relatÓrio do conselho de administraÇÃo 20 17 · apesar dos riscos, a instabilidade geopolítica...
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2017
RELATÓRIO DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO
CAMINHO DE PROGRESSO
Os resultados atingidos pela Secil neste exercício evidenciam que o caminho de recuperação que está persistentemente a ser prosseguido começa a dar os seus frutos: o volume de negócios subiu e o EBITDA melhorou, tal como sucedeu com o endividamento e o resultado liquido.
A Empresa está ainda longe de atingir resultados globalmente satisfatórios, em termos de rentabil-idade e endividamento, mas a tendência recessiva inverteu-se e estamos a caminho de um contexto mais favorável, o que, dado o ambiente incerto que se vive à escala global deve ser encarado com oti-mismo.
Os mercados geográficos onde a Secil atua no Norte de África e Médio Oriente estão ainda turbu-lentos, a situação em Angola mantém-se indefinida e no Brasil detetam-se já os primeiros alvores de re-cuperação económica que nos permitiram alcançar um recorde de produção, em ano de expressiva consolidação do desempenho da Supremo Cimen-tos com aumento da sua quota de mercado.
Em Portugal assiste-se a uma nítida recuperação de mercado- quer do cimento quer dos materiais de construção – e ampliámos a nossa atuação através da aquisição de um terminal portuário de cimento, pedreiras e centrais de betão no Norte de Espanha (Galiza e Astúrias).
Outro importante êxito, que registamos com apreço, foi a significativa melhoria nos Indicadores de Segurança, que se aproximam da média do sector, com tudo o que tal significa em termos de proteção de vidas humanas e qualidade da gestão.
Importa todavia salientar que estes passos positi-vos carecem de consolidação, para que a empresa esteja apta a vencer os crescentes desafios da glo-balização económica e da sustentabilidade.
À Gestão e a todos os Colaboradores endereço o meu reconhecimento pelo caminho prosseguido, que deve ser entendido como estimulo e confiança na prossecução das exigentes metas que estão definidas.
Pedro Mendonça Queiroz Pereira
Presidente do Conselho de Administração
MENSAGEMDO PRESIDENTE
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Gonçalo de CastroSalazar Leite
José Miguel PereiraGens Paredes
Sérgio AntónioAlves Martins
Pedro Mendonçade Queiroz Pereira
Carlos AlbertoMedeiros Abreu
Manuel António de Sousa Martins
João Nuno de SottomayorPinto de Castelo Branco
Francisco José Meloe Castro Guedes
Paulo MiguelGarcês Ventura
Otmar Hübscher
João Luís BarbosaPereira de Vasconcelos
Ricardo Miguel dosSantos Pacheco Pires
Presidente
Vice-presidente
Vice-presidente
Vice-presidente
Vogal
Vogal
Vogal
Vogal
Vogal
Vogal
Vogal
Vogal
PEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA
JOÃO NUNO DE SOTTOMAYOR PINTO DE CASTELO BRANCO
OTMAR HÜBSCHER
GONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITE
CARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREU
FRANCISCO JOSÉ MELO E CASTRO GUEDES
JOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS
JOSÉ MIGUEL PEREIRA GENS PAREDES
MANUEL ANTÓNIO DE SOUSA MARTINS
PAULO MIGUEL GARCÊS VENTURA
RICARDO MIGUEL DOS SANTOS PACHECO PIRES
SÉRGIO ANTÓNIO ALVES MARTINS
01 Enquadramento Económico Global 02 O Grupo Secil em 2017
03 Principais Acontecimentos de 2017 04 Portugal 05 Líbano 06 Tunísia 07 Brasil
08 Angola 09 Perspetivas Futuras 10 Proposta de Aplicação de Resultados
01
01ENQUADRAMENTO ECONÓMICO GLOBAL
A economia mundial manteve em 2017 o ní-vel de crescimento verificado no ano ante-rior. As economias emergentes e em desen-volvimento continuaram a ser o maior motor de evolução, enquanto as economias mais desenvolvidas aproximaram-se do seu cres-cimento potencial. Os países onde o Grupo Secil tem operações diretas mantiveram uma evolução assimétrica provocada, essencial-mente, por focos de instabilidade política e social.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 7
A atividade económica mundial manteve em 2017 o ritmo de crescimento que trazia do ano anterior. O crescimento estimado de 3,7% (World Economic Outlook Update, FMI, Janeiro 2018) - meio ponto percentual acima do verificado em 2016 - assentou principalmente nas economias da Zona Euro, Ásia e Rússia, que compensaram a revisão em baixa das eco-nomias dos EUA, Reino Unido e Índia na 2ª metade do ano, isto depois de uma primeira metade de 2017 de crescimento económico generalizado.
Este ligeiro reforço do crescimento global aconteceu com o reforço de crescimento de cerca de 120 econo-mias que pesam cerca de 75% do PIB mundial. Este é o mais amplo movimento de crescimento económico sincronizado desde o início da década.
Ainda assim, o ritmo de crescimento apresentado por economias em posições diferentes de desenvol-vimento continua a ser diverso. As economias mais desenvolvidas aceleraram o seu ritmo de crescimento de 1,7% em 2016 para 2,3% em 2017 e encontram-se, nesta fase, próximas do seu potencial de crescimento.
Já as economias emergentes e em desenvolvimento, continuam a aproximar-se das restantes, uma vez que continuam a apresentar taxas de crescimento acen-tuadamente superiores. Em 2017 apresentaram um incremento do PIB de 4,7%, que compara com 4,4% no ano anterior. O Brasil, a China e a África do Sul são, neste capítulo, exemplos de economias que cresceram acima das estimativas e que foram muito impulsiona-das pela exportação de matérias-primas. A excepção neste grupo de países verificou-se no Médio Oriente e no Norte de África, sobretudo devido aos cortes na produção de petróleo.
As economias mais relevantes para o Grupo Secil tive-ram, em 2017, evoluções assimétricas, determinadas, sobretudo, pela elevada instabilidade política verificada em alguns países.
Em Portugal existiam algumas incertezas sobre qual seria a evolução económica, nomeadamente o de-sempenho do setor da construção. O PIB português aumentou 2,7% no ano em análise (INE, Fevereiro de 2018), o maior crescimento desde o ano 2000. Esta evolução ficou a dever-se, essencialmente, ao con-tributo da procura interna e, nesta, à aceleração do Investimento.
Na região do Médio Oriente e Norte de África, as operações encontram-se condicionadas por fatores de instabilidade, sobretudo políticos e sociais, cujos desenvolvimentos podem condicionar as atividades. Apesar dos riscos, a instabilidade geopolítica pode também potenciar novas reformas ou uma reorienta-ção de agendas políticas em vários países.
Em 2017, registou-se uma taxa de crescimento de 2,5% na região, com a Tunísia a apresentar um crescimento do PIB de 2,3% e o Líbano de 1,5% (World Economic Outlook, FMI Outubro, 2017).
No Brasil, a instabilidade política e a incerteza que esta provoca sobre a evolução económica anteviam um ano de recessão, com retração do investimento público e privado. De acordo com as últimas estima-tivas disponíveis à data de elaboração deste relatório, o PIB brasileiro cresceu 1,1%, positivamente distante da expetativa inicial de decréscimo de 3,5%. Para esta evolução muito contribuiu a performance das expor-tações e o aumento generalizado da procura interna (World Economic Outlook Update, FMI, Janeiro 2018).
Em Angola, apesar do ligeiro crescimento registado, os desequilíbrios macroeconómicos mantêm-se. As eleições gerais ocorridas em 2017 trouxeram uma ex-petativa de mudança política e económica, tendo sido criado um plano com o objetivo de reduzir os desequi-líbrios. O crescimento económico de 2017 terá sido de 1,5% (World Economic Outlook, FMI Outubro, 2017).
No mercado cambial, a cotação EUR/USD ao longo do ano de 2017 foi caracterizada pela valorização do Euro, contrário ao registado no ano anterior. No início do ano a cotação era de 1,0513 dólares por euro e no final do ano tinha subido para 1,1996, representando uma valorização do Euro de 14%. Ao longo de 2017, a cota-ção situou-se, em média, nos 1,1302 dólares por euro. Relativamente ao Real do Brasil (BRL), e contrariando o ano anterior, 2017 foi marcado por uma desvalorização significativa, passando de 3,4305 para 3,96285 (desva-lorização do BRL de 15,5%), e cotando-se em termos médios do ano nos 3,6093. No caso do Dinar da Tu-nísia (TND), 2017 foi marcado por uma desvalorização significativa de 15%, situando-se a cotação no final o ano em 2,718, comparativamente a 2,373 em 2016. Es-tas cotações tiveram impacto negativo na conversão das demonstrações financeiras das empresas da área internacional do Grupo.
02O GRUPO SECIL EM 2017
O Grupo Secil continuou em 2017 a inves-tir no alargamento e consolidação das suas operações. Foi adquirido um conjunto de operações em Espanha, que permitem a ex-portação de cimento a partir de Portugal. No Brasil, a operação da Supremo continuou a ter uma evolução positiva.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 9
Principais Acontecimentos de 2017
Em Março de 2017, o Grupo Secil adquiriu um con-junto de operações sediadas em Espanha, as quais incluem um terminal que permite a exportação de ci-mento a partir de Portugal, bem como 13 centrais de betão e exploração de pedreiras.
Introdução de novas embalagens de cimento em Portugal, com alteração do design gráfico e da co-municação da marca: “O Cimento agora tem nome”.
Lançamento do programa de transformação Return com vista a aumentar a rentabilidade do Grupo Secil, e com o estabelecimento de objetivos até 2020.
Início da exportação de clínquer na Tunísia, a partir de Gabès.
Aumento das reservas da pedreira em Adrianópolis.
Consolidação das operações na Holanda adquiridas em 2016, com o aumento das vendas do Terminal de Terneuzen.
Arranque do consumo/valorização de caroços de azeitona como fonte alternativa de combustível nos fornos em Gabés.
O contexto económico desafiante e, sobretudo, a as-simetria da evolução dos mercados mais relevantes para o Grupo Secil voltaram a fazer de 2017 um ano sujeito a incertezas e a performances diferenciadas. Para lá da conjuntura, o grupo continuou a investir no alargamento e consolidação das suas operações, bem como na otimização das operações atuais.
Foi lançado em 2017 um programa de transformação transversal ao Grupo, que recebeu a designação de Return. Este programa que tem três linhas de ação: aumento das receitas, gestão eficiente dos custos e processos e redefinição do modelo de gestão. Este processo visa aumentar a rentabilidade do Grupo Secil, com foco prioritário no crescimento dos resultados das operações atuais. No seu âmbito, foi definido um conjunto de objetivos até 2020. Foram identificadas iniciativas que visam a melhoria de desempenho global e um crescimento significativo e sustentável dos resul-tados operacionais, tanto em cada uma das geografias onde a Secil opera, como transversalmente ao nível do Grupo.
O ano ficou marcado pela melhoria da rentabilidade das operações em Portugal. Embora se tenha assis-tido a uma redução do mercado externo, a retoma do mercado interno e o crescimento do mercado da construção suportaram uma melhoria significativa do contributo da operação portuguesa para o resultado global do Grupo.
Algumas das geografias continuaram a ser marcadas por alguma instabilidade económica e política, como é o caso da Tunísia, Líbano e Angola. As condições de mercado são difíceis, com contextos complexos e ambientes concorrenciais desafiantes. A atuação no sentido de otimizar e tornar as operações mais eficien-tes, permitiu que estas adversidades fossem mitigadas. Exemplos disso são os casos do Líbano e de Angola, que melhoraram os seus resultados operacionais, ou da Tunísia, que reduziu parte dos impactos negativos.
No Brasil - depois da importância de 2016, que foi o primeiro ano completo de atividade da nova fábrica - 2017 revelou-se o ano de consolidação da posição da Supremo no mercado. Mesmo com um contex-to económico e de mercado adversos, as vendas em volume continuaram a crescer e as instalações fabris continuaram a ter uma excelente performance.
Ao nível do desenvolvimento, o ano de 2017 ficou também marcado pela aquisição, em Março, de um conjunto de operações sediadas em Espanha, que in-cluem um terminal em Vigo que permite a exportação de cimento a partir de Portugal, bem como treze cen-trais de betão na Galiza, Astúrias e León e a aquisição de duas pedreiras na Galiza e Astúrias.
É convicção do Conselho de Administração que as di-ferentes medidas que têm vindo a ser implementadas, conjuntamente com a continuação da prioridade dada à otimização e melhoria da eficiência dos processos e operações, irão conduzir o Grupo a resultados mais favoráveis e níveis de rentabilidade superiores.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 10
2.1_ Volume de Negócios
O volume de negócios do Grupo Secil teve um aumento de 5,9% em 2017. As quantidades vendidas de cimento e clínquer cresceram 6,5%. Destaque para as vendas de clínquer, que registaram um acréscimo superior a 57%
O rácio de frequência de acidentes registou uma me-lhoria significativa face a 2016, o Grupo continuou em 2017 muito empenhado e com grande ênfase na construção de uma cultura de segurança baseada em comportamentos que permitam eliminar/controlar a exposição das pessoas aos riscos.
A análise da performance dos indicadores físicos mos-tra evoluções positivas nos vários tipos de produtos.
As vendas de cimento e clínquer do Grupo Secil to-talizaram 5,9 milhões de toneladas. Este volume está cerca de 6,5% acima das vendas realizadas em 2016.
2017 2016 Variação
2.556
4,80
128,20
2.619
9,00
240,00
-63
-46,7%
-46,6%
Pessoal
Colaboradores
Rácio de frequência de acidentes
Rácio de gravidade de acidentes
Vendas
Cimento cinzento
Cimento branco
Clínquer
Betão-Pronto
Inertes
Préfabricados
Argamassas
Cal Hidráulica
Cimento-Cola
1000 t
1000 t
1000 t
1000 m3
1000 t
1000 t
1000 t
1000 t
1000 t
5.850
5.105
86
659
1.484
3.194
128
128
26
18
5.491
4.988
84
418
1.214
2.547
73
102
24
16
6,5%
2,3%
2,6%
57,4%
22,3%
25,4%
74,5%
25,2%
5,8%
10,2%
Capacidade Produtiva de Cimento 9.750 9.750 0,0%
Principais Indicadores Físicos Consolidados
1000 t
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 11
Esta evolução positiva nas toneladas vendidas ocor-reu em praticamente todas as geografias. O aumento mais significativo deu-se nas vendas no Brasil, que aumentaram 13,7%. A unidade conseguiu um bom desempenho comercial, consolidado pelo serviço de apoio ao cliente e pela implantação de novos centros de distribuição durante o segundo semestre de 2016.
Em Portugal, as vendas no mercado interno registaram um crescimento de cerca de 9%, evolução devida ao aumento do mercado, que registou variações homó-logas mensais positivas ao longo de todo o ano.
As vendas de exportação de cimento a partir de Portu-gal decresceram cerca de 4%, devido essencialmente ao efeito do aumento da concorrência, motivado pelo excesso de oferta nos mercados internacionais.
Na Tunísia, verificou-se uma quebra das vendas de ci-mento dirigidas tanto ao mercado interno como ao externo, devido à diminuição do mercado e ao au-mento da pressão concorrencial.
Tanto em Portugal como na Tunísia as unidades pro-curaram novos mercados, para fazer face à diminuição de vendas de cimento nos mercados interno ou ex-terno. Assim, no Grupo, as vendas de clínquer para exportação registaram um aumento de 57,4%, influen-ciadas pelo aumento das vendas de Portugal e pelo início de vendas a partir da Tunísia (foram vendidas 206 mil toneladas).
No Líbano as vendas aumentaram 2,7%, apesar do ligeiro decréscimo do mercado. Uma evolução que ficou a dever-se à melhoria da performance opera-cional.
Em Angola, as vendas diminuíram 2,5%, devido à retração no mercado do cimento por impacto da con-juntura económica do país.
As vendas de betão pronto do Grupo, por sua vez, re-gistaram um crescimento significativo de 22,3% face a 2016. Este aumento ocorreu sobretudo em Portu-gal, onde as vendas de betão cresceram 27%, fruto do dinamismo do mercado da construção e influencia-do pela reabilitação urbana e algumas obras novas. As vendas em quantidade estão também influencia-das positivamente pela incorporação das vendas das centrais de betão das operações em Espanha, cujo impacto em 2017 foi de cerca de 50 mil m
3.
As vendas de betão no Líbano e na Tunísia decresce-ram em virtude da contração dos respetivos mercados e da forte situação concorrencial.
No Brasil, apesar do mercado ter sido afetado ne-gativamente pela conjuntura, as vendas de betão cresceram cerca de 24%. Esta performance foi influen-ciada positivamente pelo início de atividade de duas novas centrais e pelo desenvolvimento de um projecto de excelência comercial.
Nas restantes áreas de materiais de construção, e à semelhança do que sucedeu com o betão pronto em Portugal, as vendas registaram crescimentos apreciá-veis em 2017. Em Portugal, a requalificação urbana, requalificação da rede rodoviária nacional, obras novas e algumas obras estruturais (públicas e privadas) per-mitiram que todos os segmentos crescessem em 2017.
Em 2017, o volume de negócios do Grupo Secil cifrou--se em 499,5 milhões de euros, 28 milhões de euros acima do verificado em 2016, o que representa um crescimento de 5,9%.
Volume de Negócios (milhares de euros) 2017 2016 Variação
Portugal*
Líbano
Tunísia
Brasil
Angola
Intra-Grupo
Total Consolidado
298.073 244.821 21,8%
0,0%
-14,6%
10,9%
8,0%
140,8%
92.092
56.468
78.233
19.113
-19.197
92.106
48.212
86.727
20.639
-46.229
499.527 471.530 5,9%
* - O segmento de Portugal passou a incluir as actividades em Cabo Verde e na Holanda e Espanha.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 12
A análise geográfica mostra-nos que o crescimento foi mais significativo no volume de negócios em Portugal e no Brasil.
Em Portugal, este aumento é explicado pelo cresci-mento das atividades no mercado interno, sobretudo pelo aumento das vendas de cimento e de materiais de construção. Este crescimento permitiu compensar o decréscimo das vendas de exportação, que continuam a ser influenciadas pelo excesso de oferta na Europa e Mediterrâneo.
No Brasil, apesar da difícil conjuntura económica e do decréscimo da construção, o Grupo conseguiu aumentar as quantidades vendidas de cimento e o volume de negócios foi também influenciado po-sitivamente pela valorização média do Real face ao Euro, com impacto positivo de cerca de 5,5 milhões de euros. Estes dois efeitos permitiram compensar o impacto negativo do decréscimo dos preços de venda, influenciados pela queda do mercado e pelo aumento da concorrência.
Em Angola, o volume de negócios foi marcado pela gestão criteriosa do preço de venda em função das necessidades do mercado, tendo sempre em conside-ração as necessidades regionais e dimensão da oferta dos vários produtores. Desta forma, oaumento do preço de venda em cerca de 11% per-mitiu mais que compensar a quebra das quantidades vendidas, que caíram 2,5% em comparação com 2016.
Na Tunísia, o decréscimo do volume de negócios de-veu-se à diminuição das vendas no mercado interno e à desvalorização cambial do Dinar face ao Euro. A diminuição do mercado de cimento e o excesso de oferta contribuíram, uma vez mais, para uma maior pressão sobre os preços de venda, quer no mercado local, quer nas vendas para exportação. Este decrés-cimo foi atenuado pelo início de comercialização de clínquer no mercado de exportação. De salientar que o impacto negativo da desvalorização cambial do Dinar tunisino face ao Euro teve um efeito significativo no volume de negócios de cerca de 7 milhões de euros.
No Líbano, o consumo de cimento registou um de-créscimo face a 2016, ano em que as vendas foram influenciadas por algumas restrições na produção (paragens da principal moagem de cimento). Este contexto não se repetiu em 2017, pelo que foi pos-sível aumentar a produção e as vendas de cimento em cerca de 2,7%. O volume de negócios manteve-se semelhante ao de 2016 devido à desvalorização cam-bial do Dólar face ao Euro, que teve um impacto de 1,9 milhões de euros.
2.2 Resultados
O resultado líquido foi negativo em 2017. O EBITDA consolidado aumentou 4,8% para 89 milhões de eu-ros, sobretudo devido à evolução das operações em Portugal e no Líbano.
O ano de 2017 revelou-se desafiante, mas positivo, para o Grupo Secil no que respeita aos resultados ope-racionais. O EBITDA aumentou, devido aos resultados favoráveis obtidos em Portugal, Líbano e Angola, e apesar das dificuldades sentidas no Brasil e na Tunísia. O EBITDA cifrou-se em 89 milhões de euros, tendo crescido cerca de 4 milhões de euros face ao exercício anterior.
O Grupo colocou forte ênfase em iniciativas e projetos que visam a otimização das operações e o aumento da rentabilidade. Para além da continuação dos projetos já iniciados em anos anteriores, foram identificados novos projetos e iniciativas, no âmbito do já referido programa de transformação Return.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 13
O aumento do EBITDA deveu-se maioritariamente às operações em Portugal e no Líbano. Em cada uma destas unidades, verificou-se um aumento de 3,2 mi-lhões de euros. Em termos globais, este indicador está impactado negativamente em cerca de 1,9 milhões de euros, maioritariamente em resultado da desvaloriza-ção cambial do dólar e do dinar tunisino face ao euro.
2017 2016 Variação
Volume de Negócios
Custos Operacionais
EBITDA*
Depreciações, amortizações e provisões
EBIT
Resultados Fincanceiros
Resultados antes de Impostos
Impostos sobre lucros
Resultado Consolidado Líquido do Período
Interesses Minoritários
Resultado Líquido Atribuível a Acionistas
499.527
410.525
89.002
75.978
13.024
-40.291
-27.267
16.703
-10.563
-10.066
-20.629
471.530
386.573
84.957
65.079
20.469
-37.288
-16.820
3.854
-12.966
-9.309
-22.275
5,9%
6,2%
4,8%
16,7%
-36,4%
8,1%
62,1%
n.a.
-18,5%
8,1%
-7,4%
Demonstração de Resultados Consolidados(milhares de euros)
* - O Grupo Secil alterou em 2016 o método de cálculo do EBITDA. A nova fórmula deste indicador é dada por:
EBITDA=Resultado Operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) -/+ Ganhos e (Perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos + custos de
depreciações, amortizações e imparidades - Subsídios ao Investimento +/- Diferenças de câmbio (Desfavoráveis)/favoráveis) +/- Provisões ((aumentos)/reduções)
EBITDA (milhares de euros) 2017 2016 Variação
Portugal*
Líbano
Tunísia
Brasil
Angola
Intra-Grupo
Total Consolidado
* - O segmento de Portugal passou a incluir as actividades em Cabo Verde, Holanda e Espanha.
36.626
35.900
9.041
4.383
3.244
-192
89.002
33.455
32.710
10.510
5.906
2.408
-31
84.957
9,5%
9,8%
-14,0%
-25,8%
34,7%
-521,3%
4,8%
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 14
Para o aumento do EBITDA em Portugal contribuiu a evolução favorável da construção e do mercado interno de cimento, o que permitiu o aumento das atividades no cimento e nos materiais de construção, que mais do que compensaram o decréscimo de ren-tabilidade da exportação.
No Líbano, para além do aumento das vendas, o au-mento das produções, a diminuição dos custos de produção e o recebimento extraordinário de uma indemnização impactaram de forma muito positiva o EBITDA.
Em Angola, o aumento do EBITDA deveu-se ao au-mento do preço de venda e à diminuição dos custos fixos, que permitiram mais que compensar o decrés-cimo das vendas em quantidade.
O EBITDA das atividades na Tunísia foi inferior ao de 2016, o que é justificado pelo decréscimo do volume de negócios mas, maioritariamente, pela desvalori-zação do dinar tunisino face ao euro, com impacto negativo de cerca de 1,3 milhões de euros.
No Brasil, o EBITDA registou um decréscimo de cerca de 1,5 milhões de euros. O aumento das vendas de cimento e a diminuição dos custos variáveis de pro-dução não foram suficientes para anular o impacto da diminuição dos preços de venda.
O EBIT do Grupo Secil foi positivo em 13 milhões de euros, um decréscimo de 36,4% face a 2016. Esta va-riação deveu-se ao registo de 26 milhões de euros em imparidades no goodwill das operações no Brasil.
Os resultados financeiros registaram um valor nega-tivo de 40,3 milhões de euros, uma variação negativa quando comparado com os 37,3 milhões de euros de 2016.
Esta variação é explicada pelo registo de diferenças de câmbio desfavoráveis de cerca de 9,5 milhões de eu-ros, dos quais cerca de 6 milhões de euros devem-se à atualização cambial de empréstimos intra-grupo de Portugal ao Brasil. Por outro lado, os custos financeiros reduziram-se significativamente devido à redução das taxas de juro e comissões em Portugal e Brasil.
A melhoria verificada nos impostos deve-se essencial-mente ao registo de um ganho de 8 milhões de euros decorrente da conclusão de um processo fiscal que foi decidido favoravelmente à Secil, bem como à reversão de impostos diferidos passivos.
O resultado líquido atribuível a acionistas, no ano de 2017, foi negativo em 20,6 milhões de euros. Apesar da melhoria do EBITDA e do impacto positivo regis-tado em impostos, a diminuição do EBIT explica estes resultados.
Resultados Financeiros (milhares de euros) 2017 2016 Variação
Proveitos Financeiros
Custos Financeiros
Diferenças de câmbio
Resultados Empresas Associadas
Total Consolidado
3.726
-35.601
-9.463
1.048
-40.291
3.285
-43.050
-591
3.067
-37.288
13%
-17%
1502%
-66%
8%
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 15
2017 2016 Variação
571.154
1.981
169.026
82.407
91.924
79.597
117.406
41.256
1.154.742
311.514
63.132
374.646
450.750
22.874
56.128
80.698
59.227
110.419
780.097
1.154.742
Ativos não Correntes
Ativos Fixos Tangíveis
Participações Financeiras
Goodwill
Outros Ativos não Correntes
Ativos Correntes
Inventário
Clientes e Outras Contas a Receber
Caixas e Equivalentes
Outros Ativos Correntes
Total do Ativo
Capitais Próprios
Interesses Minoritários
Total do Capital Próprio
Passivos não Correntes
Financiamentos Obtidos
Provisões
Outros Passivos não Correntes
Passivos Correntes
Financiamentos Obtidos
Fornecedores
Outros Passivos Correntes
Total do Passivo
Total do Capital Próprio e do Passivo
655.713
1.763
210.913
66.788
98.558
74.014
116.137
33.981
1.247.867
392.547
72.812
465.359
412.833
30.590
64.483
126.208
34.569
123.825
792.507
1.257.867
-12,9%
12,4%
-19,9%
23,4%
-6,7%
7,5%
1,1%
21,4%
-8,2%
-20,6%
-13,3%
-19,5%
9,2%
-25,2%
-13,0%
-36,1%
71,3%
-10,8%
-1,6%
-8,2%
Síntese de Balanço Consolidado(milhares de euros)
2.3_ Balanço
O Balanço consolidado do Grupo Secil teve uma diminuição de 8,2%, sobretudo pelo impacto de amortizações e da desvalorização de algumas moedas face ao euro. As flutuações cambiais levaram também a uma descida dos capitais próprios.
O total do ativo líquido do Grupo Secil situou-se em 1,15 mil milhões de euros em 31 de Dezembro de 2017, o que representa uma diminuição de 8,2% comparati-vamente ao final de 2016. Verificou-se uma diminuição do valor dos capitais próprios, que se deveu às dife-renças de conversão de demonstrações financeiras em moeda estrangeira, que afetaram negativamente a reserva de conversão cambial em cerca de 63 mi-lhões de euros.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 16
Os ativos fixos tangíveis diminuíram cerca de 85 milhões de euros. O investimento em ativos fixos tan-gíveis totalizou 26,4 milhões de euros. No entanto, o impacto das amortizações foi superior e cifrou-se em 41,6 milhões de euros. A diminuição do valor desta rubrica deveu-se também à desvalorização das moe-das dos países onde o Grupo tem os seus ativos em relação ao euro, que totalizou cerca de 69,4 milhões de euros.
Os investimentos em ativos fixos tangíveis respeitam maioritariamente a investimentos realizados na área do cimento em Portugal, no Líbano, no Brasil e Tunísia, que representam 86% do montante total.
A 31 de Dezembro de 2017 a dívida financeira líquida totalizou 414 milhões de euros, o que representa uma redução de 9 milhões de euros face ao ano anterior. Em 2017, a Secil fez investimentos financeiros rele-vantes, particularmente no pagamento de montantes relativos à aquisição do capital do Grupo Supremo (12,7 milhões de euros) e dos ativos da operação ad-quirida em Espanha (13,5 milhões de euros).
Em termos consolidados, 53% da dívida líquida en-contra-se em regime de taxa fixa, conferindo uma adequada proteção contra a subida das taxas de juro.
Ao longo de 2017, a Secil contratou novos financia-mentos de médio e longo prazo, mantendo a sua política de assegurar linhas de financiamento com maturidades elevadas. As linhas de financiamento con-tratadas pelo Grupo ascendiam a 702 milhões de euros no final do ano, dos quais 167 milhões de euros não se encontravam utilizadas.
Durante o ano, foi evidente a disponibilidade por parte das instituições financeiras para a concessão de crédi-to em condições mais atrativas.
O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maximiza-ção do potencial de cobertura natural da exposição cambial, através da compensação dos fluxos cambiais intragrupo. Relativamente ao USD, a taxa de cobertura através de hedging natural no ano de 2017 rondou os 45%.
À data de 31 de Dezembro de 2017 o Fundo de Pen-sões do Grupo Secil apresentava, globalmente, uma situação financeira excedentária de 2,1 milhões de euros relativamente às responsabilidades atuariais calculadas por entidades independentes e reportadas à mesma data.
17Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas
03PORTUGAL
A atividade em Portugal registou um aumen-to global em 2017 que se verificou tanto no cimento como nos materiais.A recuperação do mercado doméstico foi essencial para esta evolução.Os resultados seguiram a mesma tendência, com o EBITDA das unidades em Portugal a atingirem 36,5 milhões de euros, um acrés-cimo de 9% face a 2016.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 18
3.1_ Enquadramento económico
O Produto Interno Bruto português cresceu 2,7% em 2017 (INE, Fevereiro 2018), depois de um aumento de 1,6% no ano anterior. De acordo com a generalidade das estimativas oficiais, esta expansão da economia portuguesa deverá manter-se nos próximos anos e de-verá continuar a apresentar um perfil de crescimento no horizonte 2018-2020, embora a um ritmo menor.
De acordo com os dados disponíveis (FEPICOP – Federação Portuguesa da Indústria da Construção), o desempenho da Construção foi positivo durante o ano de 2017. A produção do setor terá crescido 5,9%, em aceleração face aos 2,6% que eram previstos no início de 2017. Estes valores representam a evolução mais positiva dos últimos 19 anos, período durante o qual o volume de produção da construção terá registado uma queda acumulada de 52%.
O segmento de construção de edifícios residenciais foi o que mais contribuiu para o crescimento do setor, em particular a área da reabilitação. A produção de trabalhos de engenharia civil apresentou uma evolução
positiva (cerca de 6%), para a qual contribuiu a real-ização de eleições autárquicas, que permitiram a realização de um volume assinalável de obras da re-sponsabilidade das autarquias locais.
Em 2017, o consumo de cimento em Portugal foi marcado por variações homólogas mensais positivas ao longo de todo ao ano. De acordo com os dados disponíveis, o consumo de cimento em Portugal Con-tinental terá registado uma variação homóloga positiva de 13%, estimando-se que o mercado tenha atingido cerca de 3 milhões de toneladas.
O setor das obras públicas foi o principal responsável pela evolução verificada, sendo que o setor da habi-tação demonstrou uma dinâmica muito apreciável, de acordo com as nossas estimativas. O índice de produção da construção e obras públicas manteve variações homólogas positivas ao longo do ano, sen-do que o segmento das obras de engenharia foi mais dinâmico que o segmento da construção de edifícios.
3.2_ O Grupo Secil
* - Os volumes de vendas respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.** - Inclui as vendas do Terminal da Holanda e de Cabo Verde e Vigo.
2017 2016 VariaçãoUnidade
3.005
1.962
1.605
1.154
1.260
2.413
984
3.949
173
119
298.073
36.626
12,3%
26.224
8,8%
12.538
980
1000t
1000t
1000t
1000t
1000t
1000t
1000 m3
1000t
1000t
1000t
1000€
1000€
%
1000€
%
1000€
Nº
Mercado do Cimento
Produção de Clínquer
Produção de Cimento
Vendas da Cimento e Clínquer*
Mercado Interno
Mercado Externo**
Total
Vendas de Betão*
Vendas de Inertes*
Vendas de Argamassas*
Vendas de Prefabricados*
Volume de Negócios
EBITDA
Margem EBITDA
EBIT
Margem EBIT
Capex
Pessoal
2.662
1.898
1.804
1.059
1.313
2.372
737
3.156
143
83
244.821
33.455
13,7%
11.744
4,8%
30.394
980
-12,9%
3%
-11%
9%
-4%
2%
34%
25%
21%
42%
22%
9%
123%
-59%
0
PORTUGAL
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 19
As atividades do Grupo em Portugal registaram um desempenho global mais forte em 2017 e foram marcadas por uma melhoria no mercado interno, ver-ificado tanto no cimento quanto nos materiais.
As vendas de cimento da Secil atingiram 1,154 milhões de toneladas, mais 9% face a 2016. Este aumento fi-cou a dever-se à evolução positiva do mercado, a condições climatéricas benéficas, ao incremento de obras autárquicas e privadas (turismo e residenciais) e à reabilitação, sobretudo nas cidades de Lisboa e do Porto. Os preços tiveram também uma evolução positiva.
Destaca-se em especial o crescimento das vendas para o betão e prefabricação. Esta evolução foi motivada pelo reforço na apresentação de produtos com car-acterísticas adequadas aos segmentos, o que resultou na venda de produtos de maior complexidade técnica.
É de salientar a incorporação do Cimento Secil nas se-guintes obras: Parque Jurássico da Lourinhã, Terminal de Cruzeiros de Lisboa, Ikea de Loulé, Reabilitação da Estação do Metropolitano de Arroios e Museu MUDE.
No mercado externo, a existência de oferta excedentária na Europa, Mediterrâneo e África Oci-dental continuou a provocar um nível de concorrência elevado. Esta envolvente teve impacto negativo nas quantidades e preços de venda, também influenciados pelo impacto da valorização do euro face ao dólar, dado que usualmente estes produtos são negociados em dólares.
As vendas totais de exportação reduziram-se em cer-ca de 4%, mantendo a tendência negativa de 2016 e contrariando o cenário que se verificava até 2015, com vendas de totais de cimento de 272 mil toneladas.
Esta evolução deveu-se à quebra das vendas de cimento em 36%, em grande parte devido à não re-alização de vendas para a Argélia, principal destino das exportações de cimento em anos anteriores. Em contrapartida, as exportações de clínquer ficaram lar-gamente acima do ano anterior, tendo registado um aumento de 48%.
As vendas dos Terminais, por sua vez, foram positivas, com crescimento de 116 mil toneladas para um total de 225 mil toneladas. De destacar, neste capítulo, as contribuições do terminal da Holanda, adquirido em Maio de 2016, do terminal de Espanha, adquirido em Abril de 2017, e de Cabo Verde.
A área de materiais de construção registrou uma re-cuperação bastante positiva em 2017, influenciada essencialmente pela reabilitação urbana, requalificação da rede rodoviária nacional e algumas obras novas.
O betão pronto registou um acréscimo nos volumes de 34%. No mercado interno o dinamismo da área da construção, principalmente da reabilitação urbana, e as obras levadas a cabo pelas autarquias (eleições autárquicas), tiveram um impacto muito positivo no consumo de betão. As vendas em quantidade estão também influenciadas positivamente pela incorpo-ração das vendas das centrais de betão das operações em Espanha (13 centrais de betão), cujo impacto foi de cerca de 50 mil m3 no ano em análise.
