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20 17 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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2017

RELATÓRIO DO CONSELHO

DE ADMINISTRAÇÃO

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CAMINHO DE PROGRESSO

Os resultados atingidos pela Secil neste exercício evidenciam que o caminho de recuperação que está persistentemente a ser prosseguido começa a dar os seus frutos: o volume de negócios subiu e o EBITDA melhorou, tal como sucedeu com o endividamento e o resultado liquido.

A Empresa está ainda longe de atingir resultados globalmente satisfatórios, em termos de rentabil-idade e endividamento, mas a tendência recessiva inverteu-se e estamos a caminho de um contexto mais favorável, o que, dado o ambiente incerto que se vive à escala global deve ser encarado com oti-mismo.

Os mercados geográficos onde a Secil atua no Norte de África e Médio Oriente estão ainda turbu-lentos, a situação em Angola mantém-se indefinida e no Brasil detetam-se já os primeiros alvores de re-cuperação económica que nos permitiram alcançar um recorde de produção, em ano de expressiva consolidação do desempenho da Supremo Cimen-tos com aumento da sua quota de mercado.

Em Portugal assiste-se a uma nítida recuperação de mercado- quer do cimento quer dos materiais de construção – e ampliámos a nossa atuação através da aquisição de um terminal portuário de cimento, pedreiras e centrais de betão no Norte de Espanha (Galiza e Astúrias).

Outro importante êxito, que registamos com apreço, foi a significativa melhoria nos Indicadores de Segurança, que se aproximam da média do sector, com tudo o que tal significa em termos de proteção de vidas humanas e qualidade da gestão.

Importa todavia salientar que estes passos positi-vos carecem de consolidação, para que a empresa esteja apta a vencer os crescentes desafios da glo-balização económica e da sustentabilidade.

À Gestão e a todos os Colaboradores endereço o meu reconhecimento pelo caminho prosseguido, que deve ser entendido como estimulo e confiança na prossecução das exigentes metas que estão definidas.

Pedro Mendonça Queiroz Pereira

Presidente do Conselho de Administração

MENSAGEMDO PRESIDENTE

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Gonçalo de CastroSalazar Leite

José Miguel PereiraGens Paredes

Sérgio AntónioAlves Martins

Pedro Mendonçade Queiroz Pereira

Carlos AlbertoMedeiros Abreu

Manuel António de Sousa Martins

João Nuno de SottomayorPinto de Castelo Branco

Francisco José Meloe Castro Guedes

Paulo MiguelGarcês Ventura

Otmar Hübscher

João Luís BarbosaPereira de Vasconcelos

Ricardo Miguel dosSantos Pacheco Pires

Presidente

Vice-presidente

Vice-presidente

Vice-presidente

Vogal

Vogal

Vogal

Vogal

Vogal

Vogal

Vogal

Vogal

PEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA

JOÃO NUNO DE SOTTOMAYOR PINTO DE CASTELO BRANCO

OTMAR HÜBSCHER

GONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITE

CARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREU

FRANCISCO JOSÉ MELO E CASTRO GUEDES

JOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS

JOSÉ MIGUEL PEREIRA GENS PAREDES

MANUEL ANTÓNIO DE SOUSA MARTINS

PAULO MIGUEL GARCÊS VENTURA

RICARDO MIGUEL DOS SANTOS PACHECO PIRES

SÉRGIO ANTÓNIO ALVES MARTINS

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01 Enquadramento Económico Global 02 O Grupo Secil em 2017

03 Principais Acontecimentos de 2017 04 Portugal 05 Líbano 06 Tunísia 07 Brasil

08 Angola 09 Perspetivas Futuras 10 Proposta de Aplicação de Resultados

01

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01ENQUADRAMENTO ECONÓMICO GLOBAL

A economia mundial manteve em 2017 o ní-vel de crescimento verificado no ano ante-rior. As economias emergentes e em desen-volvimento continuaram a ser o maior motor de evolução, enquanto as economias mais desenvolvidas aproximaram-se do seu cres-cimento potencial. Os países onde o Grupo Secil tem operações diretas mantiveram uma evolução assimétrica provocada, essencial-mente, por focos de instabilidade política e social.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 7

A atividade económica mundial manteve em 2017 o ritmo de crescimento que trazia do ano anterior. O crescimento estimado de 3,7% (World Economic Outlook Update, FMI, Janeiro 2018) - meio ponto percentual acima do verificado em 2016 - assentou principalmente nas economias da Zona Euro, Ásia e Rússia, que compensaram a revisão em baixa das eco-nomias dos EUA, Reino Unido e Índia na 2ª metade do ano, isto depois de uma primeira metade de 2017 de crescimento económico generalizado.

Este ligeiro reforço do crescimento global aconteceu com o reforço de crescimento de cerca de 120 econo-mias que pesam cerca de 75% do PIB mundial. Este é o mais amplo movimento de crescimento económico sincronizado desde o início da década.

Ainda assim, o ritmo de crescimento apresentado por economias em posições diferentes de desenvol-vimento continua a ser diverso. As economias mais desenvolvidas aceleraram o seu ritmo de crescimento de 1,7% em 2016 para 2,3% em 2017 e encontram-se, nesta fase, próximas do seu potencial de crescimento.

Já as economias emergentes e em desenvolvimento, continuam a aproximar-se das restantes, uma vez que continuam a apresentar taxas de crescimento acen-tuadamente superiores. Em 2017 apresentaram um incremento do PIB de 4,7%, que compara com 4,4% no ano anterior. O Brasil, a China e a África do Sul são, neste capítulo, exemplos de economias que cresceram acima das estimativas e que foram muito impulsiona-das pela exportação de matérias-primas. A excepção neste grupo de países verificou-se no Médio Oriente e no Norte de África, sobretudo devido aos cortes na produção de petróleo.

As economias mais relevantes para o Grupo Secil tive-ram, em 2017, evoluções assimétricas, determinadas, sobretudo, pela elevada instabilidade política verificada em alguns países.

Em Portugal existiam algumas incertezas sobre qual seria a evolução económica, nomeadamente o de-sempenho do setor da construção. O PIB português aumentou 2,7% no ano em análise (INE, Fevereiro de 2018), o maior crescimento desde o ano 2000. Esta evolução ficou a dever-se, essencialmente, ao con-tributo da procura interna e, nesta, à aceleração do Investimento.

Na região do Médio Oriente e Norte de África, as operações encontram-se condicionadas por fatores de instabilidade, sobretudo políticos e sociais, cujos desenvolvimentos podem condicionar as atividades. Apesar dos riscos, a instabilidade geopolítica pode também potenciar novas reformas ou uma reorienta-ção de agendas políticas em vários países.

Em 2017, registou-se uma taxa de crescimento de 2,5% na região, com a Tunísia a apresentar um crescimento do PIB de 2,3% e o Líbano de 1,5% (World Economic Outlook, FMI Outubro, 2017).

No Brasil, a instabilidade política e a incerteza que esta provoca sobre a evolução económica anteviam um ano de recessão, com retração do investimento público e privado. De acordo com as últimas estima-tivas disponíveis à data de elaboração deste relatório, o PIB brasileiro cresceu 1,1%, positivamente distante da expetativa inicial de decréscimo de 3,5%. Para esta evolução muito contribuiu a performance das expor-tações e o aumento generalizado da procura interna (World Economic Outlook Update, FMI, Janeiro 2018).

Em Angola, apesar do ligeiro crescimento registado, os desequilíbrios macroeconómicos mantêm-se. As eleições gerais ocorridas em 2017 trouxeram uma ex-petativa de mudança política e económica, tendo sido criado um plano com o objetivo de reduzir os desequi-líbrios. O crescimento económico de 2017 terá sido de 1,5% (World Economic Outlook, FMI Outubro, 2017).

No mercado cambial, a cotação EUR/USD ao longo do ano de 2017 foi caracterizada pela valorização do Euro, contrário ao registado no ano anterior. No início do ano a cotação era de 1,0513 dólares por euro e no final do ano tinha subido para 1,1996, representando uma valorização do Euro de 14%. Ao longo de 2017, a cota-ção situou-se, em média, nos 1,1302 dólares por euro. Relativamente ao Real do Brasil (BRL), e contrariando o ano anterior, 2017 foi marcado por uma desvalorização significativa, passando de 3,4305 para 3,96285 (desva-lorização do BRL de 15,5%), e cotando-se em termos médios do ano nos 3,6093. No caso do Dinar da Tu-nísia (TND), 2017 foi marcado por uma desvalorização significativa de 15%, situando-se a cotação no final o ano em 2,718, comparativamente a 2,373 em 2016. Es-tas cotações tiveram impacto negativo na conversão das demonstrações financeiras das empresas da área internacional do Grupo.

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02O GRUPO SECIL EM 2017

O Grupo Secil continuou em 2017 a inves-tir no alargamento e consolidação das suas operações. Foi adquirido um conjunto de operações em Espanha, que permitem a ex-portação de cimento a partir de Portugal. No Brasil, a operação da Supremo continuou a ter uma evolução positiva.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 9

Principais Acontecimentos de 2017

Em Março de 2017, o Grupo Secil adquiriu um con-junto de operações sediadas em Espanha, as quais incluem um terminal que permite a exportação de ci-mento a partir de Portugal, bem como 13 centrais de betão e exploração de pedreiras.

Introdução de novas embalagens de cimento em Portugal, com alteração do design gráfico e da co-municação da marca: “O Cimento agora tem nome”.

Lançamento do programa de transformação Return com vista a aumentar a rentabilidade do Grupo Secil, e com o estabelecimento de objetivos até 2020.

Início da exportação de clínquer na Tunísia, a partir de Gabès.

Aumento das reservas da pedreira em Adrianópolis.

Consolidação das operações na Holanda adquiridas em 2016, com o aumento das vendas do Terminal de Terneuzen.

Arranque do consumo/valorização de caroços de azeitona como fonte alternativa de combustível nos fornos em Gabés.

O contexto económico desafiante e, sobretudo, a as-simetria da evolução dos mercados mais relevantes para o Grupo Secil voltaram a fazer de 2017 um ano sujeito a incertezas e a performances diferenciadas. Para lá da conjuntura, o grupo continuou a investir no alargamento e consolidação das suas operações, bem como na otimização das operações atuais.

Foi lançado em 2017 um programa de transformação transversal ao Grupo, que recebeu a designação de Return. Este programa que tem três linhas de ação: aumento das receitas, gestão eficiente dos custos e processos e redefinição do modelo de gestão. Este processo visa aumentar a rentabilidade do Grupo Secil, com foco prioritário no crescimento dos resultados das operações atuais. No seu âmbito, foi definido um conjunto de objetivos até 2020. Foram identificadas iniciativas que visam a melhoria de desempenho global e um crescimento significativo e sustentável dos resul-tados operacionais, tanto em cada uma das geografias onde a Secil opera, como transversalmente ao nível do Grupo.

O ano ficou marcado pela melhoria da rentabilidade das operações em Portugal. Embora se tenha assis-tido a uma redução do mercado externo, a retoma do mercado interno e o crescimento do mercado da construção suportaram uma melhoria significativa do contributo da operação portuguesa para o resultado global do Grupo.

Algumas das geografias continuaram a ser marcadas por alguma instabilidade económica e política, como é o caso da Tunísia, Líbano e Angola. As condições de mercado são difíceis, com contextos complexos e ambientes concorrenciais desafiantes. A atuação no sentido de otimizar e tornar as operações mais eficien-tes, permitiu que estas adversidades fossem mitigadas. Exemplos disso são os casos do Líbano e de Angola, que melhoraram os seus resultados operacionais, ou da Tunísia, que reduziu parte dos impactos negativos.

No Brasil - depois da importância de 2016, que foi o primeiro ano completo de atividade da nova fábrica - 2017 revelou-se o ano de consolidação da posição da Supremo no mercado. Mesmo com um contex-to económico e de mercado adversos, as vendas em volume continuaram a crescer e as instalações fabris continuaram a ter uma excelente performance.

Ao nível do desenvolvimento, o ano de 2017 ficou também marcado pela aquisição, em Março, de um conjunto de operações sediadas em Espanha, que in-cluem um terminal em Vigo que permite a exportação de cimento a partir de Portugal, bem como treze cen-trais de betão na Galiza, Astúrias e León e a aquisição de duas pedreiras na Galiza e Astúrias.

É convicção do Conselho de Administração que as di-ferentes medidas que têm vindo a ser implementadas, conjuntamente com a continuação da prioridade dada à otimização e melhoria da eficiência dos processos e operações, irão conduzir o Grupo a resultados mais favoráveis e níveis de rentabilidade superiores.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 10

2.1_ Volume de Negócios

O volume de negócios do Grupo Secil teve um aumento de 5,9% em 2017. As quantidades vendidas de cimento e clínquer cresceram 6,5%. Destaque para as vendas de clínquer, que registaram um acréscimo superior a 57%

O rácio de frequência de acidentes registou uma me-lhoria significativa face a 2016, o Grupo continuou em 2017 muito empenhado e com grande ênfase na construção de uma cultura de segurança baseada em comportamentos que permitam eliminar/controlar a exposição das pessoas aos riscos.

A análise da performance dos indicadores físicos mos-tra evoluções positivas nos vários tipos de produtos.

As vendas de cimento e clínquer do Grupo Secil to-talizaram 5,9 milhões de toneladas. Este volume está cerca de 6,5% acima das vendas realizadas em 2016.

2017 2016 Variação

2.556

4,80

128,20

2.619

9,00

240,00

-63

-46,7%

-46,6%

Pessoal

Colaboradores

Rácio de frequência de acidentes

Rácio de gravidade de acidentes

Vendas

Cimento cinzento

Cimento branco

Clínquer

Betão-Pronto

Inertes

Préfabricados

Argamassas

Cal Hidráulica

Cimento-Cola

1000 t

1000 t

1000 t

1000 m3

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

5.850

5.105

86

659

1.484

3.194

128

128

26

18

5.491

4.988

84

418

1.214

2.547

73

102

24

16

6,5%

2,3%

2,6%

57,4%

22,3%

25,4%

74,5%

25,2%

5,8%

10,2%

Capacidade Produtiva de Cimento 9.750 9.750 0,0%

Principais Indicadores Físicos Consolidados

1000 t

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 11

Esta evolução positiva nas toneladas vendidas ocor-reu em praticamente todas as geografias. O aumento mais significativo deu-se nas vendas no Brasil, que aumentaram 13,7%. A unidade conseguiu um bom desempenho comercial, consolidado pelo serviço de apoio ao cliente e pela implantação de novos centros de distribuição durante o segundo semestre de 2016.

Em Portugal, as vendas no mercado interno registaram um crescimento de cerca de 9%, evolução devida ao aumento do mercado, que registou variações homó-logas mensais positivas ao longo de todo o ano.

As vendas de exportação de cimento a partir de Portu-gal decresceram cerca de 4%, devido essencialmente ao efeito do aumento da concorrência, motivado pelo excesso de oferta nos mercados internacionais.

Na Tunísia, verificou-se uma quebra das vendas de ci-mento dirigidas tanto ao mercado interno como ao externo, devido à diminuição do mercado e ao au-mento da pressão concorrencial.

Tanto em Portugal como na Tunísia as unidades pro-curaram novos mercados, para fazer face à diminuição de vendas de cimento nos mercados interno ou ex-terno. Assim, no Grupo, as vendas de clínquer para exportação registaram um aumento de 57,4%, influen-ciadas pelo aumento das vendas de Portugal e pelo início de vendas a partir da Tunísia (foram vendidas 206 mil toneladas).

No Líbano as vendas aumentaram 2,7%, apesar do ligeiro decréscimo do mercado. Uma evolução que ficou a dever-se à melhoria da performance opera-cional.

Em Angola, as vendas diminuíram 2,5%, devido à retração no mercado do cimento por impacto da con-juntura económica do país.

As vendas de betão pronto do Grupo, por sua vez, re-gistaram um crescimento significativo de 22,3% face a 2016. Este aumento ocorreu sobretudo em Portu-gal, onde as vendas de betão cresceram 27%, fruto do dinamismo do mercado da construção e influencia-do pela reabilitação urbana e algumas obras novas. As vendas em quantidade estão também influencia-das positivamente pela incorporação das vendas das centrais de betão das operações em Espanha, cujo impacto em 2017 foi de cerca de 50 mil m

3.

As vendas de betão no Líbano e na Tunísia decresce-ram em virtude da contração dos respetivos mercados e da forte situação concorrencial.

No Brasil, apesar do mercado ter sido afetado ne-gativamente pela conjuntura, as vendas de betão cresceram cerca de 24%. Esta performance foi influen-ciada positivamente pelo início de atividade de duas novas centrais e pelo desenvolvimento de um projecto de excelência comercial.

Nas restantes áreas de materiais de construção, e à semelhança do que sucedeu com o betão pronto em Portugal, as vendas registaram crescimentos apreciá-veis em 2017. Em Portugal, a requalificação urbana, requalificação da rede rodoviária nacional, obras novas e algumas obras estruturais (públicas e privadas) per-mitiram que todos os segmentos crescessem em 2017.

Em 2017, o volume de negócios do Grupo Secil cifrou--se em 499,5 milhões de euros, 28 milhões de euros acima do verificado em 2016, o que representa um crescimento de 5,9%.

Volume de Negócios (milhares de euros) 2017 2016 Variação

Portugal*

Líbano

Tunísia

Brasil

Angola

Intra-Grupo

Total Consolidado

298.073 244.821 21,8%

0,0%

-14,6%

10,9%

8,0%

140,8%

92.092

56.468

78.233

19.113

-19.197

92.106

48.212

86.727

20.639

-46.229

499.527 471.530 5,9%

* - O segmento de Portugal passou a incluir as actividades em Cabo Verde e na Holanda e Espanha.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 12

A análise geográfica mostra-nos que o crescimento foi mais significativo no volume de negócios em Portugal e no Brasil.

Em Portugal, este aumento é explicado pelo cresci-mento das atividades no mercado interno, sobretudo pelo aumento das vendas de cimento e de materiais de construção. Este crescimento permitiu compensar o decréscimo das vendas de exportação, que continuam a ser influenciadas pelo excesso de oferta na Europa e Mediterrâneo.

No Brasil, apesar da difícil conjuntura económica e do decréscimo da construção, o Grupo conseguiu aumentar as quantidades vendidas de cimento e o volume de negócios foi também influenciado po-sitivamente pela valorização média do Real face ao Euro, com impacto positivo de cerca de 5,5 milhões de euros. Estes dois efeitos permitiram compensar o impacto negativo do decréscimo dos preços de venda, influenciados pela queda do mercado e pelo aumento da concorrência.

Em Angola, o volume de negócios foi marcado pela gestão criteriosa do preço de venda em função das necessidades do mercado, tendo sempre em conside-ração as necessidades regionais e dimensão da oferta dos vários produtores. Desta forma, oaumento do preço de venda em cerca de 11% per-mitiu mais que compensar a quebra das quantidades vendidas, que caíram 2,5% em comparação com 2016.

Na Tunísia, o decréscimo do volume de negócios de-veu-se à diminuição das vendas no mercado interno e à desvalorização cambial do Dinar face ao Euro. A diminuição do mercado de cimento e o excesso de oferta contribuíram, uma vez mais, para uma maior pressão sobre os preços de venda, quer no mercado local, quer nas vendas para exportação. Este decrés-cimo foi atenuado pelo início de comercialização de clínquer no mercado de exportação. De salientar que o impacto negativo da desvalorização cambial do Dinar tunisino face ao Euro teve um efeito significativo no volume de negócios de cerca de 7 milhões de euros.

No Líbano, o consumo de cimento registou um de-créscimo face a 2016, ano em que as vendas foram influenciadas por algumas restrições na produção (paragens da principal moagem de cimento). Este contexto não se repetiu em 2017, pelo que foi pos-sível aumentar a produção e as vendas de cimento em cerca de 2,7%. O volume de negócios manteve-se semelhante ao de 2016 devido à desvalorização cam-bial do Dólar face ao Euro, que teve um impacto de 1,9 milhões de euros.

2.2 Resultados

O resultado líquido foi negativo em 2017. O EBITDA consolidado aumentou 4,8% para 89 milhões de eu-ros, sobretudo devido à evolução das operações em Portugal e no Líbano.

O ano de 2017 revelou-se desafiante, mas positivo, para o Grupo Secil no que respeita aos resultados ope-racionais. O EBITDA aumentou, devido aos resultados favoráveis obtidos em Portugal, Líbano e Angola, e apesar das dificuldades sentidas no Brasil e na Tunísia. O EBITDA cifrou-se em 89 milhões de euros, tendo crescido cerca de 4 milhões de euros face ao exercício anterior.

O Grupo colocou forte ênfase em iniciativas e projetos que visam a otimização das operações e o aumento da rentabilidade. Para além da continuação dos projetos já iniciados em anos anteriores, foram identificados novos projetos e iniciativas, no âmbito do já referido programa de transformação Return.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 13

O aumento do EBITDA deveu-se maioritariamente às operações em Portugal e no Líbano. Em cada uma destas unidades, verificou-se um aumento de 3,2 mi-lhões de euros. Em termos globais, este indicador está impactado negativamente em cerca de 1,9 milhões de euros, maioritariamente em resultado da desvaloriza-ção cambial do dólar e do dinar tunisino face ao euro.

2017 2016 Variação

Volume de Negócios

Custos Operacionais

EBITDA*

Depreciações, amortizações e provisões

EBIT

Resultados Fincanceiros

Resultados antes de Impostos

Impostos sobre lucros

Resultado Consolidado Líquido do Período

Interesses Minoritários

Resultado Líquido Atribuível a Acionistas

499.527

410.525

89.002

75.978

13.024

-40.291

-27.267

16.703

-10.563

-10.066

-20.629

471.530

386.573

84.957

65.079

20.469

-37.288

-16.820

3.854

-12.966

-9.309

-22.275

5,9%

6,2%

4,8%

16,7%

-36,4%

8,1%

62,1%

n.a.

-18,5%

8,1%

-7,4%

Demonstração de Resultados Consolidados(milhares de euros)

* - O Grupo Secil alterou em 2016 o método de cálculo do EBITDA. A nova fórmula deste indicador é dada por:

EBITDA=Resultado Operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) -/+ Ganhos e (Perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos + custos de

depreciações, amortizações e imparidades - Subsídios ao Investimento +/- Diferenças de câmbio (Desfavoráveis)/favoráveis) +/- Provisões ((aumentos)/reduções)

EBITDA (milhares de euros) 2017 2016 Variação

Portugal*

Líbano

Tunísia

Brasil

Angola

Intra-Grupo

Total Consolidado

* - O segmento de Portugal passou a incluir as actividades em Cabo Verde, Holanda e Espanha.

36.626

35.900

9.041

4.383

3.244

-192

89.002

33.455

32.710

10.510

5.906

2.408

-31

84.957

9,5%

9,8%

-14,0%

-25,8%

34,7%

-521,3%

4,8%

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 14

Para o aumento do EBITDA em Portugal contribuiu a evolução favorável da construção e do mercado interno de cimento, o que permitiu o aumento das atividades no cimento e nos materiais de construção, que mais do que compensaram o decréscimo de ren-tabilidade da exportação.

No Líbano, para além do aumento das vendas, o au-mento das produções, a diminuição dos custos de produção e o recebimento extraordinário de uma indemnização impactaram de forma muito positiva o EBITDA.

Em Angola, o aumento do EBITDA deveu-se ao au-mento do preço de venda e à diminuição dos custos fixos, que permitiram mais que compensar o decrés-cimo das vendas em quantidade.

O EBITDA das atividades na Tunísia foi inferior ao de 2016, o que é justificado pelo decréscimo do volume de negócios mas, maioritariamente, pela desvalori-zação do dinar tunisino face ao euro, com impacto negativo de cerca de 1,3 milhões de euros.

No Brasil, o EBITDA registou um decréscimo de cerca de 1,5 milhões de euros. O aumento das vendas de cimento e a diminuição dos custos variáveis de pro-dução não foram suficientes para anular o impacto da diminuição dos preços de venda.

O EBIT do Grupo Secil foi positivo em 13 milhões de euros, um decréscimo de 36,4% face a 2016. Esta va-riação deveu-se ao registo de 26 milhões de euros em imparidades no goodwill das operações no Brasil.

Os resultados financeiros registaram um valor nega-tivo de 40,3 milhões de euros, uma variação negativa quando comparado com os 37,3 milhões de euros de 2016.

Esta variação é explicada pelo registo de diferenças de câmbio desfavoráveis de cerca de 9,5 milhões de eu-ros, dos quais cerca de 6 milhões de euros devem-se à atualização cambial de empréstimos intra-grupo de Portugal ao Brasil. Por outro lado, os custos financeiros reduziram-se significativamente devido à redução das taxas de juro e comissões em Portugal e Brasil.

A melhoria verificada nos impostos deve-se essencial-mente ao registo de um ganho de 8 milhões de euros decorrente da conclusão de um processo fiscal que foi decidido favoravelmente à Secil, bem como à reversão de impostos diferidos passivos.

O resultado líquido atribuível a acionistas, no ano de 2017, foi negativo em 20,6 milhões de euros. Apesar da melhoria do EBITDA e do impacto positivo regis-tado em impostos, a diminuição do EBIT explica estes resultados.

Resultados Financeiros (milhares de euros) 2017 2016 Variação

Proveitos Financeiros

Custos Financeiros

Diferenças de câmbio

Resultados Empresas Associadas

Total Consolidado

3.726

-35.601

-9.463

1.048

-40.291

3.285

-43.050

-591

3.067

-37.288

13%

-17%

1502%

-66%

8%

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 15

2017 2016 Variação

571.154

1.981

169.026

82.407

91.924

79.597

117.406

41.256

1.154.742

311.514

63.132

374.646

450.750

22.874

56.128

80.698

59.227

110.419

780.097

1.154.742

Ativos não Correntes

Ativos Fixos Tangíveis

Participações Financeiras

Goodwill

Outros Ativos não Correntes

Ativos Correntes

Inventário

Clientes e Outras Contas a Receber

Caixas e Equivalentes

Outros Ativos Correntes

Total do Ativo

Capitais Próprios

Interesses Minoritários

Total do Capital Próprio

Passivos não Correntes

Financiamentos Obtidos

Provisões

Outros Passivos não Correntes

Passivos Correntes

Financiamentos Obtidos

Fornecedores

Outros Passivos Correntes

Total do Passivo

Total do Capital Próprio e do Passivo

655.713

1.763

210.913

66.788

98.558

74.014

116.137

33.981

1.247.867

392.547

72.812

465.359

412.833

30.590

64.483

126.208

34.569

123.825

792.507

1.257.867

-12,9%

12,4%

-19,9%

23,4%

-6,7%

7,5%

1,1%

21,4%

-8,2%

-20,6%

-13,3%

-19,5%

9,2%

-25,2%

-13,0%

-36,1%

71,3%

-10,8%

-1,6%

-8,2%

Síntese de Balanço Consolidado(milhares de euros)

2.3_ Balanço

O Balanço consolidado do Grupo Secil teve uma diminuição de 8,2%, sobretudo pelo impacto de amortizações e da desvalorização de algumas moedas face ao euro. As flutuações cambiais levaram também a uma descida dos capitais próprios.

O total do ativo líquido do Grupo Secil situou-se em 1,15 mil milhões de euros em 31 de Dezembro de 2017, o que representa uma diminuição de 8,2% comparati-vamente ao final de 2016. Verificou-se uma diminuição do valor dos capitais próprios, que se deveu às dife-renças de conversão de demonstrações financeiras em moeda estrangeira, que afetaram negativamente a reserva de conversão cambial em cerca de 63 mi-lhões de euros.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 16

Os ativos fixos tangíveis diminuíram cerca de 85 milhões de euros. O investimento em ativos fixos tan-gíveis totalizou 26,4 milhões de euros. No entanto, o impacto das amortizações foi superior e cifrou-se em 41,6 milhões de euros. A diminuição do valor desta rubrica deveu-se também à desvalorização das moe-das dos países onde o Grupo tem os seus ativos em relação ao euro, que totalizou cerca de 69,4 milhões de euros.

Os investimentos em ativos fixos tangíveis respeitam maioritariamente a investimentos realizados na área do cimento em Portugal, no Líbano, no Brasil e Tunísia, que representam 86% do montante total.

A 31 de Dezembro de 2017 a dívida financeira líquida totalizou 414 milhões de euros, o que representa uma redução de 9 milhões de euros face ao ano anterior. Em 2017, a Secil fez investimentos financeiros rele-vantes, particularmente no pagamento de montantes relativos à aquisição do capital do Grupo Supremo (12,7 milhões de euros) e dos ativos da operação ad-quirida em Espanha (13,5 milhões de euros).

Em termos consolidados, 53% da dívida líquida en-contra-se em regime de taxa fixa, conferindo uma adequada proteção contra a subida das taxas de juro.

Ao longo de 2017, a Secil contratou novos financia-mentos de médio e longo prazo, mantendo a sua política de assegurar linhas de financiamento com maturidades elevadas. As linhas de financiamento con-tratadas pelo Grupo ascendiam a 702 milhões de euros no final do ano, dos quais 167 milhões de euros não se encontravam utilizadas.

Durante o ano, foi evidente a disponibilidade por parte das instituições financeiras para a concessão de crédi-to em condições mais atrativas.

O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maximiza-ção do potencial de cobertura natural da exposição cambial, através da compensação dos fluxos cambiais intragrupo.  Relativamente ao USD, a taxa de cobertura através de hedging natural no ano de 2017 rondou os 45%.

À data de 31 de Dezembro de 2017 o Fundo de Pen-sões do Grupo Secil apresentava, globalmente, uma situação financeira excedentária de 2,1 milhões de euros relativamente às responsabilidades atuariais calculadas por entidades independentes e reportadas à mesma data.

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17Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

03PORTUGAL

A atividade em Portugal registou um aumen-to global em 2017 que se verificou tanto no cimento como nos materiais.A recuperação do mercado doméstico foi essencial para esta evolução.Os resultados seguiram a mesma tendência, com o EBITDA das unidades em Portugal a atingirem 36,5 milhões de euros, um acrés-cimo de 9% face a 2016.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 18

3.1_ Enquadramento económico

O Produto Interno Bruto português cresceu 2,7% em 2017 (INE, Fevereiro 2018), depois de um aumento de 1,6% no ano anterior. De acordo com a generalidade das estimativas oficiais, esta expansão da economia portuguesa deverá manter-se nos próximos anos e de-verá continuar a apresentar um perfil de crescimento no horizonte 2018-2020, embora a um ritmo menor.

De acordo com os dados disponíveis (FEPICOP – Federação Portuguesa da Indústria da Construção), o desempenho da Construção foi positivo durante o ano de 2017. A produção do setor terá crescido 5,9%, em aceleração face aos 2,6% que eram previstos no início de 2017. Estes valores representam a evolução mais positiva dos últimos 19 anos, período durante o qual o volume de produção da construção terá registado uma queda acumulada de 52%.

O segmento de construção de edifícios residenciais foi o que mais contribuiu para o crescimento do setor, em particular a área da reabilitação. A produção de trabalhos de engenharia civil apresentou uma evolução

positiva (cerca de 6%), para a qual contribuiu a real-ização de eleições autárquicas, que permitiram a realização de um volume assinalável de obras da re-sponsabilidade das autarquias locais.

Em 2017, o consumo de cimento em Portugal foi marcado por variações homólogas mensais positivas ao longo de todo ao ano. De acordo com os dados disponíveis, o consumo de cimento em Portugal Con-tinental terá registado uma variação homóloga positiva de 13%, estimando-se que o mercado tenha atingido cerca de 3 milhões de toneladas.

O setor das obras públicas foi o principal responsável pela evolução verificada, sendo que o setor da habi-tação demonstrou uma dinâmica muito apreciável, de acordo com as nossas estimativas. O índice de produção da construção e obras públicas manteve variações homólogas positivas ao longo do ano, sen-do que o segmento das obras de engenharia foi mais dinâmico que o segmento da construção de edifícios.

3.2_ O Grupo Secil

* - Os volumes de vendas respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.** - Inclui as vendas do Terminal da Holanda e de Cabo Verde e Vigo.

2017 2016 VariaçãoUnidade

3.005

1.962

1.605

1.154

1.260

2.413

984

3.949

173

119

298.073

36.626

12,3%

26.224

8,8%

12.538

980

1000t

1000t

1000t

1000t

1000t

1000t

1000 m3

1000t

1000t

1000t

1000€

1000€

%

1000€

%

1000€

Mercado do Cimento

Produção de Clínquer

Produção de Cimento

Vendas da Cimento e Clínquer*

Mercado Interno

Mercado Externo**

Total

Vendas de Betão*

Vendas de Inertes*

Vendas de Argamassas*

Vendas de Prefabricados*

Volume de Negócios

EBITDA

Margem EBITDA

EBIT

Margem EBIT

Capex

Pessoal

2.662

1.898

1.804

1.059

1.313

2.372

737

3.156

143

83

244.821

33.455

13,7%

11.744

4,8%

30.394

980

-12,9%

3%

-11%

9%

-4%

2%

34%

25%

21%

42%

22%

9%

123%

-59%

0

PORTUGAL

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 19

As atividades do Grupo em Portugal registaram um desempenho global mais forte em 2017 e foram marcadas por uma melhoria no mercado interno, ver-ificado tanto no cimento quanto nos materiais.

As vendas de cimento da Secil atingiram 1,154 milhões de toneladas, mais 9% face a 2016. Este aumento fi-cou a dever-se à evolução positiva do mercado, a condições climatéricas benéficas, ao incremento de obras autárquicas e privadas (turismo e residenciais) e à reabilitação, sobretudo nas cidades de Lisboa e do Porto. Os preços tiveram também uma evolução positiva.

Destaca-se em especial o crescimento das vendas para o betão e prefabricação. Esta evolução foi motivada pelo reforço na apresentação de produtos com car-acterísticas adequadas aos segmentos, o que resultou na venda de produtos de maior complexidade técnica.

É de salientar a incorporação do Cimento Secil nas se-guintes obras: Parque Jurássico da Lourinhã, Terminal de Cruzeiros de Lisboa, Ikea de Loulé, Reabilitação da Estação do Metropolitano de Arroios e Museu MUDE.

No mercado externo, a existência de oferta excedentária na Europa, Mediterrâneo e África Oci-dental continuou a provocar um nível de concorrência elevado. Esta envolvente teve impacto negativo nas quantidades e preços de venda, também influenciados pelo impacto da valorização do euro face ao dólar, dado que usualmente estes produtos são negociados em dólares.

As vendas totais de exportação reduziram-se em cer-ca de 4%, mantendo a tendência negativa de 2016 e contrariando o cenário que se verificava até 2015, com vendas de totais de cimento de 272 mil toneladas.

Esta evolução deveu-se à quebra das vendas de cimento em 36%, em grande parte devido à não re-alização de vendas para a Argélia, principal destino das exportações de cimento em anos anteriores. Em contrapartida, as exportações de clínquer ficaram lar-gamente acima do ano anterior, tendo registado um aumento de 48%.

As vendas dos Terminais, por sua vez, foram positivas, com crescimento de 116 mil toneladas para um total de 225 mil toneladas. De destacar, neste capítulo, as contribuições do terminal da Holanda, adquirido em Maio de 2016, do terminal de Espanha, adquirido em Abril de 2017, e de Cabo Verde.

A área de materiais de construção registrou uma re-cuperação bastante positiva em 2017, influenciada essencialmente pela reabilitação urbana, requalificação da rede rodoviária nacional e algumas obras novas.

O betão pronto registou um acréscimo nos volumes de 34%. No mercado interno o dinamismo da área da construção, principalmente da reabilitação urbana, e as obras levadas a cabo pelas autarquias (eleições autárquicas), tiveram um impacto muito positivo no consumo de betão. As vendas em quantidade estão também influenciadas positivamente pela incorpo-ração das vendas das centrais de betão das operações em Espanha (13 centrais de betão), cujo impacto foi de cerca de 50 mil m3 no ano em análise.

