responsabilidade por defeito na obra de imóvel - jus navigandi

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  • 7/24/2019 Responsabilidade Por Defeito Na Obra de Imvel - Jus Navigandi

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    afrontam o direito fundamental moradia digna e abalam a estrutura psicolgica daqueles que, no dispondo dosrecursos necessrios para aquisio do imvel, socorrem-se de instituies financeiras para realizarem o sonho dacasa prpria.

    Nesse contexto que o sonho da casa prpria pode se tornar uma tormentosa cefaleia cujos atores dessa relaojurdica podem ser os mais diversos, dentre os quais, o adquirente do imvel, sujeito do direito moradia digna, slida esegura o incorporador o projetista e o construtor, violadores do dever de fiscalizao da obra e da utilizao demateriais adequados para assegurar a sua solidez e segurana o agente financeiro, fornecedor dos recursosfinanceiros aos adquirentes do imvel a empresa seguradora, etc.

    Desse modo, alguns aspectos pontuais sero trazidos baila para a melhor compreenso jurdica da problemtica daresponsabilidade civil por defeitos na construo do imvel, apontando-se a responsabilidade do construtor do imvel,do vendedor, do fabricante dos materiais de construo utilizados dos quais resultaram o dano, e suas nuances.

    2.Breves Consideraes sobre Responsabilidade CivilAcredita-se que a origem etimolgica da palavra responsabilidade provm do latim re-spondere, - que significa garantirou convencionar o retorno ou o ressarcimento daquilo que o lesado perdeu.

    A noo da responsabilidade est diretamente l igada preservao de interesses, a princpio, individuais, porquanto o

    homem, ao longo da histria, sempre buscou as mais diversas maneiras de preservar o que seu.

    Desse modo, pode-se dizer que a preocupao inicial acerca da responsabilidade civil - naquela poca no conhecidacomo tal -, era a de preservao, primeiramente, do patrimnio pessoal e que foi evoluindo com o passar do tempo,alcanando no apenas os aspectos materiais/patrimoniais da vida humana, mas tambm imateriais, como a honra, aprivacidade, a intimidade, que esto mais relacionados a aspectos morais do sujeito humano.

    Todavia, os danos fsicos infligidos s pessoas, decorrentes de leses corporais, homicdios, e outros atentados contraa vida em sentido lato eram reparados, no em pecnia, mas em mesma medida que o causador do dano agredira oofendido.

    Deveras, hoje, alm da punio no mbito penal, na qual se restringem a liberdade e/ou direitos do autor do dano, tambm possvel o pleito de reparao de danos morais, materiais e, at mesmo, estticos pelas retaliaes sofridas.

    Desse modo, reparava-se o dano causando-se outro dano de igual valncia. Era o que ficou comumente conhecidocomo Lei de Talio, onde vigorava a mxima: olho por olho, dente por dente.

    A reparao era feita, a priori, pela sano/punio fsica oponvel a quem quebrasse a ordem social, extrapolando oslimites de uma coexistncia pacfica de liberdades, por meio de uma conduta causadora de dano.

    Com efeito, o princpio contido na Lei de Talio, como bem observou Silvio Salvo Venosa, da natureza humana ,sendo assim, natural reagir a qualquer mal injusto perpetrado contra a pessoa, a famlia ou o grupo social.

    Trata-se, pois, o conceito da reparao de uma reao a uma ao injusta, visando o restabelecimento de um statusquo ante, a fim de que a paz social seja restaurada e o equilbrio patrimonial, restitudo.

    O que dantes era reparado por punies fsicas, passou a ser solucionado por um ressarcimento compensatrio empecnia, buscando-se a composio justa do litgio, sem o uso da violncia, retirando-se, portanto, o carter vingativodas punies.

    Nessa toada pontua Xisto Tiago de Medeiros Neto que: O Estado passou, ento, a intervir nos conflitos privados,fixando o valor dos prejuzos, obrigando a vtima a aceitar a composio, renunciando vingana.

    Assim, percebe-se que, a despeito de ter sido realizada a reparao de uma forma violenta, impingindo-se outrasagresses fsicas, bem como punies das mais diversas ao causador do dano, o anseio pela reparao dos danossempre esteve presente nas sociedades, por mais primitivas que fossem. Isso porque a reparao uma ideiaintimamente ligada justia, indissocivel da prpria natureza humana.