As vendas de inertes do grupo registaram um cresci-mento bastante significativo, de 25%. Esta evolução foi ditada por uma maior dinâmica em todas as regiões de atuação das nossas atividades. As vendas de inertes incluem já cerca de 175 mil toneladas de vendas das duas pedreiras adquiridas na Galiza e Astúrias.
A atividade comercial de argamassas foi marca-da pelo aumento dos volumes de vendas, tanto no mercado interno (+21%) como no mercado externo (+19%). A recuperação do mercado interno aconte-ceu, sobretudo, no segmento das argamassas secas, que apresentou um franco e sustentado crescimento, acompanhando a procura para a área da reabilitação. A nível internacional, o ano apresentou alguns desafi-os, mas foi continuada a aposta no desenvolvimento e promoção de soluções vocacionadas para a ren-ovação/reabilitação de edifícios, já que este setor apresenta um potencial de crescimento significativo.
As vendas de prefabricados, que tinham sido as mais afetadas pela quebra do mercado da construção em anos anteriores, cresceram 19% em 2017. Este aumen-to está relacionado com o facto da Secil Prebetão, a partir de Julho de 2016, ter passado a ser consolidada integralmente. Este mercado continua a ser marca-do pela concorrência muito agressiva, resultante do excesso de oferta instalada e consequente prática de preços demasiado baixos. No caso da Secil Prebetão, as vendas cresceram cerca de 19%, o que representa uma evolução bastante considerável. Devido a uma al-teração de mix dos produtos vendidos, o preço médio de venda subiu cerca de 11%.
Apesar da evolução positiva no setor de construção, o mercado das telhas foi afetado negativamente pelo crescimento das obras com coberturas planas e pelo aumento substancial da utilização de outros painéis. Tem-se assistido no mercado a um aumento de outro tipo de soluções para coberturas, apesar de não apre-sentarem os mesmos níveis de durabilidade.
Neste contexto, o volume de negócios global em Por-tugal cresceu 22% comparativamente a 2016, tendo atingido 298 milhões de euros.
Em termos de volume de negócios, a área do cimento registou uma subida de cerca de 3%, o equivalente a um aumento de 4,8 milhões de euros face a 2016. O mercado interno contribuiu positivamente em quan-tidade e preço, enquanto que no mercado externo o cenário foi o oposto. Esta diminuição foi justificada pela quebra das quantidades vendidas de cimento. Apesar do aumento das vendas de clínquer, o facto de este produto ter preços inferiores não permitiu com-pensar a quebra verificada no cimento.
O volume de negócios na área dos betões cresceu 34%, influenciado pelo aumento das quantidades ven-didas mas também pelo aumento dos preços, apesar da crescente concorrência.
Nos inertes, o montante de vendas registou um au-mento de 15%, influenciado pela melhoria de volumes, uma vez que os preços mantiveram os mesmos níveis de 2016.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 20
Também nas argamassas o volume de negócios teve uma evolução positiva e cresceu 22%, em resultado do aumento das quantidades vendidas no mercado interno e externo.
O volume de negócios de pré-fabricados cresceu 48%, em parte como resultado da integração a 100% da Secil Prebetão, ocorrida em Julho de 2016. Nesta unidade, o volume de negócios cresceu significativa-mente (+41%), devido ao aumento das quantidades vendidas e do preço de venda (alteração de mix). No caso da Argibetão, em virtude da diminuição das vendas de telhas (principal produto), o volume de negócios decresceu 14%.
No que respeita a resultados, o EBITDA das unidades em Portugal cifrou-se em 36,6 milhões de euros o que, comparado com o montante registado em 2016, rep-resenta um acréscimo de 9,5%.
No caso do cimento, o aumento do EBITDA deveu-se, para além do aumento das quantidades vendidas no mercado interno (e aumento do preço) e de clínquer no mercado externo, a uma melhoria ligeira na ener-gia elétrica. Verificou-se um aumento dos preços da energia térmica, que ainda assim foi compensada por uma otimização do mix de combustíveis, com reforço do uso de combustíveis alternativos.
As unidades de negócio de materiais de construção apresentaram um crescimento do EBITDA de cerca de 5,7 milhões de euros. O aumento mais significativo verificou-se no betão, fruto do já referido aumento das quantidades vendidas, mas também do aumento dos preços médios de venda, da redução de custos de pessoal e de transporte.
O EBITDA de 2017 está influenciado pelas mais-valias obtidas com a venda de ativos fixos em cerca de 1,5 milhões de euros, o que compara com 3,3 milhões de euros em 2016.
O ajustamento da estrutura produtiva, o controlo de custos e o impacto de ações implementadas em anos anteriores permitiram que a generalidade das unidades em Portugal tenha registado uma boa recuperação e obtido margens EBITDA superiores às de 2016, aprove-itando a recuperação do mercado.
Perseguindo o objetivo imperativo da eficiência, em 2017 reorganizaram-se as estruturas de suporte e de produção.
Em 2017 manteve-se o número de colaboradores, depois de terem sido incorporados 32 colaboradores com a aquisição das operações em Espanha.
O investimento em ativos fixos tangíveis em Portugal totalizou 12,5 milhões de euros. A maior parte destes investimentos foram realizados na área do Cimento. Destaca-se a aquisição, por 1,6 milhões de euros, de uma pedreira de gesso pardo natural para assegurar a continuidade da disponibilidade desta matéria-prima, essencial à produção de cimento cinzento.
21Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas
04LÍBANO
O consumo de cimento no Líbano caiu ligei-ramente em 2017, apesar do país continuar a apresentar valores per capita particularmente elevados. O volume de negócios do grupo nesta geografia manteve-se ao nível do ano anterior, influenciado negativamente pela evolução cambial. O EBITDA cresceu quase 10%.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 22
4.1_ Enquadramento económico
A economia libanesa deverá ter crescido 1,5% em 2017 (World Economic Outlook, FMI Outubro 2017), valor abaixo do seu potencial. O Líbano continua a sofrer o impacto da instabilidade regional, em particular do conflito na Síria. Esta guerra continua a dominar as perspetivas do país bem como os frágeis equilíbrios entre as suas diversas comunidades, criando alguma instabilidade.
Adicionalmente, a incerteza política continua a estar presente no país, mesmo depois de ter sido eleito um presidente no dia 31 de Outubro de 2016 e ter sido nomeado um novo primeiro-ministro logo depois, ter-minando um impasse de dois anos e meio.
O consumo de cimento atingiu as 5,18 milhões de ton-eladas em 2017, ligeiramente inferior ao ano anterior em 1,7%. O Líbano continua, no entanto, a apresentar valores de consumos de cimento bastante elevados, quando comparado com outros países da região do Médio Oriente, e um valor de consumo per capita aci-ma dos 1.000 kg por habitante, o que é notável.
4.2_ O Grupo Secil
* - Os volumes de vendas respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.
2017 2016 VariaçãoUnidade
5.181
950
1.199
1.181
99
59
92.106
35.900
39,0%
28.884
31,4%
3.202
497
1000t
1000t
1000t
1000t
1000 m3
1000t
1000€
1000€
%
1000€
%
1000€
Nº
Mercado do Cimento
Produção de Clínquer
Produção de Cimento
Vendas da Cimento e Clínquer*
Mercado Interno
Vendas de Betão*
Vendas de Prefabricados*
Volume de Negócios
EBITDA
Margem EBITDA
EBIT
Margem EBIT
Capex
Pessoal
5.270
871
1.103
1.150
107
33
92.092
32.710
35,5%
25.374
27,6%
3.374
496
-1,7%
9,1%
8,7%
2,7%
-7,6%
80%
0,0%
9,8%
13,8%
-5,1%
1
LÍBANO
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 23
As vendas de cimento da Ciment de Sibline totaliza-ram 1,18 milhões de toneladas, tendo crescido 2,7% comparativamente a 2016. Nesse ano as vendas fo-ram influenciadas por algumas restrições na produção - paragens da principal moagem de cimento - que não se verificaram em 2017. Os preços de venda em moeda local mantiveram-se em níveis similares aos de 2016, com um ligeiro decréscimo de apenas 0,6%, essencialmente devido a alterações do mix de vendas.
No que se refere à atividade do betão, apresentou uma performance abaixo da verificada em 2016, com as quantidades vendidas a diminuírem 7,6%. O ambiente altamente competitivo no mercado de betão pronto manteve-se nas áreas em que o Grupo opera, sem, no entanto, ter provocado alterações nos preços de venda.
O volume de negócios das atividades no Líbano manteve-se semelhante ao de 2016, tendo sido in-fluenciado negativamente pela desvalorização cambial do dólar face ao euro, que provocou um impacto de 1,9 milhões de euros. Sem este efeito, o volume de negócios no país teria aumentado, em virtude do au-mento das vendas de cimento. O EBITDA gerado pelas operações no Líbano atingiu 35,9 milhões de euros, valor superior ao registado em 2016 em 9,8%. Este crescimento deveu-se ao aumento das vendas e à diminuição de custos de produção. O ano de 2016 tinha sido afetado pela baixa produção de clínquer, provocada pela paragem programada de uma das linhas para instalação do filtro de mangas e pela necessidade de compra de cimento a terceiros para venda (devido a avaria da principal moagem de cimento). Este investimento permitiu a otimização da utilização de matérias-primas, levando a uma diminui-ção dos custos. Do mesmo modo, verificou-se uma contribuição positiva com a diminuição dos consumos de energia elétrica.
Os custos de produção aumentaram em 2017 devido ao impacto do preço dos combustíveis sólidos e à en-trada em vigor (no 4º trimestre de 2017) de um novo imposto especial sobre a produção de cimento. Estes encargos foram parcialmente compensados pelo mais eficiente consumo de matérias-primas e também pela redução do fator de incorporação de clínquer.
O EBITDA de 2017 encontra-se também influenciado positivamente pelo recebimento de cerca de 2 milhões de euros de indemnização de seguro, devido à avaria de um moinho de cimento em 2016, acima referida.
O desempenho do EBITDA no betão pronto, que cresceu de 67 mil euros para 412 mil euros, reflete a diminuição dos custos de produção e a diminuição no registo de imparidades para clientes, que permi-tiram mais que compensar a diminuição do volume de negócios.
Os investimentos no Líbano totalizaram 3,2 milhões de euros, destacando-se a reparação do moinho que avariou em 2016 (cerca de 1,7 milhões de euros).
24Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas
05TUNÍSIA
O crescimento da economia da Tunísia re-cuperou em 2017, embora não tenha sido acompanhado pelo consumo de cimento. As exportações de cimento a partir deste mercado foram muito condicionadas pela instabilidade em países vizinhos mas foram compensadas pelas vendas de clínquer.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 25
5.1_ Enquadramento económico
A economia tunisina terá crescido 2,3% em 2017, de acordo com os últimos dados publicados pelo FMI (World Economic Outlook, FMI Outubro 2017). Este valor significa uma aceleração apreciável face ao cres-cimento de 1% verificado em 2016.
As condições políticas e sociais apresentaram algumas melhorias, com reflexo positivo na economia, embora subsista alguma instabilidade social e a pressão de rei-vindicações sindicais.
Duas tendências opostas caracterizaram a economia tunisina no final de 2017. O crescimento económico foi possível devido às melhorias sustentadas na se-gurança, o turismo aumentou, a produção de fosfato recuperou fortemente e o investimento (estrangeiro e doméstico) mostrou sinais iniciais de recuperação. Por outro lado, algumas vulnerabilidades macroeco-nómicas tornaram-se mais acentuadas, exigindo ações urgentes. A dívida pública deverá chegar a 70% do PIB, o défice da balança corrente será de dois dígitos e as reservas internacionais do Banco Central da Tunísia caíram.
Neste contexto, estima-se que o mercado interno de cimento tenha registado um pequeno decréscimo de 0,5%, face ao ano anterior. Esta quebra no mercado não foi distribuída de forma uniforme por todo o país, tendo tido maior impacto na região sul, o mercado natural das operações do Grupo Secil. O mercado de cimento continuou a ser caracterizado por uma con-corrência muito intensa e com grande pressão sobre os preços de venda, tendo-se assistido a uma pequena redução dos mesmos. Verificaram-se também limita-ções na disponibilidade de aço de construção, o que influenciou as vendas de cimento, particularmente no quarto trimestre.
O mercado de exportação de cimento registou uma redução significativa devido a constrangimentos na fronteira com a Líbia e com a obtenção de divisas no mercado financeiro deste país. No caso do mercado argelino, não foram atribuídas quaisquer licenças de importação por parte das autoridades deste país.
5.2_ O Grupo Secil
* - Os volumes de vendas respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.
2017 2016 VariaçãoUnidade
7.190
955
889
806
292
1.099
132
48.212
9.041
18,8%
4.569
9,5%
2.111
338
1000t
1000t
1000t
1000t
1000t
1000t
1000 m3
1000€
1000€
%
1000€
%
1000€
Nº
Mercado de Ligantes
Cimento + Cal
Produção de Clínquer
Produção de Cimento + Cal
Vendas da Cimento e Clínquer*
Mercado Interno
Mercado Externo
Total
Vendas de Betão*
Volume de Negócios
EBITDA
Margem EBITDA
EBIT
Margem EBIT
Capex
Pessoal
7.227
858
1.018
850
163
1.013
154
56.468
10.510
18,6%
4.761
8,4%
2.183
351
-0,5%
11,3%
-12,6%
-5,1%
79,8%
8,5%
-14,2%
-14,6%
-14,0%
-4,0%
-3%
-13
TUNÍSIA
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 26
O desempenho da Societé des Ciments de Gabès no mercado interno decresceu face a 2016, com as ven-das em quantidade a diminuírem 5,1%, afetadas pelo decréscimo do mercado (em especial no Sul da Tu-nísia), pelo aumento da concorrência e pela pressão sobre o preço de venda, que foi inferior em cerca de 1%.
As quantidades vendidas para exportação cresceram 79% face a 2016. Para fazer face à quebra nas exporta-ções de cimento, que foi de 47%, devido às limitações já referidas, foram realizadas exportações de 206 mil toneladas de clínquer, influenciando positivamente as vendas totais de exportação. No mercado de ex-portação os preços ficaram abaixo de 2016 devido à concorrência, ao facto de não se terem efetuado ex-portações para a Argélia (onde o preço é mais elevado) e às vendas de clínquer (cujo preço é mais baixo).
A atividade de betão pronto apresentou uma per-formance inferior à de 2016. As vendas em volume decresceram 14,2%, tendo sido vendidos menos 22 mil m3. Esta diminuição deveu-se à ausência de obras novas, públicas e privadas, nos diversos mercados, como consequência da crise económica que o país e o sector atravessam e que tem contribuído para uma concorrência mais agressiva.
O volume de negócios do Grupo na Tunísia decresceu em 2017, devido à performance do cimento e do be-tão. Apesar da quebra dos volumes de cimento e das vendas de betão, o seu impacto foi atenuado com o início das vendas de clínquer no mercado externo e o ligeiro aumento dos preços do betão.
O volume de negócios foi afetado negativamente pela desvalorização do dinar tunisino face ao euro, de cerca de 14%, que produziu um impacto negativo próximo dos sete milhões de euros. Descontando este efeito cambial, o volume de negócios teria sido inferior em cerca de 1,2 milhões de euros.
Em 2017, o EBITDA das atividades na Tunísia decresceu 14% face a 2016, tendo atingido 9 milhões de euros. Esta quebra é justificada, pelo decréscimo do volume de negócios, e pela desvalorização da moeda, que teve um impacto negativo de cerca de 1,3 milhões de euros nesta rubrica.
Já a produção de clínquer foi superior à de 2016, de-vido ao início da exportação em 2017.
O aumento da eficiência operacional permitiu com-pensar quase totalmente o efeito da diminuição das vendas. Os custos variáveis de produção de cimen-to diminuíram face ao ano anterior, em grande parte devido à diminuição dos custos com energia elétrica, em resultado da diminuição dos consumos específi-cos e à redução do preço da energia elétrica, que em Junho de 2016 tinha registado uma redução muito significativa. Também os custos com pessoal regista-ram uma diminuição, em consequência da redução do número de colaboradores. Estas melhorias mais que compensaram o impacto do aumento dos custos com energia térmica, por impacto do aumento dos preços dos combustíveis.
Já nos betões, ainda que as quantidades tenham de-crescido, o ligeiro aumento dos preços de venda e a diminuição do registo de imparidades para clientes permitiu um aumento do EBITDA.
O investimento ascendeu a 2,1 milhões de euros, valor semelhante ao de 2016, e foi destinado essencialmen-te a operações de substituição.
27Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas
06BRASIL
Apesar da instabilidade política, a econo-mia brasileira recuperou em 2017. O sector da construção não acompanhou esta di-nâmica, provocando uma quebra no con-sumo de cimento. Apesar da conjuntura negativa, as operações do grupo aumen-taram o volume de vendas.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 28
6.1_ Enquadramento económico
A economia brasileira recuperou em 2017. Depois da quebra de 3,3% em 2016, o PIB do Brasil terá crescido 1,1%, de acordo com a estimativa mais recente do FMI (World Economic Outlook Update, Janeiro 2018).
A conjuntura do país continuou a ser afetada pela instabilidade política, pelo aumento do desemprego e pelo baixo nível de investimento público. Deve tam-bém ser assinalada a redução das taxas de inflação e das taxas de juro, para além da melhoria das expecta-tivas de crescimento económico.
O sector da construção continuou sem recuperação visível, com impacto no consumo de cimento. O mer-cado de cimento registou uma quebra de 5%, quando comparado com 2016. A região Sul/Sudeste, mercado de atuação das nossas operações, teve um comporta-mento semelhante, registando uma redução de 4,9%.
A diminuição do consumo de cimento continuou a pressionar os preços de venda, tendência que já se verificava desde 2015. No entanto, a partir do início do segundo semestre de 2017, os preços retomaram uma trajetória ascendente que nos parece sustentada.
6.2_ O Grupo Secil
* - Os volumes de vendas respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.** - Estes valores respeitam ao mercado de actuação do Grupo Supremo, e não ao total do mercado brasileiro.
2017 2016 VariaçãoUnidade
21.477
1.067
1.292
1.272
16
1.288
269
86.727
4.383
5,1%
-32.832
-37,9%
8.060
571
1000t
1000t
1000t
1000t
1000t
1000t
1000 m3
1000€
1000€
%
1000€
%
1000€
Nº
Mercado de Cimento
Produção de Clínquer
Produção de Cimento
Vendas da Cimento e Clínquer*
Mercado Interno
Mercado Externo
Total
Vendas de Betão*
Volume de Negócios
EBITDA
Margem EBITDA
EBIT
Margem EBIT
Capex
Pessoal
22.581
865
1.130
1.109
23
1.132
216
78.233
5.906
7,5%
-5.882
-7,5%
4.929
610
-4,9%
23,4%
14,3%
14,6%
-30,2%
13,7%
24%
11%
-26%
458%
64%
-39
BRASIL
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 29
As vendas de cimento da operação no Brasil foram de 1,28 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 13,7% face a 2016, quando tinham sido vendidas 1,1 milhões de toneladas. Esta evolução foi conseguida apesar do decréscimo do mercado, o que significa que a Supremo Cimentos conseguiu aumen-tar a sua quota de mercado. A unidade conseguiu um bom desempenho comercial, consolidado pelo ser-viço de apoio ao cliente e pela implantação de novos centros de distribuição durante o segundo semestre de 2016.
Os preços de venda apresentaram um comportamento negativo no primeiro semestre de 2017, à semelhan-ça do que havia sucedido no ano anterior, afetados pela forte concorrência e pelo excesso de oferta. No entanto, o segundo semestre ficou já marcado positi-vamente pelo aumento dos preços.
As vendas de betão, mercado também afetado nega-tivamente pela conjuntura, cresceram cerca de 24%, tendo sido vendidos 269 mil m3 de betão. Esta per-formance foi influenciada positivamente pelo início de atividade de duas novas centrais e pelo desenvolvi-mento de um projeto de excelência comercial.
O volume de negócios do conjunto das operações atingiu os 86,7 milhões de euros, o que representou um crescimento de 11%. Esta subida foi influenciada positivamente pelo aumento das quantidades vendidas em ambas as operações e pela valorização cambial do real face ao euro, que originou um impacto de 5,5 milhões de euros. Os preços de venda médios de ci-mento e de betão caíram face ao período homólogo.
A fábrica de Adrianópolis continuou a apresentar uma boa performance industrial. Os consumos energéticos (térmicos e elétricos) ficaram abaixo dos verificados do ano anterior, o que permitiu manter os custos variáveis em níveis mais baixos. Em Novembro de 2016 iniciou--se a compra de energia elétrica no mercado livre, o que permitiu uma redução de custos com eletricidade face a 2016.
Os custos fixos sofreram um aumento, devido ao au-mento da dimensão das operações no Brasil, refletindo a abertura de novos centros de distribuição e novas centrais de betão. Tal como no ano anterior, a unidade de Pomerode manteve apenas a operação de moa-gem. Ainda assim, deve ser salientado o esforço de otimização desta unidade, com alguns ajustamentos na sua estrutura de pessoal, o que permitiu uma re-dução de número de colaboradores e o consequente aumento da eficiência operacional.
O EBITDA atingiu 4,4 milhões de euros, o que com-para com o valor de 5,9 milhões de euros em 2016. O aumento das quantidades vendidas e a melhoria dos custos variáveis de produção (diminuição dos consu-mos energéticos e diminuição do preço da energia elétrica), não foi suficiente para anular o efeito da di-minuição do preço de venda em ambas as unidades de negócio e do aumento dos custos fixos associados ao aumento da estrutura, na sequência da abertura dos centros de distribuição e das novas centrais de betão.
Os investimentos no Brasil totalizaram 8 milhões de euros no ano em análise, destacando-se alguns pro-jetos estratégicos, como o início da instalação do novo britador e cinta transportadora em Adrianópolis, o início do projeto de combustíveis alternativos e os investimentos associados à abertura de duas novas centrais de betão.
30Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas
07ANGOLA
A economia angolana recuperou em 2017, apesar de persistirem desequilíbrios im-portantes. O mercado de cimento teve uma queda, que foi largamente atenuada nas operações do Grupo. A gestão dos preços de venda levou a uma subida do volume de negócios de 8% e a redução de custos contribuiu para uma subida do EBITDA de quase 35%.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 31
7.1_ Enquadramento económico
A economia angolana teve em 2017 um crescimento de 1,1%, de acordo com as estimativas do FMI (Outubro 2017). Mantêm-se os impactos negativos decorren-tes da evolução do preço do petróleo que se sentem desde 2014.
Em Agosto de 2017 a realização de eleições gerais le-vou à mudança do Presidente da República. O novo Governo aprovou um Plano Intercalar de seis meses para orientar as ações de políticas até a divulgação do novo Plano Nacional de Desenvolvimento 2018-2022. Este plano deverá intensificar os esforços de conso-lidação orçamental, introduzir maior flexibilidade da taxa de câmbio, e melhorar a governação e o ambiente de negócios, de modo a promover um crescimento mais rápido e inclusivo e a diversificação económica, de acordo com o FMI.
As dificuldades económicas e financeiras do país, em especial a escassez de moeda estrangeira, tiveram um forte impacto na manutenção da atividade dos produ-tores nacionais de cimento.
O mercado angolano de cimento em 2017 registou um decréscimo de 33,4% face a 2016, tendo-se situado nas 2,56 milhões de toneladas.
7.2_ O Grupo Secil
2017 2016 VariaçãoUnidade
2.557
158
151
20.639
3.244
16%
1.425
6,9%
469
179
1000t
1000t
1000t
1000€
1000€
%
1000€
%
1000€
Nº
Mercado de Cimento
Produção de Cimento
Vendas da Cimento
Volume de Negócios
EBITDA
Margem EBITDA
EBIT
Margem EBIT
Capex
Pessoal
3.832
152
155
19.113
2.408
13%
943
4,9%
120
182
-33,4%
3,7%
-2,5%
8,0%
34,7%
n.a.
292%
-12
ANGOLA
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 32
As quantidades de cimento vendidas em 2017 pela Secil Lobito caíram 2,5%, para 151 mil toneladas. Este decréscimo foi inferior à quebra do mercado, uma vez que se verificou a interrupção de atividade de alguns produtores na sequência de dificuldades financeiras.
Em termos de mix de vendas, o cimento CEM I 42,5 R, produto de maior valor acrescentado, aumentou em 13% o seu peso no portfólio, passando a representar 44,2% das vendas totais e reforçando assim a posição da Secil Lobito na produção de cimentos diferenciados de elevada resistência.
O preço de venda foi gerido criteriosamente em fun-ção das necessidades do mercado, tendo sempre em consideração a procura regional e a dimensão da ofer-ta dos vários produtores.
O volume de negócios cresceu 8%, tendo atingido um total de 20,6 milhões de euros. A gestão do preço de venda, que aumentou cerca de 11% face ao período homólogo, levou a um aumento do volume de negó-cios, apesar do decréscimo das quantidades vendidas. Ainda assim, o volume de negócios sofreu o impacto negativo da desvalorização do Kuanza face ao Euro, avaliado em cerca de 700 mil euros.
O EBITDA de 2017 atingiu 3,2 milhões de euros, 35% acima do verificado em 2016. A Secil Lobito delineou nesse ano uma estratégia de redução de custos e ges-tão do preço de venda, que consolidou em 2017. Para fazer face à contração do mercado, para além do au-mento de preços, foi mantido o esforço na redução de custos. Os custos fixos registaram um decréscimo face a 2016, apesar do valor elevado da inflação e da atualização salarial.
Os custos variáveis unitários subiram 9% relativamente a 2016, uma vez que dependem em mais de 90% de materiais e matérias-primas importadas, nomeadamen-te o clínquer, cujos custos de aquisição aumentaram como consequência da evolução cambial.
Os investimentos totalizaram 469 mil euros em 2017, destacando-se os investimentos na área da segurança.
33Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas
O Grupo Secil deverá registar em 2018 uma melhoria global da sua performance. As conjunturas económica, política e social são favoráveis nalgumas economias, enquan-to noutras geografias persistem fatores de incerteza.
08PERSPECTIVASFUTURAS
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 34
As perspetivas económicas globais continuam a apon-tar para uma aceleração do crescimento. O FMI pre-vê que o PIB mundial cresça 3,9% em 2018 (3,7% em 2017), de uma forma equilibrada e com riscos con-trolados.
Para Portugal, as projeções também são favoráveis, sendo esperado um crescimento económico de 2,3%, de acordo com as projeções do Banco de Portugal.
Nas obras públicas, a julgar pela evolução positiva dos indicadores de atividade das obras de engenharia, aponta-se para um crescimento da atividade A neces-sidade de continuar a reduzir o défice orçamental e a dívida pública, deverá manter-se como um fator de contenção do investimento público. No entanto, a re-toma deste indicador está a ser feita de forma apoiada nos fundos comunitários.
No segmento habitacional, prevê-se também a con-tinuação do crescimento, como consequência do aumento do número de licenciamento de fogos novos ao longo do segundo semestre de 2017, bem como das perspetivas positivas que se mantêm na área da reabilitação. A dinâmica do mercado de arrendamento e o crescimento do setor do turismo são os principais motores desta tendência de crescimento.
Estas perspetivas permitem prever a continuação da melhoria da operação e dos resultados do Grupo Secil em Portugal.
No Líbano, está prevista para 2018 uma evolução nas condições políticas, com a realização das eleições par-lamentares marcadas para maio. Os desenvolvimentos potenciais nas condições do conflito sírio e da situação dos refugiados no Líbano terão um impacto macroe-conómico e de mercado que não pode ser totalmente antecipado nesta fase. A procura de cimento deverá diminuir ligeiramente em relação a 2017, apesar de alguma melhoria na situação política. Os novos im-postos implementados no último trimestre de 2017 deverão ter um impacto negativo nos resultados das empresas de cimento no país. Espera-se a manuten-ção de um ambiente competitivo desafiador.
Na Tunísia, estima-se que a economia tenha um crescimento de 3% (World Economic Outlook, FMI Outubro 2017) em 2018. São esperados aumentos ge-neralizados dos impostos e taxas e a continuidade da atual situação política e económica do país, onde per-siste alguma fragilidade na manutenção da segurança. O nível concorrencial deverá manter-se intenso, sendo expectável a continuação da pressão competitiva nos mercados interno e externo, dado o excesso de oferta no país. Apesar deste contexto, há boas perspetivas de melhoria da rentabilidade.
No Brasil, o produto deverá continuar a acelerar, com as previsões do FMI a apontaram para um cres-cimento de 1,9% em 2018 (World Economic Outlook Update, FMI Janeiro 2018), acima dos 1,1% estimados para o ano passado. Apesar disso, é expectável que continuem as dificuldades na atividade económica, especialmente nas atividades ligadas ao sector da construção, devido à dificuldade em concretizar in-vestimentos. A crise política continua a ser um fator muito condicionante do crescimento, pelo que este dependerá fortemente da evolução do cenário insti-tucional. A evolução do preço de venda condicionará a performance das operações, pelo que continuarão os esforços de melhoria e contenção dos custos de produção.
Para Angola, as perspetivas são moderadamente po-sitivas e o FMI prevê que a economia cresça 1,6% em 2018 (World Economic Outlook, FMI Outubro 2017). O novo Presidente da República, eleito em Agosto, colocou no terreno programas de diversificação eco-nómica e deverá persistir em alterações fundamentais na governação do país. Na frente económica e social, a tendência de subida do preço de venda do petróleo nos mercados internacionais, que já foi visível no se-gundo semestre de 2017, e o crescimento médio anual de habitantes de 2,7%, fazem perspetivar uma melhoria sustentada da conjuntura. Como consequência, deverá assistir-se a um crescimento do consumo de cimento.
Por tudo isto, perspetiva-se para o ano de 2018 um desempenho global positivo do Grupo Secil, acima do obtido em 2017.
35Relatório do Conselho de Administração 2016 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas
Os resultados líquidos do período da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. são de 20 629 180,92 euros negativos. O Conselho de Administração propõe a sua transferência para a rubrica de Resultados Transitados.