As vendas de inertes do grupo registaram um cresci-mento bastante significativo, de 25%. Esta evolução foi ditada por uma maior dinâmica em todas as regiões de atuação das nossas atividades. As vendas de inertes incluem já cerca de 175 mil toneladas de vendas das duas pedreiras adquiridas na Galiza e Astúrias.

A atividade comercial de argamassas foi marca-da pelo aumento dos volumes de vendas, tanto no mercado interno (+21%) como no mercado externo (+19%). A recuperação do mercado interno aconte-ceu, sobretudo, no segmento das argamassas secas, que apresentou um franco e sustentado crescimento, acompanhando a procura para a área da reabilitação. A nível internacional, o ano apresentou alguns desafi-os, mas foi continuada a aposta no desenvolvimento e promoção de soluções vocacionadas para a ren-ovação/reabilitação de edifícios, já que este setor apresenta um potencial de crescimento significativo.

As vendas de prefabricados, que tinham sido as mais afetadas pela quebra do mercado da construção em anos anteriores, cresceram 19% em 2017. Este aumen-to está relacionado com o facto da Secil Prebetão, a partir de Julho de 2016, ter passado a ser consolidada integralmente. Este mercado continua a ser marca-do pela concorrência muito agressiva, resultante do excesso de oferta instalada e consequente prática de preços demasiado baixos. No caso da Secil Prebetão, as vendas cresceram cerca de 19%, o que representa uma evolução bastante considerável. Devido a uma al-teração de mix dos produtos vendidos, o preço médio de venda subiu cerca de 11%.

Apesar da evolução positiva no setor de construção, o mercado das telhas foi afetado negativamente pelo crescimento das obras com coberturas planas e pelo aumento substancial da utilização de outros painéis. Tem-se assistido no mercado a um aumento de outro tipo de soluções para coberturas, apesar de não apre-sentarem os mesmos níveis de durabilidade.

Neste contexto, o volume de negócios global em Por-tugal cresceu 22% comparativamente a 2016, tendo atingido 298 milhões de euros.

Em termos de volume de negócios, a área do cimento registou uma subida de cerca de 3%, o equivalente a um aumento de 4,8 milhões de euros face a 2016. O mercado interno contribuiu positivamente em quan-tidade e preço, enquanto que no mercado externo o cenário foi o oposto. Esta diminuição foi justificada pela quebra das quantidades vendidas de cimento. Apesar do aumento das vendas de clínquer, o facto de este produto ter preços inferiores não permitiu com-pensar a quebra verificada no cimento.

O volume de negócios na área dos betões cresceu 34%, influenciado pelo aumento das quantidades ven-didas mas também pelo aumento dos preços, apesar da crescente concorrência.

Nos inertes, o montante de vendas registou um au-mento de 15%, influenciado pela melhoria de volumes, uma vez que os preços mantiveram os mesmos níveis de 2016.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 20

Também nas argamassas o volume de negócios teve uma evolução positiva e cresceu 22%, em resultado do aumento das quantidades vendidas no mercado interno e externo.

O volume de negócios de pré-fabricados cresceu 48%, em parte como resultado da integração a 100% da Secil Prebetão, ocorrida em Julho de 2016. Nesta unidade, o volume de negócios cresceu significativa-mente (+41%), devido ao aumento das quantidades vendidas e do preço de venda (alteração de mix). No caso da Argibetão, em virtude da diminuição das vendas de telhas (principal produto), o volume de negócios decresceu 14%.

No que respeita a resultados, o EBITDA das unidades em Portugal cifrou-se em 36,6 milhões de euros o que, comparado com o montante registado em 2016, rep-resenta um acréscimo de 9,5%.

No caso do cimento, o aumento do EBITDA deveu-se, para além do aumento das quantidades vendidas no mercado interno (e aumento do preço) e de clínquer no mercado externo, a uma melhoria ligeira na ener-gia elétrica. Verificou-se um aumento dos preços da energia térmica, que ainda assim foi compensada por uma otimização do mix de combustíveis, com reforço do uso de combustíveis alternativos.

As unidades de negócio de materiais de construção apresentaram um crescimento do EBITDA de cerca de 5,7 milhões de euros. O aumento mais significativo verificou-se no betão, fruto do já referido aumento das quantidades vendidas, mas também do aumento dos preços médios de venda, da redução de custos de pessoal e de transporte.

O EBITDA de 2017 está influenciado pelas mais-valias obtidas com a venda de ativos fixos em cerca de 1,5 milhões de euros, o que compara com 3,3 milhões de euros em 2016.

O ajustamento da estrutura produtiva, o controlo de custos e o impacto de ações implementadas em anos anteriores permitiram que a generalidade das unidades em Portugal tenha registado uma boa recuperação e obtido margens EBITDA superiores às de 2016, aprove-itando a recuperação do mercado.

Perseguindo o objetivo imperativo da eficiência, em 2017 reorganizaram-se as estruturas de suporte e de produção.

Em 2017 manteve-se o número de colaboradores, depois de terem sido incorporados 32 colaboradores com a aquisição das operações em Espanha.

O investimento em ativos fixos tangíveis em Portugal totalizou 12,5 milhões de euros. A maior parte destes investimentos foram realizados na área do Cimento. Destaca-se a aquisição, por 1,6 milhões de euros, de uma pedreira de gesso pardo natural para assegurar a continuidade da disponibilidade desta matéria-prima, essencial à produção de cimento cinzento.

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21Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

04LÍBANO

O consumo de cimento no Líbano caiu ligei-ramente em 2017, apesar do país continuar a apresentar valores per capita particularmente elevados. O volume de negócios do grupo nesta geografia manteve-se ao nível do ano anterior, influenciado negativamente pela evolução cambial. O EBITDA cresceu quase 10%.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 22

4.1_ Enquadramento económico

A economia libanesa deverá ter crescido 1,5% em 2017 (World Economic Outlook, FMI Outubro 2017), valor abaixo do seu potencial. O Líbano continua a sofrer o impacto da instabilidade regional, em particular do conflito na Síria. Esta guerra continua a dominar as perspetivas do país bem como os frágeis equilíbrios entre as suas diversas comunidades, criando alguma instabilidade.

Adicionalmente, a incerteza política continua a estar presente no país, mesmo depois de ter sido eleito um presidente no dia 31 de Outubro de 2016 e ter sido nomeado um novo primeiro-ministro logo depois, ter-minando um impasse de dois anos e meio.

O consumo de cimento atingiu as 5,18 milhões de ton-eladas em 2017, ligeiramente inferior ao ano anterior em 1,7%. O Líbano continua, no entanto, a apresentar valores de consumos de cimento bastante elevados, quando comparado com outros países da região do Médio Oriente, e um valor de consumo per capita aci-ma dos 1.000 kg por habitante, o que é notável.

4.2_ O Grupo Secil

* - Os volumes de vendas respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

2017 2016 VariaçãoUnidade

5.181

950

1.199

1.181

99

59

92.106

35.900

39,0%

28.884

31,4%

3.202

497

1000t

1000t

1000t

1000t

1000 m3

1000t

1000€

1000€

%

1000€

%

1000€

Mercado do Cimento

Produção de Clínquer

Produção de Cimento

Vendas da Cimento e Clínquer*

Mercado Interno

Vendas de Betão*

Vendas de Prefabricados*

Volume de Negócios

EBITDA

Margem EBITDA

EBIT

Margem EBIT

Capex

Pessoal

5.270

871

1.103

1.150

107

33

92.092

32.710

35,5%

25.374

27,6%

3.374

496

-1,7%

9,1%

8,7%

2,7%

-7,6%

80%

0,0%

9,8%

13,8%

-5,1%

1

LÍBANO

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 23

As vendas de cimento da Ciment de Sibline totaliza-ram 1,18 milhões de toneladas, tendo crescido 2,7% comparativamente a 2016. Nesse ano as vendas fo-ram influenciadas por algumas restrições na produção - paragens da principal moagem de cimento - que não se verificaram em 2017. Os preços de venda em moeda local mantiveram-se em níveis similares aos de 2016, com um ligeiro decréscimo de apenas 0,6%, essencialmente devido a alterações do mix de vendas.

No que se refere à atividade do betão, apresentou uma performance abaixo da verificada em 2016, com as quantidades vendidas a diminuírem 7,6%. O ambiente altamente competitivo no mercado de betão pronto manteve-se nas áreas em que o Grupo opera, sem, no entanto, ter provocado alterações nos preços de venda.

O volume de negócios das atividades no Líbano manteve-se semelhante ao de 2016, tendo sido in-fluenciado negativamente pela desvalorização cambial do dólar face ao euro, que provocou um impacto de 1,9 milhões de euros. Sem este efeito, o volume de negócios no país teria aumentado, em virtude do au-mento das vendas de cimento. O EBITDA gerado pelas operações no Líbano atingiu 35,9 milhões de euros, valor superior ao registado em 2016 em 9,8%. Este crescimento deveu-se ao aumento das vendas e à diminuição de custos de produção. O ano de 2016 tinha sido afetado pela baixa produção de clínquer, provocada pela paragem programada de uma das linhas para instalação do filtro de mangas e pela necessidade de compra de cimento a terceiros para venda (devido a avaria da principal moagem de cimento). Este investimento permitiu a otimização da utilização de matérias-primas, levando a uma diminui-ção dos custos. Do mesmo modo, verificou-se uma contribuição positiva com a diminuição dos consumos de energia elétrica.

Os custos de produção aumentaram em 2017 devido ao impacto do preço dos combustíveis sólidos e à en-trada em vigor (no 4º trimestre de 2017) de um novo imposto especial sobre a produção de cimento. Estes encargos foram parcialmente compensados pelo mais eficiente consumo de matérias-primas e também pela redução do fator de incorporação de clínquer.

O EBITDA de 2017 encontra-se também influenciado positivamente pelo recebimento de cerca de 2 milhões de euros de indemnização de seguro, devido à avaria de um moinho de cimento em 2016, acima referida.

O desempenho do EBITDA no betão pronto, que cresceu de 67 mil euros para 412 mil euros, reflete a diminuição dos custos de produção e a diminuição no registo de imparidades para clientes, que permi-tiram mais que compensar a diminuição do volume de negócios.

Os investimentos no Líbano totalizaram 3,2 milhões de euros, destacando-se a reparação do moinho que avariou em 2016 (cerca de 1,7 milhões de euros).

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24Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

05TUNÍSIA

O crescimento da economia da Tunísia re-cuperou em 2017, embora não tenha sido acompanhado pelo consumo de cimento. As exportações de cimento a partir deste mercado foram muito condicionadas pela instabilidade em países vizinhos mas foram compensadas pelas vendas de clínquer.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 25

5.1_ Enquadramento económico

A economia tunisina terá crescido 2,3% em 2017, de acordo com os últimos dados publicados pelo FMI (World Economic Outlook, FMI Outubro 2017). Este valor significa uma aceleração apreciável face ao cres-cimento de 1% verificado em 2016.

As condições políticas e sociais apresentaram algumas melhorias, com reflexo positivo na economia, embora subsista alguma instabilidade social e a pressão de rei-vindicações sindicais.

Duas tendências opostas caracterizaram a economia tunisina no final de 2017. O crescimento económico foi possível devido às melhorias sustentadas na se-gurança, o turismo aumentou, a produção de fosfato recuperou fortemente e o investimento (estrangeiro e doméstico) mostrou sinais iniciais de recuperação. Por outro lado, algumas vulnerabilidades macroeco-nómicas tornaram-se mais acentuadas, exigindo ações urgentes. A dívida pública deverá chegar a 70% do PIB, o défice da balança corrente será de dois dígitos e as reservas internacionais do Banco Central da Tunísia caíram.

Neste contexto, estima-se que o mercado interno de cimento tenha registado um pequeno decréscimo de 0,5%, face ao ano anterior. Esta quebra no mercado não foi distribuída de forma uniforme por todo o país, tendo tido maior impacto na região sul, o mercado natural das operações do Grupo Secil. O mercado de cimento continuou a ser caracterizado por uma con-corrência muito intensa e com grande pressão sobre os preços de venda, tendo-se assistido a uma pequena redução dos mesmos. Verificaram-se também limita-ções na disponibilidade de aço de construção, o que influenciou as vendas de cimento, particularmente no quarto trimestre.

O mercado de exportação de cimento registou uma redução significativa devido a constrangimentos na fronteira com a Líbia e com a obtenção de divisas no mercado financeiro deste país. No caso do mercado argelino, não foram atribuídas quaisquer licenças de importação por parte das autoridades deste país.

5.2_ O Grupo Secil

* - Os volumes de vendas respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

2017 2016 VariaçãoUnidade

7.190

955

889

806

292

1.099

132

48.212

9.041

18,8%

4.569

9,5%

2.111

338

1000t

1000t

1000t

1000t

1000t

1000t

1000 m3

1000€

1000€

%

1000€

%

1000€

Mercado de Ligantes

Cimento + Cal

Produção de Clínquer

Produção de Cimento + Cal

Vendas da Cimento e Clínquer*

Mercado Interno

Mercado Externo

Total

Vendas de Betão*

Volume de Negócios

EBITDA

Margem EBITDA

EBIT

Margem EBIT

Capex

Pessoal

7.227

858

1.018

850

163

1.013

154

56.468

10.510

18,6%

4.761

8,4%

2.183

351

-0,5%

11,3%

-12,6%

-5,1%

79,8%

8,5%

-14,2%

-14,6%

-14,0%

-4,0%

-3%

-13

TUNÍSIA

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 26

O desempenho da Societé des Ciments de Gabès no mercado interno decresceu face a 2016, com as ven-das em quantidade a diminuírem 5,1%, afetadas pelo decréscimo do mercado (em especial no Sul da Tu-nísia), pelo aumento da concorrência e pela pressão sobre o preço de venda, que foi inferior em cerca de 1%.

As quantidades vendidas para exportação cresceram 79% face a 2016. Para fazer face à quebra nas exporta-ções de cimento, que foi de 47%, devido às limitações já referidas, foram realizadas exportações de 206 mil toneladas de clínquer, influenciando positivamente as vendas totais de exportação. No mercado de ex-portação os preços ficaram abaixo de 2016 devido à concorrência, ao facto de não se terem efetuado ex-portações para a Argélia (onde o preço é mais elevado) e às vendas de clínquer (cujo preço é mais baixo).

A atividade de betão pronto apresentou uma per-formance inferior à de 2016. As vendas em volume decresceram 14,2%, tendo sido vendidos menos 22 mil m3. Esta diminuição deveu-se à ausência de obras novas, públicas e privadas, nos diversos mercados, como consequência da crise económica que o país e o sector atravessam e que tem contribuído para uma concorrência mais agressiva.

O volume de negócios do Grupo na Tunísia decresceu em 2017, devido à performance do cimento e do be-tão. Apesar da quebra dos volumes de cimento e das vendas de betão, o seu impacto foi atenuado com o início das vendas de clínquer no mercado externo e o ligeiro aumento dos preços do betão.

O volume de negócios foi afetado negativamente pela desvalorização do dinar tunisino face ao euro, de cerca de 14%, que produziu um impacto negativo próximo dos sete milhões de euros. Descontando este efeito cambial, o volume de negócios teria sido inferior em cerca de 1,2 milhões de euros.

Em 2017, o EBITDA das atividades na Tunísia decresceu 14% face a 2016, tendo atingido 9 milhões de euros. Esta quebra é justificada, pelo decréscimo do volume de negócios, e pela desvalorização da moeda, que teve um impacto negativo de cerca de 1,3 milhões de euros nesta rubrica.

Já a produção de clínquer foi superior à de 2016, de-vido ao início da exportação em 2017.

O aumento da eficiência operacional permitiu com-pensar quase totalmente o efeito da diminuição das vendas. Os custos variáveis de produção de cimen-to diminuíram face ao ano anterior, em grande parte devido à diminuição dos custos com energia elétrica, em resultado da diminuição dos consumos específi-cos e à redução do preço da energia elétrica, que em Junho de 2016 tinha registado uma redução muito significativa. Também os custos com pessoal regista-ram uma diminuição, em consequência da redução do número de colaboradores. Estas melhorias mais que compensaram o impacto do aumento dos custos com energia térmica, por impacto do aumento dos preços dos combustíveis.

Já nos betões, ainda que as quantidades tenham de-crescido, o ligeiro aumento dos preços de venda e a diminuição do registo de imparidades para clientes permitiu um aumento do EBITDA.

O investimento ascendeu a 2,1 milhões de euros, valor semelhante ao de 2016, e foi destinado essencialmen-te a operações de substituição.

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27Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

06BRASIL

Apesar da instabilidade política, a econo-mia brasileira recuperou em 2017. O sector da construção não acompanhou esta di-nâmica, provocando uma quebra no con-sumo de cimento. Apesar da conjuntura negativa, as operações do grupo aumen-taram o volume de vendas.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 28

6.1_ Enquadramento económico

A economia brasileira recuperou em 2017. Depois da quebra de 3,3% em 2016, o PIB do Brasil terá crescido 1,1%, de acordo com a estimativa mais recente do FMI (World Economic Outlook Update, Janeiro 2018).

A conjuntura do país continuou a ser afetada pela instabilidade política, pelo aumento do desemprego e pelo baixo nível de investimento público. Deve tam-bém ser assinalada a redução das taxas de inflação e das taxas de juro, para além da melhoria das expecta-tivas de crescimento económico.

O sector da construção continuou sem recuperação visível, com impacto no consumo de cimento. O mer-cado de cimento registou uma quebra de 5%, quando comparado com 2016. A região Sul/Sudeste, mercado de atuação das nossas operações, teve um comporta-mento semelhante, registando uma redução de 4,9%.

A diminuição do consumo de cimento continuou a pressionar os preços de venda, tendência que já se verificava desde 2015. No entanto, a partir do início do segundo semestre de 2017, os preços retomaram uma trajetória ascendente que nos parece sustentada.

6.2_ O Grupo Secil

* - Os volumes de vendas respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.** - Estes valores respeitam ao mercado de actuação do Grupo Supremo, e não ao total do mercado brasileiro.

2017 2016 VariaçãoUnidade

21.477

1.067

1.292

1.272

16

1.288

269

86.727

4.383

5,1%

-32.832

-37,9%

8.060

571

1000t

1000t

1000t

1000t

1000t

1000t

1000 m3

1000€

1000€

%

1000€

%

1000€

Mercado de Cimento

Produção de Clínquer

Produção de Cimento

Vendas da Cimento e Clínquer*

Mercado Interno

Mercado Externo

Total

Vendas de Betão*

Volume de Negócios

EBITDA

Margem EBITDA

EBIT

Margem EBIT

Capex

Pessoal

22.581

865

1.130

1.109

23

1.132

216

78.233

5.906

7,5%

-5.882

-7,5%

4.929

610

-4,9%

23,4%

14,3%

14,6%

-30,2%

13,7%

24%

11%

-26%

458%

64%

-39

BRASIL

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 29

As vendas de cimento da operação no Brasil foram de 1,28 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 13,7% face a 2016, quando tinham sido vendidas 1,1 milhões de toneladas. Esta evolução foi conseguida apesar do decréscimo do mercado, o que significa que a Supremo Cimentos conseguiu aumen-tar a sua quota de mercado. A unidade conseguiu um bom desempenho comercial, consolidado pelo ser-viço de apoio ao cliente e pela implantação de novos centros de distribuição durante o segundo semestre de 2016.

Os preços de venda apresentaram um comportamento negativo no primeiro semestre de 2017, à semelhan-ça do que havia sucedido no ano anterior, afetados pela forte concorrência e pelo excesso de oferta. No entanto, o segundo semestre ficou já marcado positi-vamente pelo aumento dos preços.

As vendas de betão, mercado também afetado nega-tivamente pela conjuntura, cresceram cerca de 24%, tendo sido vendidos 269 mil m3 de betão. Esta per-formance foi influenciada positivamente pelo início de atividade de duas novas centrais e pelo desenvolvi-mento de um projeto de excelência comercial.

O volume de negócios do conjunto das operações atingiu os 86,7 milhões de euros, o que representou um crescimento de 11%. Esta subida foi influenciada positivamente pelo aumento das quantidades vendidas em ambas as operações e pela valorização cambial do real face ao euro, que originou um impacto de 5,5 milhões de euros. Os preços de venda médios de ci-mento e de betão caíram face ao período homólogo.

A fábrica de Adrianópolis continuou a apresentar uma boa performance industrial. Os consumos energéticos (térmicos e elétricos) ficaram abaixo dos verificados do ano anterior, o que permitiu manter os custos variáveis em níveis mais baixos. Em Novembro de 2016 iniciou--se a compra de energia elétrica no mercado livre, o que permitiu uma redução de custos com eletricidade face a 2016.

Os custos fixos sofreram um aumento, devido ao au-mento da dimensão das operações no Brasil, refletindo a abertura de novos centros de distribuição e novas centrais de betão. Tal como no ano anterior, a unidade de Pomerode manteve apenas a operação de moa-gem. Ainda assim, deve ser salientado o esforço de otimização desta unidade, com alguns ajustamentos na sua estrutura de pessoal, o que permitiu uma re-dução de número de colaboradores e o consequente aumento da eficiência operacional.

O EBITDA atingiu 4,4 milhões de euros, o que com-para com o valor de 5,9 milhões de euros em 2016. O aumento das quantidades vendidas e a melhoria dos custos variáveis de produção (diminuição dos consu-mos energéticos e diminuição do preço da energia elétrica), não foi suficiente para anular o efeito da di-minuição do preço de venda em ambas as unidades de negócio e do aumento dos custos fixos associados ao aumento da estrutura, na sequência da abertura dos centros de distribuição e das novas centrais de betão.

Os investimentos no Brasil totalizaram 8 milhões de euros no ano em análise, destacando-se alguns pro-jetos estratégicos, como o início da instalação do novo britador e cinta transportadora em Adrianópolis, o início do projeto de combustíveis alternativos e os investimentos associados à abertura de duas novas centrais de betão.

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30Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

07ANGOLA

A economia angolana recuperou em 2017, apesar de persistirem desequilíbrios im-portantes. O mercado de cimento teve uma queda, que foi largamente atenuada nas operações do Grupo. A gestão dos preços de venda levou a uma subida do volume de negócios de 8% e a redução de custos contribuiu para uma subida do EBITDA de quase 35%.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 31

7.1_ Enquadramento económico

A economia angolana teve em 2017 um crescimento de 1,1%, de acordo com as estimativas do FMI (Outubro 2017). Mantêm-se os impactos negativos decorren-tes da evolução do preço do petróleo que se sentem desde 2014.

Em Agosto de 2017 a realização de eleições gerais le-vou à mudança do Presidente da República. O novo Governo aprovou um Plano Intercalar de seis meses para orientar as ações de políticas até a divulgação do novo Plano Nacional de Desenvolvimento 2018-2022. Este plano deverá intensificar os esforços de conso-lidação orçamental, introduzir maior flexibilidade da taxa de câmbio, e melhorar a governação e o ambiente de negócios, de modo a promover um crescimento mais rápido e inclusivo e a diversificação económica, de acordo com o FMI.

As dificuldades económicas e financeiras do país, em especial a escassez de moeda estrangeira, tiveram um forte impacto na manutenção da atividade dos produ-tores nacionais de cimento.

O mercado angolano de cimento em 2017 registou um decréscimo de 33,4% face a 2016, tendo-se situado nas 2,56 milhões de toneladas.

7.2_ O Grupo Secil

2017 2016 VariaçãoUnidade

2.557

158

151

20.639

3.244

16%

1.425

6,9%

469

179

1000t

1000t

1000t

1000€

1000€

%

1000€

%

1000€

Mercado de Cimento

Produção de Cimento

Vendas da Cimento

Volume de Negócios

EBITDA

Margem EBITDA

EBIT

Margem EBIT

Capex

Pessoal

3.832

152

155

19.113

2.408

13%

943

4,9%

120

182

-33,4%

3,7%

-2,5%

8,0%

34,7%

n.a.

292%

-12

ANGOLA

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 32

As quantidades de cimento vendidas em 2017 pela Secil Lobito caíram 2,5%, para 151 mil toneladas. Este decréscimo foi inferior à quebra do mercado, uma vez que se verificou a interrupção de atividade de alguns produtores na sequência de dificuldades financeiras.

Em termos de mix de vendas, o cimento CEM I 42,5 R, produto de maior valor acrescentado, aumentou em 13% o seu peso no portfólio, passando a representar 44,2% das vendas totais e reforçando assim a posição da Secil Lobito na produção de cimentos diferenciados de elevada resistência.

O preço de venda foi gerido criteriosamente em fun-ção das necessidades do mercado, tendo sempre em consideração a procura regional e a dimensão da ofer-ta dos vários produtores.

O volume de negócios cresceu 8%, tendo atingido um total de 20,6 milhões de euros. A gestão do preço de venda, que aumentou cerca de 11% face ao período homólogo, levou a um aumento do volume de negó-cios, apesar do decréscimo das quantidades vendidas. Ainda assim, o volume de negócios sofreu o impacto negativo da desvalorização do Kuanza face ao Euro, avaliado em cerca de 700 mil euros.

O EBITDA de 2017 atingiu 3,2 milhões de euros, 35% acima do verificado em 2016. A Secil Lobito delineou nesse ano uma estratégia de redução de custos e ges-tão do preço de venda, que consolidou em 2017. Para fazer face à contração do mercado, para além do au-mento de preços, foi mantido o esforço na redução de custos. Os custos fixos registaram um decréscimo face a 2016, apesar do valor elevado da inflação e da atualização salarial.

Os custos variáveis unitários subiram 9% relativamente a 2016, uma vez que dependem em mais de 90% de materiais e matérias-primas importadas, nomeadamen-te o clínquer, cujos custos de aquisição aumentaram como consequência da evolução cambial.

Os investimentos totalizaram 469 mil euros em 2017, destacando-se os investimentos na área da segurança.

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33Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

O Grupo Secil deverá registar em 2018 uma melhoria global da sua performance. As conjunturas económica, política e social são favoráveis nalgumas economias, enquan-to noutras geografias persistem fatores de incerteza.

08PERSPECTIVASFUTURAS

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 34

As perspetivas económicas globais continuam a apon-tar para uma aceleração do crescimento. O FMI pre-vê que o PIB mundial cresça 3,9% em 2018 (3,7% em 2017), de uma forma equilibrada e com riscos con-trolados.

Para Portugal, as projeções também são favoráveis, sendo esperado um crescimento económico de 2,3%, de acordo com as projeções do Banco de Portugal.

Nas obras públicas, a julgar pela evolução positiva dos indicadores de atividade das obras de engenharia, aponta-se para um crescimento da atividade A neces-sidade de continuar a reduzir o défice orçamental e a dívida pública, deverá manter-se como um fator de contenção do investimento público. No entanto, a re-toma deste indicador está a ser feita de forma apoiada nos fundos comunitários.

No segmento habitacional, prevê-se também a con-tinuação do crescimento, como consequência do aumento do número de licenciamento de fogos novos ao longo do segundo semestre de 2017, bem como das perspetivas positivas que se mantêm na área da reabilitação. A dinâmica do mercado de arrendamento e o crescimento do setor do turismo são os principais motores desta tendência de crescimento.

Estas perspetivas permitem prever a continuação da melhoria da operação e dos resultados do Grupo Secil em Portugal.

No Líbano, está prevista para 2018 uma evolução nas condições políticas, com a realização das eleições par-lamentares marcadas para maio. Os desenvolvimentos potenciais nas condições do conflito sírio e da situação dos refugiados no Líbano terão um impacto macroe-conómico e de mercado que não pode ser totalmente antecipado nesta fase. A procura de cimento deverá diminuir ligeiramente em relação a 2017, apesar de alguma melhoria na situação política. Os novos im-postos implementados no último trimestre de 2017 deverão ter um impacto negativo nos resultados das empresas de cimento no país. Espera-se a manuten-ção de um ambiente competitivo desafiador.

Na Tunísia, estima-se que a economia tenha um crescimento de 3% (World Economic Outlook, FMI Outubro 2017) em 2018. São esperados aumentos ge-neralizados dos impostos e taxas e a continuidade da atual situação política e económica do país, onde per-siste alguma fragilidade na manutenção da segurança. O nível concorrencial deverá manter-se intenso, sendo expectável a continuação da pressão competitiva nos mercados interno e externo, dado o excesso de oferta no país. Apesar deste contexto, há boas perspetivas de melhoria da rentabilidade.

No Brasil, o produto deverá continuar a acelerar, com as previsões do FMI a apontaram para um cres-cimento de 1,9% em 2018 (World Economic Outlook Update, FMI Janeiro 2018), acima dos 1,1% estimados para o ano passado. Apesar disso, é expectável que continuem as dificuldades na atividade económica, especialmente nas atividades ligadas ao sector da construção, devido à dificuldade em concretizar in-vestimentos. A crise política continua a ser um fator muito condicionante do crescimento, pelo que este dependerá fortemente da evolução do cenário insti-tucional. A evolução do preço de venda condicionará a performance das operações, pelo que continuarão os esforços de melhoria e contenção dos custos de produção.

Para Angola, as perspetivas são moderadamente po-sitivas e o FMI prevê que a economia cresça 1,6% em 2018 (World Economic Outlook, FMI Outubro 2017). O novo Presidente da República, eleito em Agosto, colocou no terreno programas de diversificação eco-nómica e deverá persistir em alterações fundamentais na governação do país. Na frente económica e social, a tendência de subida do preço de venda do petróleo nos mercados internacionais, que já foi visível no se-gundo semestre de 2017, e o crescimento médio anual de habitantes de 2,7%, fazem perspetivar uma melhoria sustentada da conjuntura. Como consequência, deverá assistir-se a um crescimento do consumo de cimento.

Por tudo isto, perspetiva-se para o ano de 2018 um desempenho global positivo do Grupo Secil, acima do obtido em 2017.

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35Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

Os resultados líquidos do período da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. são de 20 629 180,92 euros negativos. O Conselho de Administração propõe a sua transferência para a rubrica de Resultados Transitados.

09PROPOSTADE APLICAÇÃODE RESULTADOS

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 36

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOOutão 16 de Abril de 2018

Pedro Mendonça de Queiroz PereiraPresidente

João Nuno de Sottomayor Pinto de Castelo BrancoVice-Presidente

Otmar HübscherVice-Presidente

Gonçalo de Castro Salazar LeiteVice-Presidente

Carlos Alberto Medeiros AbreuVogal

Francisco José Melo e Castro GuedesVogal

João Luís Barbosa Pereira de VasconcelosVogal

José Miguel Pereira Gens ParedesVogal

Manuel António de Sousa MartinsVogal

Paulo Miguel Garcês VenturaVogal

Ricardo Miguel dos Santos Pacheco PiresVogal

Sérgio António Alves MartinsVogal

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02DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS CONSOLIDADAS

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 38

ATIVO

Ativo não corrente

Ativos fixos tangíveis

Propriedades de investimento

Goodwill

Ativos intangíveis

Participações financeiras - método da equivalência patrimonial

Outros investimentos financeiros

Créditos a receber

Ativos por impostos diferidos

Outros ativos financeiros

Ativo corrente

Inventários

Clientes

Estado e outros entes públicos

Outros créditos a receber

Diferimentos

Outros ativos financeiros

Ativos não correntes detidos para venda

Caixa e depósitos bancários

Total do ativo

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprio

Capital subscrito

Ações próprias

Outros instrumentos de capital próprio

Reservas legais

Outras reservas

Resultados transitados

Excedentes de revalorização

Ajustamentos / outras variações no capital próprio

Resultado consolidado líquido do período

Interesses que não controlam

Total do capital próprio

PASSIVO

Passivo não corrente

Provisões

Financiamentos obtidos

Responsabilidades por benefícios pós-emprego

Passivos por impostos diferidos

Outros passivos financeiros

Passivo corrente

Fornecedores

Adiantamentos de clientes

Estado e outros entes públicos

Financiamentos obtidos

Outras dívidas a pagar

Diferimentos

Outros passivos financeiros

Passivos directamente associados a ativos não correntes detidos para venda

Total do passivo

Total do capital próprio e do passivo

Valorem Euros

571.153.944

286.201

169.026.493

23.806.526

1.981.451

3.526.520

2.631.175

52.083.908

73.081

824.569.299

91.924.133

61.223.825

37.076.345

18.372.923

1.276.980

927.194

1.964.956

117.406.144

330.172.500

1.154.741.799

264.600.000

(22.609.745)

140.000.000

40.680.725

19.037.493

4.574.815

14.011.358

(128.151.778)

332.142.868

(20.629.181)

311.513.687

63.132.120

374.645.807

22.874.173

450.749.569

1.793.448

54.069.165

262.140

529.748.495

59.227.432

2.754.587

60.225.960

80.697.986

46.688.688

429.486

258.876

64.482

250.347.497

780.095.992

1.154.741.799

10

12

9

13

14

16

18

15

16

17

18

25

18

26

16

19

18

20

20

20

20

20

20

20

5

21

23

22

15

38

23

24

25

23

23

26

38

19

655.713.013

530.722

210.912.716

26.495.792

1.762.873

3.421.516

2.695.371

32.906.720

660.216

935.098.939

98.558.315

56.541.829

29.915.539

19.332.568

772.166

-

1.036.774

116.136.921

322.294.112

1.257.393.051

264.600.000

(22.609.745)

140.000.000

40.680.725

41.312.243

4.556.650

14.027.936

(67.745.683)

414.822.126

(22.274.750)

392.547.376

72.812.005

465.359.381

30.590.064

412.833.093

2.395.654

59.547.383

1.190.186

506.556.380

34.568.552

2.160.798

40.881.357

126.207.690

79.827.371

491.489

1.268.804

71.229

285.477.290

792.033.670

1.257.393.051

31/12/2017Nota 31/12/2016

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASDA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Page 39: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 20 17 · Apesar dos riscos, a instabilidade geopolítica pode também potenciar novas reformas ou uma reorienta- ... tes, permitiu que estas

Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 39

Vendas e serviços prestados

Ganhos e (perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos

Variação nos inventários da produção

Trabalhos para a própria entidade

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

Fornecimentos e serviços externos

Gastos com o pessoal

Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões)

Imparidade de divídas a receber ((perdas)/ reversões)

Imparidade de investimentos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões)

Provisões ((aumentos)/ reduções)

Outros rendimentos

Outros gastos

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos

(Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização

Imparidade de ativos depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões)

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)

Juros e rendimentos similares obtidos

Juros e gastos similares suportados

Resultado antes de impostos

Imposto sobre o rendimento

Resultado consolidado líquido do período

Resultado consolidado líquido do período atribuível a:

Detentores do capital da empresa-mãe

Interesses que não controlam

Resultado básico por ação

Valorem Euros

499.527.306

1.047.841

(494.840)

993.665

(149.546.440)

(185.012.808)

(87.611.477)

(830.953)

(881.890)

-

174.732

31.523.688

(19.780.869)

89.107.955

(58.597.225)

(25.901.810)

4.608.920

2.400.261

(34.275.906)

(27.266.725)

16.703.368

(10.563.357)

(20.629.181)

10.065.824

(10.563.357)

(0.42)

27

28

29

30

17

18

21

31

32

33

33

34

34

15

35

5

471.529.626

3,067.090

786.302

489.433

(140.958.874)

(176.458.995)

(82.476.343)

119.161

1.817.725

(54.292)

3.279.036

33.467.617

(12.765.723)

101.841.763

(63,299,587)

(15,596,967)

22,945,209

3.131.185

(42.895.987)

(16.819.593)

3.853.968

(12.965.625)

(22.274.750)

9.309.125

(12.965.625)

(0.46)

31/12/2017Nota 31/12/2016

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASDOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Page 40: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 20 17 · Apesar dos riscos, a instabilidade geopolítica pode também potenciar novas reformas ou uma reorienta- ... tes, permitiu que estas

Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 40

Posição no início do período 2017

Alterações no período:

Excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis

Realização do excedente de revalorização

Imposto diferido

Diferenças de conversão de demonstrações financeiras

Reserva de justo valor de derivados de cobertura

Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura

no período

Imposto diferido

Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais

Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período

Imposto diferido

Subsídios do Governo

Subsídios ao investimento

Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa

Imposto diferido

Justo valor em associadas

Outras alterações reconhecidas no capital próprio:

Transferência de outras reservas para resultados transitados

Transferência do resultado líquido do período de 2016 para

resultados transitados

Resultado líquido do período

Resultado integral

Operações com detentores de capital no período

Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio

Distribuições

Outras operações - transações de capital próprio

Variação de Perímetro

Posição no fim do período 2017

Valorem Euros

264.600.000

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

264.600.000

20.4

15.2

20.5.1

20.5.4

15.2

20.5.2

15.2

20.5.3

20.5.3

15.2

14

20.6

(22.609.745)

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(22.609.745)

Capitalsubscrito

(Nota 20.1)Notas

Açõespróprias

(Nota 20.1)

264.600.000

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

264.600.000

Outrosinstrumentos decapital próprio

(Nota 20.1)

40.680.725

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

40.680.725

Reservaslegais

(Nota 20.2)

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASDOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Page 41: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 20 17 · Apesar dos riscos, a instabilidade geopolítica pode também potenciar novas reformas ou uma reorienta- ... tes, permitiu que estas

Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 41

41.312.243

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(22.274.750)

-

(22.274.750)

-

-

-

-

19.037.493

4.556.650

20.927

(2.762)

-

-

-

-

-

-

-

-

-

22.274.750

(22.274.750)

18.165

-

-

-

-

4.574.815

14.027.936

(20.927)

4.349

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(16.578)

-

-

-

-

14.011.358

(67.745.683)

-

-

(60.639.272)

1.109.005

(304.977)

(77.866)

25.315

(118.437)

(186.376)

108.723

4.615

-

-

(60.079.270)

-

(326.825)

-

(326.825)

(128.151.778)

(22.274.750)

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

22.274.750

22.274.750

(20.629.181)

-

-

-

-

(20.629.181)

72.812.005

-

1.191

(7.761.141)

-

-

80

(14)

(1.965)

-

440

-

-

-

(7.761.409)

10.065.824

2.304.415

(11.670.021)

(313.104)

(1.175)

(11.984.300)

63.132.120

465.359.381

-

2.778

(68.400.413)

1.109.005

(304.977)

(77.786)

25.301

(120.402)

(186.376)

109.163

4.615

-

-

(67.839.092)

(10.563.357)

(78.402.449)

(11.670.021)

(639.929)

(1.175)

(12.311.125)

374.645.807

392.547.376

-

1.587

(60.639.272)

1.109.005

(304.977)

(77.866)

25.315

(118.437)

(186.376)

108.723

4.615

-

-

(60.077.683)

(20.629.181)

(80.706.864)

-

(326.825)

-

(326.825)

311.513.687

Outrasreservas

(Nota 20.3)Resultadostransitados

Excedentes derevalorização

(Nota 20.4)

Ajustamentos / outras

variações nocapital próprio

(Nota 20.5)

Resultado líquido do

período

Interesses que não

controlam(Nota 5.2)

Total docapitalpróprioTotal

Capital próprio atribuído aos detentores do capital da empresa mãe

Page 42: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 20 17 · Apesar dos riscos, a instabilidade geopolítica pode também potenciar novas reformas ou uma reorienta- ... tes, permitiu que estas

Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 42

Posição no início do período 2016

Alterações no período:

Excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis

Realização do excedente de revalorização

Imposto diferido

Diferenças de conversão de demonstrações financeiras

Reserva de justo valor de derivados de cobertura

Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura

no período

Imposto diferido

Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais

Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período

Imposto diferido

Subsídios do Governo

Subsídios ao investimento

Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa

Imposto diferido

Justo valor em associadas

Outras alterações reconhecidas no capital próprio:

Transferência de outras reservas para resultados transitados

Transferência do resultado líquido do período de 2016 para

resultados transitados

Resultado líquido do período

Resultado integral

Operações com detentores de capital no período

Realizações de capital

Restituição de prestações suplementares em subsidiárias

Distribuições

Redução de capital

Posição no fim do período 2016

Valorem Euros

264.600.000

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

264.600.000

20.4

15.2

20.5.1

20.5.4

15.2

20.5.2

15.2

20.5.3

20.5.3

15.2

14

20.6

20.1

(22.609.745)

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(22.609.745)

Capitalsubscrito

(Nota 20.1)Notas

Açõespróprias

(Nota 20.1)

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

140.000.000

-

-

-

140.000.000

140.000.000

Outrosinstrumentos decapital próprio

(Nota 20.1)

40.680.725

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

40.680.725

Reservaslegais

(Nota 20.2)

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASDAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA O EXERCÍCIO DE 1 DE JANEIRO DE 2016 A 31 DE DEZEMBRO DE 2016

Page 43: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 20 17 · Apesar dos riscos, a instabilidade geopolítica pode também potenciar novas reformas ou uma reorienta- ... tes, permitiu que estas

Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 43

54.519.442

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(13.207.199)

-

(13.207.199)

-

-

-

-

-

41.312.243

4.534.459

25.566

(3.375)

-

-

-

-

-

-

-

-

-

13.207.199

(13.207.199)

22.191

-

-

-

-

-

4.556.650

14.050.127

(25.566)

3.375

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(22.191)

-

-

-

-

-

14.027.936

(108.239.066)

-

-

43.831.251

1.762.827

(331.066)

203.367

(51.666)

148.953

(2.172.820)

578.359

77.319

-

-

44.046.524

-

-

-

(3.553.141)

(3.553.141)

(67.745.683)

(13.207.199)

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

13.207.199

13.207.199

(22.274.750)

-

-

-

-

-

(22.274.750)

77.926.701

-

-

1.936.979

-

-

458

(91)

(9.387)

-

2.034

-

-

-

1.929.993

9.309.125

11.239.118

-

(30.258)

(17.663.591)

1.340.035

(16.353.814)

72.812.005

312.255.444

-

-

45.768.230

1.762.827

(331.066)

203.825

(51.757)

139.566

(2.172.820)

580.393

77.319

-

-

45.976.517

(12.965.625)

33.010.892

140.000.000

(30.258)

(17.663.591)

(2.213.106)

120.093.045

465.359.381

234.328.743

-

-

43.831.251

1.762.827

(331.066)

203.367

(51.666)

148.953

(2.172.820)

578.359

77.319

-

-

44.046.524

(22.274.750)

21.771.774

140.000.000

-

-

(3.553.141)

136.446.859

392.547.376

Outrasreservas

(Nota 20.3)Resultadostransitados

Excedentes derevalorização

(Nota 20.4)

Ajustamentos / outras

variações nocapital próprio

(Nota 20.5)

Resultado líquido do

período

Interesses que não

controlam(Nota 5.2)

Total docapitalpróprioTotal

Capital próprio atribuído aos detentores do capital da empresa mãe

Page 44: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 20 17 · Apesar dos riscos, a instabilidade geopolítica pode também potenciar novas reformas ou uma reorienta- ... tes, permitiu que estas

Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 44

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de clientes

Pagamentos a fornecedores

Pagamentos ao pessoal

Caixa gerada pelas operações

(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento

Outros (pagamentos)/recebimentos

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1)

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Pagamentos respeitantes a:

Ativos fixos tangíveis

Investimentos financeiros

Outros ativos

Recebimentos provenientes de:

Ativos fixos tangíveis

Dividendos

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2)

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos

Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos

Amortização de contratos de locação financeira

Juros e gastos similares

Dividendos

Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio

Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3)

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3)

EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO

Valorem Euros

582.669.324

(387.287.531)

(60.823.979)

134.557.814

1.559.707

(36.049.784)

100.067.737

(39.683.286)

(25.806.534)

(3.291.011)

(68.780.831)

3.214.271

833.509

4.047.780

(64.733.051)

1.216.538.039

-

1.216.538.039

(1.199.473.829)

(655.801)

(30.962.257)

(6.752.741)

-

(1.237.844.628)

(21.306.589)

14.028.097

(9.782.431)

111.033.014

115.278.680

14

4

557.263.288

(387.124.355)

(57.090.319)

113.048.614

(8.023.429)

(33.446.389)

71.578.796

(22.265.715)

(72.877.872)

(4.301.505)

(99.445.092)

966.558

868.685

1.835.243

(97.609.849)

1.584.375.476

140.000.000

1.724.375.476

(1.665.220.150)

(829.437)

(35.348.426)

(15.138.726)

(499.466)

(1.717.036.205)

7.339.271

(18.691.782)

199.360

129.525.436

111.033.014

31/12/2017Nota 31/12/2016

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASDOS FLUXOS DE CAIXAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Page 45: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 20 17 · Apesar dos riscos, a instabilidade geopolítica pode também potenciar novas reformas ou uma reorienta- ... tes, permitiu que estas

03NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Page 46: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 20 17 · Apesar dos riscos, a instabilidade geopolítica pode também potenciar novas reformas ou uma reorienta- ... tes, permitiu que estas

Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 46

01Nota introdutória 46

02Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras e comparabilidade 55

03Resumo das principais políticas contabilísticas 56 3.1_ Bases de apresentação 56 3.2_ Concentração de atividades empresariaise princípios de consolidação 56 3.2.1_ Princípios de consolidação 56 3.2.2_ Investimentos financeirosem empresas controladas conjuntamente 57 3.2.3_ Investimentos financeirosem empresas associadas 57 3.2.4_ Investimentos financeirosem outras participações financeiras 58 3.2.5_ Concentração de atividades empresariais 58 3.2.6_ Goodwill 59 3.2.7_ Conversão de demonstraçõesfinanceiras de entidades estrangeiras 59 3.3_ Ativos fixos tangíveis 61 3.4_ Locações 61 3.5_ Propriedades de investimento 62 3.6_ Ativos intangíveis 62 3.7_ Imparidade de ativos fixos tangíveise intangíveis excluindo goodwill 63 3.8_ Imposto sobre o rendimento 64 3.9_ Inventários 64 3.10_ Ativos e passivos financeiros 64 3.10.1_ Imparidade de ativos financeiros 66 3.10.2_ Desreconhecimento de ativose passivos financeiros 66 3.11_ Ativos não correntes detidos para vendae unidades operacionais descontinuadas 66 3.12_ Subsídios do governo 67 3.13_ Saldos e transações em moeda estrangeira 67 3.14_ Provisões 67 3.15_ Benefícios pós-emprego 68 3.15.1_ Planos de contribuição definida 68 3.15.2_ Planos de benefícios definidos 68 3.16_ Outros benefícios a longo prazo dos empregados 69 3.17_ Benefícios a curto prazo de empregados 69 3.18_ Rédito 69 3.19_ Encargos financeiros com empréstimos obtidos 70 3.20_ Instrumentos financeiros derivadose contabilidade de cobertura 70 3.21_ Gestão de risco 71 3.21.1_ Fatores de risco financeiro 71 3.21.2_ Fatores de risco operacional 72 3.22_ Capital Social e ações próprias 73 3.23_ Distribuição de dividendos 73 3.24_ Juízos de valor críticos e principaisfontes de incerteza associadas a estimativas 74

04Fluxos de caixa 75

05Investimentos em subsidiárias 76 5.1_ Subsidiárias 76 5.2_ Interesses que não controlam 77

06Interesses em empreendimentos conjuntos 79

07Investimentos em associadas 80

08Alterações no perímetro de consolidação 81

09Goodwill 82

10Ativos fixos tangíveis 83

11Locações 85 11.1_ Locações financeiras 85 11.2_ Locações operacionais 86

12Propriedades de investimento 87

13Ativos intangíveis 88

14Participações financeiras 90

15Imposto sobre o rendimento 91 15.1_ Imposto corrente 91 15.2_ Imposto diferido 94

16Outros investimentos e ativos financeiros 100

17Inventários 101

18Ativos financeiros 102 18.1_ Categorias de ativos financeiros 102 18.2_ Ativos financeiros - clientes 102 18.3_ Ativos financeiros – outros créditos a receber 103 18.4_ Imparidade de dívidas a receber 105

ÍNDICE DAS NOTASÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASCONSOLIDADAS

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 47

19Ativos não correntes detidos para venda 106

20Capital próprio 107 20.1_ Capital subscrito, ações próprias e outros instrumentos de capital próprio 107 20.2_ Reservas legais 107 20.3_ Outras reservas 108 20.4_ Excedente de revalorização 108 20.5_ Outras variações no capital próprio 109 20.5.1_ Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 110 20.5.2_ Desvios e alterações de pressupostos atuariais 111 20.5.3_ Subsídios do governo 112 20.5.4_ Reserva de justo valor de derivados de cobertura 113 20.6_ Aplicação do resultado do período anterior 113

21Provisões 114

22Benefícios a empregados 115 22.1_ Benefícios pós-emprego – Planos de contribuição definida 117 22.2_ Benefícios pós-emprego – Planos de benefícios definidos 118 22.2.1_ Caracterização dos planosde benefícios definidos 119 22.2.2_ Responsabilidades e movimentos ocorridos no período comparativamente com o período anterior 120 22.3_ Benefícios a longo prazo 123

23Passivos financeiros 125 23.1_ Categorias de passivos financeiros 125 23.2_ Passivos financeiros - fornecedores 125 23.3_ Passivos financeiros - financiamentos obtidos 126 23.4_ Passivos financeiro - outras dívidas a pagar 127

24Adiantamentos de clientes 129

25Estado e outros entes públicos 130

26Diferimentos ativos e passivos 132

27Vendas e serviços prestados 133

28Resultado apropriado de empresas associadas 134

29Fornecimentos e serviços externos 135

30Gastos com o pessoal 136

31Outros rendimentos e ganhos 137

32Outros gastos e perdas 138

33Gastos/ reversões de depreciações,amortizações e imparidades 139

34Resultados financeiros líquidos 140

35Resultado por ação 141

36Partes relacionadas 142

37Riscos financeiros 145 37.1_ Risco cambial 145 37.2_ Risco de taxa de juro 146 37.3_ Risco de crédito 149 37.4_ Risco de liquidez 151

38Justo valor dos instrumentos financeiros derivados 154

39Dispêndios em matérias ambientais 157

40Custos com auditoria e revisão legal de contas 158

41Compromissos assumidos pelo Grupo 158 41.1_ Garantias e outros compromissos financeiros 158 41.2_ Outros compromissos assumidos 159

42Acontecimentos após a data do balanço 158

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 48

01NOTA INTRODUTÓRIA

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas do periodo findo em 3 de dezembro de 2017. Nas presen-tes notas todos os montantes são apresentados em Euros, salvo se indicado o contrário.

O Grupo SECIL (Grupo) é constituído pela Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (Sociedade ou Secil) e subsidiárias. A Secil foi constituída em 27 de junho de 1918 e tem como atividade principal a fabri-cação e comercialização de cimento, produzido na sua fábrica do Outão, em Setúbal e distribuído pelos diver-sos entrepostos comerciais presentes por todo o país.

Sede Social: Outão, SetúbalCapital Social: Euros 264.600.000N.I.P.C.: 500 243 590

A Secil lidera um Grupo empresarial com atividades operacionais em Portugal, Espanha, Holanda, Cabo Verde, Tunísia, Angola, Líbano e Brasil, destacando--se: (i) a produção de cimento diretamente e através das suas subsidiárias, nas fábricas de Maceira, Pataias, Gabès (Tunísia), Lobito (Angola), Beirute (Líbano), Po-merode (Brasil) e Adrianópolis (Brasil), (ii) a produção e comercialização de betão em Portugal, Espanha, Tunísia, Líbano e Brasil e (iii) a produção de inertes e exploração de pedreiras em Portugal e Cabo Verde.

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Secil na reunião de 16 de abril de 2018.

Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas, nos termos da le-gislação comercial em vigor em Portugal. O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras consolidadas refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da Sociedade e das suas subsidiárias, bem como a sua posição consolidada, desempenho financeiro e fluxos de caixa consolidados.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 49

02REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E COMPARABILIDADE

As demonstrações financeiras consolidadas anexas fo-ram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, republicado pelo Decreto-Lei nº 98/2016, de 2 de junho, e de acordo com a estrutu-ra conceptual, normas contabilísticas e de relato finan-ceiro e normas interpretativas aplicáveis ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017.

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03RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTI-CAS

As principais políticas contabilísticas aplicadas na ela-boração destas demonstrações financeiras consolida-das estão descritas abaixo.

3.1_ Bases de apresentação

As demonstrações financeiras anexas foram prepara-das no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 5 e 6), mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites nos países de cada subsidiária, ajustados no processo de consolidação, de modo a que as demons-trações financeiras consolidadas estejam de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF).

3.2_ Concentração de atividades empresariais e princípios de consolidação

3.2.1_ Princípios de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas incorpo-ram as demonstrações financeiras da Sociedade e das entidades por si controladas - as suas subsidiárias. En-tende-se existir controlo quando a Sociedade tem o poder de definir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade, de forma a obter benefícios deri-vados das suas atividades, normalmente associado ao controlo, direto ou indireto, de mais de metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertíveis são considerados na avaliação do controlo que a Sociedade detém sobre uma entidade.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 51

As subsidiárias são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas através do método de con-solidação integral, desde a data em que a Sociedade assume o controlo sobre as suas atividades financeiras e operacionais e até ao momento em que esse con-trolo cessa.

As políticas contabilísticas das subsidiárias foram al-teradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.

As transações internas, saldos, ganhos não realizados em transações e dividendos distribuídos entre empre-sas do Grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um ativo transferido.

O capital próprio e o resultado líquido destas empre-sas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas são apresentados nas rubricas de interesses que não controlam, respetivamente, no balanço con-solidado de forma autónoma no capital próprio e na demonstração de resultados consolidada. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas na Nota 5.

Os interesses que não controlam são inicialmente men-surados pela correspondente quota-parte no justo valor dos ativos líquidos adquiridos. Subsequentemente, são ajustados pela correspondente quota-parte nas varia-ções posteriores no capital próprio das subsidiárias.

Quando os prejuízos aplicáveis aos interesses que não controlam excedem os correspondentes interesses no capital próprio da subsidiária, o Grupo absorve esse ex-cesso e quaisquer prejuízos adicionais, exceto quando os interesses que não controlam tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiá-ria subsequentemente relatar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos pre-juízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.

Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidas durante o período estão incluídos na demonstração dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.

A aquisição ou alienação dos interesses do Grupo em subsidiárias que não resultem em perda de controlo, é contabilizada como uma transação de capital pró-prio. O valor dos interesses do Grupo e dos interesses que não controlam são ajustados para refletir as alte-rações de percentagem. Qualquer diferença entre o montante pelo qual os interesses que não controlam são ajustados e o justo valor da transação é reconhe-cido diretamente no capital próprio e atribuído aos acionistas da Secil.

A perda de controlo pelo Grupo em uma subsidiária é reconhecida nas demonstrações financeiras consoli-

dadas da seguinte forma: (a) desreconhecimento dos ativos e passivos da subsidiária (incluindo o goodwill); (b) desreconhecimento dos interesses que não contro-lam; (c) reconhecimento do justo valor da retribuição recebida; (d) reconhecimento de interesses eventual-mente retidos pelo justo valor na data da transação; (e) reconhecimento de um ganho ou de uma perda na demonstração dos resultados no montante diferença apurada entre os itens anteriormente referidos; e (f) reclassificação de eventuais montantes previamente reconhecidos em capital próprio, nomeadamente os efeitos cambiais resultantes da conversão de demons-trações financeiras expressas em moeda estrangeira, conforme definido na Nota 3.2.7, para resultados do exercício.

3.2.2_ Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente

Uma entidade conjuntamente controlada é um empreendimento conjunto que envolve o estabele-cimento de uma sociedade, de uma parceria ou de outra entidade que, por via contratual, é conjuntamen-te controlada pelos vários empreendedores.

As entidades conjuntamente controladas são incluí-das nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação proporcional sendo os ativos, passivos e rendimentos e gastos das entidades conjun-tamente controladas reconhecidos rubrica a rubrica nas demonstrações financeiras consolidadas, na pro-porção do controlo atribuível ao Grupo.

As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas conjuntamente controladas e outras empresas do Grupo são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.

3.2.3_ Investimentos financeiros em empresas associadas

Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência significativa mas não possui controlo, geralmente com investimentos representan-do entre 20% a 50% dos direitos de voto. Por influência significativa entende-se o poder de participar nas deci-sões relativas às políticas financeiras e operacionais da associada, sem que tal resulte em controlo ou controlo conjunto por parte do Grupo.

Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as par-ticipações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais pró-prios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de rendimentos ou gastos do período, e pelos dividendos recebidos.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 52

O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de ativos e passivos identificáveis de cada associada na data de aquisição é reconhecido como goodwill (Nota 3.2.6), sendo este apresentado numa linha separada do balanço. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiri-dos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento do período.

Em cada data de relato é efetuada uma revisão das quantias escrituradas dos investimentos em associa-das com vista a determinar se existe algum indicador de que os mesmos possam estar em imparidade e se devem ser sujeitos a testes de imparidade. Nos testes de imparidade, a quantia recuperável do investimen-to corresponde ao seu justo valor deduzido de custos de vender o mesmo. As perdas por imparidade que se demonstrem existir são registadas como gastos na de-monstração dos resultados e as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores que deixaram de verificar são objeto de reversão, à exceção do goodwill.

O goodwill dos investimentos em associadas, com uma vida útil indefinida, é amortizado durante um pe-ríodo de 10 anos e encontra-se sujeito a testes por imparidade sempre que os acontecimentos ou alte-rações nas circunstâncias indiciarem que pode estar em imparidade.

Quando a proporção do Grupo nas perdas da as-sociada iguala ou ultrapassa o seu investimento na associada, o investimento é relatado por valor nulo, exceto se tiver incorrido em responsabilidades ou efetuado pagamentos em nome da associada. Se posteriormente a associada relatar lucros, a Sociedade retoma o reconhecimento da sua quota-parte nesses lucros somente após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas.

Os ganhos não realizados em transações com as associadas são eliminados proporcionalmente ao in-teresse do Grupo nas mesmas, por contrapartida da correspondente rubrica do investimento, exceto no montante de perdas que resultem de uma situação em que o eventual ativo transferido esteja em imparidade.

Os ganhos e perdas resultantes de transações de ven-da ou prestação de serviços do Grupo a associadas (“downstream transactions”) são eliminados através do ajustamento da quantia escriturada do investimento. Os ganhos e perdas resultantes de transações de ven-da ou prestação de serviços das associadas ao Grupo (“upstream transactions”) são eliminados através do ajustamento da quantia escriturada do correspondente ativo ou passivo.

Nas situações de perda de influência significativa, eventuais interesses retidos na entidade são mensu-rados a justo valor na data da transação. A diferença

entre o justo valor dos interesses retidos acrescido do justo valor da retribuição recebida e a quantia escritu-rada do investimento é registada em resultados.

As políticas contabilísticas de associadas foram al-teradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.

Os investimentos em associadas encontram-se deta-lhados na Nota 7.

3.2.4_ Investimentos financeiros em outras participações financeiras

Outras participações financeiras são as participações financeiras onde não existe influência significativa, por norma as que sejam inferiores a 20% dos direitos de voto.

Os investimentos em outras participações financeiras podem ser mensurados:

Ao custo ou custo amortizado, deduzido de even-tuais perdas por imparidade, quando o investimento não é negociado publicamente ou o justo valor não possa ser obtido com fiabilidade;

Ao justo valor através de resultados quando o in-vestimento é cotado e as cotações são divulgadas publicamente.

Os rendimentos resultantes destas participações financeiras (dividendos ou lucros distribuídos) são re-gistados na demonstração dos resultados do período em que é decidida e anunciada a sua distribuição.

3.2.5_ Concentração de atividades empresariais

As aquisições de subsidiárias, entidades conjuntamente controladas e associadas são registadas utilizando o método da compra. O correspondente custo da con-centração é determinado como o agregado, na data da aquisição, de: (a) justo valor dos ativos entregues ou a entregar; (b) justo valor de responsabilidades incor-ridas ou assumidas; e (c) justo valor de instrumentos de capital próprio emitidos pelo Grupo em troca da obtenção de controlo sobre aquelas entidades.

Os custos diretamente atribuíveis às concentrações de atividades empresariais são reconhecidos como gastos do exercício, exceto se se tratarem de custos incorri-dos com a emissão de valores mobiliários de dívida ou de capital próprio, situação em que deverá ser seguido o previsto na NCRF 27. Quando aplicável, o custo de aquisição inclui o justo valor dos pagamentos contin-gentes mensurados à data de aquisição. Alterações subsequentes no valor de pagamentos contingen-tes, são registados na demonstração dos resultados consolidados exceto se ocorrerem no período de mensuração provisória (12 meses desde a data de aquisição).

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 53

Os ativos, passivos e responsabilidades contingentes da subsidiária ou negócio adquirido que satisfazem as condições de reconhecimento definidas na NCRF 14 são reconhecidos ao seu justo valor na data da aquisição. O excesso do custo da concentração rela-tivamente ao justo valor da participação da Sociedade nos ativos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida, a di-ferença é reconhecida diretamente na demonstração dos resultados consolidados.

Sempre que de um reforço de posição no capital so-cial de uma empresa associada resulte a aquisição de controlo, passando esta a integrar as demonstra-ções financeiras consolidadas pelo método integral, a participação financeira anteriormente detida é, no momento do registo da concentração, mensurada a justo valor, sendo a correspondente diferença regis-tada na demonstração dos resultados.

Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida (goodwill ne-gativo), a diferença é reconhecida diretamente na demonstração de resultados na rubrica “Outros ren-dimentos e ganhos”, após reconfirmação do justo valor atribuído.

Na eventualidade da contabilização inicial de uma aquisição não estar concluída no final do período de relato em que a mesma ocorreu, o Grupo relata mon-tantes provisórios para os itens cuja contabilização não está concluída. Tais montantes provisórios são passí-veis de ajustamento durante um prazo de 12 meses a contar da data da aquisição.

3.2.6_ Goodwill

O goodwill representa o excesso do custo da con-centração de atividades empresariais face ao interesse adquirido no justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis reconhecidos na sequência da concentração.

O goodwill é reconhecido como um ativo na data em que é adquirido o controlo. Subsequentemente, o goodwill é mensurado pelo custo menos amortizações acumuladas, menos qualquer perda por imparidade acumulada. O goodwill adquirido numa concentração de atividades empresariais é amortizado no período da sua vida útil (ou em 10 anos, caso a sua vida útil não possa ser estimada com fiabilidade) e encontra-se sujeito a testes por imparidade sempre que os aconte-cimentos ou alterações nas circunstâncias indiciarem que pode estar em imparidade.

Se a quantia recuperável da unidade geradora de cai-xa for inferior à correspondente quantia escriturada, a perda por imparidade daí resultante é inicialmente imputada à quantia escriturada do goodwill, sendo

a parte remanescente imputada aos restantes ativos da unidade geradora de caixa proporcionalmente às quantias escrituradas destes. Perdas por imparida-de imputadas ao goodwill não podem ser revertidas subsequentemente.

A vida útil do goodwill gerado numa concentração de atividades empresariais é diferente conforme a unida-de geradora de caixa à qual o mesmo foi imputado. No Grupo Secil, a vida útil do goodwill atribuída às suas unidades geradoras varia entre os 10 e os 41 e foi determinada tendo em consideração as vidas úteis remanescentes dos principais ativos líquidos. As vidas úteis atribuídas detalham-se conforme se segue:

Brasil

Líbano

Portugal

Tunísia

41

10

28

34

Unidade geradora de caixa Anos

Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma enti-dade incluem o valor do goodwill que lhe corresponde (Nota 3.2.1).

3.2.7_ Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras

São tratadas como entidades estrangeiras as que ope-rando no estrangeiro, têm autonomia organizacional, económica e financeira e que elaborem as suas de-monstrações financeiras utilizando para o efeito uma moeda distinta do Euro.

Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades estrangeiras do Grupo são mensurados utilizando a moeda do ambiente econó-mico em que a entidade opera (moeda funcional). As demonstrações financeiras consolidadas são apresen-tadas em Euros, sendo esta a moeda funcional e de relato do Grupo.

Os ativos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio existentes à data do ba-lanço. Os rendimentos, gastos e fluxos de caixa dessas demonstrações financeiras são convertidos para euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no pe-ríodo. A diferença cambial resultante da conversão é registada no capital próprio na rubrica “Outras varia-ções no capital próprio – diferenças de conversão de demonstrações financeiras ”.

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3.3_ Ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra, quaisquer custos diretamente atribuíveis às atividades necessárias para colocar os ativos na localização e

condição necessárias para operarem da forma pre-tendida e, quando aplicável, a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção dos ativos e de restauração dos respetivos locais que o Grupo espera incorrer, deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.

TND (dinar tunisino)

Câmbio médio do período

Câmbio de fim do período

LBP (libra libanesa)

Câmbio médio do período

Câmbio de fim do período

USD (dólar americano)

Câmbio médio do período

Câmbio de fim do período

BRL (real brasileiro)

Câmbio médio do período

Câmbio de fim do período

CVE (escudo cabo-verdiano)

Câmbio médio do período

Câmbio de fim do período

AOA (kwanza angolano)

Câmbio médio do período

Câmbio de fim do período

MZM (metical moçambicano)

Câmbio médio do período

Câmbio de fim do período

2.7184

2.9454

1.703.0000

1.807.9000

1.1297

1.1993

3.6081

3.9683

110.2650

110.2650

190.6947

202.9815

71.4978

70.2250

31/12/2017

2.3726

2.4227

1,668.7000

1,589.1000

1.1069

1.0541

3.8532

3.4379

110.2650

110.2650

184.4824

178.3843

69.4287

75.0650

(14,57%)

(21,58%)

(2,06%)

(13,77%)

(2,06%)

(13,77%)

6,36%

(15,43%)

0,00%

0,00%

(3,37%)

(13,79%)

(2,98%)

6,45%

31/12/2016

Valorização/(desvalorização)

O goodwill e os ajustamentos de justo valor resultan-tes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como ativos e passivos dessa entidade adquirida e transpostos para Euros de acordo com a taxa de câm-bio à data do balanço.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, em que se verifica uma perda de controlo da mesma pelo

Grupo, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda da alienação.

As cotações utilizadas para conversão para Euros das demonstrações financeiras das empresas estrangeiras do Grupo são as seguintes:

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 55

Na data de transição para as NCRF, o Grupo passou a considerar pela primeira vez como componente dos ativos fixos tangíveis a componente do custo do ativo relativa a custos de recuperação paisagística e ambiental a incorrer na recuperação das pedreiras, tal como previsto na NCRF 7. Os custos capitalizados são sujeitos à depreciação anual de acordo com a vida útil estimada das respetivas pedreiras.

Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2010 (data de transição para as NCRF), encontram-se registados ao abrigo da opção prevista na NCRF 3 – Adoção pela primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, pelo seu valor considerado (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aqui-sição ou custo de aquisição reavaliado ao abrigo de diplomas legais (determinados ativos fixos tangíveis adquiridos até 31 de dezembro de 1992 e 1996, foram reavaliados, em 1993 e 1998, respetivamente, de acor-do com a legislação aplicável através da utilização de coeficientes de desvalorização monetária).

No que respeita às subsidiárias do Grupo: CMP – Ci-mentos Maceira e Pataias, S.A., Société des Ciments de Gabés, Supremo Cimentos, S.A., Margem Com-panhia de Mineração, Unibetão – Indústrias de Betão Preparado, S.A., Secil-Britas, S.A., Uniconcreto – Betão Pronto, S.A. e Lusoinertes, S.A. o custo dos ativos fixos tangíveis na data de aquisição das mesmas foi determi-nado com base em avaliações efetuadas por entidades independentes.

Os custos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do ativo fixo ou reconhecidos como ativos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o respetivo custo possa ser men-surado com fiabilidade. Os demais dispêndios com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos.

As depreciações são calculadas, após os bens se en-contrarem disponíveis para uso, pelo método da linha reta, em conformidade com o período de vida útil es-timado para cada grupo de bens. Até 31 de dezembro de 2016, para algumas classes de ativos fixos tangíveis adquiridos pelo Grupo foi utilizado o método do saldo decrescente.

As vidas úteis e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na de-monstração dos resultados prospetivamente.

As despesas de manutenção e reparação (dispên-dios subsequentes) que não são suscetíveis de gerar benefícios económicos futuros são regista-das como gastos no período em que são incorridas.

Os valores residuais dos ativos e as respetivas vidas

úteis são revistos e ajustados, se necessário, na data do balanço. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do ativo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado mediante o registo de perdas por imparidade (Nota 3.7).

Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou aliena-ção são determinados pela diferença entre o montante recebido na transação e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados, nas rubricas ”Outros rendimentos” e “Outros gastos”.

3.4_ Locações

As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente to-dos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes respon-sabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pa-gamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante so-bre o saldo pendente da responsabilidade.

Os pagamentos de locações operacionais são reco-nhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são regis-tados como uma responsabilidade, sendo o montante agregado dos mesmos reconhecido como uma redu-ção ao gasto com a locação, igualmente numa base linear.

As rendas contingentes são reconhecidas como gastos do período em que são incorridas.

3.5_ Propriedades de investimento

As propriedades de investimento compreendem, es-sencialmente, imóveis detidos para obter rendas ou valorizações do capital (ou ambos), não se destinan-do ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fins administrativos ou para venda no curso ordinário dos negócios.

As propriedades de investimento são inicialmente mensuradas ao custo (que inclui custos de transação). Subsequentemente, as propriedades de investimento são mensuradas de acordo com o modelo do custo.

Os custos incorridos relacionados com proprieda-des de investimento em utilização nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre

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propriedades são reconhecidos como um gasto no pe-ríodo a que se referem. As beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar bene-fícios económicos futuros adicionais são capitalizadas na rubrica de “Propriedades de investimento”.

3.6_ Ativos intangíveis

i) Intangíveis adquiridos separadamente

Os ativos intangíveis adquiridos separadamente são re-gistados ao custo (ou, em situações raras, de acordo com o modelo de revalorização) deduzido de amorti-zações e perdas por imparidade acumuladas.

ii) Intangíveis gerados internamente – dispêndios de pesquisa e desenvolvimento

Os dispêndios com atividades de pesquisa são regis-tados como gastos no período em que são incorridos sendo apenas reconhecido um ativo intangível gerado internamente resultante de dispêndios com atividades de desenvolvimento de um projeto se forem cumpri-das e demonstradas todas as seguintes condições:

Existe viabilidade técnica para concluir o intangível a fim de que o mesmo esteja disponível para uso ou para venda;

Existe intenção de concluir o intangível e de o usar ou vender;

Existe capacidade para usar ou vender o intangível;

O intangível é suscetível de gerar benefícios econó-micos futuros;

Existe disponibilidade de recursos técnicos e finan-ceiros adequados para concluir o desenvolvimento do intangível e para o usar ou vender;

É possível mensurar com fiabilidade os dispêndios associados ao intangível durante a sua fase de desen-volvimento.

O montante inicialmente reconhecido do ativo intangível gerado internamente consiste na soma dos dispêndios incorridos após a data em que são cumpridas as con-dições atrás descritas. Quando não são cumpridas tais condições, os dispêndios incorridos na fase de desenvol-vimento são registados como gastos do período.

Os ativos intangíveis gerados internamente são regis-tados ao custo deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

iii) Intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de atividades empresariais

Os intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações

de atividades empresariais e reconhecidos separada-mente do goodwill são inicialmente registados ao seu justo valor na data da aquisição, sendo subsequen-temente deduzidos de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

iv) Amortização de Intangíveis

As amortizações são reconhecidas numa base linear durante a vida útil estimada dos ativos intangíveis. As vidas úteis e método de amortização dos vários ati-vos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospetivamente.

Os ativos intangíveis (independentemente da forma como são adquiridos ou gerados) com vida útil inde-finida, nomeadamente a Marca, são amortizados num período máximo de 10 anos e sujeitos a testes de im-paridade sempre que haja uma indicação de que os mesmos possam estar em imparidade.

v) Direitos de emissão de gases com efeito de estufa

As Licenças de emissão de CO2 atribuídas ao Grupo, no âmbito do CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão de gases com efeito de estufa) 2013-2020, a título gratuito são registadas, aquando do seu reco-nhecimento inicial, pelo justo valor na rubrica “Ativos intangíveis” por contrapartida do reconhecimento de um subsídio diretamente em capitais próprios na ru-brica “Outras variações de capital próprio”.