    Desse modo, buscava-se garantir ao lesado que o autor do fato recebesse a punio que lhe era devida, aplicando-se o

    conceito de justia esmiuado por Plato e Aristteles como o suum cuique tribuere, ou seja, dar a cada um o que seu.

    O devido, nesses casos, era a punio equivalente ao ato praticado. Hodiernamente, o devido a indenizao empecnia.

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    Com o passar do tempo, a ideia de vingana foi sendo mitigada, com o propsito de que deveria se buscar orestabelecimento natural do estado das coisas, o que se fazia possvel, ainda que parcialmente, com a reparao empecnia, tendo em vista o vis eminentemente patrimonialista em que o instituto da responsabilidade civil sedesenvolveu.

    Destarte, de punio a reparao passou tambm a assumir um carter de composio de conflitos, visando pacificao social, adquirindo, tambm, um cunho pedaggico ao autor do dano, buscando-se, com isso, que ele nomais reincida em sua conduta ilcita.

    Outrossim, o grande divisor de guas para a responsabilidade civil foi a Lex Aquilia, que ganhou maior dimensodurante o imprio de Justiniano, pois foi nesse diploma em que restaram consignados os primrdios da reparao dedano extracontratual por ato ilcito cometido pelo agente.

    A partir desse momento, consagrou-se o dever jurdico de no lesar a ningum, independentemente de relaocontratual preexistente.

    Hodiernamente, em conformidade com a doutrina monista, majoritria em nosso pas, no se faz distino entreresponsabilidade civil contratual e extracontratual, sendo ambas correlacionadas ao direito obrigacional, porquantoambas tm por prevalecente o dever objetivo de no lesar a ningum.

    De igual modo, a importncia do conceito de culpa em sentido lato foi sendo modificado, de sorte que foi perdendo asua fora para a configurao do dever de indenizar. Nesse diapaso que surgem as teorias do risco e do risco

    integral, admitindo-se uma reparao em que so observados apenas os elementos objetivos da responsabilidade civil,sem a anlise subjetiva da culpa.

    Caio Mrio da Silva Pereira j expunha, tempos atrs, que:

    (...) Uma corrente, dita objetivista, procurou desvincular o dever ressarcitrio de toda ideiade culpa. SALEILLES, que se fez campeo desta equipe, insurgiu-se contra a culpa, eassentou a indenizao no conceito material do fato danoso. JOSSERAND (De LaResponsabilit Du Fait ds Choses Inanimes) procurou conciliar a responsabilidadeobjetiva com o Cdigo Napoleo, muito embora permanecesse este jungido teoriasubjetivista. Na sua esteira, numerosos escritores encaminham-se neste rumo, tentandoalterar a equao para um dever ressarcitrio fundado no dano e na autoria do eventolesivo, sem cogitar do problema da imputabilidade, sem investigar se houve ou no umerro de conduta, sem apurar a antijuridicidade da ao. Uma forte corrente procuroudeslocar o fundamento da responsabilidade da culpa para o risco, mas perdeu-se logofragmentando-se em subteorias (...).

    E termina seu pensamento criticando:

    Filosoficamente a abolio total do conceito de culpa vai dar num resultado anti-social eamoral, dispensando a distino entre o lcito e o ilcito, ou desatendendo qualificaoboa ou m da conduta, uma vez que o dever de reparar tanto corre para aquele queprocede na conformidade da lei quanto para aquele outro que age ao seu arrepio.

    Portanto, tal discusso vem de longa data e o resultado alcanado hoje exatamente o oposto do que fora predito. Issoporque o que se viu que, nos casos em que a lei prev a responsabilidade objetiva, facilita-se a vida daqueles quesofreram algum dano e que so hipossuficientes nessa relao jurdica.

    Outros mais conceitos foram se agregando ao instituto, de forma a albergar certas situaes em que h umadesigualdade de foras entre os sujeitos envolvidos, que se expressa pela posio de hipossuficincia assumida em

    determinadas relaes jurdicas, como ocorre nas relaes de consumo e de trabalho.Pois bem, para que incida o dever de indenizar, contido no instituto da responsabilidade civil, necessrio opreenchimento de requisitos elementares, quais sejam, a existncia de uma ao ou omisso que viola um dever, nexocausal e dano, sendo a culpa dispensvel em determinadas situaes.

