), como segue:

Ano de disponibilidade dos títulos

Natureza 2005 20062007

e seguintesSem data definida Total

Desporto 49.880 - - - 49.880Entretenimento 3.147.475 2.728.122 - - 5.875.597Filmes 1.226.246 68.835 - 277.438 1.572.519Mini-Series 30.083 - - - 30.083Novelas 2.534.445 - - - 2.534.445Infantis 1.289.683 - - - 1.289.683Documentários 134.823 197.307 - 9.042 341.172Séries 60 591.193 22.180 - 3.773 617.146Vida Selvagem 502.214 401.412 401.412 7.038 1.312.076Eventos 5.669 - - - 5.669

9.511.711 3.417.856 401.412 297.291 13.628.270

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Ano limite para exibição dos títulos

Natureza 2005 20062007

e seguintesSem data definida Total

Desporto 49.880 - - - 49.880Entretenimento 1.675.976 3.014.142 1.185.479 - 5.875.597Filmes - 90.131 1.132.401 349.987 1.572.519Mini-Series - - 30.083 - 30.083Novelas - 2.534.445 - - 2.534.445Infantis 241.355 1.004.382 43.946 - 1.289.683Documentários 77.725 52.549 201.856 9.042 341.172Séries 60 5.363 97.939 510.071 3.773 617.146Vida Selvagem 6.421 270.830 1.027.787 7.038 1.312.076Eventos 5.669 - - - 5.669

2.062.389 7.064.418 4.131.623 369.840 13.628.270

34.3. Compromissos para a aquisição de imobilizações fixas Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004 os compromissos assumidos com a compra de

imobilizações corpóreas ascende a 285.740 Euros e 384.260Euros, respectivamente.

34.4. Locações Operacionais

No exercício findo em 31 Dezembro de 2004, a SIC alienou o edifício da sua sede a um fundo de investimento, por 12.300.000 Euros, tendo adicionalmente celebrado um contrato de arrendamento daquele edifício pelo período de 15 anos, pagando uma renda anual de 816.500 Euros no primeiro ano de vigência do contrato e 873.000 Euros a partir do segundo ano, sujeita a actualizações anuais em função da taxa de inflação.

35. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS Com referência aos semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004, foram atribuídas remunerações aos

membros do Conselho de Administração da Impresa de 478.800 Euros e 495.717 Euros, respectivamente, a pagar pela Impresa e pelas restantes empresas do Grupo. As remunerações do Fiscal Único da Impresa naqueles semestres foram de 13.500 Euros e 93.400 Euros, respectivamente.

36. PARTES RELACIONADAS

Em 30 de Junho de 2005 os saldos e as transacções com partes relacionadas são as seguintes:

Depósitos Contas a Contas a Empréstimosà ordem receber pagar obtidos

Impreger - - - -Grupo BPI 5.096.233 5.861 132.335 152.500.000Conselho de Administração - - - -Sociedade Francisco Pinto Balsemão - - - -

5.096.233 5.861 132.335 152.500.000

Serviços Custos com Custos Serviços Proveitosobtidos o pessoal financeiros prestados financeiros

Impreger 44.892 - - - -Grupo BPI 425 - 2.209.132 156.125 131.639Conselho de Administração - 1.317.867 - - -Sociedade Francisco Pinto Balsemão 323.027 - - - -

368.344 1.317.867 2.209.132 156.125 131.639

Saldos

Transacções

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Os termos ou condições praticados entre a Impresa e partes relacionadas são substancialmente idênticos aos que normalmente seriam contratados, aceites e praticados entre entidades independentes em operações comparáveis. Alguns accionistas da Impresa são instituições financeiras, com as quais são estabelecidos acordos comerciais no curso normal da actividade, com condições semelhantes aos que normalmente são contratados entre entidades independentes. As actividades desenvolvidas no âmbito desses acordos comerciais respeitam essencialmente à prestação de serviços de publicidade por parte do Grupo Impresa e à concessão de empréstimos por parte dessas instituições financeiras. No primeiro semestre de 2005 o Grupo Impresa adquiriu ao Grupo BPI 49% do capital da SIC e obteve deste um empréstimo de 152.500.000 Euros (Nota 28) para financiar aquela aquisição.