Pelas emissões de gases com efeito de estufa efetuada pelo Grupo é reconhecido um gasto com a respetiva amortização do ativo intangível e um rendimento em resultado do reconhecimento da quota-parte de sub-sídio correspondente.

A emissão de gases com efeito de estufa é mensurada ao custo das licenças detidas, segundo a fórmula de custeio FIFO.

Na alienação de direitos de emissão é apurado o gan-ho ou a perda entre o valor de realização e o respetivo custo de aquisição, deduzido do correspondente subsídio do Estado, o qual é registado em “Outros rendimentos” ou “Outros gastos” respetivamente no período em que ocorre a alienação.

Sempre que as emissões de gases com efeito de estufa excedem a quantidade de licenças detidas são reco-nhecidas as respetivas responsabilidades nos termos da NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes.

3.7_ Imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis excluindo goodwill

Em cada data de relato é efetuada uma revisão das

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quantias escrituradas dos ativos fixos tangíveis e intan-gíveis do Grupo com vista a determinar se existe algum indicador de que possam estar em imparidade. Se exis-tir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respetivos ativos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence.

A quantia recuperável do ativo ou da unidade gera-dora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto antes de impostos que reflita as ex-pectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.

Sempre que a quantia escriturada do ativo ou da uni-dade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na de-monstração dos resultados na rubrica “Imparidade de ativos depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/reversões)” salvo se tal perda compensar um excedente de reva-lorização registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como um decréscimo de revalorização.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos re-sultados nessas mesmas rubricas e é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada.

3.8_ Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são regis-tados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio. Nestes casos os impostos correntes e os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio.

Imposto corrente: o imposto corrente a pagar é basea-do no lucro tributável do período das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação. O lucro tribu-tável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros períodos. O lucro tri-butável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.

Imposto diferido: os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os res-petivos montantes para efeitos de tributação.

São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tribu-táveis.

São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis, porém tal reco-nhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros sufi-cientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos. Em cada data de relato é efetuada uma revisão des-ses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura.

Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das corres-pondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida na data de relato.

A compensação entre ativos e passivos por impostos diferidos apenas é permitida quando: (i) a empresa tem um direito legal de proceder à compensação entre tais ativos e passivos para efeitos de liquidação; (ii) tais ati-vos e passivos relacionam-se com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal e (iii) a empresa tem a intenção de proceder à compen-sação para efeitos de liquidação.

3.9_ Inventários

Os inventários encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios:

i) Mercadorias e matérias-primas

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais baixo entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo de aquisição inclui as despesas de compra acessórias, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio.

ii) Produtos acabados e produtos e trabalhos em curso

Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao mais baixo de entre o custo de produção (que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, tomando por base o nível normal de produção) e o valor realizável líquido, ex-cluindo quaisquer custos de armazenamento, logística e de venda.

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O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado deduzido dos custos estimados de acabamento e de comercialização. As diferenças en-tre o custo e o valor realizável líquido, se inferior, são registadas em Imparidade de inventários.

3.10_ Ativos e passivos financeiros

Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando as empresas do Grupo se tornam parte das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 – Instrumentos financeiros.

Os ativos e os passivos financeiros são inicialmente mensurados pelo seu justo valor e subsequentemente são classificados nas seguintes categorias: (i) ao custo ou custo amortizado e (ii) ao justo valor com as alte-rações reconhecidas na demonstração dos resultados.

i) Ao custo ou custo amortizado

São classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” os ativos e os passivos financeiros que apresentem as seguintes características:

Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida;

Tenham associado um retorno fixo ou determinável;

Não sejam um instrumento financeiro derivado ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.

O custo amortizado é determinado através do mé-todo do juro efetivo. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebi-mentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do ativo ou passivo financeiro.

Nesta categoria incluem-se, consequentemente, os seguintes ativos e passivos financeiros:

a) Clientes e outros créditos a receber

Os saldos de clientes e de outros créditos a receber são registados ao custo amortizado deduzido de even-tuais perdas por imparidade em cada data de relato. Usualmente, o custo amortizado destes ativos finan-ceiros não difere do seu valor nominal.

b) Caixa e depósitos bancários

Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e depó-sitos bancários” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

Estes ativos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes ativos finan-ceiros não difere do seu valor nominal.

c) Outros ativos financeiros

Os outros ativos financeiros são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade.

d) Fornecedores e outras dívidas a pagar

Os saldos de fornecedores e de outras dívidas a pa-gar são registados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos financeiros não difere do seu valor nominal.

e) Financiamentos obtidos

Os financiamentos obtidos são registados no passivo ao custo amortizado.

Eventuais despesas incorridas com a obtenção desses financiamentos, designadamente comissões ban-cárias ou imposto do selo, assim como os encargos com juros e despesas similares, são reconhecidas pelo método do juro efetivo em resultados do período ao longo do período de vida desses financiamentos. As referidas despesas incorridas são apresentadas a de-duzir à rubrica de “Financiamentos obtidos”.

f) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros são geralmente registados ao custo amortizado.

g) Contratos para conceder ou contrair empréstimos

Os contratos para conceder ou contrair empréstimos que não possam ser liquidados numa base líquida e que, quando executados, reúnam as condições atrás descritas para serem classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são registados ao custo deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Estes montantes são registados, consoante a sua na-tureza, na rubrica “Outros ativos financeiros” ou na rubrica “Outros passivos financeiros”.

ii) Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados

Todos os ativos e passivos financeiros não classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são clas-sificados na categoria “Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados”.

Tais ativos e passivos financeiros são mensurados ao justo valor, sendo as variações no mesmo registadas em resultados nas rubricas “Perdas por reduções de justo valor” e “Ganhos por aumentos de justo valor”.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 59

3.10.1_ Imparidade de ativos financeiros

Os ativos financeiros classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais ativos finan-ceiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconheci-mento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afetados.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do ativo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro efetiva original.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à di-ferença entre a quantia escriturada do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo.

As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/reversões)” no período em que são determinadas.

Subsequentemente, se o montante da perda por impa-ridade diminui e tal diminuição pode ser objetivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser rever-tida por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmen-te registada. A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados nessa mesma rubrica e não é permitida a reversão de perdas por imparidade re-gistada em investimentos em instrumentos de capital próprio (mensurado ao custo).

3.10.2 Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros

O Grupo desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de cai-xa expiram, ou quando transfere para outra entidade os ativos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros transferidos relativamente aos quais o Grupo reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.

O Grupo desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.

3.11_ Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas

Os ativos não correntes e os grupos para alienação são classificados como detidos para venda quando a sua quantia escriturada for essencialmente recuperada através de uma venda e não através do seu uso con-tinuado. Considera-se que esta condição se verifica apenas quando a venda é altamente provável e o ativo não corrente ou grupo para alienação está disponível para venda imediata nas suas condições presentes. A correspondente venda deve estar concluída no prazo de um ano a contar da data da classificação do ativo não corrente ou do grupo para alienação como dis-ponível para venda.

Quando o Grupo está comprometido com um plano de venda de uma subsidiária que envolva a perda de controlo sobre a mesma, todos os ativos e passivos dessa subsidiária são classificados como detidos para venda, desde que se cumpram os requisitos referidos no parágrafo anterior, ainda que o Grupo retenha al-gum interesse minoritário na subsidiária após a venda.

A partir do momento em que determinados ativos tangíveis passam a ser considerados como detidos para venda cessa a depreciação inerente a esses bens passando estes a ser classificados como ativos não correntes detidos para venda. Os ganhos ou perdas nas alienações de ativos tangíveis, determinados pela diferença entre o valor de venda e o respetivo valor líquido contabilístico, são contabilizados em resulta-dos na rubrica “Ganhos e perdas com a alienação de ativos”.

Os ativos não correntes e os grupos para alienação classificados como detidos para venda são mensura-dos ao menor de entre a sua quantia escriturada antes da classificação e o seu justo valor menos os custos para vender.

3.12_ Subsídios do governo

Os subsídios do governo apenas são reconhecidos quando há uma certeza razoável de que o Grupo irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos.

Os subsídios do governo associados à aquisição ou produção de ativos não correntes são inicialmente reco-nhecidos no capital próprio, na rubrica “Outras variações no capital próprio”, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática (proporcionalmente às amorti-zações dos ativos subjacentes) como rendimentos do período durante as vidas úteis dos ativos com os quais se relacionam. No caso de se relacionarem com ativos não depreciáveis, são mantidos no capital próprio, exceto na parte necessária para compensar eventuais perdas por imparidade nos referidos ativos.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 60

Outros subsídios do governo são, de uma forma ge-ral, reconhecidos como rendimentos de uma forma sistemática durante os períodos necessários para os balancear com os gastos que é suposto compensarem. Subsídios do Governo que têm por finalidade compen-sar perdas já incorridas ou que não têm custos futuros associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis.

3.13_ Saldos e transações em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da empresa) são registadas às ta-xas de câmbio das datas das transações. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escritura-das dos itens não monetários registados ao justo valor denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio das datas em que os respetivos justos valores foram determinados. As quantias escri-turadas dos itens não monetários registados ao custo histórico denominados em moeda estrangeira não são atualizadas.

As diferenças de câmbio resultantes das atualizações atrás referidas são registadas em resultados do período em que são geradas atendendo à natureza das transa-ções associadas.

3.14_ Provisões

São reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) re-sultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoa-velmente estimado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.

As provisões são revistas na data de relato e são ajusta-das de modo a refletir a melhor estimativa a essa data.

As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como provi-sões. Existe um contrato oneroso quando o Grupo é parte integrante das disposições de um contrato de acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não é possível evitar que excedem os benefícios eco-nómicos derivados do mesmo.

É reconhecida uma provisão para reestruturação quando o Grupo desenvolveu um plano formal deta-lhado de reestruturação e iniciou a implementação do mesmo ou anunciou as suas principais componentes aos afetados pelo mesmo. Na mensuração da provisão

para reestruturação são apenas considerados os dis-pêndios que resultam diretamente da implementação do correspondente plano, não estando, consequen-temente, relacionados com as atividades correntes da empresa.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas de-monstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.

Recuperação ambiental e paisagística

Nos termos da legislação aplicável, algumas das empresas do Grupo, têm como responsabilidade a re-cuperação ambiental e paisagística das pedreiras afetas à exploração. Os trabalhos de reabilitação incluem essencialmente a limpeza e regularização das áreas destinadas à recuperação, a modelação e preparação do terreno, o transporte e espalhamento de materiais rejeitados para aterro, a fertilização, a execução do plano geral de revestimento com hidrossementeiras e plantações e a manutenção e conservação das zonas recuperadas após a implantação.

A extensão dos trabalhos necessários e dos respeti-vos custos a incorrer foram determinados com base em estudos preparados por entidades independentes, sendo que a responsabilidade total foi mensurada pelo valor esperado dos fluxos de caixa futuros, desconta-dos a valor presente.

Juízos de valor e estimativas estão envolvidos na for-mação de expectativas sobre atividades futuras e no montante e período de tempo dos fluxos de caixa as-sociados. Estas perspetivas são efetuadas com base na envolvente existente e regulamentação em vigor.

O valor da provisão para recuperação paisagística foi inicialmente reconhecido por contrapartida da rubrica de “Ativos fixos tangíveis” e é subsequentemente incre-mentado, em função do efeito temporal do dinheiro, por contrapartida da rubrica “Juros e gastos similares suportados” e reduzido pelos dispêndios efetuados por cada uma das empresas do Grupo com a recuperação, na data em que estes ocorrem.

3.15_ Benefícios pós-emprego

3.15.1_ Planos de contribuição definida

As contribuições para planos de contribuição definida são reconhecidas como gasto na rubrica de “Gastos com o pessoal” no período a que respeitam (quando os empregados abrangidos pelo plano prestaram os serviços que lhes conferem o direito aos benefícios).

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 61

3.15.2_ Planos de benefícios definidos

No que diz respeito aos planos de benefícios defini-dos, o correspondente custo é também reconhecido na rubrica de “Gastos com o pessoal” e é determinado através do método da unidade de crédito projetada, sendo as respetivas avaliações atuariais efetuadas em cada data de relato intercalar e anual.

Os desvios atuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos utilizados para efeito de apuramento de responsabilidades e o que efetivamente ocorreu (bem como de alterações efetuadas aos mesmos e do diferencial entre o valor esperado da rentabilidade dos ativos dos fundos e a rentabilidade real) são reco-nhecidos, quando incorridos, diretamente em capitais próprios na rubrica “Outras variações no capital pró-prio” (Nota 20).

O custo dos serviços passados é reconhecido em re-sultados numa base de linha reta durante o período até que os correspondentes benefícios se tornem adquiridos. São reconhecidos imediatamente na me-dida em que os benefícios já tenham sido totalmente adquiridos.

Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios de-finidos são reconhecidos em resultados do período quando o corte ou a liquidação ocorrer.

Um corte ocorre quando se verifica uma redução ma-terial no número de empregados ou o plano é alterado de forma a que os benefícios atribuídos sejam reduzi-dos, com efeito material.

A responsabilidade associada aos benefícios garantidos reconhecida no balanço representa o valor presente da correspondente obrigação, ajustado por ganhos e perdas atuariais e pelo custo dos serviços passados não reconhecidos e deduzido do justo valor dos ativos do plano.

3.16_ Outros benefícios a longo prazo dos empregados

Relativamente ao reconhecimento e mensuração dos outros benefícios a longo prazo dos empregados, a NCRF 28 – Benefícios dos empregados, prevê um método simplificado de contabilização dos mesmos diferindo da contabilização exigida para os benefícios pós-emprego no reconhecimento imediato como ren-dimento ou gasto: (i) ganhos e perdas atuariais e (ii) todo o custo dos serviços passados.

Os respetivos custos são registados na rubrica ‘‘Gastos com o pessoal” e a responsabilidade reconhecida no balanço corresponde ao valor presente da obrigação de benefícios definidos, determinada de acordo com as avaliações atuariais em cada data de relato intercalar e anual.

3.17_ Benefícios a curto prazo de empregados

Os benefícios a curto prazo de empregados são regis-tados como gasto na rubrica “Gastos com o pessoal” aquando da prestação de serviço pelo empregado.

No caso da participação nos lucros e gratificações os gastos são reconhecidos quando e, só quando: (i) exista a obrigação legal ou construtiva de fazer tais pagamentos, em consequência de acontecimentos passados e (ii) possa ser feita uma estimativa fiável da obrigação.

Existe uma obrigação presente quando e, só quando, o Grupo não tem alternativa realista senão a de fazer os pagamentos.

3.18_ Rédito

O rédito é mensurado pelo justo valor da contrapres-tação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido do montante estimado de devoluções, des-contos e outros abatimentos. O rédito reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relaciona-dos com a venda.

O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:

Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador;

A empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;

O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

É provável que benefícios económicos futuros asso-ciados à transação fluam para a empresa;

Os custos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade.

O rédito proveniente da prestação de serviços é re-conhecido com referência à fase de acabamento da transação à data de relato, desde que todas as seguin-tes condições sejam satisfeitas:

O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a empresa;

Os custos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade;

A fase de acabamento da transação à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 62

O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para o Grupo e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade.

O rédito proveniente de dividendos deve ser reco-nhecido quando for estabelecido o direito do Grupo receber o correspondente montante.

3.19_ Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com emprés-timos são geralmente reconhecidos como gastos à medida que são incorridos.

Os encargos financeiros de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou pro-dução de ativos fixos são capitalizados quando o seu período de construção é superior a um ano, fazendo parte integrante do custo do ativo.

A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desen-volvimento do ativo e é interrompida após o início de utilização ou quando o projeto em causa se encontre suspenso.

Quaisquer proveitos financeiros gerados por emprésti-mos, diretamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

3.20_ Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

O Grupo utiliza derivados com o objetivo de gerir os riscos financeiros a que se encontra sujeito.

Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente pelo seu justo valor na data da transação, sendo valorizados subsequentemente ao justo valor. O método do reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor depende da designação que é feita dos instrumentos financeiros derivados. Quando se trata de instrumentos financeiros derivados de negociação os ganhos e perdas de justo valor são reconhecidos no resultado do exercício nas rubricas de “Outros rendi-mentos” ou “Outros gastos” e nas rubricas de “Juros e rendimentos similares obtidos” ou “Juros e gastos similares suportados”.

Quando são designados como instrumentos finan-ceiros derivados de cobertura, o reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor depende da natureza do item que está a ser coberto, podendo tratar-se de uma cobertura de justo valor ou de uma cobertura de fluxos de caixa.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao valor de mercado. Na ausência de

valor de mercado, o justo valor é determinado por en-tidades externas e independentes através de técnicas de valorização aceites no mercado.

Os instrumentos financeiros derivados são reconhe-cidos nas rubricas de “Outros ativos financeiros” e “Outros passivos financeiros” quando apresentem justo valor positivo ou negativo, respetivamente.

Um instrumento financeiro derivado é apresentado como não corrente se a sua maturidade remanescen-te for superior a 12 meses e não for expectável a sua realização ou liquidação no prazo de 12 meses.

Contabilidade de cobertura

No âmbito da sua política de gestão dos riscos de taxa de juro e de taxa de câmbio, o Grupo contrata uma varieda-de de instrumentos financeiros derivados, nomeadamente swaps, non-deliverable forwards e collars cambiais.

Os critérios para a aplicação das regras de contabili-dade de cobertura são os seguintes:

Adequada documentação da operação de cobertura;

O risco a cobrir é um dos riscos descritos na NCRF 27 – Instrumentos financeiros;

É esperado que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa do item coberto, atribuíveis ao risco a cobrir, sejam praticamente compensadas pelas alterações no justo valor do instrumento de cobertura.

No início da operação da cobertura, o Grupo docu-menta a relação entre o instrumento de cobertura e o item coberto, os seus objetivos e estratégia de gestão do risco. Adicionalmente é avaliado, tanto na data de início da operação de cobertura como na data de rela-to financeiro, se os instrumentos derivados designados de cobertura são altamente eficazes na compensação das alterações do justo valor ou fluxos de caixa dos respetivos itens cobertos.

As variações no justo valor dos instrumentos finan-ceiros derivados contratados e os movimentos de cobertura registados no capital próprio na rubrica “Outras variações de capital próprio – reserva de co-bertura” encontram-se divulgados na Nota 38.

Numa operação de cobertura de justo valor de um ativo ou passivo (fair value hedge), o valor na demons-tração da posição financeira desse ativo ou passivo, determinado com base na respetiva política contabi-lística, é ajustado de forma a refletir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhe-cidas em resultados conjuntamente com as variações de justo valor dos ativos ou dos passivos cobertos atri-buíveis ao risco coberto.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 63

Numa operação de cobertura da exposição à va-riabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (cash flow hedge), a parte eficaz das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas de cobertura, sendo transfe-ridas para resultados nos períodos em que o respetivo item coberto afeta resultados. A parte ineficaz da co-bertura é registada em resultados no momento em que ocorre.

Qualquer montante registado na rubrica “Outras va-riações de capital próprio – reservas de cobertura” apenas é reclassificado em resultados quando a po-sição coberta afeta resultados. Quando a posição coberta consistir numa transação futura e não for expectável que a mesma ocorra, qualquer montan-te registado na rubrica “Outras reservas – reservas de cobertura” é de imediato reclassificado em resultados.

A contabilidade de cobertura é descontinuada quando se revoga a relação de cobertura, quando o instru-mento de cobertura expira, é vendido, ou é exercido, ou quando um instrumento de cobertura deixa de se qualificar para a contabilidade de cobertura. Nas circunstâncias em que um instrumento financeiro derivado deixe de se qualificar como instrumento de cobertura, o Grupo avalia: (i) em instrumentos de co-bertura de justo valor, a existência de ajustamentos de justo valor no item coberto, os quais serão amorti-zados, através do método da linha reta, pelo período remanescente do item coberto; e (ii) em instrumen-tos de cobertura de fluxos de caixa, a existência de diferenças de justo valor, reconhecidas na rubrica de “Outras variações de capital próprio – reservas de co-bertura”, diretamente no capital próprio, montante que será reclassificado para resultados do exercício.

3.21_ Gestão de risco

3.21.1_ Fatores de risco financeiro

O Grupo Secil tem um programa de gestão que, con-juntamente com a monitorização permanente dos mercados financeiros, procura minimizar os potenciais efeitos adversos no seu desempenho financeiro.

A gestão do risco é conduzida pela Direção de Gestão Financeira com base em políticas aprovadas pela Ad-ministração. A Direção de Gestão Financeira identifica, avalia e realiza operações com vista à minimização dos riscos financeiros em estrita cooperação com as uni-dades operacionais do Grupo. A Administração define os princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de crédito, o uso de derivados e outros instrumentos financeiros não derivados, bem como o investimento do excesso de liquidez.

a) Risco cambial

A variação da taxa de câmbio do Euro face a outras moedas pode afetar as demonstrações financeiras do Grupo de diversas formas.

O risco cambial resulta essencialmente: (i) da transpo-sição para Euros das demonstrações financeiras das subsidiárias e associadas localizadas na Tunísia, Angola, Líbano e Brasil, cuja moeda funcional é distinta da moe-da de relato financeiro e (ii) dos fluxos operacionais e financeiros em dólares, nomeadamente os relativos às vendas de cimento e clínquer, às compras de combus-tíveis e fretes de navios e aos financiamentos obtidos.

O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maxi-mização do potencial de cobertura natural da sua exposição cambial, via compensação dos fluxos cam-biais intragrupo.

Para os fluxos não compensados naturalmente, o ris-co tem vindo a ser analisado e parcialmente coberto através da transação de divisas spot e forward ou da contratação de estruturas de opções, que estabelecem o contravalor máximo a pagar ou a receber e permi-tem beneficiar parcialmente de evoluções favoráveis na taxa de câmbio. Em relação aos financiamentos obtidos em moeda diferente da moeda funcional de cada subsidiária, é avaliada a cobertura do risco de taxa de câmbio.

b) Risco de taxa de juro

A política de gestão de risco de taxa de juro visa reduzir a volatilidade do custo da dívida, quando sujeita à varia-ção de um indexante variável. A redução da volatilidade da taxa de juro é assegurada através da monitorização das perspetivas de evolução dos indexantes de mer-cado e da avaliação da contratação de coberturas que assegurem uma efetiva limitação do risco. Adicional-mente, é periodicamente avaliada a contratação de financiamentos em regime de taxa de juro fixa.

c) Risco de licenças de emissão de efeitos de estufa

O Grupo Secil promove uma gestão ativa da sua car-teira de licenças de emissão de carbono que lhe foram atribuídas no âmbito da fase 3 do CELE (Comércio Eu-ropeu de Licenças de Emissão de gases com efeito de estufa), relativa ao período 2013-2020. Fruto da crescente utilização de combustíveis alternativos, o Grupo Secil tem registado alguns excessos de licen-ças de emissão, tendo estes excedentes vindo a ser transacionadas no mercado, reduzindo/ minorando o risco de preço.

d) Risco de crédito

O risco de crédito está essencialmente relacionado com os montantes a receber de clientes.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 64

O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afetem apenas as economias a uma escala local pode originar a incapacidade dos clientes em saldar as obrigações decorrentes das vendas de produtos. O seguro de crédito e a obtenção de garan-tias bancárias a favor do Grupo têm sido instrumentos adotados pelo Grupo Secil para, em complemento com a sua constante e essencial monitorização, mino-rar os impactos negativos deste tipo de risco, sempre que possível.

No que respeita aos depósitos bancários, investimen-tos financeiros e instrumentos financeiros derivados, o risco de contraparte é mitigado pela seleção de ins-tituições financeiras internacionais com uma sólida notação de risco de crédito e de instituições nacionais de primeira linha.

e) Risco de liquidez

O Grupo gere o risco de liquidez por três vias: (i) garantindo que a sua dívida financeira tem uma com-ponente de médio e longo prazo com maturidades adequadas aos ativos financiados, (ii) dispondo de fa-cilidades de crédito que permitam não só assegurar as necessidades de tesouraria não correntes do Grupo mas também a agilidade e flexibilidade para satisfazer necessidades de curto prazo e (iii) acumulando mon-tantes em aplicações de tesouraria.

3.21.2_ Fatores de risco operacional

a) Setor da Construção

O volume de negócios da Secil depende do nível de atividade no setor da construção em cada um dos mercados geográficos em que opera. O setor da construção tende a ser cíclico, especialmente em economias maduras, e depende do nível de constru-ção residencial e comercial, bem como do nível de investimentos em infraestruturas.

O setor da construção é sensível a fatores como as taxas de juro e uma quebra da atividade económica numa dada economia pode conduzir a uma recessão no setor da construção.

Apesar do Grupo considerar que a sua diversificação geográfica é a melhor forma de conseguir a estabili-zação dos seus resultados, a sua atividade, situação financeira e resultados operacionais podem ser ne-gativamente afetados por uma quebra do setor da construção em qualquer mercado significativo em que opere.

b) Procura de produtos - Secil

Nos mercados maduros a procura de cimento e outros materiais de construção tende a ser bastante regular ao longo do ano. Apenas se nota uma redução da pro-

cura durante o mês de janeiro e dezembro. A procura dos produtos da Secil está, em geral, alinhada com esse padrão de comportamento.

c) Legislação ambiental

Nos últimos anos, a legislação da União Europeia em matéria ambiental tem vindo a tornar-se mais restritiva no que respeita ao controlo das emissões ambientais. É parte integrante da Politica Integrada do Grupo o es-trito cumprimento das exigências legais em matéria de Ambiente que lhe são aplicáveis bem como a melhoria contínua do seu desempenho.

Em 2013, foi aprovado o BREF (Best Available Tech-nologies Reference Documents) - Conclusões sobre as Melhores Técnicas Disponíveis do Documento de Referência - para os sectores do cimento, cal e óxido de magnésio que contém os novos limites e requisitos para estes sectores, dispondo as empresas de quatro anos para promover as necessárias adaptações às suas práticas e equipamentos. Tais exigências foram vertidas nas Licenças Ambientais que regulam a atividade de exploração de pedreiras e produção de cimento.

Como tal, o Grupo tem vindo a acompanhar o de-senvolvimento técnico desta matéria, procurando antecipar e planear as melhorias necessárias nos seus equipamentos para os fazer cumprir com os limites a publicar, existindo assim a possibilidade do Grupo ne-cessitar de realizar investimentos adicionais nesta área, de modo a cumprir com eventuais alterações nos limi-tes e regras ambientais que venham a ser aprovados.

À data, as alterações legislativas que se conhecem prendem-se também com a evolução do regime de atribuição de comércio europeu de emissão de ga-ses com efeito de estufa (CELE), criado pela Diretiva nº 2003/87/CE, alterada pela Diretiva nº 2009/29/CE (nova diretiva CELE), a qual apresenta o quadro legal do CELE para o período 2013-2020 e que foi transposta para o ordenamento jurídico nacional pelo Decreto--Lei 38/2013 de 15 de Março, que veio a resultar na redução do âmbito de atribuição gratuita de licenças de emissão de CO2. Tem estado em discussão a nível da Comunidade Europeia a revisão desta última diretiva para enquadrar o período post-2020, ou seja, o período 2021 a 2030. Um acordo entre a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu foi con-seguido nos finais de 2017 e é esperada aprovação da revisão pelo Conselho Europeu no início de 2018.

Praticamente confirmada a continuação desta ten-dência para o novo período, esta evolução trará novos desafios para a indústria cimenteira. No sentido de mitigar os efeitos resultantes das sucessivas revisões desta legislação, há muito que o Grupo empreendeu uma série de investimentos de natureza ambiental que, entre outras vantagens, tem permitido a redução continuada da emissão de CO2, destacando o investi-

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 65

mento em equipamentos que permitem a valorização energética de combustíveis alternativos, a aposta em cimentos com menor incorporação de clínquer, o investimento em equipamentos de menor consumo energético.

Existe o risco de que a revisão, em curso de negocia-ção, da diretiva das emissões de CO2 para o período 2021 a 2030 venha a apontar para uma redução signifi-cativa das licenças gratuitas de CO2 a serem atribuídas. Não é expectável que as tecnologias existentes per-mitam a redução das emissões de forma a garantir as atuais capacidades de produção com recurso a emis-sões gratuitas, pondo em causa a competitividade das exportações de clinker e cimento. Estão em curso vá-rios projetos de investigação no sentido de capturar, armazenar e reutilizar o CO2, não tendo nenhum deles até à data confirmado viabilidade económica, havendo no entanto soluções que passarão pelo lançamento de novos tipos de cimento. Acreditamos que as soluções só vão ser implementadas após o conhecimento, em 2020, das licenças de CO2 que vão ser atribuídas às instalações para o período 2021 a 2030. Em Portugal vai ser criado em 2018 um laboratório colaborativo en-tre empresas, universidades e centros de investigação, cujo objetivo é desenvolver linhas de investigação para redução das emissões de CO2.

Consciente de que a exploração de pedreiras tem impactes na paisagem, na alteração do relevo, na re-moção do solo e do coberto vegetal e na diminuição de refúgios/alimentos para a fauna. O Grupo assu-me a minimização destes impactos e aceleração do processo de colonização natural, não só através de programas de recuperação da composição e estrutura das comunidades vegetais e animais, mas também da recuperação das funções e dos processos naturais do ecossistema.

Por outro lado, cumprindo com o Decreto-Lei nº 147/2008 de 29 de Junho, que transpôs para o nor-mativo Nacional a Diretiva 2004/35/CE, o Grupo assegurou os seguros ambientais exigidos por aquele normativo, garantindo o cumprimento dos regula-mentos em vigor e mitigando os riscos de natureza ambiental a que se encontra exposto.

d) Custos energéticos

Uma parte significativa dos custos do Grupo está de-pendente dos custos energéticos. A energia é um fator de custo com peso significativo na atividade da Secil e nas suas participadas.

O Grupo protege-se, em certa medida, contra o risco da subida do preço da energia através da possibilidade de algumas das suas fábricas utilizarem combustíveis alternativos e de contratos de fornecimento de energia elétrica de longo prazo para algumas das necessidades energéticas.

Apesar destas medidas, flutuações significativas nos custos da eletricidade e dos combustíveis podem afe-tar negativamente a sua atividade, situação financeira e resultados operacionais do Grupo.

e) Necessidade de investimentos significativos em novas aquisições no futuro

O Grupo Secil tem interesses em setores onde se tem vindo a assistir a processos de consolidação e onde podem surgir oportunidades de crescimento quer or-gânico quer pela via de aquisições.

3.22 Capital Social e ações próprias

As ações ordinárias são classificadas no capital próprio (Nota 20).

Os custos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou outros instrumentos de capital próprio são apresentados como uma dedução, líquida de impos-tos, ao valor recebido resultante da emissão.

Os custos diretamente imputáveis à emissão de novas ações ou opções, para a aquisição de um negócio são incluídos no custo de aquisição, como parte do valor da compra.

As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição, como uma redução do capital próprio, na rubrica “Ações próprias” sendo os ganhos ou perdas inerentes à sua alienação registados em “Outras re-servas”. Em conformidade com a legislação comercial aplicável, enquanto as ações próprias se mantiverem na posse da sociedade, é tornada indisponível uma reserva de montante igual ao seu custo de aquisição.

Quando alguma empresa do Grupo adquire ações da empresa-mãe (ações próprias) o pagamento, que inclui os custos incrementais diretamente atribuíveis (líquidos de impostos), é deduzido ao capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe até que as ações sejam canceladas, re-emitidas ou alienadas.

Quando tais ações são subsequentemente vendidas ou re-emitidas, qualquer recebimento, líquido de custos de transação diretamente atribuíveis e de impostos, é refletido no capital próprio dos detentores do capital da empresa, em outras reservas.

3.23 Distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos aos detentores do capital é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo no período em que os dividendos são aprovados pelos acionistas e até ao momento da sua liquidação.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 66

3.24_ Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras con-solidadas anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afe-tam as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do período.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações fi-nanceiras consolidadas dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas, não foram consideradas nessas esti-mativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras consolida-das anexas foram os seguintes:

a) Imparidade

A determinação de uma eventual perda por imparida-de pode ser identificada pela ocorrência de diversos eventos, muitos dos quais fora da esfera de influência do Grupo Secil.

A identificação dos indicadores de imparidade, a esti-mativa de fluxos de caixa futuros e a determinação do justo valor de ativos implicam um elevado grau de jul-gamento por parte da Administração no que respeita à identificação e avaliação dos diferentes indicadores de imparidade, fluxos de caixa esperados, taxas de des-conto aplicáveis, vidas úteis e valores residuais.

b) Imposto sobre o Rendimento

O Grupo reconhece passivos para liquidações adicio-nais de impostos que possam resultar de revisões pelas autoridades fiscais.

Quando o resultado final destas situações é diferen-te dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nos impostos diferidos, no período em que tais diferenças são identificadas.

c) Reconhecimento de ativos por impostos diferidos

São reconhecidos ativos por impostos diferidos apenas quando existe forte segurança de que existirão lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização das diferenças temporárias, ou quando existam passivos por impostos diferidos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os ativos por impostos diferidos sejam revertidos. A avaliação dos ativos por impostos diferidos é efetuada pela gestão no final de cada exercício, tendo em atenção a expectativa de de-sempenho no futuro.

d) Pressupostos atuariais

A avaliação das responsabilidades com benefícios de-finidos é efetuada semestralmente com o recurso a estudos atuariais elaborados por peritos independen-tes, baseados em pressupostos atuariais associados a indicadores económicos e demográficos. Alterações nestes pressupostos podem ter um impacto relevante naquelas responsabilidades.

e) Provisões

O Grupo analisa de forma periódica eventuais obriga-ções que ressaltem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. A sub-jetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para liqui-dação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utili-zados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.

f) Vida útil do goodwill

A vida útil do goodwill é determinada com base na vida útil remanescente estimada dos principais ativos líqui-dos operacionais das subsidiárias, conforme indicado na Nota 3.2.6. As estimativas, pressupostos e vidas úteis subjacentes são avaliadas pela Administração do Gru-po no final de cada exercício.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 67

04Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósi-tos bancários imediatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses) e aplicações de tesou-raria no mercado monetário, líquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes. Caixa e seus equivalentes em 31 de de-zembro de 2017 e 2016 detalha-se conforme se segue:

FLUXODE CAIXA

Numerário

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis

Aplicações de tesouraria

Descobertos bancários

536.329

115.092.410

1.777.405

117.406.144

(2.127.464)

115.278.680

(Nota 18)

(Nota 23.3)

573.338

115.563.583

-

116.136.921

(5.103.907)

111.033.014

Valoresem Euros 31/12/201631/12/2017

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 68

5.1_ Subsidiárias

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 o Grupo apresenta as seguintes subsidiárias:

05INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 69

Hewbol, S.G.P.S., Lda.

Somera Trading Inc. (d)

Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda.

ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda.

Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda.

Sociedade de Inertes, Lda.

Seciment Investments, B.V.

Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais

e de Fornecimento de Equipamento, Lda.

Silonor, S.A.

Société des Ciments de Gabés

Sud- Béton- Société de Fabrication de Béton du Sud

Zarzis Béton

Secil Angola, SARL

Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.

Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A.

Britobetão - Central de Betão, Lda. (c)

Secil Britas, S.A.

Lusoinertes, S.A.

Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais

para a Construção, S.A.

IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.

Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.

ALLMA - Microalgas, Lda.

Allmicroalgae - Natural products, S.A.

Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.

Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. (e)

Secil Brasil Participações, S.A. (ex Nsospe, S.A.)

Supremo Cimentos, S.A.

Margem Companhia de Mineração

I3 Participações e Serviços, Ltda.

Secil Brands - Marketing, Publicidade, Gestão e Desenvolvimento de

Marcas, Lda. (ex Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda.)

CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A.

Ciments de Sibline, S.A.L.

Soime, S.A.L.

Cimentos Madeira, Lda.

Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A.

Promadeira - Sociedade Técnica de Construção da Ilha da Madeira, Lda.

Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A.

Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. (a)

Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A.

Uniconcreto - Betão Pronto, S.A.