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    Luiz da Cunha Gonalves conceituou responsabilidade civil como:

    (...) a obrigao que a lei impe ao autor de qualquer dano, injustamente causado aoutrem, de ressarcir o respectivo valor, quer esse dano resulte da inexecuo dumaobrigao preexistente, quer de um acto ou duma omisso ilcitos e estranhos a qualquercontrato, constituindo infraco ao dever moral e princpio geral do direito expressos navelha mxima:no lesar a ningum.

    Nas lies de Carlos Roberto Gonalves, por sua vez, fica consignado que:

    Responsabilidade civil , assim, um dever jurdico sucessivo que surge para recompor odano decorrente da violao de um dever jurdico originrio. Destarte, toda condutahumana que, violando dever jurdico originrio, causa prejuzo a outrem fonte geradorade responsabilidade civil.

    Desse modo, pode-se inferir que a responsabilidade civil e a obrigao de reparar dano o remdio para a quebra dodever do neminem laedere, ou seja, o dever de no lesionar outrem. Assim, existente o dano decorrente de umaconduta violadora de direitos, tem-se o dever indenizar o lesado.

    3.Da Responsabilidade Civil do Construtor, do Vendedor e doFabricante dos Materiais de Construo pelos Vcios e Defeitosna ObraSuperados os contornos gerais do instituto da responsabilidade civil, inaugura-se a anlise especfica da relao

    jurdica constituda entre o construtor do imvel e o adquirente desse imvel.

    Inicia-se trazendo o conceito de Hely Lopes Meirelles acerca dos contratos de construo, para quem Contrato deconstruo todo ajuste para execuo de obra certa e determinada, sob direo e responsabilidade do construtor,pessoa fsica ou jurdica legalmente habilitada a construir, que se incumbe dos trabalhos especificados no projeto,mediante as condies avenadas com o proprietrio ou comitente.

    Basicamente, so duas as modalidades de contrato de construo: por empreitada, em que o construtor-empreiteiroassume os encargos tcnicos da obra e tambm os riscos econmicos da construo e ainda custeia a construo, porpreo fixado de incio e por administrao, quando o construtor se encarrega da execuo de um projeto, medianteremunerao fixa ou percentual sobre o custo da obra, correndo por conta do proprietrio todos os encargoseconmicos do empreendimento.

    Nos contratos de construo, via de regra, est-se diante de uma relao de consumo. Excepcionalmente, contudo,

    quando a relao jurdica se d entre particulares no agasalhados pelo conceito da relao consumerista, cujos atoresso fornecedor e consumidor, caracterizado como o destinatrio final do produto ou servio, haver uma relao jurdicameramente civil, regida pelas disposies contidas no Cdigo Civil.

    Observao essa que se faz mui relevante, porquanto h divergncia no tratamento da matria empregada no CdigoCivil em relao ao Cdigo de Defesa do Consumidor. guisa de elucidao, citem-se os prazos prescricionais edecadenciais previstos distintamente em cada um desses diplomas, o que gera dvidas quando da aplicao do direito.

    Prosseguindo a explanao, a construo de um imvel se constitui numa obrigao de resultado, em que o contratanteespera pela perfeio tcnica da obra, bem como pela sua solidez e segurana, uma vez que contrata um profissionaltcnico habilitado detentor de um dever tico-profissional de bem realizar o seu trabalho. Trata-se, pois, de umpressuposto de qualidade intrnseco dessa obrigao, que deve atender a padres mnimos de desempenho que

    garantam solidez, segurana e a sua razovel durabilidade.

    Diante de tal fato, o contrato de construo no revela apenas seu cunho obrigacional pura e simplesmente, mas, pelocontrrio, pela natureza do servio e do resultado esperado, com o que se busca a realizao de um sonho, o da casaideal assim, em ocorrendo o seu inadimplemento, configura-se situao ensejadora de reparao de dano moral.

