resumo gastro

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  • 7/22/2019 Resumo Gastro

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    Sistema digestrio: Motricidade gastro-intestinal

    Motilidade - Conduo do alimento o longo do trato digestrio (ao do msculo liso)

    A motilidade pode ser estimulada pelo SN e hormnios.

    Estrutura do Tubo Gastrointestinal

    Em um corte tpico da parede intestinal, da superfcie interna para a externa temosas seguintes camadas:

    Mucosa:- Epitlio

    - Lmina prpria: tecido conjuntivo frouxo, colgeno e elastina; rica em vrios tipos deglndulas e contm vasos linfticos e capilares

    - Muscular da mucosa: camada fina de msculo liso

    - Clulas epiteliais - secretam material para o lmen do estmago

    - Clulas Produtoras de muco

    - Clulas endcrinas - Produzem hormnios

    Submucosa:

    - Apresenta vasos sanguneos, linfticos e o plexo-submucoso que interfere na secreo damucosa.Camada muscular circularPlexo Mioentrico de Auerbach: fica localizado entre as camadas musculares circulares elongitudinais.

    Camada muscular longitudinalSerosa ou adventcia: camada mais externa do tubo gastro-intestinal e consiste principalmenteem tecido conjuntivo coberto por camada de clulas mesoteliais escamosas

    Inervao do sistema digestrio

    Componente extrinsico (no faz parte) - SNA - Simptico e Parassimpatico

    Componente intrinsico - SNEnterico Inervao Simptica:

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    - Fibras se originam na medula espinhal entre os segmentos T5 e L3 (fibras adrenrgicasps-ganglionares).- Inibe a atividade do trato gastro-intestinal, estimulando neurnios inibitorios, causandoefeitos opostos ao sistema nervoso parassimptico.

    Inervao Parassimptica:- Quase todas as fibras parassimpticas fazem parte dos nervos vagos (at nvel do clontransverso). O restante do clon, reto e nus recebe fibras parassimpticas dos nervosplvicos. - Aumenta a atividade de todo o sistema nervoso entrico. (Pode estimular neurniosexcitatrios ou inibitrios).

    Receptores

    - Os mecanoceceptores e os quimioceptores detectam a presena do alimento. Os mecanodetectam a distenso da parede e os quimio a presena de alimentos e alteraes de pH.

    Esses receptores realizam a transduo do sinal (transformam um estimulo especifico empotencial eltrico) que por meio do nervo vago transmite essa informao para o SNC quedesencadeia reflexos vagogais.

    #Vagotomia - Se ocorrer no haver grandes prejuzos, pois o reflexo do SNEnterico no irpermitir. O nervo vago de extrema importncia par a digesto, contudo, sem ele a mesmaainda continua ocorrendo.

    Sistema Nervoso Entrico

    Sistema nervoso prprio do trato gastro-intestinal que se localiza integralmente na parede do

    intestino, comeando no esfago e se estendendo at o nus. Este sistema controla asecreo e a motilidade intestinal. O sistema entrico composto de dois plexos:

    - Plexo externo (plexo mioentrico ou plexo de Auerbach): entre as camadas musculareslongitudinais e circulares; controla os movimentos gastro-intestinais (peristaltismo e esfncter)

    -Plexo interno (plexo submucoso ou Meissner): controla a secreo epitelial e o fluxosangneo local .

    -Neurotransmissores e neuromoduladores so liberados por ambos os plexos. Os

    neuromoduladores so liberados ao mesmo tempo que os neurotransmissores.