Secil Cement BV (ex Finlandimmo Holding BV)

Secil Immo Netherlands BV (f)

Secil Cement BV (f)

SPB, SGPS, Lda. (Ex. Secil Unicon) (b)

Secil Prébetão, S.A. (b)

Cementos Secil, S.L.U. (Nota 8)

Funchal

Panamá

Praia

Praia

Funchal

Nacala

Amesterdão

Lisboa

Dunkerque

Tunis

Tunis

Tunis

Luanda

Lobito

Lisboa

Évora

Lisboa

Lisboa

Leiria

Santarém

Lisboa

Leiria

Leiria

Braga

Lisboa

Rio de Janeiro

Santa Catarina

Paraná

Rio de Janeiro

Lisboa

Leiria

Beirute

Beirute

Funchal

Funchal

Funchal

Funchal

Funchal

Funchal

Lisboa

Terneuzen

Terneuzen

Terneuzen

Setúbal

Montijo

Madrid

Sede

100,00

-

100,00

62,50

100,00

100,00

100,00

100,00

100,00

98,72

98,72

98,52

100,00

51,00

100,00

-

100,00

100,00

100,00

75,00

100,00

70,00

100,00

99,53

-

100,00

100,00

100,00

100,00

100,00

100,00

51,05

51,05

57,14

57,14

57,14

57,14

29,14

57,14

100,00

100,00

-

-

100,00

100,00

100,00

Total

100,00

100,00

100,00

62,50

100,00

100,00

100,00

100,00

100,00

98,72

98,72

98,52

100,00

51,00

100,00

100,00

100,00

100,00

100,00

75,00

100,00

70,00

100,00

99,37

100,00

100,00

100,00

100,00

100,00

100,00

100,00

51,05

51,05

57,14

57,14

57,14

57,14

29,14

57,14

100,00

100,00

100,00

100,00

50,00

39,80

-

Total

100,00

-

99,80

37,50

100,00

-

100,00

100,00

100,00

98,72

-

-

100,00

-

100,00

-

100,00

-

51,19

-

100,00

-

-

-

-

-

-

-

-

-

100,00

28,64

-

57,14

-

-

-

-

-

100,00

100,00

-

-

100,00

-

100,00

Direta

100,00

-

-

37,50

100,00

-

100,00

100,00

100,00

98,72

-

-

100,00

-

100,00

9,00

100,00

-

51,19

-

100,00

-

-

-

-

-

-

-

-

-

100,00

28,64

-

57,14

-

-

-

-

-

100,00

100,00

-

-

50,00

-

-

Direta

-

-

0,20

25,00

-

100,00

-

-

-

-

98,72

98,52

-

51,00

-

-

-

100,00

48,81

75,00

-

70,00

100,00

99,53

-

100,00

100,00

100,00

100,00

100,00

-

22,41

51,05

-

57,14

57,14

57,14

29,14

57,14

-

-

-

-

-

100,00

-

Indireta

-

100,00

100,00

25,00

-

100,00

-

-

-

-

98,72

98,52

-

51,00

-

91,00

-

100,00

48,81

75,00

-

70,00

100,00

99,37

100,00

100,00

100,00

100,00

100,00

100,00

-

22,41

51,05

-

57,14

57,14

57,14

29,14

57,14

-

-

100,00

100,00

-

39,80

-

Indireta

% do capital detido pela Secil % do capital detido pela Secil

31/12/2017 31/12/2016

(a) Empresa detida em 51% pela Brimade, S.A. e portanto controlada pelo Grupo

(b) Empresas incluídas na consolidação a 1 de Julho de 2016 (anteriormente consideradas empreendimento conjuntos e consolidadas pelo método de consolidação proporcional)

(c) Empresa fundida por incorporação na empresa Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A., em 27 de abril de 2017

(d) Empresa liquidada em 31 de julho de 2017

(e) Empresa fundida por incorporação na empresa Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A., em 29 de setembro de 2017

(f) Empresa fundida por incorporação na empresa Secil Cement BV (ex Finlandimmo Holding BV), em 29 de dezembro de 2017

Valoresem Euros Denominação social

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 70

5.2_ Interesses que não controlam

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o detalhe dos interesses que não controlam incluídos no capital pró-prio detalha-se conforme se segue:

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o detalhe dos interesses que não controlam evidenciados na de-monstração dos resultados apresenta o seguinte detalhe:

Société des Ciments de Gabés e subsidiárias

IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.

Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.

Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiária

Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias

Outros

Britobetão - Central de Betão, Lda.

Société des Ciments de Gabés e subsidiárias

IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.

Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.

Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiária

Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias

Outros

567.250

414.548

(2.030.796)

58.280.188

5.193.698

707.232

63.132.120

-

(10.863)

144.958

(914.802)

10.773.081

202

73.248

10.065.824

726.797

357.090

(1.332.888)

67.255.721

5.193.570

611.715

72.812.005

2.233

(5.027)

88.775

(930.404)

10.132.465

41.866

(20.783)

9.309.125

Valoresem Euros

Valoresem Euros

31/12/2016

31/12/2016

31/12/2017

31/12/2017

Capitais Próprios

Resultado

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 71

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 apresentam-se conforme se segue:

Saldo inicial

Variação de perímetro:

Reforço de 9% da participação do Grupo no capital (Nota 8)

Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.

Reforço de 8,41% da participação do Grupo no capital

Reforço de 0,16% da participação do Grupo no capital (Nota 8)

SPB, SGPS, Lda.

Reforço de 50% da participação do Grupo no capital -

Obtenção controlo (Nota 8)

Secil Prébetão, S.A.

Reforço de 20,4% da participação do Grupo no capital

Redução de Capital da Société des Ciments de Gabés

Transposição das demonstrações financeiras de subsidiárias

estrangeiras

Dividendos

Desvios e alterações de pressupostos nos estudos actuariais

Subsídios ao investimento

Outras operações

Resultado líquido do período

Saldo final

72.812.005

-

-

(1.175)

-

-

-

(7.761.141)

(11.670.021)

66

(1.525)

(311.913)

10.065.824

63.132.120

77.926.701

(72.003)

(70.229)

-

(1.437.032)

2.919.299

(30.258)

1.936.979

(17.663.591)

367

(7.353)

-

9.309.125

72.812.005

Valoresem Euros 31/12/201631/12/2017

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 72

Em 27 de julho de 2016 o Grupo adquiriu o controlo da empresa conjuntamente controlada SPB, SGPS, Lda. (Ex. Secil Unicon – SGPS, Lda.) e da sua subsidiária Se-cil Prebetão, S.A., não detendo no período findo em 31 de dezembro de 2016 e 2017 interesses em entidades conjuntamente controladas.

06INTERESSES EMEMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 73

07INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o Grupo tem os seguintes investimentos em associadas:

Setefrete, SGPS, S.A.

MC - Matériaux de Construction

J.M.J. Henriques, Lda.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

25.00

49.36

28.57

35.00

Setúbal

Gabés

Câmara de Lobos

Lisboa

25.00

49.36

28.57

35.00

Valoresem Euros

% indireta do capital detidoSede

% indireta do capital detido

31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 74

MC- Materiaux de Construction

J.M.J. - Henriques, Lda.

Setefrete, SGPS, S.A.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

31/12/2016

848.325

1.080.241

4.849.974

3.137.609

AtivosTotais

ResultadoLíquido

Vendase serviçosprestados

4.283.556

-

59.974

10.068.168

Passivos Totais

917.984

326.737

20.698

2.632.651

(96.745)

(3.386)

4.763.825

545.137

CapitalPróprio

(69.659)

753.504

4.829.276

504.958

a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 31.12.2016

b) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 31.07.2016

c) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 30.11.2016

a)

a)

b)

c)

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, as demonstrações financeiras disponíveis das associadas apresentam nas suas demonstrações financeiras os valores seguintes:

MC- Materiaux de Construction

J.M.J. - Henriques, Lda.

Setefrete, SGPS, S.A.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

Denominação social

Denominação social

31/12/2017

835.026

1.081.249

5.868.752

2.959.114

a)

a)

b)

b)

AtivosTotais

ResultadoLíquido

Vendase serviçosprestados

2.626.184

-

4.336.624

9.305.007

Passivos Totais

820.232

331.215

29.165

2.545.287

(78.587)

(3.472)

2.829.484

352.867

CapitalPróprio

14.794

750.034

5.839.587

413.827

a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 31.12.2017

b) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 30.11.2017

Valoresem Euros

Valoresem Euros

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 75

08No decurso do período findo em 31 de dezembro de 2017, o impacto nas demonstrações financeiras consolidadas por via de alterações no perímetro de consolidação detalham-se conforme se segue:

ALTERAÇÕES NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

Ativos não correntes

Ativos fixos tangíveis (Nota 10)

Ativos intangíveis (Nota 13)

Ativos correntes

Inventários

Estado e outros entes públicos

Interesses que não controlam (Nota 5.2)

Ativos e passivos identificáveis à data da aquisição

Goodwill (Nota 9)

Diferença de aquisição em capitais próprios

Custos da concentração

Património líquido adquirido

Valoresem Euros

Entradas no perímetro

Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. – com sede em Braga, reforço da partici-pação financeira detida em 0,16% do capital social da subsidiária em 19 de maio de 2017.

Cementos Secil, SLU – com sede em Madrid, aqui-sição de um conjunto de ativos em Espanha em 31 de março de 2017.

Cementos Secil, SLU

2.884.819

1.803.911

1.071.662

58.800

-

5.819.192

7.739.608

-

13.558.800

13.558.800

Subsidiárias adquiridas

2.884.819

1.803.911

1.071.662

58.800

1.175

5.820.367

7.739.608

288

13.560.263

13.560.263

Argibetão

-

-

-

-

1.175

1.175

-

288

1.463

1.463

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 76

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos na rubrica “Goodwill”, são conforme se segue:

09Valor bruto no início do período

Amortizações e perdas por imparidade acumuladas

Valor líquido no início do período

Amortização

Perdas por imparidade

Aquisições:

Cementos Secil

SPB, SGPS, Lda.

Finlandimmo Holding BV

Variação cambial:

Société des Ciments de Gabés

Sud-Béton-Société de Fabrication de Béton du Sud

Ciments de Sibline, S.A.L.

Secil Brasil Participações S/A

Supremo Cimentos, S.A.

Transferência de “Participações financeiras

- método equivalência patrimonial”

Saldo final

334.101.509

(123.188.793)

210.912.716

(7.913.802)

(25.933.779)

7.739.608

-

-

(4.341.786)

(258.089)

(1.527.497)

(3.819.597)

(5.831.281)

-

169.026.493

(Nota 33)

(Nota 33)

(Nota 8)

(Nota 20.5.1)

(Nota 20.5.1)

(Nota 20.5.1)

(Nota 20.5.1)

(Nota 20.5.1)

(Nota 14)

305.310.262

(110.724.884)

194.585.378

(7.653.980)

(5.762.660)

-

5.762.660

4.986.216

(2.418.777)

(143.779)

398.452

5.606.896

12.015.583

3.536.727

210.912.716

Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 77

O goodwill é atribuído às unidades geradoras de fluxos de caixa (UGC) do Grupo, identificadas de acordo com o país da operação, conforme se segue:

Para efeitos de testes de imparidade, o valor recupe-rável das UGC é determinado com base no valor em uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados. Os cálculos baseiam-se no desempe-nho histórico e nas expectativas de desenvolvimento do negócio com a atual estrutura produtiva, sendo utilizado o plano estimado de médio prazo a 5 anos do Grupo.

No período findo em 31 de dezembro de 2017 regis-taram-se perdas por imparidade no goodwill afeto à UGC Brasil no montante de Euros 25.933.779.

Portugal

Líbano

Tunísia

Brasil

84.075.300

10.498.379

20.919.596

53.533.218

169.026.493

79.972.069

13.418.054

26.227.797

91.294.796

210.912.716

31/12/2017 31/12/2016Valoresem Euros

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 78

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos na rubrica “Ativos fi-xos tangíveis”, bem como nas respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade, são conforme se segue:

10ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Ativos

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Variação de perímetro

Aquisições

Alienações

Regularizações, transferências e abates

Ajustamento cambial

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Variação de perímetro (Nota 8)

Aquisições

Alienações

Regularizações, transferências e abates

Ajustamento cambial

Saldo em 31 de dezembro de 2017

Valoresem Euros Equipamentos

1.517.289.349

11.317.777

3.175.899

(5.440.831)

103.063

26.867.433

1.553.312.690

1.927.500

3.368.275

(3.887.692)

10.696.001

(73.621.818)

1.491.794.956

Recuperaçãopaisagística

5.469.872

-

-

-

-

-

5.469.872

-

-

-

135.311

-

5.605.183

Terrenos e recursos

naturais

227.775.347

1.571.387

349.403

(39.818)

(244.602)

8.658.782

238.070.499

101.635

2.157.295

(1.362.074)

5.263.215

(20.241.660)

223.988.910

Adiantamentos

3.974.122

-

1.740.009

-

(4.969.854)

199.523

943.800

-

1.856.604

-

(1.780.522)

(87.066)

932.816

Total

2.259.130.928

18.110.197

40.985.628

(5.955.760)

(26.609.482)

52.766.259

2.338.427.770

2.884.819

26.309.929

(8.967.746)

(3.248.035)

(120.412.025)

2.234.994.712

Edifíciose outras

construções

486.201.250

5.221.033

285.120

(468.760)

(2.772.536)

16.926.013

505.392.120

855.684

284.268

(2.956.480)

773.001

(24.944.987)

479.403.606

Ativos fixostangíveisem curso

18.420.988

-

35.435.197

(6.351)

(18.725.553)

114.508

35.238.789

-

18.643.487

(761.500)

(18.335.041)

(1.516.494)

33.269.241

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 79

Depreciações acumuladas e perdas

por imparidade

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Variação de perímetro

Depreciações (Nota 33)

Perdas por imparidade (Nota 33)

Alienações

Regularizações, transferências e abates

Ajustamento cambial

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Depreciações (Nota 33)

Perdas por imparidade (Nota 33)

Alienações

Regularizações, transferências e abates

Ajustamento cambial

Saldo em 31 de dezembro de 2017

Ativos líquidos

Valor líquido

em 31 de dezembro de 2016

Valor líquido

em 31 de dezembro de 2017

Valoresem Euros Equipamentos

(1.237.214.085)

(11.274.232)

(35.671.473)

1.276.757

4.462.709

6.028.918

4.145.769

(1.268.245.637)

(30.771.654)

250.396

3.633.497

2.214.603

39.669.530

(1.253.249.265)

285.067.053

238.545.691

Recuperaçãopaisagística

(2.296.989)

-

(115.671)

-

-

-

-

(2.412.660)

(113.702)

-

-

-

-

(2.526.362)

3.057.212

3.078.821

Terrenos e recursos

naturais

(49.014.995)

(893.918)

(2.265.535)

-

-

-

1.079.810

(51.094.638)

(2.516.629)

-

5.685

35.678

3.471.034

(50.098.870)

186.975.861

173.890.040

Adiantamentos

(267.500)

-

-

-

-

-

-

(267.500)

-

-

-

-

-

(267.500)

676.300

665.316

Total

(1.632.498.126)

(16.953.631)

(46.214.369)

(7.131.901)

4.798.910

8.955.144

6.329.216

(1.682.714.757)

(41.576.884)

(2.854.013)

6.106.818

6.153.263

51.044.805

(1.663.840.768)

655.713.013

571.153.944

Edifíciose outras

construções

(341.778.063)

(4.785.481)

(8.161.690)

91.342

336.201

2.926.226

1.103.637

(350.267.828)

(8.174.899)

88.366

2.467.636

2.073.696

7.547.391

(346.265.638)

155.124.292

133.137.968

Ativos fixostangíveisem curso

(1.926.494)

-

-

(8.500.000)

-

-

-

(10.426.494)

-

(3.192.775)

-

1.829.286

356.850

(11.433.133)

24.812.295

21.836.108

As perdas por imparidade acumuladas detalham-se conforme se segue:

As empresas do Grupo, sedeadas em Portugal, pro-cederam em anos anteriores à reavaliação dos seus ativos fixos tangíveis ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente Portaria nº 258 de 28 de dezembro de 1963, Decretos-Lei nº 126/77, nº 430/78, nº 219/82, nº 319-G/84, nº 118-B/86, nº 111/88, nº 49/91, nº 264/92, nº 22/92 e nº 31/98.

O detalhe dos custos históricos de aquisição de ativos fixos tangíveis e correspondente reavaliação, líquidos de amortizações acumuladas, em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é o seguinte:

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamentos

Ativos fixos tangíveis em curso

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamentos

Valoresem Euros

Perdasacumuladas01/01/2016

(8,125.167)

(5.708.155)

(5.196.931)

(2.017.144)

(21.047.397)

Custo histórico

164.327.411

131.210.676

238.475.106

534.013.193

Perdas doexercício(Nota 33)

-

91.342

1.276.757

(8.500.000)

(7.131.901)

Excedente de revalorização

9.562.629

1.927.292

70.585

11.560.506

Perdasacumuladas12/31/2016

(8.125.167)

(5.616.813)

(3.920.174)

(10.517.144)

(28.179.298)

Valor revalorizado

173.890.040

133.137.968

238.545.691

545.573.699

Perdas doexercício(Nota 33)

-

88.366

250.396

(3.192.775)

(2.854.013)

Custo histórico

177.091.080

153.018.533

284.981.326

615.090.939

Perdasacumuladas12/31/2017

(8.125.167)

(5.528.447)

(3.669.778)

(13.709.919)

(31.033.311)

Excedente de revalorização

9.884.781

2.105.759

85.727

12.076.267

Valor revalorizado

186.975.861

155.124.292

285.067.053

627.167.206

31/12/2017 31/12/2016

Valoresem Euros

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 80

11LOCAÇÕES

11.1_ Locações financeiras

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 o Grupo utiliza os seguintes bens adquiridos em locação financeira:

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a dívida do Grupo referente a locações financeiras bem como o seu pla-no de reembolso, detalha-se como se segue:

Locação financeira - rendas a pagar

Equipamento básico

Valoresem Euros

Valoraquisição

4.049.109

4.049.109

Depreciação acumulada

(2.952.245)

(2.952.245)

Valor líquidocontabilístico

1.096.864

1.096.864

4.049.109

4.049.109

Depreciação acumulada

(3.110.700)

(3.110.700)

Valor líquidocontabilístico

938.409

938.409

31/12/2017 31/12/2016

Valoraquisição

Não correntes (Nota 23.3)

Correntes (Nota 23.3)

-

667.005

667.005

682.902

610.467

1.293.369

Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 81

A menos de 1 ano

1 a 2 anos

Juros futuros - a deduzir

Valor atual das responsabilidades por locação financeira (Nota 23.3)

Amortizações do período

Gasto financeiro

A menos de 1 ano

1 a 5 anos

677.953

-

677.953

(10.948)

667.005

109.548

35.143

144.691

661.883

962.229

1.624.112

652.996

697.523

1.350.519

(57.150)

1.293.369

710.865

76.526

787.391

549.278

1,163.278

1.712.556

Valoresem Euros

Valoresem Euros

Valoresem Euros

31/12/2017

31/12/2017

31/12/2017

31/12/2016

31/12/2016

31/12/2016

Locação financeira – plano de reembolso

No decurso dos períodos findos em 31 de dezem-bro de 2017 e 2016 foram reconhecidos nas rubricas “(Gastos)/ reversões de depreciação e amortização” e “Juros e gastos similares suportados” os seguintes montantes:

Os gastos relacionados com locações operacionais re-conhecidos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 ascenderam a Euros 587.111 e 672.006, respetivamente.

11.2_ Locações operacionais

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o Grupo é locatá-rio em contratos de locação operacional relacionados com o aluguer de viaturas, os quais se encontram de-nominados em Euros.

Os pagamentos mínimos das locações operacionais são detalhados conforme se segue:

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 82

12PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, na rubrica “Propriedades de investimento”, são conforme se segue:

As propriedades de investimento são amortizadas de acordo com o método da linha reta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram reconhecidos em resultados os seguintes rendimentos e gastos relacionados com pro-priedades de investimento:

Saldo inicial - quantia bruta

Alienações

Saldo final quantia bruta

Saldo inicial - amortizações e

perdas por imparidades

Alienações

Transferências

Para outras classes de ativos

Amortizações e perdas por

imparidade (Nota 33)

Saldo final - amortizações e perdas

por imparidade

Valor líquido

Rendimentos de rendas

Amortizações e perdas por imparidade

Valoresem Euros

Valoresem Euros

Arrendadas

Arrendadas

Arrendadas

Arrendadas

Para venda

Para venda

Para venda

Para venda

Total

Total

Total

Total

957.222

(957.222)

-

753.283

(753.283)

-

-

-

-

49.754

-

49.754

1.103.319

(106.647)

996.672

776.536

(66.831)

-

766

710.471

286.201

-

(766)

(766)

2.060.541

(1.063.869)

996.672

1.529.819

(820.114)

-

766

710.471

286.201

49.754

(766)

48.988

957.222

-

957.222

737.286

-

-

15.997

753.283

203.939

58.296

(15.997)

42.299

1.103.319

-

1.103.319

772.024

-

1.718

2.794

776.536

326.783

-

(2.794)

(2.794)

2.060.541

-

2.060.541

1.509.310

-

1.718

18.791

1.529.819

530.722

58.296

(18.791)

39.505

31/12/2017

31/12/2017

31/12/2016

31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 83

13ATIVOS INTANGÍVEIS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos na rubrica “Ativos in-tangíveis”, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparidade, são conforme se segue:

Ativos

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Aquisições

Licenças atribuídas ( Nota 20.5.3)

Licenças alienadas no período ( Nota 20.5.3)

Alienações

Transferências e abates

Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento

Ajustamento cambial

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Variação perímetro (Nota 8)

Aquisições

Licenças atribuídas ( Nota 20.5.3)

Licenças alienadas no período ( Nota 20.5.3)

Transferências e abates

Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento

Ajustamento cambial

Saldo em 31 de dezembro de 2017

Amortizações acumuladas e perdas por imparidade

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Amortizações do período (Nota 33)

Amortizações do período - Emissões de gases com efeito

de estufa no período (Nota 33)

Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33)

Alienações

Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento

Ajustamento cambial

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Amortizações do período (Nota 33)

Amortizações do período - Emissões de gases com efeito

de estufa no período (Nota 33)

Reversão/ (Perdas) por imparidade no período (Nota 33)

Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento

Ajustamento cambial

Saldo em 31 de dezembro de 2017

Ativos líquidos

Valor líquido em 31 de dezembro de 2016

Valor líquido em 31 de dezembro de 2017

Valoresem Euros

Propriedadeindustrial

LicençasEmissão CO2

Outros ativosintangíveis

Ativos intangíveis em curso Total

21.929.451

-

-

-

-

5.512

-

5.116.867

27.051.830

-

-

-

-

21.723

-

(3.581.669)

23.491.884

(213.199)

(2.410.722)

-

(2.702.406)

-

-

(615.273)

(5.941.600)

(2.568.674)

-

2.885.982

-

732.804

(4.891.488)

21.110.230

18.600.396

19.168.825

-

10.928.249

(4.498.000)

-

-

(11.540.336)

-

14.058.738

-

-

10.533.837

(2.497.665)

-

(8.678.276)

-

13.416.634

(11.615.895)

-

(8.603.069)

-

-

11.540.336

-

(8.678.628)

-

(8.222.549)

-

8.678.278

-

(8.222.899)

5.380.110

5.193.735

81.249

-

-

-

(2.173)

-

-

-

79.076

1.803.911

-

-

-

(1.803.911)

-

-

79.076

(80.356)

-

-

-

2.173

-

-

(78.183)

-

-

-

-

-

(78.183)

893

893

3.845

6.226

-

-

-

(5.512)

-

-

4.560

-

28.666

-

-

(21.723)

-

-

11.503

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

4,560

11.503

41.183.370

6.226

10.928.249

(4.498.000)

(2.173)

-

(11.540.336)

5.116.867

41.194.203

1.803.911

28.666

10.533.837

(2.497.665)

(1.803.911)

(8.678.276)

(3.581.669)

36.999.096

(11.909.450)

(2.410.722)

(8.603.069)

(2.702.406)

2.173

11.540.336

(615.273)

(14.698.411)

(2.568.674)

(8.222.549)

2.885.982

8.678.278

732.804

(13.192.570)

26.495.792

23.806.526

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 84

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 os montantes de Euros 5.193.735 e Euros 5.380.110 registados na rubrica “Licenças de emissão de CO2” referem-se ao valor das licenças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas a título gratuito e depositadas a favor das empresas do Grupo no Registo Português de Licenças de Emissão relativos ao ano de 2017 e 2016 respetiva-mente, acrescido das licenças adquiridas e deduzido

O Grupo alienou, no período findo em 31 de dezem-bro de 2017, 487.850 toneladas (650.000 toneladas em 2016) de licenças de emissão de CO2, tendo regista-do ganhos no montante de Euros 2.809.348 (Euros 3.575.000 em 2016) (Nota 31).

No período fido em 31 de dezembro de 2016, a rubrica “Propriedade industrial ” incluia o montante de Euros 2.702.406 relativo a uma perda por imparidade reco-nhecida no valor da marca Supremo. Esta imparidade foi revertida na totalidade no decurso do período de 2017, de acordo com a avaliação independente obtida de uma entidade especializada.

das licenças alienadas, das perdas por imparidade identificadas e das licenças entregues/entregar à En-tidade Coordenadora do Licenciamento.

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, nas licenças de emissão de gases com efeito de estufa, são conforme se segue:

Ativos

Saldo inicial

Licenças atribuídas (Nota 20.5.3)

Licenças alienadas (Nota 20.5.3)

Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento

Saldo final

Amortizações acumuladas e perdas por imparidade

Saldo inicial

Amortizações do período relativas a:

Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 20.5.3)

Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento

Saldo final

Valor líquido

Valoresem Euros

2.783.412

2.121.990

(650.000)

(1.681.073)

2.574.329

(1.691.990)

(1.519.212)

1.681.073

(1.530.129)

1.044.200

Toneladas Toneladas

2.574.329

2.081.786

(487.850)

(1.530.078)

2.638.187

(1.530.129)

(1.612.835)

1.530.078

(1.612.886)

1.025.301

19.168.825

10.928.249

(4.498.000)

(11.540.336)

14.058.738

(11.615.895)

(8.603.069)

11.540.336

(8.678.628)

5.380.110

Euros Euros

14.058.738

10.533.837

(2.497.665)

(8.678.274)

13.416.636

(8.678.628)

(8.222.549)

8.678.276

(8.222.901)

5.193.735

31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 85

14PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Partici-pações financeiras”, apresenta a seguinte composição:

Os movimentos ocorridos nesta rubrica, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, detalham-se como se segue:

Associadas

Setefrete, SGPS, S.A.

MC - Materiaux de Construction

J.M.J. - Henriques, Lda.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

Valoresem Euros % detida % detida

25,00%

49,36%

28,57%

35,00%

25,00%

49,36%

28,57%

35,00%

Valor Valor

1.459.897

1.698

375.017

144.839

1.981.451

1.207.319

2.067

376.752

176.735

1.762.873

31/12/2017 31/12/2016

Saldo inicial

Resultado líquido apropriado (Nota 28)

Dividendos atribuídos pela Setefrete, SGPS, S.A.

Dividendos atribuídos pela Ave, S.A.

Transferência do goodwill de associadas para a rubrica “Goodwill” (Nota 9)

Ajustamento cambial

Outros movimentos

Saldo final

1.762.873

1.047.841

(707.688)

(125.821)

-

(369)

4.615

1.981.451

4.711.097

1.380.062

(727.188)

(141.497)

(3.536.727)

(193)

77.319

1.762.873

Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 86

15IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

15.1_ Imposto corrente

A Secil e algumas das suas subsidiárias integram, desde 1 de janeiro de 2014, o Grupo Fiscal do qual a Semapa, S.G.P.S., S.A. é a sociedade dominante, sendo tributa-das pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS) constituído pelas empresas com uma participação igual ou superior a 75% e que cum-prem as condições previstas no artigo 69º e seguintes do Código do IRC.

As empresas que integram o perímetro do grupo de sociedades sujeitas a este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa ótica individual.

A Secil e as suas subsidiárias tributadas pelo RETGS, alteraram o seu período de tributação para o período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, com efeitos a 1 de janeiro de 2017. Em resultado desta alteração a Secil e estas subsidiárias apuraram e re-portaram à Autoridade Tributária, até ao final do mês de maio de 2017,  o imposto apurado no período de 6 meses iniciado em 1 de julho de 2016 e registaram a estimativa de imposto para o período de 2017.

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Imposto sobre o rendimento” apresenta o seguinte detalhe:

Imposto corrente

Liquidações adicionais de IRC

Imposto diferido (Notas 15.2)

1.569.002

2.898.091

(21.170.461)

(16.703.368)

6.407.334

(2.128.124)

(8.133.178)

(3.853.968)

Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 87

Os montantes de Euros 1.569.002 e Euros 6.407.334 registados em imposto corrente em 31 de dezembro de 2017 e 2016, respetivamente, incluem:

As declarações anuais de rendimentos estão sujeitas em Portugal a revisão e eventual ajustamento por parte das autoridades fiscais durante um período de 4 anos. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais estes podem ser sujeitos a revisão e liquidação pelas autoridades fiscais por um período superior.

Noutros países em que o Grupo desenvolve a sua ati-vidade os prazos são diferentes, em regra superiores.

O Conselho de Administração entende que eventuais correções àquelas declarações em resultado de revi-sões/inspeções por parte das autoridades fiscais não terão efeitos materiais nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2017.

Estimativa de imposto do período das empresas não pertencentes ao Grupo

fiscal Semapa (Nota 25)

Estimativa de Imposto das empresas que integram o Grupo fiscal Semapa :

Período tributário de 1 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2017 (Nota 36)

Período tributário de 1 de julho de 2015 a 30 de junho de 2016 (*)

Período tributário de 1 de julho de 2016 a 31 de dezembro de 2016

IRC de exercícios anteriores

Excesso / (insuficiência) de estimativa de exercícios anteriores

6.175.879

2.360.608

-

-

(6.963.210)

(4.275)

1.569.002

5.980.085

-

366.248

493.185

(1.062.208)

630.024

6.407.334

Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016

(*) - O montante respeita apenas a 6 meses 1-jan-2016 a 30-jun-2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 88

A reconciliação da taxa efetiva de imposto nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é evidenciada conforme se segue:

(a) Este valor respeita essencialmente a:

Resultado antes de impostos

Imposto esperado

Diferenças permanentes (a)

Prejuízos fiscais recuperáveis de períodos anteriores

Prejuízos fiscais não recuperáveis

Diferenças de taxas de imposto

Benefícios fiscais

Liquidações adicionais de IRC

Retenção na fonte a título definitivo

Imposto relativo a períodos anteriores

Ajustamentos à coleta (b)

Taxa efetiva de imposto

Amortização e perdas por imparidade do goodwill

Efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial (Nota 28)

Mais / (menos) valias fiscais

(Mais) / menos valias contabilísticas

Benefícios fiscais (*)

Dividendos de empresas sediadas fora da U.E.

Aumento / (redução) de imparidades e provisões tributadas

Resultados intragrupo sujeitos a tributação

Reporte dos gastos de financiamento líquidos de períodos de tributação anteriores

Outros

Impacto fiscal (27,50%)

(27.266.725)

(7.498.349)

2.254.890

(6.246.250)

8.612.065

(3.612.949)

(6.680.083)

2.898.091

503.205

(7.470.690)

536.702

(16.703.368)

61,3%

33.406.717

(1.047.841)

(1.980.699)

(1.584.456)

(1.282.988)

1.970.000

334.828

(3.096.441)

(17.542.639)

(976.881)

8.199.600

2.254.890

(16.819.593)

(4.625.388)

(38.260.280)

(242.117)

37.852.108

4.516.926

(1.123.375)

(2.128.124)

791.493

(1.223.677)

588.466

(3.853.968)

22,9%

13.416.640

(1.380.062)

(148.351.761)

(638.631)

(935.801)

-

(6.039.092)

3.638.669

-

1.161.746

(139.128.292)

(38.260.280)

Valoresem Euros

Valoresem Euros

31/12/2017

31/12/2017

31/12/2016

31/12/2016

(*) - A rubrica “Benefícios fiscais” refere-se, essencialmente, a benefícios fiscais à exportação e investimento concedidos na Tunísia.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 89

(b) O montante mostrado na rubrica “Ajustamentos à coleta” respeita essencialmente à tributação autónoma no montante de Euros 1.202.783.

15.2_ Imposto diferido

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos nos ativos e passivos por impostos diferidos, são os seguintes:

Diferenças temporárias que originam ativos por impostos diferidos

Provisões e imparidades tributadas

Provisões para recuperação ambiental e paisagística

Prejuízos fiscais reportáveis

Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22)

Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22)

Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22)

Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22)

Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22)

Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22)

Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo

Justo valor apurado em combinações empresariais

Imparidades em ativos fixos

Amortizações de ativos intangíveis

Outras diferenças temporárias

Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos

Reavaliação de ativos fixos tangiveís

Justo valor apurado em combinações empresariais

Diferimento da tributação de mais-valias

Acréscimos de depreciações

Instrumentos financeiros

Excesso do fundo de pensões (Nota 22)

Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3)

Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota13)

Outras diferenças temporárias

Valores reflectidos no balanço

Ativos por impostos diferidos

Passivos por impostos diferidos

Valoresem Euros

Saldo inicial

AjustamentoCambial

25.784.522

3.006.290

57.504.185

43.711

56.452

323.572

58.038

4.603.190

71.885

2.312.212

1.734.023

5.160.988

-

9.866.308

110.525.376

(60.797.976)

(115.126.026)

(609.957)

(30.053.309)

1.914.564

(2.104.707)

(962.526)

(5.380.109)

(1.427.965)

(214.548.011)

32.906.720

(59.547.383)

(1.596.444)

(1.146)

(9.494.338)

(7.069)

-

-

(8.122)

-

-

(11.514)

(209.859)

-

-

(524.813)

(11.853.305)

7.706.236

13.438.378

-

5.026.735

(217.562)

-

2.198

-

90.225

26.046.210

(3.806.347)

7.548.274

31/12/2017

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 90

Capital próprio Transferências

Ativos detidospara venda

Resultados do período (Nota 15.1)

(8.072.831)

246.746

19.922.717

3.493

4.106

(20.206)

(22.703)

(575.457)

(25.712)

(263.697)

-

3.047.239

66.315.235

(496.634)

80.062.296

656.325

7.100.166

68.152

(8.935.928)

(422.360)

(40.841)

-

-

90.738

(1.483.748)

23.349.177

(2.178.716)

-

-

-

(9.589)

-

-

18.047

62.331

(723)

-

-

-

-

(1.096.137)

(1.026.071)

-

-

-

-

-

8.072

118.204

186.374

-

312.650

(283.142)

115.407

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

3.500.000

-

(3.500.000)

-

5.035

(5.035)

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(300.000)

-

-

(300.000)

-

(30.312)

-

-

-

-

-

-

-

(30.312)

(82.500)

(6.747)

16.115.247

3.251.890

67.932.564

30.546

60.558

303.366

45.260

4.090.064

45.450

2.037.001

1.524.164

11.408.227

66.315.235

4.248.724

177.408.296

(52.430.380)

(94.622.829)

(541.805)

(33.962.502)

1.274.642

(2.137.476)

(842.124)

(5.193.735)

(1.247.002)

(189.703.211)

52.083.908

(54.069.165)

31/12/2017

Saldo final

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 91

Diferenças temporárias que originam ativos por impostos diferidos

Provisões e imparidades tributadas

Provisões para recuperação ambiental e paisagística

Prejuízos fiscais reportáveis

Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22)

Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22)

Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22)

Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22)

Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22)

Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22)

em transacções intra-grupo

Justo valor apurado em combinações empresariais

Imparidades em ativos fixos

Outras diferenças temporárias

Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos

Reavaliação de ativos fixos tangiveís

Justo valor apurado em combinações empresariais

Diferimento da tributação de mais-valias

Acréscimos de amortizações

Instrumentos financeiros

Excesso do fundo de pensões (Nota 22)

Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3)

Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota13)

Outras diferenças temporárias

Valores reflectidos no balanço

Ativos por impostos diferidos

Passivos por impostos diferidos

Valoresem Euros

Saldo inicial

AjustamentoCambial

22.117.436

2.776.132

23.773.019

47.507

62.053

439.870

64.236

5.214.994

74.989

2.104.088

1.678.976

6.272.687

14.664.522

79.290.509

(50.201.175)

(126.156.588)

(689.367)

(15.376.633)

-

(1.827.903)

(822.960)

(7.552.930)

(2.656.722)

(205.284.278)

22.273.397

(55.077.076)

(80.617)

1.595

8.635.677

(3.855)

-

-

(4.683)

-

-

12.366

55.047

-

1.559.868

10.175.398

(11.111.474)

(1.003.787)

-

(3.505.534)

206.353

-

558

-

(323.790)

(15.737.674)

3.460.213

(5.618.370)

31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 92

Capital próprio Transferências

Variação do perimetro

Resultados do período (Nota 15.1)

3.135.749

228.563

24.973.420

6.574

(5.601)

(116.298)

(23.813)

(636.737)

(1.639)

195.758

-

(1.111.699)

(3.774.829)

22.869.448

514.673

12.059.626

79.410

(11.171.142)

3.207.985

(33.726)

-

-

(16.029)

4.640.797

7.537.385

595.793

-

-

-

(6.515)

-

-

22.298

24.933

(1.465)

-

-

-

(1.534.805)

(1.495.554)

-

-

-

-

(228.022)

(243.078)

(140.124)

2.172.821

-

1.561.597

(257.370)

454.940

611.954

-

122.069

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(1.048.448)

(314.425)

-

5.035

-

-

(1.271.752)

-

-

-

1.581.141

314.424

(106.905)

106.904

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(30.312)

-

-

-

-

-

-

-

(30.312)

-

(6.748)

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(12.565)

(12.565)

-

(6.748)

25.784.522

3.006.290

57.504.185

43.711

56.452

323.572

58.038

4.603.190

71.885

2.312.212

1.734.023

5.160.988

9.866.308

110.525.376

(60.797.976)

(115.126.026)

(609.957)

(30.053.309)

1.914.564

(2.104.707)

(962.526)

(5.380.109)

(1.427.965)

(214.548.011)

32.906.720

(59.547.383)

31/12/2016

Saldo finalAtivos detidos

para venda

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 93

Prejuízos fiscais reportáveis com imposto diferido ativo

São reconhecidos impostos diferidos ativos sobre prejuízos fiscais na medida em que seja provável a realização do respetivo benefício fiscal, através da existência de lucros tributáveis futuros. Os impostos diferidos ativos reconhecidos pelo Grupo referem-se a prejuízos fiscais que se espera virem a ser deduzidos aos lucros tributáveis futuros, conforme se segue:

Prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido ativo

Os prejuízos fiscais sobre os quais o Grupo conside-ra, nesta data, não existir a capacidade de dedução a lucros tributáveis futuros, e como tal sem imposto diferido ativo, detalham-se por ano de prescrição con-forme se segue:

Margem - Companhia de Mineração 67.932.564 não expira

Valoresem Euros 31/12/2017 Data limite

57.504.185

31/12/2016

Não tributadas pelo RETGS

ALLMA - Microalgas, Lda.

Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda.

I3 Participações e Serviços, Ltda.

Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda.

Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A.

Secil Angola, SARL

Secil Prébetão, S.A.

SPB - S.G.P.S., Lda.

Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.

Seciment Investments, B.V.

Silonor, S.A.

Soime, S.A.L.

Zarzis Béton

Sociedade de Inertes, Lda.

Secil Brasil Participações, S.A. (ex Nsospe, S.A.)

Supremo Cimentos, S.A.

Tributadas pelo RETGS

Allmicroalgae - Natural products, S.A.

Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.

Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.

Hewbol, S.G.P.S., Lda.

Secil Brands - Marketing, Publicidade, Gestão e Desenvolvimento de Marcas

Secil Britas, S.A.

Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda.

Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A.

Uniconcreto - Betão Pronto, S.A.

Total prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido

Valoresem Euros Total 2018

144.006

263.254

544.200

10.685

31.701

1.091.852

9.187.968

60.747

1.502.256

308.095

13.859.684

129.138

69.149

563.455

8.722.342

42.896.134

79.384.666

188.022

554.691

16.745.732

1.061.875

930.037

3.935.885

64.024

8.635.128

4.169.700

36.285.094

115.669.760

11.884

91.304

-

2.577

24.288

1.091.852

5.269.376

36.803

-

-

-

101.258

-

101.114

-

-

6.730.456

-

134.583

933.200

-

-

3.453.198

12.483

2.553.955

1.015.328

8.102.747

14.833.203

Page 94: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 20 17 · Apesar dos riscos, a instabilidade geopolítica pode também potenciar novas reformas ou uma reorienta- ... tes, permitiu que estas

Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 94

300

20.602

-

1.905

-

-

239.218

6.268

-

-

-

-

-

134.646

-

-

402.939

106.626

251.931

7.214.482

1.061.875

693.054

-

10.617

-

85.764

9.424.349

9.827.288

-

-

-

-

-

-

-

-

1.259.586

-

-

27.880

-

125.016

-

-

1.412.482

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1.412.482

-

-

-

-

-

-

-

-

242.670

-

-

-

-

-

-

-

242.670

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

242.670

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

202.679

-

-

202.679

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

202.679

131.822

151.348

544.200

6.203

7.413

-

3.679.374

17.676

-

308.095

13.859.684

-

69.149

-

8.722.342

42.896.134

70.393.440

81.396

168.177

8.598.050

-

236.983

482.687

40.924

6.081.173

3.068.608

18.757.998

89.151.438

2023 e posteriores2020 2021 20222019

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 95

16OUTROS INVESTIMENTOS E ATIVOSFINANCEIROS

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, as rubricas “Outros investimentos financeiros” e “Outros ativos financeiros”, líquidas de perdas acumuladas por im-paridade, decompõem-se conforme se segue:

Outros investimentos financeiros - não corrente:

Adiantamentos para investimentos financeiros

Outros investimentos financeiros

Outros ativos financeiros - não corrente:

Obrigações do tesouro

Outros ativos financeiros

Instrumentos financeiros derivados (Nota 38)

Outros ativos financeiros - corrente:

Outros - Partes relacionadas (Notas 36 e 37.2)

Instrumentos financeiros derivados (Nota 38)

Valoresem Euros

Quantia bruta

Imparidade acumulada

Quantia escriturada

líquida

3.300.000

271.326

3.571.326

-

175.669

14.623

190.292

3.761.618

927.194

927.194

-

(44.806)

(44.806)

-

(117.211)

-

(117.211)

(162.017)

-

-

3.300.000

226.520

3.526.520

-

58.458

14.623

73.081

3.599.601

927.194

927.194

3.150.000

308.665

3.458.665

548.434

187.903

41.090

777.427

4.236.092

-

-

-

(37.149)

(37.149)

-

(117.211)

-

(117.211)

(154.360)

-

-

3.150.000

271.516

3.421.516

548.434

70.692

41.090

660.216

4.081.732

-

-

31/12/201631/12/2017

Quantia bruta

Imparidade acumulada

Quantia escriturada

líquida

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 96

Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, nas perdas acumuladas por imparidade são conforme se segue:

Saldo inicial

Variação de perímetro

Aumentos

Ajustamento cambial

Transferências

Saldo final

154.360

-

-

(6.593)

14.250

162.017

99.539

4.075

54.292

(3.546)

-

154.360

Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 97

17INVENTÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os inventá-rios, líquidos de perdas acumuladas por imparidade, apresentam a seguinte composição:

Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo

Produtos e trabalhos em curso

Produtos acabados e intermédios

Mercadorias

Adiantamento por conta de compras

Valoresem Euros

Quantia bruta

Imparidade acumulada

Quantia líquida

71.075.879

3.006.296

24.766.682

7.025.973

3.116

105.877.946

(9.102.271)

-

(4.731.799)

(119.743)

-

(13.953.813)

61.973.608

3.006.296

20.034.883

6.906.230

3.116

91.924.133

77.165.893

2.264.216

27.018.381

6.431.475

176.941

113.056.906

(9.665.106)

-

(4.690.877)

(142.608)

-

(14.498.591)

67.500.787

2.264.216

22.327.504

6.288.867

176.941

98.558.315

31/12/201631/12/2017

Quantia bruta

Imparidade acumulada

Quantia líquida

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 98

Os aumentos e reposições, no montante liquido de Eu-ros 830.953 (aumento) e Euros 119.161 (reposição) em 31 de dezembro de 2017 e 2016 respetivamente, foram reconhecidos na demonstração dos resultados na ru-brica “Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões)”

Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, nas perdas acumuladas por imparidades em inventários são conforme se segue:

Saldo inicial

Variação de perímetro

Aumentos

Reposições

Utilizações

Ajustamento cambial

Saldo final

14.498.591

-

1.587.885

(756.932)

(7.892)

(1.367.839)

13.953.813

14.533.521

316.008

913.644

(1.032.805)

(8.746)

(223.031)

14.498.591

Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 99

18ATIVOS FINANCEIROS

18.1_ Categorias de ativos financeiros

As categorias de ativos financeiros, líquidas de perdas acumuladas por imparidade, em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são detalhadas conforme se segue:

18.2_ Ativos financeiros - clientes

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Clien-tes”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, apresenta a seguinte composição:

Disponibilidades (Nota 4):

Numerário

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis

Outras aplicações de tesouraria

Ativos financeiros ao custo:

Clientes (Nota 18.2)

Créditos a receber - corrente (Nota 18.3)

Créditos a receber - não corrente (Nota 18.3)

Clientes

Clientes - Partes relacionadas (Nota 36)

Valoresem Euros

Valoresem Euros

Quantia bruta

Quantia bruta

Imparidade acumulada

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Quantia líquida

Quantia escriturada

líquida

536.329

115.092.410

1.777.405

117.406.144

88.556.457

24.862.435

4.487.150

117.906.042

235.312.186

88.475.158

81.299

88.556.457

-

-

-

-

(27.332.632)

(6.489.512)

(1.855.975)

(35.678.119)

(35.678.119)

(27.332.632)

-

(27.332.632)

536.329

115.092.410

1.777.405

117.406.144

61.223.825

18.372.923

2.631.175

82.227.923

199.634.067

61.142.526

81.299

61.223.825

573.338

115.563.583

-

116.136.921

83.981.362

25.594.826

4.551.346

114.127.534

230.264.455

83.717.018

264.344

83.981.362

-

-

-

-

(27.439.533)

(6.262.258)

(1.855.975)

(35.557.766)

(35.557.766)

(27.439.533)

-

(27.439.533)

573.338

115.563.583

-

116.136.921

56.541.829

19.332.568

2.695.371

78.569.768

194.706.689

56.277.485

264.344

56.541.829

31/12/2016

31/12/2016

31/12/2017

31/12/2017

Quantia bruta

Quantia bruta

Imparidade acumulada

Quantia líquida

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Quantia escriturada

líquida

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 100

18.3_ Ativos financeiros – outros créditos a receber

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Outros créditos a receber - corrente”, líquida de perdas acumu-ladas por imparidade apresenta a seguinte composição:

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Outros créditos a receber - não corrente”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte com-posição:

Outros devedores

Adiantamentos a fornecedores

Partes relacionadas - outras operações (Nota 36)

Outros

Devedores por acréscimos de rendimentos

Juros a receber

Partes relacionadas (Nota 36)

Outros

Outros devedores

Cauções prestadas a favor de terceiros

Outros

Valoresem Euros

Valoresem Euros

Quantia bruta

Quantia bruta

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Quantia escriturada

líquida

Quantia escriturada

líquida

1.733.128

4.556.253

18.067.774

24.357.155

247.757

-

257.523

505.280

24.862.435

1.466.552

3.020.598

4.487.150

-

-

(6.489.512)

(6.489.512)

-

-

-

-

(6.489.512)

-

(1.855.975)

(1.855.975)

1.733.128

4.556.253

11.578.262

17.867.643

247.757

-

257.523

505.280

18.372.923

1.466.552

1.164.623

2.631.175

1.859.925

4.344.111

17.848.478

24.052.514

531.677

401.723

608.912

1.542.312

25.594.826

1.782.863

2.768.483

4.551.346

-

-

(6.262.258)

(6.262.258)

-

-

-

-

(6.262.258)

-

(1.855.975)

(1.855.975)

1.859.925

4.344.111

11.586.220

17.790.256

531.677

401.723

608.912

1.542.312

19.332.568

1.782.863

912.508

2.695.371

31/12/2016

31/12/2016

31/12/2017

31/12/2017

Quantia bruta

Quantia bruta

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Quantia escriturada

líquida

Quantia escriturada

líquida

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a antiguidade do saldo da rubrica “Clientes”, líquida de perdas acumu-ladas por imparidade, é detalhada conforme se segue:

Não vencido

Vencido:

0-30 dias

0-90 dias

90-180 dias

180-360 dias

> 360 dias

Valoresem Euros

Quantia bruta

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Quantia escriturada

líquida

43.604.011

-

11.959.158

4.106.688

2.048.323

26.838.277

88.556.457

(64.002)

-

(541)

(208.130)

(764.275)

(26.295.684)

(27.332.632)

43.540.009

-

11.958.617

3.898.558

1.284.048

542.593

61.223.825

37.979.755

-

15.252.670

2.150.424

1.157.084

27.441.429

83.981.362

(212.159)

-

(110.962)

(286.176)

(614.380)

(26.215.856)

(27.439.533)

37.767.596

-

15.141.708

1.864.248

542.704

1.225.573

56.541.829

31/12/201631/12/2017

Quantia bruta

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Quantia escriturada

líquida

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 101

18.4_ Imparidade de dívidas a receber

Os movimentos ocorridos nas perdas acumuladas por imparidade de dívidas a receber, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, são conforme se segue:

Os aumentos e reposições, no montante de Euros 2.013.380 (Euros 2.213.750 em 2016) e Euros 1.131.490 (Euros 4.031.475 em 2016), respetivamente, foram reco-nhecidos pelo líquido na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber (perdas)/ reversões)”.

Saldo inicial

Aumentos

Reposições

Utilizações

Ajustamento cambial

Saldo final

Saldo inicial

Variação de perímetro

Aumentos

Reposições

Utilizações

Ajustamento cambial

Saldo final

Valoresem Euros

Valoresem Euros

OutrosDevedores

Não correntes(Nota 18.3)

Clientes(Nota 18.2)

Partesrelacionadas(Nota 18.3)

1.855.975

-

-

-

-

1.855.975

27.439.533

1.729.600

(1.105.573)

(48.785)

(682.143)

27.332.632

1.994.310

-

235.000

(2.229.310)

-

-

-

6.262.258

283.779

(25.917)

-

(30.608)

6.489.512

6.321.489

-

41.649

(47.613)

(43.971)

(9.296)

6.262.258

35.557.766

2.013.380

(1.131.490)

(48.785)

(712.751)

35.678.119

36.418.283

1.542.974

2.213.750

(4.031.475)

(371.787)

(213.979)

35.557.766

31/12/2017

31/12/2016

Total

Total

OutrosDevedores

Não correntes(Nota 18.3)

OutrosDevedores

Não correntes(Nota 18.3)

OutrosDevedores

Não correntes(Nota 18.3)

Clientes(Nota 18.2)

1.855.975

-

-

-

-

-

1.855.975

26.246.509

1.542.974

1.937.101

(1.754.552)

(327.816)

(204.683)

27.439.533

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 102

19ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Em 30 de junho de 2011 a Secil adquiriu a totalidade do capital social da sociedade Uniconcreto – Betão Pronto, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Be-tões, S.A.) e das suas subsidiárias Eurobetão – Betão Pronto, S.A. (incorporada por fusão na Unibetão, em 2014) e Lusoinertes, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Agregados Unipessoal, Lda.). Estas socie-dades operam no mercado de betões e agregados e detinham à data da compra vinte e seis centrais de betão e quatro explorações de agregados.

No âmbito desta compra, a decisão de alienar os ativos e passivos, apresentados como ativos não correntes detidos para venda, decorre da imposição colocada por parte da Autoridade da Concorrência, bem como da posterior avaliação interna efetuada pelo Grupo.

Em dezembro de 2017, foram reconhecidos em ati-vos não correntes detidos para venda, equipamentos industriais (ensacadora e paletizadora) adquiridos à Massa Insolvente de CNE – Cimentos Nacionais ou Estrangeiros, S.A. no período de 2016.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 103

No período findo em 31 de dezembro de 2017 e 2016 os ativos e passivos diretamente associados a ativos não correntes detidos para venda detalham-se como se segue:

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os ativos apre-sentados como não correntes detidos para venda correspondem às centrais de betão cuja imposição de venda foi colocada pela Autoridade da Concor-rência, Euros 1.032.456 (Euros 1.036.774 em 2016) e a equipamentos industriais (Euros 850.000) adquiridos à Massa Insolvente de CNE – Cimentos Nacionais ou Estrangeiros, S.A..

ATIVO

Ativos fixos tangíveis

Activos por impostos diferidos

PASSIVO

Passivos por impostos diferidos

1.882.456

82.500

1.964.956

64.482

64.482

1.900.474

1.036.774

-

1.036.774

71.229

71.229

965.545

Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 104

20CAPITAL PRÓPRIO

20.1_ Capital subscrito, ações próprias e outros instrumentos de capital próprio

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o capital social da Secil, encontra-se totalmente realizado, sendo repre-sentado por 52.920.000 ações com o valor nominal de Euros 5.

As pessoas coletivas que detém posições relevantes no capital social da sociedade em 31 de dezembro de 2017 e 2016 detalham-se conforme se segue:

As ações próprias evidenciadas nas demonstrações fi-nanceiras consolidadas do Grupo em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são detidas pelas seguintes sociedades:

Semapa, S.G.P.S., S.A.

Longapar, S.G.P.S., S.A.

Ações próprias

31/12/2017 31/12/2016 31/12/2017 31/12/2016

48.734.540

1.000

4.184.460

52.920.000

48.734.540

1.000

4.184.460

52.920.000

92,09%

0,00%

7,91%

100,00%

92,09%

0,00%

7,91%

100,00%

% do capital detidaNº ações

Nº ações

Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.

Hewbol, S.G.P.S., S.A.

4.184.460

-

4.184.460

3.818.360

366.100

4.184.460

31/12/2017 31/12/2016

Nome

Valoresem Euros

Ações próprias

Valoresem Euros

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 105

A sociedade Hewbol, S.G.P.S, Lda. é uma empresa subsidiária do Grupo Secil pelo que as 366.100 ações por si detidas, no período findo em 31 de dezembro de 2016, encontravam-se evidenciadas como ações próprias nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo.

Por deliberação da Assembleia Geral da Secil, realizada em 31 de julho de 2017, a Secil procedeu à aquisição de 366.100 acções próprias à sociedade Hewbol, S.G.P.S, Lda..

No exercício de 2016, a acionista Semapa – Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. realizou pres-tações acessórias pecuniárias no montante de Euros 140.000.000. Estas prestações de capital não podem ser reembolsadas se após essa operação os capitais próprios se tornarem inferiores à soma do capital so-cial e da reserva legal.

20.2_ Reservas legais

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Reserva legais” ascende a Euros 40.680.725.

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital.

Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da sociedade poderá contudo, ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

20.3_ Outras reservas

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Outras reservas” decompõe-se como se segue:

Saldo inicial

Transferência de outras reservas para resultados transitados

Saldo final

41.312.243

(22.274.750)

19.037.493

54.519.442

(13.207.199)

41.312.243

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

Por deliberação da Assembleia Geral da Secil, realizada em 23 de maio de 2017, procedeu-se à transferên-cia do montante de Euros 22.274.750 para a rubrica de “Resultados transitados” para cobertura de perdas acumuladas.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 106

20.4_ Excedente de revalorização

O movimento do excedente de revalorização nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foi conforme se segue:

O montante de Euros 14.011.358 não se encontra dis-ponível para distribuir aos acionistas do Grupo.

20.5_ Outras variações no capital próprio

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Ou-tras variações no capital próprio” apresenta a seguinte composição:

Saldo inicial

Excedente realizado no período

Imposto diferido no período

Saldo final

Diferenças de conversão de demonstrações financeiras

Desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais

Impostos diferidos - desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais

Subsídios ao investimento

Impostos diferidos - subsídios ao investimento

Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa

Impostos diferidos - subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa

Reserva de justo valor de derivados de cobertura

Impostos diferidos - reserva de justo valor de derivados de cobertura

Justo valor em associadas

Transações de capital próprio

14.027.936

(20.927)

4.349

14.011.358

(131.707.893)

1.029.317

(426.274)

824.343

(214.078)

5.187.493

(1.324.117)

2.889.675

(640.058)

109.780

(3.879.966)

(128.151.778)

14.050.127

(25.566)

3.375

14.027.936

(71.068.621)

1.107.183

(451.589)

942.780

(244.728)

5.373.869

(1.402.190)

1.780.670

(335.081)

105.165

(3.553.141)

(67.745.683)

Valores em Euros

Valores em Euros

31/12/2017

31/12/2017

31/12/2016

31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 107

20.5.1_ Diferenças de conversão de demonstrações financeiras

O montante de Euros 131.707.893, respeita ao valor apropriado pelos detentores do capital da empresa--mãe das diferenças cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras das sociedades, goo-dwill e empréstimos que qualificam como extensões do investimento líquido, essencialmente na Tunísia, Brasil, Líbano e Angola, sendo o movimento nos pe-ríodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 detalhado como se segue:

Société des Ciments de Gabés e subsidiárias:

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão do goodwill (Nota 9)

Secil Angola, S.A.R.L.:

Conversão das demonstrações financeiras

Extensão do investimento líquido

Conversão do goodwill

Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:

Conversão das demonstrações financeiras

Ciment de Sibline, SAL:

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão do goodwill (Nota 9)

I3 Participações e Serviços, Ltda.

Conversão das demonstrações financeiras

Supremo Cimentos, S.A.

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão do goodwill (Nota 9)

Secil Brasil Participaçõs S/A

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão do goodwill (Nota 9)

Sociedade de Inertes, Lda.

Conversão das demonstrações financeiras

Valoresem Euros Aumentos DiminuiçõesSaldo inicial

(63.312.144)

(28.810.276)

2.130.771

9.395.399

(21.517)

(2.889.412)

9.611.307

2.654.217

(71.312)

(5.240.875)

420.682

4.864.697

196.306

3.536

(71.068.621)

-

-

-

-

-

1.471.930

-

-

-

-

-

1.369.462

-

-

2.841.392

(10.006.187)

(4.599.875)

(106.121)

(5.458.588)

-

-

(8.776.630)

(1.527.497)

(5.283)

(23.322.345)

(5.831.281)

-

(3.819.597)

(27.260)

(63.480.664)

(73.318.331)

(33.410.151)

2.024.650

3.936.811

(21.517)

(1.417.482)

834.677

1.126.720

(76.595)

(28.563.220)

(5.410.599)

6.234.159

(3.623.291)

(23.724)

(131.707.893)

31 de dezembro de 2017

Saldo final

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 108

Société des Ciments de Gabés e subsidiárias:

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão do goodwill (Nota 9)

Secil Angola, S.A.R.L.:

Conversão das demonstrações financeiras

Extensão do investimento líquido

Conversão do goodwill (Nota 9)

Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:

Conversão das demonstrações financeiras

Ciment de Sibline, SAL:

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão do goodwill (Nota 9)

I3 Participações e Serviços, Ltda.

Conversão das demonstrações financeiras

Supremo Cimentos, S.A.

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão do goodwill (Nota 9)

Secil Brasil Participaçõs S/A

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão do goodwill (Nota 9)

Sociedade de Inertes, Lda.

Conversão das demonstrações financeiras

Valoresem Euros Aumentos DiminuiçõesSaldo inicial

(57.719.836)

(26.247.720)

1.945.004

7.962.520

(21.517)

(2.603.061)

7.645.336

2.255.765

(76.591)

(42.737.817)

(11.594.901)

11.723.792

(5.410.590)

(20.256)

(114.899.872)

-

-

185.767

1.432.879

-

-

1.965.971

398.452

5.279

37.496.942

12.015.583

-

5.606.896

23.792

59.131.561

(5.592.308)

(2.562.556)

-

-

-

(286.351)

-

-

-

-

-

(6.859.095)

-

-

(15.300.310)

(63.312.144)

(28.810.276)

2.130.771

9.395.399

(21.517)

(2.889.412)

9.611.307

2.654.217

(71.312)

(5.240.875)

420.682

4.864.697

196.306

3.536

(71.068.621)

31 de dezembro de 2016

Saldo final

20.5.2_ Desvios e alterações de pressupostos atuariais

O movimento dos desvios e alterações de pressupos-tos atuariais nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, repartido entre Grupo e interesses que não controlam, decompõe-se como segue:

Saldo inicial

Movimento no período (Nota 22.2)

Saldo final

Valoresem Euros

Detentores do capital da empresa-mãe

Detentores do capital da empresa-mãe

Interesses que não

controlam

Interesses que não

controlamTotal Total

1.107.183

(77.866)

1.029.317

301.508

80

301.588

1.408.691

(77.786)

1.330.905

903.816

203.367

1.107.183

301.050

458

301.508

1.204.866

203.825

1.408.691

31/12/201631/12/2017

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 109

20.5.3_ Subsídios do governo

Subsídios ao investimento

Os movimentos ocorridos nos subsídios ao investi-mento nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são conforme se segue:

Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa

Os movimentos dos subsídios relativos a licenças de emissão de gases com efeito de estufa nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são con-forme se segue:

Saldo inicial

Ajustamento cambial

Subsídios recebidos no período

Subsídios reconhecidos nos resultados (Nota 31)

Saldo final

Subsídios ao investimento repartidos em:

Detentores do capital da empresa-mãe

Interesses que não controlam

Saldo inicial

Licenças atribuídas no período (Nota 13)

Subsídio reconhecido nos resultados do período (Nota 31)

Licenças alienadas no período (Nota 13)

Saldo final

962.526

(2.198)

5.665

(123.869)

842.124

824.343

17.781

842.124

5.373.869

10.533.837

(8.222.549)

(2.497.665)

5.187.492

822.960

(558)

2.666.432

(2.526.308)

962.526

942.780

19.746

962.526

7.546.690

10.928.249

(8.603.070)

(4.498.000)

5.373.869

Valores em Euros

Valores em Euros

31/12/2017

31/12/2017

31/12/2016

31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 110

20.5.4_ Reserva de justo valor de derivados de cobertura

Os movimentos ocorridos na reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 38) nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são conforme se segue:

20.6_ Aplicação do resultado do período anterior

Por deliberação da Assembleia Geral da Secil realizada em 23 de maio de 2017, o resultado líquido negativo no montante de Euros 22.274.750, do período findo em 31 de dezembro de 2016, foi transferido para a rubrica de “Resultados transitados”.

20.7_ Proposta de aplicação de resultados

Para o resultado líquido negativo do período de 2017, no montante de Euros 20.629.181, o Conselho de Ad-ministração da Sociedade propõe a sua transferência para a rubrica “Resultados transitados”.

Saldo inicial

Aumentos de justo valor (Nota 38)

Saldo final

1.780.670

1.109.005

2.889.675

17.843

1.762.827

1.780.670

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 111

21PROVISÕES

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, realizaram-se os seguintes movimen-tos nas rubricas de provisões:

A redução, no montante de Euros 174.732 (redução de Euros 3.279.036 em 2016), registado na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões”, inclui:

(i) o aumento de Euros 5.646.896 (Euros 8.552.536 em 2016);

(ii) o total das reposições de Euros 5.821.628 (Euros 11.831.572 em 2016).

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Aumentos

Desconto financeiro (Nota 34)

Utilizações

Reposições

Ajustamento cambial

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Aumentos

Desconto financeiro (Nota 34)

Utilizações

Reposições

Transferências

Ajustamento cambial

Saldo em 31 de dezembro de 2017

22.643.220

8.552.020

-

3.445.618

(11.674.274)

364.490

23.331.074

5.634.539

-

(6.743.671)

(5.664.038)

-

(1.209.928)

15.347.976

7.144.503

516

289.488

(19.814)

(157.298)

1.595

7.258.990

12.357

283.585

(5.310)

(157.590)

135.311

(1.146)

7.526.197

29.787.723

8.552.536

289.488

3.425.804

(11.831.572)

366.085

30.590.064

5.646.896

283.585

(6.748.981)

(5.821.628)

135.311

(1.211.074)

22.874.173

Valores em Euros Outras

Recuperaçãoambiental Total

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 112

22BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

Conforme referido nas Notas 3.15 e 3.16 o Grupo atri-bui aos seus trabalhadores e seus familiares diversos benefícios pós emprego e outros benefícios a longo prazo.

A evolução das responsabilidades assumidas, refletidas no balanço consolidado em 31 de dezembro de 2017 e 2016, são conforme se segue:

Benefícios pós-emprego - contribuição definida

Contribuições efetuadas

Conta “Reserva”

Benefícios pós-emprego - benefícios definidos

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

Insuficiência/ (excesso) dos fundos

Responsabilidades por morte e subsídios de reforma

Responsabilidades por assistência na doença

Benefícios a longo prazo

Responsabilidades por prémios de antiguidade

Responsabilidades por subsídios por morte

Valoresem Euros Saldo inicial

“Gastos com o pessoal (Nota 30)”

(Rendimentos) / Gastos

financeiros

-

(656.487)

(656.487)

4.603.190

(2.046.669)

43.711

71.885

2.672.117

323.572

56.452

380.024

2.395.654

1.198.850

-

1.198.850

85.104

(31.453)

6.076

(23.053)

36.674

102.770

4.106

106.876

1.342.400

-

(7.954)

(7.954)

-

-

-

-

-

-

-

-

(7.954)

-

-

-

62.331

26.119

(9.941)

(723)

77.786

-

-

-

77.786

Resultados do período

Acréscimo / (redução) de responsabilidades

31 de dezembro de 2017

Outras variações no capital

próprio

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 113

-

-

-

-

(8.122)

(7.335)

-

(15.457)

-

-

-

(15.457)

(1.198.850)

18.153

(1.180.697)

(660.559)

-

-

(2.659)

(663.218)

(122.976)

-

(122.976)

(1.966.891)

-

-

-

-

(31.690)

-

-

(31.690)

-

-

-

(31.690)

-

-

-

-

(400)

-

-

(400)

-

-

-

(400)

-

(646.288)

(646.288)

4.090.066

(2.092.215)

32.511

45.450

2.075.812

303.366

60.558

363.924

1.793.448

Variação cambial

Pagamentos efetuados

Prémios pagos / resgates

Dotações para os fundos Saldo final

31 de dezembro de 2017

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 114

Benefícios pós-emprego - contribuição definida

Contribuições efetuadas

Conta “Reserva”

Benefícios pós-emprego - benefícios definidos

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

Insuficiência/ (excesso) dos fundos

Responsabilidades por morte e subsídios de reforma

Responsabilidades por assistência na doença

Benefícios a longo prazo

Responsabilidades por prémios de antiguidade

Responsabilidades por subsídios por morte

Valoresem Euros Saldo inicial

Gastos com o pessoal (Nota 30)

(Rendimentos) / Gastos

financeiros

-

(704.608)

(704.608)

5.214.994

(1.763.667)

47.507

74.989

3.573.823

439.870

62.053

501.923

3.371.138

1.179.782

-

1.179.782

96.643

(22.338)

6.574

989

81.868

47.940

(5.601)

42.339

1.303.989

-

(10.990)

(10.990)

-

-

-

-

-

-

-

-

(10.990)

-

-

-

24.933

(220.780)

(6.515)

(1.463)

(203.825)

-

-

-

(203.825)

Resultados do período

Acréscimo / (redução) de responsabilidades

31 de dezembro de 2016

Outras variações no capital

próprio

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 115

-

-

-

-

(4.683)

(3.855)

-

(8.538)

-

-

-

(8.538)

(1.179.782)

59.111

(1.120.671)

(733.380)

-

-

(2.630)

(736.010)

(164.238)

-

(164.238)

(2.020.919)

-

-

-

-

(35.201)

-

-

(35.201)

-

-

-

(35.201)

-

(656.487)

(656.487)

4.603.190

(2.046.669)

43.711

71.885

2.672.117

323.572

56.452

380.024

2.395.654

Variação cambial

Pagamentos efetuados

Prémios pagos / resgates Saldo final

31 de dezembro de 2016

Em 2010, foi alterado o contrato constitutivo do Fundo de Pensões Secil, que passou a designar-se por Fundo de Pensões do Grupo Secil, substituindo integralmente o anterior contrato e produzindo efeitos a 1 de janeiro desse mesmo ano.

São associadas do Fundo, a Secil e as suas subsidiárias:

(i) CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A. e Unibetão – Industrias de Betão Preparado, S.A., que integraram (e extinguiram simultaneamente) os seus Fundos de Pensões no Fundo de Pensões do Grupo Secil;

(ii) Cimentos Madeira, Lda., que integrou (e extinguiu simultaneamente) a sua apólice de seguro no Fundo de Pensões do Grupo Secil;

(iii) Secil Britas, S.A, Beto Madeira, S.A. e Brimade, S.A..

A Cimentos Madeira alterou, com efeitos a 1 de ja-neiro de 2012, para contribuição definida o plano de benefícios definidos que assegurava diretamente aos seus empregados a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência.

O património líquido positivo resultante da tran-sição dos trabalhadores no ativo da Cimentos Madeira do plano de benefício definido para o plano de contribuição definida, após a transferência das res-ponsabilidades por serviços passados financiadas com referência a 31 de dezembro de 2011 e garantindo o fi-nanciamento das responsabilidades com reformados e pensionista a cargo do Plano de Pensões de Benefício Definido foi transferido para a Conta Reserva da respe-

tiva subsidiária e afeto ao Plano de Contribuição Definida.

O Fundo de Pensões do Grupo Secil é o suporte finan-ceiro para o pagamento dos benefícios previstos nos Planos de Pensões de cada associada (agora geridos conjuntamente) que se encontram descritos nas Notas 22.1 e 22.2.

22.1_ Benefícios pós-emprego – Planos de con-tribuição definida

Os Planos de Pensões de Contribuição Definida ge-ridos pelo Fundo de Pensões do Grupo Secil são financiados pelas associadas e pelos participantes contribuintes e são os seguintes:

(i) Planos Secil e CMP, incluem todos os trabalhadores que à data de 31 de dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encontra-vam abrangidos pelo plano de benefícios definidos em vigor nas empresas) e que tenham optado pela transição para estes Planos e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de janeiro de 2010, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(ii) Plano Unibetão, inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de dezembro de 2009 tinham um con-trato de trabalho sem termo, celebrado ao abrigo do CCT celebrado entre a APEB e a FETESE e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de janeiro de 2010, com ex-ceção dos trabalhadores da Unibetão que estejam abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB e a FE-VICCOM, os quais continuam a beneficiar do Plano de benefício definido, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 116

(iii) Plano Beto Madeira inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de dezembro de 2010 tinham um contrato de trabalho sem termo e estavam abrangi-dos pelo CCT celebrado entre a APEB – Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto e a FE-TESE – Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros;

(iv) Plano Secil Britas, inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo e a todos os tra-balhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de janeiro de 2010, sen-do também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(v) Plano Cimentos Madeira inclui todos os tra-balhadores que à data de 1 de janeiro de 2012 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encon-travam abrangidos pelo plano de benefícios definidos em vigor na empresa) e todos os empregados admit-idos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir dessa data, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(vi) Plano Brimade inclui todos os trabalhadores que tinham à data de 1 de julho de 2012 um contrato de trabalho sem termo e todos os trabalhadores que venham a ser admitidos ao serviço após essa data.