09PROPOSTADE APLICAÇÃODE RESULTADOS
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Relatório de Gestão 36
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOOutão 16 de Abril de 2018
Pedro Mendonça de Queiroz PereiraPresidente
João Nuno de Sottomayor Pinto de Castelo BrancoVice-Presidente
Otmar HübscherVice-Presidente
Gonçalo de Castro Salazar LeiteVice-Presidente
Carlos Alberto Medeiros AbreuVogal
Francisco José Melo e Castro GuedesVogal
João Luís Barbosa Pereira de VasconcelosVogal
José Miguel Pereira Gens ParedesVogal
Manuel António de Sousa MartinsVogal
Paulo Miguel Garcês VenturaVogal
Ricardo Miguel dos Santos Pacheco PiresVogal
Sérgio António Alves MartinsVogal
02DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 38
ATIVO
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis
Propriedades de investimento
Goodwill
Ativos intangíveis
Participações financeiras - método da equivalência patrimonial
Outros investimentos financeiros
Créditos a receber
Ativos por impostos diferidos
Outros ativos financeiros
Ativo corrente
Inventários
Clientes
Estado e outros entes públicos
Outros créditos a receber
Diferimentos
Outros ativos financeiros
Ativos não correntes detidos para venda
Caixa e depósitos bancários
Total do ativo
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio
Capital subscrito
Ações próprias
Outros instrumentos de capital próprio
Reservas legais
Outras reservas
Resultados transitados
Excedentes de revalorização
Ajustamentos / outras variações no capital próprio
Resultado consolidado líquido do período
Interesses que não controlam
Total do capital próprio
PASSIVO
Passivo não corrente
Provisões
Financiamentos obtidos
Responsabilidades por benefícios pós-emprego
Passivos por impostos diferidos
Outros passivos financeiros
Passivo corrente
Fornecedores
Adiantamentos de clientes
Estado e outros entes públicos
Financiamentos obtidos
Outras dívidas a pagar
Diferimentos
Outros passivos financeiros
Passivos directamente associados a ativos não correntes detidos para venda
Total do passivo
Total do capital próprio e do passivo
Valorem Euros
571.153.944
286.201
169.026.493
23.806.526
1.981.451
3.526.520
2.631.175
52.083.908
73.081
824.569.299
91.924.133
61.223.825
37.076.345
18.372.923
1.276.980
927.194
1.964.956
117.406.144
330.172.500
1.154.741.799
264.600.000
(22.609.745)
140.000.000
40.680.725
19.037.493
4.574.815
14.011.358
(128.151.778)
332.142.868
(20.629.181)
311.513.687
63.132.120
374.645.807
22.874.173
450.749.569
1.793.448
54.069.165
262.140
529.748.495
59.227.432
2.754.587
60.225.960
80.697.986
46.688.688
429.486
258.876
64.482
250.347.497
780.095.992
1.154.741.799
10
12
9
13
14
16
18
15
16
17
18
25
18
26
16
19
18
20
20
20
20
20
20
20
5
21
23
22
15
38
23
24
25
23
23
26
38
19
655.713.013
530.722
210.912.716
26.495.792
1.762.873
3.421.516
2.695.371
32.906.720
660.216
935.098.939
98.558.315
56.541.829
29.915.539
19.332.568
772.166
-
1.036.774
116.136.921
322.294.112
1.257.393.051
264.600.000
(22.609.745)
140.000.000
40.680.725
41.312.243
4.556.650
14.027.936
(67.745.683)
414.822.126
(22.274.750)
392.547.376
72.812.005
465.359.381
30.590.064
412.833.093
2.395.654
59.547.383
1.190.186
506.556.380
34.568.552
2.160.798
40.881.357
126.207.690
79.827.371
491.489
1.268.804
71.229
285.477.290
792.033.670
1.257.393.051
31/12/2017Nota 31/12/2016
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASDA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 39
Vendas e serviços prestados
Ganhos e (perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos
Variação nos inventários da produção
Trabalhos para a própria entidade
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Fornecimentos e serviços externos
Gastos com o pessoal
Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões)
Imparidade de divídas a receber ((perdas)/ reversões)
Imparidade de investimentos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões)
Provisões ((aumentos)/ reduções)
Outros rendimentos
Outros gastos
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos
(Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização
Imparidade de ativos depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões)
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)
Juros e rendimentos similares obtidos
Juros e gastos similares suportados
Resultado antes de impostos
Imposto sobre o rendimento
Resultado consolidado líquido do período
Resultado consolidado líquido do período atribuível a:
Detentores do capital da empresa-mãe
Interesses que não controlam
Resultado básico por ação
Valorem Euros
499.527.306
1.047.841
(494.840)
993.665
(149.546.440)
(185.012.808)
(87.611.477)
(830.953)
(881.890)
-
174.732
31.523.688
(19.780.869)
89.107.955
(58.597.225)
(25.901.810)
4.608.920
2.400.261
(34.275.906)
(27.266.725)
16.703.368
(10.563.357)
(20.629.181)
10.065.824
(10.563.357)
(0.42)
27
28
29
30
17
18
21
31
32
33
33
34
34
15
35
5
471.529.626
3,067.090
786.302
489.433
(140.958.874)
(176.458.995)
(82.476.343)
119.161
1.817.725
(54.292)
3.279.036
33.467.617
(12.765.723)
101.841.763
(63,299,587)
(15,596,967)
22,945,209
3.131.185
(42.895.987)
(16.819.593)
3.853.968
(12.965.625)
(22.274.750)
9.309.125
(12.965.625)
(0.46)
31/12/2017Nota 31/12/2016
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASDOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 40
Posição no início do período 2017
Alterações no período:
Excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis
Realização do excedente de revalorização
Imposto diferido
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
Reserva de justo valor de derivados de cobertura
Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura
no período
Imposto diferido
Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais
Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período
Imposto diferido
Subsídios do Governo
Subsídios ao investimento
Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa
Imposto diferido
Justo valor em associadas
Outras alterações reconhecidas no capital próprio:
Transferência de outras reservas para resultados transitados
Transferência do resultado líquido do período de 2016 para
resultados transitados
Resultado líquido do período
Resultado integral
Operações com detentores de capital no período
Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio
Distribuições
Outras operações - transações de capital próprio
Variação de Perímetro
Posição no fim do período 2017
Valorem Euros
264.600.000
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
264.600.000
20.4
15.2
20.5.1
20.5.4
15.2
20.5.2
15.2
20.5.3
20.5.3
15.2
14
20.6
(22.609.745)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(22.609.745)
Capitalsubscrito
(Nota 20.1)Notas
Açõespróprias
(Nota 20.1)
264.600.000
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
264.600.000
Outrosinstrumentos decapital próprio
(Nota 20.1)
40.680.725
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
40.680.725
Reservaslegais
(Nota 20.2)
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASDOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 41
41.312.243
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(22.274.750)
-
(22.274.750)
-
-
-
-
19.037.493
4.556.650
20.927
(2.762)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
22.274.750
(22.274.750)
18.165
-
-
-
-
4.574.815
14.027.936
(20.927)
4.349
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(16.578)
-
-
-
-
14.011.358
(67.745.683)
-
-
(60.639.272)
1.109.005
(304.977)
(77.866)
25.315
(118.437)
(186.376)
108.723
4.615
-
-
(60.079.270)
-
(326.825)
-
(326.825)
(128.151.778)
(22.274.750)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
22.274.750
22.274.750
(20.629.181)
-
-
-
-
(20.629.181)
72.812.005
-
1.191
(7.761.141)
-
-
80
(14)
(1.965)
-
440
-
-
-
(7.761.409)
10.065.824
2.304.415
(11.670.021)
(313.104)
(1.175)
(11.984.300)
63.132.120
465.359.381
-
2.778
(68.400.413)
1.109.005
(304.977)
(77.786)
25.301
(120.402)
(186.376)
109.163
4.615
-
-
(67.839.092)
(10.563.357)
(78.402.449)
(11.670.021)
(639.929)
(1.175)
(12.311.125)
374.645.807
392.547.376
-
1.587
(60.639.272)
1.109.005
(304.977)
(77.866)
25.315
(118.437)
(186.376)
108.723
4.615
-
-
(60.077.683)
(20.629.181)
(80.706.864)
-
(326.825)
-
(326.825)
311.513.687
Outrasreservas
(Nota 20.3)Resultadostransitados
Excedentes derevalorização
(Nota 20.4)
Ajustamentos / outras
variações nocapital próprio
(Nota 20.5)
Resultado líquido do
período
Interesses que não
controlam(Nota 5.2)
Total docapitalpróprioTotal
Capital próprio atribuído aos detentores do capital da empresa mãe
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 42
Posição no início do período 2016
Alterações no período:
Excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis
Realização do excedente de revalorização
Imposto diferido
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
Reserva de justo valor de derivados de cobertura
Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura
no período
Imposto diferido
Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais
Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período
Imposto diferido
Subsídios do Governo
Subsídios ao investimento
Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa
Imposto diferido
Justo valor em associadas
Outras alterações reconhecidas no capital próprio:
Transferência de outras reservas para resultados transitados
Transferência do resultado líquido do período de 2016 para
resultados transitados
Resultado líquido do período
Resultado integral
Operações com detentores de capital no período
Realizações de capital
Restituição de prestações suplementares em subsidiárias
Distribuições
Redução de capital
Posição no fim do período 2016
Valorem Euros
264.600.000
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
264.600.000
20.4
15.2
20.5.1
20.5.4
15.2
20.5.2
15.2
20.5.3
20.5.3
15.2
14
20.6
20.1
(22.609.745)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(22.609.745)
Capitalsubscrito
(Nota 20.1)Notas
Açõespróprias
(Nota 20.1)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
140.000.000
-
-
-
140.000.000
140.000.000
Outrosinstrumentos decapital próprio
(Nota 20.1)
40.680.725
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
40.680.725
Reservaslegais
(Nota 20.2)
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASDAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA O EXERCÍCIO DE 1 DE JANEIRO DE 2016 A 31 DE DEZEMBRO DE 2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 43
54.519.442
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(13.207.199)
-
(13.207.199)
-
-
-
-
-
41.312.243
4.534.459
25.566
(3.375)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
13.207.199
(13.207.199)
22.191
-
-
-
-
-
4.556.650
14.050.127
(25.566)
3.375
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(22.191)
-
-
-
-
-
14.027.936
(108.239.066)
-
-
43.831.251
1.762.827
(331.066)
203.367
(51.666)
148.953
(2.172.820)
578.359
77.319
-
-
44.046.524
-
-
-
(3.553.141)
(3.553.141)
(67.745.683)
(13.207.199)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
13.207.199
13.207.199
(22.274.750)
-
-
-
-
-
(22.274.750)
77.926.701
-
-
1.936.979
-
-
458
(91)
(9.387)
-
2.034
-
-
-
1.929.993
9.309.125
11.239.118
-
(30.258)
(17.663.591)
1.340.035
(16.353.814)
72.812.005
312.255.444
-
-
45.768.230
1.762.827
(331.066)
203.825
(51.757)
139.566
(2.172.820)
580.393
77.319
-
-
45.976.517
(12.965.625)
33.010.892
140.000.000
(30.258)
(17.663.591)
(2.213.106)
120.093.045
465.359.381
234.328.743
-
-
43.831.251
1.762.827
(331.066)
203.367
(51.666)
148.953
(2.172.820)
578.359
77.319
-
-
44.046.524
(22.274.750)
21.771.774
140.000.000
-
-
(3.553.141)
136.446.859
392.547.376
Outrasreservas
(Nota 20.3)Resultadostransitados
Excedentes derevalorização
(Nota 20.4)
Ajustamentos / outras
variações nocapital próprio
(Nota 20.5)
Resultado líquido do
período
Interesses que não
controlam(Nota 5.2)
Total docapitalpróprioTotal
Capital próprio atribuído aos detentores do capital da empresa mãe
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Demonstrações Financeiras Consolidadas 44
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Caixa gerada pelas operações
(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento
Outros (pagamentos)/recebimentos
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1)
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis
Investimentos financeiros
Outros ativos
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis
Dividendos
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2)
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos
Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos
Amortização de contratos de locação financeira
Juros e gastos similares
Dividendos
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3)
VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3)
EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO
Valorem Euros
582.669.324
(387.287.531)
(60.823.979)
134.557.814
1.559.707
(36.049.784)
100.067.737
(39.683.286)
(25.806.534)
(3.291.011)
(68.780.831)
3.214.271
833.509
4.047.780
(64.733.051)
1.216.538.039
-
1.216.538.039
(1.199.473.829)
(655.801)
(30.962.257)
(6.752.741)
-
(1.237.844.628)
(21.306.589)
14.028.097
(9.782.431)
111.033.014
115.278.680
14
4
557.263.288
(387.124.355)
(57.090.319)
113.048.614
(8.023.429)
(33.446.389)
71.578.796
(22.265.715)
(72.877.872)
(4.301.505)
(99.445.092)
966.558
868.685
1.835.243
(97.609.849)
1.584.375.476
140.000.000
1.724.375.476
(1.665.220.150)
(829.437)
(35.348.426)
(15.138.726)
(499.466)
(1.717.036.205)
7.339.271
(18.691.782)
199.360
129.525.436
111.033.014
31/12/2017Nota 31/12/2016
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASDOS FLUXOS DE CAIXAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
03NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 46
01Nota introdutória 46
02Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras e comparabilidade 55
03Resumo das principais políticas contabilísticas 56 3.1_ Bases de apresentação 56 3.2_ Concentração de atividades empresariaise princípios de consolidação 56 3.2.1_ Princípios de consolidação 56 3.2.2_ Investimentos financeirosem empresas controladas conjuntamente 57 3.2.3_ Investimentos financeirosem empresas associadas 57 3.2.4_ Investimentos financeirosem outras participações financeiras 58 3.2.5_ Concentração de atividades empresariais 58 3.2.6_ Goodwill 59 3.2.7_ Conversão de demonstraçõesfinanceiras de entidades estrangeiras 59 3.3_ Ativos fixos tangíveis 61 3.4_ Locações 61 3.5_ Propriedades de investimento 62 3.6_ Ativos intangíveis 62 3.7_ Imparidade de ativos fixos tangíveise intangíveis excluindo goodwill 63 3.8_ Imposto sobre o rendimento 64 3.9_ Inventários 64 3.10_ Ativos e passivos financeiros 64 3.10.1_ Imparidade de ativos financeiros 66 3.10.2_ Desreconhecimento de ativose passivos financeiros 66 3.11_ Ativos não correntes detidos para vendae unidades operacionais descontinuadas 66 3.12_ Subsídios do governo 67 3.13_ Saldos e transações em moeda estrangeira 67 3.14_ Provisões 67 3.15_ Benefícios pós-emprego 68 3.15.1_ Planos de contribuição definida 68 3.15.2_ Planos de benefícios definidos 68 3.16_ Outros benefícios a longo prazo dos empregados 69 3.17_ Benefícios a curto prazo de empregados 69 3.18_ Rédito 69 3.19_ Encargos financeiros com empréstimos obtidos 70 3.20_ Instrumentos financeiros derivadose contabilidade de cobertura 70 3.21_ Gestão de risco 71 3.21.1_ Fatores de risco financeiro 71 3.21.2_ Fatores de risco operacional 72 3.22_ Capital Social e ações próprias 73 3.23_ Distribuição de dividendos 73 3.24_ Juízos de valor críticos e principaisfontes de incerteza associadas a estimativas 74
04Fluxos de caixa 75
05Investimentos em subsidiárias 76 5.1_ Subsidiárias 76 5.2_ Interesses que não controlam 77
06Interesses em empreendimentos conjuntos 79
07Investimentos em associadas 80
08Alterações no perímetro de consolidação 81
09Goodwill 82
10Ativos fixos tangíveis 83
11Locações 85 11.1_ Locações financeiras 85 11.2_ Locações operacionais 86
12Propriedades de investimento 87
13Ativos intangíveis 88
14Participações financeiras 90
15Imposto sobre o rendimento 91 15.1_ Imposto corrente 91 15.2_ Imposto diferido 94
16Outros investimentos e ativos financeiros 100
17Inventários 101
18Ativos financeiros 102 18.1_ Categorias de ativos financeiros 102 18.2_ Ativos financeiros - clientes 102 18.3_ Ativos financeiros – outros créditos a receber 103 18.4_ Imparidade de dívidas a receber 105
ÍNDICE DAS NOTASÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASCONSOLIDADAS
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 47
19Ativos não correntes detidos para venda 106
20Capital próprio 107 20.1_ Capital subscrito, ações próprias e outros instrumentos de capital próprio 107 20.2_ Reservas legais 107 20.3_ Outras reservas 108 20.4_ Excedente de revalorização 108 20.5_ Outras variações no capital próprio 109 20.5.1_ Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 110 20.5.2_ Desvios e alterações de pressupostos atuariais 111 20.5.3_ Subsídios do governo 112 20.5.4_ Reserva de justo valor de derivados de cobertura 113 20.6_ Aplicação do resultado do período anterior 113
21Provisões 114
22Benefícios a empregados 115 22.1_ Benefícios pós-emprego – Planos de contribuição definida 117 22.2_ Benefícios pós-emprego – Planos de benefícios definidos 118 22.2.1_ Caracterização dos planosde benefícios definidos 119 22.2.2_ Responsabilidades e movimentos ocorridos no período comparativamente com o período anterior 120 22.3_ Benefícios a longo prazo 123
23Passivos financeiros 125 23.1_ Categorias de passivos financeiros 125 23.2_ Passivos financeiros - fornecedores 125 23.3_ Passivos financeiros - financiamentos obtidos 126 23.4_ Passivos financeiro - outras dívidas a pagar 127
24Adiantamentos de clientes 129
25Estado e outros entes públicos 130
26Diferimentos ativos e passivos 132
27Vendas e serviços prestados 133
28Resultado apropriado de empresas associadas 134
29Fornecimentos e serviços externos 135
30Gastos com o pessoal 136
31Outros rendimentos e ganhos 137
32Outros gastos e perdas 138
33Gastos/ reversões de depreciações,amortizações e imparidades 139
34Resultados financeiros líquidos 140
35Resultado por ação 141
36Partes relacionadas 142
37Riscos financeiros 145 37.1_ Risco cambial 145 37.2_ Risco de taxa de juro 146 37.3_ Risco de crédito 149 37.4_ Risco de liquidez 151
38Justo valor dos instrumentos financeiros derivados 154
39Dispêndios em matérias ambientais 157
40Custos com auditoria e revisão legal de contas 158
41Compromissos assumidos pelo Grupo 158 41.1_ Garantias e outros compromissos financeiros 158 41.2_ Outros compromissos assumidos 159
42Acontecimentos após a data do balanço 158
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 48
01NOTA INTRODUTÓRIA
Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas do periodo findo em 3 de dezembro de 2017. Nas presen-tes notas todos os montantes são apresentados em Euros, salvo se indicado o contrário.
O Grupo SECIL (Grupo) é constituído pela Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (Sociedade ou Secil) e subsidiárias. A Secil foi constituída em 27 de junho de 1918 e tem como atividade principal a fabri-cação e comercialização de cimento, produzido na sua fábrica do Outão, em Setúbal e distribuído pelos diver-sos entrepostos comerciais presentes por todo o país.
Sede Social: Outão, SetúbalCapital Social: Euros 264.600.000N.I.P.C.: 500 243 590
A Secil lidera um Grupo empresarial com atividades operacionais em Portugal, Espanha, Holanda, Cabo Verde, Tunísia, Angola, Líbano e Brasil, destacando--se: (i) a produção de cimento diretamente e através das suas subsidiárias, nas fábricas de Maceira, Pataias, Gabès (Tunísia), Lobito (Angola), Beirute (Líbano), Po-merode (Brasil) e Adrianópolis (Brasil), (ii) a produção e comercialização de betão em Portugal, Espanha, Tunísia, Líbano e Brasil e (iii) a produção de inertes e exploração de pedreiras em Portugal e Cabo Verde.
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Secil na reunião de 16 de abril de 2018.
Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas, nos termos da le-gislação comercial em vigor em Portugal. O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras consolidadas refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da Sociedade e das suas subsidiárias, bem como a sua posição consolidada, desempenho financeiro e fluxos de caixa consolidados.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 49
02REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E COMPARABILIDADE
As demonstrações financeiras consolidadas anexas fo-ram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, republicado pelo Decreto-Lei nº 98/2016, de 2 de junho, e de acordo com a estrutu-ra conceptual, normas contabilísticas e de relato finan-ceiro e normas interpretativas aplicáveis ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 50
03RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTI-CAS
As principais políticas contabilísticas aplicadas na ela-boração destas demonstrações financeiras consolida-das estão descritas abaixo.
3.1_ Bases de apresentação
As demonstrações financeiras anexas foram prepara-das no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 5 e 6), mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites nos países de cada subsidiária, ajustados no processo de consolidação, de modo a que as demons-trações financeiras consolidadas estejam de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF).
3.2_ Concentração de atividades empresariais e princípios de consolidação
3.2.1_ Princípios de consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas incorpo-ram as demonstrações financeiras da Sociedade e das entidades por si controladas - as suas subsidiárias. En-tende-se existir controlo quando a Sociedade tem o poder de definir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade, de forma a obter benefícios deri-vados das suas atividades, normalmente associado ao controlo, direto ou indireto, de mais de metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertíveis são considerados na avaliação do controlo que a Sociedade detém sobre uma entidade.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 51
As subsidiárias são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas através do método de con-solidação integral, desde a data em que a Sociedade assume o controlo sobre as suas atividades financeiras e operacionais e até ao momento em que esse con-trolo cessa.
As políticas contabilísticas das subsidiárias foram al-teradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.
As transações internas, saldos, ganhos não realizados em transações e dividendos distribuídos entre empre-sas do Grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um ativo transferido.
O capital próprio e o resultado líquido destas empre-sas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas são apresentados nas rubricas de interesses que não controlam, respetivamente, no balanço con-solidado de forma autónoma no capital próprio e na demonstração de resultados consolidada. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas na Nota 5.
Os interesses que não controlam são inicialmente men-surados pela correspondente quota-parte no justo valor dos ativos líquidos adquiridos. Subsequentemente, são ajustados pela correspondente quota-parte nas varia-ções posteriores no capital próprio das subsidiárias.
Quando os prejuízos aplicáveis aos interesses que não controlam excedem os correspondentes interesses no capital próprio da subsidiária, o Grupo absorve esse ex-cesso e quaisquer prejuízos adicionais, exceto quando os interesses que não controlam tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiá-ria subsequentemente relatar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos pre-juízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.
Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidas durante o período estão incluídos na demonstração dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.
A aquisição ou alienação dos interesses do Grupo em subsidiárias que não resultem em perda de controlo, é contabilizada como uma transação de capital pró-prio. O valor dos interesses do Grupo e dos interesses que não controlam são ajustados para refletir as alte-rações de percentagem. Qualquer diferença entre o montante pelo qual os interesses que não controlam são ajustados e o justo valor da transação é reconhe-cido diretamente no capital próprio e atribuído aos acionistas da Secil.
A perda de controlo pelo Grupo em uma subsidiária é reconhecida nas demonstrações financeiras consoli-
dadas da seguinte forma: (a) desreconhecimento dos ativos e passivos da subsidiária (incluindo o goodwill); (b) desreconhecimento dos interesses que não contro-lam; (c) reconhecimento do justo valor da retribuição recebida; (d) reconhecimento de interesses eventual-mente retidos pelo justo valor na data da transação; (e) reconhecimento de um ganho ou de uma perda na demonstração dos resultados no montante diferença apurada entre os itens anteriormente referidos; e (f) reclassificação de eventuais montantes previamente reconhecidos em capital próprio, nomeadamente os efeitos cambiais resultantes da conversão de demons-trações financeiras expressas em moeda estrangeira, conforme definido na Nota 3.2.7, para resultados do exercício.
3.2.2_ Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente
Uma entidade conjuntamente controlada é um empreendimento conjunto que envolve o estabele-cimento de uma sociedade, de uma parceria ou de outra entidade que, por via contratual, é conjuntamen-te controlada pelos vários empreendedores.
As entidades conjuntamente controladas são incluí-das nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação proporcional sendo os ativos, passivos e rendimentos e gastos das entidades conjun-tamente controladas reconhecidos rubrica a rubrica nas demonstrações financeiras consolidadas, na pro-porção do controlo atribuível ao Grupo.
As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas conjuntamente controladas e outras empresas do Grupo são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.
3.2.3_ Investimentos financeiros em empresas associadas
Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência significativa mas não possui controlo, geralmente com investimentos representan-do entre 20% a 50% dos direitos de voto. Por influência significativa entende-se o poder de participar nas deci-sões relativas às políticas financeiras e operacionais da associada, sem que tal resulte em controlo ou controlo conjunto por parte do Grupo.
Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as par-ticipações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais pró-prios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de rendimentos ou gastos do período, e pelos dividendos recebidos.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 52
O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de ativos e passivos identificáveis de cada associada na data de aquisição é reconhecido como goodwill (Nota 3.2.6), sendo este apresentado numa linha separada do balanço. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiri-dos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento do período.
Em cada data de relato é efetuada uma revisão das quantias escrituradas dos investimentos em associa-das com vista a determinar se existe algum indicador de que os mesmos possam estar em imparidade e se devem ser sujeitos a testes de imparidade. Nos testes de imparidade, a quantia recuperável do investimen-to corresponde ao seu justo valor deduzido de custos de vender o mesmo. As perdas por imparidade que se demonstrem existir são registadas como gastos na de-monstração dos resultados e as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores que deixaram de verificar são objeto de reversão, à exceção do goodwill.
O goodwill dos investimentos em associadas, com uma vida útil indefinida, é amortizado durante um pe-ríodo de 10 anos e encontra-se sujeito a testes por imparidade sempre que os acontecimentos ou alte-rações nas circunstâncias indiciarem que pode estar em imparidade.
Quando a proporção do Grupo nas perdas da as-sociada iguala ou ultrapassa o seu investimento na associada, o investimento é relatado por valor nulo, exceto se tiver incorrido em responsabilidades ou efetuado pagamentos em nome da associada. Se posteriormente a associada relatar lucros, a Sociedade retoma o reconhecimento da sua quota-parte nesses lucros somente após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas.
Os ganhos não realizados em transações com as associadas são eliminados proporcionalmente ao in-teresse do Grupo nas mesmas, por contrapartida da correspondente rubrica do investimento, exceto no montante de perdas que resultem de uma situação em que o eventual ativo transferido esteja em imparidade.
Os ganhos e perdas resultantes de transações de ven-da ou prestação de serviços do Grupo a associadas (“downstream transactions”) são eliminados através do ajustamento da quantia escriturada do investimento. Os ganhos e perdas resultantes de transações de ven-da ou prestação de serviços das associadas ao Grupo (“upstream transactions”) são eliminados através do ajustamento da quantia escriturada do correspondente ativo ou passivo.
Nas situações de perda de influência significativa, eventuais interesses retidos na entidade são mensu-rados a justo valor na data da transação. A diferença
entre o justo valor dos interesses retidos acrescido do justo valor da retribuição recebida e a quantia escritu-rada do investimento é registada em resultados.
As políticas contabilísticas de associadas foram al-teradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.
Os investimentos em associadas encontram-se deta-lhados na Nota 7.
3.2.4_ Investimentos financeiros em outras participações financeiras
Outras participações financeiras são as participações financeiras onde não existe influência significativa, por norma as que sejam inferiores a 20% dos direitos de voto.
Os investimentos em outras participações financeiras podem ser mensurados:
Ao custo ou custo amortizado, deduzido de even-tuais perdas por imparidade, quando o investimento não é negociado publicamente ou o justo valor não possa ser obtido com fiabilidade;
Ao justo valor através de resultados quando o in-vestimento é cotado e as cotações são divulgadas publicamente.
Os rendimentos resultantes destas participações financeiras (dividendos ou lucros distribuídos) são re-gistados na demonstração dos resultados do período em que é decidida e anunciada a sua distribuição.
3.2.5_ Concentração de atividades empresariais
As aquisições de subsidiárias, entidades conjuntamente controladas e associadas são registadas utilizando o método da compra. O correspondente custo da con-centração é determinado como o agregado, na data da aquisição, de: (a) justo valor dos ativos entregues ou a entregar; (b) justo valor de responsabilidades incor-ridas ou assumidas; e (c) justo valor de instrumentos de capital próprio emitidos pelo Grupo em troca da obtenção de controlo sobre aquelas entidades.
Os custos diretamente atribuíveis às concentrações de atividades empresariais são reconhecidos como gastos do exercício, exceto se se tratarem de custos incorri-dos com a emissão de valores mobiliários de dívida ou de capital próprio, situação em que deverá ser seguido o previsto na NCRF 27. Quando aplicável, o custo de aquisição inclui o justo valor dos pagamentos contin-gentes mensurados à data de aquisição. Alterações subsequentes no valor de pagamentos contingen-tes, são registados na demonstração dos resultados consolidados exceto se ocorrerem no período de mensuração provisória (12 meses desde a data de aquisição).
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 53
Os ativos, passivos e responsabilidades contingentes da subsidiária ou negócio adquirido que satisfazem as condições de reconhecimento definidas na NCRF 14 são reconhecidos ao seu justo valor na data da aquisição. O excesso do custo da concentração rela-tivamente ao justo valor da participação da Sociedade nos ativos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida, a di-ferença é reconhecida diretamente na demonstração dos resultados consolidados.
Sempre que de um reforço de posição no capital so-cial de uma empresa associada resulte a aquisição de controlo, passando esta a integrar as demonstra-ções financeiras consolidadas pelo método integral, a participação financeira anteriormente detida é, no momento do registo da concentração, mensurada a justo valor, sendo a correspondente diferença regis-tada na demonstração dos resultados.
Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida (goodwill ne-gativo), a diferença é reconhecida diretamente na demonstração de resultados na rubrica “Outros ren-dimentos e ganhos”, após reconfirmação do justo valor atribuído.
Na eventualidade da contabilização inicial de uma aquisição não estar concluída no final do período de relato em que a mesma ocorreu, o Grupo relata mon-tantes provisórios para os itens cuja contabilização não está concluída. Tais montantes provisórios são passí-veis de ajustamento durante um prazo de 12 meses a contar da data da aquisição.
3.2.6_ Goodwill
O goodwill representa o excesso do custo da con-centração de atividades empresariais face ao interesse adquirido no justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis reconhecidos na sequência da concentração.
O goodwill é reconhecido como um ativo na data em que é adquirido o controlo. Subsequentemente, o goodwill é mensurado pelo custo menos amortizações acumuladas, menos qualquer perda por imparidade acumulada. O goodwill adquirido numa concentração de atividades empresariais é amortizado no período da sua vida útil (ou em 10 anos, caso a sua vida útil não possa ser estimada com fiabilidade) e encontra-se sujeito a testes por imparidade sempre que os aconte-cimentos ou alterações nas circunstâncias indiciarem que pode estar em imparidade.
Se a quantia recuperável da unidade geradora de cai-xa for inferior à correspondente quantia escriturada, a perda por imparidade daí resultante é inicialmente imputada à quantia escriturada do goodwill, sendo
a parte remanescente imputada aos restantes ativos da unidade geradora de caixa proporcionalmente às quantias escrituradas destes. Perdas por imparida-de imputadas ao goodwill não podem ser revertidas subsequentemente.
A vida útil do goodwill gerado numa concentração de atividades empresariais é diferente conforme a unida-de geradora de caixa à qual o mesmo foi imputado. No Grupo Secil, a vida útil do goodwill atribuída às suas unidades geradoras varia entre os 10 e os 41 e foi determinada tendo em consideração as vidas úteis remanescentes dos principais ativos líquidos. As vidas úteis atribuídas detalham-se conforme se segue:
Brasil
Líbano
Portugal
Tunísia
41
10
28
34
Unidade geradora de caixa Anos
Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma enti-dade incluem o valor do goodwill que lhe corresponde (Nota 3.2.1).
3.2.7_ Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras
São tratadas como entidades estrangeiras as que ope-rando no estrangeiro, têm autonomia organizacional, económica e financeira e que elaborem as suas de-monstrações financeiras utilizando para o efeito uma moeda distinta do Euro.
Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades estrangeiras do Grupo são mensurados utilizando a moeda do ambiente econó-mico em que a entidade opera (moeda funcional). As demonstrações financeiras consolidadas são apresen-tadas em Euros, sendo esta a moeda funcional e de relato do Grupo.
Os ativos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio existentes à data do ba-lanço. Os rendimentos, gastos e fluxos de caixa dessas demonstrações financeiras são convertidos para euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no pe-ríodo. A diferença cambial resultante da conversão é registada no capital próprio na rubrica “Outras varia-ções no capital próprio – diferenças de conversão de demonstrações financeiras ”.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 54
3.3_ Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra, quaisquer custos diretamente atribuíveis às atividades necessárias para colocar os ativos na localização e
condição necessárias para operarem da forma pre-tendida e, quando aplicável, a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção dos ativos e de restauração dos respetivos locais que o Grupo espera incorrer, deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.
TND (dinar tunisino)
Câmbio médio do período
Câmbio de fim do período
LBP (libra libanesa)
Câmbio médio do período
Câmbio de fim do período
USD (dólar americano)
Câmbio médio do período
Câmbio de fim do período
BRL (real brasileiro)
Câmbio médio do período
Câmbio de fim do período
CVE (escudo cabo-verdiano)
Câmbio médio do período
Câmbio de fim do período
AOA (kwanza angolano)
Câmbio médio do período
Câmbio de fim do período
MZM (metical moçambicano)
Câmbio médio do período
Câmbio de fim do período
2.7184
2.9454
1.703.0000
1.807.9000
1.1297
1.1993
3.6081
3.9683
110.2650
110.2650
190.6947
202.9815
71.4978
70.2250
31/12/2017
2.3726
2.4227
1,668.7000
1,589.1000
1.1069
1.0541
3.8532
3.4379
110.2650
110.2650
184.4824
178.3843
69.4287
75.0650
(14,57%)
(21,58%)
(2,06%)
(13,77%)
(2,06%)
(13,77%)
6,36%
(15,43%)
0,00%
0,00%
(3,37%)
(13,79%)
(2,98%)
6,45%
31/12/2016
Valorização/(desvalorização)
O goodwill e os ajustamentos de justo valor resultan-tes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como ativos e passivos dessa entidade adquirida e transpostos para Euros de acordo com a taxa de câm-bio à data do balanço.
Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, em que se verifica uma perda de controlo da mesma pelo
Grupo, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda da alienação.
As cotações utilizadas para conversão para Euros das demonstrações financeiras das empresas estrangeiras do Grupo são as seguintes:
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 55
Na data de transição para as NCRF, o Grupo passou a considerar pela primeira vez como componente dos ativos fixos tangíveis a componente do custo do ativo relativa a custos de recuperação paisagística e ambiental a incorrer na recuperação das pedreiras, tal como previsto na NCRF 7. Os custos capitalizados são sujeitos à depreciação anual de acordo com a vida útil estimada das respetivas pedreiras.
Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2010 (data de transição para as NCRF), encontram-se registados ao abrigo da opção prevista na NCRF 3 – Adoção pela primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, pelo seu valor considerado (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aqui-sição ou custo de aquisição reavaliado ao abrigo de diplomas legais (determinados ativos fixos tangíveis adquiridos até 31 de dezembro de 1992 e 1996, foram reavaliados, em 1993 e 1998, respetivamente, de acor-do com a legislação aplicável através da utilização de coeficientes de desvalorização monetária).
No que respeita às subsidiárias do Grupo: CMP – Ci-mentos Maceira e Pataias, S.A., Société des Ciments de Gabés, Supremo Cimentos, S.A., Margem Com-panhia de Mineração, Unibetão – Indústrias de Betão Preparado, S.A., Secil-Britas, S.A., Uniconcreto – Betão Pronto, S.A. e Lusoinertes, S.A. o custo dos ativos fixos tangíveis na data de aquisição das mesmas foi determi-nado com base em avaliações efetuadas por entidades independentes.
Os custos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do ativo fixo ou reconhecidos como ativos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o respetivo custo possa ser men-surado com fiabilidade. Os demais dispêndios com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos.
As depreciações são calculadas, após os bens se en-contrarem disponíveis para uso, pelo método da linha reta, em conformidade com o período de vida útil es-timado para cada grupo de bens. Até 31 de dezembro de 2016, para algumas classes de ativos fixos tangíveis adquiridos pelo Grupo foi utilizado o método do saldo decrescente.
As vidas úteis e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na de-monstração dos resultados prospetivamente.
As despesas de manutenção e reparação (dispên-dios subsequentes) que não são suscetíveis de gerar benefícios económicos futuros são regista-das como gastos no período em que são incorridas.
Os valores residuais dos ativos e as respetivas vidas
úteis são revistos e ajustados, se necessário, na data do balanço. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do ativo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado mediante o registo de perdas por imparidade (Nota 3.7).
Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou aliena-ção são determinados pela diferença entre o montante recebido na transação e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados, nas rubricas ”Outros rendimentos” e “Outros gastos”.
3.4_ Locações
As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente to-dos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato.
Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes respon-sabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pa-gamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante so-bre o saldo pendente da responsabilidade.
Os pagamentos de locações operacionais são reco-nhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são regis-tados como uma responsabilidade, sendo o montante agregado dos mesmos reconhecido como uma redu-ção ao gasto com a locação, igualmente numa base linear.
As rendas contingentes são reconhecidas como gastos do período em que são incorridas.
3.5_ Propriedades de investimento
As propriedades de investimento compreendem, es-sencialmente, imóveis detidos para obter rendas ou valorizações do capital (ou ambos), não se destinan-do ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fins administrativos ou para venda no curso ordinário dos negócios.
As propriedades de investimento são inicialmente mensuradas ao custo (que inclui custos de transação). Subsequentemente, as propriedades de investimento são mensuradas de acordo com o modelo do custo.
Os custos incorridos relacionados com proprieda-des de investimento em utilização nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 56
propriedades são reconhecidos como um gasto no pe-ríodo a que se referem. As beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar bene-fícios económicos futuros adicionais são capitalizadas na rubrica de “Propriedades de investimento”.
3.6_ Ativos intangíveis
i) Intangíveis adquiridos separadamente
Os ativos intangíveis adquiridos separadamente são re-gistados ao custo (ou, em situações raras, de acordo com o modelo de revalorização) deduzido de amorti-zações e perdas por imparidade acumuladas.
ii) Intangíveis gerados internamente – dispêndios de pesquisa e desenvolvimento
Os dispêndios com atividades de pesquisa são regis-tados como gastos no período em que são incorridos sendo apenas reconhecido um ativo intangível gerado internamente resultante de dispêndios com atividades de desenvolvimento de um projeto se forem cumpri-das e demonstradas todas as seguintes condições:
Existe viabilidade técnica para concluir o intangível a fim de que o mesmo esteja disponível para uso ou para venda;
Existe intenção de concluir o intangível e de o usar ou vender;
Existe capacidade para usar ou vender o intangível;
O intangível é suscetível de gerar benefícios econó-micos futuros;
Existe disponibilidade de recursos técnicos e finan-ceiros adequados para concluir o desenvolvimento do intangível e para o usar ou vender;
É possível mensurar com fiabilidade os dispêndios associados ao intangível durante a sua fase de desen-volvimento.
O montante inicialmente reconhecido do ativo intangível gerado internamente consiste na soma dos dispêndios incorridos após a data em que são cumpridas as con-dições atrás descritas. Quando não são cumpridas tais condições, os dispêndios incorridos na fase de desenvol-vimento são registados como gastos do período.
Os ativos intangíveis gerados internamente são regis-tados ao custo deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.
iii) Intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de atividades empresariais
Os intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações
de atividades empresariais e reconhecidos separada-mente do goodwill são inicialmente registados ao seu justo valor na data da aquisição, sendo subsequen-temente deduzidos de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.
iv) Amortização de Intangíveis
As amortizações são reconhecidas numa base linear durante a vida útil estimada dos ativos intangíveis. As vidas úteis e método de amortização dos vários ati-vos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospetivamente.
Os ativos intangíveis (independentemente da forma como são adquiridos ou gerados) com vida útil inde-finida, nomeadamente a Marca, são amortizados num período máximo de 10 anos e sujeitos a testes de im-paridade sempre que haja uma indicação de que os mesmos possam estar em imparidade.
v) Direitos de emissão de gases com efeito de estufa
As Licenças de emissão de CO2 atribuídas ao Grupo, no âmbito do CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão de gases com efeito de estufa) 2013-2020, a título gratuito são registadas, aquando do seu reco-nhecimento inicial, pelo justo valor na rubrica “Ativos intangíveis” por contrapartida do reconhecimento de um subsídio diretamente em capitais próprios na ru-brica “Outras variações de capital próprio”.
Pelas emissões de gases com efeito de estufa efetuada pelo Grupo é reconhecido um gasto com a respetiva amortização do ativo intangível e um rendimento em resultado do reconhecimento da quota-parte de sub-sídio correspondente.
A emissão de gases com efeito de estufa é mensurada ao custo das licenças detidas, segundo a fórmula de custeio FIFO.
Na alienação de direitos de emissão é apurado o gan-ho ou a perda entre o valor de realização e o respetivo custo de aquisição, deduzido do correspondente subsídio do Estado, o qual é registado em “Outros rendimentos” ou “Outros gastos” respetivamente no período em que ocorre a alienação.
Sempre que as emissões de gases com efeito de estufa excedem a quantidade de licenças detidas são reco-nhecidas as respetivas responsabilidades nos termos da NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes.