    Neuro-transmissor Neuro-modulador

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    Ach - Acetilcolina

    NE - Noraepinefrina

    GRP - Peptideo liberador da gastrina

    VIP - Peptideo intestinal vaso ativo

    GABA

    5HT - Serotonina Neuropeptideo Y (NPY)

    NO - xido Ntrico

    Principais aes

    Ach - Estimula a atividade gastro-intestinalNE - Inibe a atividade gastro-intestinalGRP - Libera gastrinaMotilina e Substncia P - Estimulam a contrao muscular gastro-intestinalEncefalina - Eleva o tnus do esfincter --- Semelhante a morfina Fecha os esfinctersVIP e NO - Relaxa o msculo liso circular e dos esfincters

    Componentes do reflexo

    Receptor: Os receptores variam de localizao no organismo, porm todos apresentam uma

    funo em comum: captar alguma energia ambiental e transform-la em potenciais de ao.Por exemplo, receptores da retina captam luz, os da pele captam calor, frio, presso,receptores do fuso muscular captam estiramento, etc

    Nervo Sensorial: O nervo aferente conduz o potencial de ao gerado pela ativao doreceptor para o SNC penetrando na medula espinhal por meio das razes dorsais.

    Sinapse: poder ser nica no reflexo monossinaptico ou vrias no reflexo polissinaptico

    Nervo motor: O nervo eferente conduz potenciais de ao do SNC para o rgo efetordeixando a medula a partir da raiz ventral.

    rgo alvo: o rgo efetuador, normalmente um msculo, capaz de produzir a respostamotora reflexa.

    Reflexos do SNEnterico

    A presena de alimentos no estmago estimula os reflexos

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    - Reflexo entero-gstrico: Inibitrio

    ~ A presena de alimentos no duodeno inibe liberao de alimento no duodeno pelo estmago[inibe contrao do estomago] . (a liberao de CCK pelo duodeno [ clulas I] Causa inibio

    da contrao do estmago e esvaziamento da vsicul biliar.) A presena de gordura noduodeno estimula reflexos vagais intrnsecos e hormonais que inibem esta passagem.

    Reflexo intrisico do SNEnterico

    -Movimento peristaltico

    Neuronio Motor Excitatrio - Substncia P e Acetilcolina - Excitam o Msculo Liso

    Neurnio Moto Inibitrio - VIP e NO - Relaxam o Msculo Liso

    O TGI possui uma extensa rede de nervos e corpos celulares neurais contidos na parede do

    prprio TGI, desde o esfago at o nus. Esse sistema chamado de sistema nervoso

    intrnseco do trato gastro intestinal ou sistema nervoso miontrico. Essa rede neural capaz de

    gerar impulsos regulares que percorrem o TGI levando a movimentos peristlticos ou de

    mistura. Isso ocorre porque os neurnios do sistema mioentrico apresentam o que chamamos

    de de ondas lentas, que so pequenas despolarizaes que ocorrem com frequncia

    constante. Elas acontecem porque a bomba de Na/K desses neurnios permite variaes do

    potencial de repouso de -70 mV a -50 mV. Esse valor se aproxima do limiar do potencial de -40

    mV e assim podem gerar um potencial de ao e este, por sua vez, percorre todo o TGI

    causando movimentos peristlticos e/ou de mistura.

    Alm disso, as ondas lentas permitem ao TGI responder a vrios estmulos qumicos ou

    mecnicos. Por exemplo, um soco no abdome pode levar a pessoa a defecar, porque o

    estmulo mecnico (o soco) ativa o sistema mioentrico e esse responde gerando potencias

    espontneos que levam a movimentos peristlticos ao longo do TGI, que podem chegar ao

    reto.

    Mas o principal controle das funes digestrias feito pelo sistema nervoso simptico e

    parassimptico. O parassimptico, atravs do nervo vago, estimula o TGI e promove o

    aumento dos movimentos e das secrees, ao longo de todo o TGI. Pode-se afirmar que o

    sistema nervoso parassimptico o responsvel pela digesto e absoro dos alimentos. J o

    sistema nervoso simptico tem funo de inibir as funes digestrias, inibindo os neurnios do

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    mioentrico e inibindo todas as secrees e movimentos ao longo do TGI. Alm disso, o

    simptico desvia a circulao sangunea para os msculos, o que tira sangue e O2 do TGI, o

    que obviamente, dificulta a digesto. Por isso pode-se afirmar que exerccio fsico e digesto

    no devem ocorrer ao mesmo tempo.