22.2_ Benefícios pós-emprego – Planos de benefícios definidos

Os gastos suportados com os planos de benefícios definidos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, são os seguintes:

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

Responsabilidades por pensões com fundo autónomo

Responsabilidades por subsídios de reforma

Responsabilidades por assistência na doença

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

Responsabilidades por pensões com fundo autónomo

Responsabilidades por morte e subsídios de reforma

Responsabilidades por assistência na doença

Valoresem Euros

Valoresem Euros

Custo dos juros

Custo dos juros

Retornoesperado dos

ativos do plano

Retornoesperado dos

ativos do plano

Serviços correntes

Serviços correntes

-

7.453

3.063

1.092

11.608

-

10.489

3.202

-

13.691

85.104

397.585

3.013

-

485.702

96.643

434.404

3.372

989

535.408

-

(436.491)

-

-

(436.491)

-

(467.231)

-

-

(467.231)

85.104

(31.453)

6.076

(23.053)

36.674

96.643

(22.338)

6.574

989

81.868

31 de dezembro de 2017

31 de dezembro de 2016

Total de gastos com o pessoal

(Nota 30)

Total de gastos com o pessoal

(Nota 30)

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 117

Os ganhos e perdas reconhecidos diretamente nos ca-pitais próprios nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, são como segue:

Os gastos apresentados correspondem aos planos de benefícios definidos existentes no universo de empre-sas que constituem o Grupo os quais seguidamente se descrevem.

22.2.1_ Caracterização dos planos de benefícios definidos

Planos de benefícios definidos com fundos geridos por terceiras entidades

Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência e subsídio de reforma

A Secil e as suas subsidiárias:

(i) CMP- Cimentos Maceira e Pataias, S.A.;

(ii) Unibetão- Industrias de Betão Preparado, S.A.;

(iii) Cimentos Madeira, Lda.;

(iv) Betomadeira – Betões e Britas da Madeira, S.A.;

(v) Societé des Ciments de Gabès;

Assumiram o compromisso de pagar aos seus empre-gados prestações pecuniárias a título de complementos

de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada, pensões de sobrevivência ou subsídios de reforma.

As responsabilidades derivadas destes planos são as-seguradas por fundos autónomos, administrados por terceiros ou cobertas por apólices de seguro.

Estes planos são avaliados semestralmente, às datas dos fechos intercalar e anuais das demonstrações financeiras, por entidades especializadas e indepen-dentes, utilizando o método de crédito da unidade projetada.

Planos de benefícios definidos a cargo do Grupo

Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência

As responsabilidades decorrentes dos reformados da Secil, à data de constituição do Fundo de Pensões, 31 de dezembro de 1987, são asseguradas diretamente pela Secil. De igual forma, as responsabilidades as-sumidas pela subsidiária Secil Martingança, S.A. são asseguradas diretamente pela empresa.

Em 26 de junho de 2012, as responsabilidades a cargo da Cimentos Madeira, Lda. e Beto Madeira- Betões e Britas da Madeira, S.A. relativas a todos os reforma-dos e pensionistas que se encontravam a receber uma

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

Responsabilidades por pensões com fundo autónomo

Responsabilidades por subsídios de reforma

Responsabilidades por assistência na doença

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

Responsabilidades por pensões com fundo autónomo

Responsabilidades por subsídios de reforma

Responsabilidades por assistência na doença

Valoresem Euros

Valoresem Euros

Ativos planoest. vs real

Total(Nota 20.5.2)

Outrosdesvios

(62.331)

(280.159)

9.941

723

(331.826)

(24.933)

(96.835)

6.515

1.463

(113.790)

-

254.040

-

-

254.040

-

317.615

-

-

317.615

(62.331)

(26.119)

9.941

723

(77.786)

(24.933)

220.780

6.515

1.463

203.825

17.108

10.746

(2.397)

(156)

25.301

7.069

(57.171)

(1.339)

(316)

(51.757)

(45.223)

(15.373)

7.544

567

(52.485)

(17.864)

163.609

5.176

1.147

152.068

Ganhos e perdas atuariais

31 de dezembro de 2017

Imposto diferido Valor líquido

Ativos planoest. vs real

Total(Nota 20.5.2)

Outrosdesvios

Ganhos e perdas atuariais

31 de dezembro de 2016

Imposto diferido Valor líquido

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 118

pensão, foram transferidas para o Plano de Pensões de Benefícios Definidos da Cimentos Madeira o qual integrou o Fundo de Pensões do Grupo Secil.

Estes planos são igualmente avaliados semestralmen-te, por entidades independentes, utilizando o método de cálculo dos capitais de cobertura correspondentes aos prémios únicos das rendas vitalícias imediatas, na avaliação das responsabilidades com atuais pensionis-tas e o método de crédito da unidade projetada, na avaliação das responsabilidades com ativos.

Responsabilidades por assistência na doença

A subsidiária Cimentos Madeira, Lda. mantêm com os seus reformados regimes de assistência na doença, de natureza supletiva relativamente aos serviços oficiais de saúde, através de um seguro contratado.

Responsabilidades por benefícios por subsídio de reforma

A subsidiária do Grupo Societé des Ciments de Gabès (Tunísia) assumiu com os seus trabalhadores a respon-sabilidade pelo pagamento de um subsídio de reforma por velhice e por invalidez com base no Acordo Cole-tivo de Trabalho, artigo 52, que representa: (i) 2 meses do último salário, se o trabalhador tem menos de 30 anos ao serviço da empresa e (ii) 3 meses do último salário, se o trabalhador tem 30 anos ou mais ao ser-viço da empresa.

22.2.2_ Responsabilidades e movimentos ocorridos no período comparativamente com o período anterior

Pressupostos utilizados na avaliação das responsab-ilidades

Os estudos atuariais efetuados por entidades inde-pendentes, com referência a 31 de dezembro de 2017 e 2016, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades por serviços passados, tiveram por base os seguintes pressupostos:

Fórmula de Benefícios da Segurança Social

Tabelas de invalidez

Tabelas de mortalidade

Taxa de crescimento salarial

Taxa de juro técnica

Taxa de crescimento das pensões

Taxa de crescimento das despesas de saúde

Decreto-Lei nº 187/2007

de 10 de Maio

EKV 80

TV 88/90

1,00%

2,00%

0,45%

n/a

Decreto-Lei nº 187/2007

de 10 de Maio

EKV 80

TV 88/90

1,00%

2,00%

0,45%

n/a

31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 119

Responsabilidades por serviços passados com planos de benefícios de reforma e sobrevivência

De acordo com os estudos atuarias reportados a 31 de dezembro de 2017 e 2016, o valor presente da obriga-ção correspondente a planos de reforma, bem como os valores de mercado dos fundos/ apólices de seguro a eles afetos são como se segue:

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a evolução das responsabilidades do Grupo apresenta a seguinte evolução:

Responsabilidades por

serviços passados

- Ativos

- Aposentados

Valor de mercado dos fundos

Insuficiência / (excesso)

Responsabilidades no início

do período

Variação cambial

Valores registados nos resul-

tados do período:

Serviços correntes

Custo dos juros

Retorno esperado dos

ativos do plano

Valores registados nos capi-

tais próprios:

Ganhos e perdas atuariais

Retorno estimado dos

fundos de pensões

Reformas processadas

Pensões pagas no período

Responsabilidades no fim do

período

Valoresem Euros

Valoresem Euros

Fundoautónomo

Fundoautónomo

Fundoautónomo

Fundoautónomo

Apólice de Seguro

Apólice de Seguro

Apólice de Seguro

Apólice de Seguro

Assumidopelo Grupo

Assumidopelo Grupo

Assumidopelo Grupo

Assumidopelo Grupo

Total

Total

Total

Total

85.451

18.777.692

(20.990.315)

(2.127.172)

20.336.027

-

1.254

384.233

(426.123)

264.355

426.123

-

(2.122.726)

18.863.143

47.043

20.288.984

(22.430.526)

(2.094.499)

22.089.437

-

2.835

418.243

(454.601)

98.190

454.601

-

(2.272.678)

20.336.027

184.050

-

(149.093)

34.957

220.905

(39.398)

6.199

13.352

(10.368)

15.804

10.368

(32.812)

-

184.050

220.905

-

(173.075)

47.830

261.049

(22.379)

7.654

16.161

(12.630)

(1.355)

12.630

(40.225)

-

220.905

-

4.090.066

-

4.090.066

4.603.190

-

-

85.104

-

62.331

-

-

(660.559)

4.090.066

-

4.603.190

-

4.603.190

5.214,994

-

-

96.643

-

24.933

-

-

(733.380)

4.603.190

269.501

22.867.758

(21.139.408)

1.997.851

25.160.122

(39.398)

7.453

482.689

(436.491)

342.490

436.491

(32.812)

(2.783.285)

23.137.259

267.948

24.892.174

(22.603.601)

2.556.521

27.565.480

(22.379)

10.489

531.047

(467.231)

121.768

467.231

(40.225)

(3.006.058)

25.160.122

31/12/2016

31/12/2016

31/12/2017

31/12/2017

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 120

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a evolução do património dos fundos/ apólices de seguro é conforme se segue:

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a composição do fundo é conforme se segue:

Responsabilidades por serviços passados com outros benefícios pós emprego

De acordo com os estudos atuariais efetuados por entidades independentes, com referência a 31 de dezembro de 2017 e 2016, o valor atual das respon-sabilidades com outros benefícios de reforma é o seguinte:

Saldo inicial

Variação cambial

Dotação efectuada no período/ Prémio seguro pago

Rendimento dos fundos no período

Pensões pagas

Reformas processadas

Saldo final

Valoresem Euros Capital seguro

Fundoautónomo

22.430.526

-

400

682.115

(2.122.726)

-

20.990.315

173.075

(31.276)

31.690

8.416

-

(32.812)

149.093

23.907.221

-

-

795.983

(2.272.678)

-

22.430.526

206.932

(17.696)

35.201

(11.137)

-

(40.225)

173.075

31 de dezembro de 2017 31 de dezembro de 2016

Ações

Obrigações dívida privada

Obrigações dívida pública

Imobiliário

Liquidez

4.109.904

13.076.966

3.022.605

104.952

675.888

20.990.315

2.947.236

9.412.193

8.188.280

138.050

1.744.767

22.430.526

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

Responsabilidades por serviços passados

- Ativos

- Aposentados

Valoresem Euros

Assistênciana doença

Assistênciana doença

Subsídiode reforma

Subsídiode reformaTotal Total

-

45.450

45.450

32.511

-

32.511

32.511

45.450

77.961

-

71.885

71.885

43.711

-

43.711

43.711

71.885

115.596

31/12/201631/12/2017

Capital seguroFundo

autónomo

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 121

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a evolução das responsabilidades do Grupo com outros benefícios de reforma apresenta a seguinte evolução:

Responsabilidades no início do período

Variação cambial

Valores registados nos resultados do período:

Serviços correntes

Custo dos juros

Alterações no plano

Valores registados nos capitais próprios

Benefícios pagos no período

Responsabilidades no fim do período

Valoresem Euros

Assistênciana doença

Assistênciana doença

Subsídiode reforma

Subsídiode reformaTotal Total

71.885

-

1.092

-

(24.145)

(723)

(2.659)

45.450

43.711

(7.335)

3.063

3.013

-

(9.941)

-

32.511

115.596

(7.335)

4.155

3.013

(24.145)

(10.664)

(2.659)

77.961

74.989

-

-

989

-

(1.463)

(2.630)

71.885

47.507

(3.855)

3.202

3.372

-

(6.515)

-

43.711

122.496

(3.855)

3.202

4.361

-

(7.978)

(2.630)

115.596

31/12/201631/12/2017

22.3_ Benefícios a longo prazo

Responsabilidades por prémios de antiguidade

A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pa-taias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de prémios àque-les que atingem 25 anos de antiguidade nas referidas empresas, os quais são pagos no ano em que o tra-balhador perfaz aquele número de anos ao serviço da Empresa.

Responsabilidades por subsídio por morte

A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsa-bilidade pelo pagamento de um subsídio por morte do trabalhador ativo, de igual valor a 1 mês do último salário auferido.

De acordo com os estudos atuariais efetuados por enti-dades independentes, com referência a 31 de dezembro de 2017 e 2016, o valor das responsabilidades com ser-viços passados com estes benefícios detalha-se como se segue:

Prémios de antiguidade

Subsídios por morte

303.366

60.558

363.924

323.572

56.452

380.024

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 122

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a evolução das responsabilidades do Grupo com benefícios a longo prazo apresenta a se-guinte evolução:

Responsabilidades no início do período

Serviços correntes

Custo dos juros

Ganhos e perdas atuariais

Benefícios pagos no período

Responsabilidades no fim do período

Valoresem Euros

Prémios de antiguidade

Prémios de antiguidade

Subsídiospor morte

Subsídiospor morteTotal Total

323.572

24.078

5.723

72.969

(122.976)

303.366

439.870

27.060

7.696

13.184

(164.238)

323.572

56.452

3.042

1.190

(126)

-

60.558

62.053

3.472

1.311

(10.384)

-

56.452

380.024

27.120

6.913

72.843

(122.976)

363.924

501.923

30.532

9.007

2.800

(164.238)

380.024

31/12/201631/12/2017

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 123

23PASSIVOS FINANCEIROS

23.1_ Categorias de passivos financeiros

As categorias de passivos financeiros em 31 de dezem-bro de 2017 e 2016 são detalhadas conforme se segue:

23.2_ Passivos financeiros - fornecedores

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica de fornecedores apresenta a seguinte composição:

Passivos financeiros ao custo:

Fornecedores

Financiamentos obtidos

Outras dívidas a pagar

Valoresem Euros Corrente

Não corrente Total Total

59.227.432

80.697.986

46.688.688

186.614.106

34.568.552

126.207.690

79.827.371

240.603.613

-

450.749.569

-

450.749.569

-

412.833.093

-

412.833.093

59.227.432

531.447.555

46.688.688

637.363.675

34.568.552

539.040.783

79.827.371

653.436.706

31/12/201631/12/2017

Corrente

Não corrente

Fornecedores c/c

Fornecedores c/c - partes relacionadas (Nota 36)

Faturas em receção e conferência

49.117.503

2.583.335

7.526.594

59.227.432

27.068.476

310.723

7.189.353

34.568.552

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 124

23.3_ Passivos financeiros – financiamentos obtidos

Os financiamentos obtidos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são detalhados conforme se segue:

A subsidiária Secil Betões e Inertes, S.A., emitiu em 2007, um empréstimo obrigacionista pelo montante de Euros 40.000.000, o qual, no período de 2016, foi transferido para a Secil em virtude da liquidação desta sociedade. Os juros são pagos semestral e posteci-padamente. O reembolso das obrigações ocorreu no final do 10º ano, ou seja, em 2017. No período findo em 31 de dezembro de 2017 este empréstimo obriga-cionista encontrava-se reembolsado.

Em 2015, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista pelo montante de Euros 60.000.000, cujo reembolso será feito ao par em 2020. Os juros são pagos semes-tral e postecipadamente.

Em 2015, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de Euros 80.000.000, com reembolso inte-gral ao par em junho de 2020. Poderá ser solicitado o reembolso antecipado (Call Option) total, na 4ª, 6ª e 8ª datas de pagamento de juro. Os juros são pagos semestral e postecipadamente.

Em 2016, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de Euros 26.000.000, com reembolso integral ao par em janeiro de 2021. Os juros são pagos anual e postecipadamente.

Em fevereiro 2016, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de Euros 30.000.000, com reembolso em sete prestações semestrais iguais e sucessivas a partir da 8ª data de pagamento de ju-ros, inclusive, e sempre em data coincidente com a data e pagamento de juros, por redução do respetivo valor nominal. Poderá ser solicitado o reembolso an-tecipado (Call Option) total, na 10ª ou 12ª datas de pagamento de juros, sendo que o preço de exercício corresponderá a 101% ou 100,5% do valor nomi-nal de cada obrigação, consoante a Call Option seja exercida na 10ª ou 12ª datas de pagamento dos ju-ros, respetivamente. Os juros são pagos semestral e postecipadamente.

Em 2017, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de Euros 20.000.000, com reembolso inte-gral ao par em outubro de 2022. Os juros são pagos semestral e postecipadamente.

Todos os empréstimos obrigacionistas acima referidos estão em regime de taxa fixa, os dois primeiros através da contratação de derivados de cobertura e os três últimos contratados diretamente a taxa fixa.

Empréstimos obrigacionistas:

Secil 2007 - 2017

Secil 2015 - 2020

Secil 2015 - 2020

Secil 2016 - 2021

Secil 2016 - 2023

Secil 2017 - 2022

Empréstimos bancários

Papel Comercial

Descobertos bancários (Nota 4)

Outros empréstimos:

Obtidos no âmbito do QREN

Locação financeira - rendas a pagar (Nota 11)

Comissões bancárias de empréstimos

Valoresem Euros Corrente

Não corrente Total Total

-

-

-

-

-

-

54.318.699

25.000.000

2.127.464

-

667.005

(1.415.182)

80.697.986

40.000.000

-

-

-

-

-

71.972.103

10.000.000

5.103.907

223.854

610.467

(1.702.641)

126.207.690

-

80.000.000

60.000.000

26.000.000

30.000.000

20.000.000

95.452.418

142.000.000

-

-

-

(2.702.849)

450.749.569

-

80.000.000

60.000.000

26.000.000

30.000.000

-

160.025.337

60.000.000

-

-

682.902

(3.875.146)

412.833.093

-

80.000.000

60.000.000

26.000.000

30.000.000

20.000.000

149.771.117

167.000.000

2.127.464

-

667.005

(4.118.031)

531.447.555

40.000.000

80.000.000

60.000.000

26.000.000

30.000.000

-

231.997.440

70.000.000

5.103.907

223.854

1.293.369

(5.577.787)

539.040.783

31/12/201631/12/2017

Corrente

Não corrente

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 125

A parcela classificada como não corrente em 31 de dezembro de 2017 e em 2016 tem o seguinte plano de reembolso definido:

Créditos concedidos e não sacados

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os créditos ban-cários concedidos e não sacados ascendiam a Euros 167.356.892 e Euros 295.948.432, respetivamente.

Financial Covenants

Existem contratos de financiamento que obrigam ao cumprimento de alguns rácios financeiros.

23.4_ Passivos financeiros – outras dívidas a pagar

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, as outras dívidas a pagar detalham-se como se segue:

A rubrica “Obrigação por aquisição de investimen-tos” refere-se ao pagamento diferido da aquisição de controlo do Grupo Supremo Cimentos, S.A. pela sub-sidiária Secil Brasil Participações S.A. em julho de 2015, repartido em Euros 146.009 de capital (Nota 37.2) e Euros 2.857.241 de juros.

1 a 2 anos

2 a 3 anos

3 a 4 anos

4 a 5 anos

Mais de 5 anos

Acionistas / Sócios (Nota 36)

Fornecedores de imobilizado c/c

Fornecedores de imobilizado c/c - partes relacionadas (Nota 36)

Outros credores - Obrigação por aquisição de investimentos

Outros credores

Credores por acréscimos de gastos

34.500.565

194.576.898

145.602.314

53.904.985

22.164.807

450.749.569

6.974.366

4.481.414

-

3.003.250

3.191.699

29.037.959

46.688.688

114.575.856

36.771.352

175.812.380

52.635.274

33.038.231

412.833.093

4.629.400

17.142.133

43.516

19.263.562

3.696.593

35.052.167

79.827.371

Valores em Euros

Valores em Euros

31/12/2017

Corrente

31/12/2016

Corrente

31/12/201631/12/2017

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 126

A rubrica “Credores por acréscimos de gastos” em 31 de dezembro de 2017 e 2016 detalha-se conforme se segue:

Seguros

Custos com o pessoal

Juros a pagar

Periodificação de gastos com energia

Serviços de transporte

Partes relacionadas (Nota 36)

Serviços bancários

Descontos comerciais

Consultoria

Outros

265.619

12.633.083

3.841.028

2.268.034

243.176

364.960

205.293

22.392

1.327.535

7.866.839

29.037.959

2.696

11.610.400

5.915.609

8.684.714

490.024

96.920

475.123

13.969

1.826.588

5.936.124

35.052.167

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 127

24ADIANTAMENTOS DE CLIENTES

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Adianta-mentos de clientes” ascende a Euros 2.754.587 e Euros 2.160.798, respetivamente.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 128

25ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Estado e outros entes públicos” detalha-se conforme se segue:

O Imposto sobre a circulação de mercadorias e servi-ços (ICMS), apresentado em 31 de dezembro de 2017 e 2016 na rubrica “Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (PRODEC)”, no montante de Euros 2.412.382 e Euros 3.457.328, respetivamente refere-se a um benefício fiscal atribuído à subsidiária Supremo Cimentos S.A., que consiste no diferimento, por um período de 48 meses, do prazo de pagamento do ICMS devido sobre a receita de vendas, cujo paga-mento se iniciou em 10 de abril de 2014. Os montantes apresentados encontram-se descontados para o seu valor presente à data de balanço.

O Programa Paraná Competitivo, concedido pelo Governo do Estado do Paraná à subsidiária Margem – Companhia de Mineração, refere-se a um incentivo fiscal que tem os seguintes benefícios:

a) parcelamento do ICMS incremental;

b) diferimento do pagamento do ICMS da energia elétrica e do gás natural por um período de 96 meses, com inicio em agosto de 2015;

c) parcelamento, até o vencimento, do ICMS declarado, no caso de recuperação judicial;

d) concessão de crédito presumido em razão da realização de obra de infraestrutura em território paranaense.

No período findo em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “PIS e COFINS sobre ativos fixos”, no montante de Euros 14.633.336 e Euros 18.509.519, respetivamen-te refere-se à estimativa de crédito de PIS e COFINS das subsidiárias Supremo Cimentos, S.A. e Margem Com-panhia de Mineração, sobre itens específicos dos ativos fixos, conforme previsto na Lei 10.673/2002 (PIS) e Lei 10.833/2003 (COFINS) o qual está a ser recuperado na mesma cadência da depreciação dos respetivos ativos.

Imposto sobre o rendimento

Retenções de imposto sobre o rendimento

Imposto sobre o valor acrescentado e similares

PIS e COFINS sobre ativos fixos

ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços:

Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (PRODEC)

Programa Paraná Competitivo

ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços

Contribuição para a Segurança Social

Restantes Impostos

Valoresem Euros 31/12/2017

785.378

724.018

17.903.999

14.633.336

-

2.601.167

333.679

-

94.768

37.076.345

2.722.503

1.584.649

1.232.198

18.509.519

-

5.308.372

389.480

-

168.818

29.915.539

23.459.739

1.147.519

18.112.185

-

2.412.382

10.664.028

525.815

1.779.633

2.124.659

60.225.960

21.142.372

2.602.254

2.522.483

-

3.457.328

7.837.913

632.292

1.885.101

801.614

40.881.357

Ativo Passivo

31/12/2016 31/12/201631/12/2017

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 129

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Imposto sobre o rendimento” tem a seguinte decomposição:

Imposto sobre o rendimento do período (Nota 15)

Ajustamento cambial

Pagamentos por conta

Retenções na fonte a recuperar

IRC de períodos anteriores

Liquidações adicionais

Valoresem Euros

SaldoDevedor

(312.928)

-

841.853

120.114

136.339

-

785.378

5.862.951

(342.407)

(90.919)

(9.064)

(643.038)

18.682.216

23.459.739

6.175.879

(342.407)

(932.772)

(129.178)

(779.377)

18.682.216

22.674.361

5.980.085

190.773

(2.541.734)

(1.110.537)

(375.748)

16.277.030

18.419.869

31/12/2017 31/12/2016

SaldoCredor

SaldoLíquidoLíquido

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 130

26DIFERIMENTOS ATIVOS E PASSIVOS

O saldo da rubrica “Diferimentos ativos e passivos”, em 31 de dezembro de 2017 e 2016, detalha-se conforme se segue:

Seguros

Rendas e alugueres

Tratamento de resíduos

Outros

Valoresem Euros 31/12/2017

936.344

64.740

-

275.896

1.276.980

96.405

146.156

-

529.605

772.166

-

-

301.179

128.307

429.486

-

-

420.079

71.410

491.489

Ativo Passivo

31/12/2016 31/12/201631/12/2017

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 131

27VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Vendas e serviços prestados” apresenta a seguinte composição:

Vendas

Serviços prestados

Descontos de pronto pagamento concedidos

463.765.606

37.066.646

(1.304.946)

499.527.306

441.772.810

30.727.673

(970.857)

471.529.626

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 132

28RESULTADO APROPRIADO DE EMPRESAS ASSOCIADAS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o Grupo apropriou-se de resultados em empresas associadas conforme se segue:

No período de 2016 foi reconhecido montante de Euros 1.687.028 a título de acerto ao preço de venda inicial-mente acordado, no âmbito das cláusulas previstas nos contrattos de compra e venda de ações e outras avenças, celebrados entre o Grupo Secil e os anteriores acionistas da Supremo Cimentos, S.A. e suas subsidiárias.

Resultados apropriados em associadas

Setefrete, SGPS, S.A.

J.M.J. Henriques, Lda.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

Outros ganhos / (perdas) em participações financeiras

Aquisição Supremo - Ajuste ao preço

955.652

(1.736)

93.925

1.047.841

-

1.047.841

(Notas 14 e 15)

1.190.957

(1.693)

190.798

1.380.062

1.687.028

3.067.090

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 133

29FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

A rubrica “Fornecimentos e serviços externos” nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é detalhada conforme se segue:

Subcontratos

Serviços especializados

Materiais

Energia e fluidos

Deslocações, estadas e transportes

Serviços diversos

782.144

58.637.210

756.886

45.726.926

55.668.748

23.440.894

185.012.808

291.617

57.242.576

761.401

50.571.919

45.100.313

22.491.169

176.458.995

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 134

30GASTOS COM O PESSOAL

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Gastos com o pessoal” decompõe-se como se segue:

Remunerações dos Orgãos Sociais

Remunerações do pessoal

Benefícios pós-emprego:

Contribuição definida (Nota 22)

Benefícios definidos (Nota 22)

Outros benefícios a longo prazo (Nota 22)

Indemnizações

Outros gastos com pessoal

6.704.260

56.767.555

1.198.850

36.674

106.876

554.882

22.242.380

87.611.477

4.168.531

55.163.803

1.179.782

81.868

42.339

503.249

21.336.771

82.476.343

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 135

A rubrica “Remunerações dos membros dos órgãos sociais”, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 decompõe-se como se segue:

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o número de colaboradores ao serviço das diversas empresas do Grupo, repartidos por segmento de geográfico, deta-lha-se conforme se segue:

Conselho de Administração da Secil

Outros membros de órgãos sociais de subsidiárias

Portugal

Líbano

Tunísia

Angola

Brasil

Espanha

4.922.254

1.782.006

6.704.260

948

497

338

170

571

32

2.556

3.023.599

1.144.932

4.168.531

980

496

351

178

610

-

2.615

Valores em Euros

Valores em Euros

31/12/2017

31/12/2017

31/12/2016

31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 136

31OUTROS RENDIMENTOS

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Outros rendimentos” decompõe-se como se segue:

As diferenças de câmbio favoráveis registadas no pe-ríodo findo 31 de dezembro de 2017 e 2016 referem-se essencialmente às variações entre o câmbio da data da compra de bens e serviços e a data da respetiva liqui-dação financeira do passivo relacionado, assim como à atualização cambial de ativos e passivos intragrupo em moeda estrangeira.

Adicionalmente, a rubrica de diferenças de câmbio favoráveis inclui ainda o montante de Euros 1.175.038 relativo ao justo valor dos derivados de negociação (Nota 38).

Licenças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas

a título gratuito (Nota 20.5.3)

Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3)

Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros

Rendimentos suplementares - partes relacionadas (Nota 36)

Rendimentos suplementares - outros

Alienação de licenças de emissão (Nota 13)

Diferenças de câmbio favoráveis

Proveitos com tratamento de resíduos

Outros rendimentos e ganhos - partes relacionadas (Nota 36)

Rendimentos e ganhos nos ativos financeiros

Outros

8.222.549

123.869

2.348.802

55.872

3.869.580

2.809.348

2.240.299

758.520

34.143

-

11.060.706

31.523.688

8.603.070

2.526.308

1.715.780

72.029

827.069

3.575.000

3.752.401

638.391

338.289

1.010.320

10.408.960

33.467.617

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 137

32OUTROS GASTOS

A decomposição da rubrica “Outros gastos” nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é conforme se segue:

As diferenças de câmbio desfavoráveis registadas no pe-ríodo findo 31 de dezembro de 2017 e 2016 referem-se essencialmente às variações entre o câmbio da data da compra de bens e serviços e a data da respetiva liqui-dação financeira do passivo relacionado, assim como à atualização cambial de ativos e passivos intragrupo em moeda estrangeira.

Gastos e perdas em ativos não financeiros

Donativos

Impostos indiretos

Diferenças câmbiais desfavoráveis

Despesas bancárias

Gastos e perdas em investimentos financeiros

Outros gastos operacionais

385.678

781.389

3.299.363

11.703.628

966.016

347.957

2.296.838

19.780.869

1.047.101

759.056

2.652.914

4.343.035

1.113.397

7.848

2.842.372

12.765.723

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 138

33GASTOS / REVERSÕES DE DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES E IMPARIDADES

A decomposição da rubrica “Gastos/ reversões de de-preciações, amortizações e imparidades” nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é conforme se segue:

Ativos fixos tangíveis (Nota 10)

Propriedades de investimento (Nota 12)

Ativos intangíveis (Nota 13)

Goodwill (Nota 9)

Ativos não correntes detidos para venda

PIS e COFINS sobre depreciações

Gastos/(reversões) de depreciações e de amortizações

Activos fixos tangíveis (Nota 10)

(Reversão)/ Reforço de imparidades em ativos fixos intangíveis (Nota 13)

(Reversão)/ Imparidades goodwill (Nota 9)

Imparidade de ativos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/ (reversões)

41.576.884

766

10.791.223

7.913.802

4.318

(1.689.768)

58.597.225

2.854.013

(2.885.982)

25.933.779

25.901.810

46.214.369

18.791

11.013.791

7.653.980

27.273

(1.628.617)

63.299.587

7.131.901

2.702.406

5.762.660

15.596.967

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 139

34RESULTADOS FINANCEIROS LÍQUIDOS

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os resultados financeiros líquidos decompõem-se como se segue:

A rubrica “Diferenças de câmbio favoráveis/ (desfavorá-veis) em financiamentos obtidos resulta essencialmente da atualização cambial dos financiamentos contratados em dólar pelas subsidiárias Supremo Cimentos, S.A. e Margem - Companhia de Mineração.

Juros e rendimentos similares obtidos:

Outros juros obtidos

Outros juros obtidos - partes relacionadas (Nota 36)

Juros e gastos similares suportados:

Juros suportados com outros empréstimos obtidos

Juros suportados - partes relacionadas (Nota 36)

Diferenças de câmbio favoráveis/ (desfavoráveis) em financiamentos obtidos

Ganhos/ (perdas) com instrumentos financeiros

Juros incorridos

Variação justo valor (Nota 38)

Componente ineficaz do instrumento financeiro (Nota 38)

Atualização da provisão para recuperação paisagística (Nota 21)

Outros custos e gastos financeiros - partes relacionadas (Nota 36)

Outros custos e gastos financeiros

2.400.261

-

2.400.261

(31.343.572)

(334)

448.861

(3.112.844)

426.639

109.680

(283.585)

(3.733)

(517.018)

(34.275.906)

3.130.034

1.151

3.131.185

(43.036.963)

(5.144)

4.851.854

(1.584.159)

(1.152.528)

154.115

(289.488)

(1.257.266)

(576.408)

(42.895.987)

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 140

35RESULTADO POR AÇÃO

O resultado por ação, dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, é determinado conforme se segue:

Não existem instrumentos financeiros convertíveis so-bre as ações da Secil, pelo que não existe diluição dos resultados.

O número médio ponderado de ações encontra-se deduzido do número de ações próprias de 4.184.460 detidas pela Secil (Nota 20.1).

Resultado atribuível aos detentores de capital da empresa-mãe

Número médio ponderado de ações

Resultado básico por ação

Resultado diluído por ação

(20.629.181)

48.735.540

(0,423)

(0,423)

(22.274.750)

48.735.540

(0,457)

(0,457)

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 141

36PARTES RELACIONADAS

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram efetuadas as seguintes transações com partes relacionadas:

Acionistas

Semapa, S.G.P.S., S.A.

Outras partes relacionadas

Grupo Navigator

Eng.Silva Dias

Empresas associadas

J.M.J. Henriques, Lda.

Inertogrande

Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

Acionistas

Semapa, S.G.P.S., S.A.

Outras partes relacionadas

Grupo Navigator

Seribo, S.A.

Eng.Silva Dias

Empresas associadas e empreendimentos conjuntos

J.M.J. Henriques, Lda.

Inertogrande

Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A.

Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

MC = Materlaux de Construction

Valoresem Euros

Valoresem Euros

Aquisição de bens e serviços

Aquisição de bens e serviços

Juros suportados (Nota 34)

Juros suportados (Nota 34)

(3.949.161)

-

-

-

(3.147)

(3.176.943)

(2.770.573)

(9.899.824)

(3.878.148)

-

-

-

-

-

(10.661)

(2.856.638)

(3.549.893)

-

(10.295.340)

-

676.983

-

-

-

-

54.648

731.631

-

344.785

-

-

-

-

178.397

-

57.716

9.083

580.898

-

-

-

-

-

-

1.151

-

-

-

1.151

-

-

(334)

-

-

-

-

(334)

-

-

(4.810)

(334)

-

-

-

-

-

-

(5.144)

-

-

-

1.800

1.800

20.351

66.064

90.015

-

301.000

-

-

-

-

21.866

24.086

63.366

-

410.318

(3.733)

-

-

-

-

-

-

(3.733)

(1.257.266)

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(1.257.266)

31/12/2017

31/12/2016

Outros rendimentos e

ganhos (Nota 31)

Outros rendimentos e

ganhos (Nota 31)

Outros custos e gastos financeiros

(Nota 34)

Outros custos e gastos financeiros

(Nota 34)

Vendas e serviços

prestados

Vendas e serviços

prestados

Juros obtidos

(Nota 34)

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 142

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 as empresas do Grupo apresentam os seguintes saldos com partes relacionadas:

Em 31 de dezembro de 2017, os montantes a receber e a pagar no âmbito do Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS) decompõem-se como se segue:

Acionistas

Longapar - S.G.P.S., S.A.

Semapa, SGPS, S.A.

Semapa, SGPS, S.A. - RETGS

Outras partes relacionadas

Cotif Sicar

Grupo Navigator

Eng.Silva Dias

Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas

Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos

J.M.J. Henriques, Lda.

Inertogrande - Central de Betão, Lda.

Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

Valoresem Euros

Clientes(Nota 18.2)

Outrasoperações(Nota 18.3)

-

-

-

-

-

77.609

-

-

-

-

3.690

81.299

-

1.918.286

-

-

-

-

-

-

-

183.471

481.578

2.583.335

-

243

4.090.593

-

-

-

-

126.852

213.993

-

124.572

4.556.253

-

358.338

-

-

-

6.622

-

-

-

-

-

364.960

1.160

-

993.559

92.844

-

12.893

5.873.910

-

-

-

-

6.974.366

31/12/2017

01/01/2017 a 31/12/2017

Ativo Passivo

Acréscimosde gastos

(Nota 23.4)

Acionistas /sócios

(Nota 23.4)Fornecedores

(Nota 23.2)

Imposto sobre o rendimento do período (Nota 15.1)

Pagamentos por conta

Retenções na fonte a recuperar

IRC de exercícios anteriores

1.067.293

(62.310)

(11.424)

-

993.559

(1.293.315)

2.379.341

3.004.323

244

4.090.593

(2.360.608)

2.441.651

3.015.747

244

3.097.034

Valores em Euros

Outrasoperações Total

Acionistas / sócios

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 143

Acionistas

Longapar - S.G.P.S., S.A.

Semapa, SGPS, S.A.

Semapa, SGPS, S.A. - RETGS

Outras partes relacionadas

Cotif Sicar

Grupo Navigator

Seribo, S.A.

Eng.Silva Dias

Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas

Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos

J.M.J. Henriques, Lda.

Inertogrande - Central de Betão, Lda.

Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

Acionistas

Longapar - S.G.P.S., S.A.

Semapa, SGPS, S.A.