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    Quanto matria, o entendimento do Tribunal de Justia de Minas Gerais, expresso nos acrdos n.1.0382.05.047522-9/001 e 1070206317896-7/001:

    APELAO CVEL. RESSARCIMENTO DE DANOS. CONSTRUO. IMVEL COMDEFEITO. PROVA PERICIAL NO DERRUDA. PREVALNCIA. DANO MORAL.CABIMENTO. Caso concreto, em que o contexto probatrio demonstrou que oresponsvel tcnico pelo projeto e obra foi o responsvel pelos defeitos decorrentes da

    sua m-execuo, impe o acolhimento da indenizao por danos materiais demonstradospela percia tcnica. O dano moral devido tendo em vista que o incmodo supera aordem natural das coisas, exigindo que o proprietrio e sua famlia desocupem o imvel,para viabilizar os consertos (grifo nosso).

    AO DE REPARAO DE DANOS - VCIO NA CONSTRUO - DECADNCIA -INOCORRNCIA - APURAO DOS DANOS - NECESSIDADE DE LIQUIDAO -COMPENSAO COM VALORES PAGOS - POSSIBILIDADE - DANOS MORAIS -CARACTERIZAO. O prazo previsto no art. 1.245 do Cdigo Civil de 1916, relativo

    responsabilidade do construtor pela solidez ou segurana da obra, de garantia e no deprescrio ou decadncia. Comprovados os vcios na construo, por laudo de vistoria eprova pericial produzida por perito tcnico de confiana do juzo, em consonncia com asdemais provas realizadas nos autos, devem prevalecer as suas concluses, ainda que emconfronto com os interesses da parte requerente. Determina-se a liquidao de sentenaquando no for possvel, na fase de conhecimento, a fixao do quantum debeatur. possvel a compensao de valor eventualmente pago pela construtora com a indenizaodevida pelos danos materiais, devidamente apurados em liquidao de sentena. Ensejaindenizao por danos morais situao de sofrimento e angstia sofrida pela parte que v

    seu imvel ser entregue com defeitos significativos que representam risco defuncionalidade (grifo nosso).

    Com efeito, a qualidade da obra executada depender, grosso modo, dos materiais utilizados, do projeto elaborado e daperfeio na execuo desse projeto. As normas tcnicas devem ser seguidas de modo que a sua inobservnciaacarretar a devida responsabilizao.

    Outrossim, tem o construtor o dever de fiscalizar a execuo obra, devendo zelar pela escorreita execuo do projeto,verificando no s a maneira como est sendo executada a construo, mas se os materiais utilizados so adequadose se estes esto de acordo com o discriminado no memorial descritivo.

    Diferentemente, quando a empreitada apenas de lavor, a responsabilidade pela qualidade dos materiais e da obrapassa a ser do dono da obra, desde que seja advertido da inadequao dos materiais que deseja utilizar.

    H, portanto, da parte do construtor/empreiteiro uma obrigao legal na escolha de seus funcionrios (encarregados,mestre de obras, pedreiros, serventes, etc.), de sorte que dever eleger trabalhadores capacitados para a execuo desua obra na escolha dos materiais utilizados, que devem ser adequados a assegurar a razovel durabilidade, a solideze a segurana da obra na fiscalizao da execuo de seu projeto, devendo corrigir tempestivamente erros naexecuo do projeto.

    Desse modo, dessa relao jurdica decorrem no apenas um tipo responsabilidade, mas abrange tambm aresponsabilidade tico-disciplinar regida pela Lei n. 5.194/66, responsabilidade administrativa, penal e civil. Esta ltimapoder ser contratual e extracontratual.

    A responsabilidade contratual advm da inexecuo culposa de obrigaes, entre as quais, a no execuo da obra, oua execuo defeituosa, inobservando-se as disposies contratuais pactuadas. Esse tipo de responsabilidade acarretaa resoluo contratual em perdas e danos, nos termos dos arts. 389 e 402 do Cdigo Civil. Nessa modalidade deresponsabilidade, apenas ser exonerado de suas obrigaes caso consiga comprovar que a inexecuo total ou parcialda obra resultou de caso fortuito ou fora maior, conforme preceitua o art. 393 do Cdigo Civil.

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    Por sua vez, a responsabilidade extracontratual ou legal de ordem pblica e diz respeito especialmente responsabilidade pela perfeio da obra, responsabilidade pela solidez e segurana da obra e responsabilidade pordanos a vizinhos e terceiros.