3.7_ Imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis excluindo goodwill
Em cada data de relato é efetuada uma revisão das
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 57
quantias escrituradas dos ativos fixos tangíveis e intan-gíveis do Grupo com vista a determinar se existe algum indicador de que possam estar em imparidade. Se exis-tir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respetivos ativos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence.
A quantia recuperável do ativo ou da unidade gera-dora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto antes de impostos que reflita as ex-pectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.
Sempre que a quantia escriturada do ativo ou da uni-dade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na de-monstração dos resultados na rubrica “Imparidade de ativos depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/reversões)” salvo se tal perda compensar um excedente de reva-lorização registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como um decréscimo de revalorização.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos re-sultados nessas mesmas rubricas e é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada.
3.8_ Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são regis-tados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio. Nestes casos os impostos correntes e os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio.
Imposto corrente: o imposto corrente a pagar é basea-do no lucro tributável do período das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação. O lucro tribu-tável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros períodos. O lucro tri-butável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.
Imposto diferido: os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os res-petivos montantes para efeitos de tributação.
São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tribu-táveis.
São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis, porém tal reco-nhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros sufi-cientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos. Em cada data de relato é efetuada uma revisão des-ses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura.
Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das corres-pondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida na data de relato.
A compensação entre ativos e passivos por impostos diferidos apenas é permitida quando: (i) a empresa tem um direito legal de proceder à compensação entre tais ativos e passivos para efeitos de liquidação; (ii) tais ati-vos e passivos relacionam-se com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal e (iii) a empresa tem a intenção de proceder à compen-sação para efeitos de liquidação.
3.9_ Inventários
Os inventários encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios:
i) Mercadorias e matérias-primas
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais baixo entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo de aquisição inclui as despesas de compra acessórias, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio.
ii) Produtos acabados e produtos e trabalhos em curso
Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao mais baixo de entre o custo de produção (que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, tomando por base o nível normal de produção) e o valor realizável líquido, ex-cluindo quaisquer custos de armazenamento, logística e de venda.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 58
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado deduzido dos custos estimados de acabamento e de comercialização. As diferenças en-tre o custo e o valor realizável líquido, se inferior, são registadas em Imparidade de inventários.
3.10_ Ativos e passivos financeiros
Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando as empresas do Grupo se tornam parte das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 – Instrumentos financeiros.
Os ativos e os passivos financeiros são inicialmente mensurados pelo seu justo valor e subsequentemente são classificados nas seguintes categorias: (i) ao custo ou custo amortizado e (ii) ao justo valor com as alte-rações reconhecidas na demonstração dos resultados.
i) Ao custo ou custo amortizado
São classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” os ativos e os passivos financeiros que apresentem as seguintes características:
Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida;
Tenham associado um retorno fixo ou determinável;
Não sejam um instrumento financeiro derivado ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.
O custo amortizado é determinado através do mé-todo do juro efetivo. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebi-mentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do ativo ou passivo financeiro.
Nesta categoria incluem-se, consequentemente, os seguintes ativos e passivos financeiros:
a) Clientes e outros créditos a receber
Os saldos de clientes e de outros créditos a receber são registados ao custo amortizado deduzido de even-tuais perdas por imparidade em cada data de relato. Usualmente, o custo amortizado destes ativos finan-ceiros não difere do seu valor nominal.
b) Caixa e depósitos bancários
Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e depó-sitos bancários” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.
Estes ativos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes ativos finan-ceiros não difere do seu valor nominal.
c) Outros ativos financeiros
Os outros ativos financeiros são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade.
d) Fornecedores e outras dívidas a pagar
Os saldos de fornecedores e de outras dívidas a pa-gar são registados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos financeiros não difere do seu valor nominal.
e) Financiamentos obtidos
Os financiamentos obtidos são registados no passivo ao custo amortizado.
Eventuais despesas incorridas com a obtenção desses financiamentos, designadamente comissões ban-cárias ou imposto do selo, assim como os encargos com juros e despesas similares, são reconhecidas pelo método do juro efetivo em resultados do período ao longo do período de vida desses financiamentos. As referidas despesas incorridas são apresentadas a de-duzir à rubrica de “Financiamentos obtidos”.
f) Outros passivos financeiros
Os outros passivos financeiros são geralmente registados ao custo amortizado.
g) Contratos para conceder ou contrair empréstimos
Os contratos para conceder ou contrair empréstimos que não possam ser liquidados numa base líquida e que, quando executados, reúnam as condições atrás descritas para serem classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são registados ao custo deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Estes montantes são registados, consoante a sua na-tureza, na rubrica “Outros ativos financeiros” ou na rubrica “Outros passivos financeiros”.
ii) Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados
Todos os ativos e passivos financeiros não classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são clas-sificados na categoria “Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados”.
Tais ativos e passivos financeiros são mensurados ao justo valor, sendo as variações no mesmo registadas em resultados nas rubricas “Perdas por reduções de justo valor” e “Ganhos por aumentos de justo valor”.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 59
3.10.1_ Imparidade de ativos financeiros
Os ativos financeiros classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais ativos finan-ceiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconheci-mento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afetados.
Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do ativo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro efetiva original.
Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à di-ferença entre a quantia escriturada do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo.
As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/reversões)” no período em que são determinadas.
Subsequentemente, se o montante da perda por impa-ridade diminui e tal diminuição pode ser objetivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser rever-tida por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmen-te registada. A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados nessa mesma rubrica e não é permitida a reversão de perdas por imparidade re-gistada em investimentos em instrumentos de capital próprio (mensurado ao custo).
3.10.2 Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros
O Grupo desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de cai-xa expiram, ou quando transfere para outra entidade os ativos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros transferidos relativamente aos quais o Grupo reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.
O Grupo desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.
3.11_ Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas
Os ativos não correntes e os grupos para alienação são classificados como detidos para venda quando a sua quantia escriturada for essencialmente recuperada através de uma venda e não através do seu uso con-tinuado. Considera-se que esta condição se verifica apenas quando a venda é altamente provável e o ativo não corrente ou grupo para alienação está disponível para venda imediata nas suas condições presentes. A correspondente venda deve estar concluída no prazo de um ano a contar da data da classificação do ativo não corrente ou do grupo para alienação como dis-ponível para venda.
Quando o Grupo está comprometido com um plano de venda de uma subsidiária que envolva a perda de controlo sobre a mesma, todos os ativos e passivos dessa subsidiária são classificados como detidos para venda, desde que se cumpram os requisitos referidos no parágrafo anterior, ainda que o Grupo retenha al-gum interesse minoritário na subsidiária após a venda.
A partir do momento em que determinados ativos tangíveis passam a ser considerados como detidos para venda cessa a depreciação inerente a esses bens passando estes a ser classificados como ativos não correntes detidos para venda. Os ganhos ou perdas nas alienações de ativos tangíveis, determinados pela diferença entre o valor de venda e o respetivo valor líquido contabilístico, são contabilizados em resulta-dos na rubrica “Ganhos e perdas com a alienação de ativos”.
Os ativos não correntes e os grupos para alienação classificados como detidos para venda são mensura-dos ao menor de entre a sua quantia escriturada antes da classificação e o seu justo valor menos os custos para vender.
3.12_ Subsídios do governo
Os subsídios do governo apenas são reconhecidos quando há uma certeza razoável de que o Grupo irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos.
Os subsídios do governo associados à aquisição ou produção de ativos não correntes são inicialmente reco-nhecidos no capital próprio, na rubrica “Outras variações no capital próprio”, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática (proporcionalmente às amorti-zações dos ativos subjacentes) como rendimentos do período durante as vidas úteis dos ativos com os quais se relacionam. No caso de se relacionarem com ativos não depreciáveis, são mantidos no capital próprio, exceto na parte necessária para compensar eventuais perdas por imparidade nos referidos ativos.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 60
Outros subsídios do governo são, de uma forma ge-ral, reconhecidos como rendimentos de uma forma sistemática durante os períodos necessários para os balancear com os gastos que é suposto compensarem. Subsídios do Governo que têm por finalidade compen-sar perdas já incorridas ou que não têm custos futuros associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis.
3.13_ Saldos e transações em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da empresa) são registadas às ta-xas de câmbio das datas das transações. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escritura-das dos itens não monetários registados ao justo valor denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio das datas em que os respetivos justos valores foram determinados. As quantias escri-turadas dos itens não monetários registados ao custo histórico denominados em moeda estrangeira não são atualizadas.
As diferenças de câmbio resultantes das atualizações atrás referidas são registadas em resultados do período em que são geradas atendendo à natureza das transa-ções associadas.
3.14_ Provisões
São reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) re-sultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoa-velmente estimado.
O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.
As provisões são revistas na data de relato e são ajusta-das de modo a refletir a melhor estimativa a essa data.
As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como provi-sões. Existe um contrato oneroso quando o Grupo é parte integrante das disposições de um contrato de acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não é possível evitar que excedem os benefícios eco-nómicos derivados do mesmo.
É reconhecida uma provisão para reestruturação quando o Grupo desenvolveu um plano formal deta-lhado de reestruturação e iniciou a implementação do mesmo ou anunciou as suas principais componentes aos afetados pelo mesmo. Na mensuração da provisão
para reestruturação são apenas considerados os dis-pêndios que resultam diretamente da implementação do correspondente plano, não estando, consequen-temente, relacionados com as atividades correntes da empresa.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas de-monstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.
Recuperação ambiental e paisagística
Nos termos da legislação aplicável, algumas das empresas do Grupo, têm como responsabilidade a re-cuperação ambiental e paisagística das pedreiras afetas à exploração. Os trabalhos de reabilitação incluem essencialmente a limpeza e regularização das áreas destinadas à recuperação, a modelação e preparação do terreno, o transporte e espalhamento de materiais rejeitados para aterro, a fertilização, a execução do plano geral de revestimento com hidrossementeiras e plantações e a manutenção e conservação das zonas recuperadas após a implantação.
A extensão dos trabalhos necessários e dos respeti-vos custos a incorrer foram determinados com base em estudos preparados por entidades independentes, sendo que a responsabilidade total foi mensurada pelo valor esperado dos fluxos de caixa futuros, desconta-dos a valor presente.
Juízos de valor e estimativas estão envolvidos na for-mação de expectativas sobre atividades futuras e no montante e período de tempo dos fluxos de caixa as-sociados. Estas perspetivas são efetuadas com base na envolvente existente e regulamentação em vigor.
O valor da provisão para recuperação paisagística foi inicialmente reconhecido por contrapartida da rubrica de “Ativos fixos tangíveis” e é subsequentemente incre-mentado, em função do efeito temporal do dinheiro, por contrapartida da rubrica “Juros e gastos similares suportados” e reduzido pelos dispêndios efetuados por cada uma das empresas do Grupo com a recuperação, na data em que estes ocorrem.
3.15_ Benefícios pós-emprego
3.15.1_ Planos de contribuição definida
As contribuições para planos de contribuição definida são reconhecidas como gasto na rubrica de “Gastos com o pessoal” no período a que respeitam (quando os empregados abrangidos pelo plano prestaram os serviços que lhes conferem o direito aos benefícios).
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 61
3.15.2_ Planos de benefícios definidos
No que diz respeito aos planos de benefícios defini-dos, o correspondente custo é também reconhecido na rubrica de “Gastos com o pessoal” e é determinado através do método da unidade de crédito projetada, sendo as respetivas avaliações atuariais efetuadas em cada data de relato intercalar e anual.
Os desvios atuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos utilizados para efeito de apuramento de responsabilidades e o que efetivamente ocorreu (bem como de alterações efetuadas aos mesmos e do diferencial entre o valor esperado da rentabilidade dos ativos dos fundos e a rentabilidade real) são reco-nhecidos, quando incorridos, diretamente em capitais próprios na rubrica “Outras variações no capital pró-prio” (Nota 20).
O custo dos serviços passados é reconhecido em re-sultados numa base de linha reta durante o período até que os correspondentes benefícios se tornem adquiridos. São reconhecidos imediatamente na me-dida em que os benefícios já tenham sido totalmente adquiridos.
Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios de-finidos são reconhecidos em resultados do período quando o corte ou a liquidação ocorrer.
Um corte ocorre quando se verifica uma redução ma-terial no número de empregados ou o plano é alterado de forma a que os benefícios atribuídos sejam reduzi-dos, com efeito material.
A responsabilidade associada aos benefícios garantidos reconhecida no balanço representa o valor presente da correspondente obrigação, ajustado por ganhos e perdas atuariais e pelo custo dos serviços passados não reconhecidos e deduzido do justo valor dos ativos do plano.
3.16_ Outros benefícios a longo prazo dos empregados
Relativamente ao reconhecimento e mensuração dos outros benefícios a longo prazo dos empregados, a NCRF 28 – Benefícios dos empregados, prevê um método simplificado de contabilização dos mesmos diferindo da contabilização exigida para os benefícios pós-emprego no reconhecimento imediato como ren-dimento ou gasto: (i) ganhos e perdas atuariais e (ii) todo o custo dos serviços passados.
Os respetivos custos são registados na rubrica ‘‘Gastos com o pessoal” e a responsabilidade reconhecida no balanço corresponde ao valor presente da obrigação de benefícios definidos, determinada de acordo com as avaliações atuariais em cada data de relato intercalar e anual.
3.17_ Benefícios a curto prazo de empregados
Os benefícios a curto prazo de empregados são regis-tados como gasto na rubrica “Gastos com o pessoal” aquando da prestação de serviço pelo empregado.
No caso da participação nos lucros e gratificações os gastos são reconhecidos quando e, só quando: (i) exista a obrigação legal ou construtiva de fazer tais pagamentos, em consequência de acontecimentos passados e (ii) possa ser feita uma estimativa fiável da obrigação.
Existe uma obrigação presente quando e, só quando, o Grupo não tem alternativa realista senão a de fazer os pagamentos.
3.18_ Rédito
O rédito é mensurado pelo justo valor da contrapres-tação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido do montante estimado de devoluções, des-contos e outros abatimentos. O rédito reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relaciona-dos com a venda.
O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:
Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador;
A empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;
O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;
É provável que benefícios económicos futuros asso-ciados à transação fluam para a empresa;
Os custos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade.
O rédito proveniente da prestação de serviços é re-conhecido com referência à fase de acabamento da transação à data de relato, desde que todas as seguin-tes condições sejam satisfeitas:
O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;
É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a empresa;
Os custos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade;
A fase de acabamento da transação à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 62
O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para o Grupo e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade.
O rédito proveniente de dividendos deve ser reco-nhecido quando for estabelecido o direito do Grupo receber o correspondente montante.
3.19_ Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados com emprés-timos são geralmente reconhecidos como gastos à medida que são incorridos.
Os encargos financeiros de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou pro-dução de ativos fixos são capitalizados quando o seu período de construção é superior a um ano, fazendo parte integrante do custo do ativo.
A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desen-volvimento do ativo e é interrompida após o início de utilização ou quando o projeto em causa se encontre suspenso.
Quaisquer proveitos financeiros gerados por emprésti-mos, diretamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.
3.20_ Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura
O Grupo utiliza derivados com o objetivo de gerir os riscos financeiros a que se encontra sujeito.
Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente pelo seu justo valor na data da transação, sendo valorizados subsequentemente ao justo valor. O método do reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor depende da designação que é feita dos instrumentos financeiros derivados. Quando se trata de instrumentos financeiros derivados de negociação os ganhos e perdas de justo valor são reconhecidos no resultado do exercício nas rubricas de “Outros rendi-mentos” ou “Outros gastos” e nas rubricas de “Juros e rendimentos similares obtidos” ou “Juros e gastos similares suportados”.
Quando são designados como instrumentos finan-ceiros derivados de cobertura, o reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor depende da natureza do item que está a ser coberto, podendo tratar-se de uma cobertura de justo valor ou de uma cobertura de fluxos de caixa.
O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao valor de mercado. Na ausência de
valor de mercado, o justo valor é determinado por en-tidades externas e independentes através de técnicas de valorização aceites no mercado.
Os instrumentos financeiros derivados são reconhe-cidos nas rubricas de “Outros ativos financeiros” e “Outros passivos financeiros” quando apresentem justo valor positivo ou negativo, respetivamente.
Um instrumento financeiro derivado é apresentado como não corrente se a sua maturidade remanescen-te for superior a 12 meses e não for expectável a sua realização ou liquidação no prazo de 12 meses.
Contabilidade de cobertura
No âmbito da sua política de gestão dos riscos de taxa de juro e de taxa de câmbio, o Grupo contrata uma varieda-de de instrumentos financeiros derivados, nomeadamente swaps, non-deliverable forwards e collars cambiais.
Os critérios para a aplicação das regras de contabili-dade de cobertura são os seguintes:
Adequada documentação da operação de cobertura;
O risco a cobrir é um dos riscos descritos na NCRF 27 – Instrumentos financeiros;
É esperado que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa do item coberto, atribuíveis ao risco a cobrir, sejam praticamente compensadas pelas alterações no justo valor do instrumento de cobertura.
No início da operação da cobertura, o Grupo docu-menta a relação entre o instrumento de cobertura e o item coberto, os seus objetivos e estratégia de gestão do risco. Adicionalmente é avaliado, tanto na data de início da operação de cobertura como na data de rela-to financeiro, se os instrumentos derivados designados de cobertura são altamente eficazes na compensação das alterações do justo valor ou fluxos de caixa dos respetivos itens cobertos.
As variações no justo valor dos instrumentos finan-ceiros derivados contratados e os movimentos de cobertura registados no capital próprio na rubrica “Outras variações de capital próprio – reserva de co-bertura” encontram-se divulgados na Nota 38.
Numa operação de cobertura de justo valor de um ativo ou passivo (fair value hedge), o valor na demons-tração da posição financeira desse ativo ou passivo, determinado com base na respetiva política contabi-lística, é ajustado de forma a refletir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhe-cidas em resultados conjuntamente com as variações de justo valor dos ativos ou dos passivos cobertos atri-buíveis ao risco coberto.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 63
Numa operação de cobertura da exposição à va-riabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (cash flow hedge), a parte eficaz das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas de cobertura, sendo transfe-ridas para resultados nos períodos em que o respetivo item coberto afeta resultados. A parte ineficaz da co-bertura é registada em resultados no momento em que ocorre.
Qualquer montante registado na rubrica “Outras va-riações de capital próprio – reservas de cobertura” apenas é reclassificado em resultados quando a po-sição coberta afeta resultados. Quando a posição coberta consistir numa transação futura e não for expectável que a mesma ocorra, qualquer montan-te registado na rubrica “Outras reservas – reservas de cobertura” é de imediato reclassificado em resultados.
A contabilidade de cobertura é descontinuada quando se revoga a relação de cobertura, quando o instru-mento de cobertura expira, é vendido, ou é exercido, ou quando um instrumento de cobertura deixa de se qualificar para a contabilidade de cobertura. Nas circunstâncias em que um instrumento financeiro derivado deixe de se qualificar como instrumento de cobertura, o Grupo avalia: (i) em instrumentos de co-bertura de justo valor, a existência de ajustamentos de justo valor no item coberto, os quais serão amorti-zados, através do método da linha reta, pelo período remanescente do item coberto; e (ii) em instrumen-tos de cobertura de fluxos de caixa, a existência de diferenças de justo valor, reconhecidas na rubrica de “Outras variações de capital próprio – reservas de co-bertura”, diretamente no capital próprio, montante que será reclassificado para resultados do exercício.
3.21_ Gestão de risco
3.21.1_ Fatores de risco financeiro
O Grupo Secil tem um programa de gestão que, con-juntamente com a monitorização permanente dos mercados financeiros, procura minimizar os potenciais efeitos adversos no seu desempenho financeiro.
A gestão do risco é conduzida pela Direção de Gestão Financeira com base em políticas aprovadas pela Ad-ministração. A Direção de Gestão Financeira identifica, avalia e realiza operações com vista à minimização dos riscos financeiros em estrita cooperação com as uni-dades operacionais do Grupo. A Administração define os princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de crédito, o uso de derivados e outros instrumentos financeiros não derivados, bem como o investimento do excesso de liquidez.
a) Risco cambial
A variação da taxa de câmbio do Euro face a outras moedas pode afetar as demonstrações financeiras do Grupo de diversas formas.
O risco cambial resulta essencialmente: (i) da transpo-sição para Euros das demonstrações financeiras das subsidiárias e associadas localizadas na Tunísia, Angola, Líbano e Brasil, cuja moeda funcional é distinta da moe-da de relato financeiro e (ii) dos fluxos operacionais e financeiros em dólares, nomeadamente os relativos às vendas de cimento e clínquer, às compras de combus-tíveis e fretes de navios e aos financiamentos obtidos.
O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maxi-mização do potencial de cobertura natural da sua exposição cambial, via compensação dos fluxos cam-biais intragrupo.
Para os fluxos não compensados naturalmente, o ris-co tem vindo a ser analisado e parcialmente coberto através da transação de divisas spot e forward ou da contratação de estruturas de opções, que estabelecem o contravalor máximo a pagar ou a receber e permi-tem beneficiar parcialmente de evoluções favoráveis na taxa de câmbio. Em relação aos financiamentos obtidos em moeda diferente da moeda funcional de cada subsidiária, é avaliada a cobertura do risco de taxa de câmbio.
b) Risco de taxa de juro
A política de gestão de risco de taxa de juro visa reduzir a volatilidade do custo da dívida, quando sujeita à varia-ção de um indexante variável. A redução da volatilidade da taxa de juro é assegurada através da monitorização das perspetivas de evolução dos indexantes de mer-cado e da avaliação da contratação de coberturas que assegurem uma efetiva limitação do risco. Adicional-mente, é periodicamente avaliada a contratação de financiamentos em regime de taxa de juro fixa.
c) Risco de licenças de emissão de efeitos de estufa
O Grupo Secil promove uma gestão ativa da sua car-teira de licenças de emissão de carbono que lhe foram atribuídas no âmbito da fase 3 do CELE (Comércio Eu-ropeu de Licenças de Emissão de gases com efeito de estufa), relativa ao período 2013-2020. Fruto da crescente utilização de combustíveis alternativos, o Grupo Secil tem registado alguns excessos de licen-ças de emissão, tendo estes excedentes vindo a ser transacionadas no mercado, reduzindo/ minorando o risco de preço.
d) Risco de crédito
O risco de crédito está essencialmente relacionado com os montantes a receber de clientes.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 64
O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afetem apenas as economias a uma escala local pode originar a incapacidade dos clientes em saldar as obrigações decorrentes das vendas de produtos. O seguro de crédito e a obtenção de garan-tias bancárias a favor do Grupo têm sido instrumentos adotados pelo Grupo Secil para, em complemento com a sua constante e essencial monitorização, mino-rar os impactos negativos deste tipo de risco, sempre que possível.
No que respeita aos depósitos bancários, investimen-tos financeiros e instrumentos financeiros derivados, o risco de contraparte é mitigado pela seleção de ins-tituições financeiras internacionais com uma sólida notação de risco de crédito e de instituições nacionais de primeira linha.
e) Risco de liquidez
O Grupo gere o risco de liquidez por três vias: (i) garantindo que a sua dívida financeira tem uma com-ponente de médio e longo prazo com maturidades adequadas aos ativos financiados, (ii) dispondo de fa-cilidades de crédito que permitam não só assegurar as necessidades de tesouraria não correntes do Grupo mas também a agilidade e flexibilidade para satisfazer necessidades de curto prazo e (iii) acumulando mon-tantes em aplicações de tesouraria.
3.21.2_ Fatores de risco operacional
a) Setor da Construção
O volume de negócios da Secil depende do nível de atividade no setor da construção em cada um dos mercados geográficos em que opera. O setor da construção tende a ser cíclico, especialmente em economias maduras, e depende do nível de constru-ção residencial e comercial, bem como do nível de investimentos em infraestruturas.
O setor da construção é sensível a fatores como as taxas de juro e uma quebra da atividade económica numa dada economia pode conduzir a uma recessão no setor da construção.
Apesar do Grupo considerar que a sua diversificação geográfica é a melhor forma de conseguir a estabili-zação dos seus resultados, a sua atividade, situação financeira e resultados operacionais podem ser ne-gativamente afetados por uma quebra do setor da construção em qualquer mercado significativo em que opere.
b) Procura de produtos - Secil
Nos mercados maduros a procura de cimento e outros materiais de construção tende a ser bastante regular ao longo do ano. Apenas se nota uma redução da pro-
cura durante o mês de janeiro e dezembro. A procura dos produtos da Secil está, em geral, alinhada com esse padrão de comportamento.
c) Legislação ambiental
Nos últimos anos, a legislação da União Europeia em matéria ambiental tem vindo a tornar-se mais restritiva no que respeita ao controlo das emissões ambientais. É parte integrante da Politica Integrada do Grupo o es-trito cumprimento das exigências legais em matéria de Ambiente que lhe são aplicáveis bem como a melhoria contínua do seu desempenho.
Em 2013, foi aprovado o BREF (Best Available Tech-nologies Reference Documents) - Conclusões sobre as Melhores Técnicas Disponíveis do Documento de Referência - para os sectores do cimento, cal e óxido de magnésio que contém os novos limites e requisitos para estes sectores, dispondo as empresas de quatro anos para promover as necessárias adaptações às suas práticas e equipamentos. Tais exigências foram vertidas nas Licenças Ambientais que regulam a atividade de exploração de pedreiras e produção de cimento.
Como tal, o Grupo tem vindo a acompanhar o de-senvolvimento técnico desta matéria, procurando antecipar e planear as melhorias necessárias nos seus equipamentos para os fazer cumprir com os limites a publicar, existindo assim a possibilidade do Grupo ne-cessitar de realizar investimentos adicionais nesta área, de modo a cumprir com eventuais alterações nos limi-tes e regras ambientais que venham a ser aprovados.
À data, as alterações legislativas que se conhecem prendem-se também com a evolução do regime de atribuição de comércio europeu de emissão de ga-ses com efeito de estufa (CELE), criado pela Diretiva nº 2003/87/CE, alterada pela Diretiva nº 2009/29/CE (nova diretiva CELE), a qual apresenta o quadro legal do CELE para o período 2013-2020 e que foi transposta para o ordenamento jurídico nacional pelo Decreto--Lei 38/2013 de 15 de Março, que veio a resultar na redução do âmbito de atribuição gratuita de licenças de emissão de CO2. Tem estado em discussão a nível da Comunidade Europeia a revisão desta última diretiva para enquadrar o período post-2020, ou seja, o período 2021 a 2030. Um acordo entre a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu foi con-seguido nos finais de 2017 e é esperada aprovação da revisão pelo Conselho Europeu no início de 2018.
Praticamente confirmada a continuação desta ten-dência para o novo período, esta evolução trará novos desafios para a indústria cimenteira. No sentido de mitigar os efeitos resultantes das sucessivas revisões desta legislação, há muito que o Grupo empreendeu uma série de investimentos de natureza ambiental que, entre outras vantagens, tem permitido a redução continuada da emissão de CO2, destacando o investi-
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 65
mento em equipamentos que permitem a valorização energética de combustíveis alternativos, a aposta em cimentos com menor incorporação de clínquer, o investimento em equipamentos de menor consumo energético.
Existe o risco de que a revisão, em curso de negocia-ção, da diretiva das emissões de CO2 para o período 2021 a 2030 venha a apontar para uma redução signifi-cativa das licenças gratuitas de CO2 a serem atribuídas. Não é expectável que as tecnologias existentes per-mitam a redução das emissões de forma a garantir as atuais capacidades de produção com recurso a emis-sões gratuitas, pondo em causa a competitividade das exportações de clinker e cimento. Estão em curso vá-rios projetos de investigação no sentido de capturar, armazenar e reutilizar o CO2, não tendo nenhum deles até à data confirmado viabilidade económica, havendo no entanto soluções que passarão pelo lançamento de novos tipos de cimento. Acreditamos que as soluções só vão ser implementadas após o conhecimento, em 2020, das licenças de CO2 que vão ser atribuídas às instalações para o período 2021 a 2030. Em Portugal vai ser criado em 2018 um laboratório colaborativo en-tre empresas, universidades e centros de investigação, cujo objetivo é desenvolver linhas de investigação para redução das emissões de CO2.
Consciente de que a exploração de pedreiras tem impactes na paisagem, na alteração do relevo, na re-moção do solo e do coberto vegetal e na diminuição de refúgios/alimentos para a fauna. O Grupo assu-me a minimização destes impactos e aceleração do processo de colonização natural, não só através de programas de recuperação da composição e estrutura das comunidades vegetais e animais, mas também da recuperação das funções e dos processos naturais do ecossistema.
Por outro lado, cumprindo com o Decreto-Lei nº 147/2008 de 29 de Junho, que transpôs para o nor-mativo Nacional a Diretiva 2004/35/CE, o Grupo assegurou os seguros ambientais exigidos por aquele normativo, garantindo o cumprimento dos regula-mentos em vigor e mitigando os riscos de natureza ambiental a que se encontra exposto.
d) Custos energéticos
Uma parte significativa dos custos do Grupo está de-pendente dos custos energéticos. A energia é um fator de custo com peso significativo na atividade da Secil e nas suas participadas.
O Grupo protege-se, em certa medida, contra o risco da subida do preço da energia através da possibilidade de algumas das suas fábricas utilizarem combustíveis alternativos e de contratos de fornecimento de energia elétrica de longo prazo para algumas das necessidades energéticas.
Apesar destas medidas, flutuações significativas nos custos da eletricidade e dos combustíveis podem afe-tar negativamente a sua atividade, situação financeira e resultados operacionais do Grupo.
e) Necessidade de investimentos significativos em novas aquisições no futuro
O Grupo Secil tem interesses em setores onde se tem vindo a assistir a processos de consolidação e onde podem surgir oportunidades de crescimento quer or-gânico quer pela via de aquisições.
3.22 Capital Social e ações próprias
As ações ordinárias são classificadas no capital próprio (Nota 20).
Os custos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou outros instrumentos de capital próprio são apresentados como uma dedução, líquida de impos-tos, ao valor recebido resultante da emissão.
Os custos diretamente imputáveis à emissão de novas ações ou opções, para a aquisição de um negócio são incluídos no custo de aquisição, como parte do valor da compra.
As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição, como uma redução do capital próprio, na rubrica “Ações próprias” sendo os ganhos ou perdas inerentes à sua alienação registados em “Outras re-servas”. Em conformidade com a legislação comercial aplicável, enquanto as ações próprias se mantiverem na posse da sociedade, é tornada indisponível uma reserva de montante igual ao seu custo de aquisição.
Quando alguma empresa do Grupo adquire ações da empresa-mãe (ações próprias) o pagamento, que inclui os custos incrementais diretamente atribuíveis (líquidos de impostos), é deduzido ao capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe até que as ações sejam canceladas, re-emitidas ou alienadas.
Quando tais ações são subsequentemente vendidas ou re-emitidas, qualquer recebimento, líquido de custos de transação diretamente atribuíveis e de impostos, é refletido no capital próprio dos detentores do capital da empresa, em outras reservas.
3.23 Distribuição de dividendos
A distribuição de dividendos aos detentores do capital é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo no período em que os dividendos são aprovados pelos acionistas e até ao momento da sua liquidação.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 66
3.24_ Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas
Na preparação das demonstrações financeiras con-solidadas anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afe-tam as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do período.
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações fi-nanceiras consolidadas dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas, não foram consideradas nessas esti-mativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras consolida-das anexas foram os seguintes:
a) Imparidade
A determinação de uma eventual perda por imparida-de pode ser identificada pela ocorrência de diversos eventos, muitos dos quais fora da esfera de influência do Grupo Secil.
A identificação dos indicadores de imparidade, a esti-mativa de fluxos de caixa futuros e a determinação do justo valor de ativos implicam um elevado grau de jul-gamento por parte da Administração no que respeita à identificação e avaliação dos diferentes indicadores de imparidade, fluxos de caixa esperados, taxas de des-conto aplicáveis, vidas úteis e valores residuais.
b) Imposto sobre o Rendimento
O Grupo reconhece passivos para liquidações adicio-nais de impostos que possam resultar de revisões pelas autoridades fiscais.
Quando o resultado final destas situações é diferen-te dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nos impostos diferidos, no período em que tais diferenças são identificadas.
c) Reconhecimento de ativos por impostos diferidos
São reconhecidos ativos por impostos diferidos apenas quando existe forte segurança de que existirão lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização das diferenças temporárias, ou quando existam passivos por impostos diferidos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os ativos por impostos diferidos sejam revertidos. A avaliação dos ativos por impostos diferidos é efetuada pela gestão no final de cada exercício, tendo em atenção a expectativa de de-sempenho no futuro.
d) Pressupostos atuariais
A avaliação das responsabilidades com benefícios de-finidos é efetuada semestralmente com o recurso a estudos atuariais elaborados por peritos independen-tes, baseados em pressupostos atuariais associados a indicadores económicos e demográficos. Alterações nestes pressupostos podem ter um impacto relevante naquelas responsabilidades.
e) Provisões
O Grupo analisa de forma periódica eventuais obriga-ções que ressaltem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. A sub-jetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para liqui-dação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utili-zados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.
f) Vida útil do goodwill
A vida útil do goodwill é determinada com base na vida útil remanescente estimada dos principais ativos líqui-dos operacionais das subsidiárias, conforme indicado na Nota 3.2.6. As estimativas, pressupostos e vidas úteis subjacentes são avaliadas pela Administração do Gru-po no final de cada exercício.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 67
04Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósi-tos bancários imediatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses) e aplicações de tesou-raria no mercado monetário, líquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes. Caixa e seus equivalentes em 31 de de-zembro de 2017 e 2016 detalha-se conforme se segue:
FLUXODE CAIXA
Numerário
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
Aplicações de tesouraria
Descobertos bancários
536.329
115.092.410
1.777.405
117.406.144
(2.127.464)
115.278.680
(Nota 18)
(Nota 23.3)
573.338
115.563.583
-
116.136.921
(5.103.907)
111.033.014
Valoresem Euros 31/12/201631/12/2017
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 68
5.1_ Subsidiárias
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 o Grupo apresenta as seguintes subsidiárias:
05INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 69
Hewbol, S.G.P.S., Lda.
Somera Trading Inc. (d)
Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda.
ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda.
Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda.
Sociedade de Inertes, Lda.
Seciment Investments, B.V.
Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais
e de Fornecimento de Equipamento, Lda.
Silonor, S.A.
Société des Ciments de Gabés
Sud- Béton- Société de Fabrication de Béton du Sud
Zarzis Béton
Secil Angola, SARL
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A.
Britobetão - Central de Betão, Lda. (c)
Secil Britas, S.A.
Lusoinertes, S.A.
Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais
para a Construção, S.A.
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.
Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.
ALLMA - Microalgas, Lda.
Allmicroalgae - Natural products, S.A.
Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.
Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. (e)
Secil Brasil Participações, S.A. (ex Nsospe, S.A.)
Supremo Cimentos, S.A.
Margem Companhia de Mineração
I3 Participações e Serviços, Ltda.
Secil Brands - Marketing, Publicidade, Gestão e Desenvolvimento de
Marcas, Lda. (ex Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda.)
CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A.
Ciments de Sibline, S.A.L.
Soime, S.A.L.
Cimentos Madeira, Lda.
Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A.
Promadeira - Sociedade Técnica de Construção da Ilha da Madeira, Lda.
Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A.
Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. (a)
Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A.
Uniconcreto - Betão Pronto, S.A.