    ~ Tipos bsicos de Movimento do tubo digestrio : Mistura e Peristaltico.

    Os movimentos de mistura permitem o movimento para cima e para baixo do contedodigestivo, consistindo em constries locais da musculatura circular de pequenos segmentosdo tubo digestivo, que se formam devido distenso da parede. Os movimentos peristlticospermitem a propulso dos contedos digestivos, devido formao de anis contrcteisemtorno do tubo digestivo que se movem em direo ao nus. O material move-se ao ritmo eno sentido da movimentaodos anis. O estmulo para a formao do anel contrctil ,tambm, a distenso da parede gastrointestinal devido presena de alimento, aparecendo

    dois ou trs centmetros acima do ponto de distenso.

    A)- Peristaltismo: responsvel por empurrar o alimento ao longo do TGI, desde o esfago ato reto. Podemos resumir o peristaltismo como fortes contraes que estreitam o espao do TGIe com isso empurram os slidos e os lquidos que esto localizados na regio para a regioseguinte. Como o peristaltismo normalmente acontece em ondas que percorrem o TGI, issogarante que mesmo que estejamos sentados ou deitados, o alimento sempre seja empurradonessa direo.

    B)- Movimento de mistura ou segmentar. Como o prprio nome diz, ele promove a mistura dobolo alimentar. O movimento de mistura mais fraco e localizado do que o peristltico e temcomo funo melhorar ao mximo o processo digestrio.

    O processo contrtil

    gerado espontaneamente atraves de ritmos(frequncia) de ondas lentas. As ondas lentas sovariaes lentas e ondulantes do potencial de repouso da membrana. As ondas lentas socausadas pela interao de clulas do msculo liso e clulas interticiais de Cajal. As ondaslentas formam os potenciais em ponta que so verdadeiros PA.

    Controle hormonal da motilidade gastrointestinal

    (1) ColecistocininaCCK- Secretada pelas clulas I do duodeno, sempre que houver presena de lipdios e cidos

    graxos.- Estimula a secreo de bile.

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    - Promove o fechamento do piloro.

    (2) Secretina- Secretada pelas clulas S do duodeno, sempre que houver quimo cido vindo do

    estmago.

    - Promove o fechamento do piloro.

    (3) Peptdeo gstrico inibitrio -- Promove o fechamento do piloro quando o duodeno estiver cheio.

    Deglutio

    Fase Oral - Voluntria - A lngua coloca o alimento para faringe. (M. Esqueletico)

    Fase Farngica - Involuntrio (O reflexo da deglutio inicia nessa fase) - (M. Liso)

    Fase Esfagica - Involutria - Conduz o alimento at o estmago

    - Peristaltismo primrio: continuao da onda peristltica que comea na faringe.- Peristaltismo secundrio: distenso do esfago. Ocorre no caso em que o peristaltismoprimrio for insuficiente.

    Obs. Faringe e 1/3 inicial do esfago = msculo esqueltico

    Fases involuntrias so comandadas pelo sistema nervoso que comanda a contrao damusculatura lisa gastrointestinal. Em resumo: fechamento da traquia, abertura do esfago,

    aparecimento de uma onda peristltica no esfago.

    Relaxamento receptivo - relaxamento ativo da poro oral do estmago para acomodao degrandes volumes sem aumento correspondente da presso (Acomoda 1,5L) Isso ocorre devidoo estimulo mecnico da faringe proveniente do centro vagal. NO e VIP causam o relaxamento.