    Com efeito, genericamente, o dever jurdico de no causar dano a outrem resta consignado nos arts. 186 e 927 doCdigo Civil que aduz cometer ato ilcito todo aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia, imprudncia eimpercia, violar direito e causar dano a outrem, ficando essa pessoa, pois, obrigada a reparar o dano causado.

    Entretanto, aos contratos de construo, especificamente, devem ser aplicados os arts. 12 e 14 do Cdigo de Defesado Consumidor, que asseveram que o construtor responde, independentemente de existncia de culpa, pela reparaodos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricao, construo, bem como aquelesrelativos prestao dos servios, como tambm por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua fruio eriscos. Ressalva-se que, no tocante responsabilidade objetiva, tais dispositivos no se aplicam aos profissionaisliberais, cuja responsabilidade dever ser apurada mediante a verificao da culpa.

    H, ainda, os vcios de qualidade ou quantidade do produto - que in casu a prpria construo - que tornem imprpriosou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, disciplinado pelo art. 18 e seguintes doCdigo de Defesa do Consumidor. Destarte, o consumidor pode exigir a substituio das partes viciadas em at 30 diase, em no sendo sanados os vcios tempestivamente, poder exigir o abatimento do preo, a restituio imediata daquantia paga, sem prejuzo de eventuais perdas e danos.

    Sobre a responsabilidade pela perfeio da obra, assim pontuou Carlos Roberto Gonalves:

    A responsabilidade pela perfeio da obra, embora no consignada ao contrato, depresumir-se em todo ajuste de construo como encargo tico-profissional do construtor.Isto porque a construo civil , modernamente, mais que um empreendimento leigo, umprocesso tcnico-artstico de composio e coordenao de materiais e de ordenao deespaos para atender s mltiplas necessidades do homem.

    Embasado nesse dever tico-jurdico que o ordenamento jurdico autoriza o comprador a rejeitar a obra imperfeita oudefeituosa, consoante o disposto no art. 615 do Cdigo Civil, ou, ainda, receb-la com abatimento no preo, se assim o

    quiser, nos termos do art. 616 do Cdigo Civil (estes dispositivos aplicam-se tambm ao contrato de compra e venda deimvel, sendo o vendedor responsvel pelos vcios redibitrios, que podem ocasionar a resilio contratual ou oabatimento no preo, conforme dito acima). Ademais, alm dessas medidas, tratando-se diretamente com o construtor,poder ser exigido que este repare o dano, de forma a sanar o vcio existente, sob pena de multa diria, nos termos doart. 461 do Cdigo de Processo Civil.

    Cumpre ressaltar que, em sendo o dano decorrente da qualidade precria dos materiais de construo utilizados, haverresponsabilidade solidria entre o construtor e o fabricante de tais materiais, nos termos do art. 19 do CDC.

    De igual modo, o projetista, responsvel pelos clculos, pela discriminao dos materiais adequados obra, e peloprojeto em si, ser responsvel pelos vcios e defeitos decorrentes de sua atividade.

    Nesse sentido:

    Se a obra for executada pelo autor do projeto, responder ele integralmente pelos vcios edefeitos da construo. Porm, se a execuo da obra for confiada a terceiros, aresponsabilidade do autor do projeto (se no assumir a direo ou fiscalizao daquela)ficar limitada aos danos resultantes de defeitos previstos no art. 618 e seu pargrafonico, que so aqueles referentes solidez e segurana.

    Todavia, vale mencionar, que, perante o adquirente do imvel, responder objetivamente e solidariamente juntamentecom os demais responsveis pelo imvel, cabendo, em todo caso, ao regressiva ao verdadeiro causador do dano.

    Dessa forma, nos termos do art. 25, 1 e 2 do CDC, sero solidariamente responsveis o construtor, o projetista, ovendedor e o fabricante dos materiais de construo perante o consumidor, cabendo, todavia, o respectivo direito deregresso ao causador do dano, porquanto todos fazem parte da cadeia de produo do imvel.

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    Desse modo, dever o cliente verificar o estado em que se encontra o imvel, a fim de no perder o direito dereclamao, caso encontre alguma imperfeio.