Secil Cement BV (ex Finlandimmo Holding BV)
Secil Immo Netherlands BV (f)
Secil Cement BV (f)
SPB, SGPS, Lda. (Ex. Secil Unicon) (b)
Secil Prébetão, S.A. (b)
Cementos Secil, S.L.U. (Nota 8)
Funchal
Panamá
Praia
Praia
Funchal
Nacala
Amesterdão
Lisboa
Dunkerque
Tunis
Tunis
Tunis
Luanda
Lobito
Lisboa
Évora
Lisboa
Lisboa
Leiria
Santarém
Lisboa
Leiria
Leiria
Braga
Lisboa
Rio de Janeiro
Santa Catarina
Paraná
Rio de Janeiro
Lisboa
Leiria
Beirute
Beirute
Funchal
Funchal
Funchal
Funchal
Funchal
Funchal
Lisboa
Terneuzen
Terneuzen
Terneuzen
Setúbal
Montijo
Madrid
Sede
100,00
-
100,00
62,50
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
98,72
98,72
98,52
100,00
51,00
100,00
-
100,00
100,00
100,00
75,00
100,00
70,00
100,00
99,53
-
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
51,05
51,05
57,14
57,14
57,14
57,14
29,14
57,14
100,00
100,00
-
-
100,00
100,00
100,00
Total
100,00
100,00
100,00
62,50
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
98,72
98,72
98,52
100,00
51,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
75,00
100,00
70,00
100,00
99,37
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
51,05
51,05
57,14
57,14
57,14
57,14
29,14
57,14
100,00
100,00
100,00
100,00
50,00
39,80
-
Total
100,00
-
99,80
37,50
100,00
-
100,00
100,00
100,00
98,72
-
-
100,00
-
100,00
-
100,00
-
51,19
-
100,00
-
-
-
-
-
-
-
-
-
100,00
28,64
-
57,14
-
-
-
-
-
100,00
100,00
-
-
100,00
-
100,00
Direta
100,00
-
-
37,50
100,00
-
100,00
100,00
100,00
98,72
-
-
100,00
-
100,00
9,00
100,00
-
51,19
-
100,00
-
-
-
-
-
-
-
-
-
100,00
28,64
-
57,14
-
-
-
-
-
100,00
100,00
-
-
50,00
-
-
Direta
-
-
0,20
25,00
-
100,00
-
-
-
-
98,72
98,52
-
51,00
-
-
-
100,00
48,81
75,00
-
70,00
100,00
99,53
-
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
-
22,41
51,05
-
57,14
57,14
57,14
29,14
57,14
-
-
-
-
-
100,00
-
Indireta
-
100,00
100,00
25,00
-
100,00
-
-
-
-
98,72
98,52
-
51,00
-
91,00
-
100,00
48,81
75,00
-
70,00
100,00
99,37
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
-
22,41
51,05
-
57,14
57,14
57,14
29,14
57,14
-
-
100,00
100,00
-
39,80
-
Indireta
% do capital detido pela Secil % do capital detido pela Secil
31/12/2017 31/12/2016
(a) Empresa detida em 51% pela Brimade, S.A. e portanto controlada pelo Grupo
(b) Empresas incluídas na consolidação a 1 de Julho de 2016 (anteriormente consideradas empreendimento conjuntos e consolidadas pelo método de consolidação proporcional)
(c) Empresa fundida por incorporação na empresa Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A., em 27 de abril de 2017
(d) Empresa liquidada em 31 de julho de 2017
(e) Empresa fundida por incorporação na empresa Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A., em 29 de setembro de 2017
(f) Empresa fundida por incorporação na empresa Secil Cement BV (ex Finlandimmo Holding BV), em 29 de dezembro de 2017
Valoresem Euros Denominação social
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 70
5.2_ Interesses que não controlam
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o detalhe dos interesses que não controlam incluídos no capital pró-prio detalha-se conforme se segue:
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o detalhe dos interesses que não controlam evidenciados na de-monstração dos resultados apresenta o seguinte detalhe:
Société des Ciments de Gabés e subsidiárias
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiária
Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias
Outros
Britobetão - Central de Betão, Lda.
Société des Ciments de Gabés e subsidiárias
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiária
Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias
Outros
567.250
414.548
(2.030.796)
58.280.188
5.193.698
707.232
63.132.120
-
(10.863)
144.958
(914.802)
10.773.081
202
73.248
10.065.824
726.797
357.090
(1.332.888)
67.255.721
5.193.570
611.715
72.812.005
2.233
(5.027)
88.775
(930.404)
10.132.465
41.866
(20.783)
9.309.125
Valoresem Euros
Valoresem Euros
31/12/2016
31/12/2016
31/12/2017
31/12/2017
Capitais Próprios
Resultado
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 71
Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 apresentam-se conforme se segue:
Saldo inicial
Variação de perímetro:
Reforço de 9% da participação do Grupo no capital (Nota 8)
Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.
Reforço de 8,41% da participação do Grupo no capital
Reforço de 0,16% da participação do Grupo no capital (Nota 8)
SPB, SGPS, Lda.
Reforço de 50% da participação do Grupo no capital -
Obtenção controlo (Nota 8)
Secil Prébetão, S.A.
Reforço de 20,4% da participação do Grupo no capital
Redução de Capital da Société des Ciments de Gabés
Transposição das demonstrações financeiras de subsidiárias
estrangeiras
Dividendos
Desvios e alterações de pressupostos nos estudos actuariais
Subsídios ao investimento
Outras operações
Resultado líquido do período
Saldo final
72.812.005
-
-
(1.175)
-
-
-
(7.761.141)
(11.670.021)
66
(1.525)
(311.913)
10.065.824
63.132.120
77.926.701
(72.003)
(70.229)
-
(1.437.032)
2.919.299
(30.258)
1.936.979
(17.663.591)
367
(7.353)
-
9.309.125
72.812.005
Valoresem Euros 31/12/201631/12/2017
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 72
Em 27 de julho de 2016 o Grupo adquiriu o controlo da empresa conjuntamente controlada SPB, SGPS, Lda. (Ex. Secil Unicon – SGPS, Lda.) e da sua subsidiária Se-cil Prebetão, S.A., não detendo no período findo em 31 de dezembro de 2016 e 2017 interesses em entidades conjuntamente controladas.
06INTERESSES EMEMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 73
07INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o Grupo tem os seguintes investimentos em associadas:
Setefrete, SGPS, S.A.
MC - Matériaux de Construction
J.M.J. Henriques, Lda.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
25.00
49.36
28.57
35.00
Setúbal
Gabés
Câmara de Lobos
Lisboa
25.00
49.36
28.57
35.00
Valoresem Euros
% indireta do capital detidoSede
% indireta do capital detido
31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 74
MC- Materiaux de Construction
J.M.J. - Henriques, Lda.
Setefrete, SGPS, S.A.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
31/12/2016
848.325
1.080.241
4.849.974
3.137.609
AtivosTotais
ResultadoLíquido
Vendase serviçosprestados
4.283.556
-
59.974
10.068.168
Passivos Totais
917.984
326.737
20.698
2.632.651
(96.745)
(3.386)
4.763.825
545.137
CapitalPróprio
(69.659)
753.504
4.829.276
504.958
a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 31.12.2016
b) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 31.07.2016
c) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 30.11.2016
a)
a)
b)
c)
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, as demonstrações financeiras disponíveis das associadas apresentam nas suas demonstrações financeiras os valores seguintes:
MC- Materiaux de Construction
J.M.J. - Henriques, Lda.
Setefrete, SGPS, S.A.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Denominação social
Denominação social
31/12/2017
835.026
1.081.249
5.868.752
2.959.114
a)
a)
b)
b)
AtivosTotais
ResultadoLíquido
Vendase serviçosprestados
2.626.184
-
4.336.624
9.305.007
Passivos Totais
820.232
331.215
29.165
2.545.287
(78.587)
(3.472)
2.829.484
352.867
CapitalPróprio
14.794
750.034
5.839.587
413.827
a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 31.12.2017
b) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 30.11.2017
Valoresem Euros
Valoresem Euros
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 75
08No decurso do período findo em 31 de dezembro de 2017, o impacto nas demonstrações financeiras consolidadas por via de alterações no perímetro de consolidação detalham-se conforme se segue:
ALTERAÇÕES NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO
Ativos não correntes
Ativos fixos tangíveis (Nota 10)
Ativos intangíveis (Nota 13)
Ativos correntes
Inventários
Estado e outros entes públicos
Interesses que não controlam (Nota 5.2)
Ativos e passivos identificáveis à data da aquisição
Goodwill (Nota 9)
Diferença de aquisição em capitais próprios
Custos da concentração
Património líquido adquirido
Valoresem Euros
Entradas no perímetro
Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. – com sede em Braga, reforço da partici-pação financeira detida em 0,16% do capital social da subsidiária em 19 de maio de 2017.
Cementos Secil, SLU – com sede em Madrid, aqui-sição de um conjunto de ativos em Espanha em 31 de março de 2017.
Cementos Secil, SLU
2.884.819
1.803.911
1.071.662
58.800
-
5.819.192
7.739.608
-
13.558.800
13.558.800
Subsidiárias adquiridas
2.884.819
1.803.911
1.071.662
58.800
1.175
5.820.367
7.739.608
288
13.560.263
13.560.263
Argibetão
-
-
-
-
1.175
1.175
-
288
1.463
1.463
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 76
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos na rubrica “Goodwill”, são conforme se segue:
09Valor bruto no início do período
Amortizações e perdas por imparidade acumuladas
Valor líquido no início do período
Amortização
Perdas por imparidade
Aquisições:
Cementos Secil
SPB, SGPS, Lda.
Finlandimmo Holding BV
Variação cambial:
Société des Ciments de Gabés
Sud-Béton-Société de Fabrication de Béton du Sud
Ciments de Sibline, S.A.L.
Secil Brasil Participações S/A
Supremo Cimentos, S.A.
Transferência de “Participações financeiras
- método equivalência patrimonial”
Saldo final
334.101.509
(123.188.793)
210.912.716
(7.913.802)
(25.933.779)
7.739.608
-
-
(4.341.786)
(258.089)
(1.527.497)
(3.819.597)
(5.831.281)
-
169.026.493
(Nota 33)
(Nota 33)
(Nota 8)
(Nota 20.5.1)
(Nota 20.5.1)
(Nota 20.5.1)
(Nota 20.5.1)
(Nota 20.5.1)
(Nota 14)
305.310.262
(110.724.884)
194.585.378
(7.653.980)
(5.762.660)
-
5.762.660
4.986.216
(2.418.777)
(143.779)
398.452
5.606.896
12.015.583
3.536.727
210.912.716
Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 77
O goodwill é atribuído às unidades geradoras de fluxos de caixa (UGC) do Grupo, identificadas de acordo com o país da operação, conforme se segue:
Para efeitos de testes de imparidade, o valor recupe-rável das UGC é determinado com base no valor em uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados. Os cálculos baseiam-se no desempe-nho histórico e nas expectativas de desenvolvimento do negócio com a atual estrutura produtiva, sendo utilizado o plano estimado de médio prazo a 5 anos do Grupo.
No período findo em 31 de dezembro de 2017 regis-taram-se perdas por imparidade no goodwill afeto à UGC Brasil no montante de Euros 25.933.779.
Portugal
Líbano
Tunísia
Brasil
84.075.300
10.498.379
20.919.596
53.533.218
169.026.493
79.972.069
13.418.054
26.227.797
91.294.796
210.912.716
31/12/2017 31/12/2016Valoresem Euros
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 78
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos na rubrica “Ativos fi-xos tangíveis”, bem como nas respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade, são conforme se segue:
10ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Ativos
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Variação de perímetro
Aquisições
Alienações
Regularizações, transferências e abates
Ajustamento cambial
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Variação de perímetro (Nota 8)
Aquisições
Alienações
Regularizações, transferências e abates
Ajustamento cambial
Saldo em 31 de dezembro de 2017
Valoresem Euros Equipamentos
1.517.289.349
11.317.777
3.175.899
(5.440.831)
103.063
26.867.433
1.553.312.690
1.927.500
3.368.275
(3.887.692)
10.696.001
(73.621.818)
1.491.794.956
Recuperaçãopaisagística
5.469.872
-
-
-
-
-
5.469.872
-
-
-
135.311
-
5.605.183
Terrenos e recursos
naturais
227.775.347
1.571.387
349.403
(39.818)
(244.602)
8.658.782
238.070.499
101.635
2.157.295
(1.362.074)
5.263.215
(20.241.660)
223.988.910
Adiantamentos
3.974.122
-
1.740.009
-
(4.969.854)
199.523
943.800
-
1.856.604
-
(1.780.522)
(87.066)
932.816
Total
2.259.130.928
18.110.197
40.985.628
(5.955.760)
(26.609.482)
52.766.259
2.338.427.770
2.884.819
26.309.929
(8.967.746)
(3.248.035)
(120.412.025)
2.234.994.712
Edifíciose outras
construções
486.201.250
5.221.033
285.120
(468.760)
(2.772.536)
16.926.013
505.392.120
855.684
284.268
(2.956.480)
773.001
(24.944.987)
479.403.606
Ativos fixostangíveisem curso
18.420.988
-
35.435.197
(6.351)
(18.725.553)
114.508
35.238.789
-
18.643.487
(761.500)
(18.335.041)
(1.516.494)
33.269.241
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 79
Depreciações acumuladas e perdas
por imparidade
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Variação de perímetro
Depreciações (Nota 33)
Perdas por imparidade (Nota 33)
Alienações
Regularizações, transferências e abates
Ajustamento cambial
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Depreciações (Nota 33)
Perdas por imparidade (Nota 33)
Alienações
Regularizações, transferências e abates
Ajustamento cambial
Saldo em 31 de dezembro de 2017
Ativos líquidos
Valor líquido
em 31 de dezembro de 2016
Valor líquido
em 31 de dezembro de 2017
Valoresem Euros Equipamentos
(1.237.214.085)
(11.274.232)
(35.671.473)
1.276.757
4.462.709
6.028.918
4.145.769
(1.268.245.637)
(30.771.654)
250.396
3.633.497
2.214.603
39.669.530
(1.253.249.265)
285.067.053
238.545.691
Recuperaçãopaisagística
(2.296.989)
-
(115.671)
-
-
-
-
(2.412.660)
(113.702)
-
-
-
-
(2.526.362)
3.057.212
3.078.821
Terrenos e recursos
naturais
(49.014.995)
(893.918)
(2.265.535)
-
-
-
1.079.810
(51.094.638)
(2.516.629)
-
5.685
35.678
3.471.034
(50.098.870)
186.975.861
173.890.040
Adiantamentos
(267.500)
-
-
-
-
-
-
(267.500)
-
-
-
-
-
(267.500)
676.300
665.316
Total
(1.632.498.126)
(16.953.631)
(46.214.369)
(7.131.901)
4.798.910
8.955.144
6.329.216
(1.682.714.757)
(41.576.884)
(2.854.013)
6.106.818
6.153.263
51.044.805
(1.663.840.768)
655.713.013
571.153.944
Edifíciose outras
construções
(341.778.063)
(4.785.481)
(8.161.690)
91.342
336.201
2.926.226
1.103.637
(350.267.828)
(8.174.899)
88.366
2.467.636
2.073.696
7.547.391
(346.265.638)
155.124.292
133.137.968
Ativos fixostangíveisem curso
(1.926.494)
-
-
(8.500.000)
-
-
-
(10.426.494)
-
(3.192.775)
-
1.829.286
356.850
(11.433.133)
24.812.295
21.836.108
As perdas por imparidade acumuladas detalham-se conforme se segue:
As empresas do Grupo, sedeadas em Portugal, pro-cederam em anos anteriores à reavaliação dos seus ativos fixos tangíveis ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente Portaria nº 258 de 28 de dezembro de 1963, Decretos-Lei nº 126/77, nº 430/78, nº 219/82, nº 319-G/84, nº 118-B/86, nº 111/88, nº 49/91, nº 264/92, nº 22/92 e nº 31/98.
O detalhe dos custos históricos de aquisição de ativos fixos tangíveis e correspondente reavaliação, líquidos de amortizações acumuladas, em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é o seguinte:
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamentos
Ativos fixos tangíveis em curso
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamentos
Valoresem Euros
Perdasacumuladas01/01/2016
(8,125.167)
(5.708.155)
(5.196.931)
(2.017.144)
(21.047.397)
Custo histórico
164.327.411
131.210.676
238.475.106
534.013.193
Perdas doexercício(Nota 33)
-
91.342
1.276.757
(8.500.000)
(7.131.901)
Excedente de revalorização
9.562.629
1.927.292
70.585
11.560.506
Perdasacumuladas12/31/2016
(8.125.167)
(5.616.813)
(3.920.174)
(10.517.144)
(28.179.298)
Valor revalorizado
173.890.040
133.137.968
238.545.691
545.573.699
Perdas doexercício(Nota 33)
-
88.366
250.396
(3.192.775)
(2.854.013)
Custo histórico
177.091.080
153.018.533
284.981.326
615.090.939
Perdasacumuladas12/31/2017
(8.125.167)
(5.528.447)
(3.669.778)
(13.709.919)
(31.033.311)
Excedente de revalorização
9.884.781
2.105.759
85.727
12.076.267
Valor revalorizado
186.975.861
155.124.292
285.067.053
627.167.206
31/12/2017 31/12/2016
Valoresem Euros
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 80
11LOCAÇÕES
11.1_ Locações financeiras
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 o Grupo utiliza os seguintes bens adquiridos em locação financeira:
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a dívida do Grupo referente a locações financeiras bem como o seu pla-no de reembolso, detalha-se como se segue:
Locação financeira - rendas a pagar
Equipamento básico
Valoresem Euros
Valoraquisição
4.049.109
4.049.109
Depreciação acumulada
(2.952.245)
(2.952.245)
Valor líquidocontabilístico
1.096.864
1.096.864
4.049.109
4.049.109
Depreciação acumulada
(3.110.700)
(3.110.700)
Valor líquidocontabilístico
938.409
938.409
31/12/2017 31/12/2016
Valoraquisição
Não correntes (Nota 23.3)
Correntes (Nota 23.3)
-
667.005
667.005
682.902
610.467
1.293.369
Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 81
A menos de 1 ano
1 a 2 anos
Juros futuros - a deduzir
Valor atual das responsabilidades por locação financeira (Nota 23.3)
Amortizações do período
Gasto financeiro
A menos de 1 ano
1 a 5 anos
677.953
-
677.953
(10.948)
667.005
109.548
35.143
144.691
661.883
962.229
1.624.112
652.996
697.523
1.350.519
(57.150)
1.293.369
710.865
76.526
787.391
549.278
1,163.278
1.712.556
Valoresem Euros
Valoresem Euros
Valoresem Euros
31/12/2017
31/12/2017
31/12/2017
31/12/2016
31/12/2016
31/12/2016
Locação financeira – plano de reembolso
No decurso dos períodos findos em 31 de dezem-bro de 2017 e 2016 foram reconhecidos nas rubricas “(Gastos)/ reversões de depreciação e amortização” e “Juros e gastos similares suportados” os seguintes montantes:
Os gastos relacionados com locações operacionais re-conhecidos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 ascenderam a Euros 587.111 e 672.006, respetivamente.
11.2_ Locações operacionais
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o Grupo é locatá-rio em contratos de locação operacional relacionados com o aluguer de viaturas, os quais se encontram de-nominados em Euros.
Os pagamentos mínimos das locações operacionais são detalhados conforme se segue:
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 82
12PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, na rubrica “Propriedades de investimento”, são conforme se segue:
As propriedades de investimento são amortizadas de acordo com o método da linha reta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram reconhecidos em resultados os seguintes rendimentos e gastos relacionados com pro-priedades de investimento:
Saldo inicial - quantia bruta
Alienações
Saldo final quantia bruta
Saldo inicial - amortizações e
perdas por imparidades
Alienações
Transferências
Para outras classes de ativos
Amortizações e perdas por
imparidade (Nota 33)
Saldo final - amortizações e perdas
por imparidade
Valor líquido
Rendimentos de rendas
Amortizações e perdas por imparidade
Valoresem Euros
Valoresem Euros
Arrendadas
Arrendadas
Arrendadas
Arrendadas
Para venda
Para venda
Para venda
Para venda
Total
Total
Total
Total
957.222
(957.222)
-
753.283
(753.283)
-
-
-
-
49.754
-
49.754
1.103.319
(106.647)
996.672
776.536
(66.831)
-
766
710.471
286.201
-
(766)
(766)
2.060.541
(1.063.869)
996.672
1.529.819
(820.114)
-
766
710.471
286.201
49.754
(766)
48.988
957.222
-
957.222
737.286
-
-
15.997
753.283
203.939
58.296
(15.997)
42.299
1.103.319
-
1.103.319
772.024
-
1.718
2.794
776.536
326.783
-
(2.794)
(2.794)
2.060.541
-
2.060.541
1.509.310
-
1.718
18.791
1.529.819
530.722
58.296
(18.791)
39.505
31/12/2017
31/12/2017
31/12/2016
31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 83
13ATIVOS INTANGÍVEIS
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos na rubrica “Ativos in-tangíveis”, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparidade, são conforme se segue:
Ativos
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Aquisições
Licenças atribuídas ( Nota 20.5.3)
Licenças alienadas no período ( Nota 20.5.3)
Alienações
Transferências e abates
Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento
Ajustamento cambial
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Variação perímetro (Nota 8)
Aquisições
Licenças atribuídas ( Nota 20.5.3)
Licenças alienadas no período ( Nota 20.5.3)
Transferências e abates
Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento
Ajustamento cambial
Saldo em 31 de dezembro de 2017
Amortizações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Amortizações do período (Nota 33)
Amortizações do período - Emissões de gases com efeito
de estufa no período (Nota 33)
Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33)
Alienações
Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento
Ajustamento cambial
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Amortizações do período (Nota 33)
Amortizações do período - Emissões de gases com efeito
de estufa no período (Nota 33)
Reversão/ (Perdas) por imparidade no período (Nota 33)
Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento
Ajustamento cambial
Saldo em 31 de dezembro de 2017
Ativos líquidos
Valor líquido em 31 de dezembro de 2016
Valor líquido em 31 de dezembro de 2017
Valoresem Euros
Propriedadeindustrial
LicençasEmissão CO2
Outros ativosintangíveis
Ativos intangíveis em curso Total
21.929.451
-
-
-
-
5.512
-
5.116.867
27.051.830
-
-
-
-
21.723
-
(3.581.669)
23.491.884
(213.199)
(2.410.722)
-
(2.702.406)
-
-
(615.273)
(5.941.600)
(2.568.674)
-
2.885.982
-
732.804
(4.891.488)
21.110.230
18.600.396
19.168.825
-
10.928.249
(4.498.000)
-
-
(11.540.336)
-
14.058.738
-
-
10.533.837
(2.497.665)
-
(8.678.276)
-
13.416.634
(11.615.895)
-
(8.603.069)
-
-
11.540.336
-
(8.678.628)
-
(8.222.549)
-
8.678.278
-
(8.222.899)
5.380.110
5.193.735
81.249
-
-
-
(2.173)
-
-
-
79.076
1.803.911
-
-
-
(1.803.911)
-
-
79.076
(80.356)
-
-
-
2.173
-
-
(78.183)
-
-
-
-
-
(78.183)
893
893
3.845
6.226
-
-
-
(5.512)
-
-
4.560
-
28.666
-
-
(21.723)
-
-
11.503
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
4,560
11.503
41.183.370
6.226
10.928.249
(4.498.000)
(2.173)
-
(11.540.336)
5.116.867
41.194.203
1.803.911
28.666
10.533.837
(2.497.665)
(1.803.911)
(8.678.276)
(3.581.669)
36.999.096
(11.909.450)
(2.410.722)
(8.603.069)
(2.702.406)
2.173
11.540.336
(615.273)
(14.698.411)
(2.568.674)
(8.222.549)
2.885.982
8.678.278
732.804
(13.192.570)
26.495.792
23.806.526
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 84
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 os montantes de Euros 5.193.735 e Euros 5.380.110 registados na rubrica “Licenças de emissão de CO2” referem-se ao valor das licenças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas a título gratuito e depositadas a favor das empresas do Grupo no Registo Português de Licenças de Emissão relativos ao ano de 2017 e 2016 respetiva-mente, acrescido das licenças adquiridas e deduzido
O Grupo alienou, no período findo em 31 de dezem-bro de 2017, 487.850 toneladas (650.000 toneladas em 2016) de licenças de emissão de CO2, tendo regista-do ganhos no montante de Euros 2.809.348 (Euros 3.575.000 em 2016) (Nota 31).
No período fido em 31 de dezembro de 2016, a rubrica “Propriedade industrial ” incluia o montante de Euros 2.702.406 relativo a uma perda por imparidade reco-nhecida no valor da marca Supremo. Esta imparidade foi revertida na totalidade no decurso do período de 2017, de acordo com a avaliação independente obtida de uma entidade especializada.
das licenças alienadas, das perdas por imparidade identificadas e das licenças entregues/entregar à En-tidade Coordenadora do Licenciamento.
Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, nas licenças de emissão de gases com efeito de estufa, são conforme se segue:
Ativos
Saldo inicial
Licenças atribuídas (Nota 20.5.3)
Licenças alienadas (Nota 20.5.3)
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento
Saldo final
Amortizações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo inicial
Amortizações do período relativas a:
Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 20.5.3)
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento
Saldo final
Valor líquido
Valoresem Euros
2.783.412
2.121.990
(650.000)
(1.681.073)
2.574.329
(1.691.990)
(1.519.212)
1.681.073
(1.530.129)
1.044.200
Toneladas Toneladas
2.574.329
2.081.786
(487.850)
(1.530.078)
2.638.187
(1.530.129)
(1.612.835)
1.530.078
(1.612.886)
1.025.301
19.168.825
10.928.249
(4.498.000)
(11.540.336)
14.058.738
(11.615.895)
(8.603.069)
11.540.336
(8.678.628)
5.380.110
Euros Euros
14.058.738
10.533.837
(2.497.665)
(8.678.274)
13.416.636
(8.678.628)
(8.222.549)
8.678.276
(8.222.901)
5.193.735
31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 85
14PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Partici-pações financeiras”, apresenta a seguinte composição:
Os movimentos ocorridos nesta rubrica, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, detalham-se como se segue:
Associadas
Setefrete, SGPS, S.A.
MC - Materiaux de Construction
J.M.J. - Henriques, Lda.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Valoresem Euros % detida % detida
25,00%
49,36%
28,57%
35,00%
25,00%
49,36%
28,57%
35,00%
Valor Valor
1.459.897
1.698
375.017
144.839
1.981.451
1.207.319
2.067
376.752
176.735
1.762.873
31/12/2017 31/12/2016
Saldo inicial
Resultado líquido apropriado (Nota 28)
Dividendos atribuídos pela Setefrete, SGPS, S.A.
Dividendos atribuídos pela Ave, S.A.
Transferência do goodwill de associadas para a rubrica “Goodwill” (Nota 9)
Ajustamento cambial
Outros movimentos
Saldo final
1.762.873
1.047.841
(707.688)
(125.821)
-
(369)
4.615
1.981.451
4.711.097
1.380.062
(727.188)
(141.497)
(3.536.727)
(193)
77.319
1.762.873
Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 86
15IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
15.1_ Imposto corrente
A Secil e algumas das suas subsidiárias integram, desde 1 de janeiro de 2014, o Grupo Fiscal do qual a Semapa, S.G.P.S., S.A. é a sociedade dominante, sendo tributa-das pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS) constituído pelas empresas com uma participação igual ou superior a 75% e que cum-prem as condições previstas no artigo 69º e seguintes do Código do IRC.
As empresas que integram o perímetro do grupo de sociedades sujeitas a este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa ótica individual.
A Secil e as suas subsidiárias tributadas pelo RETGS, alteraram o seu período de tributação para o período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, com efeitos a 1 de janeiro de 2017. Em resultado desta alteração a Secil e estas subsidiárias apuraram e re-portaram à Autoridade Tributária, até ao final do mês de maio de 2017, o imposto apurado no período de 6 meses iniciado em 1 de julho de 2016 e registaram a estimativa de imposto para o período de 2017.
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Imposto sobre o rendimento” apresenta o seguinte detalhe:
Imposto corrente
Liquidações adicionais de IRC
Imposto diferido (Notas 15.2)
1.569.002
2.898.091
(21.170.461)
(16.703.368)
6.407.334
(2.128.124)
(8.133.178)
(3.853.968)
Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 87
Os montantes de Euros 1.569.002 e Euros 6.407.334 registados em imposto corrente em 31 de dezembro de 2017 e 2016, respetivamente, incluem:
As declarações anuais de rendimentos estão sujeitas em Portugal a revisão e eventual ajustamento por parte das autoridades fiscais durante um período de 4 anos. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais estes podem ser sujeitos a revisão e liquidação pelas autoridades fiscais por um período superior.
Noutros países em que o Grupo desenvolve a sua ati-vidade os prazos são diferentes, em regra superiores.
O Conselho de Administração entende que eventuais correções àquelas declarações em resultado de revi-sões/inspeções por parte das autoridades fiscais não terão efeitos materiais nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2017.
Estimativa de imposto do período das empresas não pertencentes ao Grupo
fiscal Semapa (Nota 25)
Estimativa de Imposto das empresas que integram o Grupo fiscal Semapa :
Período tributário de 1 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2017 (Nota 36)
Período tributário de 1 de julho de 2015 a 30 de junho de 2016 (*)
Período tributário de 1 de julho de 2016 a 31 de dezembro de 2016
IRC de exercícios anteriores
Excesso / (insuficiência) de estimativa de exercícios anteriores
6.175.879
2.360.608
-
-
(6.963.210)
(4.275)
1.569.002
5.980.085
-
366.248
493.185
(1.062.208)
630.024
6.407.334
Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016
(*) - O montante respeita apenas a 6 meses 1-jan-2016 a 30-jun-2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 88
A reconciliação da taxa efetiva de imposto nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é evidenciada conforme se segue:
(a) Este valor respeita essencialmente a:
Resultado antes de impostos
Imposto esperado
Diferenças permanentes (a)
Prejuízos fiscais recuperáveis de períodos anteriores
Prejuízos fiscais não recuperáveis
Diferenças de taxas de imposto
Benefícios fiscais
Liquidações adicionais de IRC
Retenção na fonte a título definitivo
Imposto relativo a períodos anteriores
Ajustamentos à coleta (b)
Taxa efetiva de imposto
Amortização e perdas por imparidade do goodwill
Efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial (Nota 28)
Mais / (menos) valias fiscais
(Mais) / menos valias contabilísticas
Benefícios fiscais (*)
Dividendos de empresas sediadas fora da U.E.
Aumento / (redução) de imparidades e provisões tributadas
Resultados intragrupo sujeitos a tributação
Reporte dos gastos de financiamento líquidos de períodos de tributação anteriores
Outros
Impacto fiscal (27,50%)
(27.266.725)
(7.498.349)
2.254.890
(6.246.250)
8.612.065
(3.612.949)
(6.680.083)
2.898.091
503.205
(7.470.690)
536.702
(16.703.368)
61,3%
33.406.717
(1.047.841)
(1.980.699)
(1.584.456)
(1.282.988)
1.970.000
334.828
(3.096.441)
(17.542.639)
(976.881)
8.199.600
2.254.890
(16.819.593)
(4.625.388)
(38.260.280)
(242.117)
37.852.108
4.516.926
(1.123.375)
(2.128.124)
791.493
(1.223.677)
588.466
(3.853.968)
22,9%
13.416.640
(1.380.062)
(148.351.761)
(638.631)
(935.801)
-
(6.039.092)
3.638.669
-
1.161.746
(139.128.292)
(38.260.280)
Valoresem Euros
Valoresem Euros
31/12/2017
31/12/2017
31/12/2016
31/12/2016
(*) - A rubrica “Benefícios fiscais” refere-se, essencialmente, a benefícios fiscais à exportação e investimento concedidos na Tunísia.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 89
(b) O montante mostrado na rubrica “Ajustamentos à coleta” respeita essencialmente à tributação autónoma no montante de Euros 1.202.783.
15.2_ Imposto diferido
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos nos ativos e passivos por impostos diferidos, são os seguintes:
Diferenças temporárias que originam ativos por impostos diferidos
Provisões e imparidades tributadas
Provisões para recuperação ambiental e paisagística
Prejuízos fiscais reportáveis
Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22)
Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22)
Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22)
Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22)
Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22)
Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22)
Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo
Justo valor apurado em combinações empresariais
Imparidades em ativos fixos
Amortizações de ativos intangíveis
Outras diferenças temporárias
Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos
Reavaliação de ativos fixos tangiveís
Justo valor apurado em combinações empresariais
Diferimento da tributação de mais-valias
Acréscimos de depreciações
Instrumentos financeiros
Excesso do fundo de pensões (Nota 22)
Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3)
Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota13)
Outras diferenças temporárias
Valores reflectidos no balanço
Ativos por impostos diferidos
Passivos por impostos diferidos
Valoresem Euros
Saldo inicial
AjustamentoCambial
25.784.522
3.006.290
57.504.185
43.711
56.452
323.572
58.038
4.603.190
71.885
2.312.212
1.734.023
5.160.988
-
9.866.308
110.525.376
(60.797.976)
(115.126.026)
(609.957)
(30.053.309)
1.914.564
(2.104.707)
(962.526)
(5.380.109)
(1.427.965)
(214.548.011)
32.906.720
(59.547.383)
(1.596.444)
(1.146)
(9.494.338)
(7.069)
-
-
(8.122)
-
-
(11.514)
(209.859)
-
-
(524.813)
(11.853.305)
7.706.236
13.438.378
-
5.026.735
(217.562)
-
2.198
-
90.225
26.046.210
(3.806.347)
7.548.274
31/12/2017
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 90
Capital próprio Transferências
Ativos detidospara venda
Resultados do período (Nota 15.1)
(8.072.831)
246.746
19.922.717
3.493
4.106
(20.206)
(22.703)
(575.457)
(25.712)
(263.697)
-
3.047.239
66.315.235
(496.634)
80.062.296
656.325
7.100.166
68.152
(8.935.928)
(422.360)
(40.841)
-
-
90.738
(1.483.748)
23.349.177
(2.178.716)
-
-
-
(9.589)
-
-
18.047
62.331
(723)
-
-
-
-
(1.096.137)
(1.026.071)
-
-
-
-
-
8.072
118.204
186.374
-
312.650
(283.142)
115.407
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3.500.000
-
(3.500.000)
-
5.035
(5.035)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(300.000)
-
-
(300.000)
-
(30.312)
-
-
-
-
-
-
-
(30.312)
(82.500)
(6.747)
16.115.247
3.251.890
67.932.564
30.546
60.558
303.366
45.260
4.090.064
45.450
2.037.001
1.524.164
11.408.227
66.315.235
4.248.724
177.408.296
(52.430.380)
(94.622.829)
(541.805)
(33.962.502)
1.274.642
(2.137.476)
(842.124)
(5.193.735)
(1.247.002)
(189.703.211)
52.083.908
(54.069.165)
31/12/2017
Saldo final
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 91
Diferenças temporárias que originam ativos por impostos diferidos
Provisões e imparidades tributadas
Provisões para recuperação ambiental e paisagística
Prejuízos fiscais reportáveis
Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22)
Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22)
Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22)
Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22)
Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22)
Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22)
em transacções intra-grupo
Justo valor apurado em combinações empresariais
Imparidades em ativos fixos
Outras diferenças temporárias
Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos
Reavaliação de ativos fixos tangiveís
Justo valor apurado em combinações empresariais
Diferimento da tributação de mais-valias
Acréscimos de amortizações
Instrumentos financeiros
Excesso do fundo de pensões (Nota 22)
Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3)
Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota13)
Outras diferenças temporárias
Valores reflectidos no balanço
Ativos por impostos diferidos
Passivos por impostos diferidos
Valoresem Euros
Saldo inicial
AjustamentoCambial
22.117.436
2.776.132
23.773.019
47.507
62.053
439.870
64.236
5.214.994
74.989
2.104.088
1.678.976
6.272.687
14.664.522
79.290.509
(50.201.175)
(126.156.588)
(689.367)
(15.376.633)
-
(1.827.903)
(822.960)
(7.552.930)
(2.656.722)
(205.284.278)
22.273.397
(55.077.076)
(80.617)
1.595
8.635.677
(3.855)
-
-
(4.683)
-
-
12.366
55.047
-
1.559.868
10.175.398
(11.111.474)
(1.003.787)
-
(3.505.534)
206.353
-
558
-
(323.790)
(15.737.674)
3.460.213
(5.618.370)
31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 92
Capital próprio Transferências
Variação do perimetro
Resultados do período (Nota 15.1)
3.135.749
228.563
24.973.420
6.574
(5.601)
(116.298)
(23.813)
(636.737)
(1.639)
195.758
-
(1.111.699)
(3.774.829)
22.869.448
514.673
12.059.626
79.410
(11.171.142)
3.207.985
(33.726)
-
-
(16.029)
4.640.797
7.537.385
595.793
-
-
-
(6.515)
-
-
22.298
24.933
(1.465)
-
-
-
(1.534.805)
(1.495.554)
-
-
-
-
(228.022)
(243.078)
(140.124)
2.172.821
-
1.561.597
(257.370)
454.940
611.954
-
122.069
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(1.048.448)
(314.425)
-
5.035
-
-
(1.271.752)
-
-
-
1.581.141
314.424
(106.905)
106.904
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(30.312)
-
-
-
-
-
-
-
(30.312)
-
(6.748)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(12.565)
(12.565)
-
(6.748)
25.784.522
3.006.290
57.504.185
43.711
56.452
323.572
58.038
4.603.190
71.885
2.312.212
1.734.023
5.160.988
9.866.308
110.525.376
(60.797.976)
(115.126.026)
(609.957)
(30.053.309)
1.914.564
(2.104.707)
(962.526)
(5.380.109)
(1.427.965)
(214.548.011)
32.906.720
(59.547.383)
31/12/2016
Saldo finalAtivos detidos
para venda
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 93
Prejuízos fiscais reportáveis com imposto diferido ativo
São reconhecidos impostos diferidos ativos sobre prejuízos fiscais na medida em que seja provável a realização do respetivo benefício fiscal, através da existência de lucros tributáveis futuros. Os impostos diferidos ativos reconhecidos pelo Grupo referem-se a prejuízos fiscais que se espera virem a ser deduzidos aos lucros tributáveis futuros, conforme se segue:
Prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido ativo
Os prejuízos fiscais sobre os quais o Grupo conside-ra, nesta data, não existir a capacidade de dedução a lucros tributáveis futuros, e como tal sem imposto diferido ativo, detalham-se por ano de prescrição con-forme se segue:
Margem - Companhia de Mineração 67.932.564 não expira
Valoresem Euros 31/12/2017 Data limite
57.504.185
31/12/2016
Não tributadas pelo RETGS
ALLMA - Microalgas, Lda.
Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda.
I3 Participações e Serviços, Ltda.
Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda.
Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A.
Secil Angola, SARL
Secil Prébetão, S.A.
SPB - S.G.P.S., Lda.
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Seciment Investments, B.V.
Silonor, S.A.
Soime, S.A.L.
Zarzis Béton
Sociedade de Inertes, Lda.
Secil Brasil Participações, S.A. (ex Nsospe, S.A.)
Supremo Cimentos, S.A.
Tributadas pelo RETGS
Allmicroalgae - Natural products, S.A.
Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.
Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.
Hewbol, S.G.P.S., Lda.
Secil Brands - Marketing, Publicidade, Gestão e Desenvolvimento de Marcas
Secil Britas, S.A.
Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda.
Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A.
Uniconcreto - Betão Pronto, S.A.
Total prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido
Valoresem Euros Total 2018
144.006
263.254
544.200
10.685
31.701
1.091.852
9.187.968
60.747
1.502.256
308.095
13.859.684
129.138
69.149
563.455
8.722.342
42.896.134
79.384.666
188.022
554.691
16.745.732
1.061.875
930.037
3.935.885
64.024
8.635.128
4.169.700
36.285.094
115.669.760
11.884
91.304
-
2.577
24.288
1.091.852
5.269.376
36.803
-
-
-
101.258
-
101.114
-
-
6.730.456
-
134.583
933.200
-
-
3.453.198
12.483
2.553.955
1.015.328
8.102.747
14.833.203
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 94
300
20.602
-
1.905
-
-
239.218
6.268
-
-
-
-
-
134.646
-
-
402.939
106.626
251.931
7.214.482
1.061.875
693.054
-
10.617
-
85.764
9.424.349
9.827.288
-
-
-
-
-
-
-
-
1.259.586
-
-
27.880
-
125.016
-
-
1.412.482
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.412.482
-
-
-
-
-
-
-
-
242.670
-
-
-
-
-
-
-
242.670
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
242.670
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
202.679
-
-
202.679
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
202.679
131.822
151.348
544.200
6.203
7.413
-
3.679.374
17.676
-
308.095
13.859.684
-
69.149
-
8.722.342
42.896.134
70.393.440
81.396
168.177
8.598.050
-
236.983
482.687
40.924
6.081.173
3.068.608
18.757.998
89.151.438
2023 e posteriores2020 2021 20222019
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 95
16OUTROS INVESTIMENTOS E ATIVOSFINANCEIROS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, as rubricas “Outros investimentos financeiros” e “Outros ativos financeiros”, líquidas de perdas acumuladas por im-paridade, decompõem-se conforme se segue:
Outros investimentos financeiros - não corrente:
Adiantamentos para investimentos financeiros
Outros investimentos financeiros
Outros ativos financeiros - não corrente:
Obrigações do tesouro
Outros ativos financeiros
Instrumentos financeiros derivados (Nota 38)
Outros ativos financeiros - corrente:
Outros - Partes relacionadas (Notas 36 e 37.2)
Instrumentos financeiros derivados (Nota 38)
Valoresem Euros
Quantia bruta
Imparidade acumulada
Quantia escriturada
líquida
3.300.000
271.326
3.571.326
-
175.669
14.623
190.292
3.761.618
927.194
927.194
-
(44.806)
(44.806)
-
(117.211)
-
(117.211)
(162.017)
-
-
3.300.000
226.520
3.526.520
-
58.458
14.623
73.081
3.599.601
927.194
927.194
3.150.000
308.665
3.458.665
548.434
187.903
41.090
777.427
4.236.092
-
-
-
(37.149)
(37.149)
-
(117.211)
-
(117.211)
(154.360)
-
-
3.150.000
271.516
3.421.516
548.434
70.692
41.090
660.216
4.081.732
-
-
31/12/201631/12/2017
Quantia bruta
Imparidade acumulada
Quantia escriturada
líquida
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 96
Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, nas perdas acumuladas por imparidade são conforme se segue:
Saldo inicial
Variação de perímetro
Aumentos
Ajustamento cambial
Transferências
Saldo final
154.360
-
-
(6.593)
14.250
162.017
99.539
4.075
54.292
(3.546)
-
154.360
Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 97
17INVENTÁRIOS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os inventá-rios, líquidos de perdas acumuladas por imparidade, apresentam a seguinte composição:
Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo
Produtos e trabalhos em curso
Produtos acabados e intermédios
Mercadorias
Adiantamento por conta de compras
Valoresem Euros
Quantia bruta
Imparidade acumulada
Quantia líquida
71.075.879
3.006.296
24.766.682
7.025.973
3.116
105.877.946
(9.102.271)
-
(4.731.799)
(119.743)
-
(13.953.813)
61.973.608
3.006.296
20.034.883
6.906.230
3.116
91.924.133
77.165.893
2.264.216
27.018.381
6.431.475
176.941
113.056.906
(9.665.106)
-
(4.690.877)
(142.608)
-
(14.498.591)
67.500.787
2.264.216
22.327.504
6.288.867
176.941
98.558.315
31/12/201631/12/2017
Quantia bruta
Imparidade acumulada
Quantia líquida
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 98
Os aumentos e reposições, no montante liquido de Eu-ros 830.953 (aumento) e Euros 119.161 (reposição) em 31 de dezembro de 2017 e 2016 respetivamente, foram reconhecidos na demonstração dos resultados na ru-brica “Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões)”
Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, nas perdas acumuladas por imparidades em inventários são conforme se segue:
Saldo inicial
Variação de perímetro
Aumentos
Reposições
Utilizações
Ajustamento cambial
Saldo final
14.498.591
-
1.587.885
(756.932)
(7.892)
(1.367.839)
13.953.813
14.533.521
316.008
913.644
(1.032.805)
(8.746)
(223.031)
14.498.591
Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 99
18ATIVOS FINANCEIROS
18.1_ Categorias de ativos financeiros
As categorias de ativos financeiros, líquidas de perdas acumuladas por imparidade, em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são detalhadas conforme se segue:
18.2_ Ativos financeiros - clientes
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Clien-tes”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, apresenta a seguinte composição:
Disponibilidades (Nota 4):
Numerário
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
Outras aplicações de tesouraria
Ativos financeiros ao custo:
Clientes (Nota 18.2)
Créditos a receber - corrente (Nota 18.3)
Créditos a receber - não corrente (Nota 18.3)
Clientes
Clientes - Partes relacionadas (Nota 36)
Valoresem Euros
Valoresem Euros
Quantia bruta
Quantia bruta
Imparidade acumulada
Imparidade acumulada (Nota 18.4)
Quantia líquida
Quantia escriturada
líquida
536.329
115.092.410
1.777.405
117.406.144
88.556.457
24.862.435
4.487.150
117.906.042
235.312.186
88.475.158
81.299
88.556.457
-
-
-
-
(27.332.632)
(6.489.512)
(1.855.975)
(35.678.119)
(35.678.119)
(27.332.632)
-
(27.332.632)
536.329
115.092.410
1.777.405
117.406.144
61.223.825
18.372.923
2.631.175
82.227.923
199.634.067
61.142.526
81.299
61.223.825
573.338
115.563.583
-
116.136.921
83.981.362
25.594.826
4.551.346
114.127.534
230.264.455
83.717.018
264.344
83.981.362
-
-
-
-
(27.439.533)
(6.262.258)
(1.855.975)
(35.557.766)
(35.557.766)
(27.439.533)
-
(27.439.533)
573.338
115.563.583
-
116.136.921
56.541.829
19.332.568
2.695.371
78.569.768
194.706.689
56.277.485
264.344
56.541.829
31/12/2016
31/12/2016
31/12/2017
31/12/2017
Quantia bruta
Quantia bruta
Imparidade acumulada
Quantia líquida
Imparidade acumulada (Nota 18.4)
Quantia escriturada
líquida
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 100
18.3_ Ativos financeiros – outros créditos a receber
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Outros créditos a receber - corrente”, líquida de perdas acumu-ladas por imparidade apresenta a seguinte composição:
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Outros créditos a receber - não corrente”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte com-posição:
Outros devedores
Adiantamentos a fornecedores
Partes relacionadas - outras operações (Nota 36)
Outros
Devedores por acréscimos de rendimentos
Juros a receber
Partes relacionadas (Nota 36)
Outros
Outros devedores
Cauções prestadas a favor de terceiros
Outros
Valoresem Euros
Valoresem Euros
Quantia bruta
Quantia bruta
Imparidade acumulada (Nota 18.4)
Imparidade acumulada (Nota 18.4)
Quantia escriturada
líquida
Quantia escriturada
líquida
1.733.128
4.556.253
18.067.774
24.357.155
247.757
-
257.523
505.280
24.862.435
1.466.552
3.020.598
4.487.150
-
-
(6.489.512)
(6.489.512)
-
-
-
-
(6.489.512)
-
(1.855.975)
(1.855.975)
1.733.128
4.556.253
11.578.262
17.867.643
247.757
-
257.523
505.280
18.372.923
1.466.552
1.164.623
2.631.175
1.859.925
4.344.111
17.848.478
24.052.514
531.677
401.723
608.912
1.542.312
25.594.826
1.782.863
2.768.483
4.551.346
-
-
(6.262.258)
(6.262.258)
-
-
-
-
(6.262.258)
-
(1.855.975)
(1.855.975)
1.859.925
4.344.111
11.586.220
17.790.256
531.677
401.723
608.912
1.542.312
19.332.568
1.782.863
912.508
2.695.371
31/12/2016
31/12/2016
31/12/2017
31/12/2017
Quantia bruta
Quantia bruta
Imparidade acumulada (Nota 18.4)
Imparidade acumulada (Nota 18.4)
Quantia escriturada
líquida
Quantia escriturada
líquida
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a antiguidade do saldo da rubrica “Clientes”, líquida de perdas acumu-ladas por imparidade, é detalhada conforme se segue:
Não vencido
Vencido:
0-30 dias
0-90 dias
90-180 dias
180-360 dias
> 360 dias
Valoresem Euros
Quantia bruta
Imparidade acumulada (Nota 18.4)
Quantia escriturada
líquida
43.604.011
-
11.959.158
4.106.688
2.048.323
26.838.277
88.556.457
(64.002)
-
(541)
(208.130)
(764.275)
(26.295.684)
(27.332.632)
43.540.009
-
11.958.617
3.898.558
1.284.048
542.593
61.223.825
37.979.755
-
15.252.670
2.150.424
1.157.084
27.441.429
83.981.362
(212.159)
-
(110.962)
(286.176)
(614.380)
(26.215.856)
(27.439.533)
37.767.596
-
15.141.708
1.864.248
542.704
1.225.573
56.541.829
31/12/201631/12/2017
Quantia bruta
Imparidade acumulada (Nota 18.4)
Quantia escriturada
líquida
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 101
18.4_ Imparidade de dívidas a receber
Os movimentos ocorridos nas perdas acumuladas por imparidade de dívidas a receber, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, são conforme se segue:
Os aumentos e reposições, no montante de Euros 2.013.380 (Euros 2.213.750 em 2016) e Euros 1.131.490 (Euros 4.031.475 em 2016), respetivamente, foram reco-nhecidos pelo líquido na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber (perdas)/ reversões)”.
Saldo inicial
Aumentos
Reposições
Utilizações
Ajustamento cambial
Saldo final
Saldo inicial
Variação de perímetro
Aumentos
Reposições
Utilizações
Ajustamento cambial
Saldo final
Valoresem Euros
Valoresem Euros
OutrosDevedores
Não correntes(Nota 18.3)
Clientes(Nota 18.2)
Partesrelacionadas(Nota 18.3)
1.855.975
-
-
-
-
1.855.975
27.439.533
1.729.600
(1.105.573)
(48.785)
(682.143)
27.332.632
1.994.310
-
235.000
(2.229.310)
-
-
-
6.262.258
283.779
(25.917)
-
(30.608)
6.489.512
6.321.489
-
41.649
(47.613)
(43.971)
(9.296)
6.262.258
35.557.766
2.013.380
(1.131.490)
(48.785)
(712.751)
35.678.119
36.418.283
1.542.974
2.213.750
(4.031.475)
(371.787)
(213.979)
35.557.766
31/12/2017
31/12/2016
Total
Total
OutrosDevedores
Não correntes(Nota 18.3)
OutrosDevedores
Não correntes(Nota 18.3)
OutrosDevedores
Não correntes(Nota 18.3)
Clientes(Nota 18.2)
1.855.975
-
-
-
-
-
1.855.975
26.246.509
1.542.974
1.937.101
(1.754.552)
(327.816)
(204.683)
27.439.533
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 102
19ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Em 30 de junho de 2011 a Secil adquiriu a totalidade do capital social da sociedade Uniconcreto – Betão Pronto, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Be-tões, S.A.) e das suas subsidiárias Eurobetão – Betão Pronto, S.A. (incorporada por fusão na Unibetão, em 2014) e Lusoinertes, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Agregados Unipessoal, Lda.). Estas socie-dades operam no mercado de betões e agregados e detinham à data da compra vinte e seis centrais de betão e quatro explorações de agregados.
No âmbito desta compra, a decisão de alienar os ativos e passivos, apresentados como ativos não correntes detidos para venda, decorre da imposição colocada por parte da Autoridade da Concorrência, bem como da posterior avaliação interna efetuada pelo Grupo.
Em dezembro de 2017, foram reconhecidos em ati-vos não correntes detidos para venda, equipamentos industriais (ensacadora e paletizadora) adquiridos à Massa Insolvente de CNE – Cimentos Nacionais ou Estrangeiros, S.A. no período de 2016.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 103
No período findo em 31 de dezembro de 2017 e 2016 os ativos e passivos diretamente associados a ativos não correntes detidos para venda detalham-se como se segue:
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os ativos apre-sentados como não correntes detidos para venda correspondem às centrais de betão cuja imposição de venda foi colocada pela Autoridade da Concor-rência, Euros 1.032.456 (Euros 1.036.774 em 2016) e a equipamentos industriais (Euros 850.000) adquiridos à Massa Insolvente de CNE – Cimentos Nacionais ou Estrangeiros, S.A..
ATIVO
Ativos fixos tangíveis
Activos por impostos diferidos
PASSIVO
Passivos por impostos diferidos
1.882.456
82.500
1.964.956
64.482
64.482
1.900.474
1.036.774
-
1.036.774
71.229
71.229
965.545
Valoresem Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 104
20CAPITAL PRÓPRIO
20.1_ Capital subscrito, ações próprias e outros instrumentos de capital próprio
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o capital social da Secil, encontra-se totalmente realizado, sendo repre-sentado por 52.920.000 ações com o valor nominal de Euros 5.
As pessoas coletivas que detém posições relevantes no capital social da sociedade em 31 de dezembro de 2017 e 2016 detalham-se conforme se segue:
As ações próprias evidenciadas nas demonstrações fi-nanceiras consolidadas do Grupo em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são detidas pelas seguintes sociedades:
Semapa, S.G.P.S., S.A.
Longapar, S.G.P.S., S.A.
Ações próprias
31/12/2017 31/12/2016 31/12/2017 31/12/2016
48.734.540
1.000
4.184.460
52.920.000
48.734.540
1.000
4.184.460
52.920.000
92,09%
0,00%
7,91%
100,00%
92,09%
0,00%
7,91%
100,00%
% do capital detidaNº ações
Nº ações
Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.
Hewbol, S.G.P.S., S.A.
4.184.460
-
4.184.460
3.818.360
366.100
4.184.460
31/12/2017 31/12/2016
Nome
Valoresem Euros
Ações próprias
Valoresem Euros
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 105
A sociedade Hewbol, S.G.P.S, Lda. é uma empresa subsidiária do Grupo Secil pelo que as 366.100 ações por si detidas, no período findo em 31 de dezembro de 2016, encontravam-se evidenciadas como ações próprias nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo.
Por deliberação da Assembleia Geral da Secil, realizada em 31 de julho de 2017, a Secil procedeu à aquisição de 366.100 acções próprias à sociedade Hewbol, S.G.P.S, Lda..
No exercício de 2016, a acionista Semapa – Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. realizou pres-tações acessórias pecuniárias no montante de Euros 140.000.000. Estas prestações de capital não podem ser reembolsadas se após essa operação os capitais próprios se tornarem inferiores à soma do capital so-cial e da reserva legal.
20.2_ Reservas legais
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Reserva legais” ascende a Euros 40.680.725.
A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital.
Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da sociedade poderá contudo, ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.
20.3_ Outras reservas
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Outras reservas” decompõe-se como se segue:
Saldo inicial
Transferência de outras reservas para resultados transitados
Saldo final
41.312.243
(22.274.750)
19.037.493
54.519.442
(13.207.199)
41.312.243
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Por deliberação da Assembleia Geral da Secil, realizada em 23 de maio de 2017, procedeu-se à transferên-cia do montante de Euros 22.274.750 para a rubrica de “Resultados transitados” para cobertura de perdas acumuladas.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 106
20.4_ Excedente de revalorização
O movimento do excedente de revalorização nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foi conforme se segue:
O montante de Euros 14.011.358 não se encontra dis-ponível para distribuir aos acionistas do Grupo.
20.5_ Outras variações no capital próprio
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Ou-tras variações no capital próprio” apresenta a seguinte composição:
Saldo inicial
Excedente realizado no período
Imposto diferido no período
Saldo final
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
Desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais
Impostos diferidos - desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais
Subsídios ao investimento
Impostos diferidos - subsídios ao investimento
Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa
Impostos diferidos - subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa
Reserva de justo valor de derivados de cobertura
Impostos diferidos - reserva de justo valor de derivados de cobertura
Justo valor em associadas
Transações de capital próprio
14.027.936
(20.927)
4.349
14.011.358
(131.707.893)
1.029.317
(426.274)
824.343
(214.078)
5.187.493
(1.324.117)
2.889.675
(640.058)
109.780
(3.879.966)
(128.151.778)
14.050.127
(25.566)
3.375
14.027.936
(71.068.621)
1.107.183
(451.589)
942.780
(244.728)
5.373.869
(1.402.190)
1.780.670
(335.081)
105.165
(3.553.141)
(67.745.683)
Valores em Euros
Valores em Euros
31/12/2017
31/12/2017
31/12/2016
31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 107
20.5.1_ Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
O montante de Euros 131.707.893, respeita ao valor apropriado pelos detentores do capital da empresa--mãe das diferenças cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras das sociedades, goo-dwill e empréstimos que qualificam como extensões do investimento líquido, essencialmente na Tunísia, Brasil, Líbano e Angola, sendo o movimento nos pe-ríodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 detalhado como se segue:
Société des Ciments de Gabés e subsidiárias:
Conversão das demonstrações financeiras
Conversão do goodwill (Nota 9)
Secil Angola, S.A.R.L.:
Conversão das demonstrações financeiras
Extensão do investimento líquido
Conversão do goodwill
Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:
Conversão das demonstrações financeiras
Ciment de Sibline, SAL:
Conversão das demonstrações financeiras
Conversão do goodwill (Nota 9)
I3 Participações e Serviços, Ltda.
Conversão das demonstrações financeiras
Supremo Cimentos, S.A.
Conversão das demonstrações financeiras
Conversão do goodwill (Nota 9)
Secil Brasil Participaçõs S/A
Conversão das demonstrações financeiras
Conversão do goodwill (Nota 9)
Sociedade de Inertes, Lda.
Conversão das demonstrações financeiras
Valoresem Euros Aumentos DiminuiçõesSaldo inicial
(63.312.144)
(28.810.276)
2.130.771
9.395.399
(21.517)
(2.889.412)
9.611.307
2.654.217
(71.312)
(5.240.875)
420.682
4.864.697
196.306
3.536
(71.068.621)
-
-
-
-
-
1.471.930
-
-
-
-
-
1.369.462
-
-
2.841.392
(10.006.187)
(4.599.875)
(106.121)
(5.458.588)
-
-
(8.776.630)
(1.527.497)
(5.283)
(23.322.345)
(5.831.281)
-
(3.819.597)
(27.260)
(63.480.664)
(73.318.331)
(33.410.151)
2.024.650
3.936.811
(21.517)
(1.417.482)
834.677
1.126.720
(76.595)
(28.563.220)
(5.410.599)
6.234.159
(3.623.291)
(23.724)
(131.707.893)
31 de dezembro de 2017
Saldo final
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 108
Société des Ciments de Gabés e subsidiárias:
Conversão das demonstrações financeiras
Conversão do goodwill (Nota 9)
Secil Angola, S.A.R.L.:
Conversão das demonstrações financeiras
Extensão do investimento líquido
Conversão do goodwill (Nota 9)
Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:
Conversão das demonstrações financeiras
Ciment de Sibline, SAL:
Conversão das demonstrações financeiras
Conversão do goodwill (Nota 9)
I3 Participações e Serviços, Ltda.
Conversão das demonstrações financeiras
Supremo Cimentos, S.A.
Conversão das demonstrações financeiras
Conversão do goodwill (Nota 9)
Secil Brasil Participaçõs S/A
Conversão das demonstrações financeiras
Conversão do goodwill (Nota 9)
Sociedade de Inertes, Lda.
Conversão das demonstrações financeiras
Valoresem Euros Aumentos DiminuiçõesSaldo inicial
(57.719.836)
(26.247.720)
1.945.004
7.962.520
(21.517)
(2.603.061)
7.645.336
2.255.765
(76.591)
(42.737.817)
(11.594.901)
11.723.792
(5.410.590)
(20.256)
(114.899.872)
-
-
185.767
1.432.879
-
-
1.965.971
398.452
5.279
37.496.942
12.015.583
-
5.606.896
23.792
59.131.561
(5.592.308)
(2.562.556)
-
-
-
(286.351)
-
-
-
-
-
(6.859.095)
-
-
(15.300.310)
(63.312.144)
(28.810.276)
2.130.771
9.395.399
(21.517)
(2.889.412)
9.611.307
2.654.217
(71.312)
(5.240.875)
420.682
4.864.697
196.306
3.536
(71.068.621)
31 de dezembro de 2016
Saldo final
20.5.2_ Desvios e alterações de pressupostos atuariais
O movimento dos desvios e alterações de pressupos-tos atuariais nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, repartido entre Grupo e interesses que não controlam, decompõe-se como segue:
Saldo inicial
Movimento no período (Nota 22.2)
Saldo final
Valoresem Euros
Detentores do capital da empresa-mãe
Detentores do capital da empresa-mãe
Interesses que não
controlam
Interesses que não
controlamTotal Total
1.107.183
(77.866)
1.029.317
301.508
80
301.588
1.408.691
(77.786)
1.330.905
903.816
203.367
1.107.183
301.050
458
301.508
1.204.866
203.825
1.408.691
31/12/201631/12/2017
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 109
20.5.3_ Subsídios do governo
Subsídios ao investimento
Os movimentos ocorridos nos subsídios ao investi-mento nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são conforme se segue:
Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa
Os movimentos dos subsídios relativos a licenças de emissão de gases com efeito de estufa nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são con-forme se segue:
Saldo inicial
Ajustamento cambial
Subsídios recebidos no período
Subsídios reconhecidos nos resultados (Nota 31)
Saldo final
Subsídios ao investimento repartidos em:
Detentores do capital da empresa-mãe
Interesses que não controlam
Saldo inicial
Licenças atribuídas no período (Nota 13)
Subsídio reconhecido nos resultados do período (Nota 31)
Licenças alienadas no período (Nota 13)
Saldo final
962.526
(2.198)
5.665
(123.869)
842.124
824.343
17.781
842.124
5.373.869
10.533.837
(8.222.549)
(2.497.665)
5.187.492
822.960
(558)
2.666.432
(2.526.308)
962.526
942.780
19.746
962.526
7.546.690
10.928.249
(8.603.070)
(4.498.000)
5.373.869
Valores em Euros
Valores em Euros
31/12/2017
31/12/2017
31/12/2016
31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 110
20.5.4_ Reserva de justo valor de derivados de cobertura
Os movimentos ocorridos na reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 38) nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são conforme se segue:
20.6_ Aplicação do resultado do período anterior
Por deliberação da Assembleia Geral da Secil realizada em 23 de maio de 2017, o resultado líquido negativo no montante de Euros 22.274.750, do período findo em 31 de dezembro de 2016, foi transferido para a rubrica de “Resultados transitados”.
20.7_ Proposta de aplicação de resultados
Para o resultado líquido negativo do período de 2017, no montante de Euros 20.629.181, o Conselho de Ad-ministração da Sociedade propõe a sua transferência para a rubrica “Resultados transitados”.
Saldo inicial
Aumentos de justo valor (Nota 38)
Saldo final
1.780.670
1.109.005
2.889.675
17.843
1.762.827
1.780.670
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 111
21PROVISÕES
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, realizaram-se os seguintes movimen-tos nas rubricas de provisões:
A redução, no montante de Euros 174.732 (redução de Euros 3.279.036 em 2016), registado na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões”, inclui:
(i) o aumento de Euros 5.646.896 (Euros 8.552.536 em 2016);
(ii) o total das reposições de Euros 5.821.628 (Euros 11.831.572 em 2016).
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Aumentos
Desconto financeiro (Nota 34)
Utilizações
Reposições
Ajustamento cambial
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Aumentos
Desconto financeiro (Nota 34)
Utilizações
Reposições
Transferências
Ajustamento cambial
Saldo em 31 de dezembro de 2017
22.643.220
8.552.020
-
3.445.618
(11.674.274)
364.490
23.331.074
5.634.539
-
(6.743.671)
(5.664.038)
-
(1.209.928)
15.347.976
7.144.503
516
289.488
(19.814)
(157.298)
1.595
7.258.990
12.357
283.585
(5.310)
(157.590)
135.311
(1.146)
7.526.197
29.787.723
8.552.536
289.488
3.425.804
(11.831.572)
366.085
30.590.064
5.646.896
283.585
(6.748.981)
(5.821.628)
135.311
(1.211.074)
22.874.173
Valores em Euros Outras
Recuperaçãoambiental Total
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 112
22BENEFÍCIOS A EMPREGADOS
Conforme referido nas Notas 3.15 e 3.16 o Grupo atri-bui aos seus trabalhadores e seus familiares diversos benefícios pós emprego e outros benefícios a longo prazo.
A evolução das responsabilidades assumidas, refletidas no balanço consolidado em 31 de dezembro de 2017 e 2016, são conforme se segue:
Benefícios pós-emprego - contribuição definida
Contribuições efetuadas
Conta “Reserva”
Benefícios pós-emprego - benefícios definidos
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo
Insuficiência/ (excesso) dos fundos
Responsabilidades por morte e subsídios de reforma
Responsabilidades por assistência na doença
Benefícios a longo prazo
Responsabilidades por prémios de antiguidade
Responsabilidades por subsídios por morte
Valoresem Euros Saldo inicial
“Gastos com o pessoal (Nota 30)”
(Rendimentos) / Gastos
financeiros
-
(656.487)
(656.487)
4.603.190
(2.046.669)
43.711
71.885
2.672.117
323.572
56.452
380.024
2.395.654
1.198.850
-
1.198.850
85.104
(31.453)
6.076
(23.053)
36.674
102.770
4.106
106.876
1.342.400
-
(7.954)
(7.954)
-
-
-
-
-
-
-
-
(7.954)
-
-
-
62.331
26.119
(9.941)
(723)
77.786
-
-
-
77.786
Resultados do período
Acréscimo / (redução) de responsabilidades
31 de dezembro de 2017
Outras variações no capital
próprio
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 113
-
-
-
-
(8.122)
(7.335)
-
(15.457)
-
-
-
(15.457)
(1.198.850)
18.153
(1.180.697)
(660.559)
-
-
(2.659)
(663.218)
(122.976)
-
(122.976)
(1.966.891)
-
-
-
-
(31.690)
-
-
(31.690)
-
-
-
(31.690)
-
-
-
-
(400)
-
-
(400)
-
-
-
(400)
-
(646.288)
(646.288)
4.090.066
(2.092.215)
32.511
45.450
2.075.812
303.366
60.558
363.924
1.793.448
Variação cambial
Pagamentos efetuados
Prémios pagos / resgates
Dotações para os fundos Saldo final
31 de dezembro de 2017
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 114
Benefícios pós-emprego - contribuição definida
Contribuições efetuadas
Conta “Reserva”
Benefícios pós-emprego - benefícios definidos
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo
Insuficiência/ (excesso) dos fundos
Responsabilidades por morte e subsídios de reforma
Responsabilidades por assistência na doença
Benefícios a longo prazo
Responsabilidades por prémios de antiguidade
Responsabilidades por subsídios por morte
Valoresem Euros Saldo inicial
Gastos com o pessoal (Nota 30)
(Rendimentos) / Gastos
financeiros
-
(704.608)
(704.608)
5.214.994
(1.763.667)
47.507
74.989
3.573.823
439.870
62.053
501.923
3.371.138
1.179.782
-
1.179.782
96.643
(22.338)
6.574
989
81.868
47.940
(5.601)
42.339
1.303.989
-
(10.990)
(10.990)
-
-
-
-
-
-
-
-
(10.990)
-
-
-
24.933
(220.780)
(6.515)
(1.463)
(203.825)
-
-
-
(203.825)
Resultados do período
Acréscimo / (redução) de responsabilidades
31 de dezembro de 2016
Outras variações no capital
próprio
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 115
-
-
-
-
(4.683)
(3.855)
-
(8.538)
-
-
-
(8.538)
(1.179.782)
59.111
(1.120.671)
(733.380)
-
-
(2.630)
(736.010)
(164.238)
-
(164.238)
(2.020.919)
-
-
-
-
(35.201)
-
-
(35.201)
-
-
-
(35.201)
-
(656.487)
(656.487)
4.603.190
(2.046.669)
43.711
71.885
2.672.117
323.572
56.452
380.024
2.395.654
Variação cambial
Pagamentos efetuados
Prémios pagos / resgates Saldo final
31 de dezembro de 2016
Em 2010, foi alterado o contrato constitutivo do Fundo de Pensões Secil, que passou a designar-se por Fundo de Pensões do Grupo Secil, substituindo integralmente o anterior contrato e produzindo efeitos a 1 de janeiro desse mesmo ano.
São associadas do Fundo, a Secil e as suas subsidiárias:
(i) CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A. e Unibetão – Industrias de Betão Preparado, S.A., que integraram (e extinguiram simultaneamente) os seus Fundos de Pensões no Fundo de Pensões do Grupo Secil;
(ii) Cimentos Madeira, Lda., que integrou (e extinguiu simultaneamente) a sua apólice de seguro no Fundo de Pensões do Grupo Secil;
(iii) Secil Britas, S.A, Beto Madeira, S.A. e Brimade, S.A..
A Cimentos Madeira alterou, com efeitos a 1 de ja-neiro de 2012, para contribuição definida o plano de benefícios definidos que assegurava diretamente aos seus empregados a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência.
O património líquido positivo resultante da tran-sição dos trabalhadores no ativo da Cimentos Madeira do plano de benefício definido para o plano de contribuição definida, após a transferência das res-ponsabilidades por serviços passados financiadas com referência a 31 de dezembro de 2011 e garantindo o fi-nanciamento das responsabilidades com reformados e pensionista a cargo do Plano de Pensões de Benefício Definido foi transferido para a Conta Reserva da respe-
tiva subsidiária e afeto ao Plano de Contribuição Definida.
O Fundo de Pensões do Grupo Secil é o suporte finan-ceiro para o pagamento dos benefícios previstos nos Planos de Pensões de cada associada (agora geridos conjuntamente) que se encontram descritos nas Notas 22.1 e 22.2.
22.1_ Benefícios pós-emprego – Planos de con-tribuição definida
Os Planos de Pensões de Contribuição Definida ge-ridos pelo Fundo de Pensões do Grupo Secil são financiados pelas associadas e pelos participantes contribuintes e são os seguintes:
(i) Planos Secil e CMP, incluem todos os trabalhadores que à data de 31 de dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encontra-vam abrangidos pelo plano de benefícios definidos em vigor nas empresas) e que tenham optado pela transição para estes Planos e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de janeiro de 2010, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;
(ii) Plano Unibetão, inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de dezembro de 2009 tinham um con-trato de trabalho sem termo, celebrado ao abrigo do CCT celebrado entre a APEB e a FETESE e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de janeiro de 2010, com ex-ceção dos trabalhadores da Unibetão que estejam abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB e a FE-VICCOM, os quais continuam a beneficiar do Plano de benefício definido, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 116
(iii) Plano Beto Madeira inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de dezembro de 2010 tinham um contrato de trabalho sem termo e estavam abrangi-dos pelo CCT celebrado entre a APEB – Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto e a FE-TESE – Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros;
(iv) Plano Secil Britas, inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo e a todos os tra-balhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de janeiro de 2010, sen-do também aplicável aos membros dos órgãos de administração;
(v) Plano Cimentos Madeira inclui todos os tra-balhadores que à data de 1 de janeiro de 2012 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encon-travam abrangidos pelo plano de benefícios definidos em vigor na empresa) e todos os empregados admit-idos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir dessa data, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;
(vi) Plano Brimade inclui todos os trabalhadores que tinham à data de 1 de julho de 2012 um contrato de trabalho sem termo e todos os trabalhadores que venham a ser admitidos ao serviço após essa data.