    Motilidade gstrica

    - Relaxamento receptivo - Reflexo vagal - VIP e NO

    - Mistura e Digesto - Movimento de retropulso(Mistura e fragmentao) e peristaltico.Esvaziamento:^ Gastrina (estimul secreo de cido gstrico e Acetilcolina)v Reflexo enterogstrico e CCK

    Complexo Mioeltrico migratrio

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    O padro de motilidade denominado complexo mioeltrico migratrio (CMM) e resulta emcontraes peristlticas fortes e propulso aboral pelo estmago e intestino. O piloro no sefecha, a medida que as ondas se aproximam, como faz no perodo digestivo. Ento, tanto oslido como o lquido so esvaziados do estmago e levados rapidamente para o intestinogrosso. O CMM serve para empurrar o material no digerido para fora do intestino delgado,

    alm do controle da populao bacteriana na poro superior do TGI.

    Inicia por ondas lentas e s no pico estimulado pela motilina.

    Intestino delgado

    - Contraes peristaltics - Funo propulsora- Contraes segmentares - Funo de mistura- CMM - Motilina- Parassimpatico - Estimula peristaltismo- Simpatico - Inibe peristaltismo

    Intestino Grosso

    - Contraes segmentares do ceco e colon proximal causam o movimento de mistura. OHaustro se contrai e passa o alimento para o outro haustro. (Aumenta a reabsoro de gua

    - Ocorre no colon ascendente o movimento anti-peristaltico - Auxilia no retardo da propulso doalimento.

    - Movimento de massa (ocorre 1-3x ao dia)

    um tipo modificado de peristaltismo que vai do colon transverso at o sigmoide, forando asfezes at o anus.

    Reflexos-Gastro-Colico-ILeo-Cecal-Retoesficterico (defecao)

    Anexos:

    A mastigaoA mastigao a primeira fase do processo digestivo; sua funo a digesto mecnica , ouseja, a fragmentao do alimento, permitindo a mistura do bolo alimentar com a saliva; essa irexercer sua funo de lubrificao e digesto qumica (pela amilase salivar), facilitando adeglutio. Lembrando que, nesse processo, os dentes em bom estado e articulaeseficientes so importantes.Topo

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    A deglutioA deglutio um processo, ao mesmo tempo, voluntrio e involuntrio.Principalmente naparte final da faringe, perde-se progressivamente o controle voluntrio.O processo de deglutio pode ser dividido em trs fases: oral, farngea e esofagiana. A faseoral tem como estgios o transporte, a modificao da consistncia do bolo alimentar e

    produo de uma onda, que parte da ponta da lngua para a parte posterior, comprimindo opalato duro, de forma que o bolo alimentar se dirija ao palato mole. E a passagem do boloalimentar pelo palato mole produz o incio da fase farngea , que j uma atividade motorabastante involuntria.

    A chegada do alimento na faringe produz, atravs de receptores mecnicos, uma respostaconstritora, os chamados anis farngeos, que facilitam a onda peristltica.No ponto da faringe onde se tem a presena do alimento, ou seja, o reflexo de estiramento, hum reflexo curto de constrio nesse mesmo ponto, e o relaxamento do ponto seguinte,ocorrendo a propulso na direo distal (chamadas ondas farngeas).O esfncter esofagiano superior uma estrutura muscular que se relaxa quando o contedo doalimento estiver exatamente proximal a ele. Esse efeito decorrente de um reflexo curto, ouseja, a presena do alimento na faringe distal faz uma constrio nesse ponto, e umrelaxamento frente.

    A partir do momento que o alimento est no esfago, h ondas peristlticas esofagianas.Normalmente, s se tem peristalse primria, de modo a levar de uma vez s o alimento at oestmago, desde que se tenha uma mastigao adequada. A consistncia e o tamanho do boloalimentar adequados fazem com que uma s onda leve o alimento at o esfncter esofagianoinferior. Quando isso no acontece, a presena do bolo leva a outras ondas, assim chamadassecundrias. A inervao bsica responsvel por isso aquela do plexo mioentrico.TopoInervao