37. PRIMEIRA APLICAÇÃO DOS “INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS”

O Grupo adoptou as Normas Internacionais de Relato Financeiro em 2005, aplicando para o efeito o IFRS1 – First Time Adoption of International Financial Reporting Standards, sendo a data de transição para efeitos da apresentação destas demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2004. Os principais ajustamentos efectuados nas demonstrações financeiras em resultado da conversão para IFRS são como segue: Ajustamentos: - Instrumentos financeiros:

De acordo com os IFRS, os instrumentos financeiros detidos pelo Grupo são reconhecidos a valor de mercado, sendo a variação dos mesmos reconhecida em capitais próprios ou resultados, em função da existência ou não de cobertura contabilística de acordo com os critérios estabelecidos para o efeito pelo IAS 39. Em POC somente as variações no valor de mercados dos derivados de que claramente não sejam identificáveis como de cobertura são reconhecidas em resultados.

- Despesas de instalação e investigação e desenvolvimento:

De acordo com os IFRS, as despesas de instalação são reconhecidas directamente em resultados no momento em que são incorridas. De acordo com o POC, as despesas de instalação deverão ser inicialmente reconhecidas como activo fixo incorpóreo e amortizadas linearmente por resultados. De acordo com os IFRS, as despesas referentes à fase de investigação de um qualquer projecto são reconhecidas directamente em resultados quando incorridas e as despesas referentes à fase de desenvolvimento podem ser inicialmente reconhecidas como um activo e amortizadas por um determinado período, desde que seja possível provar a existência de benefícios económicos futuros gerados pelo respectivo projecto. De acordo com o POC, as despesas de investigação e desenvolvimento podem ser inicialmente reconhecidas como activo fixo intangível e amortizadas por um determinado período, desde que o projecto a elas associado se tenha materializado.

- Amortização do goodwill:

De acordo com os IFRS, o goodwill gerado na aquisição de investimentos financeiros não é amortizado, sendo objecto de análise periódica de imparidade. De acordo com o POC, o goodwill é amortizado regularmente por resultados, sendo também objecto de análise periódica de imparidade. O IFRS 1 estabeleceu que para efeitos de aplicação desta regra a data de transição é 1 de Janeiro de 2004, pelo que o ajustamento efectuado compreende a reversão das amortizações efectuadas após essa data.

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Reclassificações: - Os interesses minoritários são evidenciados no capital próprio; - As propriedades de investimento são evidenciadas numa rubrica autónoma; - As existências são classificadas como correntes ou não correntes em função do momento estimado da

sua realização; - Diversas naturezas, anteriormente registadas em custos diferidos são reclassificadas para outras

rubricas de activos e passivos; - Reclassificação dos custos e proveitos extraordinários para outras rubricas da demonstração dos

resultados; - Reclassificação de custos com programação de fornecimentos e serviços externos para custos dos

programas exibidos e das mercadorias vendidas. O efeito nos Balanços em 1 de Janeiro de 2004 e 31 de Dezembro de 2004, da conversão das demonstrações financeiras preparadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal (“POC”) para as demonstrações reexpressas em conformidade com as IFRS em vigor em 1 de Janeiro de 2005, pode ser detalhado como segue: 1 de Janeiro de 2004:

Ajustamentosde conversão

POC para IFRS IFRS

ACTIVOS NÃO CORRENTES:Diferenças de consolidação 163.400.917 - 163.400.917Outros activos intangiveis 3.207.598 (2.168.916) 1.038.682Activos fixos tangíveis 73.485.227 (8.763.675) 64.721.552Investimentos financeiros 3.154.097 (6.234) 3.147.863Propriedades de investimento - 10.350.565 10.350.565Existências - 26.622.904 26.622.904Impostos diferidos 17.666.398 820.361 18.486.759

260.914.237 26.855.005 287.769.242

ACTIVOS CORRENTES:Existências 38.226.945 (11.097.801) 27.129.144Clientes e contas a receber 52.225.562 4.214.113 56.439.675Outros activos correntes 28.978.584 (24.758.346) 4.220.238Caixa e equivalentes de caixa 21.032.649 - 21.032.649

140.463.740 (31.642.034) 108.821.706401.377.977 (4.787.029) 396.590.948

1 de Janeiro de 2004

ACTIVO

Total de activos não correntes

Total de activos correntesTOTAL DO ACTIVO

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45

Ajustamentosde conversão

POC para IFRS IFRS

CAPITAL PRÓPRIO:Capital 84.000.000 - 84.000.000Prémio de emissão de acções 97.902.257 - 97.902.257Reserva legal 281.051 - 281.051Resultados transitados e outras reservas (86.530.366) (1.315.702) (87.846.068)Resultado líquido - - -