    Outrossim, quando se trata de vcio oculto, que no comprometa a segurana e a solidez da obra, persiste aresponsabilidade do construtor aps um ano da entrega da obra, conforme preceitua o art. 445 do Cdigo Civil. Contudo,quando o vcio, por sua natureza, s puder ser conhecido aps o lapso de um ano da data da entrega da obra, esteprazo ser contado a partir da data da cincia do vcio.

    Diversa a situao dos defeitos relacionados segurana e solidez da obra. O art. 618 do Cdigo Civil assimassevera: Nos contratos de empreitada de edifcios ou outras construes considerveis, o empreiteiro de materiais eexecuo responder durante o prazo irredutvel de cinco anos, pela solidez e segurana do trabalho, assim em razodos materiais, como do solo.

    Portanto, nesses casos, o prazo de garantia da obra de cinco anos, tendo-se, todavia, o prazo decadencial de cento eoitenta dias a contar da data do aparecimento do vcio ou defeito para ingressar com ao redibitria.

    Muito embora tal dispositivo tenha restringido sua aplicao s construes de vulto, como prdios, pontes, viadutos,etc., a jurisprudncia vem alargando sua eficcia para abranger outros defeitos, como infiltraes, obstrues na redede esgoto e outros.

    Diante de tantos prazos decadenciais e prescricionais a polmica se instala, necessitando-se saber qual o prazo certopara se pleitear a responsabilizao do construtor/ fabricante do material de construo/vendedor do imvel.

    Pois bem, h que se diferenar as demandas de carter condenatrio das de carter constitutivo.

    Nestas, em se tratando de relao consumerista, aplicam-se os prazos decadenciais para se pleitear a rescisocontratual, com perdas e danos, ou o abatimento no preo, que podem ser de noventa dias (art. 26 do CDC) da entregado bem podendo, entretanto ser aplicvel os prazos previstos na legislao civil, por serem mais favorveis aoconsumidor, de acordo com a teoria do dilogo das fontes - cento e oitenta dias (art. 618 do CC) a contar doaparecimento do defeito que comprometa a segurana e solidez da obra durante os cinco anos de garantia da obra cumpre ressalvar que, aps esse perodo, ainda assim poder o construtor responder, no prazo de cinco ou trs,quando se tratar de relao meramente civil - anos a contar do surgimento do vcio, pelos vcios de construo,entretanto, nesta hiptese especfica, sua responsabilidade ser subjetiva, devendo sua culpa, em sentido lato, serdevidamente comprovada um ano (art. 445 do CC) para vcios ocultos que no comprometam a segurana e solidez da

    obra a contar da entrega da obra, ou do aparecimento do vcio, se este s puder ser constatado aps esse lapsotemporal,

    Por sua vez, nas demandas de carter condenatrio, podero ser aplicados os prazos previstos para as aesreparatrias, quais sejam, de cinco anos, caso esteja respaldado em uma relao de consumo, por fora do disposto noart. 27 do CDC, ou de trs anos, caso exista relao civil, aplicando-se o art. 206, 3, V do CC.

    Nesse sentido, extraem-se os seguintes julgados:

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    APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AO INDENIZATRIA. VCIOS DECONSTRUO EM IMVEL RESIDENCIAL. BEM REVENDIDO AOS AUTORES PELOSPROPRIETRIOS ORIGINRIOS, QUE O ADQUIRIRAM DA CONSTRUTORADEMANDADA. RELAO DE CONSUMO NO AFASTADA, NA HIPTESE, EMRELAO CONSTRUTORA, NO QUE TANGE AOS VCIOS DE CONSTRUO.PRESCRIO NO OCORRIDA. APLICAO DO PRAZO PREVISTO NO CDC. TEORIA

    DO DILOGO DAS FONTES. DANOS COMPROVADOS EM PROVA PERICIAL.PROCEDNCIA DA AO.

    I. A circunstncia de os autores terem adquirido o imvel de terceiros, os quais compraramo bem ainda em construo junto construtora, no afasta a incidncia do CDC espcie,em se tratando de bem de consumo durvel e de obra recente, que no justifica os vciosconstatados. Impossibilidade de afastamento de responsabilidade e garantias pelo serviode construo to s em razo da ausncia de participao da construtora na revenda doimvel, porquanto obrigaes que no se mostram passveis de restrio por estipulaocontratual, nos termos dos arts. 24 e 51, I, do CDC.