    A acetilcolina um neurotransmissor importante, que leva constrio do tubo GI, ou seja,uma ativao motora, ao passo que, no esfncter esofagiano superior, tem-se peptdeosinibitrios, que possuem ao inibitria nas clulas musculares lisas do plexo intestinal.Quando h ativao neural, tem-se a liberao de neurotransmissores que levam constrio,exceto nos esfncteres, onde h relaxamento. Ento, se o indivduo possuir alguma doena quedestrua os gnglios e nervos do plexo intestinal, no esfago, haver relaxamento, enquantoque os esfncteres estaro contrados, e o sujeito no conseguir engolir. E, se o alimentoestiver no esfago, no passar para o estmago, levando acalsia.Um estgio avanado de acalsia pode desenvolver mega-esfago; uma causa a doena deChagas, pois o tripanossoma tem tropismo por gnglios parassimpticos colinrgicos. A pessoatem fome porque est hipoglicmica e, ento, procura comida mesmo assim. Nos processosneoplsicos, a pessoa emagrece por alteraes no metabolismo sistmico, normalmenteperdendo o apetite. Assim, o fato de no conseguir deglutir ou vomitar fala a favor de umaleso GI (o indivduo ainda tenta comer). Esse no relaxamento esfincteriano pode ser varivel,determinando uma menor ou maior gravidade.Topo

    A importncia dos esfncteres

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    To importante quanto o relaxamento para a passagem do alimento, aconstrio desse mesmoesfncter, dado a passagem do bolo, evita que hajarefluxo . Portanto, as funes do esfncterso: controlar o fluxo antergrado e evitar o fluxo retrgrado. Um exemplo importante a serdestacado que, dependendo da magnitude de abertura do esfncter pilrico, entre o estmagoe o intestino delgado, h maior ou menor controle da velocidade do esvaziamento gstrico.

    O esfncter esofagiano inferior no to desenvolvido quanto o superior; o ltimo umespessamento da camada muscular interna, ao passo que o primeiro mais uma organizaoda relao de estruturas, do que uma especificao da parede do tubo GI. Em outras palavras,uma boa parte da funo do esfncter inferior deve-se relao entre esfago, estmago ediafragma.O esfago, ao passar pelo stio esofagiano do diafragma, se abre como estmagoimediatamente abaixo. Ento, se houver algum problema nessas relaes, como disfunes decontrao do diafragma, a funo no esfncter inferior ficar prejudicada. E, alm de prejudicara funo de propulso, poder haver refluxo gastresofgico. O refluxo a passagem dealimento, por algum motivo, do estmago para o esfago; suas causas incluem: a obesidade, oaumento da presso intra-abdominal, a posio em decbito (por anulao da fora dagravidade), o enchimento exagerado do estmago, principalmente, se o contedo for irritativo,do ponto de vista hdrico (muita gordura ou protena), ou a ingesto de bebida alcolica. Oprincipal sintoma desse refluxo a azia, tambm chamada de queimao retroesternal oupirose. Existem medicamentos que atenuam os sintomas, mas no as causas do refluxo; logo,as medidas mais importantes so: dieta, no deitar depois de comer, no fumar...Topo

    A hrnia de hiatoHiato o espao onde h a transio esfago-gstrico; e hrnia a passagem de um tecido deuma cavidade para outra. Ento, hrnia de hiato quando uma parte do estmago desliza ata cavidade torcica, podendo favorecer o refluxo, sendo a cirurgia cabvel para consertar essa