22.2_ Benefícios pós-emprego – Planos de benefícios definidos
Os gastos suportados com os planos de benefícios definidos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, são os seguintes:
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo
Responsabilidades por pensões com fundo autónomo
Responsabilidades por subsídios de reforma
Responsabilidades por assistência na doença
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo
Responsabilidades por pensões com fundo autónomo
Responsabilidades por morte e subsídios de reforma
Responsabilidades por assistência na doença
Valoresem Euros
Valoresem Euros
Custo dos juros
Custo dos juros
Retornoesperado dos
ativos do plano
Retornoesperado dos
ativos do plano
Serviços correntes
Serviços correntes
-
7.453
3.063
1.092
11.608
-
10.489
3.202
-
13.691
85.104
397.585
3.013
-
485.702
96.643
434.404
3.372
989
535.408
-
(436.491)
-
-
(436.491)
-
(467.231)
-
-
(467.231)
85.104
(31.453)
6.076
(23.053)
36.674
96.643
(22.338)
6.574
989
81.868
31 de dezembro de 2017
31 de dezembro de 2016
Total de gastos com o pessoal
(Nota 30)
Total de gastos com o pessoal
(Nota 30)
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 117
Os ganhos e perdas reconhecidos diretamente nos ca-pitais próprios nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, são como segue:
Os gastos apresentados correspondem aos planos de benefícios definidos existentes no universo de empre-sas que constituem o Grupo os quais seguidamente se descrevem.
22.2.1_ Caracterização dos planos de benefícios definidos
Planos de benefícios definidos com fundos geridos por terceiras entidades
Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência e subsídio de reforma
A Secil e as suas subsidiárias:
(i) CMP- Cimentos Maceira e Pataias, S.A.;
(ii) Unibetão- Industrias de Betão Preparado, S.A.;
(iii) Cimentos Madeira, Lda.;
(iv) Betomadeira – Betões e Britas da Madeira, S.A.;
(v) Societé des Ciments de Gabès;
Assumiram o compromisso de pagar aos seus empre-gados prestações pecuniárias a título de complementos
de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada, pensões de sobrevivência ou subsídios de reforma.
As responsabilidades derivadas destes planos são as-seguradas por fundos autónomos, administrados por terceiros ou cobertas por apólices de seguro.
Estes planos são avaliados semestralmente, às datas dos fechos intercalar e anuais das demonstrações financeiras, por entidades especializadas e indepen-dentes, utilizando o método de crédito da unidade projetada.
Planos de benefícios definidos a cargo do Grupo
Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência
As responsabilidades decorrentes dos reformados da Secil, à data de constituição do Fundo de Pensões, 31 de dezembro de 1987, são asseguradas diretamente pela Secil. De igual forma, as responsabilidades as-sumidas pela subsidiária Secil Martingança, S.A. são asseguradas diretamente pela empresa.
Em 26 de junho de 2012, as responsabilidades a cargo da Cimentos Madeira, Lda. e Beto Madeira- Betões e Britas da Madeira, S.A. relativas a todos os reforma-dos e pensionistas que se encontravam a receber uma
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo
Responsabilidades por pensões com fundo autónomo
Responsabilidades por subsídios de reforma
Responsabilidades por assistência na doença
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo
Responsabilidades por pensões com fundo autónomo
Responsabilidades por subsídios de reforma
Responsabilidades por assistência na doença
Valoresem Euros
Valoresem Euros
Ativos planoest. vs real
Total(Nota 20.5.2)
Outrosdesvios
(62.331)
(280.159)
9.941
723
(331.826)
(24.933)
(96.835)
6.515
1.463
(113.790)
-
254.040
-
-
254.040
-
317.615
-
-
317.615
(62.331)
(26.119)
9.941
723
(77.786)
(24.933)
220.780
6.515
1.463
203.825
17.108
10.746
(2.397)
(156)
25.301
7.069
(57.171)
(1.339)
(316)
(51.757)
(45.223)
(15.373)
7.544
567
(52.485)
(17.864)
163.609
5.176
1.147
152.068
Ganhos e perdas atuariais
31 de dezembro de 2017
Imposto diferido Valor líquido
Ativos planoest. vs real
Total(Nota 20.5.2)
Outrosdesvios
Ganhos e perdas atuariais
31 de dezembro de 2016
Imposto diferido Valor líquido
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 118
pensão, foram transferidas para o Plano de Pensões de Benefícios Definidos da Cimentos Madeira o qual integrou o Fundo de Pensões do Grupo Secil.
Estes planos são igualmente avaliados semestralmen-te, por entidades independentes, utilizando o método de cálculo dos capitais de cobertura correspondentes aos prémios únicos das rendas vitalícias imediatas, na avaliação das responsabilidades com atuais pensionis-tas e o método de crédito da unidade projetada, na avaliação das responsabilidades com ativos.
Responsabilidades por assistência na doença
A subsidiária Cimentos Madeira, Lda. mantêm com os seus reformados regimes de assistência na doença, de natureza supletiva relativamente aos serviços oficiais de saúde, através de um seguro contratado.
Responsabilidades por benefícios por subsídio de reforma
A subsidiária do Grupo Societé des Ciments de Gabès (Tunísia) assumiu com os seus trabalhadores a respon-sabilidade pelo pagamento de um subsídio de reforma por velhice e por invalidez com base no Acordo Cole-tivo de Trabalho, artigo 52, que representa: (i) 2 meses do último salário, se o trabalhador tem menos de 30 anos ao serviço da empresa e (ii) 3 meses do último salário, se o trabalhador tem 30 anos ou mais ao ser-viço da empresa.
22.2.2_ Responsabilidades e movimentos ocorridos no período comparativamente com o período anterior
Pressupostos utilizados na avaliação das responsab-ilidades
Os estudos atuariais efetuados por entidades inde-pendentes, com referência a 31 de dezembro de 2017 e 2016, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades por serviços passados, tiveram por base os seguintes pressupostos:
Fórmula de Benefícios da Segurança Social
Tabelas de invalidez
Tabelas de mortalidade
Taxa de crescimento salarial
Taxa de juro técnica
Taxa de crescimento das pensões
Taxa de crescimento das despesas de saúde
Decreto-Lei nº 187/2007
de 10 de Maio
EKV 80
TV 88/90
1,00%
2,00%
0,45%
n/a
Decreto-Lei nº 187/2007
de 10 de Maio
EKV 80
TV 88/90
1,00%
2,00%
0,45%
n/a
31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 119
Responsabilidades por serviços passados com planos de benefícios de reforma e sobrevivência
De acordo com os estudos atuarias reportados a 31 de dezembro de 2017 e 2016, o valor presente da obriga-ção correspondente a planos de reforma, bem como os valores de mercado dos fundos/ apólices de seguro a eles afetos são como se segue:
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a evolução das responsabilidades do Grupo apresenta a seguinte evolução:
Responsabilidades por
serviços passados
- Ativos
- Aposentados
Valor de mercado dos fundos
Insuficiência / (excesso)
Responsabilidades no início
do período
Variação cambial
Valores registados nos resul-
tados do período:
Serviços correntes
Custo dos juros
Retorno esperado dos
ativos do plano
Valores registados nos capi-
tais próprios:
Ganhos e perdas atuariais
Retorno estimado dos
fundos de pensões
Reformas processadas
Pensões pagas no período
Responsabilidades no fim do
período
Valoresem Euros
Valoresem Euros
Fundoautónomo
Fundoautónomo
Fundoautónomo
Fundoautónomo
Apólice de Seguro
Apólice de Seguro
Apólice de Seguro
Apólice de Seguro
Assumidopelo Grupo
Assumidopelo Grupo
Assumidopelo Grupo
Assumidopelo Grupo
Total
Total
Total
Total
85.451
18.777.692
(20.990.315)
(2.127.172)
20.336.027
-
1.254
384.233
(426.123)
264.355
426.123
-
(2.122.726)
18.863.143
47.043
20.288.984
(22.430.526)
(2.094.499)
22.089.437
-
2.835
418.243
(454.601)
98.190
454.601
-
(2.272.678)
20.336.027
184.050
-
(149.093)
34.957
220.905
(39.398)
6.199
13.352
(10.368)
15.804
10.368
(32.812)
-
184.050
220.905
-
(173.075)
47.830
261.049
(22.379)
7.654
16.161
(12.630)
(1.355)
12.630
(40.225)
-
220.905
-
4.090.066
-
4.090.066
4.603.190
-
-
85.104
-
62.331
-
-
(660.559)
4.090.066
-
4.603.190
-
4.603.190
5.214,994
-
-
96.643
-
24.933
-
-
(733.380)
4.603.190
269.501
22.867.758
(21.139.408)
1.997.851
25.160.122
(39.398)
7.453
482.689
(436.491)
342.490
436.491
(32.812)
(2.783.285)
23.137.259
267.948
24.892.174
(22.603.601)
2.556.521
27.565.480
(22.379)
10.489
531.047
(467.231)
121.768
467.231
(40.225)
(3.006.058)
25.160.122
31/12/2016
31/12/2016
31/12/2017
31/12/2017
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 120
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a evolução do património dos fundos/ apólices de seguro é conforme se segue:
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a composição do fundo é conforme se segue:
Responsabilidades por serviços passados com outros benefícios pós emprego
De acordo com os estudos atuariais efetuados por entidades independentes, com referência a 31 de dezembro de 2017 e 2016, o valor atual das respon-sabilidades com outros benefícios de reforma é o seguinte:
Saldo inicial
Variação cambial
Dotação efectuada no período/ Prémio seguro pago
Rendimento dos fundos no período
Pensões pagas
Reformas processadas
Saldo final
Valoresem Euros Capital seguro
Fundoautónomo
22.430.526
-
400
682.115
(2.122.726)
-
20.990.315
173.075
(31.276)
31.690
8.416
-
(32.812)
149.093
23.907.221
-
-
795.983
(2.272.678)
-
22.430.526
206.932
(17.696)
35.201
(11.137)
-
(40.225)
173.075
31 de dezembro de 2017 31 de dezembro de 2016
Ações
Obrigações dívida privada
Obrigações dívida pública
Imobiliário
Liquidez
4.109.904
13.076.966
3.022.605
104.952
675.888
20.990.315
2.947.236
9.412.193
8.188.280
138.050
1.744.767
22.430.526
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Responsabilidades por serviços passados
- Ativos
- Aposentados
Valoresem Euros
Assistênciana doença
Assistênciana doença
Subsídiode reforma
Subsídiode reformaTotal Total
-
45.450
45.450
32.511
-
32.511
32.511
45.450
77.961
-
71.885
71.885
43.711
-
43.711
43.711
71.885
115.596
31/12/201631/12/2017
Capital seguroFundo
autónomo
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 121
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a evolução das responsabilidades do Grupo com outros benefícios de reforma apresenta a seguinte evolução:
Responsabilidades no início do período
Variação cambial
Valores registados nos resultados do período:
Serviços correntes
Custo dos juros
Alterações no plano
Valores registados nos capitais próprios
Benefícios pagos no período
Responsabilidades no fim do período
Valoresem Euros
Assistênciana doença
Assistênciana doença
Subsídiode reforma
Subsídiode reformaTotal Total
71.885
-
1.092
-
(24.145)
(723)
(2.659)
45.450
43.711
(7.335)
3.063
3.013
-
(9.941)
-
32.511
115.596
(7.335)
4.155
3.013
(24.145)
(10.664)
(2.659)
77.961
74.989
-
-
989
-
(1.463)
(2.630)
71.885
47.507
(3.855)
3.202
3.372
-
(6.515)
-
43.711
122.496
(3.855)
3.202
4.361
-
(7.978)
(2.630)
115.596
31/12/201631/12/2017
22.3_ Benefícios a longo prazo
Responsabilidades por prémios de antiguidade
A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pa-taias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de prémios àque-les que atingem 25 anos de antiguidade nas referidas empresas, os quais são pagos no ano em que o tra-balhador perfaz aquele número de anos ao serviço da Empresa.
Responsabilidades por subsídio por morte
A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsa-bilidade pelo pagamento de um subsídio por morte do trabalhador ativo, de igual valor a 1 mês do último salário auferido.
De acordo com os estudos atuariais efetuados por enti-dades independentes, com referência a 31 de dezembro de 2017 e 2016, o valor das responsabilidades com ser-viços passados com estes benefícios detalha-se como se segue:
Prémios de antiguidade
Subsídios por morte
303.366
60.558
363.924
323.572
56.452
380.024
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 122
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a evolução das responsabilidades do Grupo com benefícios a longo prazo apresenta a se-guinte evolução:
Responsabilidades no início do período
Serviços correntes
Custo dos juros
Ganhos e perdas atuariais
Benefícios pagos no período
Responsabilidades no fim do período
Valoresem Euros
Prémios de antiguidade
Prémios de antiguidade
Subsídiospor morte
Subsídiospor morteTotal Total
323.572
24.078
5.723
72.969
(122.976)
303.366
439.870
27.060
7.696
13.184
(164.238)
323.572
56.452
3.042
1.190
(126)
-
60.558
62.053
3.472
1.311
(10.384)
-
56.452
380.024
27.120
6.913
72.843
(122.976)
363.924
501.923
30.532
9.007
2.800
(164.238)
380.024
31/12/201631/12/2017
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 123
23PASSIVOS FINANCEIROS
23.1_ Categorias de passivos financeiros
As categorias de passivos financeiros em 31 de dezem-bro de 2017 e 2016 são detalhadas conforme se segue:
23.2_ Passivos financeiros - fornecedores
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica de fornecedores apresenta a seguinte composição:
Passivos financeiros ao custo:
Fornecedores
Financiamentos obtidos
Outras dívidas a pagar
Valoresem Euros Corrente
Não corrente Total Total
59.227.432
80.697.986
46.688.688
186.614.106
34.568.552
126.207.690
79.827.371
240.603.613
-
450.749.569
-
450.749.569
-
412.833.093
-
412.833.093
59.227.432
531.447.555
46.688.688
637.363.675
34.568.552
539.040.783
79.827.371
653.436.706
31/12/201631/12/2017
Corrente
Não corrente
Fornecedores c/c
Fornecedores c/c - partes relacionadas (Nota 36)
Faturas em receção e conferência
49.117.503
2.583.335
7.526.594
59.227.432
27.068.476
310.723
7.189.353
34.568.552
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 124
23.3_ Passivos financeiros – financiamentos obtidos
Os financiamentos obtidos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são detalhados conforme se segue:
A subsidiária Secil Betões e Inertes, S.A., emitiu em 2007, um empréstimo obrigacionista pelo montante de Euros 40.000.000, o qual, no período de 2016, foi transferido para a Secil em virtude da liquidação desta sociedade. Os juros são pagos semestral e posteci-padamente. O reembolso das obrigações ocorreu no final do 10º ano, ou seja, em 2017. No período findo em 31 de dezembro de 2017 este empréstimo obriga-cionista encontrava-se reembolsado.
Em 2015, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista pelo montante de Euros 60.000.000, cujo reembolso será feito ao par em 2020. Os juros são pagos semes-tral e postecipadamente.
Em 2015, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de Euros 80.000.000, com reembolso inte-gral ao par em junho de 2020. Poderá ser solicitado o reembolso antecipado (Call Option) total, na 4ª, 6ª e 8ª datas de pagamento de juro. Os juros são pagos semestral e postecipadamente.
Em 2016, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de Euros 26.000.000, com reembolso integral ao par em janeiro de 2021. Os juros são pagos anual e postecipadamente.
Em fevereiro 2016, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de Euros 30.000.000, com reembolso em sete prestações semestrais iguais e sucessivas a partir da 8ª data de pagamento de ju-ros, inclusive, e sempre em data coincidente com a data e pagamento de juros, por redução do respetivo valor nominal. Poderá ser solicitado o reembolso an-tecipado (Call Option) total, na 10ª ou 12ª datas de pagamento de juros, sendo que o preço de exercício corresponderá a 101% ou 100,5% do valor nomi-nal de cada obrigação, consoante a Call Option seja exercida na 10ª ou 12ª datas de pagamento dos ju-ros, respetivamente. Os juros são pagos semestral e postecipadamente.
Em 2017, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de Euros 20.000.000, com reembolso inte-gral ao par em outubro de 2022. Os juros são pagos semestral e postecipadamente.
Todos os empréstimos obrigacionistas acima referidos estão em regime de taxa fixa, os dois primeiros através da contratação de derivados de cobertura e os três últimos contratados diretamente a taxa fixa.
Empréstimos obrigacionistas:
Secil 2007 - 2017
Secil 2015 - 2020
Secil 2015 - 2020
Secil 2016 - 2021
Secil 2016 - 2023
Secil 2017 - 2022
Empréstimos bancários
Papel Comercial
Descobertos bancários (Nota 4)
Outros empréstimos:
Obtidos no âmbito do QREN
Locação financeira - rendas a pagar (Nota 11)
Comissões bancárias de empréstimos
Valoresem Euros Corrente
Não corrente Total Total
-
-
-
-
-
-
54.318.699
25.000.000
2.127.464
-
667.005
(1.415.182)
80.697.986
40.000.000
-
-
-
-
-
71.972.103
10.000.000
5.103.907
223.854
610.467
(1.702.641)
126.207.690
-
80.000.000
60.000.000
26.000.000
30.000.000
20.000.000
95.452.418
142.000.000
-
-
-
(2.702.849)
450.749.569
-
80.000.000
60.000.000
26.000.000
30.000.000
-
160.025.337
60.000.000
-
-
682.902
(3.875.146)
412.833.093
-
80.000.000
60.000.000
26.000.000
30.000.000
20.000.000
149.771.117
167.000.000
2.127.464
-
667.005
(4.118.031)
531.447.555
40.000.000
80.000.000
60.000.000
26.000.000
30.000.000
-
231.997.440
70.000.000
5.103.907
223.854
1.293.369
(5.577.787)
539.040.783
31/12/201631/12/2017
Corrente
Não corrente
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 125
A parcela classificada como não corrente em 31 de dezembro de 2017 e em 2016 tem o seguinte plano de reembolso definido:
Créditos concedidos e não sacados
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os créditos ban-cários concedidos e não sacados ascendiam a Euros 167.356.892 e Euros 295.948.432, respetivamente.
Financial Covenants
Existem contratos de financiamento que obrigam ao cumprimento de alguns rácios financeiros.
23.4_ Passivos financeiros – outras dívidas a pagar
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, as outras dívidas a pagar detalham-se como se segue:
A rubrica “Obrigação por aquisição de investimen-tos” refere-se ao pagamento diferido da aquisição de controlo do Grupo Supremo Cimentos, S.A. pela sub-sidiária Secil Brasil Participações S.A. em julho de 2015, repartido em Euros 146.009 de capital (Nota 37.2) e Euros 2.857.241 de juros.
1 a 2 anos
2 a 3 anos
3 a 4 anos
4 a 5 anos
Mais de 5 anos
Acionistas / Sócios (Nota 36)
Fornecedores de imobilizado c/c
Fornecedores de imobilizado c/c - partes relacionadas (Nota 36)
Outros credores - Obrigação por aquisição de investimentos
Outros credores
Credores por acréscimos de gastos
34.500.565
194.576.898
145.602.314
53.904.985
22.164.807
450.749.569
6.974.366
4.481.414
-
3.003.250
3.191.699
29.037.959
46.688.688
114.575.856
36.771.352
175.812.380
52.635.274
33.038.231
412.833.093
4.629.400
17.142.133
43.516
19.263.562
3.696.593
35.052.167
79.827.371
Valores em Euros
Valores em Euros
31/12/2017
Corrente
31/12/2016
Corrente
31/12/201631/12/2017
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 126
A rubrica “Credores por acréscimos de gastos” em 31 de dezembro de 2017 e 2016 detalha-se conforme se segue:
Seguros
Custos com o pessoal
Juros a pagar
Periodificação de gastos com energia
Serviços de transporte
Partes relacionadas (Nota 36)
Serviços bancários
Descontos comerciais
Consultoria
Outros
265.619
12.633.083
3.841.028
2.268.034
243.176
364.960
205.293
22.392
1.327.535
7.866.839
29.037.959
2.696
11.610.400
5.915.609
8.684.714
490.024
96.920
475.123
13.969
1.826.588
5.936.124
35.052.167
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 127
24ADIANTAMENTOS DE CLIENTES
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Adianta-mentos de clientes” ascende a Euros 2.754.587 e Euros 2.160.798, respetivamente.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 128
25ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Estado e outros entes públicos” detalha-se conforme se segue:
O Imposto sobre a circulação de mercadorias e servi-ços (ICMS), apresentado em 31 de dezembro de 2017 e 2016 na rubrica “Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (PRODEC)”, no montante de Euros 2.412.382 e Euros 3.457.328, respetivamente refere-se a um benefício fiscal atribuído à subsidiária Supremo Cimentos S.A., que consiste no diferimento, por um período de 48 meses, do prazo de pagamento do ICMS devido sobre a receita de vendas, cujo paga-mento se iniciou em 10 de abril de 2014. Os montantes apresentados encontram-se descontados para o seu valor presente à data de balanço.
O Programa Paraná Competitivo, concedido pelo Governo do Estado do Paraná à subsidiária Margem – Companhia de Mineração, refere-se a um incentivo fiscal que tem os seguintes benefícios:
a) parcelamento do ICMS incremental;
b) diferimento do pagamento do ICMS da energia elétrica e do gás natural por um período de 96 meses, com inicio em agosto de 2015;
c) parcelamento, até o vencimento, do ICMS declarado, no caso de recuperação judicial;
d) concessão de crédito presumido em razão da realização de obra de infraestrutura em território paranaense.
No período findo em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “PIS e COFINS sobre ativos fixos”, no montante de Euros 14.633.336 e Euros 18.509.519, respetivamen-te refere-se à estimativa de crédito de PIS e COFINS das subsidiárias Supremo Cimentos, S.A. e Margem Com-panhia de Mineração, sobre itens específicos dos ativos fixos, conforme previsto na Lei 10.673/2002 (PIS) e Lei 10.833/2003 (COFINS) o qual está a ser recuperado na mesma cadência da depreciação dos respetivos ativos.
Imposto sobre o rendimento
Retenções de imposto sobre o rendimento
Imposto sobre o valor acrescentado e similares
PIS e COFINS sobre ativos fixos
ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços:
Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (PRODEC)
Programa Paraná Competitivo
ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços
Contribuição para a Segurança Social
Restantes Impostos
Valoresem Euros 31/12/2017
785.378
724.018
17.903.999
14.633.336
-
2.601.167
333.679
-
94.768
37.076.345
2.722.503
1.584.649
1.232.198
18.509.519
-
5.308.372
389.480
-
168.818
29.915.539
23.459.739
1.147.519
18.112.185
-
2.412.382
10.664.028
525.815
1.779.633
2.124.659
60.225.960
21.142.372
2.602.254
2.522.483
-
3.457.328
7.837.913
632.292
1.885.101
801.614
40.881.357
Ativo Passivo
31/12/2016 31/12/201631/12/2017
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 129
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Imposto sobre o rendimento” tem a seguinte decomposição:
Imposto sobre o rendimento do período (Nota 15)
Ajustamento cambial
Pagamentos por conta
Retenções na fonte a recuperar
IRC de períodos anteriores
Liquidações adicionais
Valoresem Euros
SaldoDevedor
(312.928)
-
841.853
120.114
136.339
-
785.378
5.862.951
(342.407)
(90.919)
(9.064)
(643.038)
18.682.216
23.459.739
6.175.879
(342.407)
(932.772)
(129.178)
(779.377)
18.682.216
22.674.361
5.980.085
190.773
(2.541.734)
(1.110.537)
(375.748)
16.277.030
18.419.869
31/12/2017 31/12/2016
SaldoCredor
SaldoLíquidoLíquido
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 130
26DIFERIMENTOS ATIVOS E PASSIVOS
O saldo da rubrica “Diferimentos ativos e passivos”, em 31 de dezembro de 2017 e 2016, detalha-se conforme se segue:
Seguros
Rendas e alugueres
Tratamento de resíduos
Outros
Valoresem Euros 31/12/2017
936.344
64.740
-
275.896
1.276.980
96.405
146.156
-
529.605
772.166
-
-
301.179
128.307
429.486
-
-
420.079
71.410
491.489
Ativo Passivo
31/12/2016 31/12/201631/12/2017
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 131
27VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica “Vendas e serviços prestados” apresenta a seguinte composição:
Vendas
Serviços prestados
Descontos de pronto pagamento concedidos
463.765.606
37.066.646
(1.304.946)
499.527.306
441.772.810
30.727.673
(970.857)
471.529.626
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 132
28RESULTADO APROPRIADO DE EMPRESAS ASSOCIADAS
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o Grupo apropriou-se de resultados em empresas associadas conforme se segue:
No período de 2016 foi reconhecido montante de Euros 1.687.028 a título de acerto ao preço de venda inicial-mente acordado, no âmbito das cláusulas previstas nos contrattos de compra e venda de ações e outras avenças, celebrados entre o Grupo Secil e os anteriores acionistas da Supremo Cimentos, S.A. e suas subsidiárias.
Resultados apropriados em associadas
Setefrete, SGPS, S.A.
J.M.J. Henriques, Lda.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Outros ganhos / (perdas) em participações financeiras
Aquisição Supremo - Ajuste ao preço
955.652
(1.736)
93.925
1.047.841
-
1.047.841
(Notas 14 e 15)
1.190.957
(1.693)
190.798
1.380.062
1.687.028
3.067.090
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 133
29FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
A rubrica “Fornecimentos e serviços externos” nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é detalhada conforme se segue:
Subcontratos
Serviços especializados
Materiais
Energia e fluidos
Deslocações, estadas e transportes
Serviços diversos
782.144
58.637.210
756.886
45.726.926
55.668.748
23.440.894
185.012.808
291.617
57.242.576
761.401
50.571.919
45.100.313
22.491.169
176.458.995
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 134
30GASTOS COM O PESSOAL
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Gastos com o pessoal” decompõe-se como se segue:
Remunerações dos Orgãos Sociais
Remunerações do pessoal
Benefícios pós-emprego:
Contribuição definida (Nota 22)
Benefícios definidos (Nota 22)
Outros benefícios a longo prazo (Nota 22)
Indemnizações
Outros gastos com pessoal
6.704.260
56.767.555
1.198.850
36.674
106.876
554.882
22.242.380
87.611.477
4.168.531
55.163.803
1.179.782
81.868
42.339
503.249
21.336.771
82.476.343
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 135
A rubrica “Remunerações dos membros dos órgãos sociais”, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 decompõe-se como se segue:
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o número de colaboradores ao serviço das diversas empresas do Grupo, repartidos por segmento de geográfico, deta-lha-se conforme se segue:
Conselho de Administração da Secil
Outros membros de órgãos sociais de subsidiárias
Portugal
Líbano
Tunísia
Angola
Brasil
Espanha
4.922.254
1.782.006
6.704.260
948
497
338
170
571
32
2.556
3.023.599
1.144.932
4.168.531
980
496
351
178
610
-
2.615
Valores em Euros
Valores em Euros
31/12/2017
31/12/2017
31/12/2016
31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 136
31OUTROS RENDIMENTOS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Outros rendimentos” decompõe-se como se segue:
As diferenças de câmbio favoráveis registadas no pe-ríodo findo 31 de dezembro de 2017 e 2016 referem-se essencialmente às variações entre o câmbio da data da compra de bens e serviços e a data da respetiva liqui-dação financeira do passivo relacionado, assim como à atualização cambial de ativos e passivos intragrupo em moeda estrangeira.
Adicionalmente, a rubrica de diferenças de câmbio favoráveis inclui ainda o montante de Euros 1.175.038 relativo ao justo valor dos derivados de negociação (Nota 38).
Licenças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas
a título gratuito (Nota 20.5.3)
Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3)
Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros
Rendimentos suplementares - partes relacionadas (Nota 36)
Rendimentos suplementares - outros
Alienação de licenças de emissão (Nota 13)
Diferenças de câmbio favoráveis
Proveitos com tratamento de resíduos
Outros rendimentos e ganhos - partes relacionadas (Nota 36)
Rendimentos e ganhos nos ativos financeiros
Outros
8.222.549
123.869
2.348.802
55.872
3.869.580
2.809.348
2.240.299
758.520
34.143
-
11.060.706
31.523.688
8.603.070
2.526.308
1.715.780
72.029
827.069
3.575.000
3.752.401
638.391
338.289
1.010.320
10.408.960
33.467.617
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 137
32OUTROS GASTOS
A decomposição da rubrica “Outros gastos” nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é conforme se segue:
As diferenças de câmbio desfavoráveis registadas no pe-ríodo findo 31 de dezembro de 2017 e 2016 referem-se essencialmente às variações entre o câmbio da data da compra de bens e serviços e a data da respetiva liqui-dação financeira do passivo relacionado, assim como à atualização cambial de ativos e passivos intragrupo em moeda estrangeira.
Gastos e perdas em ativos não financeiros
Donativos
Impostos indiretos
Diferenças câmbiais desfavoráveis
Despesas bancárias
Gastos e perdas em investimentos financeiros
Outros gastos operacionais
385.678
781.389
3.299.363
11.703.628
966.016
347.957
2.296.838
19.780.869
1.047.101
759.056
2.652.914
4.343.035
1.113.397
7.848
2.842.372
12.765.723
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 138
33GASTOS / REVERSÕES DE DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES E IMPARIDADES
A decomposição da rubrica “Gastos/ reversões de de-preciações, amortizações e imparidades” nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é conforme se segue:
Ativos fixos tangíveis (Nota 10)
Propriedades de investimento (Nota 12)
Ativos intangíveis (Nota 13)
Goodwill (Nota 9)
Ativos não correntes detidos para venda
PIS e COFINS sobre depreciações
Gastos/(reversões) de depreciações e de amortizações
Activos fixos tangíveis (Nota 10)
(Reversão)/ Reforço de imparidades em ativos fixos intangíveis (Nota 13)
(Reversão)/ Imparidades goodwill (Nota 9)
Imparidade de ativos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/ (reversões)
41.576.884
766
10.791.223
7.913.802
4.318
(1.689.768)
58.597.225
2.854.013
(2.885.982)
25.933.779
25.901.810
46.214.369
18.791
11.013.791
7.653.980
27.273
(1.628.617)
63.299.587
7.131.901
2.702.406
5.762.660
15.596.967
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 139
34RESULTADOS FINANCEIROS LÍQUIDOS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os resultados financeiros líquidos decompõem-se como se segue:
A rubrica “Diferenças de câmbio favoráveis/ (desfavorá-veis) em financiamentos obtidos resulta essencialmente da atualização cambial dos financiamentos contratados em dólar pelas subsidiárias Supremo Cimentos, S.A. e Margem - Companhia de Mineração.
Juros e rendimentos similares obtidos:
Outros juros obtidos
Outros juros obtidos - partes relacionadas (Nota 36)
Juros e gastos similares suportados:
Juros suportados com outros empréstimos obtidos
Juros suportados - partes relacionadas (Nota 36)
Diferenças de câmbio favoráveis/ (desfavoráveis) em financiamentos obtidos
Ganhos/ (perdas) com instrumentos financeiros
Juros incorridos
Variação justo valor (Nota 38)
Componente ineficaz do instrumento financeiro (Nota 38)
Atualização da provisão para recuperação paisagística (Nota 21)
Outros custos e gastos financeiros - partes relacionadas (Nota 36)
Outros custos e gastos financeiros
2.400.261
-
2.400.261
(31.343.572)
(334)
448.861
(3.112.844)
426.639
109.680
(283.585)
(3.733)
(517.018)
(34.275.906)
3.130.034
1.151
3.131.185
(43.036.963)
(5.144)
4.851.854
(1.584.159)
(1.152.528)
154.115
(289.488)
(1.257.266)
(576.408)
(42.895.987)
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 140
35RESULTADO POR AÇÃO
O resultado por ação, dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, é determinado conforme se segue:
Não existem instrumentos financeiros convertíveis so-bre as ações da Secil, pelo que não existe diluição dos resultados.
O número médio ponderado de ações encontra-se deduzido do número de ações próprias de 4.184.460 detidas pela Secil (Nota 20.1).
Resultado atribuível aos detentores de capital da empresa-mãe
Número médio ponderado de ações
Resultado básico por ação
Resultado diluído por ação
(20.629.181)
48.735.540
(0,423)
(0,423)
(22.274.750)
48.735.540
(0,457)
(0,457)
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 141
36PARTES RELACIONADAS
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram efetuadas as seguintes transações com partes relacionadas:
Acionistas
Semapa, S.G.P.S., S.A.
Outras partes relacionadas
Grupo Navigator
Eng.Silva Dias
Empresas associadas
J.M.J. Henriques, Lda.
Inertogrande
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Acionistas
Semapa, S.G.P.S., S.A.
Outras partes relacionadas
Grupo Navigator
Seribo, S.A.
Eng.Silva Dias
Empresas associadas e empreendimentos conjuntos
J.M.J. Henriques, Lda.
Inertogrande
Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A.
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
MC = Materlaux de Construction
Valoresem Euros
Valoresem Euros
Aquisição de bens e serviços
Aquisição de bens e serviços
Juros suportados (Nota 34)
Juros suportados (Nota 34)
(3.949.161)
-
-
-
(3.147)
(3.176.943)
(2.770.573)
(9.899.824)
(3.878.148)
-
-
-
-
-
(10.661)
(2.856.638)
(3.549.893)
-
(10.295.340)
-
676.983
-
-
-
-
54.648
731.631
-
344.785
-
-
-
-
178.397
-
57.716
9.083
580.898
-
-
-
-
-
-
1.151
-
-
-
1.151
-
-
(334)
-
-
-
-
(334)
-
-
(4.810)
(334)
-
-
-
-
-
-
(5.144)
-
-
-
1.800
1.800
20.351
66.064
90.015
-
301.000
-
-
-
-
21.866
24.086
63.366
-
410.318
(3.733)
-
-
-
-
-
-
(3.733)
(1.257.266)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(1.257.266)
31/12/2017
31/12/2016
Outros rendimentos e
ganhos (Nota 31)
Outros rendimentos e
ganhos (Nota 31)
Outros custos e gastos financeiros
(Nota 34)
Outros custos e gastos financeiros
(Nota 34)
Vendas e serviços
prestados
Vendas e serviços
prestados
Juros obtidos
(Nota 34)
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 142
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 as empresas do Grupo apresentam os seguintes saldos com partes relacionadas:
Em 31 de dezembro de 2017, os montantes a receber e a pagar no âmbito do Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS) decompõem-se como se segue:
Acionistas
Longapar - S.G.P.S., S.A.
Semapa, SGPS, S.A.
Semapa, SGPS, S.A. - RETGS
Outras partes relacionadas
Cotif Sicar
Grupo Navigator
Eng.Silva Dias
Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas
Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos
J.M.J. Henriques, Lda.
Inertogrande - Central de Betão, Lda.
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Valoresem Euros
Clientes(Nota 18.2)
Outrasoperações(Nota 18.3)
-
-
-
-
-
77.609
-
-
-
-
3.690
81.299
-
1.918.286
-
-
-
-
-
-
-
183.471
481.578
2.583.335
-
243
4.090.593
-
-
-
-
126.852
213.993
-
124.572
4.556.253
-
358.338
-
-
-
6.622
-
-
-
-
-
364.960
1.160
-
993.559
92.844
-
12.893
5.873.910
-
-
-
-
6.974.366
31/12/2017
01/01/2017 a 31/12/2017
Ativo Passivo
Acréscimosde gastos
(Nota 23.4)
Acionistas /sócios
(Nota 23.4)Fornecedores
(Nota 23.2)
Imposto sobre o rendimento do período (Nota 15.1)
Pagamentos por conta
Retenções na fonte a recuperar
IRC de exercícios anteriores
1.067.293
(62.310)
(11.424)
-
993.559
(1.293.315)
2.379.341
3.004.323
244
4.090.593
(2.360.608)
2.441.651
3.015.747
244
3.097.034
Valores em Euros
Outrasoperações Total
Acionistas / sócios
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 143
Acionistas
Longapar - S.G.P.S., S.A.
Semapa, SGPS, S.A.
Semapa, SGPS, S.A. - RETGS
Outras partes relacionadas
Cotif Sicar
Grupo Navigator
Seribo, S.A.
Eng.Silva Dias
Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas
Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos
J.M.J. Henriques, Lda.
Inertogrande - Central de Betão, Lda.
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Acionistas
Longapar - S.G.P.S., S.A.
Semapa, SGPS, S.A.