95.652.942 (1.315.702) 94.337.240Capital próprio atribuível a interesses minoritários - 14.624.088 14.624.088

95.652.942 13.308.386 108.961.328

INTERESSES MINORITÁRIOS: 15.699.543 (15.699.543) -

PASSIVO:PASSIVOS NÃO CORRENTES:

Empréstimos obtidos 120.307.377 (716.242) 119.591.135Fornecedores e contas a pagar 15.879.102 192.099 16.071.201Provisões 5.645.115 (5.725) 5.639.390Impostos diferidos - 75.811 75.811

141.831.594 (454.057) 141.377.537

PASSIVOS CORRENTES:Empréstimos obtidos 49.787.936 (398.943) 49.388.993Fornecedores e contas a pagar 50.481.120 273.229 50.754.349Outros passivos correntes 47.924.842 (1.816.101) 46.108.741

148.193.898 (1.941.815) 146.252.083401.377.977 (4.787.029) 396.590.948

1 de Janeiro de 2004

CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO

Capital próprio atribuível aos accionistas maioritários

Total de passivos correntesTOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO

Total de passivos não correntes

31 de Dezembro de 2004:

Ajustamentosde conversão

POC para IFRS IFRS

ACTIVOS NÃO CORRENTES:Diferenças de consolidação 143.475.480 10.349.643 153.825.123Outros activos intangiveis 1.830.378 (1.096.885) 733.493Activos fixos tangíveis 46.828.791 (11.781.693) 35.047.098Investimentos financeiros 2.737.421 296.872 3.034.293Propriedades de investimento - 11.447.236 11.447.236Existências - 19.042.218 19.042.218Impostos diferidos 11.415.909 492.484 11.908.393

206.287.979 28.749.875 235.037.854

ACTIVOS CORRENTES:Existências 35.239.884 (12.045.611) 23.194.273Clientes e contas a receber 40.379.790 2.287.167 42.666.957Outros activos correntes 16.596.744 (11.346.483) 5.250.261Caixa e equivalentes de caixa 20.895.753 - 20.895.753

113.112.171 (21.104.927) 92.007.244319.400.150 7.644.948 327.045.098

31 de Dezembro de 2004

ACTIVO

Total de activos não correntes

Total de activos correntesTOTAL DO ACTIVO

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Ajustamentosde conversão

POC para IFRS IFRS

CAPITAL PRÓPRIO:Capital 84.000.000 - 84.000.000Prémio de emissão de acções 97.902.257 - 97.902.257Reserva legal 281.051 - 281.051Resultados transitados e outras reservas (86.530.366) (1.315.910) (87.846.276)Resultado líquido 6.210.579 11.119.084 17.329.663

101.863.521 9.803.174 111.666.695Capital próprio atribuível a interesses minoritários - 23.928.032 23.928.032

101.863.521 33.731.206 135.594.727

INTERESSES MINORITÁRIOS: 24.553.205 (24.553.205) -

PASSIVO:PASSIVOS NÃO CORRENTES:

Empréstimos obtidos 95.585.503 (490.008) 95.095.495Fornecedores e contas a pagar 8.178.552 169.148 8.347.700Provisões 3.618.035 - 3.618.035Impostos diferidos - -

107.382.090 (320.860) 107.061.230

PASSIVOS CORRENTES:Empréstimos obtidos 17.496.830 (79.583) 17.417.247Fornecedores e contas a pagar 27.995.590 610.107 28.605.697Outros passivos correntes 40.108.914 (1.742.717) 38.366.197

85.601.334 (1.212.193) 84.389.141319.400.150 7.644.948 327.045.098

Capital próprio atribuível aos accionistas maioritários

Total de passivos correntes

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO

Total de passivos não correntes

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO

31 de Dezembro de 2004

CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO

O detalhe dos ajustamentos efectuados com efeitos em capital próprio reportados a 1 de Janeiro de 2004, e 31 de Dezembro de 2004 para efeito de conversão para as Normas Internacionais de Relato Financeiro é como segue:

Capital próprio Capital próprioatribuível aos atribuível aaccionistas interessesmaioritários minoritários Total

Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2004 (POC) 95.652.942 15.699.543 111.352.485Ajustamentos de conversão para IFRS:

Registo de um contrato de Swap ao justo valor (97.098) (97.098) (194.196)Anulação de despesas de instalação

e outros intangíveis (2.209.318) (794.406) (3.003.724)Outros ajustamentos, líquidos 250.961 (188.756) 62.205Efeito fiscal – Impostos diferidos 739.753 4.805 744.558

Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2004 (IFRS) 94.337.240 14.624.088 108.961.328

Capitais próprios em 31 de Dezembro de 2004 (POC) 101.863.521 24.553.205 126.416.726Ajustamentos de conversão para IFRS:

Ajustamentos de conversão para IFRS em 1 de Janeiro de 2004 (1.315.702) (1.075.455) (2.391.157)Reversão da amortização de despesas de instalação

e outros intangíveis 1.001.243 271.146 1.272.389Reversão da amortização de trespasses 10.349.643 - 10.349.643Outros ajustamentos, líquidos (232.010) 179.136 (52.874)

Capitais próprios em 31 de Dezembro de 2004 (IFRS) 111.666.695 23.928.032 135.594.727

Ajustamentos de transição para IFRS

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2005 (Montantes expressos em Euros)

47

O efeito na demonstração dos resultados do semestre findo em 30 de Junho de 2004 da conversão para IFRS pode ser detalhado como segue:

Ajustamentosde conversão

POC para IFRS IFRSPROVEITOS OPERACIONAIS:

Vendas 19.120.158 3.825 19.123.983Prestações de serviços 108.034.377 (995.329) 107.039.048Outros proveitos operacionais 1.045.412 589.952 1.635.364

Total de proveitos operacionais 128.199.947 (401.552) 127.798.395

CUSTOS OPERACIONAIS:Custo dos programas exibidos e das mercadorias vendidas (36.017.732) (6.867.768) (42.885.500)Fornecimentos e serviços externos (34.636.498) 6.796.251 (27.840.247)Custos com pessoal (29.096.803) - (29.096.803)Amortizações e depreciações (11.852.378) 5.746.730 (6.105.648)Provisões (1.847.089) 1.425.743 (421.346)Outros custos operacionais (518.208) (909.724) (1.427.932)

Total de custos operacionais (113.968.708) 6.191.232 (107.777.476)

Resultados operacionais 14.231.239 5.789.680 20.020.919

RESULTADOS FINANCEIROS:Ganhos e perdas em empresas do grupo e associadas 746.820 150.307 897.127Outros custos financeiros (6.558.120) 1.878.685 (4.679.435)Outros proveitos financeiros 1.114.685 (969.807) 144.878

(4.696.615) 1.059.185 (3.637.430)

RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 996.680 (996.680) -

Resultados antes de impostos 10.531.304 5.852.185 16.383.489

Imposto sobre o rendimento do exercício (2.660.695) (140.103) (2.800.798)

Resultado consolidado líquido do período 7.870.609 5.712.082 13.582.691Atribuível a: Accionistas da empresa-mãe 3.027.860 5.530.567 8.558.427 Interesses minoritários 4.842.749 181.515 5.024.264

30 de Junho de 2004

O detalhe dos ajustamentos efectuados com impacto no resultado líquido do período findo em 30 de Junho de 2004 e 31 de Dezembro de 2004 para efeito de conversão das demonstrações financeiras para as Normas Internacionais de Relato Financeiro é como segue:

Resultado líquido Resultado líquido atribuível a atribuível a accionistas interesses

da empresa- mãe minoritários Total

Resultado líquido em 30 de Junho de 2004 (POC) 3.027.860 4.842.749 7.870.609Ajustamentos de conversão para IFRS:

Reversão da amortização de despesas de instalaçãoe outros intangíveis 507.026 132.054 639.080

Reversão da amortização de trespasses 5.174.157 - 5.174.157Outros ajustamentos, líquidos (150.616) 49.461 (101.155)

Resultado líquido em 30 de Junho de 2004 (IFRS) 8.558.427 5.024.264 13.582.691

Ajustamentos de transição para IFRS

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2005 (Montantes expressos em Euros)

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Resultado líquido Resultado líquido atribuível a atribuível a accionistas interesses

da empresa- mãe minoritários Total

Resultado líquido em 31 de Dezembro de 2004 (POC) 6.210.579 10.594.130 16.804.709Ajustamentos de conversão para IFRS:

Reversão da amortização de despesas de instalaçãoe outros intangíveis 1.001.243 271.146 1.272.389

Reversão da amortização de trespasses 10.349.643 - 10.349.643Outros ajustamentos, líquidos (231.802) 178.193 (53.609)

Resultado líquido em 31 de Dezembro de 2004 (IFRS) 17.329.663 11.043.469 28.373.132

Ajustamentos de transição para IFRS