    condio. O problema que, muitas vezes, s se indica a cirurgia quando o paciente jdesenvolveuesfago de Barret , que a metaplasia do epitlio do esfago terminal; metaplasia a transformao de um tecido em outro. Neste caso, causada pela agresso do contedogstrico refluindo; as clulas epiteliais esofagianas se transformam em colunares, sendo esteestado pr-neoplsico. Se, em uma endoscopia, com bipsia, for identificado esfago deBarret, deve ser indicada cirurgia para retirada deste pedao.TopoOs potenciais de aoDo ponto de vista eltrico, existe, no tubo GI, um potencial de repouso flutuante e os potenciaisem ponta . A musculatura lisa do tubo GI tem um potencial de repouso flutuante; as fibrasnervosas do plexo mioentrico possuem tnus autonmico, fazendo com que o potencial derepouso seja flutuante. Em alguns momentos, essa onda pode ultrapassar o limiar, deflagrandoum potencial de ao; e, enquanto essa onda estiver acima do limiar, sero disparados quantospotenciais forem possveis. Quando h aumento da excitabilidade eltrica (sendo a acetilcolinaum dos mediadores) do tubo GI, as ondas flutuantes permanecem mais tempo acima do limiar,fazendo com que mais potenciais sejam disparados. J alguma coisa que iniba a estimulaodo tubo GI, faz com que essas ondas continuem abaixo do limiar, ou ainda, menor tempo acimado mesmo. Por exemplo, um estmulo anticolinrgico promove uma hiperpolarizao,

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    diminuindo muito a atividade motora. Anti-diarricos so normalmente anticolinrgicos; comoexemplo, oImosec muito potente: bloqueia completamente a atividade motora e a secreointestinal.TopoOs movimentos do tubo intestinal

    Os tipos bsicos de movimento do tubo intestinal so os movimentos de mistura e propulsivo .A combinao de um anel constritor com relaxamento distal ir produzir movimentospropulsivos. Quando os anis constritores no forem acompanhados de relaxamento distal,eles tendem a produzir o movimento de mistura, o que no s promove uma digestomecnica, como tambm a mistura do bolo alimentar com as secrees. Podem durar de 5 a30 segundos e ocorrer ao longo de todo o trato intestinal.O reflexo de constrio est coordenado com o relaxamento ou no do segmento distal. Omovimento de mistura tende a ser constante ao longo do tubo intestinal, aumentando noperodo ps-prandial. Os movimentos peristlticos tm uma freqncia sempre maior doproximal para o distal. Ento, no estmago tm-se alguns por minuto, no intestino delgado,alguns poucos por minuto, e, no intestino grosso, alguns por dia. Isto facilita a propulso distaldo alimento no tubo GI.Esses movimentos peristlticos tm um nome prprio no clon: movimentos de massa, depropulso grande, que correm desde o ceco at o clon sigmide e acontecem at 5 vezes pordia, preparando para a defecao.

    A defecao nada mais do que um reflexo peristltico; a presena do bolo fecal no reto,distendendo a parede, provoca um anel constritor naquele ponto e um relaxamento frente.Tem-se controle voluntrio da musculatura esqueltica do assoalho plvico, pelo esfncter analexterno. Como um reflexo automtico, ao ser retardado por muito tempo, pode provocarperda de gua (ressecamento das fezes) e causar constipao.Em alguns indivduos, a inervao terminal do reto predominantemente noradrenrgico, o que

    seria uma das explicaes para a dor de barriga, quando submetido a uma situao de stress;entretanto, essas relaes ainda no esto totalmente esclarecidas.TopoOs reflexos longos e curtosExistem alguns reflexos longos e curtos mais tpicos. Um deles o reflexo gastro-clico , emque a distenso gstrica estimula atividade do clon. Ento, no raro que se coma e tenhavontade de evacuar depois, especialmente de manh, quando h aumento da atividadeparassimptica, o que favorece a motilidade do trato GI, de um modo geral.

    H tambm o reflexo gastro-entrico, que desencadeado pela distenso do estmago,aumentando a atividade peristltica do intestino.Existem reflexos excitatrios de proximal para distal, e inibitrios de distal para proximal. Ento,a presena do alimento no clon inibe o esvaziamento do intestino delgado.

    noite, h aumento da atividade parassimptica, sendo o pico de ao pela manh; indivduosque trabalham noite tm o ciclo dia-noite alterado, apresentando, geralmente, umressecamento no tubo GI.De uma maneira geral, h uma combinao dos reflexos, de modo que as partes pelas quais oalimento j passou so inibidas, enquanto os segmentos distais so estimulados.

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