Semapa, SGPS, S.A. - RETGS
Outras partes relacionadas
Cotif Sicar
Grupo Navigator
Seribo, S.A.
Eng.Silva Dias
Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas
Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos
J.M.J. Henriques, Lda.
Inertogrande - Central de Betão, Lda.
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Valoresem Euros
Valoresem Euros
Clientes(Nota 18.2)
Fornecedores(Nota 23.2)
Acionistas /sócios
(Nota 23.4)
Outrasoperações(Nota 18.3)
Fornecedoresimobilizado(Nota 23.4)
Acréscimosrendimentos(Nota 18.3)
Acréscimosde gastos
(Nota 23.4)
-
-
-
-
251.571
-
-
-
-
-
-
3.690
264.344
-
452.053
-
-
-
-
-
-
-
2.091
3.423
(146.844)
310.723
1.160
-
1.143.848
89.255
-
185.759
12.893
3.196.485
-
-
-
-
4.629.400
-
243
3.860.120
-
334
-
-
-
123.701
214.669
-
145.044
4.344.111
-
-
-
-
-
43.516
-
-
-
-
-
-
43.516
-
401.723
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
401.723
-
-
-
-
-
90.632
6.288
-
-
-
-
-
96.920
31/12/2016
31/12/2016
Ativo
Passivo
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 144
37RISCOS FINANCEIROS
37.1_ Risco cambial
A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio a 31 de dezembro de 2017 e 2016, com base nos valores de balanço dos ativos e passivos financeiros, convertidos para Euros tendo por base as taxas de câmbio a essa data, apresenta-se como se segue:
Ativos financeiros
Outros ativos financeiros - não correntes e correntes
Clientes
Caixa e depósitos bancários
Total de ativos financeiros
Passivos financeiros
Financiamentos obtidos - não correntes e correntes
Outros passivos financeiros - não correntes e correntes
Fornecedores
Total de passivos financeiros
Posição financeira líquida de balanço
Ativos financeiros
Outros ativos financeiros - não correntes e correntes
Clientes
Caixa e depósitos bancários
Total de ativos financeiros
Passivos financeiros
Financiamentos obtidos - não correntes e correntes
Outros passivos financeiros - não correntes e correntes
Fornecedores
Total de passivos financeiros
Posição financeira líquida de balanço
Valoresem Euros
Valoresem Euros
228.211
76.634
85.737.927
86.042.772
(19.783.536)
(51.448)
(1.953.748)
(21.788.733)
64.254.039
558.758
225.009
65.790.389
66.574.156
(22.269.982)
(86.165)
(48.060)
(22.404.207)
44.169.949
2,881.708
6.830.190
3.158.176
12.870.074
(17.938.958)
(3.296.004)
(6.079.020)
(27.313.982)
(14.443.909)
2.989.519
9.426.956
3.899.355
16.315.830
(25.256.489)
(4.756.584)
(6.231.696)
(36.244.769)
(19.928.939)
6.727.628
28.263.213
99.263.979
134.254.820
(136.192.824)
(39.929.980)
(30.909.249)
(207.032.053)
(72.777.233)
7.478.575
32.072.040
90.923.259
130.473.874
(200.172.806)
(54.761.267)
(17.136.406)
(272.070.480)
(141.596.606)
44.061
377.937
2.719.680
3.141.678
(3.585.164)
(757.814)
(5.262.167)
(9.605.145)
(6.463.467)
-
203.027
1.196.942
1.399.969
(9.756.959)
(697.780)
(34.253)
(10.488.992)
(9.089.023)
3.465.793
5.403.430
4.794.502
13.663.726
(90.208.981)
(23.083.641)
(6.356.301)
(119.648.923)
(105.985.197)
3.755.091
5,337.535
6.565.235
15.657.861
(135.859.592)
(37.882.656)
(4.437.990)
(178.180.238)
(162.522.377)
7.187
210.548
11.914
229.649
-
(185.561)
-
(185.561)
44.088
670
-
22.239
22.909
-
(13.515)
-
(13.515)
9.394
100.667
15.364.474
2.841.780
18.306.921
(4.676.185)
(12.555.511)
(11.258.011)
(28.489.708)
(10.182.787)
174.537
16.879.513
13.449.099
30.503.149
(7.029.784)
(11.324.567)
(6.384.407)
(24.738.758)
5.764.391
31/12/2017
31/12/2016
000’ Libra libanesa
000’ Libra libanesa
Dólar americano
Dólar americano
Dinar tunisino
Dinar tunisino
Total
Total
Kwanza angolano
Kwanza angolano
Real brasileiro
Real brasileiro
Metical moçambicano
Metical moçambicano
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 145
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os impactos decorrentes de uma eventual variação positiva ou negativa de 5% de todas as taxas de câmbio spot com referência ao Euro, é conforme se segue:
Capitais próprios
Resultado do período
Valoresem Euros Aumento 5%
4.612.601
(1.147.019)
3.465.582
(5.098.138)
1.267.758
(3.830.380)
6.537.112
205.583
6.742.695
(7.225.229)
(227.224)
(7.452.453)
31/12/2017 31/12/2016
Redução 5% Aumento 5% Redução 5%
37.2_ Risco de taxa de juro
O Grupo, na sua gestão da exposição à variação das ta-xas de juro, contratou novos financiamentos a taxa fixa e realizou cobertura de fluxos de caixa em empréstimos obrigacionistas originalmente contratados a taxa variável. Após estas operações, 40% do total da dívida financeira está em regime de taxa fixa, equivalente a 53% do total da dívida financeira líquida.
Estas operações são registadas no balanço pelo seu justo valor e, na medida em que sejam consideradas cobertu-ras eficazes, as variações no justo valor são inicialmente registadas por contrapartida de capitais próprios e poste-riormente reclassificadas para resultados financeiros para a rubrica de “Ganhos/perdas com instrumentos financeiros” (Nota 38) na data da sua liquidação.
Se as operações de cobertura apresentarem ineficácia, esta é registada diretamente em resultados. Desta forma e em termos líquidos, os custos associados aos financiamentos cobertos são periodificados à taxa inerente à operação de cobertura contratada.
Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendi-do, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afetar resultados.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 146
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o desenvolvimento dos ativos e passivos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da data de refixação e da tipologia de taxa é apresentado como se segue:
Ativos
Correntes
Caixa e depósitos bancários
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
Aplicações de tesouraria
Total de ativos financeiros
Passivos
Não correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista
Empréstimos bancários
Papel Comercial
Correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimos bancários
Papel Comercial
Descobertos bancários
Locações financeiras
Outras dívidas a pagar
Outros credores - Obrigação por aquisição de
investimentos
Total de passivos financeiros
Exposição líquida ao risco taxa de juro
Ativos
Não correntes
Outros ativos financeiros
Correntes
Caixa e depósitos bancários
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
Total de ativos financeiros
Passivos
Não correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista
Empréstimos bancários
Papel Comercial
Locações financeiras
Correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista
Empréstimos bancários
Papel Comercial
Descobertos bancários
Locações financeiras
Outras dívidas a pagar
Outros credores - Obrigação por aquisição de investimentos
Total de passivos financeiros
Exposição líquida ao risco taxa de juro
Valoresem Euros
Valoresem Euros
4
4
23.3
23.3
23.3
23.3
23.3
23.3
11
23.4
16
4
23.3
23.3
23.3
11
23.3
23.3
23.3
23.3
23.4
31.181.859
-
31.181.859
-
7.092.653
-
2.645.005
-
-
-
-
9.737.658
21.444.201
-
49.741.548
49.741.548
-
20.355.092
-
-
-
9.767.138
-
-
-
-
30.122.230
19.619.318
115.092.410
1.777.405
116.869.814
216.000.000
95.452.418
142.000.000
54.318.699
25.000.000
2.127.464
667.005
146.009
535.711.595
(418.841.780)
548.434
115.563.583
116.112.017
196.000.000
160.025.337
60.000.000
682.902
40.000.000
71.972.103
10.000.000
5.103.907
610.467
12.956.637
557.351.353
(441.239.336)
40.660.370
803.327
41.463.697
-
7.038.398
-
3.008.337
-
-
-
-
10.046.735
31.416.963
-
20.446.744
20.446.744
-
6.426.475
40.000.000
-
40.000.000
15.225.061
-
-
-
-
101.651.536
(81.204.792)
-
-
-
8.571.430
748.001
-
-
-
-
-
-
9.319.431
(9.319.431)
-
-
-
8.571.430
-
-
-
-
-
-
-
-
-
8.571.430
(8.571.430)
-
974.078
974.078
207.428.570
-
-
14.773.858
-
-
-
-
222.202.428
(221.228.351)
548.434
-
548.434
187.428.570
-
-
-
-
-
-
-
-
-
187.428.570
(186.880.136)
43.250.180
-
43.250.180
-
80.573.366
142.000.000
33.891.498
25.000.000
2.127.464
667.005
146.009
284.405.343
(241.155.162)
-
45.375.291
45.375.291
-
133.243.770
20.000.000
682.902
-
46.979.904
10.000.000
5.103.907
610.467
12.956.637
229.577.587
(184.202.296)
31/12/2017
31/12/2016
Até 1 mês
Até 1 mês
Nota
Nota
1-3 meses
1-3 meses
Total
Total
3-12 meses
3-12 meses
Mais de 5 anos
Mais de 5 anos
1-5 anos
1-5 anos
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 147
O Grupo utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados e capitais de um aumento ou diminuição imediata das taxas de juros de mercado, com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as diversas taxas de mercado aqui consideradas muito rara-mente se alteram em conjunto e no mesmo sentido. A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressu-postos:
(i) Alterações nas taxas de juro do mercado afetam rendi-mentos ou despesas de juros de instrumentos financeiros variáveis;
(ii) Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afe-tam os rendimentos ou despesas de juros em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos a justo valor;
(iii) Alterações nas taxas de juro de mercado afetam o jus-to valor de instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros;
(iv) Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros são esti-mados descontando os fluxos de caixa futuros, utilizando taxas de mercado do final do ano.
Sob estes pressupostos, um aumento ou uma diminui-ção de 0,50% nas taxas de juro, ao longo de um ano inteiro, para todos os empréstimos ou instrumentos financeiros derivados contratados pelo Grupo Secil a 31 de dezembro de 2017 e 2016 resultaria conforme se segue:
Capitais próprios
Resultado do período
Valoresem Euros Aumento 0,5%
1.522.972
(2.094.209)
(571.237)
(905.114)
2.094.209
1.189.095
846.662
(2.206.197)
(1.359.535)
(321.799)
2.206.197
1.884.398
31/12/2017 31/12/2016
Redução 0,5% Aumento 0,5% Redução 0,5%
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 148
37.3_ Risco de crédito
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os saldos a re-ceber de clientes apresentam a seguinte estrutura de antiguidade, considerando como referência a data de vencimento dos valores em aberto:
Os valores apresentados correspondem aos valores em aberto, face aos prazos de vencimento contratados. Apesar de existirem atrasos na liquidação de alguns valores face a esses prazos, tal não resulta na iden-tificação de situações de imparidade para além das consideradas através das correspondentes perdas.
Estas são apuradas atendendo à informação regular-mente reunida sobre o comportamento financeiro dos clientes do Grupo, que permite, em conjugação com a experiência reunida na análise da carteira e em con-jugação com os sinistros de crédito que se verifiquem, na parte não atribuível à seguradora, definir o valor das perdas a reconhecer no período. O facto de existirem garantias para uma parte significativa dos saldos em aberto e com antiguidade justifica o facto de não se ter registado qualquer perda por imparidade nesses saldos.
Valores não vencidos
Valores vencidos:
De 1 a 90 dias
De 91 a 180 dias
De 181 a 360 dias
De 361 a 540 dias
De 541 a 720 dias
A mais de 721 dias
Em contencioso de cobrança
Total de saldos de clientes
Imparidades
Saldo líquido de clientes (Nota 18.2)
Limite de seguro de crédito contratado
43.604.011
11.959.158
4.105.282
2.028.128
898.126
571.712
12.516.281
12.873.760
44.952.446
88.556.457
(27.332.632)
61.223.825
86.601.650
37.979.755
15.252.670
2.145.724
1.143.049
628.721
753.039
13.633.489
12.444.915
46.001.607
83.981.362
(27.439.533)
56.541.829
62.614.525
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 149
A qualidade de risco de crédito do Grupo, em 31 de dezembro de 2017 e 2016, face a ativos financeiros (depósitos bancários, aplicações de tesouraria e Instru-mentos financeiros derivados com justo valor positivo) cujas contrapartes sejam instituições financeiras, de-talha-se como segue:
A rubrica “Sem rating” diz, essencialmente, respeito a aplicações de tesouraria e depósitos bancários em ins-tituições financeiras em Angola e Tunísia relativamente aos quais não existe notação de rating com referência às datas apresentadas.
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a análise de an-tiguidade dos saldos devedores que já se encontram vencidos, e respetivas perdas acumuladas por impari-dade, é a seguinte:
Rating:
A-
BBB+
BBB
BBB-
BB+
BB
BB-
B+
B
B-
Sem rating
Derivados (Nota 16)
1.025.451
355.204
30.428
1.705.058
355.203
-
-
10.475.401
937
40.876.030
62.046.103
116.869.815
941.817
117.811.632
-
278.686
440.751
14.529.643
1.169.625
1.665.819
558.424
-
-
29.729.965
67.190.670
115.563.583
41.090
115.604.673
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
Saldos devedores vencidos não considerados em imparidade:
Vencidos há menos de 3 meses
Vencidos há mais de 3 meses
Saldos devedores vencidos considerados em imparidade:
Vencidos há menos de 3 meses
Vencidos há mais de 3 meses
Valoresem Euros Valor bruto
11.958.617
5.754.200
17.712.817
541
27.239.088
27.239.629
44.952.446
2.462.806
484.627
2.947.434
-
-
-
2.947.434
15.141.708
3.632.526
18.774.234
110.962
27.116.411
27.227.373
46.001.607
3.755.642
750.332
4.505.974
-
-
-
4.505.974
31/12/2017 31/12/2016
JV Garantias Valor bruto JV Garantias
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 150
A exposição máxima ao risco de crédito no balanço em 31 de dezembro de 2017 e 2016, detalha-se como se segue:
37.4_ Risco de liquidez
O Grupo gere o risco de liquidez por três vias:
(i) garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente elevada de médio e longo prazo com maturidades adequadas às características das in-dústrias onde exerce a sua atividade;
(ii) através da contratação com instituições finan-ceiras de facilidades de crédito disponíveis a todo o momento, por um montante que garanta uma liqui-dez adequada;
(iii) acumulando montantes em caixa. A previsão dos fluxos de caixa é realizada pelas enti-dades operacionais do Grupo e agregada pela Direção Financeira do Grupo Secil na preparação do orçamento anual. É da responsabilidade dessa Direção a monito-rização das previsões de necessidades de liquidez do Grupo de forma a garantir a manutenção de um ní-vel adequado de disponibilidades para responder às necessidades operacionais. Estas previsões têm em consideração os planos de financiamento do Grupo, o cumprimento de objetivos internos ao nível de rácios e, caso seja aplicável, o cumprimento de requisitos exter-nos relacionados com as atividades operacionais e com as obrigações legais, fiscais e operacionais do Grupo.
Ativos não correntes
Outros créditos a receber
Outros investimentos e ativos financeiros
Ativos correntes
Clientes
Outros créditos a receber
Outros ativos financeiros
Depósitos bancários e aplicações de tesouraria
Exposição ao risco de crédito fora de balanço
Garantias e compromissos
2.631.175
3.599.601
61.223.825
18.372.923
927.194
116.869.815
104.589.624
18
16
18
18
16
4
41
2.695.371
4.081.732
56.541.829
19.332.568
-
115.563.583
129.886.086
Valores em Euros 31/12/2017Nota 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 151
A liquidez dos passivos financeiros contratados, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, originará os seguintes fluxos monetários não des-contados, incluindo juros, tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual à data do balanço:
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista
Capital
Juros vincendos
Empréstimos bancários
Capital
Juros vincendos
Outros Empréstimos (QREN)
Juros vincendos
Papel Comercial
Capital
Juros vincendos
Locações financeiras
Capital
Juros vincendos
Descobertos bancários
Capital
Juros vincendos
Outros passivos financeiros
Instrumentos financeiros derivados (*)
Acionistas/ sócios
Fornecedores de imobilizado c/c
Outros credores
Capital e juros
Juros vincendos
Credores por acréscimos de gastos
Fornecedores
Valoresem Euros
23.3
23.3
23.3
23.3
11.1
11.1
23.3
23.4
23.4
23.4
23.4
23.2
207.428.570
12.354.744
81.610.261
18.269.846
-
142.000.000
7.067.598
-
-
-
-
(247.517)
-
-
-
-
-
-
468.483.502
216.000.000
18.540.037
149.771.117
31.665.001
-
167.000.000
9.859.175
667.005
10.948
2.127.464
1.744
420.801
6.974.366
4.481.414
6.194.949
-
29.037.959
59.227.432
701.979.412
8.571.430
56.786
13.842.157
3.403.276
-
-
43.930
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
25.917.579
-
6.128.507
54.318.699
9.991.878
-
25.000.000
2.747.647
667.005
10.948
2.127.464
1.744
668.318
6.974.366
4.481.414
6.194.949
-
29.037.959
59.227.432
207.578.330
31/12/2017
Até 1 anoNota1-5
anos Total
Mais de 5 anos
(*) - Valores não descontados.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 152
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista
Capital
Juros vincendos
Empréstimos bancários
Capital
Juros vincendos
Outros Empréstimos (QREN)
Juros vincendos
Papel Comercial
Capital
Juros vincendos
Locações financeiras
Capital
Juros vincendos
Descobertos bancários
Capital
Juros vincendos
Outros passivos financeiros
Instrumentos financeiros derivados (*)
Acionistas/ sócios
Fornecedores de imobilizado c/c
Outros credores
Capital e juros
Juros vincendos
Credores por acréscimos de gastos
Fornecedores
Valoresem Euros
23.3
23.3
23.3
23.3
11.1
11.1
23.3
23.4
23.4
23.4
23.4
23.2
187.428.570
17.283.523
134.960.362
28.418.241
-
60.000.000
223.288
682.902
14.621
-
-
(525.053)
-
-
-
-
-
-
428.486.454
236.000.000
25.791.976
231.997.440
56.142.024
223.854
70.000.000
875.288
1.293.369
57.150
5.103.907
14.504
1.407.265
4.629.400
17.185.649
22.960.155
1.097.270
35.052.167
34.568.552
744.399.970
8.571.430
1.214.583
25.064.975
4.744.923
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
39.595.911
40.000.000
7.293.870
71.972.103
22.978.860
223.854
10.000.000
652.000
610.467
42.529
5.103.907
14.504
1.932.318
4.629.400
17.185.649
22.960.155
1.097.270
35.052.167
34.568.552
276.317.605
31/12/2016
Até 1 anoNota1-5
anos Total
Mais de 5 anos
(*) Valores não descontados
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 153
38JUSTO VALOR DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
Com o objetivo de minimizar os riscos de exposição a variações de taxa de câmbio e de taxas de juro dos empréstimos, o Grupo contratou um conjunto de ins-trumentos financeiros derivados.
O justo valor dos instrumentos financeiros derivados é registado: (i) quando positivo, no ativo na rubrica “Ou-tros ativos financeiros” (Nota 16) e (ii) quando negativo, no passivo, na rubrica “Outros passivos financeiros”.
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o justo valor dos instrumentos derivados de negociação, de cobertura de fluxos de caixa e cobertura de justo valor do Grupo, detalham-se conforme se segue:
Negociação
Non-deliverable Forwards
Non-deliverable Forwards
Non-deliverable Forwards
Non-deliverable Forwards
Collar cambial
Cobertura de fluxos de caixa
Swap de taxa de juro fixa
Swap de taxa de juro fixa (Nota 16)
Swap de taxa de juro fixa com
mínimo 0%
Cobertura de justo valor
Swap de taxa de câmbio e de juro
Swap de taxa de câmbio e de juro
Valoresem Euros
BRL
BRL
BRL
BRL
BRL
EUR
EUR
EUR
USD
USD
12.083.068
24.320.986
34.566.403
21.033.000
23.894.658
40.000.000
60.000.000
80.000.000
8.500.000
9.239.298
2018
2018
2018
2018
2018
2017
2020
2020
2018
2019
-
-
376.963
487.034
-
863.997
-
14.623
-
14.623
63.197
-
63.197
941.817
-
-
-
-
-
-
-
41.090
-
41.090
-
-
-
41.090
(176.426)
(57.080)
-
-
(25.370)
(258.876)
-
-
(216.987)
(216.987)
-
(45.153)
(45.153)
(521.016)
(238.053)
(178.225)
-
-
(153.640)
(569.918)
(1.268.804)
-
(193.335)
(1.462.139)
(3.539)
(423.394)
(426.933)
(2.458.990)
(176.426)
(57.080)
376.963
487.034
(25.370)
605.121
-
14.623
(216.987)
(202.364)
63.197
(45.153)
18.044
420.801
(238.053)
(178.225)
-
-
(153.640)
(569.918)
(1.268.804)
41.090
(193.335)
(1.421.049)
(3.539)
(423.394)
(426.933)
(2.417.900)
Notional 31/12/2017 31/12/2016
Montante Maturidade Positivos PositivosNegativos NegativosLíquido LíquidoMoeda
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 154
Saldo inicial
Ajustamento Cambial
Novos contratos
Maturidade
Aumentos de justo valor em:
Resultado líquido do período
Reserva de justo valor de derivados
de cobertura
Diminuições de justo valor em:
Resultado líquido do período
Reserva de justo valor de derivados
de cobertura
Ineficácia intrumento financeiro (Nota 34)
Saldo final
Valoresem Euros
(569.918)
-
863.997
-
311.042
-
-
-
-
605.121
1.948.961
200.348
-
(1.377.698)
-
-
(1.341.529)
-
-
(569.918)
(1.421.049)
-
-
1.159.123
-
-
-
(50.118)
109.680
(202.364)
(3.337.991)
-
-
-
-
1.956.162
-
(193.335)
154.115
(1.421.049)
(426.933)
18.338
-
-
426.639
-
-
-
-
18.044
-
(46.016)
-
-
-
-
(380.917)
-
-
(426.933)
(2.417.900)
18.338
863.997
1.159.123
737.681
-
-
(50.118)
109.680
420.801
(1.389.030)
154.332
-
(1.377.698)
-
1.956.162
(1.722.446)
(193.335)
154.115
(2.417.900)
31/12/2017 31/12/2016
Negociação Negociação
Coberturafluxos caixa
Coberturafluxos caixa
Coberturajusto valor
Coberturajusto valorTotal Total
Em resultado da sua estratégia de cobertura à exposi-ção do risco de taxa de câmbio e taxa de juro, o Grupo reconheceu no período findo em 31 de dezembro de 2017 os seguintes impactos:
(i) Euros 1.175.039 na rubrica de “Outros rendimen-tos” em diferenças cambiais operacionais (Nota 31);
(ii) Euros 426.639 na rubrica de “Juros e gastos sim-ilares suportados” em variação de justo valor de instrumentos financeiros (Nota 34);
(iii) Euros 1.109.005 na rubrica de “Outras variações no capital próprio” em reservas de justo valor de co-bertura divulgada na Nota 20.5.4.
Derivados de negociação
A Secil concedeu no decurso do período de 2016 e 2017 mútuos à sua subsidiária Supremo Cimentos, S.A. no montante de BRL 50.000.000 e BRL 49.000.000, respectivamente, os quais vencem juros à taxa fixa. Para cobrir o risco de flutuação da taxa de câmbio, associado ao recebimento futuro do capital e juros decorrentes dos mútuos concedidos, contratou qua-tro non-deliverable forwards e um collar cambial com maturidades em 2018, não designados como de co-bertura de acordo com a NCRF 27.
O movimento ocorrido no justo valor dos instrumen-tos financeiros derivados, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, apresenta-se conforme se segue:
Derivado de cobertura de fluxos de caixa
Em outubro de 2017 venceu o contrato interest rate swap (IRS) com valor nocional de Euros 40.000.000. O Grupo havia celebrado este contrato no período findo em 31 de dezembro de 2009, registando-o como um derivado de negociação. Após a realização de testes de eficácia prospetivos e retrospetivos, o mesmo foi con-siderado como de cobertura de fluxos de caixa com efeitos a partir de 1 de julho de 2010. Até esta data, a variação do justo valor do derivado foi registada em resultados.
No período findo em 31 de dezembro de 2016, o Gru-po contratou dois swaps de taxa de juro para cobrir os pagamentos futuros de juros dos empréstimos obriga-cionistas Secil 2017/2021 e Secil 2017/2023 (Nota 23.3) em que paga uma taxa fixa e recebe uma taxa variável.
Na realização dos testes de eficácia é utilizado o mé-todo de regressão linear que analisa a correlação estatística entre a variação do justo valor do swap e a variação do justo valor dos financiamentos atribuíveis a alterações da taxa de juro Euribor.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 155
O justo valor positivo e negativo dos swaps de taxa de juro no montante de Euros 14.623 e Euros 216.987, respetivamente, encontra-se repartido pelas seguintes rubricas do capital próprio do Grupo:
Para efeitos de registo de ineficácia é usado o dollar offset method recorrendo à abordagem do “derivado hipotético”. O modelo consiste na definição de um derivado hipotético que replica as condições do ins-trumento coberto, e posteriormente, a comparação entre as variações ocorridas nos fluxos gerados pelo mesmo derivado hipotético e as variações incorridas nos fluxos gerados pelo instrumento de cobertura. Para o efeito, utilizou-se o rácio da alteração do jus-to valor do instrumento de cobertura, dividido pela alteração no justo valor do respetivo empréstimo obrigacionista a alterações na taxa de juro Euribor a 6 meses comparando com a taxa fixa de referência do instrumento de cobertura.
A componente ineficaz reconhecida na rubrica de “Ju-ros e gastos similares suportados” ascendeu a Euros 109.680 (Nota 34) positivos no período findo em 31 de dezembro de 2017.
Derivado de cobertura de fluxos de justo valor
No período findo em 31 de dezembro de 2016, a sub-sidiária Supremo Cimentos, S.A., contratou dois novos empréstimos externos ao abrigo da Lei nº 4.131 com
dois dos principais bancos brasileiros no montante de USD 8.500.000 e USD 9.239.298 e maturidades em 26 de novembro de 2018 e 22 de julho de 2019, respetivamente.
No mesmo momento, e em conformidade com essa mesma Lei e obrigações do Banco Central do Bra-sil, que determina a cobertura dos financiamentos mediante a celebração de instrumentos de cobertu-ra perfeitos, os financiamentos foram integralmente cobertos através da contratação de dois swaps de câmbio e de taxa de juro que permitiram a fixação do valor nominal dos referidos financiamentos em BRL 27.542.550 e BRL 30.000.000, respectivamente e o pa-gamento de juros à taxa CDI acrescida de um spread.
Reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 20.5.4)
Resultados transitados (a)
Resultado líquido do período:
Resultados financeiros líquidos - ineficácia (Nota 34)
2.889.675
(3.201.719)
109.680
(202.364)
1.780.670
(3.355.834)
154.115
(1.421.049)
Valores em Euros 31/12/2017 31/12/2016
(a) - Efeito acumulado no período em que o derivado foi classificado como de negociação e componente ineficaz reconhecida em resultados em períodos anteriores.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 156
39DISPÊNDIOS EM MATÉRIAS AMBIENTAIS
O Grupo no âmbito do desenvolvimento da sua atividade incorre em diversos encargos de caráter am-biental, os quais, dependendo das suas características, estão a ser capitalizados ou reconhecidos como um gasto nos resultados operacionais do período.
Os dispêndios de caráter ambiental incorridos para preservar recursos ou para evitar ou reduzir danos futuros, e que se considera que permitem prolongar a vida ou aumentar a capacidade ou melhorar a se-gurança ou eficiência de outros ativos detidos pelo Grupo, são capitalizados.
Os dispêndios capitalizados e reconhecidos em gastos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, têm a seguinte discriminação:
Licenças de emissão de gases com efeito de estufa
No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases com efeito de estufa. Neste contexto, foi emitida uma Di-retiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas Licenças de emissão de gases com efeito de
estufa, entretanto transposta para a legislação portu-guesa e que é aplicável, desde de 1 de janeiro de 2005, entre outras, à indústria de cimento (Nota 13).
Emissões para a atmosfera
Gestão das águas residuais
Gestão dos resíduos
Protecção dos solos e das águas subterrâneas
Protecção da natureza
Ruído e vibração
Outras actividades de protecção do ambiente
Valoresem Euros
Imputados a gastos
1.072.823
36.006
1.508.816
10.036
628.474
-
342.506
3.598.661
112.004
34.415
-
-
193.149
-
-
339.568
1.184.827
70.421
1.508.816
10.036
821.623
-
342.506
3.938.229
1.337.589
78.061
1.641.790
106.702
542.376
2.216
509.446
4.218.180
938.971
78.061
1.424.120
13.187
542.376
2.216
479.605
3.478.536
398.618
-
217.670
93.515
-
-
29.841
739.644
31/12/2017 31/12/2016
Capitalizados Total TotalImputados
a gastos Capitalizados
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 157
40CUSTOS COM AUDITORIA E REVISÃO LEGAL DE CONTAS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os dispêndios com serviços de revisão legal de contas ascenderam a Euros 315.101 e Euros 308.760, respetivamente.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 158
41COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELO GRUPO
41.1_ Garantias e outros compromissos financeiros
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, as garantias pres-tadas pelo Grupo e outros compromissos financeiros decompõem-se como se segue:
Garantias prestadas
IAPMEI (âmbito do QREN)
IAPMEI (âmbito do PEDIP)
APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra
APDL - Administração do Porto de Leixões
Direcção Geral de Alfândegas
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Centro
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Lisboa e Vale do Tejo
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Algarve
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Norte
CNE - Massa Insolvente
ICNF-Inst.da Conserv.Natur. e das Florestas, I.P.
Mercedes - Benz - Aluguer de Veículos, Unipessoal, Lda.
Tribunal do Trabalho
Conselho de Emprego, Indústria e Turismo (Espanha)
Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais
Outras
Cartas de crédito de importação
Compromissos de compra com fornecedores
Livranças, avais e fianças
Hipotecas
Terrenos, edifícios e equipamentos básicos de Sibline
Total das garantias e outros compromissos (Nota 37.3)
Valoresem Euros
55.963
209.305
2.593.639
707.343
800.000
863.173
1.118.892
453.360
236.403
13.200.000
406.540
866.000
-
-
-
316.627
21.827.245
39.601.494
1.421.668
67.035.679
129.886.086
55.964
209.305
2.605.009
711.219
800.000
727.825
1.000.926
534.620
236.403
-
406.540
500.000
217.324
954.118
274.595
387.051
9.620.899
-
35.078.283
1.179.244
58.711.198
104.589.624
31/12/2017 31/12/2016
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 159
41.2_ Outros compromissos assumidos
Investimento numa nova fábrica em Angola
Nos termos do Memorando de Entendimento cele-brado entre o Governo de Angola e a Secil, em Abril de 2004, foi constituída em Novembro de 2005 a Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. detida em, aproximadamente, 51% pelo Grupo Secil e, indireta-mente, em 49% pelo Estado angolano, a qual começou a operar a partir de Janeiro de 2006, cessando assim o contrato de cessão de exploração da unidade fabril Encime do Lobito, celebrado entre o Estado Angolano e a Tecnosecil (atualmente denominada Secil Angola) em vigor desde Setembro de 2000. O capital social da Secil Lobito no montante de USD 21.274.285 foi realizado através da transferência dos ativos tangíveis e intangíveis da Secil Angola e da En-cime U.E.E. respetivamente pelo Grupo Secil e Estado angolano, pelo valor resultante da avaliação indepen-dente efetuada em Outubro de 2003 por uma empresa de auditoria internacional.
Nesse Memorando de Entendimento, estimou-se que, num horizonte de 36 meses contados desde a data de realização do respetivo capital social, a Secil Lobito iria instalar uma fábrica de cimento e clínquer no Lobito.
Em Outubro de 2007, o Conselho Ministros de Angola aprovou o Projeto de Investimento Privado denomina-do “Nova Fábrica de Cimento do Lobito”, no montante de USD 91.539.000, contratualizado em Dezembro de 2007, pela Secil Lobito e pela ANIP - Agência Nacional para o Investimento Privado, esta em representação do Estado angolano.
Adicionalmente, no exercício de 2008, foi adicionado ao investimento uma central de produção de energia elétrica no valor de USD 18.000.000.
A Secil Lobito adaptou o projeto de investimento à realidade do mercado de cimento de Angola. Nesse sentido, em Outubro de 2015, a Secil Lobito entregou na U.T.I.P. – Unidade Técnica para o Investimento Pri-vado, criada no âmbito da Nova Lei do Investimento Privado, e para merecer a sua aceitação, uma minuta de adenda ao acima referido Contrato de Investimento Privado aprovado em Dezembro de 2007 pelo Conse-lho de Ministros de Angola. Esta adenda foi preparada no seguimento dos vários contactos mantidos com a então ANIP, e compreende a revisão e atualização de determinadas matérias e condições das quais depende a efetiva viabilidade, realização e implementação do projeto de investimento.
Em 2016 foi enviada para a U.T.I.P a última versão re-vista do Projeto, que engloba o ajustamento deste às novas condições de mercado, assim como considera as recomendações emanadas pela UTIP no final de 2015.
Tem a Secil Lobito procurado conhecer a posição do Estado Angolano sobre a reativação e reformulação deste Projeto. No entanto, as perspetivas futuras em relação ao arranque do projeto não são suscetíveis de concretização com rigor temporal. As dificuldades que se seguiram após a sua aprovação, não foram ainda ul-trapassadas, sendo que a empresa mantém-se ativa nas diligências para superar as contrariedades inerentes.
Em Abril de 2017, a Encime notificou a Secil Angola da “decisão superiormente aprovada da alienação das acções da Encime, UEE”. Nos termos dos Estatutos e da lei, é necessário que os sócios sejam notificados sobre o número, preço e condições da referida trans-missão de acções, o que ainda não aconteceu, pelo que a Secil continua a aguardar o desenvolvimento deste processo.
Depósito Caução
A subsidiária Ciminpart - Investimentos e Participa-ções, S.G.P.S., S.A. vendeu em 2012 uma participação financeira minoritária. No âmbito deste processo, a Secil detém à data de 31 de dezembro de 2017 um penhor sobre um depósito bancário no montante de Euros 650.000.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 160
42ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO
No passado dia 27 de março de 2018, o Grupo pro-cedeu à aquisição da quota, representativa do capital social da Cimentos Madeira, Lda., que a Região Autó-noma da Madeira detinha.
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 161
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Pedro Mendonça de Queiroz PereiraPresidente
João Nuno de Sottomayor Pinto de Castelo BrancoVice-Presidente
Otmar HübscherVice-Presidente
Gonçalo de Castro Salazar LeiteVice-Presidente
Carlos Alberto Medeiros AbreuVogal
Francisco José Melo e Castro GuedesVogal
João Luís Barbosa Pereira de VasconcelosVogal
José Miguel Pereira Gens ParedesVogal
Manuel António de Sousa MartinsVogal
Paulo Miguel Garcês VenturaVogal
Ricardo Miguel dos Santos Pacheco PiresVogal
Sérgio António Alves MartinsVogal
Emília Rosa Mota de CarvalhoContabilísta Certificado
Relatório do Conselho de Administração 2017 · Anexos 162
ANEXOCertificação Legal das Contas Consolidadas Relatório e Parecer do Conselho Fiscal - Contas Consolidadas.
SECIL
COMPANHIA GERAL DE CAL E CIMENTO, S.A. Sede, Outão . Apartado 71 . 2901-864 Setúbal
T . 212 198 100 . 265 534 766F . 265 234 629
www.secil.pt