    II. Tratando-se de alegao de vcio do servio, passvel de aplicao o prazoprescricional qinqenal previsto no art. 27 do CDC, mais favorvel ao consumidor, comaplicao da teoria do dilogo das fontes. Prescrio afastada.

    III. Uma vez verificados em prova pericial os vcios de construo no imvel residencialadquirido pelos autores, ocorridos quando ainda vigente a garantia de solidez e seguranada obra, a perda do direito de invocar tal garantia legal por fora da decadnciaestabelecida no art. 618, pargrafo nico, do CC/02 no lhes afasta a possibilidade reparao civil por vcio do servio com base no art. 18 do CDC. Procedncia da ao.

    POR MAIORIA, VENCIDO O RELATOR, DERAM PROVIMENTO AO APELO.

    APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. M EXECUO DE OBRA.CONSTRUO DE CASA. DIREITO DO CONSUMIDOR. PRESCRIO. DECADNCIA.DANO MATERIAL. LIQUIDAO. DANO MORAL.

    1. Da tempestividade do apelo interposto pelo ru. Segundo a Lei n 11.419/2006,considera-se publicada a nota no dia til que se seguir sua disponibilizao no Dirio deJustia Eletrnico. E, pela regra de contagem dos prazos processuais do art. 184, caput,

    do CPC , exclui-se o primeiro dia, computando-se o ltimo. Da que, iniciada a fluncia doprazo de 15 dias em 29.05.2008, expirou-se em 12.06.2008, sendo tempestivo, pois, orecurso.

    2. Da prescrio e da decadncia. Tendo os fatos ocorrido j sob a vigncia do CC/2002,no h falar em prescrio vintenria. A regra do artigo 26, II, 3, do CDC no temaplicao ao caso em tela, cedendo em relao ao que disposto no art. 27 do mesmoDiploma. Isso porque a pretenso do autor indenizatria, relacionada aos danosmateriais e morais sofridos com a alegada m execuo do contrato, objetivo que secoaduna com a regra do ar. 27, que diz com responsabilidade por danos, ao passo que o

    art. 26 traz a responsabilidade por vcios. No h falar em aplicao do prazo decadencialde 180 previsto no art. 618, pargrafo nico, do CC/2002 para os contratos de empreitada,porquanto a relao em exame consumerista e no civil. (...) (grifo nosso).

    [17]

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    Desse modo, via de regra, o prazo aplicvel ao pleito de reparao de danos o previsto no art. 27 do Cdigo deDefesa do Consumidor, qual seja, o de cinco anos, contados do conhecimento do dano e da sua autoria.

    Com isso, encerram-se os aspectos pontuais atinentes responsabilidade civil do construtor/vendedor/fabricantes domaterial de construo, que, como j visto, poder ser subjetiva, se esse for profissional liberal, ou objetiva, se pessoa

    jurdica, ou, ainda, caso se trate de vcio que comprometa a segurana e solidez da obra. Neste caso, conformepreceitua o art. 618 do Cdigo Civil, tal hiptese se refere garantia da obra, no havendo que se falar em dolo ouculpa contratual ou extracontratual. Por derradeiro, importa observar os prazos decadenciais e prescricionais alhurespara se buscar a devida reparao.

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    Pedro Henrique Luthold (http://jus.com.br/977710-pedro-henrique-luthold/perfil)

    Analista do Ministrio Pblico Federal, bacharel em direito pela UFMS, ps-graduando em direito penal eprocesso penal pela faculdade Damsio de Jesus.

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    Informaes sobre o textoComo citar este texto (NBR 6023:2002 ABNT)LUTHOLD, Pedro Henrique. Responsabilidade por defeito na obra de imvel (http://jus.com.br/artigos/27172/a-responsabilidade-civil-por-vicios-na-construcao-de-imoveis). Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 19(http://jus.com.br/revista/edicoes/2014), n. 3920 (http://jus.com.br/revista/edicoes/2014/3/26), 26

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    (http://jus.com.br/revista/edicoes/2014/3/26) mar. (http://jus.com.br/revista/edicoes/2014/3) 2014(http://jus.com.br/revista/edicoes/2014). Disponvel em: . Acesso em: 8 nov. 2015.

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