Semapa, SGPS, S.A. - RETGS

Outras partes relacionadas

Cotif Sicar

Grupo Navigator

Seribo, S.A.

Eng.Silva Dias

Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas

Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos

J.M.J. Henriques, Lda.

Inertogrande - Central de Betão, Lda.

Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

Valoresem Euros

Valoresem Euros

Clientes(Nota 18.2)

Fornecedores(Nota 23.2)

Acionistas /sócios

(Nota 23.4)

Outrasoperações(Nota 18.3)

Fornecedoresimobilizado(Nota 23.4)

Acréscimosrendimentos(Nota 18.3)

Acréscimosde gastos

(Nota 23.4)

-

-

-

-

251.571

-

-

-

-

-

-

3.690

264.344

-

452.053

-

-

-

-

-

-

-

2.091

3.423

(146.844)

310.723

1.160

-

1.143.848

89.255

-

185.759

12.893

3.196.485

-

-

-

-

4.629.400

-

243

3.860.120

-

334

-

-

-

123.701

214.669

-

145.044

4.344.111

-

-

-

-

-

43.516

-

-

-

-

-

-

43.516

-

401.723

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

401.723

-

-

-

-

-

90.632

6.288

-

-

-

-

-

96.920

31/12/2016

31/12/2016

Ativo

Passivo

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 144

37RISCOS FINANCEIROS

37.1_ Risco cambial

A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio a 31 de dezembro de 2017 e 2016, com base nos valores de balanço dos ativos e passivos financeiros, convertidos para Euros tendo por base as taxas de câmbio a essa data, apresenta-se como se segue:

Ativos financeiros

Outros ativos financeiros - não correntes e correntes

Clientes

Caixa e depósitos bancários

Total de ativos financeiros

Passivos financeiros

Financiamentos obtidos - não correntes e correntes

Outros passivos financeiros - não correntes e correntes

Fornecedores

Total de passivos financeiros

Posição financeira líquida de balanço

Ativos financeiros

Outros ativos financeiros - não correntes e correntes

Clientes

Caixa e depósitos bancários

Total de ativos financeiros

Passivos financeiros

Financiamentos obtidos - não correntes e correntes

Outros passivos financeiros - não correntes e correntes

Fornecedores

Total de passivos financeiros

Posição financeira líquida de balanço

Valoresem Euros

Valoresem Euros

228.211

76.634

85.737.927

86.042.772

(19.783.536)

(51.448)

(1.953.748)

(21.788.733)

64.254.039

558.758

225.009

65.790.389

66.574.156

(22.269.982)

(86.165)

(48.060)

(22.404.207)

44.169.949

2,881.708

6.830.190

3.158.176

12.870.074

(17.938.958)

(3.296.004)

(6.079.020)

(27.313.982)

(14.443.909)

2.989.519

9.426.956

3.899.355

16.315.830

(25.256.489)

(4.756.584)

(6.231.696)

(36.244.769)

(19.928.939)

6.727.628

28.263.213

99.263.979

134.254.820

(136.192.824)

(39.929.980)

(30.909.249)

(207.032.053)

(72.777.233)

7.478.575

32.072.040

90.923.259

130.473.874

(200.172.806)

(54.761.267)

(17.136.406)

(272.070.480)

(141.596.606)

44.061

377.937

2.719.680

3.141.678

(3.585.164)

(757.814)

(5.262.167)

(9.605.145)

(6.463.467)

-

203.027

1.196.942

1.399.969

(9.756.959)

(697.780)

(34.253)

(10.488.992)

(9.089.023)

3.465.793

5.403.430

4.794.502

13.663.726

(90.208.981)

(23.083.641)

(6.356.301)

(119.648.923)

(105.985.197)

3.755.091

5,337.535

6.565.235

15.657.861

(135.859.592)

(37.882.656)

(4.437.990)

(178.180.238)

(162.522.377)

7.187

210.548

11.914

229.649

-

(185.561)

-

(185.561)

44.088

670

-

22.239

22.909

-

(13.515)

-

(13.515)

9.394

100.667

15.364.474

2.841.780

18.306.921

(4.676.185)

(12.555.511)

(11.258.011)

(28.489.708)

(10.182.787)

174.537

16.879.513

13.449.099

30.503.149

(7.029.784)

(11.324.567)

(6.384.407)

(24.738.758)

5.764.391

31/12/2017

31/12/2016

000’ Libra libanesa

000’ Libra libanesa

Dólar americano

Dólar americano

Dinar tunisino

Dinar tunisino

Total

Total

Kwanza angolano

Kwanza angolano

Real brasileiro

Real brasileiro

Metical moçambicano

Metical moçambicano

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 145

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os impactos decorrentes de uma eventual variação positiva ou negativa de 5% de todas as taxas de câmbio spot com referência ao Euro, é conforme se segue:

Capitais próprios

Resultado do período

Valoresem Euros Aumento 5%

4.612.601

(1.147.019)

3.465.582

(5.098.138)

1.267.758

(3.830.380)

6.537.112

205.583

6.742.695

(7.225.229)

(227.224)

(7.452.453)

31/12/2017 31/12/2016

Redução 5% Aumento 5% Redução 5%

37.2_ Risco de taxa de juro

O Grupo, na sua gestão da exposição à variação das ta-xas de juro, contratou novos financiamentos a taxa fixa e realizou cobertura de fluxos de caixa em empréstimos obrigacionistas originalmente contratados a taxa variável. Após estas operações, 40% do total da dívida financeira está em regime de taxa fixa, equivalente a 53% do total da dívida financeira líquida.

Estas operações são registadas no balanço pelo seu justo valor e, na medida em que sejam consideradas cobertu-ras eficazes, as variações no justo valor são inicialmente registadas por contrapartida de capitais próprios e poste-riormente reclassificadas para resultados financeiros para a rubrica de “Ganhos/perdas com instrumentos financeiros” (Nota 38) na data da sua liquidação.

Se as operações de cobertura apresentarem ineficácia, esta é registada diretamente em resultados. Desta forma e em termos líquidos, os custos associados aos financiamentos cobertos são periodificados à taxa inerente à operação de cobertura contratada.

Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendi-do, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afetar resultados.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 146

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o desenvolvimento dos ativos e passivos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da data de refixação e da tipologia de taxa é apresentado como se segue:

Ativos

Correntes

Caixa e depósitos bancários

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis

Aplicações de tesouraria

Total de ativos financeiros

Passivos

Não correntes

Financiamentos obtidos

Empréstimo obrigacionista

Empréstimos bancários

Papel Comercial

Correntes

Financiamentos obtidos

Empréstimos bancários

Papel Comercial

Descobertos bancários

Locações financeiras

Outras dívidas a pagar

Outros credores - Obrigação por aquisição de

investimentos

Total de passivos financeiros

Exposição líquida ao risco taxa de juro

Ativos

Não correntes

Outros ativos financeiros

Correntes

Caixa e depósitos bancários

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis

Total de ativos financeiros

Passivos

Não correntes

Financiamentos obtidos

Empréstimo obrigacionista

Empréstimos bancários

Papel Comercial

Locações financeiras

Correntes

Financiamentos obtidos

Empréstimo obrigacionista

Empréstimos bancários

Papel Comercial

Descobertos bancários

Locações financeiras

Outras dívidas a pagar

Outros credores - Obrigação por aquisição de investimentos

Total de passivos financeiros

Exposição líquida ao risco taxa de juro

Valoresem Euros

Valoresem Euros

4

4

23.3

23.3

23.3

23.3

23.3

23.3

11

23.4

16

4

23.3

23.3

23.3

11

23.3

23.3

23.3

23.3

23.4

31.181.859

-

31.181.859

-

7.092.653

-

2.645.005

-

-

-

-

9.737.658

21.444.201

-

49.741.548

49.741.548

-

20.355.092

-

-

-

9.767.138

-

-

-

-

30.122.230

19.619.318

115.092.410

1.777.405

116.869.814

216.000.000

95.452.418

142.000.000

54.318.699

25.000.000

2.127.464

667.005

146.009

535.711.595

(418.841.780)

548.434

115.563.583

116.112.017

196.000.000

160.025.337

60.000.000

682.902

40.000.000

71.972.103

10.000.000

5.103.907

610.467

12.956.637

557.351.353

(441.239.336)

40.660.370

803.327

41.463.697

-

7.038.398

-

3.008.337

-

-

-

-

10.046.735

31.416.963

-

20.446.744

20.446.744

-

6.426.475

40.000.000

-

40.000.000

15.225.061

-

-

-

-

101.651.536

(81.204.792)

-

-

-

8.571.430

748.001

-

-

-

-

-

-

9.319.431

(9.319.431)

-

-

-

8.571.430

-

-

-

-

-

-

-

-

-

8.571.430

(8.571.430)

-

974.078

974.078

207.428.570

-

-

14.773.858

-

-

-

-

222.202.428

(221.228.351)

548.434

-

548.434

187.428.570

-

-

-

-

-

-

-

-

-

187.428.570

(186.880.136)

43.250.180

-

43.250.180

-

80.573.366

142.000.000

33.891.498

25.000.000

2.127.464

667.005

146.009

284.405.343

(241.155.162)

-

45.375.291

45.375.291

-

133.243.770

20.000.000

682.902

-

46.979.904

10.000.000

5.103.907

610.467

12.956.637

229.577.587

(184.202.296)

31/12/2017

31/12/2016

Até 1 mês

Até 1 mês

Nota

Nota

1-3 meses

1-3 meses

Total

Total

3-12 meses

3-12 meses

Mais de 5 anos

Mais de 5 anos

1-5 anos

1-5 anos

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 147

O Grupo utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados e capitais de um aumento ou diminuição imediata das taxas de juros de mercado, com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as diversas taxas de mercado aqui consideradas muito rara-mente se alteram em conjunto e no mesmo sentido. A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressu-postos:

(i) Alterações nas taxas de juro do mercado afetam rendi-mentos ou despesas de juros de instrumentos financeiros variáveis;

(ii) Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afe-tam os rendimentos ou despesas de juros em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos a justo valor;

(iii) Alterações nas taxas de juro de mercado afetam o jus-to valor de instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros;

(iv) Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros são esti-mados descontando os fluxos de caixa futuros, utilizando taxas de mercado do final do ano.

Sob estes pressupostos, um aumento ou uma diminui-ção de 0,50% nas taxas de juro, ao longo de um ano inteiro, para todos os empréstimos ou instrumentos financeiros derivados contratados pelo Grupo Secil a 31 de dezembro de 2017 e 2016 resultaria conforme se segue:

Capitais próprios

Resultado do período

Valoresem Euros Aumento 0,5%

1.522.972

(2.094.209)

(571.237)

(905.114)

2.094.209

1.189.095

846.662

(2.206.197)

(1.359.535)

(321.799)

2.206.197

1.884.398

31/12/2017 31/12/2016

Redução 0,5% Aumento 0,5% Redução 0,5%

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 148

37.3_ Risco de crédito

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os saldos a re-ceber de clientes apresentam a seguinte estrutura de antiguidade, considerando como referência a data de vencimento dos valores em aberto:

Os valores apresentados correspondem aos valores em aberto, face aos prazos de vencimento contratados. Apesar de existirem atrasos na liquidação de alguns valores face a esses prazos, tal não resulta na iden-tificação de situações de imparidade para além das consideradas através das correspondentes perdas.

Estas são apuradas atendendo à informação regular-mente reunida sobre o comportamento financeiro dos clientes do Grupo, que permite, em conjugação com a experiência reunida na análise da carteira e em con-jugação com os sinistros de crédito que se verifiquem, na parte não atribuível à seguradora, definir o valor das perdas a reconhecer no período. O facto de existirem garantias para uma parte significativa dos saldos em aberto e com antiguidade justifica o facto de não se ter registado qualquer perda por imparidade nesses saldos.

Valores não vencidos

Valores vencidos:

De 1 a 90 dias

De 91 a 180 dias

De 181 a 360 dias

De 361 a 540 dias

De 541 a 720 dias

A mais de 721 dias

Em contencioso de cobrança

Total de saldos de clientes

Imparidades

Saldo líquido de clientes (Nota 18.2)

Limite de seguro de crédito contratado

43.604.011

11.959.158

4.105.282

2.028.128

898.126

571.712

12.516.281

12.873.760

44.952.446

88.556.457

(27.332.632)

61.223.825

86.601.650

37.979.755

15.252.670

2.145.724

1.143.049

628.721

753.039

13.633.489

12.444.915

46.001.607

83.981.362

(27.439.533)

56.541.829

62.614.525

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 149

A qualidade de risco de crédito do Grupo, em 31 de dezembro de 2017 e 2016, face a ativos financeiros (depósitos bancários, aplicações de tesouraria e Instru-mentos financeiros derivados com justo valor positivo) cujas contrapartes sejam instituições financeiras, de-talha-se como segue:

A rubrica “Sem rating” diz, essencialmente, respeito a aplicações de tesouraria e depósitos bancários em ins-tituições financeiras em Angola e Tunísia relativamente aos quais não existe notação de rating com referência às datas apresentadas.

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a análise de an-tiguidade dos saldos devedores que já se encontram vencidos, e respetivas perdas acumuladas por impari-dade, é a seguinte:

Rating:

A-

BBB+

BBB

BBB-

BB+

BB

BB-

B+

B

B-

Sem rating

Derivados (Nota 16)

1.025.451

355.204

30.428

1.705.058

355.203

-

-

10.475.401

937

40.876.030

62.046.103

116.869.815

941.817

117.811.632

-

278.686

440.751

14.529.643

1.169.625

1.665.819

558.424

-

-

29.729.965

67.190.670

115.563.583

41.090

115.604.673

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

Saldos devedores vencidos não considerados em imparidade:

Vencidos há menos de 3 meses

Vencidos há mais de 3 meses

Saldos devedores vencidos considerados em imparidade:

Vencidos há menos de 3 meses

Vencidos há mais de 3 meses

Valoresem Euros Valor bruto

11.958.617

5.754.200

17.712.817

541

27.239.088

27.239.629

44.952.446

2.462.806

484.627

2.947.434

-

-

-

2.947.434

15.141.708

3.632.526

18.774.234

110.962

27.116.411

27.227.373

46.001.607

3.755.642

750.332

4.505.974

-

-

-

4.505.974

31/12/2017 31/12/2016

JV Garantias Valor bruto JV Garantias

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 150

A exposição máxima ao risco de crédito no balanço em 31 de dezembro de 2017 e 2016, detalha-se como se segue:

37.4_ Risco de liquidez

O Grupo gere o risco de liquidez por três vias:

(i) garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente elevada de médio e longo prazo com maturidades adequadas às características das in-dústrias onde exerce a sua atividade;

(ii) através da contratação com instituições finan-ceiras de facilidades de crédito disponíveis a todo o momento, por um montante que garanta uma liqui-dez adequada;

(iii) acumulando montantes em caixa. A previsão dos fluxos de caixa é realizada pelas enti-dades operacionais do Grupo e agregada pela Direção Financeira do Grupo Secil na preparação do orçamento anual. É da responsabilidade dessa Direção a monito-rização das previsões de necessidades de liquidez do Grupo de forma a garantir a manutenção de um ní-vel adequado de disponibilidades para responder às necessidades operacionais. Estas previsões têm em consideração os planos de financiamento do Grupo, o cumprimento de objetivos internos ao nível de rácios e, caso seja aplicável, o cumprimento de requisitos exter-nos relacionados com as atividades operacionais e com as obrigações legais, fiscais e operacionais do Grupo.

Ativos não correntes

Outros créditos a receber

Outros investimentos e ativos financeiros

Ativos correntes

Clientes

Outros créditos a receber

Outros ativos financeiros

Depósitos bancários e aplicações de tesouraria

Exposição ao risco de crédito fora de balanço

Garantias e compromissos

2.631.175

3.599.601

61.223.825

18.372.923

927.194

116.869.815

104.589.624

18

16

18

18

16

4

41

2.695.371

4.081.732

56.541.829

19.332.568

-

115.563.583

129.886.086

Valores em Euros 31/12/2017Nota 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 151

A liquidez dos passivos financeiros contratados, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, originará os seguintes fluxos monetários não des-contados, incluindo juros, tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual à data do balanço:

Financiamentos obtidos

Empréstimo obrigacionista

Capital

Juros vincendos

Empréstimos bancários

Capital

Juros vincendos

Outros Empréstimos (QREN)

Juros vincendos

Papel Comercial

Capital

Juros vincendos

Locações financeiras

Capital

Juros vincendos

Descobertos bancários

Capital

Juros vincendos

Outros passivos financeiros

Instrumentos financeiros derivados (*)

Acionistas/ sócios

Fornecedores de imobilizado c/c

Outros credores

Capital e juros

Juros vincendos

Credores por acréscimos de gastos

Fornecedores

Valoresem Euros

23.3

23.3

23.3

23.3

11.1

11.1

23.3

23.4

23.4

23.4

23.4

23.2

207.428.570

12.354.744

81.610.261

18.269.846

-

142.000.000

7.067.598

-

-

-

-

(247.517)

-

-

-

-

-

-

468.483.502

216.000.000

18.540.037

149.771.117

31.665.001

-

167.000.000

9.859.175

667.005

10.948

2.127.464

1.744

420.801

6.974.366

4.481.414

6.194.949

-

29.037.959

59.227.432

701.979.412

8.571.430

56.786

13.842.157

3.403.276

-

-

43.930

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

25.917.579

-

6.128.507

54.318.699

9.991.878

-

25.000.000

2.747.647

667.005

10.948

2.127.464

1.744

668.318

6.974.366

4.481.414

6.194.949

-

29.037.959

59.227.432

207.578.330

31/12/2017

Até 1 anoNota1-5

anos Total

Mais de 5 anos

(*) - Valores não descontados.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 152

Financiamentos obtidos

Empréstimo obrigacionista

Capital

Juros vincendos

Empréstimos bancários

Capital

Juros vincendos

Outros Empréstimos (QREN)

Juros vincendos

Papel Comercial

Capital

Juros vincendos

Locações financeiras

Capital

Juros vincendos

Descobertos bancários

Capital

Juros vincendos

Outros passivos financeiros

Instrumentos financeiros derivados (*)

Acionistas/ sócios

Fornecedores de imobilizado c/c

Outros credores

Capital e juros

Juros vincendos

Credores por acréscimos de gastos

Fornecedores

Valoresem Euros

23.3

23.3

23.3

23.3

11.1

11.1

23.3

23.4

23.4

23.4

23.4

23.2

187.428.570

17.283.523

134.960.362

28.418.241

-

60.000.000

223.288

682.902

14.621

-

-

(525.053)

-

-

-

-

-

-

428.486.454

236.000.000

25.791.976

231.997.440

56.142.024

223.854

70.000.000

875.288

1.293.369

57.150

5.103.907

14.504

1.407.265

4.629.400

17.185.649

22.960.155

1.097.270

35.052.167

34.568.552

744.399.970

8.571.430

1.214.583

25.064.975

4.744.923

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

39.595.911

40.000.000

7.293.870

71.972.103

22.978.860

223.854

10.000.000

652.000

610.467

42.529

5.103.907

14.504

1.932.318

4.629.400

17.185.649

22.960.155

1.097.270

35.052.167

34.568.552

276.317.605

31/12/2016

Até 1 anoNota1-5

anos Total

Mais de 5 anos

(*) Valores não descontados

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 153

38JUSTO VALOR DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Com o objetivo de minimizar os riscos de exposição a variações de taxa de câmbio e de taxas de juro dos empréstimos, o Grupo contratou um conjunto de ins-trumentos financeiros derivados.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados é registado: (i) quando positivo, no ativo na rubrica “Ou-tros ativos financeiros” (Nota 16) e (ii) quando negativo, no passivo, na rubrica “Outros passivos financeiros”.

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o justo valor dos instrumentos derivados de negociação, de cobertura de fluxos de caixa e cobertura de justo valor do Grupo, detalham-se conforme se segue:

Negociação

Non-deliverable Forwards

Non-deliverable Forwards

Non-deliverable Forwards

Non-deliverable Forwards

Collar cambial

Cobertura de fluxos de caixa

Swap de taxa de juro fixa

Swap de taxa de juro fixa (Nota 16)

Swap de taxa de juro fixa com

mínimo 0%

Cobertura de justo valor

Swap de taxa de câmbio e de juro

Swap de taxa de câmbio e de juro

Valoresem Euros

BRL

BRL

BRL

BRL

BRL

EUR

EUR

EUR

USD

USD

12.083.068

24.320.986

34.566.403

21.033.000

23.894.658

40.000.000

60.000.000

80.000.000

8.500.000

9.239.298

2018

2018

2018

2018

2018

2017

2020

2020

2018

2019

-

-

376.963

487.034

-

863.997

-

14.623

-

14.623

63.197

-

63.197

941.817

-

-

-

-

-

-

-

41.090

-

41.090

-

-

-

41.090

(176.426)

(57.080)

-

-

(25.370)

(258.876)

-

-

(216.987)

(216.987)

-

(45.153)

(45.153)

(521.016)

(238.053)

(178.225)

-

-

(153.640)

(569.918)

(1.268.804)

-

(193.335)

(1.462.139)

(3.539)

(423.394)

(426.933)

(2.458.990)

(176.426)

(57.080)

376.963

487.034

(25.370)

605.121

-

14.623

(216.987)

(202.364)

63.197

(45.153)

18.044

420.801

(238.053)

(178.225)

-

-

(153.640)

(569.918)

(1.268.804)

41.090

(193.335)

(1.421.049)

(3.539)

(423.394)

(426.933)

(2.417.900)

Notional 31/12/2017 31/12/2016

Montante Maturidade Positivos PositivosNegativos NegativosLíquido LíquidoMoeda

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 154

Saldo inicial

Ajustamento Cambial

Novos contratos

Maturidade

Aumentos de justo valor em:

Resultado líquido do período

Reserva de justo valor de derivados

de cobertura

Diminuições de justo valor em:

Resultado líquido do período

Reserva de justo valor de derivados

de cobertura

Ineficácia intrumento financeiro (Nota 34)

Saldo final

Valoresem Euros

(569.918)

-

863.997

-

311.042

-

-

-

-

605.121

1.948.961

200.348

-

(1.377.698)

-

-

(1.341.529)

-

-

(569.918)

(1.421.049)

-

-

1.159.123

-

-

-

(50.118)

109.680

(202.364)

(3.337.991)

-

-

-

-

1.956.162

-

(193.335)

154.115

(1.421.049)

(426.933)

18.338

-

-

426.639

-

-

-

-

18.044

-

(46.016)

-

-

-

-

(380.917)

-

-

(426.933)

(2.417.900)

18.338

863.997

1.159.123

737.681

-

-

(50.118)

109.680

420.801

(1.389.030)

154.332

-

(1.377.698)

-

1.956.162

(1.722.446)

(193.335)

154.115

(2.417.900)

31/12/2017 31/12/2016

Negociação Negociação

Coberturafluxos caixa

Coberturafluxos caixa

Coberturajusto valor

Coberturajusto valorTotal Total

Em resultado da sua estratégia de cobertura à exposi-ção do risco de taxa de câmbio e taxa de juro, o Grupo reconheceu no período findo em 31 de dezembro de 2017 os seguintes impactos:

(i) Euros 1.175.039 na rubrica de “Outros rendimen-tos” em diferenças cambiais operacionais (Nota 31);

(ii) Euros 426.639 na rubrica de “Juros e gastos sim-ilares suportados” em variação de justo valor de instrumentos financeiros (Nota 34);

(iii) Euros 1.109.005 na rubrica de “Outras variações no capital próprio” em reservas de justo valor de co-bertura divulgada na Nota 20.5.4.

Derivados de negociação

A Secil concedeu no decurso do período de 2016 e 2017 mútuos à sua subsidiária Supremo Cimentos, S.A. no montante de BRL 50.000.000 e BRL 49.000.000, respectivamente, os quais vencem juros à taxa fixa. Para cobrir o risco de flutuação da taxa de câmbio, associado ao recebimento futuro do capital e juros decorrentes dos mútuos concedidos, contratou qua-tro non-deliverable forwards e um collar cambial com maturidades em 2018, não designados como de co-bertura de acordo com a NCRF 27.

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumen-tos financeiros derivados, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, apresenta-se conforme se segue:

Derivado de cobertura de fluxos de caixa

Em outubro de 2017 venceu o contrato interest rate swap (IRS) com valor nocional de Euros 40.000.000. O Grupo havia celebrado este contrato no período findo em 31 de dezembro de 2009, registando-o como um derivado de negociação. Após a realização de testes de eficácia prospetivos e retrospetivos, o mesmo foi con-siderado como de cobertura de fluxos de caixa com efeitos a partir de 1 de julho de 2010. Até esta data, a variação do justo valor do derivado foi registada em resultados.

No período findo em 31 de dezembro de 2016, o Gru-po contratou dois swaps de taxa de juro para cobrir os pagamentos futuros de juros dos empréstimos obriga-cionistas Secil 2017/2021 e Secil 2017/2023 (Nota 23.3) em que paga uma taxa fixa e recebe uma taxa variável.

Na realização dos testes de eficácia é utilizado o mé-todo de regressão linear que analisa a correlação estatística entre a variação do justo valor do swap e a variação do justo valor dos financiamentos atribuíveis a alterações da taxa de juro Euribor.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 155

O justo valor positivo e negativo dos swaps de taxa de juro no montante de Euros 14.623 e Euros 216.987, respetivamente, encontra-se repartido pelas seguintes rubricas do capital próprio do Grupo:

Para efeitos de registo de ineficácia é usado o dollar offset method recorrendo à abordagem do “derivado hipotético”. O modelo consiste na definição de um derivado hipotético que replica as condições do ins-trumento coberto, e posteriormente, a comparação entre as variações ocorridas nos fluxos gerados pelo mesmo derivado hipotético e as variações incorridas nos fluxos gerados pelo instrumento de cobertura. Para o efeito, utilizou-se o rácio da alteração do jus-to valor do instrumento de cobertura, dividido pela alteração no justo valor do respetivo empréstimo obrigacionista a alterações na taxa de juro Euribor a 6 meses comparando com a taxa fixa de referência do instrumento de cobertura.

A componente ineficaz reconhecida na rubrica de “Ju-ros e gastos similares suportados” ascendeu a Euros 109.680 (Nota 34) positivos no período findo em 31 de dezembro de 2017.

Derivado de cobertura de fluxos de justo valor

No período findo em 31 de dezembro de 2016, a sub-sidiária Supremo Cimentos, S.A., contratou dois novos empréstimos externos ao abrigo da Lei nº 4.131 com

dois dos principais bancos brasileiros no montante de USD 8.500.000 e USD 9.239.298 e maturidades em 26 de novembro de 2018 e 22 de julho de 2019, respetivamente.

No mesmo momento, e em conformidade com essa mesma Lei e obrigações do Banco Central do Bra-sil, que determina a cobertura dos financiamentos mediante a celebração de instrumentos de cobertu-ra perfeitos, os financiamentos foram integralmente cobertos através da contratação de dois swaps de câmbio e de taxa de juro que permitiram a fixação do valor nominal dos referidos financiamentos em BRL 27.542.550 e BRL 30.000.000, respectivamente e o pa-gamento de juros à taxa CDI acrescida de um spread.

Reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 20.5.4)

Resultados transitados (a)

Resultado líquido do período:

Resultados financeiros líquidos - ineficácia (Nota 34)

2.889.675

(3.201.719)

109.680

(202.364)

1.780.670

(3.355.834)

154.115

(1.421.049)

Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016

(a) - Efeito acumulado no período em que o derivado foi classificado como de negociação e componente ineficaz reconhecida em resultados em períodos anteriores.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 156

39DISPÊNDIOS EM MATÉRIAS AMBIENTAIS

O Grupo no âmbito do desenvolvimento da sua atividade incorre em diversos encargos de caráter am-biental, os quais, dependendo das suas características, estão a ser capitalizados ou reconhecidos como um gasto nos resultados operacionais do período.

Os dispêndios de caráter ambiental incorridos para preservar recursos ou para evitar ou reduzir danos futuros, e que se considera que permitem prolongar a vida ou aumentar a capacidade ou melhorar a se-gurança ou eficiência de outros ativos detidos pelo Grupo, são capitalizados.

Os dispêndios capitalizados e reconhecidos em gastos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, têm a seguinte discriminação:

Licenças de emissão de gases com efeito de estufa

No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases com efeito de estufa. Neste contexto, foi emitida uma Di-retiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas Licenças de emissão de gases com efeito de

estufa, entretanto transposta para a legislação portu-guesa e que é aplicável, desde de 1 de janeiro de 2005, entre outras, à indústria de cimento (Nota 13).

Emissões para a atmosfera

Gestão das águas residuais

Gestão dos resíduos

Protecção dos solos e das águas subterrâneas

Protecção da natureza

Ruído e vibração

Outras actividades de protecção do ambiente

Valoresem Euros

Imputados a gastos

1.072.823

36.006

1.508.816

10.036

628.474

-

342.506

3.598.661

112.004

34.415

-

-

193.149

-

-

339.568

1.184.827

70.421

1.508.816

10.036

821.623

-

342.506

3.938.229

1.337.589

78.061

1.641.790

106.702

542.376

2.216

509.446

4.218.180

938.971

78.061

1.424.120

13.187

542.376

2.216

479.605

3.478.536

398.618

-

217.670

93.515

-

-

29.841

739.644

31/12/2017 31/12/2016

Capitalizados Total TotalImputados

a gastos Capitalizados

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 157

40CUSTOS COM AUDITORIA E REVISÃO LEGAL DE CONTAS

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os dispêndios com serviços de revisão legal de contas ascenderam a Euros 315.101 e Euros 308.760, respetivamente.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 158

41COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELO GRUPO

41.1_ Garantias e outros compromissos financeiros

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, as garantias pres-tadas pelo Grupo e outros compromissos financeiros decompõem-se como se segue:

Garantias prestadas

IAPMEI (âmbito do QREN)

IAPMEI (âmbito do PEDIP)

APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra

APDL - Administração do Porto de Leixões

Direcção Geral de Alfândegas

Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Centro

Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Lisboa e Vale do Tejo

Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Algarve

Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Norte

CNE - Massa Insolvente

ICNF-Inst.da Conserv.Natur. e das Florestas, I.P.

Mercedes - Benz - Aluguer de Veículos, Unipessoal, Lda.

Tribunal do Trabalho

Conselho de Emprego, Indústria e Turismo (Espanha)

Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais

Outras

Cartas de crédito de importação

Compromissos de compra com fornecedores

Livranças, avais e fianças

Hipotecas

Terrenos, edifícios e equipamentos básicos de Sibline

Total das garantias e outros compromissos (Nota 37.3)

Valoresem Euros

55.963

209.305

2.593.639

707.343

800.000

863.173

1.118.892

453.360

236.403

13.200.000

406.540

866.000

-

-

-

316.627

21.827.245

39.601.494

1.421.668

67.035.679

129.886.086

55.964

209.305

2.605.009

711.219

800.000

727.825

1.000.926

534.620

236.403

-

406.540

500.000

217.324

954.118

274.595

387.051

9.620.899

-

35.078.283

1.179.244

58.711.198

104.589.624

31/12/2017 31/12/2016

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 159

41.2_ Outros compromissos assumidos

Investimento numa nova fábrica em Angola

Nos termos do Memorando de Entendimento cele-brado entre o Governo de Angola e a Secil, em Abril de 2004, foi constituída em Novembro de 2005 a Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. detida em, aproximadamente, 51% pelo Grupo Secil e, indireta-mente, em 49% pelo Estado angolano, a qual começou a operar a partir de Janeiro de 2006, cessando assim o contrato de cessão de exploração da unidade fabril Encime do Lobito, celebrado entre o Estado Angolano e a Tecnosecil (atualmente denominada Secil Angola) em vigor desde Setembro de 2000. O capital social da Secil Lobito no montante de USD 21.274.285 foi realizado através da transferência dos ativos tangíveis e intangíveis da Secil Angola e da En-cime U.E.E. respetivamente pelo Grupo Secil e Estado angolano, pelo valor resultante da avaliação indepen-dente efetuada em Outubro de 2003 por uma empresa de auditoria internacional.

Nesse Memorando de Entendimento, estimou-se que, num horizonte de 36 meses contados desde a data de realização do respetivo capital social, a Secil Lobito iria instalar uma fábrica de cimento e clínquer no Lobito.

Em Outubro de 2007, o Conselho Ministros de Angola aprovou o Projeto de Investimento Privado denomina-do “Nova Fábrica de Cimento do Lobito”, no montante de USD 91.539.000, contratualizado em Dezembro de 2007, pela Secil Lobito e pela ANIP - Agência Nacional para o Investimento Privado, esta em representação do Estado angolano.

Adicionalmente, no exercício de 2008, foi adicionado ao investimento uma central de produção de energia elétrica no valor de USD 18.000.000.

A Secil Lobito adaptou o projeto de investimento à realidade do mercado de cimento de Angola. Nesse sentido, em Outubro de 2015, a Secil Lobito entregou na U.T.I.P. – Unidade Técnica para o Investimento Pri-vado, criada no âmbito da Nova Lei do Investimento Privado, e para merecer a sua aceitação, uma minuta de adenda ao acima referido Contrato de Investimento Privado aprovado em Dezembro de 2007 pelo Conse-lho de Ministros de Angola. Esta adenda foi preparada no seguimento dos vários contactos mantidos com a então ANIP, e compreende a revisão e atualização de determinadas matérias e condições das quais depende a efetiva viabilidade, realização e implementação do projeto de investimento.

Em 2016 foi enviada para a U.T.I.P a última versão re-vista do Projeto, que engloba o ajustamento deste às novas condições de mercado, assim como considera as recomendações emanadas pela UTIP no final de 2015.

Tem a Secil Lobito procurado conhecer a posição do Estado Angolano sobre a reativação e reformulação deste Projeto. No entanto, as perspetivas futuras em relação ao arranque do projeto não são suscetíveis de concretização com rigor temporal. As dificuldades que se seguiram após a sua aprovação, não foram ainda ul-trapassadas, sendo que a empresa mantém-se ativa nas diligências para superar as contrariedades inerentes.

Em Abril de 2017, a Encime notificou a Secil Angola da “decisão superiormente aprovada da alienação das acções da Encime, UEE”. Nos termos dos Estatutos e da lei, é necessário que os sócios sejam notificados sobre o número, preço e condições da referida trans-missão de acções, o que ainda não aconteceu, pelo que a Secil continua a aguardar o desenvolvimento deste processo.

Depósito Caução

A subsidiária Ciminpart - Investimentos e Participa-ções, S.G.P.S., S.A. vendeu em 2012 uma participação financeira minoritária. No âmbito deste processo, a Secil detém à data de 31 de dezembro de 2017 um penhor sobre um depósito bancário no montante de Euros 650.000.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 160

42ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO

No passado dia 27 de março de 2018, o Grupo pro-cedeu à aquisição da quota, representativa do capital social da Cimentos Madeira, Lda., que a Região Autó-noma da Madeira detinha.

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 161

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Pedro Mendonça de Queiroz PereiraPresidente

João Nuno de Sottomayor Pinto de Castelo BrancoVice-Presidente

Otmar HübscherVice-Presidente

Gonçalo de Castro Salazar LeiteVice-Presidente

Carlos Alberto Medeiros AbreuVogal

Francisco José Melo e Castro GuedesVogal

João Luís Barbosa Pereira de VasconcelosVogal

José Miguel Pereira Gens ParedesVogal

Manuel António de Sousa MartinsVogal

Paulo Miguel Garcês VenturaVogal

Ricardo Miguel dos Santos Pacheco PiresVogal

Sérgio António Alves MartinsVogal

Emília Rosa Mota de CarvalhoContabilísta Certificado

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Relatório do Conselho de Administração 2017 · Anexos 162

ANEXOCertificação Legal das Contas Consolidadas Relatório e Parecer do Conselho Fiscal - Contas Consolidadas.

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SECIL

COMPANHIA GERAL DE CAL E CIMENTO, S.A. Sede, Outão . Apartado 71 . 2901-864 Setúbal

T . 212 198 100 . 265 534 766F . 265 234 629

www.secil.pt